O jornal da região do Centro da Cidade

Publicação Mensal

Ano VI - Nº 74

SP - 28 Fev a 31 de Mar /2010

visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie

O recém inaugurado RestauranteMussashi servirá comidas japonesa, brasi-

leira, francesa e italiana. Págs. 5 e 11

Sindicato dos Bancários realizaráeventos para celebrar os 100 anos doDia Internacional da Mulher. Pág. 13

A coluna Cidadão Central destaca 10personagens considerados “a cara

do Centro”, por leitores. Págs. 14 e 15

Calouros da FGV fazem TroteSustentável, com o apoio da SubSÉe Rede Social da Bela Vista. Pág. 9

Comunidade querlimpeza do Centro em dia

As Ações Locais da Barão, 24 de Maio e Paiçandu iniciam, junto com o Limpurb, trabalho de conscientização

da população quanto à deposição do lixo. Senac e Uniesp participam da iniciativa,

na logística e com a atuação de estudantes.

Foto

: Sec

om/P

MSP

Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Walter Augusto – av. da Liber-dade, 654 Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da Consolação

Centro Novo

Banca do Japonês – Pça. Dom José Gaspar Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca Emilia’s – av. São Luís Banca São Luís – av. São Luís

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Arouche

Banca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

Sta Cecília

Banca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

2 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Pontos dedistribuição do

Jornal. Retire seu exemplar

gratuitamente

É uma publicação mensal da Cemi Comunicação Empresarial - Vd. Nove de Julho, 160, cj. 91 - Bela Vista - São Paulo - SP CEP 01050-060 - Telefax: (11) 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: centroemfoco@jornalcentroemfoco.com.br

Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboradores: Candida Maria Vieira, Cecília Queiroz e Giscard Luccas - Depto Comercial: Mário MirandaEditoração Eletrônica,Composição e Arte: Douglas Borba - Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 20.000 exemplares - Distribuição Gratuita.As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.Ex

pedi

ente

Comunidade

A comunidade vai debater a Gestão do Centro na Câmara

Mensagem do leitor

Moradores e trabalhadores do Centro estão satisfeitos e felizes com o serviço de coleta do lixo, os incontáveis buracos nas calçadas, a sujeira das fachadas, a falta de um policiamento osten-sivo e consequente? De acordo com Carlos Beutel e “Toninho da Galeria”, lideres comunitários e membros do Conseg Centro, a resposta é não, a sociedade local não aceita mais a atual situação da região central. Por isso convocou os vereadores Antonio Donato e Floriano Pesaro para a realização de um amplo e aberto debate sobre essas e outras questões que, de modo geral, afligem toda a população.

Segundo os dois lideres comu-nitários, uma das perguntas mais recorrentes nas reuniões das enti-dades associativas da região é o que acontece com a Subprefeitura

Olá, pessoas do Jornal do Centro!

Esta é para informar que o nosso “bonissimo” prefeito ou a prefeitura, como queiram, imper-meabilizou mais um pedacinho de espaço onde a terra respirava no Centro, bem na esquina da Consolação com a Ypiranga. É ridí-culo dizer a dimensão do espaço (muito pequeno) cimentado, mas ele representa os vários outros espaços na cidade onde a terra é sufocada pela prefeitura e por

Sé que ela não consegue aten-der às demandas locais, mesmo tendo o maior o r ç a m e n t o dentre as 31 subprefeituras? Diante desse fato foi plane-jado e será rea-lizado o Semi-nário “Gestão do Ce n t ro”, nos dias 17 e 24 deste mês, das 8h30 às 11h30, na Câmara Muni-cipal. A expectativa é que, discu-tindo franca e diretamente seus problemas com os vereadores e outras autoridades convidadas, a população consiga soluções efetivas para eles.

Os organizadores do evento

afirmam que não se deseja julgar o subprefeito atual ou o anterior, este ou aquele partido, o que se p re te nde é encontrar e e s t a b e l e c e r uma forma de imprimir maior eficácia no aten-dimento à popu-lação, de obten-ção de repostas mais imediatas

para os males que ocupam o espaço público e impedem os cidadãos de usufruírem plena-mente da beleza e da riqueza da região central.

A comunidade do Centro vai para o seminário com o objetivo de tirar duas propostas:

- Uma gestão integrada da SubSÉ, em que o subprefeito, o Limpurb, o Contru, a GCM, entre outros órgãos municipais, as secretarias de Saúde municipal e estadual, e as polícias Militar e Civil mantenham diálogo entre si, periodicamente, trocando informações de maneira efetiva, para dar respostas aos problemas da região.- Um fórum permanente dos cida-dãos, para definir as prioridades da população local e interagir com a Administração Pública, cobrando agilização nos processos e, con-sequentemente, resultados mais rápidos.

O acesso ao evento é livre e não exige inscrição, e os organi-zadores anunciam: “desejamos que os cidadãos da nossa comu-nidade considerem sua presença um dever e a participação um direito”.

moradores, deixando de cumprir sua função: que é receber e filtrar as águas da chuva.

Após criar medonho corredor/parada de ônibus, bem na orelha dos moradores dos prédios do início da avenida Ypiranga, refi-ro-me ao lado par (o mesmo do Copam), o Kassab fez com que a qualidade de vida das pessoas residentes nesses prédios caísse, e muito. Não se tem tranquilidade ou descanso com a fileira de ônibus que freiam, param e arrancam

ininterruptamente. Virou o inferno habitar ali, e talvez, num futuro próximo, tenhamos mais um edifício tomado por marginais ou mesmo, como tantos outros no Centro, abandonado. A prefeitura priorizou o novo tribunal, que tomou o lugar do hotel Hilton, deixando a pista do lado impar livre para os moradores do “Redondo” e desembargadores que virão trabalhar ali, em detrimento dos cidadãos dos prédios do lado par. Agora, aos poucos vai cimentando

tudo que tem grama. Por conta da falta de planejamento desses sujeitos que “trabalham” para a prefeitura, logo estaremos a viver num imenso piscinão, pois a água não tem para onde correr! Mas será que essa gente tão estudada sabe coisas tão básicas ou sabe somente sobre dinheiro?

Um melhor ano novo para todos nós.

Aldo Malta aldomalta@yahoo.com.br

tel.: 9214-5613

São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 3 O jornal da região do Centro da Cidade

Comunidade e Limpurb juntos pela limpeza do Centro

No início de Fevereiro, dia 2, as Ações Locais Barão de Itapetininga, 24 de Maio e Paiçandu (entidades filiadas à Associação Viva o Centro) se reuniram com três outras ins-tituições, preocupadas como ela com a questão do lixo na região central. O objetivo do encontro foi discutir diretrizes para o desenvolvimento de um trabalho de conscientização de moradores, comerciantes e trabalhadores, quanto ao des-carte correto do lixo e a obe-diência do horário indicado da coleta. Estiveram presentes, o agente vistor Leonardo Pereira de Toledo, representando o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), a coordena-dora do Curso de Pedagogia da Uniesp, Patrícia Macari, Cátia Cilene de Souza, coordenadora do Curso de Aprendizagem e Enilson Laurindo Albuquerque, coordenador da área de Comu-nicação do Senac 24 de Maio.

O conjunto das Ações Locais

propôs que voluntários fossem convidados para o cadastra-mento dos comerciantes, prin-cipais produtores de resíduo, com foco no perímetro das avenidas Ipiranga, São Luis, Rua Xavier de Toledo e Avenida São João, informando-os sobre as implicações legais, decorrentes do direcionamento incorreto do lixo. Para Leonardo, fiscal do Limpurb, somente a aplicação de multas para quem descarta o lixo fora do horário, resultará em progresso, “os agentes da Limpurb, já realizam esse traba-lho, mas com o envolvimento do voluntariado, poderemos aplicar as sanções legais e diminuir o volume de lixo nas ruas”.

O lixo descartado fora do horário, constitui um sério problema para os transeuntes e comerciantes do entorno: além de bloquear o caminho das ruas (algumas delas já “estreitas”), enseja o acúmulo de animais vetores de doenças, como bara-tas, moscas e ratos, contri-

buindo com as enchentes, pois prejudica o escoamento da água para os bueiros e reservatórios da cidade.

A Uniesp, que oferece bolsas para seus cursos, mediante realização de trabalho volun-tário, correspondente à área de estudo do aluno, viu no projeto das Ações Locais um caminho para municiar seus alunos voluntários e contribuir com a comunidade do Centro. Assim, com a ajuda do Senac 24 de Maio (que já realizou projeto semelhante), na elaboração de material educacional, a univer-sidade irá recrutar e capacitar seus alunos para participarem do projeto. “Existe uma carência de ofertas, ou mesmo dificul-dade para o aluno ingressar em um trabalho voluntário, por mais que as entidades necessitem, há sempre o problema do horário e da burocracia, esse voluntariado em parceria com o Limpurb, trará benefícios para todos”, disse Patrícia Macari.

Leonardo Pereira, do Lim-purb, por sua vez, comprome-teu-se a ajudar na capacitação dos voluntários e utilizar esse trabalho para aumentar a fisca-lização. “São 4 agentes fiscais para todo o centro de São Paulo, mas com o cadastramento dos comerciantes, a fiscalização será mais efetiva”, disse o agente vistor.

Num segundo momento, as Ações Locais atuarão na cons-cientização sobre a importância da coleta seletiva. De acordo com o Limpurb, a prefeitura disponibiliza 20 caminhões da Loga (Logística Ambiental de São Paulo) para esse tipo de coleta nas regiões central, norte e oeste, havendo assim, uma grande dependência das coo-perativas de catadores. São 17 centrais de triagem, com 964 trabalhadores informais, que recebem o lixo e fazem o pro-cesso de separação e aprovei-tamento. Porém, estima-se que somente 7% das 17 mil toneladas

diárias de lixo domiciliar em São Paulo são de fato recicladas pela população. E o mais intrigante é que mais de um terço (35%) do lixo reciclado, acaba direcionado para os aterros sanitários, mis-turando-se com os demais lixos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços (SMS) existem 36 Ecopontos espalha-dos pela cidade, à disposição da população. Os Ecopontos recebem pequenos volumes de entulho (até 1 m³), grandes objetos (móveis, restos de poda de árvores etc.) e resíduos reci-cláveis. O cidadão pode dispor o material gratuitamente em caçambas distintas para cada tipo de resíduo, nessas unidades. Os endereços dos Ecopontos podem ser encontrados no site da prefeitura: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/limpurb/ecopontos/index.php?p=4626.

Por José Eduardo Bernardes

Foto

s: S

ecom

/PM

SP

4 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Linhas Centrais

Saúde e bem-estar

Olá, amigos do Centro em Foco!

Em primeiro lugar, quero agradecer a oportunidade de me comunicar com os leito-res deste diferenciado jornal. Obrigado!

Depois, gostaria de divul-gar a existência da unidade de Saúde da Família, na UBS República, localizada à Praça da Bandeira, 15, que comple-tou um ano em 25 de Janeiro último. Consultas, prescrição de medicamentos, encaminha-mentos a especialistas, coleta de papanicolau, vacinas, reali-zação de curativos podem ser obtidos nesta unidade.

A promoção da saúde atra-vés de grupos educativos e terapêuticos é uma priori-dade. Todos os dias, das 8h30 até as 9h, temos o grupo de caminhada, que tem como ponto de encontro a portaria da unidade de saúde no ende-reço citado acima.

Todas as sextas fe iras , das 13h30 às 15h, temos o grupo do Bem-estar e da Felicidade, com dança circu-lar, poesia, música, teatro, cinema, alimentação saudável, meditação, yoga, alongamen-

tos e passeios diversos, na Galeria Olido, na av. São João, esquina com a rua Dom José de Barros.

Queremos compartilhar a alegria de nosso sarau para Paranapiacaba, realizado neste 20 de Fevereiro. Cerca de 70 pessoas puderam experimen-tar a Promoção da Saúde com poesia , música , l i teratura , alimentação consciente, cami-nhada ecológica, meditação e muito mais!

No dia 08 de Março, a UBS República estará em festa para marcar o Dia Internacional da Mulher! Compareça!

Dia 20 de Março, estare-mos organizando o Encontro pela Paz, às 9h00, no Jardim Botân ico. Teremos Yoga , meditação, alimentação sau-dável (que cada participante deverá levar), poesia, música, teatro, literatura e PAZ! A entrada custa R$ 3,00 e o acesso é fácil por linhas de ônibus que partem do ter-minal D. Pedro e da estação Saúde do Metrô. Aos que quiserem se deslocar de auto-móvel, há estacionamento ao lado do Jardim Botânico ao custo de R$ 5,00 (pelo dia

todo). Encerraremos nosso encontro às 11h00.

Cuidado com a dengue! Evite os pratos de vasos de plantas! Cheque se as caixas

de água estão bem fechadas!

“ N ó s d e v e m o s s e r a mudança que queremos ver no mundo”. (Gandhi)

Paz e Harmonia a todos!

Daniel Ferreira(Médico da saúde da família e

mestre em saúde pública pela USP)

Foto

s: Jo

ca D

uart

e

Embarque na Estação da Luz

Informqações do guia sobre Paranapiacaba

Viagem com palestra

Cheiros e saboresJornal Centro em Foco - edição n° 74

Com a cozinha sob o comando do chef Ceará (José Elisiário), que ostenta em seu currículo a experiência de muitos anos trabalhados em restaurantes como Gero, Fasano, Paddock e Hotel Parque Balneário, o empresário Akira Matsuda, ao lado da irmã Tomoko, inaugurou na sexta-feira, dia 26, no Centro Velho (rua XV de Novembro, 41), a segunda unidade do Mussashi, que, diferentemente da primeira, além da culinária japonesa - sua especialidade - servirá comida brasileira, francesa e italiana.

Akira Matsuda também vai construindo sua história no ramo de restau-rantes, auxiliado por Tomoko, com 35 anos de experiência no segmento. Na gestão do Mussashi pioneiro, instalado no número 28 da rua dos Estudantes, que trabalha com comida japonesa rápida, Akira vive o prazer de receber títulos como o de Melhor Yakissobateria, e ter sua casa recomendada por importantes guias e colunistas especializados em Gastronomia.

No evento de inauguração, ao ser indagado por que optou pelo Centro Velho na escolha do segundo endereço, Akira foi claro e objetivo: “essa região carecia de um bom restaurante focado na comida oriental, mas que também possa satisfazer quem não tem paladar para o tempero dela. Aqui vamos oferecer ótima comida ocidental e oriental, e um serviço de alta qualidade, porque trouxemos para a casa dois dos melhores profissionais de cozinha da cidade: o Ceará e o sushiman Maurício, com vasta experi-ência no ramo. E tudo isso a preços bem acessíveis: em média, cada prato ficará na faixa de R$ 29,90”.

O Mussashi da XV de Novembro adotará o conceito de serviço misto: a base será o service à la carte, complementado pelo self service. Para facilitar a operação das duas linhas de serviço, o arquiteto José Marcos

Mussashi: alta gastronomia japonesae comida internacional na XV de Novembro.

Veja mais sobre a inauguração na página 11

Ribeiro, do escritório Ribeiro & Associados, estabeleceu a compartimentação do ambiente através da escolha de tipos de textura e cores das paredes, e uma eficiente logística na instalação dos móveis e equipamentos. Para identi-ficar o estabelecimento como uma casa japonesa, o arquiteto fez da porta de entrada um grande “pórtico”, na cor vermelha, inspirado no Tori - um símbolo shintoísta: uma porta que representa a divisão entre o mundo comum e o mundo divino.

Akira Matsuda e

o chef Ceará

Foto

s: Jo

ca D

uart

e

No Centro tem boa comida mexicana

Receita de Yakissoba

O El Coyote é o restaurante fast-food do gastrônomo Eduardo Grechi e seu sócio Luis Carlos Gonçalves Marcos, instalado no Copan. A especialidade da casa é uma comida “Tex-Mex”, advinda da especialização que fez Eduardo em cozinha mexicana. Ao lado de Luis Carlos, o gastrônomo, que acumulava experiência em restaurante italiano e organização de eventos na cozinha do Sky (de Emmanuel Bassoleil), desistiu da ideia de montar restaurante no Nordeste (projeto que tinha desde quando se formou em gastronomia), para criar e instalar

Ingredientes: 1,3 kg de macarrão especial para Yakissoba*150 g de carne150 g de frango600 g de acelga200 g de brócoli600 g de repolho150 g de cenoura250 g de tingensai** 150 g de couve flor100 g de cebola

Ingredientes para o caldo:750 ml de caldo de frango1 cebola1 cenoura1 salsinha

6 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Cheiros e Sabores - Jornal Centro em Foco - edição n° 74

o El Coyote num dos mais altos e queridos edifícios do Centro, que antes de completar um ano de existência é sucesso.

A definição “Tex-Mex” para o estabelecimento, na verdade, exige o acréscimo de um Br ou Bra, já que aos burritos, nachos e tacos, temperados com páprica picante e pimentas, e acrescidos de cheddar, barbecue, bacon e sour cream da cozinha texana, foram adicionados temperos brasileiros, soja, alface, agrião e rúcula. Tipicamente da terra dos mariaches, o El Coyote oferece a verdadeira guacamole, prepa-

rada com o avocado (abacate mexicano).

Nesse mix criado por Edu-ardo Grechi, um dos destaques passou a ser o burrito vegeta-riano, cujo sucesso tem superado ao que leva carne. “É que a nossa soja tem sabor: é temperada com pimentão, cebola, azeitona verde e infusão de salsão, cenoura e alho-poró. Não usamos nada químico ou que contenha agro-tóxico”, ele explica.

O cardápio do El Coyote ofe-rece as deliciosas Quesadillas (massa crocante dos dois lados, recheada com mussarela, tomate

e um sabor a escolha do cliente); a Enchilhada (considerada por muitos como “lasanha mexicana”), que o cliente monta do seu jeito e vai ao forno para gratinar a mussa-rela, colocada por cima; e o Frida Kahlo ( combinação de chilli beans, carne moída, mussarela e queijo cheddar derretido, acompanhados de uma porção de Nachos). Sema-nalmente esse cardápio é alterado, com a introdução de diferentes pratos no almoço e jantar - quais-quer que sejam, marcados do toque mexicano.

De acordo com Eduardo e Luis Carlos, a mudança de status

da casa (no início o El Coyote servia apenas lanches), não reti-rou dela duas características típicas de sanduicheria: a agili-dade e a flexibilidade, presentes na montagem dos pratos, para contemplar a vontade do cliente. Às segundas, quartas e sábados o El Coyote mantém algumas promoções, e seu serviço de entrega em domicílio atende todos os dias pelos telefones 5531-4420 e 3256-7213, das 11:45 às 22h30, de segunda à sábado. O restaurante está localizado na loja 25 do Edifício Copan. www.restauranteelcoyote.com.br

Shoyo a gostoAçúcar a gosto* Vendido nas lojas do bairro da Liberdade com o nome de Alpha** Acelga verde chinesa

Modo de preparo:

Macarrão: cozinhe até ficar “al dente”.Caldo: junte os ingredientes e cozinhe por 30 minutos.Molho: refogue a carne e o frango e tempere com sal, pimenta do reino e alho, a gosto. Adicione o caldo já preparado e em seguida adicione os legumes, tempere com shoyo, açúcar e pimenta do reino a gosto. Espere ferver e adicione amido de milho (maisena) até formar consistência no caldo! O molho está pronto.Se preferir, frite o macarrão na frigideira e depois coloque o molho. Em seguida pingue óleo de gergelim a gosto. Rendimento: 5 pessoas.

Foto

s: Jo

ca D

uart

e

Foto

: Div

ulga

ção

Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 74

Cranberry: fruta auxilia no combate às infecções urinarias.Journal of the American Medical Association (Junho 2002), descobriu-se que a proantocia-nidina (PAC), c o m p o s t o encontrado na fruta, atua de forma a evitar que as bactérias ganhem ade-rência na parede do aparelho urinário. Esse efeito dura cerca de 10 horas. O estudo sugere que sejam consu-midos dois copos do suco ao dia, em intervalos apropriados, para que surta o efeito

Especialistas afirmam que 90% dos casos de cistite - infla-mação na bixiga -, decorrem da presença da bactéria Escherichia coli. A necessidade frequente de ir ao banheiro e dor aguda na parte inferior do abdômen são alguns dos principais sintomas da doença. A cura requer uso de antibióticos, mas muitos médicos brasileiros tem indicado o suco de Cranberry como importante auxiliar no seu tratamento, bem como de outras infecções urinárias.

A U.S. Farmacopeia, “bíblia” americana dos medicamentos, traz entre as principais indicações para o tratamento das infecções urinárias, o suco da frutinha. Conforme pesquisa publicada no

desejado. As mulheres nor-te-americanas sempre

tomaram o suco de Cranberry para prevenir e tratar pro-blemas uriná-

rios.As propriedades antis-sépticas do Cranberry

aumentam a acidez da urina, dificultando a proliferação bacte-riana - a “vilã” das infecções urinárias. A proantocianidina

se responsabiliza em impedir que as

bactérias se alojem nas paredes da bexiga e da

uretra, afastando a possibilidade de se multiplicarem.

O Cranberry não é cultivado no Brasil, mas está disponível em forma de suco, nas versões normal e light. Hoje, apenas uma empresa disponibiliza o produto ao mercado brasileiro, a Juxx, que produz o suco no Estado de São Paulo a partir do concentrado importado dos EUA, Canadá e Chile. A bebida ganhou o reconheci-mento da Sociedade Brasileira de Urologia e é recomendada por médicos pelos benefícios que oferece. A versão light do suco traz o selo da Associação Nacional de Assistência ao Dia-bético (Anad).

8 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

A agonia do SUS

Você desejaparar de fumar?

seria viabilizada se ele fosse predominantemente público, por meio de um financiamento adequado, com a prioridade absoluta para a promoção da saúde, com carreira única, gestão profissionalizada e, por fim, democrática por excelên-cia, conceitos que fazem parte do seu arcabouço jurídico. Os adversários do SUS fizeram tudo exatamente ao contrário. Daí os graves problemas que o Sistema enfrenta e que são uti-lizados como argumentos para o golpe definitivo. Vivemos, em consequência de tudo isso, uma grande crise de financiamento, modelo de atenção, relação público-privada, gestão do sis-tema e de trabalho e controle social, tendo como crise maior e de sustentação geral a de impunidade.

O discurso do momento é a necessi-dade de flexibilizar e tornar mais eficiente e moderna a gestão. E isso só seria possível com a realização de “parcerias” e “cola-borações” com o setor privado. Nunca havíamos visto tantos editoriais, entrevistas e discursos nem tanta

gente, inclusive alguns que fize-ram a reforma sanitária, defen-dendo com tanta veemência as “parcerias”, as “colaborações” e a “modernização do SUS”. À revelia da lei, entregam de maneira criminosa a grupos privados o sistema em toda a sua estrutura, num processo que, além de burlar a Consti-tuição Federal, institucionaliza, aperfeiçoa e aprofunda a pri-vatização do Estado brasileiro naquilo que há de mais sagrado: a vida das pessoas.

O Conselho Nacional de Saúde cumpre o seu papel de defesa do SUS e da popula-ção brasileira e apresenta ao governo e ao Legislativo as propostas: regulamentação da emenda constitucional 29; regulamentação do parágrafo 8º do artigo 37 da Constitui-

ção, que trata da autonomia administrativa e f inanceira dos serviços; regulamentação do inciso V do artigo 37 da Constituição, que trata da profissionalização da gestão; flexibilização da Lei de Respon-sabilidade Fiscal para a saúde; criação da carreira única da saúde com responsabilidade tripartite; gestão participativa, humanizada e democrática; serviço civil em saúde durante dois anos para todos os pro-fissionais graduados na área; um projeto nacional de coo-peração das três esferas para estruturar as redes de atenção primária e de serviços especia-lizados nos municípios em todo o país. Essas são propostas que têm sintonia com os princípios do SUS e que, se implemen-tadas, podem for ta lecê- lo e consolidá-lo plenamente. (Artigo foi publicado na Folha de São Paulo, em 13/01/2010)

*Francisco Batista Junior Farmacêutico, pós-graduado

em farmácia pela UFRN (Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte), é presidente do Conselho Nacional de Saúde e servidor do

hospital Giselda Trigueiro, da rede do Sistema Único de Saúde

do Rio Grande do Norte.

O Sistema Único de Saúde e as suas mazelas estão nas manchetes como nunca antes em sua curta história neste país. As filas, as mortes, as carências, os choros, as greves. Mas em nenhuma das man-chetes seus grandes feitos são realçados: os milhões de procedimentos, desde os mais simples até os mais especiali-zados, nada chega ao conhe-cimento da imensa legião de usuários e adeptos e que fazem a inveja de praticamente todos os países do mundo.

Para um país marcado pela ação patr imonia l is ta , pelo autoritarismo, pela concen-tração de renda e pelo uso da doença como forma de enri-quecimento, foi muita ousadia a aprovação de uma proposta política universal, integral, democrática e humanista.

Com subf inanc iamento crônico, deflagrou-se um dos mais violentos ataques jamais praticados contra aquela que consideramos a maior con-quista da história recente do povo brasileiro. O SUS foi colocado à disposição dos grupos hegemônicos políticos e econômicos, que se apo-deraram da sua gestão e dos seus destinos, promovendo

um saque sem pre-cedentes. Nomea-ções clientelistas e oportunistas fizeram o trabalho. Desmon-taram o que havia de rede pública e de componentes estra-tégicos da atenção primária e especia-lizada.

N u m s e g u n d o momento, promo-veram um processo de priva-tização jamais visto no Estado brasileiro, por meio da sistemá-tica compra de serviços, con-comitante à desestruturação do setor público. Em seguida, avançaram na privatização também da gestão do trabalho, por meio dos processos de terceirização de trabalhadores em todos os níveis de formação e qualificação. Mas os inimigos do SUS não estavam satisfeitos. Partiram para o último, defini-tivo e mortal golpe: o processo de privatização da gerência dos serviços que compõem o patri-mônio público, sob a alcunha de “parceria” e “colaboração” com o setor privado.

Sempre tivemos claro que uma proposta abrangente, transformadora, ambiciosa e democrática como o SUS só

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco, publicado uma vez por mês e distribuido gratuitamente em ruas do entorno das estações de metrô Anhangabau e República.Vd. Nove de Julho, 160 - Cj. 91 - Bela Vista - Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: centroemfoco@jornalcentroemfoco.com.br - Conteúdo: matérias da

redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Francisco Batista Junior*

Conheça asvantagens que terá:

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 74

Foto

: Arq

uivo

CN

S

São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 9O jornal da região do Centro da Cidade

“A alma da fome é política”

Na manhã de 19 de Fevereiro, vestidos com camisetas na cor laranja e com vassouras nas mãos, 200 calouros dos cursos de Admi-nistração, Direito e Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizaram um mutirão de limpeza nas ruas da Bela Vista. Foi a realiza-ção do “Trote Sustentável”, promo-vido pela instituição. Os estudantes participaram da varrição das ruas Rocha, Itapeva e Conselheiro Carrão, atividade organizada pela Rede Social Bela Vista e coman-dada por garis da Subprefeitura Sé. Divididos em grupos, eles também realizaram o plantio de árvores em ruas do bairro e integraram um mutirão para coleta de óleo comestível usado.

Junto com os garis, crianças que fazem parte do Projeto Abrace seu Bairro e lideranças comuni-tárias locais, integrantes da Rede Social, os calouros conheceram o bairro - seus buracos, calçadas quebradas, o desrespeito com o

meio ambiente, os desníveis sociais e outras imensas dificuldades, que, provavelmente, não perceberiam, sem participar dessa verdadeira maratona cívica. A meu ver, uma experiência maravilhosa. Foi muito positivo ver o estranhamento desses estudantes diante do que era, até então, desconhecido e sua interação com os garis, respon-sáveis por conduzir o trabalho de varrição. Outro momento lindo foi a entrega de um kit a cada gari, as fotos com todos eles e a delicadeza destes ao pintarem os rostos dos estudantes.

O trote teve o objetivo de sensi-bilizar os calouros para as questões sociais do bairro Bela Vista, onde a faculdade está localizada. “Acha-mos importante mostrar para os alunos que acabaram de entrar, a responsabilidade que cada um tem como cidadão para que, no futuro, sejam líderes conscientes”, informa o Diretório Acadêmico da FGV. O conjunto de tarefas contou com o

apoio da SubSé, da Secretaria Muni-cipal de Verde e Meio Ambiente e da Cooperglicério.

Em busca de novos BetinhosHerbert José de Sousa, o

Betinho, iniciou sua história de luta numa Faculdade, como estes estudantes que foram “batizados” nesse “Trote Sustentável” e por cinco anos viverão nas dependên-cias da FGV. O trote é um ritual de inserção do estudante, porém, pode constituir a iniciação de uma campanha de dedicação ao ambiente em que a Faculdade está inserida. A Bela Vista, ou Bixiga é um bairro com problemas típicos dos bairros centrais: passagem intensa de pessoas e automóveis, muito comércio, custo de vida altíssimo e qualidade de vida pra-ticamente inexistente. Não há aqui equipamentos esportivos gratuitos ou clubes. Temos muitos teatros, nem sempre acessíveis aos bolsos dos moradores. Usufrui quem

pode pagar, pois o espaço privado seleciona o público pela renda.

A representação do poder público integrante da Rede Social Bela Vista dispõe de poucos e mal distribuídos equipamentos de lazer, educação e cultura, que se locali-zam no entorno do bairro, o que demanda locomoção para as áreas onde estão o Teatro Popular do Sesi, Sesc Paulista, Parque Trianon e Parque Ibirapuera. A substituição da praça pelo shopping, como ponto de encontro e troca de expe-riências, é mais um sinal da falência das políticas públicas. Outra grande dificuldade é a falta de empenho da população trabalhadora (flutuante), que não se sente pertencente à região porque, em sua maior parte, mora em outras localidades. Os moradores do bairro, por sua vez, ainda acreditam que as melhorias devem vir obrigatoriamente dos órgãos públicos, sem que tenham de se manifestar.

Aos Betinhos que passarão

a percorrer as ruas da Bela Vista durante os próximos anos dei-xamos o convite: que usem os conhecimentos que adquirirem para tornar mais leve o dia-a-dia de nossa comunidade e que nos ajudem na luta por moradia digna, geração de renda e conquista de saúde e qualidade de vida. Pela forma generosa e incansável com que se portaram durante o trote, posso dizer que essa turma poderá fazer uma grande diferença na vida de nossa comunidade, bastando que, para isto, vistam a camisa de nosso mestre Betinho.

*o título deste artigo é uma frase de Betinho.

Carmen MascarenhasConselheira Municipal de Saúde,

representante doMovimento Popular de Saúde do

Centro e integrante daRede Social Bela Vista

e-mail: pollytaigor@gmail.com

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 74

Foto

s: A

rqui

vo r

ede

Soci

lal

Crianças do Projeto abrace seu Bairro

Garis da Construfert interagem com calouros

Calouros se preparam para as atividades

Calouros e garis recebem kit para atividades

10 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

UBS Bosque da Saúde abriga Centrode Homeopatia e Medicinas Tradicionais

Vegetarianismoe colesterol

Desde Novem-bro do ano passado, a UBS (Unidade Básica de Saúde) instalada na rua João Baptistussi, 55, no bairro Bosque da Saúde, abriga o primeiro Centro de Referência de Homeopatia, Medi-cinas Tradicionais e Práticas Integrativas da cidade. A uni-dade, que antes já oferecia atendimento em home-opatia e medicinas tradicionais, agora é a pioneira na capacitação e atualização dos profissionais dessas especialidades.

“A Prefeitura tem investido na construção de AMAs (Assistência Técnica Ambulatorial), novos hospitais e na ampliação e reforma de unidades de saúde. Em uma cidade de 11 milhões de habitan-tes, você tem também um número grande de pessoas que querem um tratamento alternativo. É isso que este Centro de Referência vai proporcionar”, afirmou Kassab durante o evento de inauguração do novo serviço.

Além da assistência à popu-lação, com as modificações e ampliação realizadas nas suas antigas instalações, hoje a UBS oferece, aos funcionários da rede municipal, cursos de especializa-

A cada semana, cerca de duas pessoas se tornam vege-tarianas em todo o mundo. Este realidade decorre de fatores como: respeito aos animais; mudança de hábitos alimenta-res, visando melhor qualidade de vida, e conscientização de que a produção animal consome grandes volumes de combustível fóssil (produto não renovável). Neste artigo apresentamos a relação entre a dieta vegetariana e as dislipidemias, ou seja, a disfunção do metabolismo de gorduras no organismo.

Atualmente, as doenças crônico-degenerativas mantêm taxas de mortalidade altíssimas nos países ocidentais; as dislipi-demias, que englobam coleste-rol alto (LDL alto e HDL baixo) e triglicérides alto, são a maior causa de infarto do miocárdio, pois com o tempo obstruem as artérias, dificultando a circula-ção sanguinea. A dieta ocidental atual, rica em gorduras trans e saturadas, contribui com o aparecimento da doença, e apenas a mudança de antigos hábitos alimentares, associada à prática de atividade física diária, pode trazer de volta a saúde e o bem-estar.

No vegetarianismo, com a retirada da carne e o aumento na ingestão das fibras alimentares, contidas nos vegetais, cereais e

ção em Homeopatia, medicinas tradicionais e práticas integrativas como Lian Gong, Tai Chi Pai Lin e Yoga, entre outras. Para isso, mantém uma equipe de acupun-turistas, homeopatas, instrutores de práticas corporais, assistentes sociais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e administrativos.

O novo Centro de Referência tem capacidade para acolher cerca de 1.760 pessoas, mensal-mente. Conta com boxes para a prática de acupuntura, uma sala de enfermagem, uma sala para discussão de casos e realização de reuniões e um anfiteatro. Nesse espaço são organizados e abertos à participação da comunidade, grupos educativos de Lian Gong e de Xiang Gong. Independente das novidades, no local foi mantido o fornecimento de kits de diabetes e de oxigenoterapia domiciliar prolongada.

O Centro de Re fe rê nc i a de Homeopatia, Medi-cinas Tradicionais e Práticas Integra-tivas Bosque da Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O serviço é ofere-cido pela prefeitura em parceria com a Associação Saúde da Família (ASF).

Atendimento alternativo é chave para melhor qualidade

de vida Atualmente, mais de 80%

das unidades da rede municipal de saúde já dispõem de grupos de práticas corporais meditativas e atividades físicas. Desta maneira, a Secretaria da Saúde atende à lei municipal 14.682/2008, que cria o Programa Qualidade de Vida com Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde.

“Quanto mais preventiva for a ação da saúde, maior o seu foco na qualidade de vida das pessoas”, afirma o secretário Montone, que promete a expansão do atendi-mento alternativo. “Temos de incentivar a adesão a este tipo de atenção, ao mesmo tempo em que damos continuidade ao trata-mento da alopatia”, diz o titular da Secretaria Municipal de Saúde.

leguminosas, ocorre consequen-temente uma significativa dimi-nuição das concentrações de LDL colesterol e triglicérides no sangue, bem como o aumento da fração HDL (conhecido como “bom” colesterol). Quando se reduz também a ingestão de ovos estas mudanças são ainda mais relevantes.

E quanto às proteínas da carne? Podemos manter uma adequada ingestão diária de pro-teínas dos vegetais, dos laticínios e suplementos alimentares hiperprotéicos. Assim, pode-se retirar a carne da alimentação e ainda melhorar a dieta, pois a escolha do vegetarianismo inclui uma nova visão dos alimentos, levando a pessoa a se importar com a escolha do alimento, sua procedência e o local do con-sumo ou ingestão.

Cláudia P. Barbosa AraújoCRN 21238

araujohcl@hotmail.com

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 74

São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 11O jornal da região do Centro da Cidade

Ao final do jantar, em que o chef Ceará serviu um delicioso salmão grelhado com risoto ao limão e dispôs aos con-vidados, no self service, arroz à primontesa, escalope à parisiense, salada de salmão, camarão à paulista, salada de xuxu com bacon, frutos do mar, entre outras iguarias, os presentes falaram ao Centro em Foco.

O advogado Enrique Martí, disse: “Foi uma surpresa muito agradável, o restaurante Mussashi. Uma opção de qualidade no Centro! Surpresa pelo bom gosto das instalações e a simpatia do Akira. Conheci um espaço que permite a possibilidade de excelente comida japonesa, aliada a uma cozinha internacional com a assinatura de um competente chef - o Ceará. Encontrá-lo foi magnífico, depois de ele ter militado em restaurantes que fizeram diferença nesta cidade, como o Gero. A comprovação disso foi o risoto ao limão siciliano, servido generosamente aos convidados, posso dizer que fazia tempo que não apreciava um prato confeccionado tão harmoniosamente. Sucesso, é o que desejamos e esperamos.

Abraços culinários para o Akira e o Ceará”.“Gostei da casa e da comida, do conjunto. Este Mussashi ficou em local de fácil acesso e as instalações são de

muito bom gosto. A escolha de cores das paredes muito bem feita e uma comunicação visual de primeira. A cozinha e a comida, sem comentários, pois o chef é de primeira. Com certeza o restaurante tem tudo para dar certo por aqui. Agora temos mais uma opção de bom gosto no Centro. Desde já indico”, disse André Bogdan, publicitário residente na Praça Roosevelt.

“Além do cardápio diferenciado, a nova unidade do Mussashi, está bem localizada e de fácil acesso aos frequen-tadores. Experimentei o risoto ao limão, do chef Ceará, e achei saboroso e suave - pretendo indicar aos amigos”, declarou Franciela Fernandes, jornalista.

Para Maria Nicolau, diretora de cursos da Downtown is my classroom “o jantar foi saboroso, o prato servido suave e de fácil digestão, o propiretário, senhor Akira, recebeu com grande simpatia e carinho. Encontrei pessoas interessantes, que me pareceram ter a mesma sensação que eu, quanto ao restaurante, e que tornaram o jantar descontraído, pela conversa agradável e inteligente. Recomendo 100% o Mussashi - eu adorei!”

Carlos Beutel, proprietário do tradicional restaurante vegetariano Apfel, disse: “gostei muito do risoto ao limão, achei saboroso, é suave e bastante agradável; além dele, como vegetariano me limitei a alguns itens do self service, que estavam muito bons. Gostei da casa, é arquitetonicamente bem resolvida, boa decoração, e gerenciada por gente boa - foi uma alegria conhecer o Akira e o Ceará, são simpáticos, carinhosos. Desejo sucesso a eles, pois acredito que o Mussashi veio para acrescentar nessa região”.

Serviço:MussashiComida japonesa,brasileira, francesa e italianaRua XV de Novembro, 41 - CentroTel.: 3106-0606Funcionamento: 2ª a 6ª feirasdas 11h às 16h

Presentes à inauguração falam do novo Mussashi

Cheiros e Sabores - Jornal Centro em Foco - edição n° 74

Chef Ceará

Foto

s: Jo

ca D

uart

e

Salmão grelhado com risoto ao limão

O Apfel sofistica a cozinha vegetariana com sua versão bistrô

Por muito tempo ir a um restaurante vegetariano era sinônimo de desconfiança: será que tudo vai ter o mesmo gosto? Vou encontrar aquele salzinho salvador escondido no canto da mesa? O restaurante Apfel há 26 começou a desmistifi-car com muito esforço essa impressão. Com dois endereços (Centro e Jardins), a variedade e a criatividade em sua cozinha são tamanhas, que conquistou lugar cativo inclusive para não-vegetarianos.

Há seis meses o Apfel - Jardins, funciona também para o jantar com um cardápio à la carte - é sua versão bistrô, que o eleva ao conceito de culinária vegetariana de alta qualidade.

Leticia Bressan de Mattos, gerente da unidade, explica a

grande dedicação na elabora-ção desse cardápio. A relação dos pratos é constantemente renovada, para oferecer opções diferentes ao cliente e também para aproveitar os alimentos próprios de cada estação.

A iniciativa de lançar um bistrô com menu mais sofisti-cado é um tiro certo na falta de restaurantes com alimentação vegetariana à la carte, e, prin-cipalmente, que funcionem no período noturno. O espaço - charmoso e acolhedor - é ambientado com velas e flores nas mesas, compondo com uma proposta de iluminação aconchegante.

Durante o jantar a pedida são cervejas artesanais e orgâni-cas, cachaça e caipirinhas, além de ótimos vinhos. Destaque

para os seguintes pratos: ravióli de bio-massa recheada com shimeji, arroz negro com lentilha e pupunha grelhada, salada de figo com nozes e petit gateau com sorvete de cupuaçu, entre outras delicias.

AlmoçoOs pratos do buffet do Apfel

para o almoço variam diaria-mente. As saladas estão sempre frescas e há uma variedade de sopas especiais - como a de cenoura, laranja e gengibre ou de legumes com ervas. Entre os pratos principais a lasanha de berinjela com tofú, solioli de abóbora e quiche de cebola com massa integral são as estrelas do almoço.

Para este ano, Mylenne Signé promete novidades. Uma segun-

Cheiros e Sabores - Jornal Centro em Foco - edição n° 74

da-feira com almoços temáticos (pratos de várias origens) entrará brevemente em cena. A chef se inspirou na campanha Dia Mun-dial Sem Carne, para estimular os não vegetarianos a experimentar uma alimentação mais saudável e contribuir para o equilíbrio ambiental do planeta.

Apfel x sustentabilidadeMuitos alimentos servidos

são de produção própria do Apfel, como pães e massas. A preocupação com a qualidade dos legumes, frutas e verduras, impõe a preferência aos orgâ-nicos, comprados de pequenos produtores para também esti-mular o cultivo.

“Temos um ideal de susten-tabilidade. Além de usarmos pro-dutos orgânicos, a relação com

o cliente e com os funcionários também segue nesta direção. A busca por uma forma sustentável de vida deve envolver a produ-ção, o consumo dos alimentos e a harmonia de todo o ambiente”, explica Mylenne Signé.

Serviço:Apfel CentroRua Dom José de Barros, 99Tel: (11) 3256-7909Almoço: segunda a sábado,das 11h30 às 15h.Apfel JardinsRua Bela Cintra, 1.343Cerqueira CésarTel: (11) 3062-3727Almoço: segunda a sexta, das 11h30 às 15h; sábados, domingose feriados das 11h30 às 16h.Jantar: terça a sábado, das 19h30 às 23h30.

12 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da CidadeFo

tos:

Div

ulga

ção

Petit gateau comsorvete de cupuaçu

Ravióli de bio-massa recheado com shimeji

Março, mês de celebração e conscientização

São Paulo é palco de encontrointernacional por direitos no trabalho

O Dia Internacional da Mulher é 8 de Março e neste ano, esta celebração completa 100 anos de luta por uma socie-dade mais justa e igualitária. Muitos avanços foram conquis-tados, mas ainda falta muito para que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens.

Uma importante conquista das bancárias foi a ampliação da licen-ça-maternidade de quatro para seis meses, garantida na Conven-ção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. “Esse período de 60 dias a mais é fundamental para a mãe e para os bebês, mas acima de tudo é um direito social”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Toda empresa pode se cadastrar no Programa Empresa Cidadã e conceder esse bene-fício para as trabalhadoras. Os quatro primeiros meses são pagos pela empresa, mas são compensados do INSS. Os dois meses de extensão serão abatidos do Imposto de Renda. “Se você não é bancária, verifi-que com o seu sindicato se sua empresa já fez o cadastro no programa”, reforça Marcolino.

A categoria bancária também foi a primeira a conquistar em convenção coletiva uma cláusula de igualdade de oportunidades,

Mulheres batalham há 100 anos por uma sociedade mais justa e igualitária

Lançamento internacional será com os bancários do Santander e do HSBC.

Nos dias 17 e 18 de Março será realizado, em São Paulo, o lançamento da Jornada Inter-nacional de Lutas realizada pelos bancários do Santander e HSBC, com o objetivo de cobrar dos dois bancos a assi-natura de um Acordo Marco Global que garanta direitos básicos para os funcionários

em todos os países em que essas empresas atuam.

“O Santander Brasil é um dos maiores bancos brasileiros e tem participação fundamen-tal na estratégia mundial do grupo espanhol. Uma empresa desse porte tem condições e o dever de ser grande também nas relações sindicais e traba-

lhistas”, destaca carta entre-gue pelos representantes dos funcionários endereçada ao presidente do banco no país, Fábio Barbosa.

O s banc á r io s t ambém entregaram uma car ta ao HSBC endereçada ao pre-sidente do banco no Brasil, Conrado Engel. Em reunião

com Antonio Carlos Schwer-tner, relações sindicais do HSBC, os representantes dos bancários solicitaram que a empresa negocie e assine o Acordo Marco Global.

Na carta, o Sindicato res-salta que o acordo global com funcionários é o “instrumento ideal” para o HSBC alcan-

çar a identidade comum e a integração das operações mundiais tão almejadas pelo banco. Além disso, prosse-gue o documento, o acordo reforça a relação com os sin-dicatos, assegurando o diálogo e rápida resolução para os problemas apontados pelos bancários.

durante a mobiliza-ção da campanha de 2000. Para Mar-colino, a luta do Sin-dicato é constante para que homens e mulheres que exerçam a mesma função rece-bam salários iguais. “A igualdade deve ser em todos os setores e não apenas para os bancários”, afirma.

Uma das ferramentas para chegar a essa igualdade nas ins-tituições financeiras é a pesquisa chamada de Mapa da Diversidade,

conquistada pelo Sindicato depois de muita pressão sobre a federa-ção dos bancos (Fenaban). A partir

dessa ‘radiografia’, o Sindicato identificou como os cargos de chefia são ocupados, a proporção de homens

e mulheres e de brancos e negros. E apresentou uma série de propos-tas para acabar com a discrimina-ção constatada na pesquisa.

Calendário de atividades

para o Março

08 - Início da Marcha Interna-cional das Mulheres, com saída

de Campinas e participação de Luiza Erundina. Haverá passa-gem por várias cidades, com atividades e concentrações.

18 - Encerramento da marcha.

24 - Seminário sobre aleita-mento materno, com a presença de representante da Sociedade Brasileira de Pediatria, na sede do Sindicato - rua São Bento, 413, Centro.

Dicas culturais

07 - Nesse mês de Março, a Casa das Rosas apresenta o “Especial Mês da Mulher” (Avenida Pau-lista, 37), com curtas-metragens dirigidos por mulheres. Todas as quintas do mês, a partir das 12h30. Grátis.

07, 14, 21 e 28 - Duas atri-zes abordam as mulheres na f ila do almoço e declamam poemas que abordam temas femininos. Após a intervenção, distribuem os “tônicos para a beleza da alma”, pequenas doses de poesias em frasqui-nhos de vidro imitando doses únicas de tônicos embeleza-dores. Com Cia Dona Concei-ção, Janaína Santana. Térreo. Grátis, no Sesc Pinheiros - rua Paes Leme, 195.

Foto

: Mau

rício

Mor

ais/

Seeb

SP

São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 13O jornal da região do Centro da Cidade

14 São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Cidadãos que orgulham o CentroDurante a semana de 25 de Janeiro, dia do aniversário de São Paulo, o Centro em Foco realizou uma sondagem

com 150 pessoas, buscando encontrar 10 personagens que, por sua atuação, aos olhos de trabalhadores e moradores da região central, são vistos como interessantes ou importantes ou indispensáveis no cenário do Centro, lembram de imediato essa porção da capital paulista, por isto são considerados “a cara do Centro”. O resultado nos confirma a diversidade representada pelo paulistano e comprova que o Centro, realmente, é a síntese da cidade.

Esta coluna, Cidadão Central, que foi criada para contar a história da cidadã(o) que se destaca na região central por uma atuação diferenciada ou por características pessoais incomuns, ou pela importância de uma ação cidadã, pela primeira vez coloca no foco mais de um(a) personagem, apresentando aos leitores do jornal um pouquinho do perfil de pessoas dignas de aplauso em nossa sociedade. Eles não são candidatos a nada, são cidadãos do Centro.

Mulher incansável

Quem não a conhece e a encontra caminhando pela rua Japurá e adjacên-cias, indo a Ótica Japurá ou a padaria Palma de Ouro, imagina que ela tenha uma vida compro-missada “apenas” com a sua casa e família, mas a realidade está bem dis-tante disso.

Angela Carrocelli Kleber, 56 anos, casada com um músico da Orquestra Jazz Sin-fônica de São Paulo, é mãe de duas filhas, dona de casa, síndica do prédio onde mora (Edifício Dr. Armando de Arruda Pereira), instrutora de ginástica rítimica Rádio Taissô, presidenta da Ação Local Maria Paula, coordenadora do Curso de Inglês do projeto da EF FOR ALL - no Centro Pastoral São Francisco -, e agente de conscientização comunitária da coleta seletiva de lixo solidária.

A quantidade e diversidade das atividades dessa Cidadã Central chama tanto a atenção, que em dois distintos momen-tos da sua vida, um telejornal da Rede Globo e a TV Câmara designaram repórteres para realização de matéria sobre sua atuação, acompanhando-a durante um dia todo. O destacável e impressionante é que Angela realiza a maioria dessas atividades, simultaneamente, há mais de dez anos.

O empresárioque não deixa o

Centro

Presidente do Conselho de Administração do Grupo Votoran-tim, que mantém mais de 60 mil funcionários, Antônio Ermírio de Moraes nasceu em 04 de Junho de 1928 e é casado, desde 1953, com Maria Regina da Costa, com quem tem nove filhos - cinco homens e quatro mulheres.

Entre as diversas láureas que recebeu ao longo da carreira empresarial, está o título de “Doutor em Metalurgia”, oferecido, em 1989, pela Colorado School of Mines dos Estados Unidos, escola onde formou-se engenheiro metalúrgico em 1949. As principais áreas de atuação de suas empresas são: metais, cimento, papel, química, eletricidade e sucos.

Os compromissos empresariais diários de Antonio Ermírio são inúmeros e diversificados, mesmo assim consegue dedicar tempo à Sociedade Beneficência Portuguesa de São Paulo, à Associação Cruz Verde de São Paulo, à Fundação Antônio Prudente, às Casas André Luiz, entre outras organizações não governamentais, como o Instituto Baccarelli. No Hospital da Beneficência Portuguesa tem atividade mais intensa, pois é seu presidente.

O empresário também tem hobby: o teatro. Escreveu e produziu três peças teatrais, representadas em várias cidades do país: Brasil S.A., SOS Brasil e Acorda Brasil.

A personificação da elegância paulistana

Regente titular e diretor artístico da Orquestra Experimental de Repertório, com 60 anos de idade, ele é um dos ícones da elegância paulistana, representa muito bem o que há de melhor na capital, porém, ao contrário do que muitos acreditam, não nasceu em São Paulo, é natural da cidade de Piracicaba, no interior paulista, de onde saiu em 1970. Lá iniciou seus estudos musicais, depois veio para São Paulo, onde preparou-se para poder estudar música na Alemanha, a partir de 1973. Foi nesse país que graduou-se em Regência Orquestral, na Escola Superior de Música de Detmold.

De volta ao Brasil, em 1980, Jamil Maluf assumiu os cargos de regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade São Paulo. Em 1990 criou a Orquestra Experimental de Repertório, tor-nando-se seu regente titular e diretor artístico. Sobre a região onde vive a maior parte do seu dia, o maestro diz: “Defino o centro de São Paulo como o velho coração que ainda teima em bater”.

O desenhista fiel e amante do concreto central

Paulistano nascido na Mooca, em 1º de Março de 1974, casado e pai de uma filha, Marcelo Senna é um artista plástico autodidata, que come-çou a desenhar aos 6 anos de idade, quando ainda fazia o primário. O artista tem atelier em casa, onde trabalha quase sempre sob a vigilância de seus três cachorros, pois entende que na sua profissão poder dormir e acordar quando dá vontade é muito bom e importante. Então, ao falar de sua vida, declara feliz que tem “um estilo de vida bem legal”.

Há dez anos, Senna realiza exposições de desenhos iconográficos gigantes da cidade de São Paulo, quase sempre somente à lápis, o que tornou-se sua marca registrada. Paradoxalmente, o artista afirma: “dias nublados sobre os prédios acinzentados do Centro, são a minha inspiração”.

Amaral, o balconista mais famoso do Centro

Pelo nome Benilson Xavier de Souza ele é um grande desconhecido, mas, pelo apelido que ganhou no estabelecimento onde trabalha há 33 anos, o Amaral é conhecidíssimo, a ponto de ser impossível afirmar se foi ele, por sua simpatia e eficiência no desempenho das funções de balconista, que contribuiu para que o “sanduíche de pernil do Estadão” ganhasse status de ícone paulistano, ou se foi o fato de trabalhar com a especialidade do Bar e Lanches Estadão é que fez dele o baiano “naturalizado” paulistano, mais conhecido da cidade.

Natural de Vitória da Conquista, o corinthiano Amaral chegou em São Paulo no ano 1968 e ganhou o apelido ali mesmo no balcão em que trabalha, na época em que o Corinthians contratou o volante Amaral e ele era torcedor fanático do time - hoje se diz “light”. Homem simples, com 63 anos de idade, ele está sempre bem humorado - atende a todos quase sempre com largo sorriso; com os conhecidos faz brincadeiras, mas não gosta de falar de sua viuvez. Amaral é o funcionário mais antigo do Estadão e como o estabelecimento é cons-tantemente procurado pela imprensa, tendo sido alvo de matérias inclusive de publicações estrangeiras.

Cidadão Central

São Paulo/SP - 28 de Fev. a 31 de Mar. 2010 15O jornal da região do Centro da Cidade

O doutor Quixote

Auro Lescher, formado em Medicina, em 1988, pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, é o fundador e coordenador geral do Projeto Quixote, serviço ligado ao Departamento de Psiquiatria Social da UNIFESP, que atende crianças e adolescentes em situação de risco desde 1996. Por sua atuação à frente do Projeto, o médico foi distinguido com o selo Fellow da Ashoka - Empreendedores Sociais.

Lesher também é consultor de organizações não governa-mentais e prefeituras em vários estados do Brasil sobre a questão da criança e do jovem em situação de risco. E antes de criar o Quixote, entre outras atividades, coordenou projetos sociais como o do Centro de Referência Nacional para Prevenção do Uso Indevido de Drogas e da Infecção pelo HIV, da Escola Paulista de Medicina, e o Biruta - Grupo Biruta de Artes Cênicas, Organização Não Governamental que, através das artes cênicas, trabalha aspectos da qualidade de vida de pacientes psiquiátricos, crianças que vivem nas ruas de Santos.

Ao longo de sua carreira, até o momento, Auro Lescher foi co-autor dos livros: “Panorama autal das dependências”, pela Editora Atheneu (2006); “Drogas na escola: Alternativas Teóricas e Práticas”, pela Summus Editorial (1998); e “Dependência: compreensão e assistência às toxi-comanias”, pela Editora Casa do Psicólogo (1996).

Em 13 anos, o Projeto Quixote atendeu cerca de 8 mil crianças, jovens e mães. Na região central, em áreas como a “Cracolândia” e Vale do Anhangabau, mantém o Programa Refugiados Urbanos, que te o objetivo de transformar a história de meninos e meninas em situação de rua, oferecendo-lhes atendimento clínico, pedagógico, social, psicológico e psiquiátrico.

O andarilho do Centro

Bacharel em Direito, pela Faculdade do Largo São Francisco, comerciante por opção e prazer, como gosta de dizer, “Carlinhos” tem 55 anos, é pau-listano (nascido e criado no Bom Retiro), casado e pai de três filhas. Declara-se fã de Mahatma Ghândi e Martin Luther King e, curiosamente, gosta de citar pensamentos da Madre Tereza de Cal-cutá. Uma frase dela expressa bem, aos olhos de seus amigos, a maneira como

aparentemente ele vive: “Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje, comecemos”. Espirituoso e quase sempre bem-humorado, Carlos Beutel tem fome de viver o presente de maneira plena e consequente, e estimula os outros a fazê-lo. Sério e determinado, ele o faz com responsabilidade.

Homem de vida simples, mas de muita atitude, demonstra gostar muito da vida em coletividade, pois quase tudo o que faz é de interesse coletivo. Aliás, as três atividades que desenvolve por voluntarismo e cidadania, têm lugar no Centro (uma de suas paixões): organiza e promove a Caminhada Noturna pelo Centro, é diretor militante da Ação Local Barão de Itapetininga e membro conselheiro do Conseg Centro. Devido a essa “militância cidadã”, Beutel tem sido distinguido por diferentes instituições civis, com títulos e prêmios destinados ao voluntariado. Atualmente está se desdobrando para realizar um debate sobre a gestão do Centro, com a parceria de dois vereadores - de diferentes partidos, o que evidencia seu espírito democrático e desapego ao partidarismo.

Mestre dos intérpretes do carnaval paulistano

Edimar Tobias da Silva, cantor, radialista e ator, é o “Thobias da Vai-Vai”, e seu atual presidente. Paulistano, de 51 anos, iniciou sua carreira de sam-bista através da Gaviões da Fiel, quando ainda era uma das alas da Escola, tornando-se mais tarde seu puxador. Foi considerado por especialistas, um dos maiores intérpretes de samba-enredo de todos os tempos no país. Ele é presidente de honra da Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares.

Para Thobias “o cartão de visitas de qualquer cidade do mundo é a preservação e o carinho com que trata sua região central, como se esta fosse uma sala de visitas ou de jantar”.

Guardião do templo dos rockeiros

Ele tem 59 anos, é bacharel em Jornalismo e Psicologia, pós-graduado em Administração e Marketing, e fotógrafo. Seu nome no registro civil é Antonio de Souza Neto, mas ficou popular, muito conhecido, como “Toninho da Galeria” - codinome que lhe foi colocado como uma marca, desde que passou a realizar um intenso trabalho pela recuperação e modernização do edifício Grandes Galerias, que com o novo conceito conquistado a partir das reformas realizadas por ele, ganhou o nome de Galeria do Rock.

O “Toninho da Galeria” é casado com Rute há mais de 30 anos e tem dois filhos, que atualmente trabalham bem próximos dele. Aliás, trabalhar é o que mais faz esse aficionado por rock, com aparência de careta, se comparado ao personagem Ramón, síndico da fictícia Galeria do Rock da novela global Tempos Modernos, que consiste em um dos núcleos da trama, inspirado na galeria da vida real.

Toninho conta com 50 funcionários para manter a ordem na galeria, hoje uma referência até mesmo para não rockeiros, de tal modo que acumula apelidos como um dos (prédios) “queridinhos do Centro”. Ele iniciou sua história com o espaço, como lojista, depois foi líder dos titulares das 450 lojas existentes (200 delas dedicadas ao rock), até atingir o status de “Toninho da Galeria”, o guardião do templo dos rockeiros.

O cantor do povo

Toninho Nascimento, músico, cantor, compositor e arranjador nasceu Antonio Durval do Nascimento, no Jabaquara, em 1963. Filho do telegrafista Benedito do Nas-cimento e da cantora Cacilda Machado, na adolescência era

“bom de bola” e quis ser jogador de futebol, foi office-boy em duas importantes empresas: Interclínicas e Eletrocontroles Villares, mas, autodidata, aos 18 anos resolveu dedicar-se à música e viver dela e para ela, então surgiu o Toninho Nascimento.

Depois de gravar 1 disco de vinil, 11 CDs e 1 DVD, com seus projetos realizados em praça pública e já bastante conhecido na região central da cidade, o artista ganhou fama nacional ao participar do Programa Raul Gil, então na TV Record, por 33 semanas. Mas a despeito disso, Toninho continua se apresentando nas praças, “onde o povo está”, com a firme convicção de que o seu cantar é uma missão: “as pessoas precisam relaxar um pouco, precisam esquecer por um pouco os seus problemas, que são muitos, por isso eu não falto à praça”.

Atualmente, além dos shows que faz em diferentes centros culturais, clubes de empresas casas de entretenimento, Toninho Nascimento se apresenta nas principais praças da região central e com alegria diz: “o Centro faz parte da minha história”.

Cidadão Central