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Representação
sinônimo de imagem mental e padrão neural,
forma pela qual se interelacionam e se
incorporam estímulos
Cada nova situação é acervo, ou estoque informacional
Indivíduos diferentes, mas fisiologicamente semelhantes têm
resultados de percepções parcialmente comuns, padrões que
possibilitam comunicação de suas experiências.
Representações Externalizadas segundo alguma técnica
uso de tecnologias de informação e representação disponíveis
codificações e linguagens desenvolvidas a partir das
necessidades.
Problema central da representação da informação imagética
Reprodutibilidade (à medida que as sociedades incorporam números maiores de indivíduos)
Renascimento
Aparecem diversos tipos de lentes para captura de imagens
Modelo - anatomia do olho como mecanismo ótico fragmentável
Fotografia (1839) junção de dois processos científicos diferentes:
um ótico e um químico
completo sistema de representação e documentação de
informação visual, situado entre as matrizes tecnológica, científica
e artística
1888 - George Eastman
adapta a tecnologia aos
rolos de celulose (filme)
máquina “portátil”
Kodak, revolução
tecnológica - caráter
expansionista
fotografia como
tecnologia
informacional
Século XX Progressivo aumento da capacidade de captura de luminosidade
e melhoria na qualidade de imagem em novas lentes e câmaras.
Barateamento pela produção massiva
mesmo para os que
não fotografam, o
mundo é inundado
pelas imagens
fotográficas
disseminadas em
todos os meios de
informação.
diversas formas de
manipulação: a crença na
neutralidade das
imagens, após um
primeiro momento
positivista, mostra-se
totalmente infundada.
Ampliação do imaginário, somatória do aprendizado de
formas de representação do meio-ambiente Transformam-se as relações individuais com o meio
Determinam-se novas formas de cognição
Percepção humana em transformação constante: diferentes formas de existência no meio
transmissor, em que a percepção é determinada não só pela natureza, mas pelas circunstâncias
históricas e pela intermediação tecnológica (BENJAMIN, 2005)
Reprodutibilidade determinante de novas formas de ver, direcionando a educação das
massas: Imagens reorganizadas em novos sistemas são inseridas em
situações de ressignificação por meio de ações criativas, patrocinadas pelas
novas tecnologias de informação e comunicação.
A reprodutibilidade opõe-se à obra única, inacessível ao corpo social como
conjunto
novo código visual da fotografia altera e alarga as noções do que vale a pena olhar e o
direito de observar. Nova gramática e ética do olhar, sensação de poder conter todo o
mundo – uma antologia de imagens. (SONTAG, 2000, p.1)
Fotografia Informações não são geradas no interior da imagem, mas do seu exterior, a
partir de experiências prévias já mentalmente organizadas, induzidas por um
determinado enquadramento selecionado de formas já conhecidas, já
nomeadas ou simplesmente elaboradas precariamente e reafirmadas pela
experiência (muitas vezes inclusive de origem não fotográfica como as da pintura).
papel essencial na primeira
metade do século XX (só
comparável ao que o
computador pessoal (PC)
desempenha na segunda
metade do mesmo século).
Fotografia
dos modos de representação menos capazes de transmitir uma informação precisa.
Única informação precisa é: “eu sou uma fotografia: não sou uma pintura, um desenho,
um fotograma, etc, mas produto de uma tecnologia singular, no intuito de aproximar o
mundo”.
Um contrato de confiança se instaura entre receptores e emissores de imagens
fotográficas (CAUJOLLE, 2002)
Imagem Produção de imagens digitais na era pós-industrial : aparentada da técnica fotográfica
CCDs dispensam filmes para capturar e armazenar imagens em chips de memórias
Câmaras digitais transferem as imagens capturadas para computadores, alimentados
por programas de imagem - contemporaneidade traduzida pelo computador,
máquina/tecnologia informacional a partir da década de 1970
mudança de paradigma, de óptico para numérico.
Tecnologias e técnicas
combinadas - imagens
vistas em monitores e
dispositivos móveis,
telefones celulares e
ipods, impressas, ou
mandadas via correio
eletrônico e/ou RSS.
Imagens de fora do
planeta, capturadas
por sondas da Nasa
Novos mundos criados por simulação; imagens e informações penetram os indivíduos,
misturam-se com eles, sem que disso se tenha consciência.
Em sua virtualidade passam a ser habitadas como extensões corporais e depois a se
reproduzir; como corporificações, as imagens ganham independência das culturas que
integram (André Parente 1993).
Sujeitam, não são mais objetos:
Computação gráfica e a comunicação global dos efeitos produzidos homogeneízam
olhares, imaginário, criatividade e ações, embora nem todos os receptores tenham o
domínio da técnica ou da tecnologia; o trânsito das informações imagéticas permitidos
pelos instrumentos legais de apropriação e reuso requer uma reconstrução de
universos
industrialização da imagem Técnica como meio de percepção que transforma as visões de mundo
Problemas propostos pela imagem
como informação Como descrever, linguagens por meio das quais modelizar a descrição representativa,
instrumental de pesquisa e representação, funcionamento e funções, técnicas,
ferramentas, manualidade e/ou automação, introdução de novos sistemas
computacionais, reflexões que avaliem, qualifiquem, selecionem e impulsionem a
conceituação na Ciência da Informação.
A artificialidade do processo de representação é trazida à tona como as construções
mentais realizadas. A percepção de que os sistemas de informação e comunicação se
entrelaçam aos sistemas das tecnologias que os propiciam, passando por
reestruturação significativa e processos de rupturas e reorganizações faz legítima e
necessária uma experimentação consciente e sistemática,
A compreensão de determinadas formas de informação passa ao
domínio de castas com formação específica e assim permanece
até a atualidade
[...] A memória é uma
atividade psíquica que
encontra na fotografia
seu equivalente
tecnológico moderno.
... a fotografia é tanto um
fenômeno psíquico
quanto uma atividade
óptica-química.
(DUBOIS, 1994, p. 316).
Jogos Intersemióticos
Formas de expressão, permeadas principalmente dos universos da fotografia e do
cinema, da arquitetura e da publicidade, fundamentam nelas uma nova espacialidade.
Produzem, no lugar do ambiente arquitetônico, um espaço-tempo cinematográfico, que
transcende o conceito de espaço edificado; uma ambiência conceitual que constrói as
formalizações dos multimeios atualmente utilizados
Urgenciada necessidade de aprendizado = manutenção da capacidade crítica dos
olhares no contemporâneo, em relação à informação tramitada pelos meios
imagéticos e multimidiáticos
Intersemioses Digitais, Informação e Tecnologia Aprendizado das estruturas de novos sujeitos informativos
Desde 2007, o grupo realiza estudos com as matrizes semióticas da linguagem
imagética produzida numericamente, simultaneamente à produção teórica de resenhas
traduções intersemióticas
Experimentação é sistematizada no curso de Pós-Graduação em Ciência da
Informação, no campus da Unesp de Marília, em laboratórios com alunos de graduação
do curso de Biblioteconomia.
Previstos aprofundamentos textuais das discussões implicadas nos novas estruturas
imagéticas correntes, bem como em suas articulações sintáticas, semióticas e
intersemióticas. Estes constituirão estudos integrados à comunicações futuras aos
pares, para discussão no campo de pesquisa da Ciência da Informação.
Referências
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