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CUIDADOS BÁSICOS NECESSÁRIOS NAS

OPERAÇÕES DE SOLDAOU CORTE OXI-COMBUSTÍVEL

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Conteúdo1.A TEORIA DO PROCESSO OXI-COMBUSTÍVEL;2.NA ÁREA DE TRABALHO;3.NA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

– EPI;4.NA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ADEQUADOS;5.NO TRANSPORTE, ARMAZENAGEM, MANUSEIO E USO DOS CILINDROS DE GÁS;6.NA UTILIZAÇÃO DOS REGULADORES DE PRESSÃO;7.NA UTILIZAÇÃO DOS MAÇARICOS DE CORTE/SOLDA;8.O RETROCESSO DA CHAMA;9.O USO CORRETO DAS VÁLVULAS DE SEGURANÇA.



1 - A TEORIA DO PROCESSO DE CORTE OXI-COMBUSTÍVEL

A) DEFINIÇÃO CONCEITUAL:

Diferentemente do que se pensa, o material base não é cortado ou fundido pelo calor da chama. Na realidade, o material é rapidamente oxidado e expulso pelo jato do oxigênio de corte, a altas temperaturas.

Para tal, no início da operação de oxi-corte e durante toda a sua extensão, é necessário aquecer e manter uma pequena área do material a uma temperatura mínima, que chamaremos de “Temperatura de queima do metal com oxigênio". Para os aços ao carbono esta temperatura é ligeiramente inferior à temperatura de fusão do mesmo.

Quando esta temperatura é atingida, aplicamos um jato de oxigênio puro que queima o metal na superfície. Ocorre então uma reação química que libera calor (exotérmica), e eleva instantaneamente a temperatura do metal queimado. Este, por contato, transfere o calor gerado às camadas interiores ou inferiores do metal, atingindo assim a temperatura de queima do mesmo, possibilitando a continuidade da operação de corte.

B) CONDIÇÕES NECESSÁRIAS:

Para que exista uma chama, condição básica para a realização de todo e qualquer processo de corte ou solda oxi-combustível, é indispensável a ação conjunta de três elementos, a saber:

O gás combustível O oxigênio O calor

O oxigênio está sempre presente no ar atmosférico (+ ou - 21%). Além disso, ele é acrescentado puro (99,999%) durante o processo de corte ou solda;

O gás combustível é acrescentado durante o processo de corte ou solda; O calor é normalmente acrescentado ao processo, na forma de faísca; A combinação simultânea destes três elementos produz a chama, principal

causadora dos problemas de segurança durante as operações de corte ou solda oxi-combustível. Caso evitemos que um destes elementos participe do processo (não esquecer que o oxigênio já existe na atmosfera), não existirão as condições mínimas necessárias ao aparecimento da chama e/ou da ocorrência de possíveis explosões;

Dependendo da circunstância, poderemos extinguir as chamas, isto é, terminar com nossos problemas, eliminando qualquer um destes três componentes, ou por resfriamento, ou por abafamento ou pela simples retirada do material combustível;

2 - NA ÁREA DE TRABALHO

Deve-se ter um piso à prova de incêndio. Recomenda-se utilizar pisos de concreto.



Sempre quando necessário, deve-se utilizar anteparos resistentes ao calor para proteger as paredes próximas ou os pisos desprotegidos contra faíscas, fagulhas, escórias ou metal quente.

Deve-se sempre evitar a utilização de bancadas fabricadas de materiais combustíveis. Recomenda-se bancadas feitas de chapas de aço, recobertas com tijolos ou outros materiais refratários.

É de fundamental importância que a área possua ventilação/circulação de ar adequado, de forma a evitar a concentração de oxigênio e/ou gases combustíveis, bem como fumaça, fuligem e/ou outros vapores tóxicos. Caso não seja possível, providencie o uso de exaustores, ventiladores ou outros equipamentos adequados ao desempenho destas funções. Devemos sempre lembrar que a presença de oxigênio puro serve para acelerar o processo de combustão e fazer com que os materiais combustíveis queimem com maior intensidade.

Mantenha sempre um extintor de incêndio adequado (Tipo AP, PQ ou C02) e dimensão compatível na área de trabalho. Inspecione-o regularmente para assegurar que ele esteja em boas condições operacionais e, principalmente, saiba como usá-lo.

Mantenha sempre longe dos locais de corte e de solda, óleos, graxas ou outros materiais combustíveis que possam se acender e queimar vigorosamente na presença de oxigênio.

Mantenha sempre as chamas e faíscas longe dos cilindros de gases e das mangueiras, lembrando-se que quando as faíscas são projetadas, elas podem atingir uma distância de até 10 metros. A temperatura ambiente pode atingir até 300ºC numa distância de um metro do operador.

Os cilindros de gases devem estar sempre presos por correntes ou correias, de forma a evitar que os mesmos possam sofrer quedas ou danos em seu corpo e/ou suas válvulas. Mantenha os cilindros, sempre que possível, com seus capacetes.

Todos os cilindros, tubulações, reguladores e mangueiras deverão ser facilmente identificadas através de cores próprias, em função do gás utilizado, conforme código internacional de cor aplicável:

Preto ou Verde para Oxigênio Vermelho para Acetileno Alumínio para Gás Carbônico Rosa para Gás Natural

Manter sempre avisos de "Proibido Fumar", "Proibido o uso de óleo/graxas nesta área" e "Utilize-se dos equipamentos de proteção adequados" junto às áreas de trabalho.

Após o término do trabalho, inspecione a área de trabalho para verificar a possível existência de incêndio ou materiais incandescentes.

Evite fazer emendas nas mangueiras, a não ser com conexões apropriadas. Não se esqueça que emendas feitas de cobre poderão reagir quimicamente com o acetileno.

3 - NA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

De maneira geral, proteja-se sempre contra faíscas, projeções de escória ou do metal fundido e, do clarão produzido pela chama. Para tal use sempre:



Uniforme Funcional; Óculos ou máscaras faciais com lentes temperadas de grau de escurecimento

04 ou maior; Luvas de raspa, resistente a chama, em ambas as mãos (não apenas na

mão esquerda); Aventais de raspa; Perneiras de raspa; Mangotes de raspa; Touca de brim grosso; Protetor auricular; Botina de couro com biqueira de aço;

Mantenha sempre suas roupas isentas/limpas de óleo ou graxas e nunca use oxigênio ou ar comprimido para "soprar" suas roupas.

4 - NA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ADEQUADOS

Nunca utilize qualquer equipamento de corte ou solda, a menos que você esteja convenientemente treinado para o seu uso adequado/específico ou, no mínimo, sob supervisão competente (isto é lei federal Ver NR-18);

Nunca utilize equipamentos que não apresentem desempenho normal ou tenham vazamentos;

Inspecione sempre os equipamentos, verificando seu bom funcionamento e a presença ou não de óleos, graxas, etc;

Use os equipamentos oxi-combustíveis apenas com os gases para os quais ele foi projetado;

Estabeleça uma sistemática/periodicidade mínima de verificação do bom funcionamento dos equipamentos, principalmente dos dispositivos de segurança utilizados (válvulas de retenção, válvulas corta-chama, manômetros, fluxômetros, reguladores, filtros, etc);

Sempre teste os equipamentos/mangueiras de forma a verificar possíveis vazamentos de gases. Use sempre uma solução própria para detectar o vazamento de gases. Nunca use uma chama para tal;

Verifique o estado das mangueiras antes de conectá-Ias aos reguladores ou aos maçaricos. Nunca use mangueiras que apresentem cortes, queimaduras, áreas gastas ou conexões danificadas. Simplesmente repare ou substitua as mangueiras;

Siga corretamente as instruções contidas nos manuais fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos;

Para se ter um bom resultado operacional e trabalhar com segurança, dimensione todos os equipamentos necessários a partir da sua aplicação/operação, até a fonte de fornecimento primário dos gases. Consulte as tabelas dos fabricantes para obter dados adequados de pressão e vazão;

Sempre purgue todos os equipamentos de solda/corte, por um tempo adequado, antes de acender os maçaricos.

Nunca utilize o oxigênio para acionar ferramentas pneumáticas ou equipamentos de pintura.

Nunca utilize o oxigênio para limpar sistemas de tubulação ou tanques; Nunca utilize o oxigênio para ventilação ou refrigeração;



5 - NO TRANSPORTE, NA ARMAZENAGEM, NO MANUSEIO E NO USO DOS CILINDROS DE GÁS

A) O QUE SÃO?

São vasos de pressão bastante resistentes, construídos especialmente para acondicionar e transportar gases. Pesam bastante e, dentro deles encontramos gases em alta pressão.

B) CUIDADOS NO TRANSPORTE

Mantenha sempre as mãos e as luvas limpas, livres de óleo ou graxa; Proteja os cilindros contra choques. Não os deixe cair ou sofrer impactos; Transporte os cilindros sempre com o capacete de proteção da válvula; Nunca utilize-os como roletes ou suportes de apoio, mesmo vazios; Não eleve ou transporte os cilindros pegando-os com cabos de aço pela válvula

e/ou pelo capacete, a não ser que o capacete possua olhal de içamento apropriado;

Verifique, antecipadamente, se todas as válvulas estão completamente fechadas e se não existem vazamentos;

Desconecte dos cilindros todos os equipamentos (reguladores, mangueiras, maçaricos,) antes de seu transporte.

Nunca transporte gases em veículos fechados, mesmo gases não combustíveis; Todos os cilindros devem ser adequadamente fixados nos veículos, sempre

na posição vertical.

C) CUIDADOS NA ARMAZENAGEM

Mantenha os cilindros em local bem ventilado, protegido de chuvas e de raios solares. O local deve ser seco. O piso e as paredes devem resistir ao fogo. A temperatura ambiente nunca deve passar dos 60ºC;

Os gases combustíveis e comburentes não podem ser armazenados no mesmo local. Deve ser erguida uma parede corta-fogo entre eles;

O piso deve ser plano a fim de manter a estabilidade dos cilindros; Sinalize as áreas de armazenagem com avisos tipo "proibido fumar",

"cuidado com a produção de faíscas", etc; Mantenha os cilindros cheios e vazios em áreas separadas; É inadmissível a presença de instalações elétricas precárias nas áreas

de armazenagem de gases. É proibida a proximidade de fios de alta tensão;

Mantenha as válvulas dos cilindros sempre bem fechadas; Leia com atenção as instruções que estão nos adesivos colados nas calotas dos

cilindros; Mantenha sempre desobstruídos os acessos ao local de armazenagem

dos gases; Mantenha sempre próximo ao local de armazenamento, fonte de água

(mangueira ou hidrante), de forma a poder resfriar os cilindros de acetileno em caso de emergência.



D) CUIDADOS NO MANUSEIO E USO

Nunca tente transferir gases de um cilindro para outro; Não provoque aumento de pressão do cilindro por meio de calor ou chama; Não use os cilindros como roletes para transporte de cargas; Não deixe sobre os cilindros, objetos que possam dificultar o rápido fechamento

da válvula; Certifique-se de que vai utilizar o gás correto, através do código de cores e das

conexões adequadas; Certifique-se de que não exista sujeira no orifício de saída da válvula. Caso

necessário, promova um pequeno jato de limpeza, abrindo vagarosamente a válvula do cilindro. Tome o cuidado de não dirigir o jato para si próprio ou para outra pessoa. Se o gás for combustível, esse jato deve ser sempre efetuado em área aberta, onde não exista chama ou faísca;

Coloque os reguladores corretos nos cilindros, apertando a porca de fixação com a mão. Use a chave apenas para um "Ieve" aperto, que evite vazamentos;

Quando for abrir os manômetros, nunca se posicione à sua frente ou à sua ré. Fique sempre na sua lateral;

Sempre abra as válvulas do cilindro de forma vagarosa; Verifique sempre se não existem vazamentos nos diversos equipamentos

utilizados; Quando o conteúdo do cilindro se esgotar, feche a válvula evitando a

contaminação de seu interior; Tome cuidado para não misturar o uso das mangueiras. A mangueira de oxigênio

é geralmente verde (ou preta) e a de acetileno é geralmente vermelha; Não use mangueiras próprias para acetileno em GLP, a não ser que seu

fabricante assim o recomende; Faça sempre uma rápida purga das mangueiras de gases; Sempre utilize os equipamentos adequados de proteção (válvulas secas corta-

chama) nas saídas dos reguladores e nas entradas dos maçaricos, para ambos os gases e não apenas para o acetileno;

A pressão máxima de trabalho do acetileno nunca deve ultrapassar 0,12 Mpa = 1,2 bar = 1,22 Kgf/cm2 = 17,4 PSI.

Utilizando-se do gás acetileno, abra apenas um quarto de volta na válvula do cilindro.

Sempre proteja os fios de rosca dos diversos cilindros/equipamentos. São eles que permitem um bom acoplamento entre as partes, evitando vazamentos;

Caso as válvulas e/ou reguladores se congelem, derreta o gelo utilizando água morna, nunca fervendo;

Caso algum cilindro apresente vazamento, leve-o imediatamente para local aberto e ventilado, deixando-o esvaziar. Notifique o fato ao fornecedor de gás;

Caso tenha havido algum retrocesso de chama num sistema onde as válvulas corta-chama não estejam disponíveis, o operador deverá fechar imediatamente a válvula do cilindro de acetileno;

Caso algum cilindro de acetileno esteja com sua temperatura muito alta, próximo a 50ºC, resfrie o cilindro com água durante um longo período de tempo (até 48 horas), sem movimentá-lo;

O resfriamento do cilindro de acetileno deverá ser feito pela parte de cima do capacete, por um equipamento adequado tipo chuveiro, e não apenas por sua lateral;



Os cilindros devem ser sempre manuseados com o auxílio de um carrinho e, presos por correntes. Não se esqueça que um cilindro cheio pesa, em média, 60Kg;

6 - NA UTILIZAÇÃO DOS REGULADORES DE PRESSÃO

Além de todos os cuidados citados anteriormente, é de fundamental importância certificar-se de que os reguladores de pressão são os adequados para uso com os gases específicos, além de verificar se os reguladores têm a classificação de pressão correta para o cilindro e para a finalidade desejada.

Nunca utilize adaptadores e/ou conexões para aproveitar reguladores de acetileno no GLP ou vice-versa;

Alivie a tensão no parafuso de ajuste do regulador, girando o parafuso no sentido anti-horário, antes de abrir a válvula do cilindro;

Abra lentamente a válvula do cilindro até que a pressão máxima seja registrada no medidor de alta pressão. A seguir, abra completamente a válvula para vedar sua gaxeta. No caso específico dos cilindros de acetileno, as válvulas não devem ser abertas mais do que uma volta e meia, preferencialmente não mais do que três quartos de volta;

Use válvulas de retenção ou válvulas corta-chama no regulador, para evitar a possibilidade de se misturar gases no regulador e/ou no cilindro;

Após a montagem de todo o sistema, faça testes para verificar a existência de vazamentos, da seguinte forma:

1. Abra a válvula do cilindro;2. Calibre o regulador de forma a fornecer a pressão máxima desejada;3. Feche a válvula do cilindro;4. Gire o parafuso de ajuste uma volta no sentido anti-horário;5. Caso a leitura no medidor de alta pressão caia, isto indica que existe um

vazamento na válvula do cilindro, na conexão de entrada ou no medidor de alta pressão;

6. Caso a leitura no medidor de baixa pressão caia, isto indica que existe um vazamento no equipamento, na mangueira, na conexão da mangueira, na conexão de saída ou no medidor de baixa pressão;

7. Caso a leitura no medidor de alta pressão caia, e ao mesmo tempo a do medidor de baixa pressão suba, isto indica que existe um vazamento na sede do regulador (passagem direta);

8. Faça os testes para verificar vazamentos com soluções detectoras de vazamentos apropriadas. Nunca use uma chama para tal.

Nunca envie seu regulador de pressão e/ou qualquer outro equipamento que utilize gás, para reparos em oficinas não qualificadas;

Quando terminar de usar seu equipamento, feche as válvulas dos cilindros e abra as válvulas de regulagem dos equipamentos de forma a aliviar a pressão dentro do equipamento. Feche as válvulas do equipamento e alivie a tensão na mola de ajuste do regulador, girando o parafuso de ajuste no sentido anti-horário. Verifique os medidores após alguns minutos, de forma a verificar se a válvula do cilindro esta completamente fechada.



7 - NA UTILIZAÇÃO DOS MAÇARICOS DE CORTE/SOLDA

Inspecione a cabeça do maçarico de corte. Os assentos cônicos devem estar em boas condições de uso. Caso exista algum ponto amassado, pontos fundidos ou superfícies irregulares, os assentos cônicos devem ser reparados ou trocados.

Inspecione os bicos de corte. As sedes devem igualmente estar em boas condições de uso. Caso exista algum ponto amassado, pontos fundidos ou superfícies irregulares, os bicos de corte devem ser sucateados;

Inspecione os orifícios do oxigênio de corte e da mistura de pré-aquecimento. Caso existam salpicos, rebarbas ou qualquer outro tipo de sujeira ou obstruções neles limpe-os com cuidado com agulhas de tamanho apropriado;

Nunca reutilize bicos de corte gastos, principalmente se re-usinados; O bico de corte / a extensão de solda deve estar convenientemente dimensionada

para a aplicação e, propriamente fixada no maçarico. Vide tabela dos fabricantes. Abra inicialmente a válvula do gás combustível e regule a chama desejada; Abra em seguida a válvula do oxigênio e regule a qualidade da chama desejada; Para fixação dos valores de pressão nos reguladores, utilize-se sempre das

maiores vazões possíveis na aplicação. Vide as tabelas fornecidas pelos fabricantes de equipamentos;

Mantenha a chama de pré-aquecimento a uma distância de, aproximadamente, 3 a 6 mm da superfície do metal base;

Feche inicialmente a válvula de oxigênio; Feche a válvula do gás combustível; Feche finalmente as válvulas dos cilindros; Alivie a pressão dos gases no sistema, maçarico e reguladores; Alivie a pressão da mola dos reguladores, girando no sentido anti-horário o

parafuso de ajuste; Inspecione visualmente, no mínimo a cada 6 meses, as válvulas corta-chama

e/ou as válvulas de retenção; No caso de utilizar extensões de solda, verifique a existência e o estado das

borrachas de vedação (anéis O’ring) antes de cada utilização; Use sempre um bico de corte ou extensão de soldagem adequada. Jamais

reduza o ajuste da chama quando você necessitar de menor quantidade de calor. Vide tabela dos fabricantes;

8 - O RETROCESSO DA CHAMA

A)RETROCESSO MOMENTÂNEO

A chama retrocede em direção ao interior do maçarico; Ocorre ligeira crepitação; A chama se apaga e volta a se acender na ponta do bico; Existe algum desequilíbrio no orifício do bico; A diferença entre a velocidade de saída do gás e a velocidade de

combustão produz o retrocesso momentâneo.



POSSÍVEIS CAUSAS:

Os reguladores ou o maçarico não estão corretamente ajustados; Uma mangueira de gás está estrangulada, ou seu diâmetro é pequeno para

a aplicação; A pressão de gás no cilindro é baixa demais; O bico pode estar parcialmente obstruído; O orifício do bico está aumentado; Existe algum problema no sistema de fornecimento de gás.

A VELOCIDADE DE COMBUSTÃO DEPENDE:

Da relação entre a mistura do oxigênio e do gás combustível. O excesso de oxigênio aumenta a velocidade de combustão;

Da temperatura da mistura do gás. Se a mistura do gás for aquecida, a velocidade de combustão aumenta;

Da turbulência no fluxo de gás.

B)RETROCESSO SUSTENTADO

A chama retrocede e continua se queimando no interior do maçarico; Inicialmente ocorre uma detonação; Posteriormente surge um som sibilante.

POSSÍVEIS CAUSAS:

Após o retrocesso momentâneo, quando os gases voltam a fluir normalmente e encontram o misturador do maçarico com uma temperatura, no mínimo, igual a do ponto de ignição da mistura;

SEQUÊNCIA CORRETIVA:

Fechamos a válvula de oxigênio do maçarico; Fechamos a válvula de gás combustível do maçarico; Cortamos o fornecimento de oxigênio; Cortamos o fornecimento do gás combustível; Esfriamos o maçarico com água; Examinamos visualmente todo o sistema antes de tornar a usá-Io.

C) RETROCESSO TOTAL

A chama retrocede pelo maçarico e penetra em uma das mangueiras de gás; Pode haver explosão; Caso não exista válvula corta-chama, o retrocesso pode continuar pelo interior

do regulador e penetrar no cilindro de gás, causando acidentes de gravíssimas conseqüências;



POSSÍVEL CAUSA:

Ocorre a mistura de gases em uma das mangueiras, devido ao fluxo revertido dos gases, ou seja, o gás de mais alta pressão flui para o interior da mangueira que tem pressão mais baixa.

COMO OCORRE O FLUXO REVERSO DE GÁS:

O bico está obstruído por sujeira, escória ou danos; O bico é pequeno demais para a calibragem da válvula do maçarico; O operador deixou abertas as válvulas do maçarico e cortou o fornecimento

de gás nos reguladores;

SEQÜÊNCIA CORRETIVA:

Fechar imediatamente as válvulas dos cilindros de oxigênio e do gás combustível; Verificar se o cilindro de gás combustível se aqueceu, indicando a ocorrência de

decomposição em seu interior. Se este estiver quente, certificar-se de que sua válvula esteja fechada. Em um cilindro fechado, o processo de decomposição é interrompido;

Se estiver ocorrendo vazamento de gás, há um grande risco que a zona de decomposição se estenda e que o cilindro exploda. Isole imediatamente a área, evacue o local, resfrie rapidamente o cilindro por até 24 horas e chame o Corpo de Bombeiros.

MEDIDAS PREVENTIVAS:

Utilização correta dos equipamentos; Ajustar as pressões e as vazões corretas, segundo as recomendações

dos fabricantes dos equipamentos; Empregar bicos de numeração adequada e ajustar as pressões sempre

que trocar o bico por outro de numeração diferente; Certificar-se que o bico não esteja obstruído; Substituir os bicos danificados; Utilizar agulhas de limpeza de tamanho correto; Não manter o bico aceso muito próximo da peça; Utilizar válvulas unidirecionais de fluxo gasoso; Utilizar válvulas corta-chama.

9- O USO CORRETO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA

De forma a dar maior segurança aos operadores e ao equipamento durante as operações de corte ou solda, existem disponíveis no mercado dois tipos de válvulas de segurança de atuação diferenciada, que diminuem enormemente, os riscos e as conseqüências dos possíveis acidentes que podem vir a ocorrer.



A) VÁLVULAS DE RETENÇÃO DE FLUXO

São válvulas que impedem a reversão do fluxo de gás (por diferença de pressões), impedindo a mistura dos gases dentro de alguma parte indevida do sistema. Estas válvulas não podem deter o retrocesso da chama e devem ser periodicamente inspecionadas.

B) VÁLVULAS CORTA-CHAMA

São válvulas que impedem a propagação da chama dentro do sistema e, com isto, eliminam o risco de ocorrerem graves acidentes. Estas válvulas possuem um filtro de aço inoxidável que extingue a chama, possibilitando apenas a passagem de gás. Também devem ser inspecionadas periodicamente. Dependendo da aplicação, estas válvulas causam uma pequena diminuição na pressão e no fluxo do gás.

Internamente, dentro das válvulas corta-chama, existem dispositivos que também impedem a reversão do fluxo de gás.

EXISTE LEI FEDERAL (NR- 18) QUE DISCIPLINA A UTILIZAÇÃO DE VÁLVULAS CORTA-CHAMA, TANTO NA ENTRADA DO MAÇARICO, QUANTO NA SAÍDA DOS REGULADORES, PARA AMBOS OS GASES.



Esquema de funcionamento das válvulas secas corta chama



Tabela de regulagem para extensão de solda



Tabela de regulagem para bico de corte



“Nossa missão é fornecer equipamentos oxicombustíveis com desempenho tecnológico superior, visando alcançar a satisfação plena de nossos clientes, em todos os aspectos de nosso relacionamento técnico e comercial.”

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