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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2015 ATRIBUNA 9 A TRIBUNA COM VOCÊ EM SANTOS DUMONT Casamento na igreja após 60 anos de união Maria Luiza e Zenor Nascimento vão realizar o sonho de casar no religioso aos 81 anos. Cerimônia será no próximo dia 26 Rayza Fontes A dona de casa Maria Luiza Cláudio Nascimento mu- dou-se para Santos Du- mont, em Vitória, há 60 anos, vin- da de Timbuí, distrito de Fundão, para morar na casa da irmã. O apo- sentado Zenor Nascimento, 81, morava com os pais na casa ao la- do. Apaixonaram-se nos primeiros encontros e logo casaram-se no ci- vil. O sonho de Maria Luiza, entre- tanto, era ter um casamento na igreja. Aos 81 anos, eles se casarão na próxima semana, no dia 26, em uma cerimônia na Igreja Batista do bairro. “Eu quero a família toda lá. Se faltar um filho que seja, eu já não vou mais considerar filho. Não vou usar vestido de noiva, mas o pastor vai celebrar direitinho, do jeito tra- dicional. Quando eu casei no civil disse que tinha fé em Deus que ca- saria na igreja um dia. E finalmente esse dia chegou”, emocionou-se. Para o casal, que acompanhou o crescimento do bairro, a maior di- ficuldade foi conviver com a falta de água e rede de esgoto por mui- tos anos. “Quando mudei para o bairro, não tinha nada além de mato, barro e três casas, contando com a minha. Para ter água, era preciso buscar em um poço, no final da Marechal Campos, e subir o morro com a lata d'água na cabeça. Foi inclusive ven- dendo água que eu ajudei a criar meus filhos, que estão todos vivos e com saúde”, contou a noiva. Eles chegaram a se mudar para São Cristóvão, bairro próximo, mas não conseguiram se adaptar e, em menos de um ano, voltaram para Santos Dumont. “Saí daqui uma vez, mas não deu certo e voltei. Aqui é bom porque já tem de tudo, vivemos uma vida confortável e ninguém incomoda. Agora, a vida é me- lhor e mais fácil, sem contar que nós conhecemos todo mundo, vimos as pessoas e o lugar cres- cer”, explicou Zenor. Para Maria Luiza, a ligação com o bairro é ainda maior, já que ela se sente grata ao lugar por ter conse- guido criar os filhos e dar um lugar para eles morarem perto de sua casa. “Eu criei todos eles aqui no quintal. Eles cresceram e fui dan- do um pedacinho para cada um morar e ficaram por aqui. Três es- tão em São Paulo, mas cinco estão aqui pertinho da gente.” FOTOS: RAYZA FONTES A DONA DE CASA Maria Luiza e o aposentado Zenor Nascimento moram no bairro Santos Dumont, em Vitória, que viram crescer. “Aqui é bom porque já tem de tudo, vivemos uma vida confortável”, disse Zenor COMO FAZER CONTATO Sugira uma reportagem Os moradores de Santos Du- mont, em Vitória, podem reivin- dicar melhorias e sugerir repor- tagens sobre o bairro enviando um e-mail para atcomvoce@re- detribuna.com.br. Quem é de outro bairro pode sugerir uma visita de A Tribuna com Você ao local no mesmo e-mail. HISTÓRIA DO BAIRRO Nome de origem incerta > SANTOS DUMONT surgiu de terrenos doados pela Prefeitura de Vitória em 1942 e, posteriormente, foi loteado a partir da área próxima à avenida Ma- rechal Campos. > O BAIRRO já foi chamado de Barrei- ros e Jardim Coreia, antes do oficial Santos Dumont, de origem incerta, embora alguns moradores digam ter sido uma homenagem ao inventor brasileiro de mesmo nome. > A PRINCIPAL via pública do bairro é chamada avenida Manoel Marques, que marca o início de Santos Du- mont. > BAIRRO VIZINHO de Santa Cecília, Bonfim, Maruípe e Consolação, teve por muito tempo seus limites con- fundidos com esses bairros. AS RECORDAÇÕES União trouxe a luz Filha de pai italiano, a dona de casa Vitória Lúcia Bonazzi Galetti, 88, mudou-se de Santa Teresa para Santos Dumont há 53 anos, com o marido e seis filhos para tentar a vi- da na capital. Ao chegar, teve difi- culdades, especialmente devido à falta de água e energia elétrica. “Era só mato, não tinha nem es- trada aberta e ruas. Os moradores é que se juntaram, apesar de poucos, para pressionar a Cesan e a Escelsa a dar um pouco de infraestrutura. Hoje, a vida é outra”, contou. RAYZA FONTES VITÓRIA: “Só tinha mato aqui” Ônibus é novidade Natural de Aracruz, a dona de casa Glória Terci Correia, 68, mudou para o bairro ao se casar, há 42 anos. Viúva desde 1996, decidiu permanecer no local com as duas filhas, onde tem es- paço para manter os dois pássaros, o cachorro e cultivar plantas. No passa- do, ela lembra ter sofrido principal- mente com a falta de água, rede de es- goto e transporte coletivo. “Foi um começo muito difícil. Ônibus mesmo só chegou esses dias, quer di- zer, faz pouco tempo. A gente torce para que as coisas fiquem cada dia melhores, é claro. Mas perto do que era, o bairro melhorou muito”, disse. RAYZA FONTES GLÓRIA chegou ao local há 42 anos

FOTOS: RAYZA FONTES S e rv i ç o€¦ · RAYZA FONTES VITÓRIA: “Só tinha mato aqui” Ônibus é novidade Natural de Aracruz, a dona de casa Glória Terci Correia, 68, mudou

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Ci d a d e s

VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2015 ATRIBUNA 9

A TRIBUNA COM VOCÊ EM SANTOS DUMONT

Casamento na igrejaapós 60 anos de uniãoMaria Luiza e ZenorNascimento vãorealizar o sonho decasar no religioso aos81 anos. Cerimôniaserá no próximo dia 26

Rayza Fontes

A dona de casa Maria LuizaCláudio Nascimento mu-dou-se para Santos Du-

mont, em Vitória, há 60 anos, vin-da de Timbuí, distrito de Fundão,para morar na casa da irmã. O apo-sentado Zenor Nascimento, 81,morava com os pais na casa ao la-do. Apaixonaram-se nos primeirosencontros e logo casaram-se no ci-vil.

O sonho de Maria Luiza, entre-tanto, era ter um casamento naigreja. Aos 81 anos, eles se casarão

na próxima semana, no dia 26, emuma cerimônia na Igreja Batistado bairro.

“Eu quero a família toda lá. Sefaltar um filho que seja, eu já nãovou mais considerar filho. Não vouusar vestido de noiva, mas o pastorvai celebrar direitinho, do jeito tra-dicional. Quando eu casei no civildisse que tinha fé em Deus que ca-saria na igreja um dia. E finalmenteesse dia chegou”, emocionou-se.

Para o casal, que acompanhou ocrescimento do bairro, a maior di-ficuldade foi conviver com a faltade água e rede de esgoto por mui-tos anos.

“Quando mudei para o bairro,não tinha nada além de mato, barroe três casas, contando com a minha.Para ter água, era preciso buscarem um poço, no final da MarechalCampos, e subir o morro com a latad'água na cabeça. Foi inclusive ven-dendo água que eu ajudei a criarmeus filhos, que estão todos vivos e

com saúde”, contou a noiva.Eles chegaram a se mudar para

São Cristóvão, bairro próximo,mas não conseguiram se adaptar e,em menos de um ano, voltarampara Santos Dumont.

“Saí daqui uma vez, mas nãodeu certo e voltei. Aqui é bomporque já tem de tudo, vivemosuma vida confortável e ninguémincomoda. Agora, a vida é me-lhor e mais fácil, sem contar quenós conhecemos todo mundo,vimos as pessoas e o lugar cres-cer ”, explicou Zenor.

Para Maria Luiza, a ligação como bairro é ainda maior, já que ela sesente grata ao lugar por ter conse-guido criar os filhos e dar um lugarpara eles morarem perto de suacasa. “Eu criei todos eles aqui noquintal. Eles cresceram e fui dan-do um pedacinho para cada ummorar e ficaram por aqui. Três es-tão em São Paulo, mas cinco estãoaqui pertinho da gente.”

FOTOS: RAYZA FONTES

A DONADE CASAMaria Luizae o aposentadoZe n o rNa s c i m e n t omoram nobairro SantosDumont, emVitória, queviram crescer.“Aqui é bomporque já temde tudo,v i ve m o suma vidaconfor tável”,disse Zenor

COMO FAZER CONTATO

Sugira uma reportagemOs moradores de Santos Du-

mont, em Vitória, podem reivin-dicar melhorias e sugerir repor-tagens sobre o bairro enviandoum e-mail para [email protected]. Quem é deoutro bairro pode sugerir umavisita de A Tribuna com Você aolocal no mesmo e-mail.

HISTÓRIA DO BAIRRO

Nome de origem incerta> SANTOS DUMONT surgiu de terrenos

doados pela Prefeitura de Vitória em1942 e, posteriormente, foi loteado apartir da área próxima à avenida Ma-rechal Campos.

> O BAIRRO já foi chamado de Barrei-ros e Jardim Coreia, antes do oficialSantos Dumont, de origem incerta,embora alguns moradores digam tersido uma homenagem ao inventorbrasileiro de mesmo nome.

> A PRINCIPAL via pública do bairro échamada avenida Manoel Marques,que marca o início de Santos Du-m o n t.

> BAIRRO VIZINHO de Santa Cecília,Bonfim, Maruípe e Consolação, tevepor muito tempo seus limites con-fundidos com esses bairros.

AS RECORDAÇÕES

União trouxe a luzFilha de pai italiano, a dona de

casa Vitória Lúcia Bonazzi Galetti,88, mudou-se de Santa Teresa paraSantos Dumont há 53 anos, com omarido e seis filhos para tentar a vi-da na capital. Ao chegar, teve difi-culdades, especialmente devido àfalta de água e energia elétrica.

“Era só mato, não tinha nem es-trada aberta e ruas. Os moradores éque se juntaram, apesar de poucos,para pressionar a Cesan e a Escelsaa dar um pouco de infraestrutura.Hoje, a vida é outra”, contou.

RAYZA FONTES

VITÓRIA: “Só tinha mato aqui”

Ônibus é novidadeNatural de Aracruz, a dona de casa

Glória Terci Correia, 68, mudou para obairro ao se casar, há 42 anos. Viúvadesde 1996, decidiu permanecer nolocal com as duas filhas, onde tem es-paço para manter os dois pássaros, ocachorro e cultivar plantas. No passa-do, ela lembra ter sofrido principal-mente com a falta de água, rede de es-goto e transporte coletivo.

“Foi um começo muito difícil. Ônibusmesmo só chegou esses dias, quer di-zer, faz pouco tempo. A gente torcepara que as coisas fiquem cada diamelhores, é claro. Mas perto do queera, o bairro melhorou muito”, disse.

RAYZA FONTES

GLÓRIA chegou ao local há 42 anos

S e rv i ç o

AT E N D I M E N TOAO CONSUMIDOR

PROCON ESTADUAL 151DELEGACIA DO CONSUMIDOR(DECON) 3 1 3 2- 1 9 2 1PROCON VITÓRIA 156

FA R M ÁC I ASDE PLANTÃO

FARMÁCIA SANTA LÚCIA: rua Aleixo Neto,417, Praia do Canto, Vitória 3 3 8 2-3 3 0 0 /3 3 8 2-3 3 3 0DROGARIA AVENIDA: avenida Dante Mi-chelini, esquina com Eugenílio Ramos -Jardim da Penha 3382- 5008DROGASIL: praça Regina Frigeri Furno,340, Jardim da Penha 3 3 8 2-3 9 3 2REDE FARMES: rua Alcino Pereira Netto, 412,Jardim Camburi 3237-24 75/3237-2485FARMÁCIA MÔNICA: avenida Central, 775,Laranjeiras, Serra 3138-8333; avenidaRegião Sudeste, 595, Barcelona, Ser-ra 3138-8338; avenida Getúlio Vargas,219, Serra-Sede 3 2 5 1 -7 6 1 1

PONTOS DE TÁXIRADIOTÁXI 3246-3900/0800-707 7111VILA RUBIM 3223 -6163PRAÇA COSTA PEREIRA 3223 -0049PRAÇA DE EUCALIPTO 3225- 4153JUCUTUQUARA 3 2 2 2- 0 4 6 0ENSEADA DO SUÁ 3345- 5189JARDIM DA PENHA 3325 -7925PRAIA DO CANTO 3225 -0374QUALITY/P. DA COSTA 3 3 4 9 - 9 74 4BAIRRO DE FÁTIMA 334 7-3737ARIBIRI/POSTO 7 3119- 5124JARDIM AMÉRICA 3226- 4721CAMPO GRANDE 3336 -0761NOVA BRASÍLIA 3336 -0037COMPANY TÁXI ITAPOÃ 3329- 8558COBILÂNDIA 3226 -0587COOPERTÁXI 3200-2021 / 3038-6401EXPRESSO RADIOTÁXI 3 2 0 0 -2 3 0 0PERSONAL TÁXI 3082- 5888JARDIM CAMBURI 3337-837 7SANTA MÔNICA 3339-1304EPA/MARECHAL CAMPOS 3071- 5053

TELEFONES ÚTEISDEFESA CIVIL/VITÓRIA 8818 -4 4 3 2 / 3 3 8 2- 6 1 6 7 / 6 1 6 8RODOVIÁRIA DE VITÓRIA 3 2 2 2-3 3 6 6PREVIDÊNCIA SOCIAL 135RADIOPATRULHA 190PLANTÃO JUDICIÁRIO 3334 -2096DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL 129JUSTIÇA VOLANTE 3223 -1706/3198 -3000/3098OUVIDORIA JUDICIÁRIA 0800-9 7 0 24 4 2OUVIDORIA DO INMETRO 0800-2851818OUVIDORIA DE VILA VELHA 0800-2839059CORPO DE BOMBEIROS 193DISQUE-DENGUE 156 (Vitória), 3388-4300 (Vila Velha)DISQUE-SILÊNCIO 156 (Vitória) e0800-2839157 (Vila Velha)DISQUE-DENÚNCIA 181CAPITANIA DOS PORTOS 2124 -6526LIG-LIXO VITÓRIA 0 8 0 0 -2 8 3 9 7 0 0CESAN 115ESCELSA 0 8 0 0 -7 2 1 0 7 0 7ALCOÓLICOS ANÔNIMOS (AA) 3223 -7268NARCÓTICOS ANÔNIMOS (27) 3084-8508CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA(CVV) 141/3223- 4111S.O.S VIDA 3323 -0909

FEIRAS DE HOJESANTO ANTÔNIO (VITÓRIA): rua ArchiminoMattosITARARÉ (VITÓRIA): rua das PalmeirasJARDIM DA PENHA: Praça Conjunto dosEs ta d o sSÃO TORQUATO (VILA VELHA): rua 29 deJulhoVILA NOVA (VILA VELHA): rua 1CRISTÓVÃO COLOMBO (VILA VELHA): ruaAlcindo GuanabaraNOVA ALMEIDA (SERRA): av. ColatinaSERRA DOURADA II (SERRA): av. Belo Ho-rizonteJACARAÍPE (SERRA): rua GoytacazesPORTO DE SANTANA (CARIACICA): rua doB r i ta d o rVERA CRUZ (CARIACICA): rua ArnaldoLoureiroRIO MARINHO (CARIACICA): rua MoacirR ibeiro