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Documentário em P&B mostra o triste destino do jegue , um ícone nordestino Teste da impressora Fuji Instax Share Faça efeitos especiais sem Photoshop + N O 221 | Ano 19 | fEVEREIRO 2015 Teste da lente Tokina 70-200 mm Tina Gomes Avaliamos a zoom com abertura constante f/4, uma ótima opção para DSLR Nikon A incrível história da ex-cobradora de ônibus que se revelou uma artista de talento na fotografia 12 câmeras da linha 2015 para você escolher nikon d5500 Conheça a DSLR intermediária da Nikon e veja ainda as grandes novidades de Canon, Fuji , GoPro, Panasonic, Pentax, Samsung e Sony Confira dicas para você fazer book de gestante ao ar livre Aprenda 7 esquemas de luz de estúdio para fotos de produtos Primeira DSLR Nikon com touchscreen Lançamento

Fotografia

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Documentário em P&B mostra o triste destino do jegue, um ícone nordestino

Teste da impressora Fuji Instax Share

Faça efeitos especiais sem Photoshop

+

NO 221 | Ano 19 | fEVEREIRO 2015

Teste da lente Tokina 70-200 mm

Tina Gomes

Avaliamos a zoom com abertura constante f/4, uma ótima opção para DSLR Nikon

A incrível história da ex-cobradora de ônibus que se revelou uma artista de talento na fotografia

12 câmerasda linha 2015 para você escolher

nikon d5500Conheça a DSLR intermediária da Nikon e veja ainda as grandes novidades de Canon, Fuji, GoPro, Panasonic, Pentax, Samsung e Sony

Confira dicas para você fazer book de gestante ao ar livre

Aprenda 7 esquemas de luz de estúdio para fotos de produtos

Primeira DSLR Nikon com touchscreen

Lançamento

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H á pouco mais de um ano recebi a ligação de um velhoamigo, o fotógrafo Manuel Marques. Ele falava com en-tusiasmo de uma mulher muito simples que fazia fotos

incríveis com poucos recursos e quase nenhum conhecimentode fotografia. Era um talento bruto que ele conhecera pessoal-mente depois de ver imagens dela publicadas no Facebook.Manuel se propunha a fazer a ponte com ela para que publi-cássemos uma reportagem na revista.Pauta aceita, ficamos de implementá-la mais à frente, face

a muitas outras que já estavam acertadas. Mas por um dessesdesencontros e clichês, do tipo “caprichos do destino”, a repórterque estava encarregada de tocar a pauta acabou indo paraoutra revista da casa e, com a correria do dia a dia, a sugestãode Manuel acabou caindo no esquecimento. Uma falha.Porém, mesmo com atraso (mil desculpas Manuel), mos-

tramos nesta edição, em reportagem de Karina Sérgio Gomes,o trabalho fantástico de Tina Gomes, uma ex-cobradora deônibus às voltas com uma depressão que encontrou na fotografiauma maneira de se expressar e exorcizar seus fantasmas. Écomovente a forma com que ela fotografa: retratos em que osfilhos são os modelos em produções caseiras, cheias de im-proviso e criatividade, num pequeno espaço, com luz escassa. Tina tem olhar e alma de artista. Um dom congênito, uma

essência cultural que ultrapassa limites da precária formaçãoeducacional e vence os preconceitos da origem humilde demoradora de região carente da cidade de São Paulo. É o talentosobrepujando diplomas e academicis-mos. Não tenho dúvida de que o trabalhodela é muito mais vigoroso, criativo e ar-tístico do que o mostrado por várias “es-trelas” da fotografia que estiveram nosúltimos Paraty em Foco. Que a possívelfama que venha a desfrutar daqui parafrente não a tire do caminho que vemdesbravando para sua arte. Boa leitura.

Editor e Diretor Responsável: Aydano RorizDiretor Executivo: Luiz SiqueiraDiretor Editorial e Jornalista Responsável:Roberto Araújo - MTb.10.766- [email protected]

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Sérgio BrancoDiretor de Redação

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Fevereiro 2015 5

Sumário

Marcelo Buainain

Walter Carvalho

Tomaz Vello

7 luzes para fotos de produtosDicas para imagens de still dadaspelo especialista Tomaz Vello

Contrastes de Walter CarvalhoConheça o novo livro do famosodiretor de fotografia de cinema

Ao jegue com carinhoDocumentário trata do triste futurodo animal que é ícone do Nordeste

Fotos de capa:Diego Meneghetti,

Tina Gomes edivulgaçãoPortfólio do Leitor

Conheça o trabalho de Danny Bitencourt 24As cores do passadoA arte de colorir antigas fotos em P&B 28Book de grávidasAprenda com as dicas de Laura Azueta 34

E ainda

Nikon D5500 e mais 12 novidadesAs câmeras que chegam ao mercado 82Teste Tokina 70-200 mm f/4Confira esta opção para Nikon full frame 92Teste Fuji Instax ShareUma impressora que une duas épocas 96

A alma de artista de Tina GomesDe ex-cobradora de ônibus a fotógrafa 44

METADADOSInformações de uma grande foto

GRANDE ANGULARNotícias e novidades

REVELE-SEAs fotos selecionadas dos leitores

RAIO XAs fotos dos leitores comentadas

LIÇÃO DE CASACrie efeitos especiais sem Photoshop

CORREIOMensagens e dúvidas dos leitores

FIQUE POR DENTROExposições, concursos e cursos

Ano 19 • Edição 221 •Fevereiro de 2015

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METADADOS

Fotografe Melhor no 2216

COM UMA 50 MMNa borda da cachoeira, nãomuito longe da ação, Carliernão precisou de tele. Usou umaNikkor 50 mm f/1.4 acoplada àsua Nikon D300S. Ele ajustou aabertura f/4 e a alta velocidadede 1/3200s com ISO 100 parafazer o flagrante. Carlier tem22 anos de experiência comesportes de aventura e viaja omundo atrás de cenas assim.

Oesportista radical americanoGary Edgeworth se preparapara um salto corajoso na

Queda da Mesa, uma cachoeiradentro do Parque Nacional de Targ-hee, no Estado de Idaho, EstadosUnidos. Posicionado para fazer afoto, o fotógrafo suíço David Carlierconta que este foi um dos primeirosdisparos dos muitos que fez na-quele dia. “Gosto desta foto porqueGary parece que vai se jogar na es-curidão, num buraco negro. A ima-gem tem o lado escuro e o lado bri-lhante, onde batia a luz do sol, como caiaque vermelho bem destacado,suspenso no ar. Foi um momentoúnico que consegui congelar”, ex-plica David Carlier.

Mergulho naescuridão

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Fevereiro 2015 7

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Travel Photographerof the Year 2014

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GRANDE ANGULARNOTICIAS E NOVIDADES DO MUNDO DA FOTOGRAFIANOTÍCIAS E NOVIDADES DO MUNDO DA FOTOGRAFIA

O concurso, dedicadoa imagens feitasdurante viagens,contou com inscriçõesde pessoas de cercade 100 países e umabrasileira ganhoumenção honrosa

F oram anunciados os no-mes dos premiados noconcurso Travel Photo-grapher of the Year 2014,

voltado para registros feitos du-rante viagens. E entre eles está oda brasileira Bruna Brandão, queganhou menção honrosa na ca-tegoria Uma Foto, Um Momento,por uma imagem que fez na Ale-manha. Nela, um homem anda poruma rua cercada de árvores nuas,e grossos flocos de neve caem. Ovencedor principal, que recebeu otítulo de Fotógrafo de Viagens doAno, foi o inglês Philip Lee Harvey,que fez ensaios de igrejas de pedra

Philip Lee Harvey

Travel Photographerof the Year 2014

Veja fotos premiadas no

Detalhe de mulher Himba feitopelo inglêss Philip Lee Harvey,vencedor do prêmio máximo

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Fevereiro 2015 9

em Lalibela, na Etiópia, e de mu-lheres da tribo Himba, da Namíbia.

O americano Samuel Fisch, de17 anos, ficou em primeiro lugarna categoria Jovem Fotógrafo deViagens do Ano, restrita a menoresde 18 anos. Ele é o primeiro a ga-nhar o mesmo título duas vezes(a primeira foi em 2012). Nessaedição, ele venceu com imagensfeitas em Burano, na Itália.

Na categoria Novo Talento, oprêmio foi para o italiano Massi-miliano Fabrizi, com registros deCuba. O norueguês Johnny Ha-glund levou a melhor em duas ca-tegorias, em Monocromática, comuma imagem feita na Colômbia,e em Momento Único, com umacaptura feita na República Demo-crática do Congo.

O malaio Nick Ng Yeow Keefoi premiado na categoria Tribos(portfólios) com uma foto em pre-to e branco de um grupo de pes-

soas idosas que vivemna China. Em Terra, Ar,Fogo e Água, o primeirolugar ficou com o ale-mão Marsel van Oos-ten, com um portfóliofocado em troncos se-cos de um tipo de acácia que sóexiste na Namíbia, envoltos emneblina. O polonês Piotr Trybalskiescolheu um tema mais vivo: re-gistrou uma viagem feita de bi-cicleta pela costa norueguesa e

venceu na categoria Es-pírito de Aventura.

Em Selvagem & Vi-brante, quem ganhou amaior pontuação foi oaustraliano Joshua Hol-ko, com uma foto de um

urso polar com a face vermelha,depois de se alimentar de umafoca. Foram 148 fotos premiadasou que receberam menção hon-rosa; para ver todas, acessewww.tpoty.com/winners/2014.

Bruna Brandão

Samuel Fisch

Piotr Trybalski

Acima, foto dopolonês Piotr

Trybalski feita naNoruega: ela foia vencedora dacategoria Espírito

de Aventura

Acima, foto da brasileira BrunaBrandão, que ganhou mençãohonrosa esta imagem feita naAlemanha; à dir.,registro doamericano Samuel Fisch,

premiado na categoria Jovem

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GRANDE ANGULAR

Fotografe Melhor no 22110

CURTAS

O fotógrafo Cristiano Xavier apre-senta uma nova expedição,

dessa vez com destino à Patagônia(Chile e Argentina). O roteiro começano dia 11 de abril de 2015 e seguepor sete dias, passando por El Calafete (Argentina),Torres del Paine, Cuernos del Paine e Glaciar Grey,esses três últimos no Chile. O pacote (preço mínimo:US$ 3.790) inclui hospedagem com café da manhã,um almoço, dois jantares, traslados, entrada aos locaismencionados no roteiro e acompanhamento de guiasem português e espanhol e de Cristiano Xavier.Passagens aéreas não fazem parte do pacote. Paramais informações, acesse www.onelapse.com.br.

Foto mostra aregião de Torresdel Paine, Chile,um dos lugares

previstos no roteiro

Estão abertas até13 de março de

2015 as inscrições parao Prêmio Conrado Wessel(FCW), o maior concursobrasileiro em termos depremiação em dinheiro.Qualquer um pode parti-cipar enviando um ensaio(publicado ou inédito)com no mínimo dez fotos

que tenha sido compro-vadamente produzidasentre 1o de janeiro de2013 e 15 de dezembro de2014. Com o tema “BrasilContemporâneo”, o pri-meiro colocado receberáR$ 114,3 mil. O regula-mento e o formulário deinscrição estão disponí-veis em www.fcw.org.br.

Inscrições abertas para o Prêmio FCW

Uma foto do australiano Peter Lik bateu o novorecorde de foto mais cara do mundo. A paisagem

Phanton, feita no Antelope Canyon, no Arizona (EUA),foi vendida por US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 17 milhões)a um colecionador que não quis se identificar e queadquiriu ainda as fotografias Illusion, por US$ 2,4 mi,e Eternal Moods,US$ 1,1 milhão, ambas também deLik. A compra milionária coloca as três imagens dofotógrafo australiano entre as mais caras do mundo,ao lado obras feitas por Andreas Gursky, Cindy Sher-man, Jeff Wall e Edward Steichen O recorde anteriorpertencia ao alemão Andreas Gursky, com a foto RheinII, vendida por US$ 4,3 milhões em 2011.

Foto de australiano é a mais cara do mundo

Já o fotógrafo Fabio Elias levará viajantes à Mian-mar e à Tailândia. A expedição está prevista para

o período de 27 de outubro a 12 de novembro de2015. Embora ainda distante, as vagas são poucase o pagamento, se for parcelado, precisa terminarantes da viagem. No roteiro, idas a Bangcok (Tai-lândia) e Bagan, Yangon e Mandalay, todos em Mian-mar. O pacote inclui acomodações, acompanhamentode Fabio Elias, guias, entradas em pontos turísticosmencionados no roteiro e transporte terreste. CustaUS$ 5.999 e a passagem aérea não está incluída.Para mais informações, ligue para (21) 2494-5250ou acesse http://migre.me/nB7JK.

Cidade Yangon é um dos destinos que devem ser visitados

Viagem fotográficaà Patagônia

Expedição para explorarMianmar

Divulgação

Peter Lik

Divulgação

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GRANDE ANGULAR

Fotografe Melhor no 22112

Ocasamento coletivo de 1.600pessoas que ocorreu em de-

zembro de 2014, em Curitiba, fi-cará registrado para sempre namemória dos noivos e nos arqui-vos dos alunos do curso de foto-grafia do Centro Europeu que re-gistraram o evento. Todos os anosacontece na capital paranaenseo casamento coletivo para casaisque queiram oficializar a união,mas não têm como pagar por ela.Em 2014, uma parceria com o

Tribunal de Justiça, o Sesc Pa-raná e a supervisora do curso defotografia do Centro Europeu, Tâ-nia Buchmann, levou alguns alu-nos da escola para fotografar os800 casais no dia do mais espe-rado “sim”. Francielle Grott, ElvisKisner, Vanessa Lima e Telizia

O site Busque Fotógrafofoi lançado recentemente

com um objetivo nobre: encon-trar fotógrafos em qualquer lu-gar do Brasil. O cadastro é gra-tuito e cada participante podefazer uploadde até cinco fotosde seu portfólio. Caso o visitantedo site se interesse, os contatosestão disponíveis facilmente. Osite já conta com cerca de cincomil profissionais cadastrados.Para mais informações, visite:www.busquefotógrafo.com.br.

Os estudantesdoaram os registrosfeitos aos 800 casaisque participaram dacerimônia coletiva

Foi assinado em dezembro de 2014um contrato de comodato entre o

Museu de Artes de São Paulo (Masp) eo Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB).Nele está previsto que o FCCB fará aconcessão de 275 fotografias ao Masppor 50 anos, sendo ao final doadas de-finitivamente para o museu. As fotossão principalmente de fotógrafos mo-dernistas, como Geraldo de Barros,

German Lorca eThomaz Farkas,e feitas entre1940 e 1960.

A tradicional revistaamericana Time fez,

no final de novembro de2014, uma lista com os 27melhores fotolivros do ano,considerando publicaçõeslançadas em diversos paí-ses. Um dos fotolivros se-lecionados foi Centro, dopaulistano Felipe Russo.

O fotolivro é uma série deregistros do centro de SãoPaulo. A publicação podeser comprada por R$ 70 nosite do próprio fotógrafo,www.feliperusso.com.

FCCB acerta comodato com o Masp Encontre osprofissionais

Trabalho de GermanLorca está entre as275 cedidas ao Masp

Imagem do fotolivro Centro,de Russo, eleito um dos

melhores de 2014 pela Time

Ger

man

Lor

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Casamento coletivo tem coberturade estudantes de fotografia

Prado, acompanhados da pro-fessora Juliana Gouveia, cederãoas fotos feitas em dezembro de2014 gratuitamente aos noivos.O material também será usadopara uma exposição a ser reali-zada em 2015, ainda sem previ-são de data de abertura.

Fotolivro de brasileiro é destaque da revista Time

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Elvis Kisner

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GRANDE ANGULAR

Fotografe Melhor no 22114

Famoso por retratar ce-lebridades como Marilyn

Monroe, Marlon Brando eFrank Sinatra, morreu no dia13 de dezembro de 2014, em decorrênciade problemas cardíacos, o fotógrafo ame-ricano Phil Stern. Ele tinha 95 anos e co-meçou a carreira como aprendiz em umestúdio de Nova York. Depois atuou na Se-gunda Guerra como cinegrafista do exército.Com o fim do conflito, Stern participou como

fotógrafo de filmes de Hollywood, o que fa-cilitou seu acesso às grandes estrelas docinema. Nascido em 3 de setembro de 1919,no fim da da vida, Phil vivia em um lar paraveteranos de guerra em Los Angeles.

Foi inaugurado em São Pauloum novo estúdio fotográfico

para locação, com arquitetura ins-pirada no bairro Soho, em NovaYork (EUA). O Blink Studio contacom duas salas de 90 m², camarinsequipados, estúdio daylight (comteto retrátil) e espaço gourmet paraa produção de fotos de gastronomia.Há ainda diversos equipamentospara locação. O estúdio está loca-lizado na Av. Vereador José Diniz,2.741, Brooklin. Para mais infor-mações, ligue: (11) 2339-7457.

Retrato deMarylin

Monroe feitopor Phil Stern

Fotógrafo de 95 anosvivia em Los Angeles

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Morre o fotógrafo Phil Stern

Adeus, Michel duCille

O jamaicano Michel duCille, 58anos, trabalhava para o jornal

americano Washington Post co-brindo o problema da ebola emum vilarejo na Libéria ao lado deum repórter quando teve um ata-que cardíaco, em 11 de dezembrode 2014, e não resistiu. MichelduCille ficou conhecido por terganhado três prêmios Pulitzers,o maior prêmio do jornalismo dosEUA. O primeiro foi em 1986 poruma cobertura que fez da erupçãodo vulcão Nevado del Ruiz, naColômbia; o segundo em 1988 porum ensaio sobre viciados emcrack que estavam em tratamen-to, em Miami; e o terceiro em2008, por um trabalho de denún-cia de maus tratos contra vete-ranos feridos no Hospital WalterReed, em Washigton.

AWorld Photography Organization(WPO), a mesma que é responsável

pelo Sony Awards, em parceria com aGlobal Imaging Ambassadors, lançou oprograma #FutureofCities, um trabalhodocumental feito por doze fotógrafosque busca investigar o crescimento e

desenvolvimento urbano de algumas dasmaiores cidades do mundo. Entre os paí-ses incluídos no roteiro estão EstadosUnidos, China, Inglaterra, Brasil e México.O projeto pode ser acompanhado peloFacebook, Instagram, Twitter e pelo sitewww.imagingambassadors.sony.net.

O futuro das cidades em imagens

Estúdio para locação

DuCille, acima, ganhou o Pulitzer de1988 com um ensaio sobre crack, abaixo

Apiário em cima de telhado registradoem Londres por Abbie Trayler-Smith

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GRANDE ANGULAR

Fotografe Melhor no 22116

O desastre e o sucesso de Rui RezendeEm dezembro de 2014 foi lançado

o livro Oeste da Bahia – O NovoMundo, composto de 228 imagensfeitas pelo fotógrafo baiano Rui Re-zende e textos escritos pelo jor-nalista Cícero Félix. O livro, comimagens que são tão documen-tais quanto artísticas, tem gran-des possibilidades de ser um

sucesso. No entanto, a produção

do conteúdo foi marcado por um aci-dente terrível com Rezende.

No dia 24 de julho de 2014,por cercadas 11h da manhã, ele sobrevoava umaplantação de algodão para fazer o re-gistro panorâmico de um desenho nochão que havia sido criado por ele pró-prio com uma colheitadeira. Por motivosainda não totalmente esclarecidos, oavião de pequeno porte em que estavacaiu, e o fotógrafi ficou gravemente fe-rido. Permaneceu dez dias em comainduzido, e depois entrou em um trata-mento que durou 140 dias. Felizmentefoi só um susto. Rui rezende está sau-dável e recuperado atualmente.

Ele produziu cerca de 50 mil fotos,tendo visitado 35 municípios e percor-rido cerca de 130 mil km durante trêsanos e meio, os quais resultaram naobra Oeste da Bahia – O Novo Mundo.O livro retrata não somente as planta-ções do oeste baiano, mas também anatureza exuberante, as cachoeiras ecavernas, a vida das pessoas e o im-portante Rio São Francisco. A obra,

editada pela agên-cia P55, está dispo-nível nas grandeslivrarias pelo preçosugerido de R$ 160.

Acima, meninos improvisam bicicleta emMorrinhos (BA); ao lado, plantação de soja

O céu riscadopelas estrelasna região da cidadede Mansidão,oeste da Bahia

Fotos: Rui Rezende

NOVIDADES NAS LIVRARIAS

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REVELE-SE

Fotografe Melhor no 22118

de rádio ao vivo da década de 1950,deliciando os espectadores commúsica, dança e figurino da épocaáurea das rádios brasileiras.

Responsável por manter a me-mória teatral do grupo desde 2005,o fotógrafo José Agnaldo captouharmoniosamente durante a peçao movimento do balanço da saia daatriz, focando a empolgante cantoraao fundo, criando uma imagemcheia de cor e nostalgia.

Na era do rádio

Com o incentivo da Associa-ção dos Funcionários Pú-blicos do Estado de São

Paulo e coordenação do diretorJorge Julião, o grupo de teatroRádio Ilusão, formado por pessoasacima de 60 anos, apresentou emnovembro de 2014 o espetáculoEnquanto houver saudade. A peçaexibida no Teatro Commune, nazona central de São Paulo (SP),se passa durante um programa

Autor: José Agnaldo Vasconcelos Cidade: São Paulo (SP)Câmera: Canon EOS 50DObjetiva: Canon 18-135 mmExposição: abertura f/3.5 evelocidade de 1/40sRegistro: captura digital, ISO 1000

Ficha Técnica

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A Lagoa do Portinho é um dosmais belos cartões-postaisde Parnaíba (PI). No entan-

to, ela está praticamente seca ecom o futuro ameaçado.

Sem chover regularmente hámais de quatro anos na regiãopiuiense e com denúncias de pes-soas que represam a água da la-goa, o local passou a atrair olharesde tristeza de visitantes e prejuízospara quem trabalha no lugar.

Revoltado com a situação,Adriano Mendes fez um protestoparticular, usando a fotografia co-mo meio de manifestação.

Organizou a produção, convi-dando a modelo Valéria Mota paraposar de banhista melancólica. Oassistente Jardiel Carvalho, do Co-letivo R.U.A, foi o responsável poriluminar a modelo com um flashdedicado, colocado à esquerda de-la, em ângulo de 45 graus.

Protesto fotográfico

Autor: Adriano MendesCidade: Parnaíba (PI)Câmera: Canon EOS 60DObjetiva: Canon 24-105 mm Exposição: abertura f/4 evelocidade de 1/40sRegistro: captura digital, ISO 1250

Ficha Técnica

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REVELE-SE

Fotografe Melhor no 22120

O triatlo é uma combinaçãode três modalidades de es-porte: natação, ciclismo e

corrida. Geralmente, o esporteocorre nessa ordem, sem inter-rupção entre as modalidades.

Em Brasília (DF), é disputadaanualmente uma prova da espe-cialidade com triatletas do Dis-trito Federal. Amante de triatlo,o fotógrafo Eduardo Mulfordacompanhou o campeonato fa-

zendo diversos registros.Durante a modalidade de ci-

clismo, sob um sol escaldante,alguns atletas se esforçavam pa-ra chegar ao topo de uma subidacom as bicicletas.

Eduardo se posicionou em umcanto lateral da via, em frente àcena, e captou a imagem reve-lando a expressão de entusiasmoe determinação dos triatletas du-rante a competição.

Prova de fogo

Autor: Eduardo Mulford Cidade: Brasília (DF) Câmera: Nikon D40Objetiva: Nikkor 55-200 mmExposição: abertura f/5.0 evelocidade 1/1000sRegistro: Captura digital, ISO 250

Ficha Técnica

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Entortada, esse é o nometécnico, segundo o fotógrafoSedenir Taufer, para a ma-

nobra mais tradicional (e muitoradical) do motocross.

Sedenir, amante do esporte,conseguiu o registro ao lado du-rante o exato momento em que owhip (como também é conhecidaa manobra) era executado.

Ele conta que é preciso acom-panhar com a câmera, ajustadapara alta velocidade de obturação,a trajetória do salto do piloto. Épreciso ficar bem atento, pois noar a moto fica virada em um ân-gulo de 90 graus e o motociclistapraticamente separa parte do cor-po da moto, ficando apenas comas mãos segurando na manopla.

A entortada foi uma das pri-meiras manobras a surgir no mo-tocross de estilo livre e ainda hojeé uma das mais radicais. Não é àtoa que existem campeonatos so-mente de whip mundo afora.

Entortada voadora

Autor: Sedenir Taufer Cidade: Caxias do Sul (RS) Câmera: Canon EOS T2iObjetiva: Canon 18-200 mm Exposição: abertura f/6.3 evelocidade 1/320sRegistro: captura digital, ISO 400

Ficha Técnica

Page 22: Fotografia

REVELE-SE

Fotografe Melhor no 22122

A foto de Marcius RogérioFrancisco ilustra bem aideia de que uma imagem

criativa pode surgir a partir de sim-ples situações cotidianas.

A intrigante imagem leva a fal-sa impressão de que o registro éde um túnel abandonado, consu-mido por musgos e plantas in-crustradas nas pedras que re-vestem o lugar.

No entanto, Marcius explica

que a foto foi feita na cidade tu-rística de Paranapiacaba, distritodo município de Santo André (SP).E, na realidade, não é um túnel,e sim um poço quase seco.

O fotógrafo teve a ideia de po-sicionar a câmera em um ângulomais lateral e ajustou o foco parao fundo do poço. Como havia ain-da um pouco de água, o céu foirefletido nela, dando a sensaçãode “fim do túnel”.

Luz no fim do poço

Autor:Marcius Rogério Francisco Cidade: São José dos Campos (SP) Câmera: Canon EOS T3iObjetiva: Canon 18-55 mmExposição: abertura f/5.6 evelocidade 1/100sRegistro: Captura digital, ISO 400

Ficha Técnica

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Elias Daroz é apaixonado pormacrofotografia. É no jardimde casa que encontra ma-

ravilhas que não podem ser vistasa olho nu. Segundo Daroz, o mun-do macro é uma explosão de cores,formas e detalhes perfeitos deuma incrível beleza não percebidapela maioria das pessoas. É o que

ele busca mostrar.Para retratar esse universo, o

fotógrafo catarinense cria imagenssem uso de flash, apenas com luznatural e uma lente macro. A fotoacima traz uma fresca folha de ce-bolinha, tendo as flores plantadasno jardim espelhadas nas gotículasde água presas à hortaliça.

Flores na cebolinha

Os autores das fotos selecionadas parapublicação na revista receberão umabolsa modelo Fancier, da Greika, paraequipamento fotográfico. Para participardo “Revele-se”, envie até três fotos, nomáximo, em arquivo digital (formatoJPEG), para: Reda ção de FotografeMelhor, Rua MMDC, 121 – Butantã – São

Paulo (SP), CEP: 05510-900, ou para o e-mail [email protected] no e-mail: nome, endereço,telefone, ficha da foto (equipamento,dados técnicos...) e um breve relato(local, data...). Os arquivos devem ter, nomínimo, 13 x 18 cm com resolução de 200a 300 ppi. Evite arquivos muito pesados.

Mande fotos e ganhe uma bolsa para equipamento fotográfico

Autor: Elias Daroz Cidade: São Bento do Sul (SC) Câmera: Nikon D90Objetiva: Nikkor 40 mm micro Exposição: abertura f/14 eexposição de 1/250sRegistro: captura digital, ISO 320

Ficha Técnica

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PORTFÓLIO DO LEITOR

Fotografe Melhor no 22124

A pintora de imagensA gaúcha DannyBitencourtinspira-se namitologia parafazer trabalhosem fine art.Saiba mais sobreo trabalho dela

A fotógrafa e professora de fo-tografia Danny Bitencourt, 27anos, estava com dificuldadespara dormir. Em vez de tomar

remédios, preferiu comprar um livro so-bre mitologia. Começou a lê-lo esperandoque o sono viesse. O que surgiu em suamente, entretanto, foram inspiraçõespara o ensaio Mitos, ao qual se dedicounos últimos dois anos e que expôs entre13 de janeiro a 13 de fevereiro de 2015no Espaço 512 em Porto Alegre (RS).

Apaixonada por imagens subaquá-ticas, Danny foi cursar Biologia. Mas, em

seis meses, percebeu que a apreciaçãopor fotos feitas dentro d'água nada tinhaa ver com o estudo da vida. Resolveu, en-tão, abandonar a faculdade, sair de PortoAlegre, sua terra natal, e viajar por trêsmeses pela Califórnia, EUA. Em SantaMônica, a oeste de Los Angeles, descobriuo que queria fazer da vida. “Tudo ali giraem torno do teatro e do cinema. Áreasque sempre gostei. Foi então que descobria fotografia”, lembra.

De volta ao Brasil, passou a cursarFotografia na Ulbra, na capital gaúcha.Ainda como estudante, direcionou a car-

Nonono nonon nonono nonono nononono nonono nonono nonono nonono nono nonono nonono nonono no ononono nonono

A fotógrafa trabalhou comatores e bailarinos para

dar vida às personagens,como estas ninfas

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reira para trabalhos como coberturade eventos, fotojornalismo e, prin-cipalmente, imagens de teatro e dan-ça. “Aos poucos, percebi que não eraaquilo que queria. Comecei a sentira necessidade de fazer um trabalhomais autoral”, conta.

OS MITOSFoi buscar na internet o que fo-

tógrafos de outros países estavamfazendo e descobriu nomes que maisa atraíam, como a americana BrookeShaden, a polonesa Laura Maka-bresku e a russa Katerina Plotnikova,que se dedicam à fotografia de fineart. “Elas se inspiram em temas oní-ricos e contos de fadas e produzemimagens com o intuito de promoversensações. Estudei essas fotografiase percebi que era isso que buscava”,afirma Danny.

A fotógrafa contou com a ajuda de uma produtora de cinema na produção dasimagens: acima, imagem inspirada na deusa Hera; abaixo, em Aracne

Fotos:Danny Bitencourt

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Assim que descobriu, dentro damitologia, um tema para trabalhar,a gaúcha contratou uma produtorapara ajudá-la na criação das ima-gens. A fotógrafa escolheu doze per-sonagens mitológicos e escreveu ro-teiros reinterpretando, a seu modo,cada ser e pensando nos atores quechamaria para fotografar.

“Não queria trabalhar com mo-delos porque eles são muito preo-cupados com a própria imagem. Pre-cisava de alguém que vivesse aquelaspersonagens”, conta. E, como co-nhecia muitos artistas do tempo quecobriu teatro e dança, já sabia qualroteiro combinava com que pessoa.

PRODUÇÃOCom exceção das fotos Minerva

e Dionísio, feitas em estúdio, as de-mais foram produzidas em locações– mas em todas foi usada apenas luznatural. A fotógrafa trabalhou apenascom a lente 24-85 mm, que revesounas câmeras digitais Nikon D7000 eD610, e a analógica Nikon FM10.

Embora Danny tenha trabalhadobastante na pós-produção, não hánada nas imagens que tenha sidoaplicado durante o tratamento. Fle-chas, sangue, coroas de flores, ani-mais... todos os detalhes faziam parteda produção no momento do clique.“Não faço montagem. Faço pinturade imagens. Eu mesma crio os filtrosque aplico usando fotos antigas. Tra-balho com muitas camadas até con-seguir o efeito desejado”, explica.

Ela, que antes tinha horror a tra-balhar com Photoshop, hoje vê o pro-grama como um aliado da produção.“É uma maravilhosa ferramenta paraa continuidade da criação”, diz. Suaexposição deve ir, nos próximos me-ses, para outras cidades do Rio Gran-de do Sul ainda a ser definidas.

Danny Bitencourt usou somente luz natural, mesmo em estúdio, como naimagem Dionísio, acima, ou em locação externa, como abaixo, em Psique

Para participar desta seção, envieno máximo dez fotos do seu

portfólio, em baixa resolução, para o e-mail: [email protected]ão publicados somente os queforem selecionados pela redação, um portfólio a cada edição.

Fotos:Danny Bitencourt

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OLHAR GLOBAL

Fotografe Melhor no 22128

Retrato do imperador D. Pedro II, de 1876: Dana Keller faz uma pesquisa minuciosa para definir as cores que usará

É interessante ver uma fotohistórica do imperador D.Pedro II (1825-1891) comseus profundos olhos azuis-

claros. Ou do chefe Sioux Red Hawk,retratado originalmente em sépiapor Edward Curtis em 1905, cercadopor uma planície verde em Dakotado Sul, nos EUA. Isso é possível gra-

ças ao americano Dana Keller, de27 anos, um craque na colorizaçãode imagens monocromáticas do finaldo século 19 e início do século 20.

Keller explica que, embora a fo-tografia exista desde 1827, foi so-mente em 1907 que o filme coloridopassou a ser comercializado (pelosirmãos Lumière, os mesmos que

cores do passadoO restaurador das

Baseado em pesquisasde época, o americanoDana Keller temfeito sucesso mundialao colorizar comeficiência importantesfotos antigas em P&Bou sépia. Confira

POR GABRIELLE WINANDY

Arquivo Biblioteca Nacional

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Fevereiro 2015 29

inventaram o cinema). Desde essaépoca, fotografar em cores ou emP&B passou a ser uma questão deescolha estética ou financeira (e ofilme P&B foi por muito tempo bemmais barato). Talvez por isso tenhademorado algumas décadas até ofilme colorido se tornar popular, oque ocorreu a partir de 1942 com olançamento do filme negativo colo-rido Kodacolor, da Kodak. Até então,grandes momentos da história uni-versal eram vistos em ampliaçõesfeitas em P&B ou sépia.

O especialista americano diz quea colorização, feita corretamente,pode ajudar as pessoas a se conectarcom a história, pois podem torná-

O chefe Sioux Red Hawk emregistro de 1905 feito por EdwardCurtis: o líder indígena participou

de 20 batalhas, inclusive umacontra o general Custer, em 1876

Edward Curtis

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Fotografe Melhor no 22130

de registros originais. Aprecio uma con-trovérsia interessante, mas entendo o quefaço como uma forma de respeito e reve-rência à história. A colorização não é parasubstituir ou melhorar a versão em P&Bou sépia, e sim para apresentar uma novaperspectiva ao observador”, defende-se.

HOBBY CERTOKeller começou a pensar em colori-

zação quando estava na faculdade fazendouma especialização em arte e viu o tra-balho de um artista que tinha colorizadoalgumas fotos. “Para mim, aquelas ima-gens colorizadas com muito cuidado eatenção não pareciam reais, e sim pinturas.Sendo um estudante de arte na época, etendo alguns conhecimentos em fotogra-fia, me perguntei se conseguiria colorizarfotografias de forma realística”, lembra.

Começou a fazer algumas tentativasno Photoshop, programa que usa até hoje,e amigos começaram a notar. Logo elepassou a cobrar para colorizar fotos defamília, e, no tempo livre, trabalhava comimportantes imagens antigas que já es-tavam em domínio público. Hoje, a colo-rização é sua principal fonte de renda. Atéas fotos P&B de domínio público lhe ren-

la mais próxima, imediata e relevante. For-mado em Ciência da Arquivologia (ou seja,é especializado em preservar documentose fotografias atuais para futuras gerações),Keller admite que colorizar imagens an-tigas nem sempre é bem aceito entre osprofissionais do seu meio. “Alguns veemo que faço como uma violação deliberada

Desempregadosesperam sua vez paratomar sopa de graçaoferecida pelo gângsterAl Capone em Chicago,EUA, durante a GrandeDepressão de 1931

Autor desconhecido

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dem algo de vez em quando nas oca-siões em que licencia as imagenscolorizadas para uso comercial.

Dana Keller cobra um mínimode US$ 145 para colorizar fotos P&B.“O valor varia, pois depende da qua-lidade e da complexidade da foto, ese é necessário algum trabalho res-taurativo”, informa. O tempo do tra-balho também é relativo. Se tempoucos detalhes, em cerca de duashoras está feito. Se a imagem temmuitos elementos ou detalhes, podedemorar dias para ser colorizada.

VIDA EM CORESPara quem vê o trabalho pronto,

a maior questão é em relação às co-res: como Keller sabe quais são astonalidades certas para cada ele-mento da foto? Esse, sem dúvida, éo maior desafio da profissão.

Ele afirma que não escolhe ascores aleatoriamente. Há muita pes-quisa envolvida. “Não há nenhumainformação referente às cores ori-ginais em uma foto P&B, portantoé extremamente importante queseja feito um estudo contextual dascores da época”, comenta. Isso sig-nifica tentar descobrir a cor do cabelodo personagem retratado, por exem-plo, por meio de outros registros,como livros (no caso de personagensfamosos como o presidente Abra-ham Lincoln) ou que cor de casacoera mais frequente quando a foto foifeita. “Mesmo com a pesquisa, vocêsó pode ter certeza até certo ponto.Depois disso, uso uma licença ar-tística”, diz.

Outra dificuldade que Keller fre-quentemente enfrenta é quando afoto não tem definição suficiente (e,nesse caso, não dá para mexer) ouquando a foto tem uma variação mí-nima de tons de cinza, algo prejudi-cial para aplicar cores realistas.“Imagens em P&B são feitas compreocupações diferentes de quandoo registro é em cores, normalmentecom contraste ou exposição exces-sivos para permitir uma colorizaçãocoerente”, relata Keller.

E, claro, imagens cujos direitosautorais não estão ainda em domínio

Um curioso eperigoso lance depolo auto fotografadoem 1095, jogoque chegou a serdisputado nos EUAno início do século 20

A imagem dasmeninas que

entregam gelo, de 1918, mostrauma mudança

de costumes nosEstados Unidos

Fotos: US National Archives

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OLHAR GLOBAL

Fotografe Melhor no 22132

público são proibidas, a menos quea colorização seja solicitada direta-mente pelo dono dos direitos auto-rais da foto. Já as que estão em do-mínio público ele consegue peloacervo do site da Wikipedia ou da Bi-blioteca do Congresso dos EstadosUnidos. Estas são escolhidas pormotivos de entretenimento pessoal.

“Gosto de escolher imagens queme tragam dúvidas: como essa re-presentação histórica seria se a fotofosse feita hoje? E como o fotógrafoa viu no momento em que a fez?”,

comenta. E atualmente o trabalhodele já está tão popular nas redessociais que frequentemente nem éKeller que pensa em uma nova foto:fãs sugerem imagens, que muitasvezes ele não conhece. “Quando issoocorre, descubro novos personagense eventos da história do mundo, ecrio uma versão vívida e colorida quede outra forma talvez as pessoas ja-mais conhecessem”, diz.

Dana Keller, que nasceu e viveem Boston (Massachusetts), tam-bém tem seus dias de fotógrafo.

Desde o colegial ele fotografa es-poradicamente. “Cheguei a foto-grafar casamentos e paisagens porum tempo, mas agora passo maistempo sentado diante do compu-tador editando e colorizando”, afir-ma. Isso o influencia no sentido deque, conhecendo os aspectos téc-nicos da fotografia, consegue teralguma ideia de como as coreseram registradas na época em queP&B era a única opção – para vermais fotos do portfólio dele, acessewww.danarkeller.com.

Retrato deAbraham Lincolnfeito em 1865, omais idolatradopresidente dosEstados Unidos

Parece a Índia, mas é um desfile deelefantes indianos no Luna Park, emConey Island, Nova York, em 1905

Nonono nononono

Fotos: US National Archives

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Ensaio ao ar livrepode ser uma boa

opção para incluir oprimeiro filho do casal

interagindo com abarriga da gestante

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Ensaio de gestanteSaiba como usar lugares ao ar livre, como parques urbanos, praçasou clubes, para dar um toque mais atraente em books para grávidas

POR LIVIA CAPELI

S essões de fotos de grávidasem locações ao ar livre, co-mo parques e praças pú-blicas, estão ganhando ca-

da vez mais simpatizantes. E há al-gumas justificativas para isso: custaalto para muitos profissionais (prin-cipalmente os iniciantes) investirem um estúdio e mantê-lo; outrofator é a preferência dos próprios

clientes, pois muitos pedem fotosem ambientes externos.

Além disso, fora do espaço res-trito do estúdio algumas pessoastendem a se comportar de maneiramais espontânea – principalmentequando o ensaio envolve o registrode um irmão do futuro bebê ou deum animal de estimação do casal.Outro diferencial é que existe uma

boa variedade de cenários e o clientepode interagir com ele, facilitandoum pouco mais a direção fotográfica.

Laura Alzueta, especialista emfotos de gestantes e de recém-nas-cidos, oferece a suas clientes tantoopção de fotos em estúdio quantoem ambiente externo. Aqui ela mos-tra detalhes, truques e pré-requi-sitos para trabalhar com luz natural,

Laura Alzueta

em ambientes externos

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Fotografe Melhor no 22136

DICAS PROFISSIONAIS

Em locações externas, aproveite para fazer variações: em algumas imagens,explore a natureza ao redor, em outras, abuse de ângulos mais fechados ao ar livre. Conheça os prós e con-

tras de realizar um ensaio em am-biente externo com as dicas dela.

ESTUDE A LOCAÇÃOAs melhores locações externas

para fazer ensaios de gestantes sãosempre em áreas abertas, comoparques urbanos, praças públicas,os jardins de uma casa de campo,o gramado de um clube ou as areiasde uma praia interessante. Esseslugares devem ser escolhidos con-siderando a acessibilidade, a segu-rança, a iluminação e a boa preser-vação do local. Além disso, é neces-sário saber previamente se há exi-gência de autorização para fotografarna locação escolhida.

Laura diz que normalmente oprocesso para solicitar licença emparques urbanos ocorre de maneiramuito simples: nos menores, basta

Fotos: Laura Alzueta

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Nonono nonono nonono nonono nononono nonono nono nono nonono nonononononono nonono nono nono nonono nonono nononono nonono nono

Use a luz do sol filtrada pela copa de algumas árvores para criar um efeitode luz: acima, Laura Alzueta aproveitou a atraente iluminação sobre o casal

passar na administração e informarsobre a realização do trabalho. Noentanto, alguns são mais burocrá-ticos do que outros, exigindo umadocumentação e a assinatura deum termo de responsabilidade.

Uma dica importante é saber so-bre as regras do parque. Por exem-plo: há os que não aceitam a entradade animais. Portanto, devem ser des-cartados da lista quando existe o pla-no de registrar a gestante ao lado dobicho de estimação do casal.

Encontrar o lugar mais apro-priado dentro da locação para fazero ensaio é uma outra preocupaçãofundamental. Quando o fotógrafonão tem muito contato com a loca-ção escolhida, vale sempre reservarum dia antes para fazer um reco-nhecimento de território: “É essen-cial observar a natureza ao redor,como está o cenário de acordo coma época do ano, se há flores, folhassecas… Nessa visita também apro-veite para criar um repertório desetsque pretende usar. Fique atentoa bancos, brinquedos de parquinhos,troncos de árvores, portões, lagose pontes – eles serão essenciais pa-ra usar de apoio para algumas po-ses”, ensina Laura.

Se o ensaio for realizado em umlocal público, procure marcá-losempre em dias e horários de pou-co movimento. Caso contrário, ébem provável que apareçam “figu-rantes” na foto. Outro fator impor-tante: levante informações parasaber se o local é seguro.

LUZ NATURALEm ambientes ao ar livre, a ilu-

minação varia o tempo todo, prin-cipalmente em dias de céu nublado.Logo, a dica é fazer a medição deluz a partir do fotômetro da própriacâmera. E, ao ter o sol como prin-cipal fonte, é possível explorar al-guns recursos de iluminação, comoa contraluz e a luz suave e filtradapela copa de árvores.

Já um dos grandes inconvenien-tes de fotografar em áreas ao ar livreé o clima. Dependendo da previsãometeorológica, pode ser necessário

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Fotografe Melhor no 22138

DICAS PROFISSIONAIS

remarcar a sessão para outro dia, o quecompromete bastante a agenda de tra-balho do fotógrafo. Ter horários mais fle-xíveis é uma vantagem e uma necessidadenesse tipo de trabalho.

Laura afirma que, em geral, o melhorhorário para registrar gestantes ao arlivre é sempre por volta das 9h ou apósas 16h (para captar o pôr do sol). Contudo,ela gosta muito de fotografar também emdias nublados, que tendem a ter uma luzmais difusa. Já em dias de sol muito forteuma boa saída é registrar a gestante pro-tegida pela sombra das árvores.

“No final da tarde, principalmente nohorário de verão, o pôr do sol pode pro-porcionar agradáveis registros. Exploreisso. Porém, não se esqueça das tempes-tades, muito recorrentes nessa época doano”, ensina Laura. Para ela, o ensaio nãodeve ultrapassar mais de duas horas, poisnormalmente as grávidas tendem a secansar com mais facilidade, principal-

mente nos dias quentes do verão.O período gestacional ideal para rea-

lizar as sessões em ambientes externosdeve ocorrer entre a 26a e 35a semanas(ou seja, por volta do começo do sextomês e final do sétimo). Nessa fase, a bar-riga aparece bem, a gestante ainda estábem-disposta e pouco inchada.

É sempre recomendável começar oensaio com as poses em que a grávidaprecise ficar em pé ou tenha de caminhar.Deixe para o final do ensaio as imagensem que a gestante se senta em um bancoou se deita na grama. Evite circular demaispela locação, procure saber se a grávidanão tem alguma restrição médica e pensesempre no conforto da futura mamãe.Um item importante é levar garrafas deágua fresca para oferecer à cliente.

ACERTE NA PRODUÇÃOA gestante que opta por um ensaio

ao ar livre geralmente tem um perfil mais

O figurino do casal devecorresponder com aideia de naturalidade;outra dica é pedir para agrávida ir com um toppor baixo da roupa parafacilitar a troca de looks

A especialista LauraAlzueta, de 53 anos

Fotos: Laura Alzueta

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Miniguia de poses para fotos no parque

PLANOS MAIS ABERTOSEscolha uma locação que

proporcione uma agradável paisagem.Certifique-se de que não haja muitaspessoas circulando pelo local. Façaretratos da grávida em planos maisabertos, incluindo o cenário ao redor.Incorpore o marido, outros filhos e atéum bichinho de estimação. Fotos comtodos caminhando geram resultadosinteressantes. Essas fotos são ótimaspara começar o ensaio e fazer comque os modelos fiquem maisdesinibidos diante da câmera.

ENCOSTADA NA ÁRVOREProcure uma árvore com um desenho harmônico e deuma espécie que não tenha espinhos. Dê preferênciapara um local bem iluminado. Peça para a gestanteencostar no tronco, com um dos pés apoiados nochão e outro na árvore – isso proporcionará uma belapostura. Mãos na barriga são sempre bem-vindas.

APOIADA EM UM BANCOHá sempre bancos em parquesou praças. Use o encosto delescomo apoio para que a grávidafaça uma pose. Oriente-a paraapoiar um dos pés no chão e ooutro no encosto do banco.Poses da gestante sentada nobanco com o marido e osoutros filhos do casal logoatrás também proporcionamboas imagens.

CLOSESFaça muitos closes da barriga. Abuse de adereços,usando uma plaquinha com o nome do bebê, fitas decetim, o pai beijando a barriga… Não se esqueçatambém de incluir closes do rosto da futura mamãe.

PLANOS DE CIMASuba em um banco e peça à

grávida para ficar sentada nochão. Faça várias fotos delaolhando para a câmera, outrasadmirando a barriga e depoisconvide o marido paraparticipar.

SENTADA OU DEITADA NO GRAMADOLeve uma manta para o local do ensaio. Estenda-a no chão e exploreposições da mãe sentada ou deitada. Varie os ângulos e peça para agrávida interagir com a barriga, seja pousando as mãos sobre ela ouadmirando-a. Faça também variações focando apenas no rosto dagrávida. Deixe para a parte final do ensaio as poses da gestante sentadaou deitada, já que ela poderá estar cansada nessa altura.

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Fotografe Melhor no 22140

DICAS PROFISSIONAIS

Leve para a locaçãoadereços como placasimpressas com o nomedo bebê e cabides parapendurar as roupinhas

esportivo ou aventureiro. Portanto, aprodução pede uma maquiagem leve,apenas de correção. Amenizar as olhei-ras e criar um brilho nos lábios são re-comendados, mas nada de exagerar com

sombras coloridas e batons de tonali-dades marcantes. O cabelo deve estarlimpo e escovado.

É importante manter o estilo naturaltambém no figurino. Normalmente, sãousados de três a quatro looks diferentes.Saias compridas, calças jeans e vestidoslongos são curingas. Priorize tambémas roupas que exponham a barriga.

A grávida deve ser orientada a vir comum top por baixo da roupa. Ele será muitoútil na hora de variar os looks, principal-mente em locações onde não existambanheiros para troca de roupa. Ambientesexternos combinam bem com pés des-calços, logo, peça para que a gestantevenha com um calçado confortável, ape-nas para circular pela locação.

Para o marido, o fotógrafo deve so-licitar camisetas ou camisas de coresneutras, sem estampas e listras. Umacalça jeans ou uma bermuda com estiloesportivo também faz uma boa combi-nação. Quando há irmão envolvido noensaio, o look da criança também podemanter a linha mais despojada.

Fotos: Laura Alzueta

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Acima, Laura fotografa agestante com seu animal de

estimação; ela geralmentereserva a parte da manhãou o final da tarde para os

ensaios ao ar livre

ADEREÇOS ESPECIAISPara deixar o visual do trabalho

ainda mais atraente é possível levarpara a locação externa alguns ade-reços especiais. Laura conta quecostuma usar bexigas, livros infan-tis, bolinha de sabão, fitas de cetim,bandeirinhas, placas e lousas paraescrever o nome do bebê, assimcomo cabides de roupa (que sãopendurados em galhos de árvorecom uma roupinha da criança).“Deixe todos os adereços em umabolsa e mostre ao casal. Deixe queeles escolham o que desejamusar”, ensina Laura.

Ela captura as imagens comuma Nikon D700 equipada com asobjetivas 24-70 mm f/2.8, 105 microf/2.8 (para closes) e 50 mm f/1.4. Senecessário, Laura usa o flash dedi-

cado Nikon SB-910 rebatido, sejapara preencher sombras ou parapontos de luz. Fazer um seguro parao equipamento fotográfico tambémé muito importante para quem fo-tografa em externa.

Mantenha na bolsa de fotografiaalguns cartões de memória de 8 GBe de 16 GB e baterias extras. Lem-bre-se de que quando há outros filhosdo casal a tendência é clicar muitomais, pois crianças em locações aoar livre sempre rendem muitas fotos.

A fotógrafa conta que costuma

entregar aos clientes aproximada-mente 45 imagens em um álbumdiagramado. Quanto ao preço co-brado pela sessão, ela comenta queprocura cobrar o valor equivalentea um ensaio em estúdio, mesmosabendo que não há custos de im-postos, aluguel e gastos com águae luz. E a justificativa é muito sim-ples: o ensaio consome tempo naagenda, assim como custos de des-locamento, desgaste de veículo, im-previstos, além do risco de furto oudano ao equipamento.

Arquivo Pessoal

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VIDA DE FOTÓGRAFO

Autodidata, a ex-cobradora de ônibus usaa fotografia como remédio para aliviar ossintomas de depressão e cria incríveis retratosusando os filhos como seus principais modelos

POR KARINA SÉRGIO GOMES

T rês da tarde. Esse é o horário em que amelhor luz entra pela janela do aparta-mento de 40 m2 de Tina Gomes, 39 anos,em um conjunto habitacional de Cidade

Tiradentes, bairro pobre no extremo leste dacidade de São Paulo. Ela corre com os filhospara fazer ensaios fotográficos que vêmchamando a atenção de muita gente, en-tre eles o renomado jornalista GilbertoDimenstein, que articulou pelo siteCatraca Livre, em parceria com aGaleria Samba Photo e o InstitutoEuropeu de Design, a primeiraexposição da fotógrafa autodi-data que ocorreu no ConjuntoNacional, na Avenida Pau-lista, entre dezembro de2014 e janeiro de 2015.A paulista Tina Go-

mes é semianalfabe-

Tina GomesA contadora de histórias

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A filha do meio,Sofia, de 11 anos, é

uma das modelosmais requisitadas

nas produções

Tina Gomes

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ta, sofre de depressão, nevralgia e hérniade disco. Mas tem uma grande sensibi-lidade para criar imagens de deixar muitosfotógrafos estudados e viajados de queixocaído. Seu primeiro contato com a foto-grafia foi em 2013, quando começou a re-gistrar com um celular cenas que via pelajanela do ônibus enquanto era cobradorado coletivo da linha que ligava Cidade Ti-radentes ao centro da capital paulista.“As pessoas me perguntavam como eufazia aquelas imagens. Mas era apenaso que eu via. Não sei explicar. Muitos dizemque fotografia é luz. Mas fotografia é ver”,afirma. E o que começou como um pas-satempo para o monótono vaivém setransformou no melhor remédio paravencer a depressão. Quando é chamadade fotógrafa, ela adverte: “Não sou fotó-grafa. Eu conto histórias”.

REDE SOLIDÁRIAQuando estava grávida do sexto filho,

Tina sofreu um aborto espontâneo. Aperda da criança acarretou em uma de-pressão profunda. Ela começou a fazerautorretratos na tentativa de se livrarda dor. “Não conseguia falar. A fotografiafoi a maneira que encontrei para me co-municar”, lembra. Com a divulgação deseu trabalho na internet, ela acabou des-pertando a atenção de um grupo de fo-tógrafos que começou a ajudá-la. Umadas primeiras contribuições foi a doaçãode uma câmera semiprofissional usada,que pouco tempo depois acabou soltandoo espelho. O fotógrafo Stefan Patay – umdesses amigos da rede de contatos queTina fez pelo Facebook – tentou mandararrumar o equipamento, mas não tinhamais conserto.

Para realizaras produções, afotógrafa usa oque tem à mão,

como retalhosde tecido, tinta

guache, terra oujornal; véus de

tule são umaconstante em

sua obra

Fotos: Tina Gomes

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Fotografe Melhor no 22148

Para ela não parar de fotografar, Pa-tay deu-lhe uma semiprofissional NikonCoolpix 6000 que tinha e não usava. Pa-ralelamente, junto com outros amigos,tentava arrecadar dinheiro para comprar

uma câmera melhor. O grupo organizoua venda de arquivos digitais de fotos deTina a R$ 100. Com a venda de 25 ima-gens, foi possível comprar uma CanonEOS Rebel T3 (que ela batizou de Jurema)e uma lente 75-300 mm. Ela também ga-nhou um curso básico de fotografia, ou-tros contribuíram com alimentos ou comum tratamento dentário. “Virou uma cor-rente de solidariedade. Porque ela é umapessoa valorosa, que luta contra a po-breza e as adversidades”, conta Patay.Tina, desde setembro de 2014, não temmais salário fixo e tenta obter aposen-tadoria por invalidez.Foi também por meio das redes so-

ciais que o jornalista Gilberto Dimensteindescobriu o trabalho de Tina. Ao navegarna internet durante a madrugada, viu afoto de uma menina com um véu na ca-beça e ficou impressionado. “Quem éessa fotógrafa?”, se perguntou e começoua pesquisar por Tina Gomes, autora daimagem, no Google. “Descobri a históriadela, as origens humildes, o autodida-tismo. Era um talento a ser descoberto.Então, usei minha coluna na rádio CBNpara falar um pouco do trabalho dela e

Acima, a obra Ciborg;abaixo, making of deuma das produções dafotógrafa em casa; elapinta a mesma paredevárias vezes

Fotos: Tina Gomes

Arquivo Pessoal

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escrevi um post no Catraca Livre”, conta.Depois disso, Tina entrou em contato como jornalista dizendo que tinha o sonho defazer uma exposição. Ele articulou suarede de contatos e a exposição se mate-rializou pouco tempo depois.

CRIAÇÃOAlém da prática, boa parte do conhe-

cimento de Tina vem de pesquisas nainternet. “Hoje, só não aprende quemnão quer. Tudo está na internet”, afirma.Admiradora de pintores como o italianoCaravaggio e a mexicana Frida Kahlo,ela se inspira nas cores, nas luzes e nadramaticidade desses artistas para aprodução e o tratamento das imagens.“Fotografo todos os dias. E todas as mi-nhas fotos têm uma história para con-tar”, diz. Assim que uma ideia surge,Tina começa a trabalhar nela por meiode pesquisas e produção. “Preciso saberse a personagem que vou fotografar érica ou pobre, se ela está feliz ou triste.A partir dessas informações, começo acriar o figurino e o cenário”, diz.Ela usa o que tem à mão – pode ser

giz de cera, resto de papel, jornal, tinta

guache, folha seca, terra – e cria pro-duções ricas com pouquíssimos recur-sos. Os cenários geralmente são feitosperto da janela para aproveitar a boa luzque entra às 15h, em um espaço de doispor três metros. “As paredes da casadela têm areia colada, resto de tintasque serviram para outras produções.Esse trabalho é como se fosse uma te-rapia ocupacional não só de Tina, mas

Tina sempre criapersonagens para

fotografar: acima, asobras Princesa do Barro

Roco e CamponesaUrbana; abaixo,

foto inspirada emO Fantasma da Ópera

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Fotografe Melhor no 22150

de toda a família”, explica Patay.As modelos para as imagens, além

de ela mesma, são os filhos. A caçulaAngel, de 3 anos, adora fazer poses paraa mãe. Sofia, 11 anos, é a mais requisi-tada ao lado de Felipe, de 13. Quando osadolescentes se mostram resistentesàs ideias de Tina, ela usa sua autoridadede mãe para convencê-los. “Nunca pre-ciso insistir muito. Eles sempre estãomuito envolvidos nas produções. Às ve-zes, as ideias para uma foto vêm delesmesmos”, conta. Quando tudo finalmen-te fica pronto e a melhor luz entra, Tinaajeita a câmera – na maioria das vezesno modo automático – e em dez minutosfaz os cerca de 80 cliques. Segundo Tina,as melhores imagens são feitas quandoela está triste ou com raiva.

GANHA-PÃOUma das etapas mais trabalhosas

está na pós-produção, diz ela. Tina passahoras e horas à frente do computador

tratando as imagens, aplicando filtrose efeitos. A fotógrafa usa um programade edição que pode ser baixado gratui-tamente, o PhotoScape. “Cerca de 90%do trabalho dela é tratamento. Ela aplicamuitos filtros e efeitos até alcançar oresultado desejado. Esse excesso decontraste e saturação tem a ver com oestilo dela”, explica Patay.Estilo inconfundível do qual Tina ten-

ta tirar seu sustento. Ela ainda precisada ajuda de amigos para sobreviver,mas desde dezembro de 2014 algunsde seus trabalhos estão à venda na ga-leria virtual do Samba Photos (www.galeriasambaphoto.com). Além de foto-grafar, Tina tem um projeto ainda maior:montar um espaço em que possa ensi-nar fotografia para jovens carentes daregião onde mora. “Não quero muitacoisa. Quero um espaço em que os jo-vens possam aprender e ter contatocom arte. Em vez de uma arma na mão,uma câmera”, afirma.Ar

quivo Pessoal

Tina, abaixo, usa a luznatural de uma janelaem casa para fazer asfotos e depois as editano software PhotoScape

Tina Gomes

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CULTURA

Walter CarvalhoOs contrastes pelo olhar de

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O renomado diretor defotografia de cinema expõemais uma vez seu lado fotógrafoem belas imagens em P&B

POR JUAN ESTEVES

O paraibano Walter Carvalho, 68 anos, não é ape-nas celebrado pela sua vasta atuação no ci-nema como diretor de fotografia e como ci-neasta. Com o recente livro Contrastes Simul-

tâneos (Cosac Naify, 2014), ele expõe mais uma vez suapersonalidade de fotógrafo, meio por onde iniciou suarelação com as imagens graças a um empurrão do irmãoVladimir Carvalho, cineasta consagrado como docu-mentarista na vertente do chamado Cinema Novo. Elecursava a Escola Superior de Desenho Industrial da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro quando Vladimir oconvidou para fotografar profissionalmente. Walter játinha uma certa experiência por ter acompanhado oirmão pelo sertão nordestino como seu assistente nasfilmagens de O País de São Saruê (1971).

A still photography, aquela imagem tradicional feitacom a câmera fotográfica, não tem uma tradução sa-tisfatória para a língua portuguesa e acaba sendo con-fundida com a still life, outro tipo de imagem que naarte se convencionou chamar de natureza morta. Fo-

Beto Felicio

Walter Carvalho

Ao lado, drive-in de Cabo Frio (RJ)transformado em depósito de materialem foto de 1996 com uma Pentax 645;abaixo, o cineasta Walter Carvalho

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Fotografe Melhor no 22154

O que sobrou do Museude Arte Moderna (MAM)do Rio em 1978 depoisde um grande incêndio:foto feita com Nikon F

tografia estática, parada ou imóvel éuma literalidade deselegante, entretantoreside aí a diferença enorme entre o tra-balho do diretor de fotografia no cinema,às vezes chamado de fotógrafo e outrasde cinematógrafo. A ele cabe criar a luzdesejada pelo cineasta, dar vida ao idealgráfico que se verá na tela do cinema e,muitas vezes, lidar com a câmera du-rante as filmagens.

Semântica à parte, Walter Carvalhoatua em todas essas situações, e commuito talento. Já no livro Fotografias deum Filme–Lavoura Arcaica (Cosac Naify,2003) ele não se dedicou a fazer um ma-

king of da produção do longa de 2001, ba-seado na obra do escritor Raduan Nassare dirigido por Luiz Fernando Carvalho,que trazia sua direção de fotografia. Olivro mostra a intimidade de uma filma-gem por meio da visão de quem acom-panha seu dia a dia, não os registros dafilmagem em si, o que normalmente éfeito por outro fotógrafo (com outro in-traduzível still de cinema como termo) eque são mais para a divulgação do filme.

UM MODO DE VEREle cita a pensadora americana Susan

Sontag (1933-2004), para quem “fotogra-

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Fevereiro 2015 55

Acima, imagem fotografada no metrô de Paris em 1984 e, abaixo, umanoiva simples registrada no Rio: cenas do cotidiano atraem Carvalho

fia é antes de tudo um modo de ver,e que, portanto, não existe uma fotofinal”. Para Walter, a fotografia nãotermina no papel impresso. “É alijustamente que ela começa”. A re-lação traz a máxima do poeta e crí-tico literário francês Stéphane Mal-larmé (1842-1898), que afirmavaque o destino das coisas existentesno mundo é terminar em livro. Wal-ter confessa que pensou dessa ma-neira, em guardar imagens paraum livro, antes mesmo de publicarLavoura Arcaica. Um vasto espectrode imagens dele, dos anos de 1970

aos 2000, preenche a obra Contras-tes Simultâneos.

Em “Uma apropriação visualinevitável”, texto presente no livro,ele adianta que descrever uma ima-gem literariamente é traí-la. A re-ferência, mais uma vez, é cinema-tográfica, pois a frase vem do ita-liano Federico Fellini (1920-1993).Mas admite que por ser uma arterelativamente nova (comparada àpintura) sempre tendeu a desesta-bilizar as formas vigentes de suaépoca. As mudanças ocorridas en-tre o sistema analógico e o digital

tem uma dicotomia: o modo visívele tátil do analógico versus a deco-dificação por intermédio das par-tículas eletrônicas imateriais.

Walter diz viver a “transição daprata para os bits” na busca por no-vos suportes, o que pode ser vistoclaramente no recente livro. Há uminteresse por essa imagem digital,mas não há o abandono do “bom evelho Tri-x”. O amigo Thyago Barrosé o responsável pelo processamentodos filmes, mas o mais importanteé o que ocorre no espaço entre o olhoe a ocular da câmera. “Fotografo o

Fotos: Walter Carvalho

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Fotografe Melhor no 22156

CULTURA

que vejo e não o que as máquinas me per-mitem ver. Fotografo para guardar, parafazer com que aquilo que está desapare-cendo continue existindo”, afirma.

A poética do fotógrafo, bem como suasintaxe permanentemente mantida, sejapelo grão de prata ou pelo pixel, é da pre-servação na contramão das coisas quevão desaparecendo, como ruas, casas,pessoas e cidades, um roteiro feito pormeio de um intenso P&B, sem muitosmeios-tons. O diálogo com a arte e arqui-tetura para ele é essencial “não somentepara a fotografia, mas para toda atividadecriativa”, diz. Para Walter, a partir do Re-nascimento, a descoberta da perspectivatrouxe embasamento para a fotografia,os primeiros documentaristas da históriapictórica. “Vermeer era um documenta-rista”, afirma ele, referindo-se ao grandepintor holandês Johannes Vermeer (1632-

1675), mestre em cor, luz e composição,e cuja obra mais conhecida éGarota comBrinco de Pérola.

CINEMA E PINTURAComo parece natural, as imagens

estão conectadas também com a nar-rativa cinematográfica. Para o fotógrafoe antropólogo Milton Guran, que assinaoutro texto do livro, as imagens de WalterCarvalho dão a impressão de ser uminstante continuado, “como se uma fotose prolongasse em outra, completamen-te diversa ao tema, local e tempo”. Parao curador do evento Foto Rio, há um diá-logo entre mestres estrangeiros, comoCartier-Bresson, Robert Frank e AndréKertész, e ainda brasileiros, como Tho-maz Farkas e José Medeiros (que tam-bém transitaram pelo cinema).

A amplitude do trabalho de Walter é

Carro alegórico docarnaval de 1999 indopara desmanche eregistrado sob o elevadoda Perimetral noRio de Janeiro (RJ)

4

Walter Carvalho

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Fotografe Melhor no 22158

CULTURA

representada por essasrelações entre cinema epintura. Ele conta que,quando fotografou Filmede Amor (2003), de JúlioBressane, ficou semanascopiando o pintor francêsBalthus (1908-2001) como exercí-cio nas aulas de pintura para tratara cor do filme e no P&B copiou oitaliano Antonio Canova (1757-1822) para alcançar as tonalidadesmais em prata.

O italiano Vittorio Storaro, mes-tre da cinematografia e parceiro deBernardo Bertolucci em diferentesfilmes, revelou que se inspirou nasobras do pintor irlandês FrancisBacon (1909-1992) para criar a to-nalidade alaranjada do clássicoÚl-timo Tango em Paris (1972). É quan-

do a cor entra como for-ma na imagem, refor-çando o caráter ontoló-gico e não somente co-mo recurso técnico. ParaWalter, Storaro, se tives-se nascido na Renascen-

ça, seria um pintor.Além de pintores, Walter não

deixa de nomear mestres como otcheco Josef Koudelka, os ameri-canos Willian Klein e Robert Frank,que também lhe inspiram bastante.Está aí a importância das afinidadeseletivas entre o grande fotógrafo esua obra, o compartilhamento cadavez mais raro de todas as artes,distante do estreitamento culturalcujo único legado até aqui é o em-pobrecimento da fotografia e dequem a pratica sem pensar.

Serviço: Walter Carvalho -Contrastes SimultâneosEditora: Cosac Naify, 2014ISBN: 9788540507210Preço: R$ 129

Boi cortado aomeio em ummatadouroclandestino doRio em imagemde 1998 feitacom Pentax 645

Walter Carvalho

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Fotografe Melhor no 22160

DOCUMENTÁRIO

Marcelo Buainain transforma em livro seu documentário sobre animal quejá foi um dos símbolos do Nordeste e hoje vive em estado de abandono

história do jegueImagens da triste

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Fevereiro 2015 61

POR KARINA SÉRGIO GOMES

E ra uma vez um animal que car-regou as pedras na construçãodas pirâmides do Egito, levoua Virgem Maria a Belém, na

Galileia, para dar à luz Jesus Cristo, queanos depois o escolheu para acompa-nhá-lo durante seus dias no deserto.Mais de mil e quinhentos anos depoisse tornou o maior companheiro do nor-destino brasileiro ao transportar pes-soas e cargas. O jegue (também cha-mado de jumento ou asno) já teve seusdias de glória. Hoje, vive no ostracismo,

abandonado pelas estradas de váriascidades do Nordeste, pois está sendotrocado gradualmente pelas motoci-cletas e servindo de comida para pre-sidiários. O fotógrafo Marcelo Buainain,53 anos, fez o documentário Era UmaVez... a fim de retratar a triste realidadedesse símbolo nordestino.

“Estava em busca de um tema quepudesse representar a realidade nor-destina. Quando li o artigo “Ao jegue, comcarinho”, de Gilles Lapouge, no jornal OEstado de S. Paulo, fiquei muito sensi-

Após 12 anos sem sededicar a nenhum

projeto novo defotografia, Buainain

encontrou na questãodo abandono dos jeguesno Nordeste um tema

atual e polêmico

Marcelo Buainain

Page 62: Fotografia

Fotografe Melhor no 22162

DOCUMENTÁRIO

bilizado com a questão e achei que po-deria ser um bom tema para voltar a fo-tografar. E não tenho dúvida de que essafoi a melhor escolha”, lembra o mato-grossense que mora há 12 anos em Natal(RN), e desde então não se dedicava anenhum projeto fotográfico novo.

Durante essa dúzia de anos, Marcelotrabalhou em projetos antigos e com au-diovisual – produziu dois filmes, Do Lodoao Lotuse Hermógenes – Deus me Livrede Ser Normal (produzido para a TV Cul-tura). Quando entrou em contato com aquestão dos jumentos, vislumbrou umaótima oportunidade para voltar à ativi-dade e começou a pesquisar sobre otema e a estabelecer relações com ONGs,como a DNA (Defesa da Natureza e dosAnimais), que tratam da questão para

mapear onde poderia fotografar o aban-dono desses animais.

A primeira viagem ao interior do RioGrande do Norte, pela região do Seridó,onde encontrou vários jegues abando-nados pelas estradas, ele fez por contaprópria. A continuação do trabalho, paraa qual viajou ao interior da Bahia e doCeará, foi custeada com o dinheiro re-cebido do Prêmio Marc Ferrez de Foto-grafia, que ganhou com o projeto. Se-gundo ele, Era Uma Vez... é um registrosobre um personagem que exerceu papelfundamental para o desenvolvimento doNordeste. “É um resgate fotográfico quenos faz recordar a importância social,econômica e cultural desse animal, quehoje está condenado ao ostracismo ouao abate nos frigoríficos”, afirma.

Menino dá um poucode milho ao jegue: ofotógrafo viajou pelointerior do Rio Grandedo Norte, Bahia e Cearádurante um ano pararealizar o documentário

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Jegue se coça emtúmulo: animalestá perdendo ovínculo com o modode vida nordestino

Fotos: Marcelo Buainain

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Fotografe Melhor no 22164

DOCUMENTÁRIO

EQUIPAMENTO O fotógrafo passou cerca de um

ano registrando a situação dos ani-mais pelo Nordeste acompanhadosempre de uma Fuji X100S comobjetiva fixa de 35 mm. “É uma câ-mera leve e discreta. Dei um passogrande da minha vida quando con-segui me libertar das reflex”, diz.Como ele já tinha o intuito de fazero trabalho todo em P&B, uma ca-racterística do trabalho dele, Buai-nain adaptou a câmera para visua-lizar as imagens no visor tambémem escala de cinza, embora os ar-quivos fossem registrados em cor.“O jumento é um animal cinza, en-tão, não havia por que fotografarcolorido. Não vi nada do processoem cor. Quando importei para oLightroom, já convertia direto osarquivos também”, explica.

Para registrar os jegues selva-

Acima, a tentativa de captura de um jegue selvagem; abaixo, a capa do livro deBuainain, que fez o documentário com uma Fuji X100S e lente fixa de 35 mm

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Fevereiro 2015 65

gens no litoral do Rio Grande do Nortede uma distância maior, o fotógrafo usoua Fuji X Pro 1 e adaptou as objetivas CarlZeiss Planar 45 mm f/2 e Sonnar 90 mmf/2.8 que antigamente usava em sua Con-tax G2. “Em geral, o jumento é um animaldócil, por isso conseguia me aproximarpara fotografá-lo. Mas os que foram cria-dos soltos tornaram-se ariscos e tive defotografá-los de longe”, explica.

Apesar de preferir equipamento leve,Buainain levou a robusta Canon EOS 6De todo um aparato para captação de ima-gens em vídeo para gravar entrevistascom personagens que encontrou pelo ca-minho. Para ajudá-lo nessa tarefa, eleviajou em companhia do fotógrafo CanindéSoares e do assistente Maurício Lima.Por enquanto, parte desse material per-manecerá guardado. Marcelo Buainainpensa em usá-lo em um projeto futuro.A única coisa que editou por enquanto fo-ram as entrevistas, que ele transcreveu

e colocou algumas aspas no livro e na ex-posição – que ficou em cartaz de 11 dedezembro de 2014 a 1ode fevereiro 2015naPinacoteca do Rio Grande do Norte.

EDIÇÃOAo todo, Buainain fez cerca 12 mil

cliques e, sem dó, deletou nove mil. “Nãome serviam absolutamente em nada”,afirma. Muitas das imagens foram dis-pensadas por estarem sem foco. A FujiX100S, segundo o profissional, é umacâmera que tem dificuldade em fazer ofoco em paisagens de pouco contraste.Situação na qual compreendia o temadefinido pelo fotógrafo – o sertão nor-destino é composto basicamente de tonsterrosos e o jegue é um animal de pe-lagem cinzenta.

“Todo equipamento tem vantagens edesvantagens. Apesar disso, para o tipode trabalho que estava desenvolvendo, acâmera tinha mais vantagens. Ela cabe

Boa parte dos jeguesabandonados na

estrada é recolhida elevada para abate;a carne serve para

alimentar presidiários

Fotos: Marcelo Buainain

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Fotografe Melhor no 22166

DOCUMENTÁRIO

na palma da mão ou dentro do bolso dacamisa. Isso compensava a dificuldadepara fazer o foco”, explica ele, que supriaa deficiência fazendo mais imagens até

conseguir um registro nítido.Quando conseguiu selecionar 500 fo-

tos, convidou o fotógrafo gaúcho TadeuVilani, de quem admira o trabalho, paraajudá-lo a selecionar as cerca de 80 ima-gens que estão no livro. Vilani viajou doRio Grande do Sul ao Rio Grande do Nortepara a missão. “A edição é um drama paraa maioria dos autores. Mas é um processovital para a solidificação de uma obra eque fica melhor se feito com mais pessoas.Por isso gosto de pedir a opinião de pro-fissionais que admiro porque preciso deum olhar isento”, diz. Foram cinco diasde trabalho para fazer a seleção que de-pois foi consolidada com a opinião do fo-tógrafo potiguar Giovanni Sérgio.

ERA UMA VEZ...No livro Era Uma Vez...Marcelo Buai-

nain conta a história do jegue enfati-zando a sua servidão em relação ao ho-mem, como o fato de acompanhá-lo nasempreitadas da roça. Mostrou poéticascenas do animal ainda filhote e a con-vivência dele com as crianças até chegarà triste realidade de desprezo e de aban-

Dois temas abordadosno livro: a vida doanimal ainda filhote(acima) e a relaçãodele com o nordestino

4

Fotos: Marcelo Buainain

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Speedlights / Flashes

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Fotografe Melhor no 22168

DOCUMENTÁRIO

dono pelas estradas. Tudo alinha-vado com depoimentos de perso-nagens que encontrou durante assaídas fotográficas. O fotógrafoainda escolheu o papel offset, queé pesado e absorve bastante tinta,para dar o caráter rústico que pre-tendia à publicação.

Marcelo Buainain acredita queainda há muito a ser explorado arespeito do abandono dos jeguesnordestinos e pretende, em breve,voltar ao assunto e procurar per-sonagens que encontrou no cami-nho, mas talvez num trabalho au-diovisual. “Nesse momento, nãoquero ficar refém de nenhuma lin-guagem. Em 2015, estou muito in-clinado a fazer um audiovisual. So-bretudo experimentar filmar comas DSLRs. Será um desafio”, conta.

Criança brinca com o jegue:em 2015, o fotógrafo planejavoltar ao tema, mas com um trabalho audiovisual1990, morou na Europa, onde

trabalhou como freelancer paravárias publicações brasileiras einternacionais. Durante esseperíodo lançou dois livros: Bahia– Saga e Misticismo e Índia –Quantos Olhos tem Uma Alma –esse último recebeu, em 1998, oPrêmio Máximo conferido pela 2aBienal Internacional de Fotografiada Cidade de Curitiba.Em 2002, ele retornou ao Brasil

e fixou residência em Natal (RN).No mesmo ano, recebeu a BolsaVitae de Arte para desenvolver o projeto Brasil: a Religião e o3oMilênio. Em 2011, lançou oterceiro livro, Mi Amas Vin, obraque recebeu Menção Honrosa nacategoria Melhor Livro do Anoconcurso internacional Pictureof the Year (POY). Em 2012, venceu os prêmios Martín Chambi deFotografia e Latino-Americano deFotografia. Em 2013, foi oganhador do Prêmio Marc Ferrez.

Um sul-matogrossense amigo do jegue

O fotógrafo Marcelo Buainainnasceu em 1962, em CampoGrande, capital do Mato Grossodo Sul, e largou a faculdade deMedicina no quinto ano para sededicar à fotografia. Nos anos de

Marcelo Buainain

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C om muita criatividade e àsvezes um pouco de impro-viso, o experiente fotógrafoTomaz Vello, 37 anos, faz

produções profissionais de still deprodutos usando uma, duas ou, nomáximo, três fontes de luz.

Além disso, ele usa espelhos, cha-pas acrílicas e filtros difusores paraevitar reflexos, enfatizar o brilho doproduto e suavizar a luz. Vello mostranesta reportagem como produzir ima-gens de produtos usando esses re-cursos. Confira as dicas dele.

POR LIVIA CAPELI

Fotografe Melhor no 22170

fotos de produtos7Aprenda soluçõesde luz para fazerfotos em estúdio depeças que sejamreflexivas e opacas

esquemas de luz para

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Fevereiro 2015 71

100 1/125s f/14 90 mmCanon 5DMark II

Refletor parabólicocom filtro 255Hollywood Frost

Barndoor comgelatina 216White Diffusion

Snoot com pedaço defiltro 216 White Diffusion

Tomaz Vello

Ilustração:Daniel B

ordini

BIJUS COM PERSONALIDADE

A produção foi montada em cima deum laminado de fórmica preta ace-

tinada, colocado sobre uma mesa sim-ples. Note como o preto da fórmica re-fletiu em certas partes do dourado e doprateado das peças, criando uma sen-sação de volume.

Um barndoor com gelatina de efeito216 White Diffusionda marcaLeeFiltersfoi acoplado a um flash de 400 Watts,posicionado atrás das bijuterias, apon-tado diretamente para elas.

Para suavizar essa luz, Tomaz Vellotambém usou entre o sete o barndooroutro filtro 216 White Diffusion.

Para reforçar o brilho das pedras,ele usou à frente das bijus um refletorparabólico acoplado a um flash de 200Watts. A luz do acessório também pre-cisou ser suavizada com um filtro 255da linha Hollywood Frost.

Para dar brilho nas peças, princi-palmente nas faces lapidadas dos cris-tais, um snoot longo com mais um fil-tro 216 White Diffusion foi posicionadoà esquerda. Os filtros foram adquiridosem www.hollywoodstore.com.br.

Filtro 216 WhiteDiffusion para

dar maissuavidade à luz

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Fotografe Melhor no 22172

ESTÚDIO

VALORIZAÇÃO DO CALÇADO

O efeito degradê evidente no fundoda foto do par de tênis acima foi

conseguido por meio de um snootcurto apontado diretamente para umaparede branca, atrás da produção.

Um espelho de tamanho 1 x 1 m foicolocado frontalmente ao set, refle-tindo no tênis a luz do snoot ao fundo.Para concentrar a iluminação no pro-duto, ele posicionou dois bloqueadores,um em cada lado do par de tênis.

Vello usou um flash de 200 Wattscom um refletor parabólico e difusorà esquerda da produção. Com isso, ofotógrafo conseguiu evidenciar aindamais a textura do material do calçado.

O par de tênis foi colocado sobreum laminado de fórmica cinza bri-lhante, o que proporcionou o efeitode reflexo.

Refletorparabólicocom difusorespecial parao acessório

Degradê criadocom snootcurto apontadopara a parede

Bloqueadorespara concentrara iluminação

100 1/160s f/2.8 100 mmCanon 5DMark II

Ilustrações: D

aniel B

ordini

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100 1/160s f/29 100 mmCanon 5DMark II

Fevereiro 2015 73

FUSÃO DE IMAGENS

A imagem ao lado é resultado deuma fusão de imagens. A foto

do fundo azul foi produzida ante-riormente e retirada de um bancode imagens pessoais de Vello.

Para fotografar a caneta semcaptar reflexos indesejados, elemontou um cilindro com uma cha-pa de acrílico leitoso. Com o cilin-dro na horizontal, Vello colocou acaneta deitada dentro dele , tendoainda como base uma outra chapade acrílico transparente. Ele deixouuma pequena abertura no cilindropara a passagem da objetiva.

A iluminação foi feita com doishazies frontais, dispostos um emcima do outro (para simular umstrip light), o que alongou o formatoda distribuição de luz.

No entanto, o fotógrafo queriaapenas um filete de luz na caneta.Para conseguir isso, ele colocou umbloqueador bem em frente aos doishazies, limitando a passagem de luzdos acessórios a apenas 10 cm.

Cilindro feitocom chapa deacrílico leitoso

Dois hazies,um sobre o outro

Fotos: Tom

az Vello

Bloqueador usadopara limitar apassagem de luz

Page 74: Fotografia

100

1/125s

f/2.8

100 mm

Canon 5D

Mark II

Refletorparabólico

Rebatedordourado usadocomo fundofotográfico

Fotografe Melhor no 22174

CAFÉ NO CAPRICHO

N a imagem acima um rebatedor cir-cular dourado, desgastado pelo

tempo, teve dois papéis: o primeiro foiservir como fundo para criar um atraenteefeito atrás da caixa de café.

A segunda função foi a de rebater demaneira muito suave a luz de um refletorparabólico colocado em posição frontal,levemente para a direita do produto, aco-plado em um flash de 400 Watts.

Para preencher as sombras na late-ral esquerda e evidenciar a textura dopacote de café, Tomaz Vello usou um es-pelho de tamanho 30 x 50 cm.

Um espelho menor foi posicionadono alto, deslocado mais para a direitapara ressaltar o logotipo da caixa. A pro-dução foi montada de maneira simplessobre um laminado de fórmica pretaacetinada. Note como o reflexo do reba-tedor dourado cria uma sensação de fundoinfinito na fórmica.

Fotos: Tom

az Vello

Espelhospara ressaltardetalhes do

produto

Ilustrações: D

aniel B

ordini

Page 75: Fotografia

Fevereiro 2015 75

Refletorparabólico

Snoot para criarsombras durasno produto

BRILHO REVELADO

Uma folha com uma arte impressa,fornecida pelo cliente, serviu como

solução para Tomaz Vello criar o fundoe a base da imagem ao lado.

Ele iluminou o conjunto de pulseira,anel e brincos posicionando um refletorparabólico atrás das bijus, apontado di-retamente para elas. A luz do refletorfoi filtrada por meio de um difusor cir-cular do kit de um rebatedor 5 em 1, co-locado entre o flash e os produtos.

Na lateral direita, de trás para frente,ele adicionou ao esquema de luz um snootlongo para provocar sombras duras e dara sensação de volume nas peças.

Do lado oposto, Vello colocou outrorefletor parabólico com difusor a umadistância de 2,5 m do set. Isso ajudou acriar brilho nas bijuterias. Para finalizarposicionou uma placa de isopor dianteda produção para refletir mais branconas peças e reforçar os brilhos.

100 1/160s f/32 100 mmCanon 5DMark II

Difusor do kitde rebatedores5 em 1, parasuavizar a luzdo refletor

Refletorparabólico paraprovocar brilho

Placa deisopor

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Fotografe Melhor no 22176

PULSEIRA COM LUZ ÚNICA

P ara realizar a produção ao la-do, Tomaz Vello usou como ba-

se uma folha A3, impressa por elecom um tom de azul especificadopelo cliente.

Um snoot curto acoplado emum flash de 400 Watts foi usadocomo única fonte de luz. A ilumi-nação foi colocada atrás, na con-traluz, apontada diretamente paraas três pulseiras femininas.

Para suavizar a luz do snoot e for-mar um desenho uniforme nas pe-ças, o fotógrafo colocou entre a pro-dução e o flash um difusor feito como filtro 216 da linhaWhite Diffusionda LeeFilters de tamanho 1 x 1 m.

Um espelho grande foi colocadodiante dos produtos para amenizaras sombras formadas pela con-traluz do snoot.

Espelho pararefletir luz dosnoot e suavizaras sombras

Snootcurto

100 1/125s f/10 90 mmCanon 5DMark IIFo

tos: Tom

az Vello

Difusor comfiltro 216 WhiteDiffusion

4

Ilustração:Daniel B

ordini

Page 77: Fotografia

Fotografia DigitalSábado (Manhã)

R. Engenheiro Francisco Azevedo, 807 - Vila Madalena - SP (11) 3021- 3335

especializações

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM FOTOGRAFIA

Intensivo de Casamentocom Anderson Miranda

CAPACITAÇÃO NOTURNOSegundas e Quarta com saídas

fotografias aos sábados9 de fevereiro a 14 de outubro

Newborn: Sombra e Luzcom Cristiano Borges

19 e 20 de fev. | 21 e 22 de fevereiro19

9

CAPACITAÇÃO NOTURNOTerças e Quintas com saídas

fotografias aos domingos10 de fevereiro a 13 de outubro

10

Extensivo de Lightroomcom Alex Villegas

16 de março a 22 de abril16

Fotografia Digital Noturno (Segunda e Quarta)

Fine Art: Pós-Produção e Mercado

Capacitação ManhãSegunda, Quarta e Sexta

Capacitação TardeSegunda, Quarta e Sexta

14 de abril a 23 de junho

2 de março a 14 de agosto 06 abril a 21 de setembro2

Fotografia de Arquitetura e Interiores com João Ribeiro

13, 14 e 15 de março13

Gestão de Carreira e Negócios para Fotógrafos

com alex Mantesso

Iluminação e Estúdiocom Daniel Avila

28 e 29 de março

Diagramação de Álbunscom Marcelo Caetano

Fotografia de Gestante com Carla Durante

21 e 22 de março

Fotografia de PET com Johnny Duarte

25 e 26 de abril

Capacitação Tarde Sábado

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ESTÚDIO

200 1/120s f/20 100 mmCanon 5DMark II

PARA EVITAR REFLEXOS

Com uma chapa de acrílico lei-toso, Vello criou um cilindro

para envolver os óculos e livrar apeça dos reflexos provocados pelailuminação. Uma pequena aber-tura no cilindro foi deixada para apassagem da objetiva. Um outropedaço da chapa de acrílico, emcima de uma mesa branca, foi usa-do como base para a produção.

Para iluminar o produto, o fo-tógrafo usou um flash de 400 Wattscom refletor parabólico pequeno,atrás dos óculos, na contraluz. Emfrente ao flash, Vello colocou umfiltro azul-claro. Isso proporcionouo suave tom azulado nas bordas.

Na lateral esquerda, ele posi-cionou um refletor parabólico lon-go com colmeia acoplado a umflash de 400 Watts para reforçaros contrastes na peça.

Refletorparabólico

com colmeia

Refletor parabólicocom pequeno filtro

azul-claro acopladoCilindro comchapa deacrílico leitoso

Ilustraç

ão:Dan

iel Bor

dini

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MERCADO

Além da primeira DSLR touchscreen da Nikon, mercado terálançamentos para fotógrafos de todos os gostos, níveis e bolsos.Veja os modelos que chegarão em breve às lojas brasileiras

Fotos:Divulgação

12câmeras que são

A nova D5500 e outras

as novidades de 2015

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titui a D5300 (lançada em 2013) e,além do monitor touchscreen, estámais leve e compacta. A nova DXgrava vídeos em full HD e tem wi-fiembutido, mas não oferece sistemaGPS (presente na D5300). Com preçoem torno de US$ 900 (no exterior,só o corpo), ela reúne característicaspara se tornar um dos melhores in-vestimentos em 2015.

Outro fabricante que mereceatenção este ano é a Sony, que tema segunda câmera mais recente domercado, a Alpha 7 II, mirrorless fullframede 24 MP anunciada no finalde 2014. Os principais avanços daatualização ficam no sistema de es-tabilização de imagem, mais eficaz,

e no autofoco, 30% mais rápido queo da Alpha 7, segundo a empresa.Ainda sem previsão para chegar aoBrasil, ela custa cerca de US$ 1,7mil, só o corpo, no exterior.

Em vez de manter uma extensasérie de câmeras Alpha SLT, quepouco chegavam ao Brasil, a Sonyreorganizou as linhas e hoje, alémda série mirrorless full frame, reforçao trabalho em duas outras famíliascom lentes intercambiáveis: umamirrorless com sensor APS-C, daqual se destacam a a6000 e a a5100,e a de câmeras com espelho trans-lúcido (SLT) – que teve apenas umlançamento nos últimos dois anos,a A77 II. A tendência, pelo visto, é ahegemonia do sistema mirrorless.

Do lado da Canon, a aposta atualé a EOS 7D Mark II, DSLR mais re-cente da marca e uma das câmerasmais aguardadas pelos fãs nos úl-timos anos. Apresentada no final de2014, a 7D Mark II chega com váriosaprimoramentos em relação à an-tecessora e tinha previsão de servendida oficialmente no Brasil a par-tir do final de janeiro de 2015 compreço de R$ 7.999 (só o corpo). NosEstados Unidos, o corpo do novo mo-delo é vendido por US$ 1,8 mil.

Na recente CES, a Canon mos-trou cinco novas câmeras compac-tas, da extensa linha PowerShot. Ou-tras novidades tão programadas pa-ra CP+, feira japonesa direcionadaao segmento de fotografia que ocor-re em meados de fevereiro (rumoresapontam para o anúncio de uma câ-mera full frame da marca com altacontagem de pixels, além de umaatualização na linha PowerShot G).

Antes que a lista de novidadespara 2015 aumente com as novida-des da CP+, veja os detalhes do queestá chegando ao mercado em 2015.Além de Canon, Nikon e Sony, hámodelos bacanas da Fuji, GoPro, Pa-nasonic, Pentax e Samsung.

POR DIEGO MENEGHETTI

D emorou um tempão, masa Nikon finalmente lançousua primeira DSLR commonitor sensível ao toque.

O recurso estreou na D5500, recém-anunciada pela empresa durante aCES 2015, feira de tecnologia queocorreu em Las Vegas, nos EUA, en-tre os dias 6 e 9 de janeiro de 2015.Essa reflex DX de 24 MP encabeçauma lista de novas câmeras que fo-ram lançadas no exterior no final de2014 e que devem chegar ao Brasila partir de fevereiro. A boa notícia éque nesse pacote há novidades paradiversos perfis de fotógrafos.

A D5500 é atualmente a reflexmais recente do mercado. Ela subs-

A grande novidade daD5500 é o monitor móveltouchscreen, o primeiro

em DSLR da Nikon

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MERCADO

CANONDe tantos aprimoramentos em

relação à já antiga EOS 7D (lançadaem 2009) dava até para a Canon darum novo nome à EOS 7D Mark II.Tudo na câmera foi renovado, masa essência continua: uma reflex

APS-C robusta, feita para aguentara rotina de eventos sociais e outrascoberturas, fato que fez do modeloum best-seller tão longevo.

A 7D Mark II vem com sensorde 20 MP com tecnologia Dual PixelCMOS, a mesma usada na EOS 70D.

O sistema (que segundo a Canonfoi aprimorado) permite que a câ-mera opere em modo de imagemao vivo usando autofoco de maneiramuito rápida e precisa, coisa raraem outras DSLRs – até aqui, ape-nas a 7D Mark II e a 70D usam essatecnologia. Dois processadores deimagens Digic 6 (o mais atual daCanon) fazem com que a 7D MarkII tenha disparo contínuo de até 10imagens por segundo e grave ví-deos em full HD com até 60 fps(com opção de MOV ou MP4 e trêsopções de compactação de ima-gem). A sensibilidade da capturatambém foi aprimorada e segue deISO 100 a ISO 16.000, expansívelpara até 51.200. A velocidade deobturador vai de 30s a 1/8000s.

A 7D Mark II tem outras heran-ças de modelos mais avançados,como o monitor fixo de 3 polegadasde boa definição (1 milhão de pon-tos), duas entradas para cartõesde memória (uma no formato CF eoutra no SD), sistema de autofococom 65 pontos (todos do tipo cru-zado, mais eficiente do que o con-vencional) e recurso de rastreio(função iTR, sigla de IntelligentTracking and Recognition).

Embora não traga wi-fi nativo,as conexões são várias. Há GPSembutido, entrada para microfonee fone de ouvido, conexão USB 3.0,HDMI, controle remoto e sincro-nismo de flash (contato PC). A ba-teria LP-E6N é outra novidade, queaumentou a autonomia da câmera(estimada em 670 disparos), em-bora ainda seja compatível com omodelo anterior, LP-E6 – tão logoa 7D Mark II chegue ao Brasil, Fo-tografe fará o teste em profundi-

Sensor: APS-C, de 20 MPISO: 100 a 16.000Monitor: 3 polegadas, fixoObjetiva: encaixe Canon EF/EF-SAutofoco: 65 pontosRecursos: vídeo full HD, GPSPreço: US$ 1,8 mil (só corpo)

Canon EOS 7D Mark II

Acima, a 7D Mark IIcom grip, acessóriovendido à parte;abaixo, a visãosuperior do corpo

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o alcance da lente para 65x (equi-valente a 21-1365 mm). Com sen-sor de 1/2,3 de polegada (6,17 x4,55 mm), tem monitor articuladoe visor eletrônico, sensibilidadeISO máxima de 3.200 (na resoluçãomáxima) e wi-fi embutido. Um dosavanços do modelo é a melhoriana estabilização da imagem (in-

dispensável para uma teleobjetivadesse alcance), além de funçõesauxiliares para enquadramentodurante o zoom máximo. Emboraseja mais bojuda que a G7 X, a SX60HS também é uma boa opção parafotos de viagens, principalmentepelo preço mais acessível, US$ 550,nos Estados Unidos.

dade com a câmera.Outras boas câmeras da Canon

anunciadas no final de 2014 e quevale a pena esperar são a Power -Shot G7 X, de 20 MP, e a PowerShotSX60 HS, de 16 MP, ambas comsensor compacto e jeitão de câme-ra avançada. A G7 X é uma boa pe-dida para viagens. É pequenina,tem corpo todo em metal com di-versos discos de controle e lentezoom de 4x (equivalente a 24-100mm no padrão 35 mm, com aber-turas de f/1.8-2.8), suficiente paraa maioria dos usos.

Destaca-se pelo tamanho dosensor, de 1 polegada (13,2 x 8,8mm, mesmo formato da série mir-rorlessNikon 1). É a primeira com-pacta da Canon com sensor dessetamanho. A sensibilidade vai de ISO125 a ISO 12.800. Um recurso in-teressante é o anel de controle emtorno da objetiva e o disco de com-pensação de exposição, que pos-sibilitam ajuste manual da expo-sição manual completo. Tem aindamonitor articulado e touchscreende 3 polegadas, conexão wi-fi e fil-tro ND embutido. Ainda sem pre-visão de venda oficial no Brasil, saipor US$ 700, no exterior.

Já a PowerShot SX60 HS dácontinuidade à linha de compactassuperzoom da Canon, ampliando

Sensor: 1 polegada, de 20 MPISO: 125 a 12.800Monitor: 3 pol., articulado e touchscreenObjetiva: 24-100 mm (equiv.)Autofoco: 31 pontosRecursos: vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 700

Canon PowerShot G7 X

Sensor: 1/2,3 de polegadas, de 16 MPISO: 100 a 3.200Monitor: 3 polegadas, articuladoObjetiva: 21-1365 mm (equiv.)Autofoco: 9 pontosRecursos: superzoom, vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 550

Canon PowerShot SX60 HS

A compacta premiumG7X (acima) e asuperzoom SX60

estarão no mercadobrasileiro em breve

Fotos:Divulgação

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MERCADO

FUJIFILMA Fujifilm tem conquistado cada

vez mais fotógrafos brasileiros de-vido à sua excelente linha X. Doislançamentos feitos no final de 2014devem desembarcar no Brasil embreve. O mais interessante é a X100T,câmera de estilo rangefinder queatualiza a série X100/X100S.

A X100T mantém os ingredien-tes principais da receita de sucessodas duas antecessoras. O sensorAPS-C X-Trans CMOS II, de 16 MP,e processador de imagens EXRProcessor II são os mesmos, assimcomo a lente 23 mm f/2 (equiva-lente a 35 mm no padrão full fra-

me). Há ainda um exclusivo sistemade visor híbrido, que pode ser al-ternado para óptico (OVF) ou ele-trônico (EVF), inclusive com umaversão simultânea dos dois. Nesseaspecto, está um dos avanços daX100T, que vem com LCD de 2,36milhões de pontos e mostra maisinformações quando está sobre-posto no visor óptico.

O charmoso recurso de imagempartida que auxilia o foco manualagora pode ser habilitado tambémno visor óptico – nesse caso, umapequena imagem do LCD é sobre-posta no canto direito da ocular.

Outros aprimoramentos são no

monitor, que está maior e com me-lhor definição (3 polegadas, 1,04milhão de pontos), e no sistema deobturador eletrônico, que permitevelocidade de até 1/32000s e ope-ração completamente silenciosa(mas não possibilita uso de flash).A sensibilidade ISO segue de 200 a6.400, com expansão para 100 e até51.200. Outra adição é a conexãowi-fiembutida, que permite disparara câmera por meio de smartphones.Ela ainda grava vídeos em full HD,em 60p, 50p, 30p, 25p e 24p. Semprevisão de preço para o mercadobrasileiro, ela sai por cerca de US$1,3 mil, no exterior.

A outra novidade é a X30, mo-delo de sensor compacto (2/3 depolegada, 8,8 x 6,6 mm) que se con-solida como uma alternativa maisacessível às câmeras premiumdasérie X sem perder muito da qua-lidade de imagem e de construção.

Em relação ao modelo anteriorda família X20, as mudanças maisnotáveis são o visor eletrônico (naX20 é óptico) e o monitor, maior,com melhor definição e que podeser inclinado para cima e para bai-xo. A X30 ainda ganhou um anel emtorno da lente para ajustes da ex-posição e um botão dedicado parao vídeo – grava emfull HD 60p, comáudio estéreo e entrada para mi-crofone externo.

Sensor: 2/3 de polegadas, de 12 MPISO: 200 a 6.400Monitor: 3 polegadas, inclinávelObjetiva: 28-112 mm (equiv.) Autofoco: 49 pontosRecursos: EVF, vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 600

Fujifilm X30

A X100T é a atualização das excelentes X100/X100S, câmeras com um jeitãorangefinder que têm feito sucesso mundial pela qualidade de fabricação

Sensor: APS-C, de 16 MPISO: 200 a 6.400Monitor: 3 polegadas, fixoObjetiva: 35 mm (equiv.) Autofoco: 49 pontosRecursos: visor híbrido, vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 1,3 mil

Fujifilm X100T

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O restante permanece inalte-rado: sensor X-Trans de 12 MP comsensibilidade de até ISO 12.800,objetiva zoom de 4x (equivalente a28-112 mm f/2-2.8), flash embutido(número-guia 7) e disparo contínuode até 12 imagens por segundo.Ainda não há previsão de preço noBrasil. Lá fora, ela sai por US$ 600.

GOPRO A nova GoPro Hero4 chega às

prateleiras nas versões Silver eBlack. Nesta quarta geração, aspequenas câmeras de ação queviraram moda, muito utilizadaspor sua versatilidade e leveza, per-mitem gravar vídeos e fotos commais qualidade. As câmeras têmdisparo contínuo de até 30 imagenspor segundo, em 12 MP, além deserem facilmente configuradaspara realizar timelapsecom tempoentre 0,5 a 60 segundos.

Na versão Black, a mais com-

Sensor: 1/2,3 de polegadas, de 12 MPISO: 400 a 6.400Monitor: não temObjetiva: 14-28 mm (equiv.) Autofoco: não divulgadoRecursos: vídeo 4K, wi-fi, Bluetooth,timelapsePreço: US$ 500

GoPro Hero4 Black pleta, o processador é duas vezesmais rápido, o que possibilita maiortaxa de captura de quadros paravídeos e a filmagem em 4K UHD(ultra alta resolução), na qual cadaframetem 8,3 MP – e pode ser usa-do como uma foto individual. Alémdisso, a versão tem controles ma-nuais de exposição, de sensi-bilidade ISO e de perfis de cor,além de três ajustes de dis-tância focal (ultra grande an-gular, médio e estreito).

Já a versão Silver traz co-mo vantagem uma tela de to-que integrada ao corpo da câ-mera, o que facilita muitoa configuração e a visua-lização de imagens. Alémdisso, os dois modelos jávêm com caixa-estanqueprópria para acoplagemnos acessórios da marcae resistentes à água até 40m de profundidade.

A linha Hero4 vem comconexão wi-fi, Bluetooth econtroles remotos que permi-tem ativar múltiplas câmeras adistâncias de até 180 metros.Mesmo menores e mais leves a ca-

da geração, as novas câmeras per-mitem aproveitar todos os acessó-rios das linhas anteriores, comosuportes de capacete, peitoral, cai-xas estanque e outros gadgets. Noexterior, as versões Black e Silvercustam US$ 500 e US$ 400, res-pectivamente.

A versão Hero4 Silver (ao lado)custa US$ 400 e tem monitortouchscreen com dimensões

de cerca de 57 x 40 mm

Fotos:Divulgação

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MERCADO

à antecessora, a única au-sência é o GPS embutido.O sensor DX (APS-C) de 24MP é movido pelo proces-sador Expeed 4 (o maisrecente da Nikon, o mes-mo usado na D750) e nãoconta com filtro low-pass,o que ajuda a melhorar anitidez das imagens. A sen-

sibilidade vai de ISO 100 a ISO25.600, tanto para foto quanto

para vídeo – ela grava em full HDcom 60, 50, 30, 25, 24 fps.

O disparo contínuo chega a 5 ima-gens por segundo, mesmo padrãoda D5300. O autofoco também ficouinalterado, com sistema Multi-CAM4800DX, de 39 pontos AF. Um avançosignificativo da D5500, porém, é nocorpo, mais leve e fino do que emoutras DSLRs da marca (pesa ape-

nas 420 gramas), muito por contada estrutura monocoque

NIKON O recurso touchscreenda Nikon

D5500 não é uma grande novidade,já que a Canon implementou essafunção na linha Rebel em 2012.Ainda assim, a nova DSLR da Nikonse destaca por ser a primeira damarca a se igualar à concorrêncianesse aspecto. O LCD de 3,2 pole-gadas é sensível ao toque, total-mente articulado e tem boa defi-nição, com 1,03 milhão de pontos.Somado às especificações herda-

das de outras reflex da Nikon, aD5500 se configura numa câmeramuito bem equilibrada, promessade sucesso em 2015.

Ela chega para substituir aD5300 – a empresa “pulou” aD5400, talvez para evitar o número4, associado à má sorte nacultura japonesa.Em relação

Sensor: APS-C, de 24 MPISO: 100 a 25.600Monitor: 3 pol., articulado e touchscreenObjetiva: encaixe Nikon FAutofoco: 39 pontosRecursos: vídeo full HD, wi-fi, timelapsePreço: US$ 900 (só corpo)

Nikon D5500

O monitor de3 polegadas da novaD5500 movimenta-separa todos os lados

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Lumix DMC-GM5, mirrorless esti-losa que substitui a GM1 com algu-mas características da GH4. É equi-pada com sensor Micro Quatro Ter-ços de 16 MP (sensibilidade ISO entre200 e 25.600), tem visor eletrônico(1,2 milhão de pontos), conexão hot-shoe e wi-fi embutido.

Tem monitor fixo touchscreende 3 polegadas, uma boa adiçãopara a função de vídeo – ela filmaem full HD (60p, 60i, 50p, 50i, 25p,24p). É boa opção para quem querfotografar e filmar com praticidade,sem exigir vídeo em 4K. No exterior,o kit com a lente G Vario 12-35 mmf/3.5-5.6 ASPH custa US$ 900.

feita com uma liga de fibra de car-bono e plástico de alta resistência(a mesma construção usada naD7100). Ela usa a bateria modeloEN-EL14a, que tem carga estima-da para 820 disparos. O armaze-namento é feito via cartão SD, comentrada na lateral do corpo.

O visor da D5500 é de pentaes-pelho, com cobertura de 95%, fatoque limita um pouco a visão da ce-na, mas não interfere no registroda imagem. A câmera ainda contacom conexão wi-fi embutida e re-cursos inteligentes, como vídeo emtimelapse e controle de vinheta.Ainda não há previsão de preço edisponibilidade para o mercadobrasileiro, mas geralmente a Nikondo Brasil não demora muito paralançar seus produtos por aqui.

PANASONICA Lumix DMC-LX100 animou o

público filmmaker por possibilitargravar vídeos em 4K mesmo sendouma câmera tão compacta (ela pesaapenas 393 g, com bateria). Ela éigual à Leica D-Lux (Typ 109), pois asempresas são parceiras em tecno-logia, mas custa bem menos. Os bo-tões estão no mesmo lugar e a lenteda LX-100 é o mesmo modelo da Lei-ca DC Vario-Summilux 10,9-34 mmf/1.7-2.8 ASPH (equivalente a uma

24-75 mm no padrão 35 mm). A in-terface do menu é quase idêntica eo sensor também é o Micro QuatroTerços de 13 MP. As poucas diferen-ças são o designdo corpo, uma fun-ção de timelapseexclusiva da LX100e o preço. A LX-100 sai por US$ 900enquanto a D-Lux custa US$ 2,3 mil.

Ainda que a Panasonic não tenhauma ação tão presente no segmentode fotografia no Brasil, a LX100 éoutra candidata a se tornar desejode consumo por aqui, pois poucascâmeras atualmente prometemtanta qualidade de imagem em umproduto que cabe no bolso.

Outro lançamento da marca é a

Sensor: Micro Quatro Terços, de 13 MPISO: 200 a 25.600Monitor: 3 polegadas, fixoObjetiva: 24-75 mm (equiv.) Autofoco: 49 pontosRecursos: vídeo 4KPreço: US$ 900

Panasonic Lumix DMC-LX100

Sensor: Micro Quatro Terços, de 16 MPISO: 200 a 25.600Monitor: 3 polegadas, fixo e touchscreenObjetiva: encaixe Micro Quatro Terços Autofoco: 23 pontosRecursos: vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 900 (com lente 12-35 mm)

Panasonic Lumix DMC-GM5

A lente que equivale a24-75 mm f/1.7-2.8 éum dos grandes trunfosda Lumix LX100

Fotos:Divulgação

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Fotografe Melhor no 22190

MERCADO

PENTAXMarca popular por aqui na épo-

ca do filme, anda cada vez mais su-mida. A Ricoh (atual dona da Pen-tax) apresentou no final de 2014 omodelo DSLR K-S1. Com visualúnico, bem diferente do usual, elatraz leds verdes à frente do corpoe um controle retroiluminado naparte de trás que lembra um dis-positivo de fiçcão científica.

A câmera tem sensor APS-C de20 MP, com sensibilidade ISO deaté 51.200. O enquadramento podeser feito pelo monitor de 3 polega-das (fixo, com 921 mil pontos) oupelo visor eletrônico. Ela tem dis-paro contínuo de até 5,4 imagenspor segundo e grava vídeos em fullHD (30p). No exterior, essa digitalexcêntrica sai por US$ 650, em kitcom lente 18-55 mm.

Sensor: APS-C, de 28 MPISO: 100 a 25.600Monitor: 3 pol., inclinável e touchscreenObjetiva: encaixe Samsung NXAutofoco: 209 pontosRecursos: vídeo 4K, wi-fi, BluetoothPreço: US$ 1,7 (com lente 16-50 mm)

Samsung NX1

Sensor: APS-C, de 20 MPISO: 100 a 51.200Monitor: 3 polegadas, fixoObjetiva: encaixe Pentax KF2Autofoco: 11 pontosRecursos: vídeo full HDPreço: US$ 650 (com lente 18-55 mm)

Pentax K-S1

A Pentax K-S1 temleds verdes na partefrontal e tem a parte

traseira retroiluminada

A luminosa 16-50 mmf/2/2.8 é destaque no kit

SAMSUNGCom um portfólio repleto de mir-

rorless, a Samsung tem evoluído nosegmento. O modelo mais recenteé a NX1, top da linha. Ela vem comsensor APS-C de 28 MP e um siste-ma de autofoco híbrido que cobrepraticamente toda a área da ima-gem, melhor que qualquer reflex.

A sensibilidade ISO vai de 100 até

25.600, com expansão até 51.200. Avelocidade máxima do obturador éde 1/8000s, com disparo contínuo deaté 15 imagens por segundo, padrãode câmeras bem avançadas. Alémda foto, o vídeo tem papel importantena câmera. Ela grava em 4K com ocodec H.265 (mesma qualidade do

H.264, mas com a metadedo tamanho de ar-

quivo), por meiodo monitor

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Sensor: APS-C, de 24 MPISO: 100 a 25.600Monitor: 3 pol., inclinável e touchscreenObjetiva: encaixe Sony EAutofoco: 179 pontosRecursos: vídeo full HD, wi-fiPreço: US$ 600 (com lente 16-50 mm)

Sony Alpha a5100

exatamente umupgrade, mas outraopção na série, a qual continua comos quatro modelos em produção.

O restante das especificaçõespermanece semelhante à primeiraversão da Alpha 7: encaixe de lentesE, monitor inclinável de 3 polegadas(não é touchscreen), visor eletrônicode boa definição, wi-fi embutido ecompatibilidade com cartões SD eMemory Stick Pro Duo. No exterior,o corpo da Alpha 7 II custa cerca deUS$ 1,7 mil, mas ainda não há pre-visão de preço para o Brasil.

Para quem não precisa de tantosrecursos, a opção é a Alpha a5100,com sensor APS-C. Lançada no finalde 2014, é uma versão mais com-pacta e acessível da irmã a6000 (tes-tada na edição 217 de Fotografe).Tem resolução de 24 MP para foto efull HD para vídeo (24p e 60p). O des-taque é o monitor móvel touchscreende 3 polegadas.

No exterior, o kit da a5100 com alente 16-50 mm custa US$ 600. Aindanão há previsão de preço para o Bra-sil, mas ela logo aportará por aqui.

A Alpha 7 II tem umavançado sistema deestabilização no corpo

Sensor: full frame, de 24 MPISO: 100 a 25.600Monitor: 3 polegadas, inclinávelObjetiva: encaixe Sony EAutofoco: 117 pontosRecursos: vídeo full HD, wi-fi, NFCPreço: US$ 1,7 (só corpo)

Sony Alpha 7 II

touchscreeninclinável de 3 polega-das ou do visor eletrônico OLED (2,36milhões de pontos).

A mirrorless oferece as conexõesmais recentes do mercado, comowi-fi e Bluetooth, porta USB 3.0 eentrada para cartões de memóriaSD UHS-I/II. Ainda não há previsãode preço e disponibilidade da NX1no Brasil. No exterior, o kit com lente16-50 mm f/2-2.8 custa US$ 2,7 mil.

SONYA Alpha 7 II é o quarto modelo da

série mirrorless full frame, compostade versões com alta resolução (Alpha7R) e sensibilidade (Alpha 7S) des-tinadas a fotógrafos e filmmakers,respectivamente. O modelo maisatual tenta agradar a esses dois pú-blicos ao manter o sensor de 24 MPcom sensibilidade de até ISO 25.600.

Para o fotógrafo, as mudançassão na empunhadura mais robusta,com um disco de controle à frentedo disparador (ao estilo da Nikon) e

um sistema de estabilização de ima-gem embutido no corpo e equipadocom sensor de cinco eixos, o que pos-sibilita maior eficácia para registrosem velocidade lenta.

Para o filmmaker,as novidadessão o monitor mais brilhante (tec-nologia WhiteMagic, que adicionaum led branco à composição do LCDpara melhor visualização em am-bientes iluminados), a compatibili-dade com arquivos XAVC, gammaS-Log2 e um novo picture profile flat.

O sistema de foco automáticotambém está mais rápido, se com-parado aos modelos anteriores –aliás, a Sony divulga que a 7 II não é

Fotos:Divulgação

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Fotografe Melhor no 22192

TESTE

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Com abertura f/4 disponível em todo o zoom, esta objetiva universal éboa opção para usar em DSLR da Nikon, em câmeras full frame ou DX

Robusta, nítida e acessível

C omo outras lentes da mar-ca japonesa, a Tokina AT-X70-200 mm f/4 PRO FXVCM-S é uma ótima alter-

nativa para compor o conjunto de ob-jetivas para DSLRs da Nikon. Ela émuito resistente, tem excelente cons-trução (corpo e baioneta são em me-tal), sistema de estabilização de ima-gem que possibilita fotos nítidas e,o melhor, tem preço mais acessíveldo que a lente original. Nesse caso,ela deve ser comparada com a NikkorAF-S 70-200 mm f/4G ED VR (ava-liada na edição 208 de Fotografe).

Disponível no mercado desde

outubro de 2014, essa teleobjetivazoom é uma das poucas do tipo noportfólio da Tokina, que oferece maisopções em grande angular. A lenteé exclusiva para DSLR full framedaNikon, mas pode ser usada tranqui-lamente em câmeras com sensorDX – nesse caso, gera ângulo de vi-são equivalente a 105-300 mm. Écompatível inclusive com câmerasmais simples, como a D3300.

O preço oficial dessa zoom é deR$ 4,6 mil, no Brasil, e de US$ 1 mil,no exterior. Já a Nikkor 70-200 mmf/4 sai por R$ 6,5 mil na loja on-lineda Nikon e US$ 1,4 mil no mercado

externo. Lá fora, a diferença entreelas não é tão grande quanto em ou-tras lentes “genéricas”. Isso porque,segundo explicação da Tokina, o custode produção desse modelo é alto, oque inviabilizou, inclusive, produziruma versão para a Canon (a qual nãoteria muita vantagem financeira).

ENGENHARIAA Tokina caprichou na construção

da 70-200 mm f/4. Ela é até mais pe-sada do que o modelo da Nikon (1 kg,contra 850 g), o que é bem sensívelcom a lente na mão. Ainda assim, po-de ser usada sem causar muito can-

O colar paratripé é opcional evendido à parte

POR DIEGO MENEGHETTI

Tokina 70-200 mm

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Nikkor, 200 mm, ISO 400, 1/640s, f/4

93

Aberturas: f/4 a f/32Distância mínima de foco: 100 cmÂngulo máximo de visão: 34,3ºElementos: 19 em 14 gruposDiafragma: 9 lâminasPeso: 1 kgFiltro: 67 mm

PREÇO OFICIALR$ 4,6 mil

ESPECIFICAÇÕES

saço. Para ajudar, há um colar paratripé opcional, vendido à parte (coma lente vem apenas o para-sol).

Outra diferença em relação à te-leobjetiva da Nikkor é o sistema deestabilização de imagem, que seguraaté 3 pontos de exposição na Tokinae 5 no modelo da Nikon.

Aliás, o Módulo de Correção deVibração (VCM) da Tokina também émuito mais barulhento do que o daNikon. Quando ele é ativado, é possívelouvir um clique e o funcionamentoconstante do sistema – é normal, nãochega a incomodar, mas não deixade ser estranho. O VCM pode ser de-sativado por meio da chave na lateralda lente, bem dura, assim como a quealterna entre foco manual e automá-tico. O autofoco funciona de maneirarápida e eficiente e pode ser apuradomanualmente, bastando girar o anelna lente. A rosca para filtros tem diâ-metro de 67 mm.

QUALIDADEO conjunto ótico dessa Tokina é

feito com 19 elementos em 14 gru-pos, bem semelhante ao da Nikon.

O acionamento do autofoco edo VCM é feito por chavesfirmes e bastante duras

CHAVES NA LATERAL

Na abertura máxima, a Tokina (acima) gera menor nitidez do que a Nikon (abaixo)

Embora seja mais curta, a lente daTokina é mais pesada do que a da Nikon

Fotos: Diego Meneghetti

Tokina, 200 mm, ISO 400, 1/640s, f/4

Page 94: Fotografia

175 mm, ISO 400, 1/15s, f/4, uso de tripé

Fotografe Melhor no 22194

A nitidez gerada pelas duas é bemparecida, com vantagem para a ob-jetiva da Nikon (veja os gráficos aolado). No uso, a 70-200 mm da To-kina também gera mais fantasmase flare na imagem quando se foto-grafa na contraluz. A aberração cro-mática é mínima nas duas.

O diafragma é composto por 9lâminas e possibilita aberturas entref/4 e f/32 em todas as distâncias fo-cais. O bokehgerado pela tele é bemagradável e muito semelhante aoda lente da Nikon (veja a comparaçãonas imagens acima). Mesmo comdiafragmas mais fechados, o des-foque é muito suave.

Aliás, essa é uma das vantagensde se usar uma 70-200 mm f/4, emvez da versão f/2.8 (exclusiva da Ni-kon). Bem mais acessível, a lentef/4 oferece desfoque muito próximoao da f/2.8. Com câmeras digitaismodernas, o ponto a menos de luzda f/4 pode ser facilmente compen-sado no aumento de ISO. Uma saídaversátil para não gastar tanto, es-sência dessa boa lente da Tokina.

Fotos: Diego Meneghetti

A imagem gerada pela lente da Tokina (no alto) é ligeiramentemenos nítida do que a da Nikon, mas o desfoque é muito parecido

ÁREA DA LENTE

70 mm

centro periferia

DISTÂNCIA FOCAL

135 mm

200 mm

NITIDEZ RELATIVA DE IMAGEM -MTF50 - MÁXIMO: 4.016 lw/ph (24 MP)

ABERRAÇÃO CROMÁTICA

f/22f/16f/11f/8f/5.6f/4

82 %

ÓTIMA

MÉDIA

BAIXA

BOA

ABERTURAMAIS NÍTIDA

TOKINA

NIKON

NIKON

TOKINA

TOKINA

em 135 mm2.931 lw/ph

f/8

70 mmDISTÂNCIA FOCAL

135 mm

200 mm

ABERTURAMAIS NÍTIDA

em 135 mm3.293 lw/ph

f/5.6

ÓTIMA

MÉDIA

BAIXA

BOA

MÍNIMA

BAIXA

MODERADA

0,030,02

0,04

0,02 0,02 0,02

70 mm 135 mm 200 mm

X

73 %

NIKON

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Fotografe Melhor no 22196

TESTETESTE

96

O aparelhoportátil daFuji imprimeigualzinho àsantigas fotosinstantâneasimagensenviadasvia wi-fi porsmartphonesou tablets

Gadget para levar em festas

S ó pelo aspecto de inovação, a Ins-tax Share SP-1 já vale o uso. Essaimpressora portátil da Fujifilmconecta-se via wi-fi a qualquer

dispositivo iOS ou Android e, por meio deum aplicativo próprio, imprime imagensgravadas em smartphonesou tablets. Elausa o mesmo cartucho de filme instantâ-neo das câmeras da série Instax, mas abrea porta para imprimir fotos feitas por qual-quer câmera, ou mesmo na hora, regis-tradas pelo dispositivo.

O gadget está disponível por R$ 899diretamente da loja virtual do fabricante(www.lojafuji.com.br), valor um tanto sal-gado se comparado ao preço dele no ex-terior (US$ 180). Já o pacote de filme ins-

tantâneo, com 20 unidades, custa em tor-no de R$ 60 e pode ser encontrado emlojas do varejo em geral.

As imagens impressas pela Instax Sha-re são mais divertidas do que qualqueroutro adjetivo. A resolução de impressãoé de 240 dpi em 8 bits (256 cores por cadacanal RGB), mas fica aquém da obtida emimpressoras fotográficas ink-jet. Na prá-tica, o filme instantâneo da Fuji gera poucasnuances, o que ocasiona uma imagembem contrastada e saturada. Então, nãoespere muita nitidez e fidelidade de cor.

Por outro lado, o uso da impressorapode ser algo bacana para momentos dedescontração, como encontros de amigos,festas ou aniversários, principalmente

POR DIEGO MENEGHETTIDivulgação

Fuji Instax Share

Descrição: impressora portátilde filmes instantâneos

Onde comprar no Brasil:www.lojafuji.com.br

PREÇOImpressora: R$ 899Filme: R$ 60 (com 20 fotos)

Fujifilm Instax Share

Page 97: Fotografia

Fevereiro 2015 97

um botão para reimprimir imagense o compartimento para pilhas, duas,no padrão CR2 (modelo pouco co-mum no Brasil, mas que pode serencontrado em lojas especializadas).Também é possível ligar a impres-sora à tomada por meio de adapta-dor vendido à parte.

Após inserir o cartucho e acio-nar a impressora, a SP-1 se tornaum hotspot, ao qual algum dispo-sitivo deve ser conectado via wi-fi.

O aplicativo Instax Share App,gratuito para iOS e Android, tem fáciloperação, é amigável, bem dese-nhado e tem opção de idioma emportuguês, embora traga alguns er-ros de grafia. Ele oferece opção de

fotografar na hora, escolher ar-quivos gravados no smart-phone ou carregar fotosdo Facebook e Instagram.Há ainda um utilitário detratamento para aprimo-rar a cor das fotos.

O envio da imagempara a impressora émuito rápido (a app re-dimensiona o arquivo pa-ra o tamanho correto e ocodifica em JPEG). A im-pressão em si demorapoucos segundos. Comonos filmes instantâneos

de antigamente, a imagemdemora um pouco para aparecer,

Entrada para as baterias no padrão CR2, poucocomum no Brasil, mas podem ser encontradas

Fotos: Diego Meneghetti

para quem não costuma imprimirfotos ou não viveu a época do filmeinstantâneo, que se tornou popularnas antigas câmeras da Polaroid.

O filme da Instax tem dimensõespequenas, 5,4 x 8,6 cm, mas a ima-gem tem área útil de 4,6 x 6,2 cm.Dá para guardar as fotos na carteira.É possível imprimir imagens naorientação vertical, horizontal ouquadrada (nesse caso, uma barracolorida é adicionada à foto).

FUNCIONAMENTOA SP-1 é muito simples. Na parte

posterior está a entrada do cartuchode filme; o botão de ligar fica próxi-mo da saída das fotos; na lateral há

Os leds indicadores mostram a quantidade restantede fotos a imprimir e a carga da bateria

A SP-1 usa o mesmo cartucho defilmes das câmeras Instax; a fotocusta em torno de R$ 3 a unidade

O aplicativo, para iOS e Android,é amigável e bem desenhado

mas não é preciso “balançar” o fil-me para processar a revelação, co-mo no passado. Cerca de 15 segun-dos depois, a imagem está formadacompletamente.

Uma fileira de dez leds indica aquantidade de filmes restantes nocartucho, que se esgotam à medidaque a empolgação do usuário au-menta. Assim, é preciso modera-ção, pois o custo do filme instan-tâneo não é baixo.

Divulgação

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RAIO XPOR LAURENT GUERINAUD

Fotografe Melhor no 221100

FOTOS DE LEITORES COMENTADAS

100

Leandro Souza,Santos Dumont (MG) Alexandre Conde Galliza,

Sorocaba (SP)

Parabéns pela foto, que nãosofre nenhuma crítica. Todosos parâmetros estão certos, e oefeito ficou muito atraente. Vocêacertou também ao posicionara entrada do túnel em cima,enfatizando as vias férreas noprimeiro plano. Gostei.Equipamento: Nikon D7000com objetiva 18-105 mmExposição: f/16, 1/3s e ISO 100

A foto ficou bacana, mas vejao corte sugerido, o que daria maisimpacto à cena e eliminaria osdetalhes e espaços inúteis.Equipamento: Nikon D3200 comobjetiva Nikkor 18-200 mm e tripéExposição: f/36, 1/250s e ISO 800

O objetivo desta seção é dar aoleitor informações e dicas que sir-vam para um aprimoramento do atode fotografar. Ela é aberta a qual-quer tipo de fotógrafo: amador, ex-pert ou profissional. Antes de enviarsuas fotos para análise, você precisaler e aceitar as regras a seguir:

•É importante ressaltar que um co-mentário é necessariamente sub-jetivo. Não é um julgamento, masapenas uma apreciação pessoalque, portanto, pode ser contestadae criticada. Já que o objetivo de umafoto é agradar ao observador, qual-quer crítica, mesmo que formuladapor uma só pessoa, aponta um ele-mento que pode ser melhorado ouao menos discutido. Assim, a críticaé sempre de caráter construtivo.

•Quem envia as fotos para análisecom a finalidade de comentários edicas para melhorar a técnica o fazsabendo disso.

•A publicação das fotos enviadas nãoé garantida. As imagens publicadasserão escolhidas pelo mérito do co-mentário que permitirem, não porsua qualidade. Apenas uma foto decada leitor será comentada.

• Alguns comentários poderão atéparecer duros, porque o que vai seravaliado é a quali dade técnica da ima -gem (enquadramento, composi ção,foco, exposição...),sem levar em contao aspecto afetivo que pode ter para oautor que registrou uma pessoa, ummomento ou uma cena importante eemocionante da sua vida.

Como enviarEnvie até três fotos em arquivo no

formato JPEG e em arquivo de até 3MB cada um para o seguinte e-mail:[email protected]“Raio X” no assunto e informe o seunome completo, cidade onde morae os dados da foto (câmera, objetiva,abertura, velocidade, ISO, filme, sefor o caso, e a ideia que quis trans-mitir). É importante que os dados pe-didos sejam informados para ajudarna avaliação das fotos e na ela boraçãodos textos que as acompanham.

Como participar

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Fevereiro 2015 101

Michael Willis, Rio Claro (SP)

Eduardo Marques,Rio Branco (AC)

O efeito ficou muitobacana, parabéns. Só não concordo com oenquadramento: a partede baixo da imagem nãoagrada, em parte por causada combinação de cores(marrom com preto), quenão consegue competircom as cores vivas dasflores no fundo azul. Alémdisso, o fundo do copo ficouconfuso e não acrescentanada à imagem. Por isso,recomendaria cortá-lo.Vários enquadramentoseram válidos: horizontalfocando nas flores,quadrado ou vertical,prestando atenção àsproporções – notadamenteo tamanho do espaçoacima das flores.Equipamento: NikonD90 com objetivaNikkor 18-55 mmExposição: f/20, 1/30se ISO 200

José Luiz de Freitas,Bom Sucesso (MG)

Parabéns pelo olhar,a cena em si já diz muitacoisa. Se você tivesseinclinado a câmeraconforme a sugestão docorte, a mulher pareceriaapontar para o carro navitrine, e este, pornão apontar para baixo,teria uma posição maisdominante ainda. Pelomesmo motivo, vocêpoderia ter se abaixadomais, aumentando assima diferença de altura entrea moradora de rua e ocarro de luxo. E umenquadramento maisfechado seria melhorpara focar na cena.Equipamento: NikonD3100 com objetivaNikkor 18-55 mm Exposição: f/4.8, 1/320se ISO 3200

Não encontrei pontos para melhoriassignificativas. A foto ficoubem estética, com a faixade luz posicionada no terçovertical e as silhuetas daspessoas próximo ao pontode ouro superior direito (no terço da imagem).Talvez uma alternativaseria tentar outrosenquadramentos,enfatizando mais a águaou ainda fechando aimagem um pouco mais.Equipamento: Sony XperiaL C2104 com objetivaequivalente a 27 mmExposição: f/2.4, 1/80se ISO 100

Cássio Seixas,Curitiba (PR)

A foto é harmo niosa. Ailuminação, a exposição, obokeh ficaram perfeitos. Sóteria recomendado inclinarum pouco a câmera nosentido anti-horário eposicionar a flor maispróxima ao ponto de ouroinferior direito (onde seencontram as linhashorizontais e verticaisque dividem a foto emtrês partes iguais).Equipamento: NikonD3100 com objetivaNikkor 18-55 mmExposição: f/5.6, 1/80se ISO 200

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RAIO X

Fotografe Melhor no 221102

Edylson Sarzedas,Niterói (RJ)

Tecnicamente, o maior defeito da foto éa superexposição do ladodireito, onde os pelosbrancos do cachorroficaram estourados. Vocêpoderia ter reduzido apotência da fonte de luz(para limitar os contrastes)e usar a correção deexposição (no modo auto)ou aumentar a velocidade(no modo manual). Aliás, ailuminação lateral não eraa mais adequada, já quedeixou todo o lado opostona sombra. Além disso,o ponto de vista emmergulho (de cima parabaixo) não valoriza o tema,que parece esmagadoou submetido.Equipamento: Canon S2 IScom objetiva equivalentea 36-432 mmExposição: f/4, 1/60se ISO automático

Aline Baffa, Rio de Janeiro (RJ)Persio Bazan,

São Paulo (SP) Alexandre Tonetto, Cambé (PR)

Você informa quecolocou o tecido paramelhorar a composição,o que deixa a entenderque preparou o ensaio.Portanto, deveria teracrescentado uma fontede luz, que até poderia seruma lâmpada qualquercaso não contasse com umflash dedicado. Assim, teriasido possível aumentar avelocidade e limitar odesfoque e o ruído devido àsensibilidade ISO alta. Feitoisso, seria preciso apurara composição, evitandoposicionar o hamster nomeio do quadro, deixando oespaço maior à frente dele.Equipamento: Canon EOSRebel XSi 450D comobjetiva Canon 18-55 mmExposição: f/5, 1/40se ISO 800

A foto é boa: nítida,bem exposta, com os olhosda coruja posicionados emum ponto de ouro. Peloolhar da coruja, seriapossível também procurarum enquadramento verticalmais fechado, posicionandoa cabeça dela mais pertoda borda superior doquadro para incluir melhor o corpo da ave.Equipamento: NikonD7000 com objetivaNikkor 18-105 mmExposição: f/8, 1/125se ISO 400

A foto é interessantee oferece uma perspectivadiferente e agradável.Alguns detalhes podiamser melhorados. Primeiro,o elemento retangular(calçada?) no primeiroplano à esquerdaperturba e quebra aharmonia da foto.Segundo, o fundo, mesmoque desfocado, poderiaser mais atraente(escolhendo, por exemplo,um ponto de vista em quea igreja não fossecortada). Com umelemento a mais paracaptar a atenção doobservador, o resultadoficaria ótimo.Equipamento: NikonD5200 com objetivaNikkor 35 mmExposição: f/2.2, 1/600se ISO 100

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Rafael Albiero,Itu (SP) Celso Souto,

Brasília (DF)

A composição ficouboa, assim como o balançode branco e a exposição.Contudo, o uso de umasensibilidade de ISO altacausou bastante ruídodigital, o que gerouessa granulaçãodesagradável na foto.Equipamento: Nikon D7100com objetiva Nikkor 50 mm Exposição: f/3.2 , 1/80s e ISO 4000

A foto é original, mas o que você quismostrar? Parece quefaltou a segunda aliança.Tecnicamente, vocêdeveria ter medido o focono anel e não no pistilo daflor. Também ficaria maisharmonioso se tivesserespeitado o sentidonatural de leitura (daesquerda para a direita),deixando mais espaçoà direita.Equipamento: NikonD3100 com objetivaNikkor 18-55 mmExposição: f/13, 1/80se ISO 100

Rodrigo Rocha,Porto Alegre (RS)

A sugestão é dar umcorte um pouco diferentedaquele que você fez,deixando o beija-flor umpouco mais para a direita emais para baixo: já que eleestá olhando para cima,ficaria mais natural. Emrelação ao tratamento quevocê fez, ficou puxadodemais, deixando as corespouco naturais. Só teriarecomendado aumentarum pouco o contraste paraacentuar a impressãode nitidez, sem alteraro balanço de branco.Equipamento: NikonD5100 com objetivaNikkor 70-300 mmExposição: f/5.6, 1/1000se ISO 500

Marcio Oliveira,Abadiânia (GO)

Você informa que a foto foifeita no quintal da suacasa, ou seja, dispunhado tempo que queria. Porisso, primeiro, poderia terprocurado um melhorponto de vista, talvezsubindo em uma escada(longe o suficiente dopássaro para nãoincomodá-lo). Quanto àcomposição escolhida, elanão valorizou a pomba, queficou quase batendo naborda esquerda do quadro.O certo era posicioná-labem do lado direito,deixando maior espaço àfrente dela. E poderia terfechado o quadro paraeliminar o elemento naparte de cima, queperturba.Equipamento: CanonEOS T3i com objetivaCanon 75-300 mmExposição: f/5.6, 1/250se ISO 200

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RAIO X

Fotografe Melhor no 213104

RAIO X

Fotografe Melhor no 221104

José PachecoJúnior, Vitória

da Conquista (BA) Ricardo Flotte,

Juiz de Fora (MG)

A foto ficou equilibrada,com o galho no primeiroplano e a diagonal daestrada à esquerda paracaptar o olhar doobservador. Porém,acredito que diante de talcena, teria sido proveitosoabrir ou fechar mais oenquadramento. No casode fechar, o ideal era darum zoom na parte darua iluminada paradestacá-la mais. Se fossepara abrir, seria para olado direito e para baixo,ampliando a visão dacidade. O galho à esquerdaincomoda um pouco.Equipamento: NikonD60 com objetivaNikkor 50 mmExposição: f/16, 13se ISO 200

Os troncos dividem oquadro em duas partes. Oelemento principal, a moça,fica na menor parte, dolado direito. Infelizmente,o olhar do observador ficapreso nessa pequena partee deixa de percorrer o restoda imagem. Teria sido maisadequado enquadrar demaneira a posicionar ostroncos na borda esquerdado quadro.Equipamento: Sony H300com objetiva Sonyequivalente a 25-875 mmExposição: f/4.1, 1/1000se ISO 80

Vanessa Furlan,Cascavel (PR)

Em retrato, raramenteé aconselhável deixarmuito espaço acima dacabeça do modelo: aquiesse espaço inútildesequilibra bastante aimagem. Além disso, ailuminação não valorizasua modelo, que parecesem vida. Nesse ponto,a outra foto que vocêenviou ficou bem melhor.Equipamento: CanonEOS T5i com objetivaCanon 28-135 mmExposição: f/5.6, 1/125se ISO 400

Luiz Valença,Recife (PE)

A composição é boa,mas o que incomoda é oefeito do flash, fortedemais, que tirou oaspecto natural da cena. Ouso do flash em fotografiade natureza é muitoproveitoso para ressaltar a nitidez e as texturas depenas ou pelos. Porém,precisa ser ajustado commuita cautela para nãoproduzir reflexos fortesdemais, notadamentenos olhos do animal.Você ainda pode tentar apagá-los no tratamentovia computador.Equipamento: NikonD7000 com objetivaNikkor 70-300 mmExposição: f/5.6, 1/160se ISO 640 (com flash) 4

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RAIO X

Fotografe Melhor no 221106

Maurício Brum,Porto Alegre (RS)

Rafael Andrade,Natal (RN)

Cena atraente, na qual o P&B, ao tirar asinformações de cor,ressalta o contraste detextura entre o pelo macioe delicado do gato e a duraparede de concreto. O focopoderia ter sido maispreciso, já que parece sersido medido um pouco àfrente do gato, deixando acabeça dele maisdesfocada que as patas e o chão.Equipamento: NikonD3100 com objetivaNikkor 50 mmExposição: f/3.2, 1/100se ISO 200

Thalles Barbosa,Rio de Janeiro (RJ)

Dois elementosincomodam na foto. O primeiro é o fato de asrodas do avião estaremescondidas. É interessanteescolher um ponto de vistaao nível do chão, mastambém é preciso tomarcuidado para não ocultarparte do tema. O segundoé o grande espaço escuroque ocupa os dois terçosinferiores da imagem.Você deveria ter apontadoa câmera mais para cimae aproveitado o fundocolorido que remete à ideia de viagem, o quecombina com o tema.Equipamento: PanasonicFZ-28 com objetiva Leicaequivalente a 27-486 mmExposição: f/4, 1/200se ISO 200

AndréNascimento,

Brasília (DF)

Não entendi por quededicou tanto espaçoao céu, cortando ostorcedores embaixo(a menos que quisesseenfatizar as colunas).Se fosse o caso, seriapreciso abrir mais oenquadramento e evitarcortar a parte de cima.Pelo que você informa,acredito que seu foco era a torcida: no caso,o ideal era apontar acâmera mais para baixoe procurar um torcedorou qualquer elementoque se destacasse eposicioná-lo em umponto de ouro.Equipamento: CanonEOS T3i com objetivaCanon 18-55 mmExposição: f/10, 1/500se ISO 200

Você informa quequeria dar “uma pequenavisão da natureza em meioa tanta poluição visual dacidade”. Mas não aparecenada da cidade. É sempreimportante se pôr no lugardo observador quandoresolver fotografar umacena para assegurar-sede que ele possa entendera mensagem veiculadasem precisar de nenhumaexplicação adicional.Equipamento: NikonD7100 com objetivaNikkor 18-105 mmExposição: f/5.6, 1/125se ISO 400

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As inscrições já estão abertas, garanta seu ingresso para o evento no site:newbornphotoconference.com.br ou no telefone: (11) 3021-3335

O Newborn Photo Conference é o único congresso de fotografia de recém-nascidos do mundo, e chega nessa nova etapa maior e mais completo!

20 a 22 de abrilSão Paulo - SP

Estão abertas as inscrições para a5ª etapa do Newborn Photo Conference!

3 DIAS DE EVENTO

Este ano o congresso ganhou um dia

de palestras

13 PALESTRAS

Serão 14 especialistas passando seu conhecimento

ao público

Para enriquecer o congresso teremos palestrantes

internacionais

2 CONVIDADOS INTERNACIONAIS

Esta edição será mais completa, além do tema principal Newborn,também serão abordados parto, gestantes e bebês.

Erika Muniz

Altair Hoppe

Weronica Eler

Silvia Martins

Marcus Aurélio

Jaiel Prado

Simone Silvério

Carla Durante

Lidiane Lopez

Michelle Vilanova

Palestranstes já confirmados

Ana Brandtpela 1ª vez no Brasil

NOVA CONFIRMAÇÃO

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LIÇÃO DE CASA

Fotografe Melhor no 221110

Fotos com rastros, desfoques propositais, fundos riscados e outros efeitossempre fazem sucesso. Aprenda a fazê-los sem a ajuda do Photoshop

A técnica para obter um

efeito especial

Shutterstock

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Fevereiro 2015 111

O uso develocidade lenta

somado aodisparo de flash

na segundacortina cria

efeitos como odesta foto

O s inúmeros efeitos especiais queexistem na fotografia podem serrepartidos em duas categorias:

os que são realizados diretamente nomomento da foto e os demais, produzi-dos via computador e programas de edi-ção, como o Photoshop. Os primeirossão fáceis de alcançar, mas é precisoter domínio básico da técnica fotográfica,

POR LAURENT GUERINAUD

notadamente ao saber antecipar a in-fluência do tempo de abertura e do mo-vimento no resultado final.

Assim como a abertura do diafragmacontribui para determinar a profundidadede campo (amplitude do plano nítido), otempo de exposição define como os mo-vimentos, tanto do tema quanto da câ-mera, serão representados na imagem.

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Fotografe Melhor no 221112

LIÇÃO DE CASA

Ao ajustar o obturadorpara uma velocidadeentre 1/4s e 4s épossível provocaro famoso “efeitofantasma”, que ficamais interessantequando há váriaspessoas em movimento

Basicamente, os movimentos são re-gistrados como rastros, e quanto maioro tempo de exposição, mais compridossão esses rastros. Na prática, uma velo-cidade entre 1/4s e 4 segundos rende efei-tos atraentes em pessoas se mexendosem excesso. O resultado pode ser espe-tacular, ainda mais se o tema em movi-mento estiver em zonas bem luminosas.Essa é provavelmente a maneira maisantiga de fotografar... fantasmas.

Do mesmo jeito, para determinadotempo de exposição, quanto mais rápidosos movimentos do tema, mais eles apa-recem borrados na foto. O resultado dacombinação de movimento e tempo deexposição longo depende muito da sorte,

mas é possível prever com mais ou menosacuidade o efeito final com um pouco deexperiência, por menos que se conheçao tema e a natureza dos potenciais mo-vimentos dele.

À imagem desfocada de um tema emmovimento registrado por um tempo deexposição longa é possível sobrepor outraimagem bem nítida usando o flash. A mis-tura de zonas nítidas e desfocadas resul-tante, juntas em uma única imagem, poderender um efeito sensacional.

Uma das melhores maneiras de criaresse tipo de foto consiste em sincronizaro flash em baixa velocidade na segundacortina do obturador da câmera – veja nomanual da sua câmera se ela oferece o

Shutterstock

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Fevereiro 2015 113

recurso de sincronização na segunda cor-tina e, em caso positivo, leia como usá-lo. Desse modo, a imagem nítida é reali-zada no final da exposição, logo antes doobturador fechar, o que rende um efeitomais natural que a sincronização “básica”na primeira cortina (quando o flash dis-para no início). Assim os rastros são dis-postos atrás do tema e não na frente dele,o que parece mais natural.

MOVIMENTO DA CÂMERAO desfoque de movimento do tema

não é a única alternativa interessante parase conseguir efeitos visuais espetacularese diferenciados. Com finalidades criativas,pode ser proveitoso gravar no suporte fo-tográfico as oscilações e outros movi-mentos da própria câmera.

Quando se fotografa à mão livre, cos-tuma-se considerar que há risco de des-foque de movimento quando se usa umtempo de exposição inferior ao inversoda distância focal (por exemplo, é precisouma velocidade igual ou superior a1/100s para realizar uma foto nítida comuma lente de 100 mm). A experiência, a

prática e as lentes com o sistema de es-tabilização permitem ultrapassar esselimite. Porém, é uma boa base para quemprocura um desfoque proposital pelomovimento da câmera que, junto com omovimento do tema ou não, pode pro-duzir imagens muito interessantes.

A direção do movimento e outras tre-

A leitora Liz Budnik, deEmbu (SP), criou o efeitoacima disparando o flash

no exato momento emque a bexiga com água

estourava na cabeçada menina menor

Com luzes coloridas e gente se mexendo, como em uma balada, o disparo do flash em velocidade lenta gera este efeito

Shutterstock

Liz Budnik

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LIÇÃO DE CASA

Fotografe Melhor no 221114

cepção dos movimentos na ima-gem. Assim, um fundo escuro éideal para ressaltar os gestos deum tema claro. Há várias maneirasde movimentar a câmera para pro-duzir um desfoque artístico. Alémdo procedimento descrito anterior-mente, em que o fotógrafo opta poruma velocidade lenta e dispara àmão livre, outra alternativa é darum movimento direcional à câme-ra. Nesse intuito, o movimento podeser panorâmico (usando um tripée girando a câmera no eixo hori-zontal) ou circular. No segundo ca-so, o fotógrafo dá um movimentohorário ou anti-horário à câmera,em torno do eixo ótico.

ZOOMINGOutro efeito espetacular que po-

de ser realizado é o zooming(ou pu-xada de zoom). Consiste em alterara distância focal da objetiva durantea exposição, de maneira a obter, naimagem final, uma sobreposição de

O simples movimento do zoom da lente cria o efeito acima, uma sobreposição de imagens em diferentes distâncias focais

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pidações do tema ou da câmera in-fluem também no comprimento dosrastros luminosos registrados: osrastros são mais amplos quando osmovimentos ficam perpendicularesao eixo ótico (direção para a qual acâmera está apontada).

Ao contrário, o movimento de um

tema que se move em direção à câ-mera ou que está se afastando delaparece amenizado na foto. No caso,pode ser apropriado optar por umtempo de exposição maior para ade-quar-se com a direção e a velocidadedo movimento a ser gravado.

Também o fundo impacta a per-

Vidro com gotas de água à frente da lente já é suficiente para um efeito especial

Fotos:Sh

utterstock

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LIÇÃO DE CASA

Fotografe Melhor no 221116

O tema para a próxima edição,a 222, será retrato de criança.Caso você tenha uma boa foto sobre o assunto, envie-a paraa redação pelo [email protected] até odia 6 de fevereiro de 2015 e coloqueno assunto “Lição de Casa”. Cadaleitor pode mandar apenas umafoto. As imagens enviadas serãoavaliadas e poderão ser usadascomo exemplos no artigo de LaurentGuerinaud. A ideia é que os leitoresilustrem as informações passadaspelo especialista. Apenas as fotosselecionadas serão publicadas.

Mande sua foto para aseção Lição de Casa

A mulher parece flutuar emplena estrada: o efeito foi criadopelo leitor Marcelo Miguel, deSão Paulo (SP), que pediu paraa noiva, Gabriela, dar um pulinhona hora que ele ia disparar

imagens gravadas com distintos ní-veis de ampliação. Na prática, a di-ficuldade para se obter um bom re-sultado diminui à medida que se au-menta o tempo de exposição: quantomaior o tempo, mais fácil girar a co-manda do zoom de maneira suave,sem solavancos.

Todavia, o uso de uma velocidadelenta obriga a usar um tripé paraobter um efeito puro, sem adicionaras trepidações da câmera ao efeitodo zooming, já que adicionar váriosefeitos em uma imagem só pode“matar” todos.

Durante a variação de distânciafocal, é também proveitoso dar umapausa em uma ou várias distânciasfocais para ressaltar uma imagemdo tema obtida a um nível de am-pliação específico. O resultado éuma (ou várias) imagem nítida (nomomento da pausa) sobreposta aum fundo de imagens desfocadas.

CRIATIVIDADEOs efeitos associando um longo

tempo de exposição e movimentosão geralmente os mais espetacu-lares, mas existem tantas possibi-lidades que não há como descrevertudo neste artigo, como supercor-rigir a exposição para obter fundosbrancos ou pretos, bafejar na lentepara obter um desfoque diferentepelo efeito de condensação, usarum vidro cheio de gotas d’água àfrente da câmera, sobrepor elemen-tos posicionados em distâncias di-ferentes, com fundo neutro, parabrincar com a diferença dos tama-nhos... Todas as experimentaçõessão válidas.

Mas lembre-se de que qualquerefeito muito apoiado pode aborrecero observador se for aplicado em to-das as imagens. Como sempre, ébom variar os efeitos para quebrara monotonia.

Mar

celo M

igue

l

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Foto realizada pelo aluno Julio Ogata

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CORREIODÚVIDAS E COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Gostei bastante da reportagem“Saiba como montar o primeiroestúdio”, publicada na edição 220.Concluí meu curso profissionali-zante de Fotografia em 2014 e meuplano é começar a trabalhar comimagens para e-commerce. Poistenho feito alguns frilas na área,

mas ainda não tenho um espaçoideal para fazer as fotos, e as dicasque foram dadas me ajudarammuito. Também curti a matéria demoda infantil com Erika Verginelli,outra área que me interessa.

Monique Silva, via e-mail

Primeiro estúdio

LytroLendo a matéria sobre a Lytro na

edição 219, tomei ciência de outrosfotógrafos que estão experimentan-do técnicas de colagem no Brasil,como o citado Diego Kuffer. Tambémfaço esse tipo de trabalho. Gostariade divulgar meu site (www.fotofrag-mentos.com.br) para quem se inte-ressa pelo tema. Iniciei esse trabalhoquando morava em Barcelona, Es-panha, em meados de 2008.

Marcello Cavalcanti, via e-mail

DificuldadesEm referência ao editorial da edi-

ção 219, sei perfeitamente de duas di-ficuldades comentadas, pois trabalheipor dez anos no maior grupo editorialde assuntos eletrônicos do Rio de Ja-neiro. Conheço as angústias de umeditor às voltas com os impostos es-corchantes, o preço do papel subindo

a cada dia, a concorrência desleal depseudogrupos, a corrida atrás deanunciantes, a dificuldade em receberprodutos para análise, o prazo de fe-chamento chegando, a necessidadede preencher o buraco deixado pelocolaborador que não entregou a ma-téria, a gráfica que não entregou asprovas e muitas outras coisas, alémdo compromisso com a pontualidade,não só com as bancas, mas tambémcom o assinante. Com tudo isso, e tal-vez por isso, cada número entregue éuma vitória e uma trégua para a pró-xima batalha (leia-se o próximo exem-plar).Fotografefez18 anos com muitagarra e há muito não mais convive comas incertezas dos primeiros passos,mas saboreia a firmeza do sucesso.Parabéns ao grupo, pequeno no ta-manho, mas grande na qualidade.

José Américo Mendes, Rio de Janeiro (RJ)

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DesapontamentoFiquei desapontado com a edição

219. A capa diz que seria feita umaavaliação inédita entre todos os mo-delos de câmeras DSLR vendidas noBrasil das marcas Canon e Nikon eque haveria comparativos dos sen-sores de todos os modelos. A capatraz foto do embate da Canon EOS7D Mark II com a Nikon D750. Os doismodelos que estão na capa e quesão lançamentos mais novos dasduas marcas foram usados apenascomo marketing para vender a re-vista, pois não estão nos testes feitospela reportagem. Isso induz a pessoaa comprar algo pela capa que nãoexiste no conteúdo. Achei a repor-tagem malfeita, com dados super-ficiais e divergentes dos laboratóriosmais conhecidos, como DxOmark,além de não conter as análises dascâmeras mais modernas conformeindicado na capa. Estou desapontadocom a postura da revista.

Thiago Tundela, via e-mail

A comparação foi feita com baseem todos os testes anteriores que fo-ram publicados. Nas páginas 84 e 85há os gráficos com todos os modelostestados. O uso da Nikon D750 e daCanon EOS 7D Mark II foi em funçãode serem os mais novos modelos comsensor full frame e APS-C das mar-cas. Realmente não foram testadosa fundo ainda porque não estavamdisponíveis para venda no Brasil naépoca da reportagem. A D750 foi capada edição, a 220, e a 7D Mark II sairána edição 222. Em momento alguma revista quis enganar alguém, aocontrário. Sempre temos a intençãode ajudar o leitor na escolha da câ-

mera. As pontuações no quadro dapágina 87 são as mesmas já publi-cadas nos testes feitos com as câ-meras relacionadas. Foi uma falhanossa não informar claramente quea 7D Mark II e D750 não haviam sidotestadas. Não conhecemos os crité-rios do laboratório DxOmark. Usamoso software americano Imatest há anose em todo teste de câmera explicamoscomo isso é feito.O que buscamos éaperfeiçoar cada vez mais nossostestes. Toda crítica é bem recebida,pois não somos donos da verdade.Somos falíveis como qualquer serhumano. Mas estamos longe de que-rer "enganar" qualquer leitor.

Divulgação

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Foto realizada pela aluna Pri Morales

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Fotografe Melhor no 221124

FIQUE POR DENTROEXPOSIÇÕES, LIVROS, CONCURSOS, WORKSHOPS E EVENTOS

Exposições

Estão na mostra todas as imagenspremiadas na edição de 2014 do

Prêmio Brasil Fotografia, um dosmaiores concursos do País. Os fo-tógrafos contemplados são: JoãoRoberto Ripper, Sonia Guggisberg,Gilvan Barreto, Marcos Muniz, PaulaAlmozara e Vinicius Assencio.

Data: até 31 de março de 2015Local: Espaço Cultural PortoSeguro – Av. Rio Branco, 1.489 –Campos ElíseosInformações: (11) 3377-5880;www.premiobrasilfotografia.com.br

Prêmio Brasil Fotografia

SÃO PAULO (SP)Thomaz Farkas – Memórias e Descobertas

Registro de MarcosMuniz, feito na Bolívia,está na mostra

Populares sobre coberturado Congresso Nacional nainauguração de Brasília

Thom

az Farkas

Além de um panorama da obrado renomado fotógrafo Thomaz

Farkas, a exposição traz imagensinéditas, como fotos feitas com bai-larinos de 1946, documentários euma rara série de fotografias em cor.Nascido em Budapeste, Farkas veiopara o Brasil ainda criança, aos seisanos, e se tornou um dos principaisnomes da fotografia brasileira.

Data: até 14 de fevereiro de 2015Local: Galeria Luciana Brito – R.Gomes de Carvalho, 842 – Vl.OlímpiaInformações: (11) 3842-0634; www.lucianabritogaleria.com.br

Marcos Muniz

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Aexposição coletiva, que tem o no-me como tema, apresenta 50 fo-

tografias que variam de retratos atémacrofotografia. Os oito participantessão Marcia Chal, Carlos Vieira, Fran-cisco Pinto, Guacyr Aranha, AmilcarMilasch, Cilano Simões, GemersonDias e Roberto Gomes. A curadoria

é do fotógrafo Cilano Gomes, quetambém participa da mostra.

Data: até 22 de fevereiro de 2015Local: Centro Cultural Correios –R. Visconde de Itaboraí, 20 – CentroInformações: (21) 2253-1580;www.correios.com.br

Efígies

O fotógrafo Fabio Seixo é um dos 21 profissionais que participam da mostra

Gas Station, de Roberto Gomes, é uma das imagens presentes na exposição

Fabio Seixo

Roberto Gom

es

Na mostra que virou o ano de 2014para 2015 na Galeria do Ateliê

da Imagem, estão presentes 21 fo-tografias que discutem – direta ouindiretamente – o tema da efígie. En-tre os profissionais presentes namostra estão Bruno Veiga, Edu Si-mões, Fabio Carvalho, Kitty Parana-

guá e Renan Cepeda. Quem assina acuradoria é Marco Antonio Portela.

Data: até 28 de fevereiro de 2015Local: Ateliê da Imagem EspaçoCultural – Av. Pasteur, 453 – UrcaInformações: (21) 2541-3314;www.ateliedaimagem.com.br

RIO DE JANEIRO (RJ)Luzes e Cores

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Fotografe Melhor no 221126

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O Espaço da Fotografiaprevê o workshopde Fotografia de Newborn. Nele serãoabordados aspectos como técnica, cria-tividade, segurança e responsabilidade. Data: 21 e 22 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: Av. Santo Amaro, 3.092 –BrooklinInformações: (11) 5531-9947www.espacodafotografia.com.br

O Estúdio Newton Medeiros oferece oscursos Intensivo de Fotografia Digital,Fotografia de Produtos (metais, joias, vi-dros e alimentos) e Estúdio Prático (mo-delos e crianças).Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Marajó, 113 – GuarulhosInformações: (11) 2440-4747www.newtonmedeiros.com.br

O Instituto Internacional de Fotografiaapresenta os cursos Intensivo de Foto-grafia de Casamento e Capacitação Pro-fissional em Fotografia.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Eng. Francisco Azevedo, 807– Vila MadalenaInformações: (11) 3021-3335www.iif.com.br

CAMPINAS (SP)O Ateliê Cromoplaneja ministrar os cur-sos Fotografia Básica, Intermediária, Ilu-minação Still, Edição e Tratamento deImagem, Iluminação para Retratos eBook e Laboratório Preto & Branco.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Álvaro Müller, 151 – VilaItapuraInformações: (19) 3234-8148www.ateliecromo.com

RIO DE JANEIRO (RJ)A escola Imagens & Aventuras traz oscursos Básico de Fotografia Regular eExpresso, Prática, Iluminação I e II, Pho-toshop e Lightroom 5. E os workshopsGestão Profissional e Flash Experience.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: Av. das Américas, 500, bloco 4,loja 106 – Barra da TijucaInformações: (21) 2494-5250www.imagenseaventuras.com.br

O fotógrafo Helcio Peynado oferece oCurso de Fotografia e Iluminação de Es-túdio. Além disso, há palestras gratuitastodos os meses perante agendamento. Data: a partir de 11 de fevereiroPreço: consultar com o fotógrafoLocal: Curso de Fotografia HelcioPeynadoInformações: (21) 3427-4031www.helciopeynado.com

A Escola de Imagemtraz os cursos Com-pleto, Básico, Photoshop, Luz e Compo-sição, Lightroom, Flash Externo e BookExterno. Além dos workshops com New-ton Medeiros de Iluminação de Produtose Iluminação de Pessoas em Estúdio. Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. São João Batista, 95 –BotafogoInformações: 0800-601-3264www.escoladeimagem.com.br

BRASÍLIA (DF)O Espaço f/508 de Fotografiadisponi-biliza o curso Básico à tarde e à noite. Data: a partir de 3 de fevereiroPreço: a partir de R$ 480Local: SCLN 413, Bloco D, sala 113 –Asa NorteInformações: (61) 3347-3985www.f508.com.br

FLORIANÓPOLIS (SC)A Escola de Fotografia Saulo Fortkamptraz os cursos Básico de Fotografia, Avan-çado, Câmera Compacta, Fotografia Den-tal e Lightroom. Está previsto ainda oworkshop de Macrofotografia.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Djalma Moellmann, 80 –CentroInformações: (48) 8404-6269www.saulofortkamp.com.br

O CameraCom traz os cursos FotografiaBásica, Intermediária, Iluminação emEstúdio e Tratamento de Imagem.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Joe Callaço, 87, salas 201 e202 – Santa MônicaInformações: (48) 3207-6906www.cameracom.art.br

SÃO JOSÉ (SC)A Escola de Fotografia Câmera Criativaoferece os cursos: Fotografia DigitalBásica, Profissional, Lightroom, Pho-toshop, Fotografia de Casamento, Ilu-minação de Estúdio, Direção de Modeloe Workshop de Newborn, além de ofi-cinas, como de Pinhole.Data: a partir de 19 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: Av. Leoberto Leal, 389, sala 19– BarreirosInformações: (48) 9678-2525www.cameracriativa.com.br

BELO HORIZONTE (MG)O Estúdio Metrópole traz o Curso Com-pleto, Photoshop, Fotografia Analógicae o Clube de Fotografia.Data: a partir de 1o de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: Av. Afonso Pena, 867, sala1.718 – CentroInformações: (31) 3643-2476www.estudiometropole.com

A Escola de Imagem traz os cursosCompleto, Básico, Luz e Composição,Flash Externo, Lightroom, Book Externoe Photoshop. Além dos workshopsOlhar e Memórias de Família, com Vi-nícius Matos.Data: a partir de 2 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: R. Colômbia, 375 - SionInformações: (31) 3264-6262www.escoladeimagem.com.br

PORTO ALEGRE (RS)A Escola Projeto Contatooferece os cur-sos Fundamentos da Fotografia, Ilumi-nação Profissional com Flash Compactoe Photoshop para Iniciantes.Data: a partir de 3 de fevereiroPreço: consultar com a escolaLocal: Av. Venâncio Aires, 140, sala202 – Cidade BaixaInformações: (51) 4101-4148www.projetocontato.com

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