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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PUNAÚ (RN) E ÁREA LITORÂNEA ADJACENTE JOSÉ ARIBÉRIO TAVARES NATAL 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA

FRAGILIDADE AMBIENTAL DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PUNAÚ (RN)

E ÁREA LITORÂNEA ADJACENTE

JOSÉ ARIBÉRIO TAVARES

NATAL2006

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JOSÉ ARIBÉRIO TAVARES

FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO PUNAÚ (RN)

E ÁREA LITORÂNEA ADJACENTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia – PPGe.,área de concentração: Dinâmica e Reestrutura-ção do Território da Universidade Federal doRio Grande do Norte, para obtenção do títulode Mestre em Geografia.

Orientador: Prof. Dr. Elias Nunes.

NATAL2006

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Catalogação da Publicação na Fonte. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.Biblioteca Setorial Especializada do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

Tavares, José Aribério.Fragilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Punaú (RN) e área li-

torânea adjacente / José Aribério Tavares. – Natal, RN, 2006. 178 f.

Orientador: Prof. Dr. Elias Nunes.

Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Rio Gran- de do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-gradução em Geografia.

1. Bacia hidrográfica – Rio Punaú (RN) – Dissertação. 2. Fragilidade ambi-ental – Dissertação. 3. Solo – Uso e ocupação – Dissertação. 4. Impacto ambi-ental – Dissertação. 5. Geografia ambiental – Dissertação. I. Nunes, Elias. II.Universidade Federal do Rio Grande. III. Título.

RN/BSE-CCHLA CDU 556.51(813.2)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA

A dissertação Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú

(RN): e área litorânea adjacente, apresentada por José Aribério Tavares, foi

apresentada e aceita como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ge-

ografia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr. Elias Nunes

Orientador

______________________________________________

Profª. Drª. Fátima Maria SoaresExaminador externo - UFC

____________________________________________

Profª. Drª. Zuleide Maria Carvalho LimaExaminador interno - UFRN

Natal, ___/___/___.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela grande força de vontade que me acompanha para realizar

aquilo que é importante para mim, pela paciência, compreensão e humildade.

A minha família, esposa, filhos, filha, pais, irmãos, irmãs, que soube-

ram me apoiar e compreender nos instantes em que mais precisei de um ombro

amigo.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Elias Nunes, pela dedicação que me fez

ser forte e persistente e por acreditar na minha capacidade.

Aos demais professores do Departamento de Geografia da Universida-

de Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, pela contribuição e engrandeci-

mento dos meus conhecimentos e formação acadêmica, com destaque para a

Profª Maria do Socorro Costa Martim, por acreditar na minha vontade de con-

cluir aquilo que foi iniciado, bem como a Profª Tásia Hortêncio Lima de Medei-

ros, pela idealização de fazer surgir este trabalho sem a qual não teria sido pos-

sível realizá-lo.

Ao povo brasileiro, por patrocinar o ensino público sem o qual muitos

de nós não teríamos adquirido conhecimento para chegar à universidade.

Aos três amigos pós-graduados: Francisco das Chagas da Silva, Lígia

da Nóbrega Fernandes e Maria José Costa, que nos momentos mais difíceis da

realização deste trabalho, demonstraram companheirismo através de suas su-

gestões.

Em especial, a mais nova estrela que Deus fez surgir no universo de

minha família, Évora Cristina Tavares de Melo, (neta) cujo brilho nesta Disser-

tação, será sempre eterno.

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S U M Á R I O

Página

LISTA DE FIGURAS

RESUMO

ABSTRACT

INTRODUÇÃO.............................................................................................. 12

1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................ 16

1.1 Fragilidade ambiental............................................................................. 16

1.2 Água como instrumento de uso............................................................... 20

1.3 Conceitos de bacia hidrográfica.............................................................. 24

1.4 Gestão e manejo de bacia hidrográfica.................................................. 28

1.5 Uso e ocupação do solo............................................................................. 40

2 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DA BACIA................................. 49

2.1 Localização da bacia........................................................................... 49

2.2 Aspectos climáticos.............................................................................. 52

2.3 Recursos hídricos................................................................................ 54

2.4 Estrutura geológica............................................................................. 56

2.5 Aspectos geomorfológicos..................................................................... 59

2.6 Condicionantes pedológicos................................................................ 60

2.7 Características vegetais...................................................................... 61

3 - MATERIAS E MÉTODOS ................................................................. 66

3.1 – Referencial teórico-metodológico .................................................... 66

3.2 – Técnicas da pesquisa ...................................................................... 67

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4 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL......................................................... 69

4.1 Relação dos pontos georreferenciados................................................... 69

4.2 Diagnóstico de uso e ocupação do solo................................................... 70

5 - INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS....................................................... 91

5.1 Carta de uso e ocupação do solo............................................................ 91

5.2 Carta de fragilidade ambiental............................................................. 95

6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.............................................. 98

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 105

ANEXOS......................................................................................................... 150

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LISTA DE FIGURAS

Figuras Pág.

1 – Mapa físico do Rio Grande do Norte........................................................ 50

2 – Carta hidrográfica da bacia do rio Punaú e área litorânea adjacente........ 53

3 – Carta imagem da bacia hidrográfica do rio Punaú e

área litorânea adjacente............................................................................ 68

4 – Nascente do rio Punaú situada no município de Pureza/RN..................... 71

5 – Cultivo de bananeira realizado em gleissolo no município

de Pureza/RN........................................................................................... 71

6 – Fruticultura praticada na margem esquerda do rio Punaú

no município de Pureza/RN..................................................................... 72

7 – Assoreamento na lagoa do Catolé situada no município

de Rio do Fogo/RN.................................................................................. 74

8 – Cultura de tomate situada no município de Rio do Fogo/RN................... 75

9 – Cultura de jerimum situada no município de Rio do Fogo/RN................ 75

10 – Cultura de batata situada no município de Rio do Fogo/RN.................. 76

11 – Lixão situado na zona rural de Punaú, no município

de Rio do Fogo/RN................................................................................. 77

12 – Rodovia RN-64, Encontro dos rios Punaú e das Piranhas

no município de Rio do Fogo/RN........................................................... 78

13 – Encontro dos rios Punaú e das Piranhas no município

de Rio do Fogo/RN.................................................................................. 79

14 – Estrada de terra em processo erosivo no município

de Rio do Fogo/RN.................................................................................. 80

15 – Crateras de áreas de empréstimo no município de Rio do Fogo/RN...... 81

16 – Piçarreira localizada nas proximidades do Parque Eólico,

no município de Rio do Fogo/RN................................................................... 83

17 – Lixão em área de piçarreira no município de Touros/RN........................ 84

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18 – Encontro dos rios Tatu e Saco no município de Pureza/RN.................... 86

19 – Pastagens cultivadas nas margens do rio Tatu no município

de Pureza/RN............................................................................................ 87

20 – Lagoa do Punaú, situada nos municípios de Pureza,

Rio do Fogo e Touros/RN......................................................................... 88

21 – Extração mineral de diatomito na lagoa do Punaú/RN............................. 89

22 – Nascente impactada do Córrego do Arrepiado no

município de Pureza/RN........................................................................... 91

23 – Nascente do Córrego do Arrepiado, onde se vê o impacto ambiental

antrópico. Município de Pureza/RN.......................................................... 92

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RESUMO

As bacias hidrográficas sempre exerceram grande fascínio sobre o ho-

mem, que atraído por sua beleza cênica ou por sua riqueza em recursos naturais,

vem atuando de forma a modificar esses importantes ecossistemas, sem, no en-

tanto, levar em consideração as possíveis conseqüências dessas alterações. A

importância atribuída aos ecossistemas costeiros, em destaque a bacia hidrográ-

fica do rio Punaú e área litorânea adjacente, é constatada quando se verifica a

diversidade de ecossistemas que a contempla. A bacia hidrográfica em evidên-

cia, no Estado do Rio Grande do Norte, ocupa uma área de aproximadamente

652,71 km², estando esta situada na micro-região homogênea Litoral Nordeste,

com uma população regional estimada em aproximadamente 75.188 habitantes,

segundo o Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte – 2004. A região da ba-

cia pesquisada é formada por sete municípios a seguir relacionados: Maxaran-

guape, Pedra Grande, Pureza, Rio do Fogo, São Miguel de Touros, Taipu e Tou-

ros, sendo que Maxaranguape, Rio do Fogo, Touros e Pureza, tem participação

direta na bacia. A bacia em estudo teve suas terras avaliadas quanto à aptidão

agrícola pela metodologia convencionalmente praticada no país, objetivando, as-

sim, uma análise comparativa entre as unidades ambientais, litorânea eólica e

tabuleiro costeiro, identificadas na área pesquisada. A partir da caracterização do

meio físico da área em estudo e de posse dos dados armazenados, procedeu-se a

análise integrada dos elementos estruturais da paisagem os quais evidenciaram

que as áreas fragilizadas estão associadas à áreas de cultivo agrícola, bem como

as de ocupação irregulares. Em se tratando de degradação, o diagnóstico ambi-

ental da bacia indicou que a área equivalente a Unidade Ambiental Litorânea

Eólica, corresponde ao maior comprometimento da qualidade ambiental, ou seja,

alta fragilidade ambiental, sendo este resultado decorrente do uso e ocupação do

solo, propiciando dessa forma, vulnerabilidade na cobertura vegetal da área,

apesar desta dispor de baixo percentual de cultivo agrícola. Já na Unidade Am-

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biental Tabuleiro Costeiro, diagnosticou-se média fragilidade ambiental, em ra-

zão do elevado índice de área cultivada. De modo geral, a bacia hidrográfica do

rio Punaú e área litorânea adjacente, apresentou no final da pesquisa, impactos

ambientais acima do esperado, indicando a necessidade da revisão das práticas

de uso e manejo do solo, reflorestamento das margens dos cursos d’água, con-

trole da erosão e contaminação dos aqüíferos, na perspectiva de reduzir os efei-

tos dos impactos decorrentes do uso e ocupação do solo. A presente pesquisa

analisou os impactos ambientais diagnosticados na bacia hidrográfica do rio Pu-

naú e área litorânea adjacente, apontando as causas e as prováveis conseqüências

dos danos causados por estes impactos ao meio ambiente da bacia. A partir da

análise dos dados, foi possível explicitar o quanto estes são fundamentais como

elementos chave no processo de tomada de decisão nas questões ambientais.

Palavras-chaves: Fragilidade ambiental; Bacia hidrográfica; Uso e ocupação dosolo; Impacto ambiental; Geografia ambiental; Ecossistemas.

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ABSTRACT

Hydrographic basins always exercised a big fascination over human-kind that attracted for its scenery beauty or for its richness in natural resources,had been acting in order to modify these important ecosystems without, there-fore, considering the possible consequences of these changes. The attributed im-portance to the coast ecosystems, in eminence to the hydrographic basin of Pu-naú river and adjacent areas, is had when it’s verified the diversity of the eco-systems that contemplate it. Hydrographic basin in evidence in Rio Grande doNorte state, occupies an area of nearly 652.71 km², being it sited in the homoge-neous micro-region Litoral Nordeste, with a regional population estimated innearly 75,188 inhabitants, according to the Anuário Estatístico do Rio Grandedo Norte – 2004. The region of the researched basin is formed by seven munici-pal districts related as it follows: Maxaranguape, Pedra Grande, Pureza, Rio doFogo, São Miguel de Touros, Taipu and Touros, but Maxaranguape, Rio doFogo, Touros and Pureza have a direct participation in the basin. Basin in studyhave it lands evaluated according to the agriculturist aptitude by the convention-ally methodology practiced in the country, having as objective, then, a compara-tive analysis between the ambient unities, Aeolian littoral and coast tray, identi-fied in the researched area. From the characterization of the physic way of thearea in study and owning the kept data, it was proceeded the integrated analysisof the structural elements of the landscape which were evidenced that the fragileareas are associated with the areas of agriculture cultivation, such as the ones ofirregular occupation. About the degradation, the ambient diagnostic of the basinindicated that the equivalent to the Aeolian Littoral Ambient Unit correspond tothe bigger pledging of the ambient quality, in other words, high ambient fragil-ity, being this result due to the use and occupation of the soil, propitiating thisway, vulnerability in the vegetal cover of the area, despite it disposes of a lowagriculture cultivation percentage. Already in the Coast Ambient Tray, is em-phasized the medium ambient fragility, despite of the high index of cultivatedarea. In a general way, the total area of the hydrographic basin of Punaú riverand adjacent areas presented ambient impacts over the tolerance limit, indicatingthe necessity of a review of the practices of use and handling of the soil, refor-esting of the water courses edges, control of erosion and contamination of theaqueous in the perspective to reduce the effects of the impacts due to the use andoccupation of the basin in regard. The present search evaluated the ambient im-pacts diagnosised in the hydrographic basin of Punaú river and adjacent areas,pointing the causes and the probable consequences of the damages caused bythese impacts to the basin ambient. From the analysis of these data, if was possi-ble to become explicit how they are fundamental as key elements in the processof decision taking in the ambient questions.

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Key words: Ambient fragility, Hydrographic basin, Use and occupation, Ambi-

ent Impact, Ambient Geography and Ecosystems.

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INTRODUÇÃO

A bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, insere-se na Mi-

crorregião Homogênea Litoral Nordeste, situada no Estado do Rio Grande do Norte, sendo

esta constituída pelos municípios de: Maxaranguape, Pedra Grande, Pureza, Rio do Fogo, São

Miguel de Touros, Taipu e Touros, os quais ocupam uma área equivalente a 652,71 km2, es-

tando esta bacia entre as Coordenadas Geográficas 5º 12’ 51” e 5º 30’ 50” de Latitude Sul e

35º 16’ 60” e 35º 42’ 37” Longitude Oeste.

Sabe-se no entanto que estabelecer o potencial dos recursos naturais da bacia

estudada, onde foram identificados fatores como: antrópicos, climáticos, pedológicos, geoló-

gicos, geomorfológicos e fitogeográficos, se faz necessário a implementação de um sistema

de monitoramento dos múltiplos usos detectados na bacia, os quais representam a entrada e

saída de energia, fato este aqui representado pelos pontos georreferenciados, catalogados, in-

terpretados e classificados de acordo com as características físico-ambientais da área em cur-

so.

De acordo com o estudo desenvolvido na respectiva bacia hidrográfica, cons-

tatou-se que as diversas formas de uso e ocupação do solo, provocaram erosão e o assorea-

mento dos rios, afetaram a qualidade das águas, evidenciando que os sedimentos foram, pro-

vavelmente, o mais significativo de todos os poluentes em termos de sua concentração na

água, seus impactos no uso da água e seus efeitos no transporte de outros poluentes, Brooks et

al. (1991).

Partindo desse pressuposto, analisar o uso e ocupação do solo no entorno da

bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, requer de imediato, breves estudos

no sentido de entender a forma em que se dar o uso e ocupação do solo, sua localização, os

fatores naturais e humanos, a provável degradação ambiental, os aspectos legais e o zonea-

mento, que juntos caracterizarão as diferentes formas de ocupação que ocorre na respectiva

bacia.

No sentido de melhor entender as ações decorrentes dos fatores naturais junto

ao meio ambiente, Tricart (1977), descreveu os elementos físicos que atuam na bacia, como:

rochas, relevos, clima, solos e vegetação, esta deverá apontar a vulnerabilidade de cada ambi-

ente estudado, aplicando-se a este, metodologias que melhor expresse os valores de estabili-

dade dos terrenos com relação a atuação dos processos de morfogênese/pedogênese.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Na discussão que realizou sobre poluição ambiental, Ferreira (1996), sinalizou

algumas conseqüências junto à população residente na respectiva bacia. Caso como este, em

que a adoção de uma bacia hidrográfica como unidade ambiental para ordenar as atividades

que promovam a melhoria da qualidade de vida da sociedade, tem origem na estreita relação

que existe entre a água e as necessidades do próprio homem.

Diante desse estudo, constatou-se que a principal causa da degradação das ter-

ras agrícolas na área estudada é a erosão dos solos, a qual consiste nos processos de despren-

dimento e arraste de suas partículas, causados pela ação da água e do vento. Dentre as formas

de erosão, a hídrica é, em grande parte do nosso planeta, a mais importante forma de erosão

Zachar (1982), sendo esta causada pela chuva e pelo escoamento superficial, afetando um

grande número de agentes naturais e antrópicos.

Birkholz et al. (1983), realizaram trabalho nesta linha de pesquisa e concluíu-

ram que o zoneamento é um instrumento básico da organização territorial e os planos não po-

dem dele prescindir, sendo indispensável zonear o uso da terra nas áreas urbanas e regionais,

de acordo com adequados estudos demográficos, sociológicos, econômicos e físicos, que

permitam uma ótima localização, conhecimento e dimensionamento das zonas de uso.

No tocante a degradação dos recursos naturais, principalmente do solo e da

água, constata-se que esta vem crescendo de forma alarmante, atingindo níveis críticos que se

refletem na deterioração do meio ambiente, no assoreamento dos cursos e dos espelhos d'água

Bertoni e Lombardi Neto (1990).

Idêntico caso foi discutido por Chaves (1991), que ao se mostrar preocupado

com problemas de assoreamento e poluição de cursos d'água e de reservatórios, disse que tal

fato contribuiu para o desenvolvimento de modelos que prevêem o aporte de sedimentos em

pontos específicos da bacia hidrográfica. Acrescentando, o mesmo autor sintetizou que estes

são utilizados para a avaliação de práticas de manejo do solo, avaliação e planejamento ambi-

entais. De acordo com Lane et al. (1992), a estimativa da erosão é essencial para determinar

as práticas adequadas de conservação do solo e é útil para determinar impactos, antes mesmo

da adoção na área de determinada cultura ou prática agrícola.

Nessa linha de pesquisa, Rocha (1995), realizou estudo relacionado ao zonea-

mento ambiental, e disse que este visa ordenar o território segundo as características geo-

ambientais, através de agrupamento de áreas cujos conjuntos formam unidades de terra relati-

vamente homogêneas, de modo a facilitar a análise integrada da paisagem. Assim sendo,

constata-se que é muito dispendioso e impraticável monitorar a erosão em toda a bacia hidro-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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gráfica, daí a necessidade de predizer a erosão com o uso de modelagem. Cochane e Flana-

gan, (1999).

Nesse sentido, modelos hidrológicos e de qualidade da água vêm sendo desen-

volvidos para predizer o impacto da agricultura na qualidade das águas superficiais e subter-

râneas. Dentre os muitos modelos que tentam exprimir a ação dos principais fatores que exer-

cem influência nas perdas de solo pela erosão hídrica, estão os modelos conceituais distribuí-

dos que simulam os diversos processos no ciclo hidrossedimentológico. Partindo desse prin-

cípio, o emprego dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG's), podem ser empregados na

criação do banco de dados, uma vez que os SIG's, podem dividir grandes áreas heterogêneas

em pequenas unidades hidrologicamente homogêneas, sobre as quais se emprega o zonea-

mento.

Concluída a análise, deverão surgir conhecimentos necessários a um melhor

aproveitamento dos recursos naturais disponíveis na bacia em estudo, possibilitando o forne-

cimento de subsídios concretos a órgãos públicos e/ou privados, objetivando uma caracteriza-

ção ambiental sustentável que indicará as áreas favoráveis ou não à ocupação humana, face as

variáveis ambientais predominantes na área em estudo.

Nesse contexto, o presente trabalho sugere a realização de estudos relacionados

a fragilidade ambiental da bacia hidrográfica, caracterizando os aspectos físicos e as formas

de uso e ocupação do solo. Como objetivos específicos, deve-se elaborar um mapeamento de

uso e ocupação do solo e de fragilidade ambiental, sugerindo uma melhor reordenação do es-

paço da bacia, identificando os agentes naturais e humanos responsáveis pela descaracteriza-

ção da paisagem da bacia, além de implementar medidas corretivas e/ou mitigadoras capazes

de garantir a futura sustentabilidade.

A propósito, a abordagem do tema “Fragilidade da bacia hidrográfica do rio

Punaú e área litorânea adjacente”, decorre da perspectiva em estudar os parâmetros vetoriais

que promovem as ações naturais e humanas na referida bacia. Partindo do princípio que a ba-

cia em estudo necessita de planejamento que reordene o uso do seu espaço, salienta-se que a

presente proposta lança mão da pesquisa, através da qual identifica os possíveis agentes trans-

formadores do espaço, além de diagnosticar as potencialidades das áreas diagnosticas.

A partir do pressuposto supra, constata-se a necessidade de se estabelecer um

novo paradigma de desenvolvimento menos agressivo ambientalmente, de modo que se obte-

nha uma convivência harmoniosa entre as ações antrópicas e os processos naturais, sem que

isso venha ameaçar as condições de sustentabilidade dos ecossistemas e a manutenção da

qualidade de vida.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Assim sendo, pretende-se que a bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorâ-

nea adjacente, seja, compartimentada em unidades de paisagens definidas e, espacializadas

cartograficamente, evidenciando a vulnerabilidade dos ambientes, verificando a forma como

se dá o uso e a ocupação do solo e o risco ambiental de outras formas de uso na área da bacia.

Concluída a análise do quadro acima delineado, detecta-se o interesse em des-

envolver um estudo a cerca de uma determinada realidade sócio-espacial, principalmente por

tratar-se de uma área que nos últimos dez anos, vem demonstrando interesse em razão do po-

tencial natural que se apresenta livre para a especulação financeira e ocupação do espaço.

Assim sendo, o interesse em empreender essa pesquisa é levar ao conheci-

mento da sociedade, projetos que viabilizem o emprego de novas propostas que proporcionem

oportunidades para os trabalhadores da área, identificando as tendências da sustentabilidade

para com o meio ambiente. Este resgate fundamenta-se na preservação e revitalização das

nascentes, onde as ações resultarão no aumento das vazões hídricas atuais, com conseqüente

ampliação da possibilidade de uso racional da água, além da melhoria dos aspectos paisagísti-

cos ao longo de toda bacia hidrográfica.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 – Fragilidade ambiental

O conceito de fragilidade ambiental está estreitamente relacionado com a Teo-

ria dos Sistemas. Segundo Vitte e Santos (1999) "um sistema se define como um complexo de

elementos em interação, interação esta de natureza ordenada". De acordo com a dinâmica dos

ambientes, é possível determinar suas fragilidades e as potencialidades para o uso humano.

Sabe-se que os estudos de fragilidade ambiental têm por objetivo identificar

unidades ambientais com características comuns em termos de vulnerabilidades aos processos

erosivos. A partir destes estudos é possível avaliar se as ações efetuadas pelo homem (uso e

ocupação do solo), no presente ou no passado, podem conviver em harmonia com os condici-

onantes naturais, assim como realizar simulações em relação a usos futuros.

Os produtos gerados pelos estudos de fragilidade ambiental constituem-se em

importante subsídio para os zoneamentos, que têm o objetivo de disciplinar o uso do solo. As-

sim sendo, eles podem desenvolver estudos de fragilidade ambiental com muito mais eficiên-

cia, bem como orientar as políticas públicas para o planejamento físico-territorial

Partindo desse pressuposto, a Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalan-

ffy (1973), inicialmente considerados pelos biólogos e ecólogos para constatar as relações de

interdependência entre o conjunto de componentes físico-bióticos do meio natural, foram ex-

pandidos para análise ambiental, incluindo as relações dos seres vivos com meio no qual se

inserem.

De acordo com os princípios adotados pela metodologia sistêmica, onde a en-

trada e a saída de energia interagem com o meio ambiente, Hall e Fagen (1956), consideraram

os sistemas como um conjunto de elementos e seus atributos, enquanto Miller (1965), afirmou

que este é um conjunto de unidades com relações entre si, sendo que a denominação “con-

junto” expressa que as unidades possuem semelhanças, onde o estado de cada unidade é con-

trolado, condicionado ou dependem de outras unidades.

No caso da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, tal dis-

cussão insere-se neste contexto, uma vez que por se tratar de uma bacia hidrográfica, os ele-

mentos que a constitui interagem de acordo com os princípios da teoria geral dos sistemas

permitindo a troca de energia entre seus componentes.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Tal confirmação foi defendida por Thorness e Brunsden (1977), que disseram

que sistema é “um conjunto de objetos ou atributos e das suas relações, organizados para exe-

cutar uma função particular”, portanto o sistema é entendido como um espaço onde um de-

terminado tempo recebe o (Input) entrada e o transforma em (Output) saída.

Estudos realizados por Tricart (1977), evidenciam que “o conceito de sistema

é, atualmente, o melhor instrumento lógico de que dispomos para estudar os problemas do

meio ambiente. Ainda mais, o conceito de sistema é, por natureza, de caráter dinâmico e por

isso adequado a fornecer os conhecimentos básicos para uma atuação – o que não é o caso de

um inventário, por natureza estática”.

Na mesma linha de pesquisa, Sotchava (1977), realizou discussão na qual disse

que "embora os geossistemas sejam fenômenos naturais, todos os fatores econômicos e soci-

ais, influenciando sua estrutura e peculiaridades espaciais, são tomados em consideração du-

rante o seu estudo". No caso das bacias hidrográficas, Christofoletti et al (1977), discutiram as

estruturas que compõem o processo de altimetria no qual insere-se uma drenagem, e disseram

que: “as bacias hidrográficas são sistemas que se estruturam a fim de atingir o estado estacio-

nário, e as relações entre os seus diversos componentes mostram características alométricas”.

Estudos realizados por Graf (1978), indicam que o desarranjo dos sistemas ge-

omorfológicos pelas atividades dos homens é um componente significativo dos impactos hu-

manos no meio natural. Nessa linha de pensamento, Beroutchachvili e Bertrand (1978), reali-

zaram discussão a respeito do estado e do comportamento dos geossistemas e afirmaram que

cada geossistema se define por uma sucessão de ‘estados’ ao longo do tempo.

Linsley (1979), realizou pesquisa relacionada a transposição de sedimentos e

disse que tal ocorrência nos ecossistemas aquáticos reflete a qualidade da água do sistema, su-

as variações físicas no decorrer do tempo e nos fatores hidrodinâmicos. Sendo assim, pode-se

dizer que as mudanças na paisagem da bacia, em decorrência de ações antrópicas, justificam o

aumento na troca de energia em cada um dos elementos que constituem o bioma da área estu-

dada.

De acordo com Tricart (1982), "paisagem e ecossistema são sistemas e, como

tal, integram-se na lógica sistêmica que é a própria origem de sua formulação". O mesmo au-

tor afirma, ainda, que "a paisagem é originalmente um ser lógico espacial, concreto. O mesmo

autor prossegue dizendo que apenas tardiamente ela adquiriu a dimensão lógica de um siste-

ma". Para Forman e Godron (1986), a unidade de paisagem é caracterizada como ecossistema,

isto é, a estrutura física e as relações entre solo, água, nutrientes, energia, plantas e animais.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Christofoletti (1990), afirmou que cada sistema pode ser composto de diversos

subsistemas devendo haver em cada um deles um regulador que trabalhe no sentido de dividir

o input recebido, tanto de matéria como de energia, armazenando ou depositando passando

pelo subsistema sob a forma de output.

De acordo com o IBAMA (1990), que tratou da recuperação de áreas degrada-

das, tal modelo sistêmico pode ser definido como um processo de reversão em terras produti-

vas e auto-sustentáveis, de acordo com uma proposta preestabelecida de uso do solo, podendo

chegar ao nível de uma recuperação de processos biológicos – sendo assim chamada "reabili-

tação" –, ou mesmo aproximar-se muito da estrutura ecológica original – "restauração".

Levando em consideração a semelhança dos fenômenos que ocorrem na bacia

pesquisada, tais conceitos inserem-se na discussão que referencia a bacia hidrográfica do rio

Punaú e área litorânea adjacente, uma vez que no referido espaço foram diagnosticados inú-

meros vetores apontados nesta pesquisa como elementos causadores de impactos ambientais.

Nesse sentido, as ocorrências supracitadas, além de se adaptarem a fenômenos

que atuam na bacia estudada, evidenciam a necessidade de implantação de planos voltados

para ordenar o uso e ocupação do solo no entorno da bacia, levando em consideração os usos

múltiplos praticados pela população residente na área estudada.

Preocupados com o destino dados ao recurso água, Agarwal e Narain (1991),

propuseram que o meio ambiente deve ser discutido enfatizando a abordagem sistêmica, a

qual deverá equacionar os problemas ambientais, incluindo a variável ambiental no processo

de planejamento e na tomada de decisões.

Segundo Macedo (1991), a avaliação ambiental de uma região permite que se

identifiquem suas potencialidades de utilização, de ocupação, suas vulnerabilidades e seu de-

sempenho futuro estimado, possibilitando, dessa maneira, as tomadas de decisões ligadas à

sua preservação, conservação e ecodesenvolvimento. Sendo assim, a bacia hidrográfica do rio

Punaú e área litorânea adjacente, enquadram-se neste discurso, por ser esta bacia considerada

um sistema no qual a troca de energia se dar em razão das atividades nela desenvolvidas.

Bolós y Capdevila (1992), discutiram o emprego dos sistemas juntos a nature-

za e disseram que como todo sistema natural, é classificado como aberto, uma vez que nele

entra e sai determinada quantidade de matéria e energia, fazendo dele um sistema dinâmico.

Essa correlação, se comparada com os condicionantes físicos da bacia hidrográfica estudada,

possibilita o levantamento de todas as áreas críticas do ponto de vista ambiental, passando a

constituir-se condição básica para um planejamento bem sucedido.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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No caso de outras bacias hidrográficas, as interações dos componentes ambi-

entais e fatores de transformação, processam-se através de fluxos energéticos, com intensida-

de e duração diversas, representadas pelas ações geológicas, climáticas e antrópicas. Esses

agentes, provocando reações em cadeia no funcionamento dos sistemas, acarretam transfor-

mações nos fluxos de energia, liberação e transporte de materiais IBGE (1994).

No mesmo contexto, Cunha (1995), realizou discussão referente a rede de dre-

nagem e planície de inundação, por entender que estes elementos naturais constituem sistemas

abertos, cuja dinâmica, as formas e os processos fluviais são interdependentes. Desse modo,

qualquer modificação na intensidade ou na freqüência dos processos fluviais causará altera-

ções na forma do canal.

De acordo com Casseti (1995), é através da compreensão das leis da natureza

que se pode tratar das questões ambientais. Segundo esse autor, a natureza deve ser vista

como um sistema maior formado por outros subsistemas integrados. Nesse caso, as bacias hi-

drográficas são exemplos a serem citados, uma vez que estas são estruturadas para o escoa-

mento da água, dos sedimentos e de detritos provenientes da área de drenagem.

De acordo com Cavalcanti et al. (1997), estudos recentes evidenciam que a

análise permite esclarecer as formas de uso e ocupação dos recursos ambientais que podem

servir de subsídios para normas de racionalidade na utilização dos sistemas ambientais.

Semelhante discussão foi realizada por Souza (2000), que analisou e caracteri-

zou os fatores físicos e bióticos da região litorânea de Caucaia/CE, cuja conclusão evidenciou

que a teoria geossistêmica permite entender de modo mais adequado as potencialidades e li-

mitações de cada unidade identificada. Já na versão de Souza (2000-a), a abordagem sistêmica

atribuída ao meio ambiente, e por meio da gestão, propicia uma aplicação mais próxima da

realidade, pois cria canais de comunicação nos quais os fatores ambientais são identificados,

analisados, ponderados e administrados, permitindo, assim, a compreensão global dos pro-

blemas e também a aplicação de soluções de cunho ambiental.

Nessa linha de raciocínio, Ferrier et al. (2001), enfatizaram que as proprieda-

des de um sistema hídrico tendem a refletir a combinação dos atributos geomorfológicos mo-

dificados pela variação da influência direta e indireta dos aspectos climatológicos e da ação

antropogênica. Nestes termos, a discussão proposta por Milaré (2001), explicitou o significa-

do dos ecossistemas litorâneos, para além dos desmandos antropogenéticos, dizendo que este

reside na sua função ecológica de transição entre os ecossistemas continentais e os marinhos,

num espaço em que os biomas são ricos de recursos alimentares e paisagísticos.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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De acordo com Silva e Mantovani (2003) sistemas de Informações como os

SIG, são cada vez mais desenvolvidos para permitir a formulação de diagnósticos, prognósti-

cos, avaliação de alternativas de ação e manejo ambiental. Assim sendo, para que haja maior

controle no uso e ocupação do espaço da bacia em evidência, faz-se necessário o uso sistemá-

tico do SIG, como instrumento capaz de diagnosticar a situação vigente na bacia discutida.

Diante desta situação, o diagnóstico da área pesquisada, indicou que as práticas

agrícolas realizadas no seu entorno, superam a realidade degradacional encontrada na área

estudada. Estudos semelhantes foram realizados por Silva e Souza (2005), que discutiram a

problemática relacionada ao uso e ocupação de terras e chegaram a conclusão que a falta de

intervenção sobre práticas agrícolas inadequadas, recuperação de vertentes e aplicação de téc-

nicas agrícolas menos impactantes, é motivo de preocupação e um alerta para a necessidade

urgente de políticas públicas direcionadas para amenizar os impactos ambientais na área.

1.2 – Água como instrumento de uso

Estudos realizados pela UNESCO, apontaram a crescente escassez da água,

bem como, o mau uso desse bem comum, como o problema ambiental mais grave deste sé-

culo, uma vez que a drenagem indiscriminada e a poluição dos recursos hídricos têm acentua-

do os conflitos pelos diversos usos deste bem, tais como: abastecimento de populações, irriga-

ção de lavouras, diluição de esgoto doméstico, pesca predatória, geração de energia, entre ou-

tros.

O breve histórico diz que desde o início da civilização, o homem extrai, utiliza

e descarta os mais diversos recursos naturais, o que tem contribuído para que muitas substân-

cias químicas sejam introduzidas nos ecossistemas aquáticos Ochiai (1995). Nessa linha de

pensamento, Mota (1995), discutiu a recarga e preservação dos aqüíferos sob dois aspectos:

em relação à poluição a que estão sujeitos, a partir da infiltração de águas contendo impure-

zas, e quanto a recarga, de modo a ser garantida sua disponibilidade para diversos usos.

De acordo com levantamento realizado pela WMO (1997), o consumo mundial

de água cresceu mais de seis vezes entre 1900 e 1995 - mais que o dobro da taxa de cresci-

mento da população, e continua a crescer rapidamente com a elevação de consumo dos setores

agrícola, industrial e residencial. É nesse caso que a dinâmica das atividades humanas que

atuam na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, exige a aplicação de um

plano de manejo, que envolva a população que ali reside, interagindo com a tecnologia e ga-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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rantindo a sustentabilidade dos recursos naturais. Nesse sentido, Maia Neto (1997), discutiu

temas relacionados a gerenciamento em bacias hidrográficas, no qual propôs alternativas que

visam garantir a sustentabilidade do ambiente.

No caso da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, destinada à Política Nacional

de Recursos Hídricos, quando se refere a bacia hidrográfica, prioriza a água dizendo que: “a

água é um bem de domínio público”. Tal conceito se refere a bacia hidrográfica como uma

unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação

do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”. Brasil, Leis, Decretos,

(1997).

Pesquisa desenvolvida por Pissarra (1998), constatou que bacia hidrográfica

tem sido utilizada como uma unidade geomorfológica fundamental, porque suas característi-

cas governam, no seu interior, todo o fluxo superficial da água.

Segundo Aprile (1999), no ano de 1537, em Olinda, foi redigido o primeiro

documento oficial referindo-se ao abastecimento de água. Enquanto, Granziera (2000), escla-

recee que a Lei nº 9.433/97 introduziu, no Brasil, os princípios originados na legislação inter-

nacional, como a cooperação, o desenvolvimento sustentável, o valor econômico da água, a

bacia hidrográfica como instrumento, planejamento e a gestão participativa.

Albuquerque (1999), discutiu tema referente a gestão, e disse que tal problema

pode ser amenizado se for posto em prática o princípio poluidor/pagador, em que o agente

poluidor arque com os custos da atividade poluidora. Sabe-se porém que se não ocorrer tal

discussão e um prévio monitoramento dos recursos hídricos existentes no entorno da bacia hi-

drográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, no futuro próximo, a bacia em referência

fará parte do contesto discutido. Assim sendo, Gómez-Pompa & Kaus (1992) e (2000) propu-

seram que o desafio fundamental não é conservar áreas naturais, mas domesticar o mito com o

entendimento de que os seres humanos não são separados da natureza, incluindo-os no pro-

cesso de conservação.

A preocupação com dinâmica dada ao uso da água, levou Santos (2000-a), a

caracterizar as diversas formas de uso e proteção das águas subterrâneas, na qual o autor defi-

niu domínio hidrogeológico, além de ressaltar os principais problemas decorrentes da explo-

ração desordenada desses recursos. Nesses termos, Magalhães Junior (2000), discutiu o mo-

nitoramento das águas, no qual enfocou o papel que as instituições vêm desenvolvendo e as

atividades a elas atreladas.

Estudos realizados por Valenti et al. (2000), esclareceram que o termo preser-

vação ambiental deve ser visto como parte integrante do processo produtivo, não concebendo

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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o desenvolvimento de técnicas de manejo para aumentar a produtividade sem os impactos

produzidos.

Milaré (2001), ao fazer referência ao recurso água, enquanto suporte físico-

químico das relações bióticas, disse que este é tutelado pela nossa legislação. O mesmo autor

complementou seu raciocínio dizendo que na água dos rios, lagos e mares encontram-se os

mais diversos seres vivos e não vivos, e todos esses elementos interagem entre si e com outros

elementos físico-químicos, vindo a formar um particular ecossistema.

Estudos prévios indicam que a disputa por um bem pode ocorrer a partir do

momento em que este passa a ser escasso ou insuficiente para o suprimento das necessidades

do homem. Nesse sentido, Acselrad (2001), problematizou o uso da água dizendo que esta

vem se tornando rapidamente um problema mundial de dimensões preocupantes.

Assim sendo, Hespanhol (2001), chamou a atenção para a importância especial

ao reuso da água, explicitado na Agenda 21, o qual recomenda aos países participantes da

ECO-92, a implementação de políticas de gestão dirigidas para o uso e reciclagem de efluen-

tes, com práticas ambientais adequadas.

Barroso (2001), após realizar estudos, advertiu para as condições em que se

encontra o sistema Aqüífero Barreiras e concluiu que este dispõe de um potencial excedente,

cuja infiltração é facilitada pela morfologia predominante de tabuleiros com drenagem pouco

desenvolvida e incipiente, que se constitui como principal fator de recarga das águas subterrâ-

neas.

No entendimento de Sartor (2001), a água ao se tornar um recurso dotado de

valor econômico, passa a ser um gerador potencial de conflitos, uma vez que essa é essencial

para a existência da vida dos homens, dos animais e das plantas. Nesse contexto, Paiva

(2001), procedeu a caracterização da bacia hidrográfica, a identificação dos principais usuári-

os, as demandas atuais e futuras e a avaliação das disponibilidades hídricas naturais, e disse

que estes são os principais motivos para que a outorga de uso da água seja efetivada de modo

eficiente.

Quanto à diversidade de uso, Brown (2002), realizou trabalho relacionado a

escassez da água e disse que a maioria das 80 milhões de pessoas que são adicionadas à po-

pulação mundial a cada ano, está sendo acrescentada em países que já sofrem escassez de

água. O mesmo autor ao concluir acrescentou que a recuperação de um equilíbrio entre a

oferta e a demanda da água, em todo o mundo, pode agora depender da estabilização popula-

cional nos países com déficit hídrico. Preocupado com tal situação, Neto (2002), estudou a

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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importância da água subterrânea na agricultura irrigada no Estado do Ceará, e recomendou

para tal atividade, o monitoramento geral da qualidade e quantidade de água dos aqüíferos.

Na mesma linha de pensamento, Brega Filho e Mancuso (2002), disseram que

a prática de reuso de água no meio agrícola, além de garantir a recarga do lençol freático, ser-

ve para fertirrigação de diversas culturas.

De acordo com Fink & Santos (2002), a legislação em vigor, ao instituir os

fundamentos da gestão de recursos hídricos, cria condições jurídicas e econômicas para a hi-

pótese do reuso de água como forma de utilização racional e de preservação ambiental, en-

quanto Neves (2002), afirmou que a natureza jurídica das derivações de uso de corpos d’água

doce é de direito real resolúvel de uso, enquanto que para as extrações, lançamentos, aprovei-

tamento hidráulico e outros usos, essa natureza é de direito obrigacional.

Segundo Fracalanza (2002), o recurso água é considerado escasso, em quanti-

dade e qualidade, e objeto de conflitos que envolvem sua apropriação e seu uso para realiza-

ção de atividades humanas. No caso da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adja-

cente, os constantes conflitos diagnosticados constataram que estes são fatores preocupantes,

porém, passivos de estudos mais detalhados que objetivem a médio e longo prazo um melhor

ordenamento do espaço físico da bacia em referência.

O diagnóstico comparativo entre escassez de água e escassez de alimentos, ex-

plicitada no relatório do IFPRI & IWMI (2002), previu para o ano 2025, uma escassez de

água que causará perdas anuais globais de 350 milhões de toneladas (metric tons) da produção

de alimento - ligeiramente mais que a produção de grãos, anual, completa, dos Estados Uni-

dos.

Pinheiro (2003), efetuou discussão sobre o tema vulnerabilidade em sub-bacias

hidrográficas do Alto Jaguaribe/CE, e disse que desde os primórdios da civilização elementos

naturais em bacias hidrográficas são utilizados em práticas humanas. A partir desse pressu-

posto, o mesmo autor concluiu que entre esses elementos, a água é um recurso tão importante

que sua escassez, pode influenciar no desenvolvimento de uma região e refletir-se em pro-

blemas socioeconômicos.

Sendo assim, Irigaray (2003), esclareceu que no Brasil, a Lei de Política Naci-

onal de Recursos Hídricos apresenta-se como uma proposta de gestão participativa a ser im-

plementada como instrumentos econômicos, entre os quais se destaca a cobrança pelo uso da

água. Assim sendo, o uso da água na bacia estudada, requer estudos prévios, uma vez que a

análise fisiográfica da área indicou usos múltiplos desse bem comum. Nessa mesma linha de

raciocínio, Fontes (2003), analisou a cobrança pelo uso da água, bem como a escassez de re-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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cursos hídricos na bacia do rio Atibaia, e concluiu que esses dois fatores devem ser levados

em consideração no sentido de assegurar a atual e às futuras gerações a necessária disponibi-

lidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.

De acordo com a interpretação de Trombin (2003), a escassez do recurso água

torna-se ainda mais grave porque, a distribuição desses recursos e da população do planeta

não são uniformes. Foi nesse sentido que Silva (2003-c), analisou o tema relacionado a Ges-

tão dos Recursos Hídricos aplicada nos rios: Real e Jabiberi/SE, e constatou que os conflitos e

desafios encontram-se alicerçados pela não aplicação da política de recursos hídricos.

Vidal (2003), estudou o aqüífero Serra Grande, conclui-se que a elevação real

do custo da água poderá comprometer a capacidade de pagamento da população para dispor

destes recursos. Segundo Santos e Marques (2003), os perfis de nascentes, evidenciam que a

água pode ser adquirida por diversas maneiras, a mais fácil e usual é a apropriação desse re-

curso disponibilizado pelos rios. Sendo assim, Machado (2004), pesquisou os recursos hídri-

cos e disse que as águas de uma bacia devem beneficiar prioritariamente os que moram, vi-

vem e trabalham nessa unidade territorial,

1.3 – Conceitos de bacia hidrográfica

No atual contexto de mundo globalizado, a discussão sobre o meio ambiente

insere-se cada vez mais na nova ordem mundial, buscando por si só, inovar seus sistemas, cri-

ando conceitos referentes a bacias hidrográficas, além de procurar solucionar problemas mul-

tidisciplinares pré-existentes no entorno destas, aqui representada pela bacia hidrográfica do

rio Punaú e área litorânea adjacente, objeto desse estudo.

De acordo com Christofoletti e Perez Filho (1976), bacia hidrográfica repre-

senta a área drenada pela rede de canais, podendo ser influenciada por diversas características,

tais como: litologia, topografia e tectônica, que exercem controle sobre a eficiência dos pro-

cessos atuantes na bacia. Compartilhando da mesma linha de raciocínio, O’Sullivan (1979),

também deu sua contribuição ao estudo de bacia hidrográfica. Prosseguindo Christofoletti

(1980-a), conceituou bacia hidrográfica como área drenada por um determinado rio ou por um

sistema fluvial, funcionando como um sistema aberto. Já na concepção de Carvalho (1981),

bacia hidrográfica é definida como sendo extensões de terras delimitadas por divisores de

águas e drenadas por um rio e seus tributários.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Autores como Meis e Moura (1984), realizaram estudos referentes a áreas de

cabeceiras e apontaram fatores importantes para sua preservação, enquanto Cardoso da Silva

(1986), considerou a bacia hidrográfica como um modelo do sistema natural aberto, que se

pode interpretar as trocas de energia e de materiais que ali se realizam. No entendimento de

Garcez e Alvarez (1988), este complexo ecossistema deve ser entendido como um conjunto

de áreas com declividade no sentido de determinada seção transversal de um curso de água.

Tundisi et al. (1988), discutiram e diagnosticaram bacia hidrográfica como:

“uma unidade importante na investigação científica, treinamento e uso integrado de informações para

demonstração, experimentação, observação em trabalho real de campo”. Para tanto, a Constituição

do Estado do Rio Grande do Norte/89, artigo 150, em obediência a Constituição do Brasil/88,

explicita que: “Todos têm direito ao meio ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a sociedade o de-

ver de defender e preservar, e de harmonizá-lo, racionalmente, com as necessidades do desen-

volvimento socioeconômico, para presentes e futuras gerações”. Rio Grande do Norte, Cons-

tituição (1989).

Segundo a Organisation Mondiale de la Santé-OMS - OMS (1990), o termo

“saúde ambiental” pode ser relacionado a bacia hidrográfica, uma vez que esta requer uma

análise social que o define como sendo o equilíbrio entre as relações humanas e seu ambiente,

possibilitando à saúde física, mental, das relações sociais, desde o local ao global.

Autores como: Servant et al. (1989); Newson (1992), que estudaram e concei-

tuou bacia hidrográfica, além de Pollete (1993); Dietrich e Dunne, (1993); Ferraz (1994), que

possibilitaram a inclusão da bacia hidrográfica como unidade de análise e intervenção, inclu-

indo o estabelecimento dos fatores de criticidade econômica, social e ecológica, como ele-

mentos básicos da sustentabilidade.

Na contextualização que abordou tema relacionado a bacia hidrográfica discu-

tindo o aspecto sanitário e ambiental, Silveira (1997), conceituou bacias hidrográficas como:

“uma área de captação natural da água da precipitação que faz convergir os escoamentos para um úni-

co ponto de saída, seu exutório”.

Rocha (1997), definiu bacia hidrográfica como uma área que drena as águas de

chuvas por ravinas, canais e tributários, para um curso principal, com vazão efluente conver-

gindo para uma única saída e desaguando diretamente no mar ou em um grande lago. Na

mesma linha de raciocínio, Guerra et al (1997), disseram que a noção de bacia hidrográfica obri-

ga naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais,

afluentes subafluentes etc. Acrescentando, os mesmos autores disseram que nas bacias hidrográficas

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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deve existir uma hierarquização na rede, e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os

mais baixos.

Em termos de saúde pública, Gianini (1997), discutiu os reflexos decorrentes

do uso inadequado dos recursos naturais e concluiu que estes têm trazido sérias conseqüênci-

as, como a malária, doença de chagas, febre amarela e leishmaniose, em razão da derrubada

de florestas, o que acarreta um desequilíbrio ambiental. Guerra et al. (1997), Garcez e Alvarez

(1998), conceituaram bacia hidrográfica sobre os diferentes pontos de vista e disseram que

esta complexa unidade ambiental deve ser entendida como um conjunto de áreas com declivi-

dade no sentido de determinada seção transversal de um curso de água.

Pires Neto (1998), após realizar estudos concluiu que bacia hidrográfica é um

território delimitado pela natureza, pelas áreas de escoamento das águas que convergem para

a mesma drenagem, enquanto Giometti (1998), utilizando-se da abordagem sistêmica fez o

seguinte alerta: a bacia hidrográfica pode ser considerada a melhor unidade de trabalho, pois

oferece os subsídios necessários para a compreensão da organização e dinâmica dos fluxos de

matéria e energia que por ela circulam. Sendo assim, Galli (1998), estudou as bacias hidrográ-

ficas, e concluiu que estas são sistemas que fornecem um tipo de unidade adequada ao estudo

do ecossistema, possibilitando um melhor entendimento científico dos processos naturais.

Com relação as condições em que se encontram os mananciais no entorno da

bacia estudada, o diagnóstico comprovou que em nenhuma área na qual insere-se esta bacia,

foi detectado qualquer tipo de medida mitigadora direcionadas a proteger os referidos manan-

ciais. Nesse sentido, o relatório da Fundação Procon (1998), indica que as Áreas de Proteção

aos mananciais são definidas como toda a extensão territorial que se encontra ao seu redor,

normalmente a bacia hidrográfica potencialmente disponível para o abastecimento de água à

população.

O diagnóstico da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, in-

dicou que o uso e ocupação desordenados muito contribuiu para formar o atual quadro da

descaracterização da bacia estudada. Nesse sentido, Dias (1999), refletiu sobre o uso da terra

nas proximidades de mananciais, enquanto, Oliveira (1999), estudou as áreas de cabeceiras,

ambos concluíram que a expansão desordenada da pecuária possibilita a substituição da ve-

getação nativa por gramíneas, provocando grandes transformações na paisagem.

Calijuri & Oliveira (2000) e Rocha et al. (2000) são favoráveis à consideração

atribuída à bacia hidrográfica como unidade especial de estudo, planejamento e gerencia-

mento de paisagem, notadamente pelo fato de que as características dos corpos hídricos re-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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fletem as bacias hidrográficas e vice-versa, espelhando na qualidade e na quantidade da água

as atividades humanas nela existente.

Hansen e Lanna (2001), discutiram a bacia hidrográfica, como a unidade de ca-

racterização, diagnóstico, planejamento e gestão ambiental, com vistas ao desenvolvimento

regional sustentável, uma vez que os impactos ambientais podem ser mensurados e corrigidos

mais facilmente. Preocupado com o aspecto gestão em bacia, Braga (2001), estudou a varia-

bilidade dos fatores climáticos, do uso do solo e dos possíveis impactos no semi-árido parai-

bano, e concluiu que estes fatores são de grande importância já que afetam diretamente a for-

mação do escoamento nas bacias hidrográficas da região.

Em se tratando de meio ambiente, estudos dessa natureza foram desenvolvidos

por Santos e Del Pret (2002), os quais alertaram que a perda dos solos superficiais, responsá-

veis pela produção agrícola, poderá acarretar à médio prazo, o empobrecimento social e eco-

nômico de toda a bacia. Assim sendo, Souza (2002), discutiu a degradação na bacia hidrográ-

fica do rio Jaboatão, e propôs estudos integrados que objetivem a aplicação de metas que se

destinem a viabilizar a qualidade da água, sobretudo no período de verão.

Castro (2002-a) discutiu Manejo e Gestão Florestal no Brasil Colônia e discor-

dou da idéia de que muito dos problemas ambientais é fruto da herança da colonização lusita-

na, muito embora esta se caracterize por uma colonização de exploração. Na mesma linha de

raciocínio, Souza (2003), analisou o uso e ocupação do solo na várzea do rio Ouricuri/PA e

descobriu que a degradação provocada pelas sociedades humanas, atualmente, está ligada a

fatores de ocupação e uso do solo.

Bordalo (2003), discutiu a bacia hidrográfica como unidade de Planejamento e

Gestão dos Recursos Hídricos, e apontou a necessidade da construção de um instrumento ju-

rídico e educacional que possa nortear o desenvolvimento de novos programas e planos de

gestão.

Ao discutir as diversas formas de uso as quais estão submetidos os recursos hí-

dricos, Froemming (2003), apontou os seres humanos como parte do ambiente numa relação

visceral, aceitando ou não. Na mesma linha de raciocínio, Gurgel et al (2003), estudaram os

componentes formadores de bacias hidrográficas e concluíram que geralmente estas são elei-

tas como unidades de estudos, pois seus componentes (rios, lagos e lençol freático) são inter-

conectados, de forma que problemas introduzidos em um determinado local, freqüentemente

produzem efeitos em outras partes.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Nesse sentido, Santos e Canali (2005), atribuíram a bacia hidrográfica um re-

corte especial privilegiado de análise, considerando esta um sistema aberto e complexo cujo

elemento fundamental a água é de grande importância nos processos ecodinâmicos.

Com parte integrante de um complexo sistema ambiental, no qual o todo se

constitui na soma das partes, a bacia hidrográfica estudada encontra-se inserida diretamente

neste contexto, uma vez que as ações realizadas nesta bacia, abrangem diversos fatores natu-

rais e humanos diagnosticados na mesma.

1.4 – Gestão e manejo de bacia hidrográfica

A necessidade de um gerenciamento integrado dos recursos hídricos, notada-

mente em virtude de sua deterioração e o agravamento de conflitos entre os usuários das

águas, abre aqui o início das discussões sobre o futuro das águas públicas e sua forma de ge-

renciá-las adequadamente. Neste intere, ao tratar o item fisiografia em bacias hidrográficas,

César (1978-b), problematizou os aspectos morfométricos, através dos quais revelou a exis-

tência de algumas variáveis relacionadas com a análise hipsométrica da área estudada.

Complementando o seguimento discutido pelo autor supra, Gomes Orea

(1978), após discussão, complementou dizendo que o planejamento ambiental é “um processo

racional de tomada de decisões, o qual implica necessariamente uma reflexão sobre as condi-

ções sociais, econômicas e ambientais que orientam qualquer ação e decisão futura”. Gallopin

(1981), define planejamento ambiental como “uma proposta e implementação de medidas

para melhorar a qualidade de vida presente e futura dos seres humanos, através da preservação

e do melhoramento do meio ambiente, tanto em seus aspectos localizáveis como não localizá-

veis”. Na interpretação dada por Cendrero (1982), o planejamento ambiental é visto como:

“uma atividade intelectual por meio da qual se analisam os fatores físico-naturais, econômi-

cos, sociológicos e políticos de uma zona e se estabelecem as formas de uso do território e de

seus recursos na área considerada”, enquanto Horberry (1984), diz que o planejamento ambi-

ental tem como objetivo, identificar, conceber e influenciar decisões sobre a atividade econô-

mica, de forma que esta não reduza a produtividade dos sistemas naturais nem a qualidade

ambiental”.

Foi nesse sentido que Moraes e Costa (1984), nos remeteu a diversos fatores

condicionantes da gestão ambiental ao dizer que um plano de gestão deve ser um elemento

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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catalisador e ordenador das várias políticas e programas existentes para a área, ressaltando

que os recortes territoriais fornecem um bom motivo para se pensar na implementação da po-

lítica ambiental, que nada mais é que a internalização do vetor ambiental nas várias políticas

territoriais.

Nesse sentido, o CONAMA (1985), entende que os Estados e Municípios, te-

rão competência para estabelecer normas e procedimentos, com vistas a adequá-las às peculia-

ridades regionais e locais”, enquanto o IBGE (1986), divulgou o objetivo principal do zonea-

mento, dividindo e classificando o espaço, baseado em fatores ecológicos, econômicos e soci-

ais e, através do cruzamento desses fatores, identificando diferentes zonas em regiões, com

sua problemática específica, que poderão servir como propostas e diretrizes. Foi nesse senti-

do, Prochnow (1990), elegeu a gestão como uma das formas pela qual se equaciona questões

ambientais.

Assim sendo, Silva (2000-b), entendeu que o ato de zonear um território cor-

responde ao conceito de regionalização, que consiste em desagregá-lo em unidades que pos-

suem certa homogeneidade interna, relativa às especificidades e aos aspectos comuns que as

caracterizam.

De acordo com o entendimento explicitado por Ab’Saber (1987), o zonea-

mento exige uma série de entendimentos prévios e a sua aplicação ou utilização em um de-

terminado espaço geográfico, exige método, reflexão e estratégias específicas. Em nível geo-

gráfico. Na mesma contextualização, Carneiro e Coelho (1987), conceituam zoneamento

como: um instrumento de ordenação de subespaço, que emerge basicamente de um conjunto

de interações e atitudes que, contrasta com a dinâmica dos processos naturais e sociais.

Já no sentido da legislação ambiental, o artigo 225, da C. F. Assegura que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à sociedade o de-

ver de defender e preservá-lo para presentes e futuras gerações”, enquanto o (inciso XIX do

artigo 21) estabelece o marco legal para a implantação de um novo modelo de gestão dos re-

cursos hídricos, de modo integrado, descentralizado, tendo a bacia hidrográfica como unidade

administrativa e órgãos colegiados em diferentes níveis como instâncias decisórias. Constitui-

ção Federal (1988).

Diegues (1989), ao fazer referência ao gerenciamento ambiental, disse que este

deverá estabelecer o potencial de uso dos vários recursos e áreas, impacto de cada atividade

econômica sobre os mesmos, os custos e benefícios de cada alternativa de uso e as medidas

para prevenir e mitigar os impactos negativos, enquanto Na mesma linha de raciocínio, Pro-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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chnow (1990), admite que a gestão de bacia hidrográfica é a forma pela qual se pretende

equacionar e resolver questões ambientais, enquanto Diegues (1990), assegura que o gerenci-

amento ambiental é um instrumento viável e consistente para que melhor se ordene um terri-

tório.

Segundo Meyer (1991), a educação ambiental não é a solução 'mágica' para os

problemas ambientais, no entanto para Ab' Saber (1991), o conceito de Educação Ambiental,

é visto como: “processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de realidades, nada

simples. Uma ação, entre missionária e utópica, destinada a reformular comportamentos hu-

manos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados”.

Acrescentando, Demo (1991), disse que a participação da sociedade, no senti-

do de alcançar os objetivos da sustentabilidade ambiental, desempenha a função de exercer

pressão democrática para obrigar o estado a cumprir seu papel na realização dos anseios dessa

sociedade.

Estudos desenvolvidos por Assad e Sano (1993), constataram que dentre as di-

versas tipologias sistêmicas, a microbacia hidrográfica é uma unidade territorial com no má-

ximo 10.000 hectares, enquanto Monticelli e Martins (1993), discutiram as prováveis conse-

qüências atribuídas a falta de gerenciamento dos mananciais, e concluíram que: “sendo a água

e os rios os principais elementos naturais afetados pela poluição, a bacia hidrográfica passa a

ser a área geográfica de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados.

Agra Filho (1993), estudou os conceitos referentes a gestão ambiental e desenvolvimento

sustentável, e detectou a necessidade de reformulação dos processos de planejamentos vigen-

tes, com a incorporação de instrumentos que promovam a minimização dos impactos das ati-

vidades produtivas.

Nestes termos, Castro Filho (1994), discutiu o tema relacionado a microbacias

hidrográficas, e concluiu que esta é uma maneira eficiente de gerar tecnologia regionalizada,

difundir as práticas de manejo de solo e culturas, conservar os recursos naturais e contribuir

para o desenvolvimento municipal e regional. Para tanto, Christofoletti (1994), disse que os

impactos antropogênicos diretos geralmente são planejados, e os seus efeitos são percebidos

logo após as modificações no ambiente serem promovidas.

Assim sendo, Carrillo e Charvet (1994), enfatizaram que a participação social,

para ser legítima, implica o acesso real à tomada de decisão, para que as pessoas assumam o

papel de atores sociais ao invés de sujeitos passivos no processo. Paralelo a essa situação, o

relatório proferido pela Semace (1994), indica que a legislação ambiental é um poderoso ins-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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trumento que se colocado à disposição da sociedade, assegura a todo o cidadão brasileiro o di-

reito de viver em condições dignas em ambiente saudável e ecologicamente equilibrado.

Já na versão de Pereira e Molinari (1995), a microbacia hidrográfica é a unida-

de espacial de planejamento mais apropriada por permitir controle mais objetivo dos recursos

humanos e financeiros, favorecendo a integração de práticas de uso e manejo do solo, da água

e a organização comunitária. Para Valério Filho (1995), discutiu e conceituou o gerencia-

mento em bacias hidrográficas como: um conjunto de procedimentos resultante do trabalho

integrado, multi e interdisciplinar, que deve ser conduzido para identificar e indicar opções de

solução aos problemas que alteram os sistemas ambientais, que na maior parte dos casos con-

duzem à deterioração de seus recursos naturais e dos sistemas produtivos.

Pereira e Molinari (1995), analisaram as micro-bacias, levando em considera-

ção os aspectos produtivos e concluíram que: o trabalho realizado nestes ambientes, cria con-

dições que tornam compatíveis com as atividades produtivas e a preservação ambiental, per-

mitindo um desenvolvimento sustentável. Foi nesse sentido que Sanches e Cardoso da Silva

(1995), disseram que o ato de zonear um território corresponde a um conceito geográfico de

regionalização que significa desagregar o espaço em zonas ou áreas que delimitam algum tipo

de especificidade ou alguns aspectos comuns, ou áreas com certa homogeneidade interna.

Segundo Lanna (1995), para que o gerenciamento de bacia hidrográfica se tor-

ne um instrumento de aplicação dinâmica, as teorias e metodologias de gestão ambiental de-

vem se basear em um conceito superior, integrador do sistema como um todo, em que a análi-

se detalhada de cada parte faça sentido. Na versão metodológica proposta por, Lanna (1995)

as teorias e metodologias de gestão ambiental deve se basear em um conceito superior, inte-

grador do sistema como um todo, para que a análise detalhada de cada parte, faça sentido.

Nesse sentido, Faustino (1996), discutiu o uso e ocupação no entorno das baci-

as hidrográficas, e concluiu que o manejo destas é uma ciência ou arte que trata da gestão para

se conseguir o uso apropriado dos recursos naturais em função da intervenção humana e de

suas necessidades, proporcionando ao mesmo tempo a sustentabilidade, a qualidade de vida, o

desenvolvimento e o equilíbrio do meio ambiente. Já no entendimento de Bressan (1996), os

programas de manejo integrado de Bacias Hidrográficas fundamentam-se no tratamento da

totalidade do espaço contido numa área geográfica drenada por um sistema de cursos d’água.

Assim sendo, o planejamento e a gestão neste caso é a bacia hidrográfica ou suas subdivisões

que integram simultaneamente. Para tanto, Custódio (1996), estendeu a administração muni-

cipal, a tarefa de legislar suplementarmente sobre matérias relacionadas aos recursos ambien-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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tais e culturais de qualquer natureza, diante de atividades ou condutas comprometedoras da

qualidade ambiental local.

Na versão de Pires (1996), muito embora a análise de impactos ambientais já fosse

aplicada em alguns países com diferentes graus de exigência e abrangência, os eventos anteriores in-

troduziram uma nova dimensão no tratamento da questão, tornando esta análise parte integrante e efe-

tiva das políticas ambientais das nações, incorporando não só a análise dos aspectos físicos e biológi-

cos, mas também dos impactos sociais. Nesse sentido, a Agenda-21 conceitua: “... impacto ambi-

ental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambi-

ente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas

[...] e que afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e

econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos

recursos ambientais”.

Assim sendo, McNeely (1997), após discussão, concluiu que o desafio é pla-

nejar manejos que sejam efetivos tanto para conservação biológica quanto para alcançar as

necessidades humanas básicas, enquanto Maia Neto (1997), defende que: “as questões ambi-

entais e o desenvolvimento sustentável serão objeto de prioridade mundial no século XXI por

imposição da sociedade, que dia-a-dia pressiona governos em busca da melhor qualidade de

vida”.

Thery (1997), discutiu o relacionado a gerenciamento em bacias hidrográficas,

no qual apontou inúmeras vantagens, como: integração dos processos naturais, sociais e polí-

ticos, por ser este um método geográfico por excelência.

De acordo com Santos (1998), a gestão de bacia hidrográfica é a forma pela

qual se pretende equacionar e resolver questões ambientais nela existentes, mediante proce-

dimentos integrados de planejamento e de administração. Marsíglia Neto (1998), apontou a

sociedade como a única força capaz de tocar os sentidos da classe política. No caso da bacia

em discussão, salienta-se que a referida tese poderá ser direcionada à bacia estudada, uma vez

que grande parte da população que reside no entorno da bacia é sedenta de conhecimentos re-

lacionados a preservação ambiental.

Como justificativa para tal ocorrência, Leis (1998), realizou estudos relaciona-

dos a degradação, no qual apontou as atividades de lazer, como geradoras de impactos e que

poderão ser interpretadas, em geral, sob três categorias: vegetação e solos, recursos hídricos e

vida selvagem. Segundo Silva (1998), o Brasil enfrenta o dilema de ter que se desenvolver e,

simultaneamente, preservar o meio ambiente. Somente a partir da Lei nº 9.433/97, que insti-

tuiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, surgiu uma oportunidade no país para conhecer

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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e melhor gerir tais recursos em seus usos atuais e futuros, evitando-se uma possível escassez

ou degradação generalizada dos mananciais.

Situação semelhante foi discutida por Soares (1998), que zoneou o município

de Beberibe, cuja conclusão evidenciou que este visa fornecer subsídios técnicos para orientar

a tomada de decisões na implantação de opções com vistas ao desenvolvimento, compatíveis

com a sustentabilidade e vulnerabilidade dos sistemas ambientais, incluindo as bacias hidro-

gráficas. Partindo desse ponto de vista, Mayer (1998), entende que o meio ambiente não deve

ser compreendido apenas como o natural, distante e preservado, mas, sim, como algo próximo

e cotidiano cujas iniciativas possam fazer muita diferença. Nesse sentido, Vicente da Silva

(1998) apresentou propostas alternativas que visam estabelecer um manejo adequado do solo.

Segundo Pedrini (1998), a educação é um processo que possibilita às pessoas

desenvolver as capacidades física, intelectual e moral, para uma melhor integração como in-

divíduos e na sociedade, seguida pela Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe so-

bre as sanções penais e administrativas derivadas de conduta e atividades lesivas ao meio am-

biente. Na mesma linha de raciocínio, Mendonça (1998), ressaltou que, o gerenciamento ou

gestão de um recurso ambiental natural, econômico ou sociocultural, consiste na articulação

do conjunto de ações dos diferentes agentes sociais, econômicos ou socioculturais interativos,

objetivando compatibilizar o uso, o controle e a proteção deste recurso ambiental, discipli-

nando as respectivas ações antrópicas, de acordo com a política estabelecida para o mesmo,

de modo a se atingir o desenvolvimento sustentável.

Na versão de Mayer (1998), a educação ambiental, engloba o todo: conheci-

mentos, emoções, valores e comportamento, admitindo relações circulares nas quais umas re-

forçam as outras.

Pinhatti (1998), discutiu o tema vinculado a zoneamento ambiental e constatou

a necessidade de empregar uma gestão integrada, sem a dissociação dos aspectos quantidade e

qualidade além de considerar o uso e a ocupação do solo. Nestes termos, Milaré (1999), ex-

plicitou que os municípios têm em suas mãos um instrumento ideal para a gestão ambiental,

em âmbito local, que é a disciplina do uso do solo, abrangendo todas as atividades exercidas

no espaço urbano, incluindo itens de preservação ambiental.

A partir daí, Fadini (1999), problematizou a legislação ambiental e os conflitos

relacionados com uso dos recursos naturais na bacia do rio Jundiaí/SP, e concluiu que a partir

daí, tal legislação seria o instrumento mais adequado para se obter um melhor entendimento

das ações e políticas ambientais implantadas. Nesse contexto, Castro et al. (1999), disseram

que o poder público passa a ser o principal gestor do meio ambiente, no qual a sociedade se

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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apresenta como alvo das ações de defesa, cuja participação no processo é fundamental. Santos

(1999), analisou a influência da expansão urbana na paisagem da sub-bacia do rio Pitimbu,

localizado entre Natal e Parnamirim/RN, e concluiu que a poluição dessa bacia hidrográfica

emergiu com a (des)interação entre sociedade e natureza, implicando nisto, a compreensão

das relações sociais que são estabelecidas de acordo com o modelo de desenvolvimento desta.

Martins (1999), mapeou as feições fitofisionômicas e o uso antrópico, no mu-

nicípio de Lagoa da Confusão/TO, e concluiu que as estratégias de ações e manejo devem

contemplar um trabalho integrado entre as instituições de ensino, pesquisa e a comunidade,

sendo a educação ambiental instrumento indispensável à conservação e à melhoria da quali-

dade ambiental dos sistemas fragmentados.

Charmelo (2000), pesquisou os aspectos pedogeomorfológicos da bacia do rio

São Mateus e disse que de todos os componentes do meio físico, os solos revelaram a maior

capacidade de predição dos mecanismos adaptativos nos diferentes geoambientes. À exemplo

do que acontece na bacia estudada, Bernal (2000), analisou a disponibilidade de água na bacia

do rio São Miguel/MG, e concluiu que a problemática desta bacia é um reflexo do que acon-

tece em um nível de maior abrangência espacial, com condições físicas, econômicas, sociais e

culturais que atuam e que fazem desta uma situação muito complexa. Discussão da mesma

ordem foi efetivada por Santos (2000-b) que analisou a disponibilidade hídrica das sub-bacias

das lagoas do morro do Forno e do Jacaré, e concluiu que o desperdício e a ocupação inade-

quada de bacias hidrográficas encontram-se entre os fatores que corroboram de forma decisi-

va para o agravamento de conflitos.

Lanna (2000), estudou e concluiu que em pequenas bacias existem uma depen-

dência entre as águas dos riachos e as características dos ecossistemas terrestres, como a pe-

dologia, a geomorfologia, a climatologia, os tributários, a vegetação e as atividades desenvol-

vidas, que influenciam na composição física, química e biológica de um rio.

Para Melo (2000), os municípios costeiros devem elaborar ou adaptar-se a le-

gislação de uso e ocupação do solo, considerando a perspectiva de alterações dos cenários

projetados em relação ao aumento no nível médio relativo do mar. Nesse aspecto, Fernandes

(2000), entendeu que gerenciamento aplicado em bacias hidrográficas, é visto como uma pro-

posta que visa o uso dos recursos naturais para fins múltiplos conjuntamente com a ocupação

ordenada dos ecossistemas, respeitando-se sua capacidade de suporte e suas aptidões, atentan-

do para a prevenção, correção e mitigação de prováveis impactos ambientais.

A discussão relacionada a manejo em microbacias realizada por Silva e Pruski

(2000-c), evidenciou que este é visto como um conjunto de atividades que tratam da conser-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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vação da água, do solo e de outros recursos ambientais especiais à sustentabilidade da ativida-

de econômica, à equidade social e ao controle da degradação ambiental local e à jusante das

microbacias.

Schvartzman (2000), discutiu o tema gestão em uma bacia hidrográfica em

Minas Gerais e propôs ao órgão gestor a adoção do critério adicional de avaliação de riscos de

não atendimento às demandas de água, a implantação da outorga de lançamento de efluentes e

o desenvolvimento de estudos, em conjunto com os Comitês de Bacia. A discussão efetivada

por Braga (2000), evidencia que a Lei nº 9.433/97, que institui a Política Nacional dos Recur-

sos Hídricos (PNRH), impõe a necessidade de uma gestão adequada dos recursos hídricos,

passando a ser de responsabilidade de cada Estado da Federação elaborar suas próprias políti-

cas e legislações, respeitando suas características regionais.

Segundo Orlando (2001), discutiu e disse que a essência do comitê de Geren-

ciamento da Lagoa da Conceição, no Brasil, a gestão dos recursos hídricos, reorganiza-se a

partir da Lei Federal, nº 9.433, de 1997, cuja direção objetiva a descentralização, tendo na ba-

cia hidrográfica, a unidade de planejamento.

Para Magrini e Santos (2001), com a promulgação da lei das águas, foram in-

troduzidas mudanças radicais na concepção da gestão ambiental e nos instrumentos tradicio-

nalmente aplicados por esta lei, principalmente no rompimento do conceito de gestão vigente,

calcado na divisão político-administrativa e na utilização de instrumentos de comando-

controle.

Para Milaré (2001), a Constituição Federal/88, ao tratar o item gerenciamento,

explicita no artigo 20, II, que são de propriedade da União os lagos, rios e quaisquer correntes

de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites

com outros países, ou se estendam a territórios estrangeiros ou dele provenham.

Em se tratando de uso e ocupação do solo no entorno de bacias hidrográficas,

Rocha (2001-b), realizou pesquisa na alta e média bacia do rio Pacuí, e disse que na atualida-

de, as bacias hidrográficas têm sido consideradas unidades físicas naturais para a implementa-

ção de programas que visam o aumento da produção agrícola na perspectiva da sustentabili-

dade. Na mesma linha metodológica citada acima, Silva (2001-c) discutiu a Gestão Integrada

de Bacia Hidrográfica e Zona Costeira, na qual apontou a Educação Ambiental como estraté-

gia essencial à todos os processos, principalmente nos de tomada de decisão da administração,

gerenciamento, planejamento e manejo do ambiente e dos recursos ambientais.

Ainda do ponto de vista da legislação, Machado (2001), analisou sistematica-

mente o manejo integrado das microbacias Águas das Flores e Barbado, concluindo que o re-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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sultado da ação conjunta dos técnicos e dos agricultores, efetivou-se na melhoria das condi-

ções ambientais para o desenvolvimento da atividade agrícola.

De acordo com Menezes (2002), as pesquisas científicas e experiências de

gestão com bacias hidrográficas datam do início da década de 1980. No entanto, para Masca-

renhas (2002), tornou-se evidente que a gestão ambiental deve ser entendida, sobretudo, como

mediação dos interesses divergentes e conflitos entre usuários dos recursos naturais. De acor-

do com Fernandes (2002), o resgate da tecnologia camponesa na bacia do rio Pardinho, evi-

denciou a hipótese de que o ambiente familiar é decisivo uma vez que a relação entre o ho-

mem e o ambiente é a condição necessária para o manejo racional dos recursos naturais.

Cezne (2002), problematizou o tema “domínio público sobre as águas no Bra-

sil”, e concluiu que este tende a enfrentar resistências políticas, resultantes da cultura indivi-

dualista e patrimonialista vigentes no Brasil, enquanto Dantas (2002), assegurou que a Lei nº

9.433/97, inaugurou uma avançada disciplina protetora, criando a Política Nacional e instru-

indo o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos. Sendo assim, a Lei nº

9.433/97, adota a bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento e intervenção,

conforme preconiza requer o desenvolvimento de modelos de planejamento e gestão ambien-

tal específicos.

A partir desse das referidas citações, Leal (2002), analisou a evolução Paleo-

geográfica da Lagoa Olho D'água, sobre a qual concluiu que esta lagoa encontra-se em pro-

cesso de eutrofização acelerada, resultante da ocupação inadequada. Por esse motivo, Cardoso

(2002), discutiu o uso da água para irrigação na bacia do lago Descoberto, e apontou a neces-

sidade de se proceder ao uso eficiente da água, propondo, inclusive, a cobrança pelo uso da

água bruta.

Sendo a bacia pesquisada palco de intensos conflitos, Rocha (2002), desenvol-

veu trabalho relacionado a degradação ambiental, no qual indicou a atividade turística sob a

ótica do desenvolvimento sustentável, apontando a necessidade de empregar novas formas de

planejamento que sejam capazes de conduzir a novos modelos de desenvolvimento.

Semelhante discussão foi empreendida por Pires et al (2002), na qual disseram

que o gerenciamento das bacias hidrográficas convergiu para o aspecto exclusivo das águas,

cujo histórico justifica esse enfoque, já que o tal gerenciamento se preocupou em solucionar

problemas em bacias. Acrescentando, Almeida (2002-a), analisou o baixo curso da bacia hi-

drográfica do rio Pacoti, onde constatou que os problemas detectados estão associados à capa-

cidade de suporte do meio natural, ao uso e ocupação irracional, às técnicas inadequadas de

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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manejo, à estrutura econômica gerada através do turismo, além das condições sociais e eco-

nômicas das comunidades que povoam o tal território.

Assim sendo, Sousa (2002), ressaltou a necessidade de uma adequada reestru-

turação das atividades econômicas, devendo estas privilegiar os que usam a água mais efi-

cazmente, além resolver o problema de escassez em regiões áridas e semi-áridas, onde a água

é considerada um fator limitante ao desenvolvimento econômico.

Na versão de Matzenauer (2003), o planejamento de recursos hídricos deve ter

um enfoque sistêmico, de uso múltiplo das águas e descentralização das decisões, adotando a

bacia hidrográfica como unidade de gestão. Segundo Baird (2003), as funções atribuídas aos

Comitês de Bacias Hidrográficas, evidenciam que a gestão deve estar consubstanciada em

normas jurídicas, planos e programas que revelem o conjunto de intenções, decisões, reco-

mendações e determinações de governo.

À exemplo do que foi discutido, Corrêa e Frattolillo (2003), estudaram as alte-

rações provenientes dos impactos na micro-bacia do Angelim/ES, e propuseram medidas mi-

tigadoras que poderão subsidiar o plano de manejo, bem como estabelecer estratégias de mo-

nitoramento de áreas degradadas. Pereira (2003), discutiu as influências dos aspectos naturais,

antrópicos e a qualidade das águas das lagoas costeiras, e disse que estes são ambientes rasos

altamente produtivos e submetidos a influências continentais e marinhas.

Semelhante discussão foi realizada por Cotta (2003), que disse que os proble-

mas sócio-ambientais existentes na bacia do rio Ipitanga evidenciaram o crescimento urbano

desordenado com invasões e demais construções, dizimando a fauna e flora do rio Ipitanga,

reduzindo o volume d’água, provocando um rápido assoreamento e destruição de matas cilia-

res, além de acarretar numa deterioração da qualidade de vida e ambiental da respectiva bacia.

Partindo da necessidade de implantação de um planejamento adequado e dire-

cionado à bacia em estudo, Levighin e Camargo (2003), disseram que a aplicação técnica dos

perfis ambientais em determinada área oferece uma representação temática, sintetizada e inte-

grada entre os fatores físicos e os sociais, de tal forma que resulta num diagnóstico e prognós-

tico da localidade pesquisada.

De acordo com o documentário, Bacias Hidrográficas (2003), o comitê de ba-

cia passa a ser considerado a instituição mais adequada para gerenciar seus recursos hídricos

e, de forma mais ampla, compatibilizar a utilização dos recursos naturais e o desenvolvimento

dessas áreas. A partir desse pressuposto, Machado (2003), concluiu que o termo gestão passou

a ser utilizado com objetivo confrontante; como o desenvolvimento econômico, organização

territorial, conservação e manutenção da qualidade ambiental.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Francisco (2003), após realizar estudos, sugeriu que qualquer medida a ser

adotada, seja compartilhada com os usuários e com os comitês de bacias hidrográficas, legiti-

mando-se, deste modo, como agência de água. Por essa razão, Soares e Orth (2003), concor-

daram em empregar o sistema de gestão de águas em bacias hidrográficas, por este permitir a

melhoria da qualidade e aumento da quantidade das águas, além do intercâmbio de dados en-

tre os diversos comitês de bacia.

Nesse sentido, Bentes-Gama (2003), conceituou manejo de bacias como: “uma

ciência ou uma arte que trata da gestão, para se conseguir o uso apropriado dos recursos natu-

rais em função da intervenção humana e suas necessidades, proporcionando ao mesmo tempo

a sustentabilidade, a qualidade de vida, o desenvolvimento e o equilíbrio do meio ambiente”.

Para Cardoso (2003-a), a descentralização proposta na Lei das Águas, consiste

em um instrumento que evita o monopólio do gerenciamento dos recursos, mas ao mesmo

tempo abre margem para maior representatividade de interesses grupais, ou seja, com a cria-

ção de instâncias colegiadas proporcionando a representatividade das três partes da sociedade:

poder público, usuários dos recursos e sociedade civil. Nesse caso, a situação pela qual passa

a bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, não é diferente, uma vez que fo-

ram constatados processos de usos semelhantes na mesma.

Segundo Baird (2003), as funções atribuídas aos Comitês de Bacias Hidrográ-

ficas, evidenciam que toda política voltada para a gestão dos Recursos Hídricos deve estar

consubstanciada em normas jurídicas, planos e programas que revelem o conjunto de inten-

ções, decisões, recomendações e determinações de governo.

Mauro (2003), discutiu a interação regional de bacias, onde reconheceu que os

municípios não estão isolados, mas obrigatoriamente se intercomunicam. Nesse mesmo senti-

do Silva et al (2003), diagnosticaram as bacias hidrográficas, como importante unidade espe-

cial utilizada para gerenciar atividades de uso e de conservação dos recursos naturais, princi-

palmente em situações de conflitos ambientais. Albuquerque e Guerra (2003), disseram que a

metodologia geográfica se aplicada ao Gerenciamento de Bacias Hidrográficas, serve como

instrumento que orienta o poder público e a sociedade.

Fritzsons; Carrilho e Mantovani (2003), analisaram os aspectos paisagísticos

florestais em bacias hidrográficas, e concluíram que as florestas ciliares são formações vege-

tais essenciais para a proteção dos rios, lagos e nascentes, enquanto Ferreti (2003), analisou e

identificou sete parâmetros que poderão estabelecer o risco de degradação em uma bacia.

Kravutschke (2003), realizou discussão sobre o tema a Tutela Jurisdicional

Coletiva da Água, e descobriu a existência no campo do direito processual coletivo, de Ação

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Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Segurança Coletivo e Mandado de Injunção em que

as associações poderão postular. Castelo (2003), discutiu caso semelhante e propôs o emprego

do gerenciamento como instrumento regulador através da administração participativa uma vez

que este modelo de gerenciamento tem se mostrado eficaz no processo de racionalização da

demanda do uso da água.

Na discussão em que abordou o tema Gestão Ambiental, Júnior (2003), con-

cluiu que a democratização do conhecimento nos CBHs, a real aplicação dos instrumentos da

cobrança e da outorga, a definição de objetivos e a disponibilidade de dados, são destacados

como fortes condicionantes da utilização de indicadores pelos CBHs no Brasil. Nessa mesma

linha de raciocínio, Dantas (2003), acrescentou que a cobrança atribuída ao uso da água é

vista como um dos meios de correção das distorções de mercado, que impõe aos usuários con-

siderar os efeitos das respectivas decisões de consumo e produção sobre os demais agentes do

sistema.

Assim sendo, Leal Filha (2005), apontou a necessidade de se estabelecer um

compromisso para melhor aproveitamento dos recursos hídricos, ressaltando que nos últimos

anos esse compromisso vem se concretizando pela estruturação e aplicação de planos de ges-

tão de bacias hidrográficas, que devem dar suporte a sustentabilidade das mesmas. Fato se-

melhante foi estudado sobre o ponto de vista sócio-ambiental por Machado (2005), que com-

provou que a maior parte da bacia hidrográfica do Vaza-Barris, se encontra num estágio in-

termediário e vulnerável tendo como causas a má utilização do solo.

Semelhante caso foi discutido por Silva e Laranja (2005), os quais disseram

que o uso destes tem possibilitado um aumento no número de atividades que demandam o uso

da água. Assim sendo, o espaço estudado na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea

adjacente, é propício ao emprego da agricultura familiar, haja vista grande parte da população

que habita o entorno da referida bacia, praticar a agricultura em sítios, fato que comprova a da

partilha de terra entre os herdeiros e conseqüentemente a venda desta para os grande proprie-

tários.

Nestes termos, sabe-se que a humanidade de hoje tem habilidade de desenvol-

ver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente

sem comprometer as habilidades das futuras gerações. Sendo assim, acredita-se que isso tudo

seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em Desenvolvimento Sustentável,

que pode ser definido como: "Equilíbrio entre tecnologia e ambiente, revelando-se os diver-

sos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da eqüidade e jus-

tiça social". Agenda-21. (2001).

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1.5 – Uso e ocupação do solo

Sendo o uso e ocupação do solo um dos problemas que afeta diretamente a

área na qual se encontra a bacia estudada, deduz-se que o tão esperado desenvolvimento sus-

tentável estar muito longe de ser alcançado, uma vez que as ações antrópicas ali realizada evi-

denciam a ausência de consciência ambiental por parte das pessoas que habitam ou trabalham

no local.

Neste contexto, Marques et al. (1951), estudaram a perda de solo por erosão no

Estado de São Paulo, e disseram que as práticas de caráter vegetativo, principalmente a co-

bertura com palha, mato selecionado e ceifa do mato, nesta ordem, propiciaram melhor con-

trole da erosão quando comparadas com práticas de caráter mecânico.

De acordo com a pesquisa realizada no entorno da bacia, objeto desse estudo, o

diagnóstico obtido evidenciou que parte da bacia em questão, onde predominam os Tabuleiros

Costeiros, apresenta-se livre das inundações, no entanto a fragilidade é considerada média.

Estudos desenvolvidos por Andrade (1967), revelaram que os respectivos solos da área estu-

dada são sub-aproveitados.

Corrêa et al. (1968), discutiram a programação do uso das terras, de acordo

com sua capacidade, e disseram que os atuais resultados são frutos de pesquisas e experimen-

tações, com o objetivo de substituir, gradativamente, as práticas de queimadas da vegetação,

do plantio indiscriminado encosta abaixo e a falta de proteção das mesmas.

No caso dos solos ainda não desgastados, Jorge (1969), disse que a caracterís-

tica física mais influenciada pela presença de matéria orgânica é a capacidade de retenção de

água. Segundo o autor, torna-se necessário o uso de técnicas adequadas que assegurem a sus-

tentabilidade do solo sem degradação para o meio ambiente.

Nesses termos, Galeti (1972), considerou a erosão como um dos maiores pro-

blemas para agricultura em qualquer parte do mundo. Acrescentando, o mesmo autor apontou

diversas formas de controlá-la e, principalmente, evitá-la. Com relação ao emprego de técni-

cas modernas, é bom lembrar que na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adja-

cente, em nenhuma das áreas fragilizadas ambientalmente, foi encontrado qualquer tipo de

plano de monitoramento que estabeleça a preservação do solo, uma vez que esta bacia tem

apresentado degradação que varia de media a alta vulnerabilidade.

Nesses termos, Muniz (1972), realizou trabalho no qual relacionou a diversi-

dade de solos, além de classificá-los como corpos naturais organizados, cuja gênese está rela-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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cionada a uma complexa interação de fatores (rocha matriz, clima, seres vivos, topografia e

tempo), são constituídos fisicamente pelas fazes: sólida, líquida e gasosa.

Nesses termos deduz-se que a diversidade das formas de uso e ocupação do

solo na respectiva bacia, comprova a necessidade de discutir novas abordagens metodológicas

objetivando um novo ordenamento do espaço da bacia. Nestes termos, César (1978-a), discu-

tiu o processo através dos qual se dar a formação e conservação dos solos, e constatou que

esse recurso natural tem sido considerado de fundamental importância, bem como fator de fa-

cilitação da vida humana.

Schuman e Powel (1981), realizaram pesquisas relacionadas ao item uso do

solo e disseram que tal procedimento, quando realizado de forma correta, influi nas caracte-

rísticas físicas, químicas e biológicas dos substratos, possibilitando o aumento do poder de

retenção de umidade. Assim sendo, Gallopin (1982), discutiu e concluiu que a qualidade glo-

bal do ambiente é o resultado de processos dinâmicos e interativos entre os diversos compo-

nentes dos sistemas ecológicos e humanos.

De acordo com Resende e Rezende (1983), o solo, em relação ao clima, à ge-

ologia e a outros fatores do ambiente, é considerado como o melhor estratificador ambiental.

Já no entendimento de Brown & Wolf (1984), a reposição do solo deve ser feita através de

fertilizantes, cujo objetivo é a compensação das perdas de nutrientes.

No caso da bacia hidrográfica do rio Punaú área litorânea adjacente, situação é

considerada semelhante, uma vez que a legislação de uso e ocupação do solo é uma "caixa

preta", que poucos conhecem profundamente e que, em algum caso, é usada para atender inte-

resses particulares. De acordo com Wolman (1985), a perda de solo, provocada pela erosão,

reduz a produtividade da terra, principalmente, devido a perda de nutrientes e a degradação de

sua estrutura física.

Estudos realizados pelo Projeto Radambrasil (1986), revelaram em diferentes

escalas, uma série de informações geológicas, pedológicas, de vegetação, de uso do solo, etc.,

que, se bem interpretadas, subsidiam a compreensão da biodiversidade. Assim sendo, os refe-

ridos estudos, se empregados adequadamente na área da bacia em referência, possibilitarão

uma gestão coerente, além de um monitoramento intensivo nas áreas situadas no entorno da

bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente.

Primavesi (1987), problematizou o tema uso inadequado do solo, no qual ad-

vertiu que o aumento da cobertura do solo leva a uma proteção maior contra a desagregação

das partículas, reduzindo o processo erosivo e contribuindo para aumentar a infiltração da

água no solo. O mesmo autor, pesquisou a diversidade de práticas agrícolas, constatando que

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a prática intensiva de apenas um tipo de cultura, especialmente anuais, por sucessivos anos

levam o solo a um esgotamento nutricional, por um lado, e à intoxicação, por outro, uma vez

que determinada cultura tende a absorver mais intensivamente alguns nutrientes do que ou-

tros.

Assim sendo, Odum (1988), assegura que, para uma área recentemente des-

matada, o aporte de nitrogênio para os corpos d’água é cerca de 15 vezes maior do que quan-

do era floresta, justamente pela maior quantidade de água que flui e que, na verdade, deveria

ficar contida no solo se houvesse algum tipo de cobertura sobre a superfície.

O diagnóstico dos impactos ambientais decorrentes de processos naturais e/ou

antropogênicas que ocorrem no entorno da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea

adjacente, comprova que o uso inadequado do solo se dar em parte pela abertura de estradas,

plantio de bananeiras e escavações de valas. Para as áreas onde ocorre acúmulo de sedimentos

decorrente de processo erosivo em estágio avançado. Para caso dessa natureza, César Neto

(1988), propõe como forma de manutenção, a dragagem do material depositado.

Na mesma linha de raciocínio, Ferraz de Mello et al. (1989), contribuíram para

o enriquecimento deste trabalho, a partir da discussão em que apontaram conseqüências dos

processos erosivos nas perdas de nutrientes do solo. A pesquisa desenvolvida por Fonseca

(1989), retratou o uso indevido dos recursos naturais, evidenciando a mineração como um dos

principais fatores antrópicos de degradação ambiental, uma vez que causa grandes modifica-

ções físicas e bióticas no meio ambiente.

Assim sendo, Noble (1989) e Roy (1990), alertaram para as investigações que

vem se desenvolvendo no sentido de diagnosticar as características para que uma espécie se

torne invasora, bem como o ecossistema mais suscetível a invasões biológicas, caso este,

comparado com o que ocorre na lagoa do Punaú.

De acordo com Bertoni e Lombardi Neto (1990), a degradação dos recursos

naturais, principalmente do solo e da água, vem crescendo de forma alarmante, atingindo hoje

níveis críticos que se refletem na deterioração do meio ambiente, no assoreamento e na polui-

ção dos cursos e dos espelhos d’água, na destruição de estradas, pontes e bueiros, na geração

de energia, na disponibilidade de água para irrigação e abastecimento, na redução da produti-

vidade agrícola, na diminuição da renda líquida e, conseqüentemente, no empobrecimento da

sociedade local, com reflexos danosos para a economia.

A discussão na qual Alves (1991), problematizou a perda de solos, estabelece

que com a persistência e o manejo de resíduos culturais de milho e soja, as perdas são peque-

nas, comparativamente ao solo descoberto e periodicamente preparado.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Na interpretação de Silva (1993), os efeitos negativos exibem maior intensida-

de na mineração a céu aberto, onde a paisagem é fortemente modificada, o solo é erodido e li-

xiviado e as águas são poluídas.

Carvalho (1994), realizou pesquisa sobre a formação de solos em bacias hidro-

gráficas e concluiu que na parte baixa há muita formação de colúvios, isto é, a maior parte dos

sedimentos erodidos se distribui pelos terrenos. Complementando, o autor disse que a degra-

dação dos solos predomina na alta bacia, enquanto a gradação ocupa a parte baixa. Andrade

(1994), realizou trabalho relacionado a destruição de florestas, e disse que a substituição des-

tas por determinadas culturas, provoca impacto dos agentes meteorológicos sobre os solos, fa-

zendo com que o escoamento das águas pluviais, se realize com maior rapidez.

No discurso realizado por Milaré (1994), Avaliação de Impacto Ambiental –

AIA, apresenta por objetivo evitar que um projeto, programa, atividade ou obra, justificável

sob prismas econômicos ou sociais, venha a ser negativo para o meio ambiente.

Bertoni e Lombardi Neto, (1995), discutiram o tema erosão e concluíram que:

perdas de nutrientes e matéria orgânica, alterações na textura, estrutura e quedas nas taxas de

infiltração e retenção de água são alguns dos efeitos da erosão sobre as características do solo.

Nestes termos, Medeiros (1995), afirmou que a avaliação de impacto ambiental

(AIA) deve ser concebida antes de tudo como um instrumento preventivo de política pública e

só se torna eficiente quando se constitui num elemento de auxílio à decisão.

Os resultados dos impactos gerados pela ocupação antrópica sobre o meio físi-

co, no entendimento de Tauk-Tornisielo et al. (1995), são aqui representados pelos processos

de erosão acelerada dos solos, perda da reserva de seus nutrientes, contaminação físico-

química dos recursos hídricos e possíveis modificações estruturais dos sistemas hidrográficos.

Ogata (1995), pesquisou e descobriu que o recurso solo quando mal gerenciado, poderá favo-

recer ao surgimento de conflitos, dependendo da dinâmica, do ritmo e da velocidade em que

as atividades ocorrem no local.

De acordo com Cronk e Fuller (1995), Pysek et al. (1995), Williamson (1996),

as invasões biológicas constituem um fenômeno ainda pouco estudado, apesar de ser reconhe-

cido como uma das maiores ameaças à biodiversidade do planeta. Segundo Campos et al.

(1995), ao ser adicionado grande quantidade do material orgânico no solo, a atividade micro-

biana é intensificada, resultando em produtos que proporcionam a formação e estabilização de

agregados.

Mello (1996), pesquisou a origem dos impactos no rio Macaé/RJ, e sugeriu

ações mitigadoras para regiões sujeitas à movimentos rápidos de massa, proveniente de aber-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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tura de estradas, plantio de bananeiras e áreas de canais retificados. Na concepção de Rocha

(1997), uma área florestada visa recuperar o meio físico no que concerne à erosão, às en-

chentes e às secas, induz a infiltração de água no solo, alimentando o lençol freático e redu-

zindo significativamente o assoreamento de rios, lagos, açudes e barragens.

Silva (1997), disse que o fato de colocar cobertura vegetal morta sobre o solo

significa permitir também “entrada” de matéria orgânica nesse sistema, pois, com a decompo-

sição dos restos vegetais, os elementos minerais que estavam contidos em seus tecidos fica-

ram à disposição para a retenção das raízes das plantas vivas. Albuquerque (1997), investigou

perda de solo na região de Sumé/PB, e concluiu que as parcelas desmatadas foram as que

mais contribuíram para o aumento das perdas de terra e água, enquanto as parcelas com ve-

getação e cobertura morta foram as mais efetivas no controle das respectivas perdas.

Quanto à proveniência, Silva e Mielniczuk (1997), disseram que de modo ge-

ral, a matéria orgânica que dar origem ao solo, em sua maior parte, provém da decomposição

vegetal através de seus resíduos, uma vez que o manejo adequado visa exercer ação protetora

contra a desagregação. É nessa linha de pensamento que Anjos Filho (1998), discutiu tema

semelhante e ressaltou que a erosão provocada pela água no leito e nas margens das estradas é

um dos principais fatores para sua degradação, sendo responsável por mais da metade das

perdas de solo no Estado de São Paulo.

De acordo com estudos realizados por Ab’Saber (1998), “...A produção de um

espaço humanizado não é feita no ar. Muito ao contrário, campos cultivados, cidades e metró-

poles, estabelecimentos industriais, rodovias e caminhos são implantados sobre um suporte

territorial, ou seja, sobre um suporte físico e ecológico que possui uma compartimentação to-

pográfica, projetando-se por um chão dotado de rochas alteradas, formações superficiais e um

mosaico de solos”. De acordo com Castro (1998), a expansão de áreas de pastagens e agri-

culturáveis em detrimento do espaço florestado, inevitavelmente afetará o ciclo hídrico com

mudanças na temperatura e na umidade.

Levando em consideração que os mecanismos dos processos erosivos básicos

variam no tempo e no espaço, salienta-se que, na região da bacia hidrográfica do rio Punaú e

área litorânea adjacente a situação não é diferente, uma vez o diagnóstico apontou processos

erosivos semelhantes. Nesse aspecto, Guerra at al. (1998), disseram que os processos erosivos

básicos são de importância fundamental, uma vez que permitem compreender como a erosão

ocorre e quais as suas conseqüências.

Inbar, Tamir e Wittenberg, (1998), pesquisaram áreas que sofreram queimadas

em Israel, e verificaram que, após a ocorrência de queimadas, há forte aumento da taxa de es-

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coamento superficial e também da taxa de carreamento de sedimentos. Duran (1999), realizou

trabalho sobre a retirada da cobertura vegetal do solo, e disse que tal prática contribui para

modificar as propriedades físicas do solo, destruindo os agregados e diminuindo o teor de

matéria orgânica. O autor ainda afirma que a preservação ou mesmo o manejo da cobertura

vegetal de forma ordenada é muito importante para o equilíbrio do ecossistema.

Parker et al. (1999), realizaram pesquisas sobre vetores degradacionais e che-

garam a conclusão que as invasões biológicas também podem causar impactos em diversos

níveis, incluindo efeitos sobre indivíduos, efeitos genéticos, efeitos sobre a dinâmica de po-

pulações, sobre a comunidade e processos do ecossistema. É válido salientar que foi diagnos-

ticado na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, uma vez que a retirada de

lenha para o consumo doméstico bem como para o fabrico de carvão foram apontadas como

atividades que contribuíram para degradar aquele ambiente.

Silva (1999-b), discutiu tema relacionado aos efeitos causados pelas técnicas

de geoprocessamento e suas co-relações nos processos erosivos e sedimentológicos de bacia

hidrográfica, e detectou a necessidade de manter a superfície do solo coberta e protegida da

ação erosiva das chuvas além da preservação das matas ciliares para manutenção da boa qua-

lidade das águas fluviais e dos canais de drenagem.

Figueiredo (1999), abordou tema referente a fatores de degradação das águas

superficiais, no qual apontou alguns vetores degradantes como: o lançamento dos esgotos

domésticos e efluentes líquidos industriais; a disposição inadequada dos lixos urbanos; a ero-

são do solo e assoreamento de material carreado; e os usos indiscriminados de nutrientes e de-

fensivos agrícolas.

Marques (1999), analisou a compatibilidade dos geoambientes na bacia do rio

Alcobaça, e disse que essa bacia como um todo se encontra subutilizada em relação ao poten-

cial agrícola das suas terras, encontrando-se na grande maioria submetidas a usos menos in-

tensivos do que aqueles que poderiam suportar sem se degradarem. Albuquerque (1999), ana-

lisou a degradação ambiental na bacia do Igarapé do Leão/AM, e disse que as queimadas,

procedimentos comuns na localidade para a limpeza do terreno, têm elevado o aumento das

extensões de manchas arenosas resultando em processos de arenização na Bacia.

Nesse sentido, Senhorelo (2000), analisou a perda de solos por erosão laminar

em diferentes bacias hidrográficas, e chegou a conclusão que o uso e ocupação do solo é o

maior responsável pela perda de solos e o aporte de sedimentos. Segundo Almeida et al.

(2000), é nesse sentido que os municípios situados na área estudada necessitam à médio e

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longo prazo, planos de avaliação ambiental capazes de diagnosticar ações humanas voltadas

para a degradação ambiental local.

Neto (2001), analisou o potencial produtivo e a degradação das terras das sub-

bacias hidrográficas Jardim e Olho D'água, em Areia/PB, e concluiu que, o crescimento da

produção agrícola tem como fator limitante a erosão dos solos.

Para Milaré (2001), o solo, por assim dizer, tem a sua “vida própria” contribu-

indo para dar suporte aos biomas e ecossistemas peculiares. Se tratando da forma em que se

dar o uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente,

constatou-se, através da pesquisa, que esta é decorrente de diferentes fatores naturais e sócio-

culturais que ocorrem na bacia, uma vez que a população concentra-se em maior número nas

várzeas, nas planícies litorâneas, nas margens dos rios e das lagoas.

A contribuição dada por Mello (2001), para o desenvolvimento sustentado dos

tabuleiros costeiros do Estado da Bahia, evidenciou que: o monitoramento hidrogeológico do

aqüífero “Barreiras”, é vital a todas as atividades que envolvem os recursos hídricos superfi-

ciais e subterrâneos, desde a gestão até a utilização das águas.

Souza (2001-a), estudou o efeito do manejo nas propriedades físicas e quími-

cas de um Latossolo Amarelo em tabuleiro cultivado com cana-de-açúcar, e disse que a perda

da matéria orgânica por manejo inadequado do solo, é um dos fatores que contribui para a

perda da capacidade produtiva de alguns solos do Brasil.

Ao caracterizar os solos em área de tabuleiro do Recôncavo Baiano, Santos

(2002), disse que, a cada dia a ação antrópica tem interferido em mudanças muito rápidas nas

propriedades morfológicas, químicas e físicas destes solos o que se torna necessário um ma-

nejo adequado, no sentido de garantir a sua preservação para as gerações futuras.

Nesse contexto, Carvalho (2002), estudou o uso dos solos nas microbacias do

rio Carapuru, e concluiu que estas são espaços-células da unidade geoambiental, que possui

característica zonal a permitir políticas de implantação, baseadas em feições uniformizadas e

de acordo com as ocorrências de recursos naturais, onde as unidades de solo ficam sujeitas a

processos de desgaste decorrentes da forma de cultivo.

Estudos realizados por Diógenes (2002), constataram através de análises os

principais impactos causados pelas atividades turísticas desenvolvidas no litoral dos municí-

pios de Tibau/RN e Icapuí/CE, com destaques para os aspectos geo-ambientais (geologia, re-

levo, solos, clima, recursos hídricos, vegetação, flora, fauna e principais unidades de paisa-

gem), condições socioeconômicas, infra-estrutura física e social e as formas de uso e ocupa-

ção do solo.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Marcomin (2002), caracterizou a bacia hidrográfica do rio Pinheiros, na qual

diagnosticou os elementos da paisagem que possibilitaram a perda de solo por erosão laminar,

associando as áreas críticas às áreas de cultivo agrícola. A discussão na qual tratou da organi-

zação do espaço na micro-região de Brasiléia, Galvão (2002), ressaltou que as transformações

espaciais ocorridas na área, comprovaram intenso processo de degradação das paisagens com

efeitos sobre os aspectos físicos e sociais.

Quanto as formas em que se dar o uso do solo na bacia hidrográfica estudada,

verificou-se que estas são inadequadas, uma vez que a ausência de políticas públicas na área

estudada tem contribuído para práticas agrícolas inadequadas, livres das ações normativas e

corretivas em todo o entorno da referida bacia.

Carvalho (2002), investigou o uso indiscriminado dos solos em propriedades

rurais e disse que tal prática é uma realidade a qual poucos se dão conta e que a unidade geo-

ambiental do solo, revela um espaço de caráter sócio-técnico, fundamental para o desenvol-

vimento da produção local ou regional. Segundo Borges (2002), essa problemática tem susci-

tado uma reflexão sobre as perspectivas futuras da humanidade, promovendo um profundo

questionamento das condutas sociais de consumo, além da busca de alternativas que visem

harmonizar as atividades humanas com as sadias condições ambientais.

Hadlich (2002), diagnosticou o uso do solo nas áreas de matas ciliares e res-

saltou a importância dessas áreas como espaço de produção na pequena propriedade rural. Em

vista disso, o autor propôs alternativas de uso, capaz de minimizar os impactos locais, sem in-

viabilizar a sobrevivência do pequeno produtor.

Considerando que o conceito de solos (pedon) integra fatores como textura,

estrutura, horizontes, composição química, características físicas e biológicas, Teixeira et al

(2003), realizou discussão e concluiu que o solo é um produto do intemperismo, do remane-

jamento e da organização das camadas superiores da crosta terrestre, sob a ação da atmosfera,

da hidrosfera, da biosfera e das trocas de energia envolvidas, enquanto Fritzsons; Carrilho e

Mantovani, (2003), ao discutirem tema relacionado a proteção dos mananciais, chegaram a

conclusão que as florestas ciliares são essenciais para a proteção dos rios, lagos e nascentes.

Tonetti e Santos (2003), avaliaram o uso e ocupação do solo na bacia do rio

Iraizinho–Piraquara/PR, e concluíram que tal bacia apresenta áreas de alta fragilidade, devido

ao intenso manuseio e ocupação que pode acarretar futuros problemas ambientais, caso não

seja realizado um planejamento compatível com a realidade da região.

Bezerra, Ferreira, Gonçalves e Feitosa (2003), pesquisaram o tema litologia

sedimentar inconsolidada, na bacia hidrográfica do rio Paciência, e descobriram que esse fe-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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nômeno favorece a formação de solos dominantemente arenosos e não oferece limitações para

o uso e ocupação, o que implica na aceleração dos processos morfogenéticos.

Zanini e Basso (2003), discutiram práticas conservacionistas adotadas pelos

produtores que atuam na área da bacia do rio Conceição, através do sistema de plantio direto,

e concluíram que este sistema ajuda a diminuir a perda do solo para a rede de drenagem.

Segundo Lopes (2003), com o surgimento da Lei nº 9.433/97, foi instituída a

criação dos Comitês de Bacias, cujos objetivos foram estendidos a tomadas de decisões dentro

da delimitação geográfica de uma dada bacia, incorporando também o gerenciamento de resí-

duos sólidos. No caso da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, a pesquisa

constatou alguns lixões acondicionados inadequadamente às margens das estradas de rodagem

bem como nas crateras de onde foi retirado todo material de empréstimo para a cobertura das

estradas da região.

Em se tratando das formas em que se dar o uso e ocupação do solo, o Anuário

Estatístico do Rio Grande do Norte (2004), indicou que os tipos de solos encontrados no en-

torno da bacia estudada, mostraram-se aptos a determinadas culturas como: algodão arbóreo,

sisal, caju e coco-da-baia, além de permitir em pequenos espaços, culturas de ciclo curto.

É nesse sentido que surge a necessidade de analisar as diversas formas de uso e

ocupação do solo na bacia hidrográfica do rio Punaú, evidenciando a importância das relações

sócio-espaciais e da estrutura de classes no âmbito das áreas ambientalmente instáveis desti-

nadas aos segmentos sociais menos favorecidos. Fatos como esses, foram detectados por esta

pesquisa, em toda a faixa litorânea da bacia em referência.

Kanler e Oliveira (2005), problematizaram os efeitos da impermeabilização do

solo na cabeceira do rio Cachoeira/SC, e concluíram que a bacia hidrográfica do respectivo

rio apresentou maiores problemas de degradação ambiental, por esta ter caracterizado a ocu-

pação mais antiga no contexto socioeconômico, político e histórico de Joinville.

Rakssa et al. (2005), analisaram o item fragilidade ambiental em áreas litorâ-

neas e concluíram que a caracterização das classes de fragilidade pode auxiliar a planificação

a partir da definição de áreas de características ambientais susceptíveis à alteração antrópica.

Santos e Perusi (2005), realizaram discussão da temática atribuída aos solos, e

disseram que a má utilização e o manejo incorreto destes, propiciam ocorrência de fatores

como: redução da fertilidade natural; diminuição da matéria orgânica; perda de nutrientes por

erosão hídrica e eólica; contaminação por resíduos urbanos e industriais; retirada para cons-

trução civil; descapeamento para fins de exploração mineral; além de causar desertificação e

arenização dos mesmos.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

2.1 – Localização da bacia

A caracterização do meio físico da bacia hidrográfica do rio Punaú e área lito-

rânea adjacente, bem como o conceito atribuído a este complexo ecossistema ambiental, ob-

jetiva diagnosticar áreas críticas do ponto de vista da sustentabilidade, em vista as necessida-

des de implantação de um planejamento ambiental capaz de reordenar o uso e ocupação do

espaço da bacia em curso.

A bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, limita-se ao Norte

com o município de Touros; ao Sul, com os municípios de Poço Branco, Taipu e Maxaran-

guape; a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste, com o município de João Câmara, confor-

me estabelece as Cartas Plano Altimétricas 1:100.000, da SUDENE (1969), Quadrículas: Pu-

reza SB-25-V-C-I e Touros SB-25-V-C-II.

De acordo com a Comissão Nacional Independente sobre os Oceanos (1998), a

zona costeira brasileira ocupa cerca de 442.000 km2, isto é, 5,2% das terras emersas do territó-

rio nacional. São ao todo 7.408 km de extensão de linha de costa, sem levar em conta os re-

cortes litorâneos (baías, reentrâncias, golfões, etc.), que muito ampliam a mencionada exten-

são, elevando-a para mais de 8,5 mil km voltados para o Oceano Atlântico.

Morais (1998), estudou a ocupação dos municípios que integram a microrregi-

ão homogênea Litoral Nordeste, na qual insere-se a bacia hidrográfica do rio Punaú e área li-

torânea adjacente, e disse que tal ocupação se deu em 1.501. Complementando, o mesmo au-

tor fez referência a colonização portuguesa desencadeada paralelamente a ocupação indígena

realizada por diversas tribos que habitavam o litoral norte-rio-grandense.

Nesta área, encontra-se alocada a bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorâ-

nea adjacente, conforme figura 1, mapa de localização, no Estado do Rio Grande do Norte.

Segundo Felipe e Carvalho (1999), a bacia em evidência encontra-se inserida na Microrregião

Homogênea Litoral Nordeste no Estado do Rio Grande do Norte, a qual ocupa uma área equi-

valente a 652,71 km2, entre as Coordenadas Geográficas 5º 12’ 51” e 5º 30’ 50” de Latitude

Sul e 35º 16’ 60” e 35º 42’ 37” Longitude Oeste.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Segundo o IDEMA (1999), os municípios de Maxaranguape, Pedra Grande,

Pureza, Rio do Fogo, São Miguel de Touros, Taipu e Touros, constituem a microrregião Lito-

ral Nordeste, na qual está alocada a bacia em referência. Ressalta-se ainda que dentre os sete

municípios que formam a tal microrregião, Rio do Fogo, Maxaranguape, Pureza e Touros,

têm ligação direta com a bacia, uma vez que as águas desta bacia banham diretamente os ter-

ritórios destes municípios.

Matias (2002), analisou o litoral brasileiro do ponto de vista ecológico, e disse

que o ambiente costeiro abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental,

destacando ao longo deste, recifes, falésias, campos de dunas, lagoas, lagunas, maceiós, entre

outros ecossistemas importantes.

De acordo com a SERHID (2004), os municípios que integram a região da ba-

cia em estudo dispõem de uma população estimada em 52.060 habitantes, distribuídos con-

forme tabela 1.

TABELA 1Dados Populacionais

SEXO LOCALIZAÇÃOMUNICÍPIOS HABITANTES

Masc. Fem. Urbana Rural

Maxaranguape 8.001 4.130 3.871 3.017 4.984

Pureza 6.963 3.551 3.412 2.537 4.426

Rio do Fogo 9.217 4.684 4.533 3.620 5.597

Touros 27.879 14.239 13.640 7.594 20.285

São Miguel de Touros 7.580 3.972 3.608 2.902 4.678

Pedra Grande 4.017 2.071 1.946 1.292 2.725

Taipu 11.531 5.973 5.558 4.138 7.393

Total Geral 75.188 38.620 36.568 25.100 50.088

Fonte: Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte – 2004.

O acesso a área pesquisada, se dar através das rodovias pavimentadas BR-101,

BR-406, RN-021, RN-23, RN-64 e RN-065.

No item hidrografia, o Estado do Rio Grande do Norte, dispõe de um potencial

hídrico considerável, sendo que a maioria dos rios que forma tal potencial, geralmente desá-

gua no Litoral, ressaltando que dentre este potencial, destaca-se a bacia hidrográfica do rio

Punaú, objeto desse estudo.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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De acordo com levantamento realizado pela SERHID (2004), a bacia em evi-

dência ocupa a quarta posição, levando em consideração a ordem seqüencial partindo do lito-

ral Norte seguindo até o litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte. Salienta-se ainda que a

referida bacia detém considerável potencial de água doce no Estado conforme mostra a carta

hidrográfica, figura 2. o qual nos últimos anos vem se tornando subaproveitado, haja vista a

ausência de políticas públicas destinadas a monitorar os recursos hídricos existentes na bacia.

2.2 – Aspectos climáticos

Na discussão que enfatizou o objeto e método da climatologia, Sorre (1934),

conceituou clima como sendo a “sucessão dos estados atmosféricos sobre um determinado lu-

gar”, enquanto Andrade (1967), estudou as condições climáticas predominantes na região da

bacia em estudo, e concluiu que em toda sua extensão, o clima é do tipo As’, da classificação

climática de Köppen, caracterizando-se como clima tropical com chuvas que se estendem de

março a julho, apresentando as máximas no outono – abril ou maio, no litoral do Rio Grande

do Norte até a Bahia.

Hurtado e D’ácunã (1980), enfocaram em suas discussões as condições climá-

ticas vigentes no globo, e concluíram que o clima é um dos fatores que influenciam na modi-

ficação do funcionamento dos sistemas, provocando uma reação em cadeia sobre os solos,

principalmente, nas regiões tropicais onde a energia radiante é muito intensa.

Nunes et al. (1992/1993), realizaram pesquisas na área da bacia e disseram que

o clima As’ situa-se numa faixa de transição entre o litoral úmido e o litoral árido, e caracteri-

za-se pelos períodos quentes e úmidos, apresentando estação seca no verão e chuvosa no in-

verno.

As peculiaridades climáticas diagnosticadas pelo IDEMA (1999), dos municí-

pios que constituem a microrregião na qual insere-se a bacia hidrográfica do rio Punaú e área

litorânea adjacente, são caracterizadas por apresentar clima tropical chuvoso com verão seco e

estação chuvosa, adiantando-se para o outono, cuja precipitação Pluviométrica Anual fica em

torno de 1.612 mm, com período chuvoso de março a agosto, e temperaturas anuais que osci-

lam de 30°C a 21°C.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Castro (2001), analisou as condições naturais de produção em área tropicais e

disse que o clima tropical, com um regime de chuvas e estações bem definidas, contribui fa-

voravelmente para o cultivo fácil e seguro de cereais, frutas, verduras e leguminosas de uma

grande variedade.

A observação feita por Nunes (2006), evidenciou que na região sedimentar

costeira, local onde as bacias geralmente desembocam no mar, os baixos cursos dos rios, du-

rante o período da estiagem, apresentam fluxos perenes, devido a liberação da água pelo len-

çol freático e por influência do clima tropical atlântico.

2.3 – Recursos hídricos

A composição hidrológica que constitui a bacia em evidência, apresenta os se-

guintes cursos d’água, com destaque para os rios a seguir relacionados: do Saco, das Piranhas,

Tatu, Maxaranguape, Curicacas, Punaú, Maceió, Catolé, Lagoa da Prata, e Fonseca, que su-

prem ou recebem água de alguns riachos como: D’água, Colônia, Maxaranguape, Saco e Seco

que interligam-se com os córregos: Carro Quebrado e Arrepiado, que juntos, integram-se com

as lagoas do Boqueirão, do Sal, do Gravatá, do Punaú, das Cutias, do Baiãozinho, do Pacheco,

das Bestas Feras, do Baião, da Mutuca, Barrenta, Grande, Jaburu, da Moita, Vermelha, do

Angico, do Barro, Doce, Coqueiros, Coelho e do Catolé.

http://www.rn.gov.br/secretarias/idema/perfil

Christofoletti (1978), discutiu a dinâmica que está inserida o fluxo hidrológico

de uma bacia, na qual ressaltou que a carga dendrítica transportada pelos cursos de água

abrange variedade granulométrica muito grande. Acrescentando, Christofoletti (1981), a se-

dimentação fluvial inclui os processos de remoção, transporte e disposição das partículas do

rigolito, envolvendo toda a dinâmica da bacia de drenagem. Zachar (1982), efetivou estudos

sobre o comportamento de uma bacia em processo de sedimentação e chegaram a conclusão

que tal processo é muito variável desde as partes mais altas até as planícies. Para esse autor, a

ocorrência desse fenômeno depende das rochas, dos solos, da cobertura vegetal, das declivi-

dades, do regime de chuvas, além outros fatores.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Com base na análise conceitual, realizada por Gratão (1991), “o rio é a mani-

festação do meio ambiente, da relação social, da relação do sujeito com o tempo, com o cor-

po, com a vida e com a morte. Prosseguindo o autor complementa dizendo que o rio expressa

a relação dos fenômenos da natureza (natureza física e natureza humana); relação de si com o

outro; de si com a bacia hidrográfica; de si com o meio ambiente”.

De acordo com a classificação estabelecida por Schoeller Berkallof, In: Fenzl

(1986), as águas do aqüífero “Barreiras” são consideradas satisfatórias.

Neto (1995), realizou estudos relacionados a drenagem e disse que “a bacia de

drenagem é uma área da superfície terrestre que drena água, sedimentos e materiais dissolvi-

dos para a saída comum num determinado ponto de um canal fluvial”. Nesse contexto, as pes-

quisas desenvolvidas na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, constata-

ram a inserção da referida bacia, uma vez que o médio e o baixo curso da respectiva bacia,

apresentou semelhanças idênticas às citadas no texto.

Diniz Filho (1999), discutiu a potencialidade dos recursos hídricos subterrâ-

neos no médio e baixo curso da bacia hidrográfica do rio Ceará Mirim, onde descobriu que o

aqüífero “Barreiras” consiste num sistema de elevado potencial hidrogeológico, cujas reservas

permanentes são da ordem de 1,2 bilhões de m³ e renováveis de 81 milhões de m³, sendo as

águas subterrâneas doces e potáveis, podendo ser usadas, mais intensamente, para o maior

desenvolvimento de projetos agrícolas e no atendimento às demandas urbanas e rurais.

Lucena (1999), estudou as implicações tectônicas que ocorrem na hidrologia

do aqüífero “Barreiras” e sistema lacustre da lagoa do Bom fim/RN, e disse que no âmbito da

hidrologia superficial, os falhamentos condicionam os cursos de rios e riachos, limites super-

ficiais e padrões da rede de drenagem, assim como as formas e gêneses das principais lagoas

da área estudada.

Estudos realizados por Nunes (2000), evidenciaram que o aqüífero “Dunas”, é

considerado livre em razão da constituição estratigráfica, apresentando uma boa capacidade

de infiltração, armazenamento e circulação de água e apresenta-se disperso, sendo constituído

pelos sedimentos geralmente arenosos.

Nessa linha de pesquisa, Brollo et al (2000), estudaram a vulnerabilidade de

aqüíferos e chegaram a conclusão que esses se constituem em um dos aspectos de maior im-

portância para subsidiar o planejamento de uso do solo e para gerenciar a instalação e o funci-

onamento de empreendimentos potencialmente impactantes aos recursos hídricos subterrâ-

neos.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Estudos desenvolvidos por Oliveira (2001), ressaltaram que o Grupo Barreiras

encontra-se regionalmente incluído na Faixa Sedimentar Costeira Oriental do Nordeste. O

mesmo autor disse esse grupo é formado principalmente por sedimentos associados a sistemas

fluviais, clásticos, como areias e ou arenitos friáveis a pouco consolidados, quartzosos a argi-

losos, de coloração creme, alaranjada, vermelha e roxa, além de apresentar níveis ou camadas

de argila, silte, cascalho e seixos.

Maio (1977) disse que os sedimentos da série Barreiras depositaram-se sobre

uma superfície acidentada, podendo-se reconhecer, hoje em dia, a existência de vales e eleva-

ções que foram postos em evidência pela erosão fluvial.

Medeiros (2001), estudou a evolução geomorfológica relacionada às lagoas da

cidade de Natal/RN, e disse que do ponto de vista morfológico, elas se apresentam como de-

pressões interdunares, com formas semicirculares e alongadas na direção preferencial dos

ventos, enquanto, Santos (2002-a), caracterizou as Lagoas do Boqueirão, do Fogo, dos Coe-

lhos e do Sal, cuja avaliação diagnosticou uma crescente intervenção humana, principalmente,

na área de influência da Lagoa do Boqueirão.

Quanto aos aspectos hidrológicos e sedimentológicos que ocorrem na lagoa

costeira do rio Catú, Gomes (2003), ressaltou que esta lagoa teve origem relacionada aos pro-

cessos geológicos e geomorfológicos, em que estes estão vinculados a fatores naturais como o

barramento do curso do rio Catú pelo campo de dunas, formando assim uma lagoa à montante

das dunas. É válido lembrar que fatos semelhantes a estes foram notificados no entorno da

Unidade Ambiental Litorâneo Eólico situado na bacia hidrográfica estudada.

De acordo com o IDEMA (2006), a região na qual está situada a bacia estuda-

da encontra-se sobre os aqüíferos: “Barreiras” que se apresenta confinado, semi-confinado e

livre em algumas áreas. Esse aqüífero é constituído por sedimentos geralmente arenosos com

alta permeabilidade, apresentando água de boa qualidade e pelo aqüífero Jandaíra, cujo emba-

samento é constituído por calcário, propiciando água salobra com indicação para irrigação.

2.4 – Estrutura geológica

Kegel (1957), chamou a série Barreiras de “Formação Barreiras” enquanto Bi-

garella e Andrade (1964), sugeriram para estas seqüências, a denominação de Grupo Barrei-

ras, com duas formações distintas: Formação Guararapes (unidade inferior) e Formação Ria-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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cho Morno (unidade superior), contribuíram com esse estudo, uma vez que constam em seu

trabalho descrições relacionada com a área estudada.

Moreira (1994), discutiu a dinâmica sedimentar Cenozóicas e Neotectônicas

litorânea do município de Touros/RN, e disse que a respectiva área é composta por sedimen-

tos de idade Cenozóica, enquanto a porção não aflorante em superfície é representada por ro-

chas Infra-Barreiras, rochas Supra-Barreiras e sedimentos areno-quartzosos de coloração

avermelhada a qual chamou de (Formação Potengi).

Mabesoone (1966), modificou a denominação de “Série Serra dos Martins” aos

arenitos que capeiam as áreas elevadas no interior do Nordeste, para Formação Serra do Mar-

tins, incluindo-a no Grupo Barreiras. Na mesma linha de pesquisa, Campos e Silva (1969), re-

alizou trabalho na região de Natal e acrescentaram mais uma unidade estratigráfica ao Grupo

Barreiras, acima da Formação Riacho Morno denominada Formação Macaíba. Posteriormente

definiram uma quarta unidade no topo da seqüência e denominaram de Formação Potengi.

Estudos elaborados por Mabesoone et al. (1972), disseram que o Grupo Barrei-

ras constitui um conjunto de sedimentos clásticos, de granulometria e coloração variados, da

base para o topo nas formações Serra do Martins, Guararapes e Macaíba. Na mesma linha de

pesquisa. O mesmo autor englobou as Formações Serra do Martins, Guararapes e Macaíba,

presentes no interior e região costeira dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do

Norte.

Com relação ao ecossistema Dunas localizado na área estudada, Mabesoone e

Castro (1975), constataram que a formação Geológica deste pertence ao Grupo Barreiras,

composto principalmente de rochas sedimentares argilo-arenosas. Nestes termos, Bigarella

(1975), afirmou que a Formação Barreiras teria sido depositada entre clima úmido a semi-

árido, em forma de leques aluviais, quando o nível do mar situava-se entre 100 a 200m abaixo

do atual.

De acordo com o Projeto Radambrasil (1981, fl. SB-24/25), o Grupo Barreiras

ocorre de modo irregular, no baixo e médio cursos da bacia em estudo, sendo capeado ocasio-

nalmente pelas coberturas e por depósitos aluvionares e dunas. O mesmo projeto, ainda cons-

tatou que as dunas representadas pelos sedimentos eólicos estão posicionadas na faixa litorâ-

nea, de um extremo a outro da costa, com largura média de 8 km, formando uma litologia que

inclui areias finas a grosseiras, que propicia acumulação de água pela infiltração.

Na mesma linha de pesquisa, estudos realizados por Rocha et al. (1990), evi-

denciaram que a bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, insere-se na área

de abrangência do “Barreiras”, com idade Terciário-Superior, onde predominam arenitos fi-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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nos a médios, ou conglomeráticos, com intercalações de siltitos e argilitos, dominantemente

associados a sistemas fluviais.

Alheiros e Lima Filho (1991), consideraram o “Grupo” Barreiras como uma

unidade litoestratigráfica única (Formação Barreiras) possuindo algumas diferenças faciológi-

cas devido aos diferentes sistemas deposicionais existentes.

Autores como Meireles (1991); Pye e Neal (1993); Meireles e Maia (1996) e

Carter et al. (1997) estudaram gerações de dunas como indicadoras de flutuações do nível do

mar e mudanças climáticas, a partir de fatores ambientais relacionados com aportação de se-

dimentos e remobilização das areias pelo vento.

O MMA (1998), realizou estudos e apontou em toda a região litorânea do Rio

Grande do Norte, uma formação sedimentar a qual foi diagnosticada como campos de dunas

"móveis" e "fixas", de origem marinha e/ou continental, formadas e remodeladas pela ação

dos ventos.

Amaral (2000), analisou a evolução Morfodinâmica do Litoral Oriental Sul do

Rio Grande do Norte, e observou uma dinâmica recente, bastante complexa, com alteração no

comportamento dos rios e riachos situados na área em estudo, seguido por Silva (2001-a) que

problematizou a evolução costeira holocênica, por considerar essa área como a mais dinâmica

do planeta.

Barros (2001), mapeou as coberturas Supra-Barreiras no Litoral do Rio Grande

do Norte, e descobriu que na parte norte, tais rochas são compostas por calcarenitos e arenitos

siliciclásticos, com associações faciológicas sugerindo uma deposição em ambiente transicio-

nal, associadas à penúltima grande transgressão marinha ocorrida na costa brasileira, com

idade pleistocênica superior.

Fonseca (2001), estudou a gênese e transformação de solos em um tabuleiro do

Recôncavo Baiano e disse que caso não sejam adotadas técnicas de manejo racional para estes

solos, os processos erosivos poderão ser intensificados, implicando em modificações morfo-

lógicas, físicas e químicas muito rápidas que podem comprometer a fertilidade e a exploração.

Diniz (2002), estudou a erosão costeira ao longo do Litoral Oriental do Rio

Grande do Norte destacando o uso e ocupação do solo, e concluiu que a interferência antrópi-

ca incrementadora dos processos erosivos e de degradação ambiental está representada inici-

almente pela ocupação irregular das áreas costeiras por imóveis residenciais e comerciais, se-

guida de construções de obras de proteção a propriedades, contra a ação da erosão costeira,

ambas, muitas vezes, negligenciando as características hidrodinâmicas locais.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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2.5 – Aspectos geomorfológicos

Partindo do princípio que a geomorfologia é a ciência que tem como objetivo ana-

lisar as formas presentes no relevo e como objeto de estudo a superfície da crosta terrestre, a

discussão relacionada ao item geomorfologia foi problematizada por autores como Branner

(1902), Crandall (1910), Moraes (1924), Kegel (1957), Leopold et al. (1964), Bigarella e An-

drade (1964), Andrade (1967), Nunes (1987), Silveira et al. (1989) e Gregory (1992).

Ao tratar de planície litorânea, Vicente da Silva (1993), concluiu em seus estu-

dos que estas são constituídas das seguintes feições morfológicas: praia, pós-praia, campo de

dunas e planície flúvio-marinha. Morfologicamente as paleodunas, no litoral oriental do Rio

Grande do Norte, formam extensos cordões com direção NW/SE, que se estendem por mais

de 10 km continente adentro. De acordo com Silva (1999-a), os Tabuleiros Costeiros são

constituídos de sedimentos com espessura que variam de 2 a 6m, e que se estendem numa fai-

xa contínua de cerca de 700 km.

Assim sendo, Guerra e Cunha (2001), se destacaram por melhor focalizarem a

realidade brasileira, seguidos de Casseti (2001) que ao realizar estudos, concluiu que a obten-

ção de dados possibilitará averiguar a dinâmica dos fatos no sentido de saber como era a regi-

ão e quais evoluções esta sofreu desde sua existência até a atualidade.

Guerra e Cunha (2001), problematizaram o desempenho geomorfológico den-

tro da realidade brasileira, e disseram que no decorrer dos últimos 50 anos os estudos voltados

à Geomorfologia tiveram vasta expansão.

Ao tratar da caracterização geomorfológica da área estudada, as evidências in-

dicam que o relevo da bacia apresenta altitude inferior a 100m., onde predominam planícies

costeiras formadas por praias que tem como limites, de um lado, o Oceano Atlântico, e do

outro, os Tabuleiros Costeiros. IDEMA (2006).

Silva (2001-b), caracterizou a região costeira de Beberibe e concluiu que esta

zona é uma região morfodinamicamente ativa, em que a evolução do modelado não chegou ao

seu ponto final sendo as áreas antropifizadas muito susceptíveis às interferências decorrentes

de processo de morfogênese.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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2.6 – Condicionantes pedológicos

Quanto a caracterização fisiográfica do solo da bacia estudada, salienta-se que

este é constituído por solos arenosos, apresentando boa capacidade de infiltração, algo que fa-

vorece a recarga hidrológica do aqüífero subterrâneo, principalmente no período em que ocor-

re o inverno.

O levantamento topográfico da área realizado pelo Projeto Radambrasil (1981,

fl. SB-24/25), evidencia que tais depósitos constituem um modelado plano, com as aluviões

que preenchem as áreas de inundação originando os terraços aluvionares mais antigos. Com-

plementando, o mesmo Projeto constatou que os depósitos aluvionares encontrados na região

da bacia em questão, se estendem segundo duas faixas irregulares, que acompanham os cursos

dos rios Ceará-Mirim, Maxaranguape e outros do litoral até o médio curso, cobrindo uma área

de aproximadamente 250 km2.

Estudos pedológicos desenvolvidos por Nunes et al (1992/1993), classificam

os solos da área em estudo como areias quartzozas marinhas que dão origem as dunas, solos

aluviais ou orgânicos que originam as planícies aluvionais ou de inundação, os latossolos

amarelos e as areias quartzozas distróficas, relacionadas com as planícies sedimentares costei-

ras.

Segundo Jacomine (1996), os Latossolos possuem uma gama ampla de alter-

nativas de uso em decorrência de suas boas propriedades físicas e capacidade de suporte para

mecanização agrícola, prestando-se tanto para culturas de sequeiro quanto para culturas irri-

gadas.

Acrescentando o mesmo autor disse que esses solos apresentam o horizonte B,

tendo a caulinita como mineral de argila predominante, demonstrando um avançado estágio

de intemperização. Em particular, os Latossolos Amarelo Distróficos – são solos profundos,

bem drenados, de fertilidade natural baixa, possue um horizonte B latossólico, textura areno-

sa, e bastante ácidos. Geralmente, ocorrem em área de relevo plano a suavemente ondulado

em planície sedimentar costeira.

Souza (1997), estudou a variabilidade climática no Estado do Rio Grande do

Norte e disse que os solos predominantes nessa área possuem deficiência de fertilidade natural

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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principalmente, do ponto de vista dos nutrientes minerais ou orgânicos, resultando um certo

grau de vulnerabilidade e desertificação.

Rossi (1999), caracterizou os elementos do meio físico biótico e disse que para

as zonas litorâneas, o relevo, a vegetação natural e o material geológico, delimitam e define

unidades de solos distintas, podendo estes, serem mapeados por meio desses elementos.

De acordo com a EMBRAPA (1999), foram encontrados na área estudada, os

seguintes tipos de solos: Latossolo Amarelo ou Latossolo Vermelho Amarelo, equivalente a

Latossolo Amarelo ou Latossolo Vermelho Amarelo; Areias Quartzosas distróficas que cor-

responde as Areias quartzarênicas ou Neossolos Quartzarênicos; Solo Aluvial que correspon-

de a Neossolo; Solo Orgânico ou Solo Glei Húmico, equivalente a Gleissolo, além das Areias

Quartzosas marinhas ou Areias Quartzarênicas marinhas ou ainda Neossolos Quarzarênicos

marinhos.

Medeiros (2002), caracterizou a bacia hidrográfica do rio Punaú e baixo curso

do rio das Piranhas, e sugeriu o disciplinamento do uso e ocupação do solo da região, bem

como a prática de manejo sustentável dos recursos naturais, como uma das principais ações a

serem efetivadas na bacia, sendo estas ações acompanhadas do zoneamento ambiental da re-

gião dos mananciais.

De acordo com o Anuário Estatístico (2004) e Nunes (2006) estudos compara-

tivos da antiga classificação dos solos foram realizados, mostrando uma nova adaptação da

nomenclatura dos solos.

2.7 – Características vegetais

De acordo com a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, do Código Flores-

tal, o Art. 2º, sabe-se que são consideradas de preservação permanente, as florestas e demais

formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou qualquer curso d’água desde o seu

nível mais alto em faixa marginal com largura mínima de cinqüenta metros para cursos

d’água que tenham de dez metros a cinqüenta metros de largura. Brasil, Leis, Decretos Códi-

go Florestal (1965).

Guilcher (1965), pesquisou a importância das florestas para com o meio ambi-

ente e concluiu que “A floresta somente em certos casos desempenha um papel que o homem

considera como favorável. Em outros casos é, não propriamente nociva, porém mais ou me-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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nos inútil ou inoperante. Sem contestar o interesse do reflorestamento, não é uma panacéia

universal”.

Garcez (1967), ao desenvolver estudos relacionados com a cobertura vegetal

no qual afirmou que “As matas amortecem as pequenas enchentes, mas não têm influência

sensível nas enchentes catastróficas, são, por outro lado, comprovadamente eficazes no com-

bate à erosão dos solos".

Liebmann (1979), problematizou o manejo direcionado ao solo e concluiu que

quanto mais tempo o solo de uma floresta permanecer improdutivo e quanto maior for a ame-

aça de que a camada de húmus seja arrastada pelas águas, tanto mais difícil será reiniciar seu

plantio.

Lacerda et al. (1982) e Araújo (1987), ressaltaram a importância de alguns

naturalistas que estiveram no Brasil no século passado, uma vez que estes diagnosticaram e

expandiram o conhecimento sobre a vegetação litorânea, além de outros aspectos geográficos

da costa, principalmente porque muitas das áreas descritas no passado, atualmente encontram-

se completamente descaracterizadas.

Naiman et al. (1989), Naiman e Déchamps (1990), realizaram discussão sobre

aspectos vegetais e concluíram que a mata ciliar devido à sua distribuição e importância pe-

culiares, tem papel fundamental na estruturação e dinâmica das áreas de contato entre os am-

bientes terrestres e aquáticos continentais.

Seitz (1994), pesquisou e descobriu que a regeneração natural da vegetação, é

o procedimento mais barato para recuperar áreas degradadas. Assim sendo, o autor esclarece

que antes de iniciar qualquer processo de recuperação de áreas, é necessário avaliar as causas

da degradação e o grau de comprometimento do meio e ambiente natural.

Oliveira-Filho (1994), conceituou matas ciliares, como formações vegetais do

tipo florestal que se encontram associadas aos corpos d’água, ao longo dos quais poderá es-

tender-se por dezenas de metros a partir das margens e apresentar marcantes variações na

composição florística e na estrutura comunitária, dependendo das interações que se estabele-

cem entre o ecossistema aquático e o ambiente terrestre adjacente.

No entendimento de Lago e Ribeiro (1996), os loteamentos clandestinos são

aqueles em que os empreendedores e/ou usuários não possuem titulação de propriedade da

terra e os irregulares, os que possuem essa titulação, mas não estão de acordo com as normas

urbanísticas em vigor.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Marques (1998), pesquisou o tema relacionado ao meio ambiente e disse que

esse é hoje, sem dúvida, uma das grandes preocupações da humanidade, ao usar melhoria na

qualidade de vida e na tentativa de preservar o patrimônio que a natureza produziu.

Rodrigues (1998), estudou a problemática dos loteamentos clandestinos, ca-

racterizando-os como aqueles que não possuem aprovação do projeto pelas respectivas pre-

feituras por não obedecerem as normas previstas em lei.

Segundo o IDEMA (1999), a formação vegetal encontrada em parte da bacia

estudada, faz parte do domínio denominado Caatinga Hipoxerófila – vegetação de clima semi-

árido, apresentando arbustos e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo como: ca-

tingueira, angico, juazeiro, braúna, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.

Na mesma linha de pesquisa, Guimarães (1999), analisou a potencialidade am-

biental das bacias dos rios Negros e Taboco e disse que os problemas decorrentes de ações

antrópicas inadequadas, precisam de ações conjuntas que revertam qualquer quadro degene-

rativo que interfira na sustentabilidade.

A discussão na qual analisa a Tutela do Meio Ambiente Costeiro proferida por

Silva (2000-a), nos leva a crê que esta sempre exerceu grande fascínio sobre o homem, que

atraído por sua beleza cênica ou por sua riqueza em recursos e serviços, vem atuando de for-

ma a modificar os importantes ecossistemas dessas áreas, sem levar em consideração as pos-

síveis conseqüências dessas alterações.

Zamparoni (2001), pesquisou sobre o tema desmatamento verso variabilidade

climática, e percebeu que nos últimos anos, ocorreram acréscimos nas médias anuais das tem-

peraturas do ar, das máximas e mínimas, e um decréscimo nos valores das médias anuais das

chuvas.

Nessa linha de pensamento, Loch (2001), pesquisou e descobriu que no Brasil

muitos estados apresentam um índice inferior a 10% da sua cobertura vegetal remanescente, e

através da identificação e mapeamento da real situação desses ambientes é que se poderá dar

início ao programa de controle e conservação ambiental. Preocupado, Rocha (2001-a), questi-

onou a origem da conservação da mata ciliar se é determinada por valores culturais, ou se é

uma estratégia de sobrevivência. A partir daí, o autor concluiu que esse fato contradiz a cor-

relação largamente reconhecida entre pobreza e degradação do meio físico.

Lois (2001), analisou as variáveis relacionadas ao conforto térmico em áreas

de vegetação ciliar, e descobriu a importância em conjunto com os cursos d’água, em tornar o

ambiente mais ameno, tanto em relação à temperatura quanto à umidade relativa.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Siqueira (2002), discutiu o tema impacto climático gerado pelo desmatamento

e concluiu que a redução das taxas de umidade do solo e escoamento de água está diretamente

associada à diminuição da taxa de precipitação, enquanto Gonçalves (2003), discutiu o tema

relacionado a sistema constituído por mata ciliar e descobriu que a ação do clima, as condi-

ções geológicas e os solos rasos produzem um ecossistema frágil, que reflete na vegetação da

região, tornando-se este incapaz de oferecer proteção aos solos contra os efeitos erosivos.

Pulitano (2003), pesquisou o reflorestamento de mata ciliar, levando em consi-

deração sua importância para a manutenção de diversas funções ecológicas e hidrológicas as-

seguradas por leis, e concluiu que tais formações não foram impedidas da destruição indis-

criminada durante o processo de ocupação do território brasileiro.

Spinelli (2003), estudou o meio físico como subsídio ao emprego do planeja-

mento de uso do solo, e concluiu que os impactos diagnosticados na área, são em parte, oriun-

dos de assentamentos que desconsideraram a fragilidade do meio físico, acarretando intensa

degradação ambiental.

Com base no Anuário Estatístico (2004), a área da bacia estudada, é constituí-

da por floresta subperenifólia, na qual se destaca a Floresta Ciliar sem a presença de carnaúba,

presente ao longo dos rios do litoral em uma faixa cuja largura não ultrapassa algumas deze-

nas de metros. Esse tipo de floresta, mantém contato com as florestas semidecíduas, decíduas

e os mangues.

Segundo Hadlich e Beltrame (2005), discutiram o tema preservação ambiental

relacionado às matas ciliares e disseram que as peculiaridades diagnosticadas são as pequenas

propriedades rurais e as práticas agrícolas tradicionais utilizadas desde o início da colonização

alemã no século XIX, aliadas ao atual uso intensivo do solo.

Analisado a situação em que se encontra o espaço físico da bacia hidrográfica

do rio Punaú e área litorânea adjacente, torna-se evidente que os conflitos da área são prove-

nientes da forma em que se dar o uso e ocupação do solo. Fato semelhante a esse, foi discuti-

do por Penteado (2005), quando analisou a fragilidade ambiental na bacia hidrográfica do Ar-

roio Kruze/RS, cuja análise apresentou semelhança aos da bacia supra mencionada.

Luchiari et al. (2005), analisaram as transformações ocorridas no uso da terra

da baixada do Ribeiro, e disseram que os levantamentos do uso e da cobertura do terreno

constituem informações básicas para o entendimento das manifestações humanas, caracteriza-

das, principalmente, pelas paisagens. Mendonça et al. (2005), discutiram o tema fragilidade

ambiental e concluíram que os seres humanos necessitam urgentemente de mudanças de ati-

tude em relação ao meio ambiente que os envolve.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Kunst et al. (2005), discutiram sobre as derivações ambientais e disse que estas

refletem as formas de apropriação do meio físico através das atividades econômicas predomi-

nantes na região. No caso da bacia hidrográfica estudada, as evidências são claras quando in-

dicam que as ocupações desordenadas que ocorrem na referida bacia, refletem a omissão do

poder público para com a preservação do meio ambiente.

Alcântara et al. (2005), diagnosticaram o parcelamento do solo em microbacia,

mostrando as conseqüências na transformação do uso e ocupação. No caso da bacia pesquisa-

da, o parcelamento do solo vem sendo intensificado com bastante freqüência, por ser esta uma

área livre da inoperante fiscalização por parte dos órgãos: federal, estadual e municipal.

De acordo com a tabela 2, que representa as atividades extrativas vegetais des-

envolvidas no entorno da bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, consta-

tou-se que a produção de carvão e lenha obtida na área pesquisada, apontou o desmatamento

como uma das causas responsáveis pela perda de vidas e de meio de vidas na área pesquisada.

TABELA 2

Extrativismo Vegetal

PRODUÇÃO DAS ESPÉCIES FLORESTAISNATIVAS

MUNICÍPIOS ÁREA (km²)

Carvão vegetal (t) Lenha (m³)Maxaranguape 131,30 - -Pureza 504,32 12 2.453Rio do Fogo 150,28 03 2.340Touros 839,35 18 16.594S. M. de Touros 342,45 04 3.246Pedra Grande 221,43 28 3.885Taipu 352,82 23 10.000Total Geral 2.541,95 88 38.518

Fonte: Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte – 2004.

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3 - MATERIAS E MÉTODOS

3.1 – Referencial teórico-metodológico

Os procedimentos metodológicos empregados para se constituir a análise am-

biental do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adja-

cente, parte da proposta de elaboração de mapas temáticos, fundamentada em autores como

Cristian e Stewart (1968) e McHarg (1969), que discutiram e propuseram métodos cartográfi-

cos capazes de representar características ambientais, que objetivaram informar a capacidade

de uso do solo, bem como áreas de conflitos e de restrições de uso.

Em relação a conceitualização atribuída a metodologia sistêmica emprega

neste trabalho, se fez referência a autores como Bertalanfy (1973) e Tricart (1977) que con-

ceituaram e problematizaram sua aplicação como forma de veicular conhecimentos relaciona-

dos aos fatos diagnosticados no entorno de bacias hidrográficas.

Sobre o ponto de vista da legislação, a presente discussão fundamentou-se nas

leis ambientais que tratam da normatização do espaço constituído por bacias hidrográficas

como: o Código Florestal Brasileiro, a Constituição Federal de 1988, a Constituição do Estado

do Rio Grande do Norte de 1989, as Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente

(CONAMA), a Lei de Crimes Ambientais, dentre outros.

Em se tratando da problematização através da qual se discute as condições em

que se encontram áreas susceptíveis aos impactos ambientais, bem como aquelas que já estão

impactadas, se fez uso de processos metodológicos utilizados por autores como: Beltrame

(1994), Grant (1994), Melo Filho (1994), Kurtz (2000), Rocha e Kurtz (2001), por terem estes

autores utilizado metodologias compatíveis com a realidade diagnosticada na bacia pesquisa-

da.

Quanto a interpretação da imagem de satélite da área pesquisada, sobre a qual

foi efetivado o surgimento das unidades ambientais, as diversas formas de uso e ocupação do

solo, os impactos diagnosticados e a dinâmica social, se fez referência a processos metodoló-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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gicos semelhantes aos discutidos por Pissarra (2002), que estudou a paisagem terrestre para

indicar os elementos ligados à topografia e solo em bacias hidrográficas.

Quanto a escolha do tema sobre o qual se desenvolveu esta discussão, caracte-

rização da área e fundamentação teórica, utilizou-se como instrumento de gestão, metodologia

compatível a empregada pelo geoprocessamento proposta por Freire (2002), por entender que

tal instrumento é considerado uma das ferramentas que mais se aproxima da realidade dia-

gnosticada na bacia pesquisada.

3.2 – Técnicas da pesquisa

As bases cartográficas foram elaborados a partir das cartas topográficas Pureza

SB-25-V-C-I e Touros SB-25-V-C-II na escala 1:100.000 SUDENE (1969). Imagem de saté-

lite CBERS do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de 22/09/2004, extraída do

site: www.dgi.impe.hn em julho de 2005 (ver Figura 3).

Quanto a pesquisa de campo, esta se constituiu de inúmeras visitas a área da

pesquisa, sobre a qual estrategicamente foram analisados, escolhidos, georreferenciados e di-

agnosticados quarenta e oito pontos em áreas susceptíveis a degradação ambiental, utilizando-

se pata tal fim, instrumentos como: Receptor GPS e-Trex com cabo de interface com o PC e

Lap Top; Handheld Palm m100 com cabo de interface com o PC e Lap Top; Máquina foto-

gráfica digital 128Mb.

A partir dos dados coletados em campo, foram utilizados SOFTWARES, os

quais possibilitaram analisar as diversas formas de uso do geoprocessamento, ligado ao Sis-

tema de Informação Geográfica (SIG), ao processamento de imagens, ao instrumento CAD e

outros, aplicados ao processamento de dados coletados pelo Sistema de Posicionamento Glo-

bal (GPS).

Para a confecção das cartas de uso e ocupação do solo e de fragilidade ambi-

ental, foi utilizado o SOFTWARE - SIG, Sistema de Informações Geográficas, o Sistema para

Processamento de Informações Georreferenciadas, e o programa computacional SPRING ver-

são 4.2 INPE, que objetivou a produção cartográfica da área.

A Carta de Uso e Ocupação do Solo na escala de 1: 70.000, que representa a

disponibilidade dos recursos naturais e a diversidade de cultura desenvolvida na área da bacia,

foi confeccionada a partir da fotointerpretação e visita realizada a área da bacia, para a con-

firmação das informações coletadas.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Já a Carta de Fragilidade Ambiental também na escala de 1: 70.000, que repre-

senta o grau de susceptibilidade que acomete a Unidade Ambiental Litorâneo Eólico, e a Uni-

dade Ambiental Tabuleiro Costeiro, foi originada a partir da fotointerpretação dos aspectos

topográficos do relevo e da paisagem, cujas informações foram conferidas através das obser-

vações em campo.

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4 – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

No contexto das inovações mundiais os SIGs tem desempenhado um papel im-

portante como integrador de tecnologia. Ao invés de ser considerado de natureza completa-

mente nova, os SIGs têm unido várias tecnologias discretas em um todo, onde esse todo é

maior do que a soma das partes.

4.1 – Relação dos pontos georreferenciados

Ponto Lat. S Long. O. Localização

01 5º24’02” 35º29’41” Povoado Nascença

02 5º23’47” 35º29’29” Sítio São Pedro

03 5º23’29” 35º29’11” Sítio Catolé

04 5º23’18” 35º28’45” Rio Catolé

05 5º23’26” 35º28’15” Povoado Canto Grande

06 5º23’52” 35º27’30” Sítio São Vicente

07 5º23’56” 35º27’13” Lagoa do Catolé

08 5º23’25” 35º26’08” Pinguela matálica

09 5º23’19” 35º26’05” Granja Catolé

10 5º23’12” 35º25’58” Fruticultura irrigada

11 5º23’23” 35º25’26” Povoado de Punaú

12 5º22’09” 35º24’35” Rodovia RN-64 – Ponte Rio Punaú

13 5º20’49” 35º23’41” Encontro dos rios Punaú/das Piranhas

14 5º20’52” 35º23’26” Ponte sobre a BR-101

15 5º20’40” 35º23’30” Município de Rio do Fogo

16 5º21’25” 35º22’07” Povoado de Zumbi

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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17 5º21’22” 35º22’06” Enseada de Pititinga

18 5º21’20” 35º21’29” Ponto Turístico

19 5º22’27” 35º22’43” Lagoa das Cutias

20 5º22’32” 35º22’47” Passagem Molhada

21 5º17’23” 35º22’54” Assentamento São José

22 5º17’17” 35º23’06” Área de empréstimo para construção civil

23 5º16’01” 35º28’09” Fazenda Paraíso Azul

24 5º16’00” 35º27’45” Desmatamento

25 5º17’10” 35º28’33” Uso e ocupação do solo

26 5º17’40” 35º28’36” Degradação do solo

27 5º18’08” 35º27’59” Estrada de terra

28 5º18’20” 35º27’35” Córrego Carro Quebrado

29 5º18’46” 35º28’24” Povoado de Santa Luzia

30 5º18’53” 35º28’37” Ponte sobre o rio do Saco

31 5º19’30” 35º28’04” Encontro dos rios Tatu e Saco

32 5º19’34” 35º27’55” Povoado Dendê

33 5º19’47” 35º27’41” Sítios

34 5º19’47” 35º25’52” Lagoa do Punaú

35 5º20’40” 35º26’34” Fazenda Mirasa

36 5º21’09” 35º26’42” Rio das Curicacas

37 5º20’32” 35º30’26” Lagoa da Prata

38 5º20’14” 35º30’08” Rio Tatu

39 5º20’05” 35º30’24’ Rio Lagoa da Prata

40 5º19’40” 35º29’56” Povoado Tatu

41 5º19’39” 35º30’19” Povoado Golandim

42 5º21’10” 35º31’59” Povoado Bebida Vela

43 5º20’08” 35º33’08” Fazenda Promissão

44 5º20’21” 35º31’22” Povoado Arrepiado

45 5º23’41” 35º21’54” Lagoa da Mutuca

46 5º26’03” 35º20’49” Lagoa Grande

47 5º27’26” 35º20’17” Área adjacente Sul

48 5º16’01” 35º21’29” Lagoa do Fogo

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

71

4.2 – Diagnóstico de uso e ocupação do solo

• Ponto 01 – Nascente do rio Punaú – a respectiva nascente encontra-se

localizada no povoado Nascença, inserido na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro. Sendo

esta uma área que abrange inúmeras nascentes do rio Punaú, principal artéria hidrográfica da

margem direita do rio Tatu, constatou-se que na referida área predomina o cultivo de bananei-

ra, sendo este realizado sem nenhum cuidado técnico ambiental que monitore o uso dos recur-

sos naturais como: solo, água e vegetação (ver Figura 4).

Fonte: J. A. Tavares. Jan. 2005Figura 4 – Nascente do rio Punaú situada no município de Pureza/RN

• Ponto 02 - Sítio São Pedro – o referido sítio encontra-se alocado na Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, onde se constatou a presença de gleissolo (solo orgânico ou

paúl), sendo esta área ocupada por uma plantação de bananeira e drenada por valas escavadas

no solo, evitando dessa forma que o mesmo permaneça encharcado (ver Figura 5).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Fev. 2005

Figura 5 – Cultivo de bananeira realizado em gleissolo no município de Pureza/RN

É válido ressaltar que em razão da grande quantidade de valas existentes na

área pesquisada, os agricultores que ali trabalham costumam atravessar coqueiros de uma

margem a outra dos rios, sendo estes conhecidos no local com o nome de “pinguelas”, através

das quais são realizadas as travessia para as áreas de plantio.

• Ponto 03 – Sítio Catolé – localizado na Unidade Ambiental Tabuleiro

Costeiro, o referido sítio encontra-se inserido no povoado do Catolé, sendo constatado aban-

dono por parte de seu proprietário, fato este que favorece a invasão do solo pelo capim-

navalha (Cyperus maritimus), além de outras espécies daninhas que prejudicam à agricultura.

De acordo com a análise feita no local, constatou-se que parte da cobertura vegetal foi recom-

posta, dificultando assim o escoamento das águas, além de permitir o encharcamento do solo

no local.

• Ponto 04 – Rio Catolé – o referido rio encontra-se inserido na Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, sendo na realidade, o rio Punaú, cujo ponto georreferenciado

encontra-se no povoado do Catolé. De acordo com a visita ao local, ficou comprovado que a

margem esquerda do respectivo rio foi palco de uma ocupação desordenada, por diversos ti-

pos de culturas, fato este que vem favorecendo a degradação do solo agrícola na área, bem

como contribuindo para o assoreamento do leito do rio (ver Figura 6).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2005

Figura 6 – Fruticultura praticada na margem esquerda do rio Punaú no município de Pureza/RN

• Ponto 05 - Povoado Canto Grande – esse povoado encontra-se alocado na

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, sendo o mesmo constituído por uma pequena comu-

nidade que se distribui por 16 residências ali existentes, situadas na margem direita do rio Pu-

naú. Próximo a esta comunidade, o referido rio despeja suas águas na lagoa do Catolé, cujas

margens se encontram desprovidas de matas ciliares, retiradas para dar lugar a culturas de

subsistência.

Quanto ao uso e ocupação do solo na área, observou-se que a partilha das terras

entre herdeiros é uma prática constante, e que traz como conseqüência o desmembramento

dos sítios em pequenos lotes, os quais são vendidos a terceiros, contribuindo assim para uma

nova forma de ocupação do espaço da bacia.

• Ponto 06 - Sítio São Vicente – tal sítio, insere-se na Unidade Ambiental Ta-

buleiro Costeiro, cuja localização está no entorno da lagoa do Catolé. Nesse ponto constatou-

se que as espécies vegetais que antes predominavam naquela localidade como: aroeiras, gu-

landins, juruparanas, gameleiras, oiticicas, sucupiras, pau-ferro, pau-darco, jucar, pereiro,

dentre outras espécies nativas, foram extintas ou tombaram para sempre. Sabe-se também que

a procura pelas terras férteis, bem como de lenha para o fabrico de carvão, vem contribuindo

para que algumas espécies da flora e fauna nativa desapareçam para sempre.

• Ponto 07 – Lagoa do Catolé – esse reservatório encontra-se inserido na Unida-

de Ambiental Litorâneo Eólico, salientando-se que a referida lagoa, no momento da pesquisa,

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

74

constitui-se um cenário de degradação ambiental de baixa magnitude se comparado com o

quadro diagnosticado na lagoa do Punaú. É válido ressaltar que a origem da respectiva degra-

dação, em parte se deve ao lançamento de restos de vegetais que são atirados ao rio, bem

como a carga de sedimentos proveniente das escavações realizadas nas áreas de plantio.

Em conseqüência do mau uso do solo, constatou-se avanço no processo de assore-

amento nas margens da lagoa, justificando as evidências que apontam a necessidade de uma

nova reordenação do espaço estudado (ver Figura 7).

Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2006

Figura 7 – Assoreamento na lagoa do Catolé situada no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 08 – Pinguela Metálica - Esse ponto encontra-se situado na Unidade

Ambiental Litorâneo Eólico, local onde se encontra montada uma estrutura de ferro e madei-

ra, denominada “pinguela” e que se destina a travessia de pedestre que se dirige para as áreas

de plantação. Quanto ao uso da referida estrutura, sabe-se que este se dar pelos agricultores

que habitam ou trabalham naquela localidade, quando se destinam aos campos, onde culti-

vam: tomate, jerimum e batata doce (ver Figuras 8, 9 e 10).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2006

Figura 8 – Cultura de tomate situada no município de Rio do Fogo/RN

Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2006

Figura 9 - Cultura de jerimum situada no município de Rio do Fogo/RN

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2006

Figura 10 - Cultura de batata situada no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 09 – Granja Catolé – Situada na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica,

na margem direita da lagoa do Catolé, a referida granja serviu como ponto de apoio para o

georreferenciamento da fazenda Santo Antônio, que ocupando uma extensão considerada de

terras, dispõe de um cultivo irrigado, cuja água utilizada é retirada da lagoa do Catolé. Nessa

área, é notória a devastação da vegetação ciliar das margens da lagoa, fazendo surgir uma es-

pécie de praia fluvial caracterizada pela grande quantidade de areia carreada da área de plan-

tio para o lago.

• Ponto 10 - Fruticultura irrigada – a inserção desta área ocorre na Unidade Am-

biental Litorâneo Eólica, salientando que o georeferenciamento desse ponto tomou como refe-

rência uma estrutura de alvenaria construída à margem da lagoa do Catolé, e que segundo de-

poimento de pessoas que ali trabalham, serve para bombear água da lagoa para o plantio de

mangueira existente na fazenda Santo Antônio.

É válido lembrar que por motivos não justificados, fomos impedidos de acessar à

respectiva fazenda, na qual faríamos o georreferenciamento local.

• Ponto 11 – Povoado de Punaú – esse povoado, insere-se na Unidade Ambien-

tal Litorâneo Eólica, no qual foi encontrado um lixão acondicionado às margens da estrada de

terra que dar acesso ao mesmo.

O registro do ponto em referência se deu no início das pesquisas de campo, quando

se constatou a degradação daquele ambiente pelos resíduos sólidos (lixo), provenientes das

coletas urbanas realizadas por municípios situados no entorno do povoado (ver Figura 11).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

77

Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2006

Figura 11 – Lixão situado na zona rural de Punaú, no município de Rio do Fogo/RN

Um ano depois, ao retornar ao local verificou-se que grande parte dos resíduos

citados (lixo), desapareceu daquela área, estando atualmente acondicionado nas crateras de

onde foi retirado o material de empréstimo para a construção das estradas da área estudada.

Nesse caso, constata-se que a degradação ambiental atinge diretamente o solo, e conseqüen-

temente o aqüífero subterrâneo da área em questão.

• Ponto 12 – Rodovia RN-64 - Ponte sobre o rio Punaú – esse obstáculo

encontra-se localizado na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, nas proximidades do povoado

de Punaú. Nesse ponto, o rio Punaú corta a RN-064, onde foi constatado intenso processo ero-

sivo na encosta da estrada, proveniente das enxurradas causadas pelas águas pluviais que se

destinam ao rio (ver Figura 12).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Nov. 2005

Figura 12 – Rodovia RN-64, Ponte sobre o rio Punaú, no município de Rio do Fogo/RN

Constatou-se também que a referida erosão somada às ações humanas junto as

dunas da área, são fenômenos que marcam a degradação ambiental local, de vez que estas es-

tão sendo desprovidas de cobertura vegetal, em decorrência do uso desordenado pela popula-

ção nos finais de semanas e feriados, quando buscam o lazer.

• Ponto 13 – Encontro dos rios Punaú e das Piranhas – esse fenômeno

ocorre na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, em terras pertencentes a granja Piranhas, lo-

calizada nas proximidades da BR-101 (ver Figura 13). A partir deste ponto, o rio já bifurcado,

prossegue em um único curso, com o nome de rio das Piranhas, indo desaguar na enseada de

Pititinga. Neste local, o leito do rio apresenta-se bastante largo, o qual dispõe de uma espessa

camada sedimentar depositada, supostamente proveniente de atividades antrópicas desenvol-

vidas na montante da bacia.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Jan. 2006

Figura 13 – Encontro dos rios Punaú e das Piranhas no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 14 – Ponte sobre a BR-101 – essa ponte encontra-se inserida na

Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, sendo esta tomada como referência no sentido de mos-

trar os impactos ambientais provocados por processos erosivos que afetam diretamente as es-

tradas de terras da área em estudo (ver Figura 14).

Em conseqüência do assoreamento nas margens, foi observado que a parte que

corresponde a montante do rio, não apresenta nenhum resquício de vegetação ciliar, uma vez

que esse ecossistema desapareceu para dar lugar a pequenas áreas ocupadas com cultura de

subsistência. Já a parte que corresponde a jusante, é notória a presença de clareiras no solo,

sendo estas decorrentes de queimadas realizadas para dar lugar a áreas de pastagens.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

80

Fonte: J. A. Tavares. Jan. 2006

Figura 14 – Estrada de terra em processo erosivo no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 15 – Município de Rio do Fogo – A inserção desse município

abrange as Unidades Ambientais: Litorâneo Eólica e a Tabuleiro Costeiro, nos quais eviden-

cia a descaracterização do meio ambiente local, em decorrência de ações humanas praticadas

na área em questão.

Nesse ponto, foi diagnosticado um processo de descaracterização da paisagem

natural, sendo esta atribuída ao mau uso do solo, tendo em vista a retirada da cobertura vege-

tal dunar, acompanhado de um avançado estágio erosivo, além das escavações realizadas nas

áreas de empréstimos, para construção civil (ver Figura 15).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Jan. 2006

Figura 15 – Crateras de áreas de empréstimo no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 16 – Povoado de Zumbi – esse povoado situa-se na Unidade

Ambiental Litorâneo Eólica, cujo georeferenciamento se deu sobre uma velha ponte de ma-

deira que brevemente será substituída por outra em construção. De acordo com análise feita

da área, constata-se que as margens do rio abrigam poucas espécies vegetais, destacando-se a

Montrichardia linifera (aninga), indicada para manter o ambiente livre das ações erosivas,

caso o rio fosse monitorado.

No entorno do canteiro de obras, foi diagnosticada uma degradação de magni-

tude elevada, tanto no leito do rio, quanto nas margens, em razão das escavações para fixação

das pilastras, bem como a retirada de areia que se destina a produzir a concretagem usada na

edificação da ponte.

• Ponto 17 – Enseada de Pititinga – esse ponto está inserido na Unidade

Ambiental Litorâneo Eólica, caracterizada pela ocorrência de conflitos permanentes, em razão

da forma em que se dar o uso e ocupação do solo. Em visita ao local, verificou-se que tais

conflitos são oriundos de ações humanas, danosas ao meio ambiente como: loteamentos e

construções irregulares em terras da União, ocupação das áreas destinadas a vegetação ciliar,

erosão e assoreamento nas dunas e cursos d’água, aumento no fluxo de automóveis, além da

intensa atividade turística no local.

É válido lembrar que com o aumento da atividade turística no local, surgem

evidências que apontam a perda de identidade das pessoas que habitam o espaço em referên-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

82

cia, condição esta que se expande para o interior da bacia, principalmente nas margens das la-

goas, onde a fiscalização é inexistente.

• Ponto 18 – Pousada “Punaú Praia Hotel” – esse ponto turístico encon-

tra-se localizado na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, à margem esquerda do rio Punaú,

na enseada de Pititinga. Sua construção, ainda por terminar, indica a vulnerabilidade do ambi-

ente, além de confirmar a omissão do poder público em coibir atividades predatórias desen-

volvidas principalmente pelos turistas que freqüentam as áreas próximas a desembocadura do

respectivo rio.

• Ponto 19 - Lagoa das Cutias – esse reservatório natural encontra-se

alocado na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, onde foram observados inúmeras irregulari-

dades que prejudicam o meio ambiente local. Em razão de sua localização entre a BR-101 e a

Rodovia RN-64, esse reservatório é privilegiado ao mesmo tempo em que torna-se vulnerável

às ações humanas praticadas em seu entorno.

Dentre as ações diagnosticadas que degradam a lagoa, constata-se que nos úl-

timos anos tem aumentado o número de posseiros, loteamentos irregulares, investimentos sem

plano de manejo para a área, além da construção de: pousadas, granjas, residências e bares

que nos finais de semana e feriados propiciam lazer aos visitantes ou proprietários.

• Ponto 20 – Passagem molhada – Inserida na Unidade Ambiental Lito-

râneo Eólica, esse ponto corresponde a um estreito canal através do qual é regulado o fluxo

hidrológico da lagoa das Cutias, que permitir a interligação desta com outros cursos d’água da

região da bacia. É válido lembrar que foram encontradas inúmeras áreas desmatadas proveni-

entes de queimadas que cederam lugar aos loteamentos irregulares. Além do mais, constatou-

se que o aumento desordenado da atividade turística no local, contribuiu para agilizar a desca-

racterização da paisagem natural da área em estudo.

• Ponto 21 - Assentamento “São José” – caracterizado por fazer parte da

Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, sendo este o local onde se encontra o assentamento

“São José”. De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA,

esse assentamento é constituído de 72 casas, e uma população estimada em 350 habitantes,

que vivem precariamente no entorno das crateras onde foi retirado o material de empréstimo

para construção do Parque Eólico de Rio do Fogo.

Sabe-se que o acordo firmado entre o Governo do Estado do Rio Grande do

Norte e a empresa ENERBRASIL Ltda., ao término da construção do Parque Eólico, benefi-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

83

ciará a população residente no referido assentamento, com um percentual de energia elétrica,

cujo critério não foi esclarecido.

• Ponto 22 – Área de empréstimo para construção civil – Essa área en-

contra-se inserida na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, local onde foi diagnosticada a de-

gradação ambiental de maior magnitude. Sua caracterização se deve a vulnerabilidade da área

na qual foram detectadas várias crateras, (ver Figura 16), provenientes das escavações para a

obtenção de material de empréstimo. Foi observado também o preenchimento das respectivas

“piçarreiras” com os resíduos sólidos (lixo), provenientes dos municípios situados no entorno

da bacia, sendo este outro fator comprometedor para o meio ambiente, e que requer monito-

ramento emergencial.

Fonte: J. A. Tavares. Fev. 2006

Figura 16 – Piçarreira localizada nas proximidades do Parque Eólico,no município de Rio do Fogo/RN

• Ponto 23 - Fazenda “Paraíso Azul” – essa Fazenda se constitui como

parte integrante da Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, em razão da grande extensão de

terra que ocupa às margens da BR-101. A área em questão destina-se ao cultivo de côco,

muito embora esteja submetida ao abandono, razões estas não explicadas pelas pessoas que ali

trabalham.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

84

Torna-se notório a falta de cuidado técnico atribuído ao plantio, justificando a

descaracterização da paisagem dos tabuleiros pela forma em que se deu o uso e ocupação do

solo naquele local.

• Ponto 24 – Desmatamento – Essa prática ocorre na Unidade Ambiental

Tabuleiro Costeiro, em uma área que foi submetida a intenso processo de mecanização, cujo

preparo do solo objetiva no futuro próximo uma plantação de côco.

A análise feita da área, constatou a forma inadequada como se deu a ocupação

da mesma, causando danos irreversíveis ao meio ambiente, cuja cobertura vegetal que prote-

gia o solo foi devastada e submetida ao uso da coivara, o solo foi removido causando perda de

fertilidade, a fauna foi afugentada para outras áreas criando assim, um ambiente vulnerável

completamente descaracterizado.

• Ponto 25 – Uso e ocupação do solo – Essa prática ocorre na Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, na margem direita de uma estrada de terra recém aberta, que

faz a ligação das Rodovias BR 101 com a RN 064, no município de Touros/RN. Detectou-se

naquela localidade, que uma das “piçarreiras” de onde foi retirado material de empréstimo

para cobertura das estradas locais, acondiciona atualmente parte do lixo coletado nos municí-

pios situados no entorno da bacia do Punaú (ver Figura 17).

Fonte: J. A. Tavares. Set. 2006

Figura 17 – Lixão em área de piçarreira no município de Touros/RN

Em razão da poluição que vem causando ao meio ambiente, tal “piçarreira”,

atualmente transformada em lixão, foi apontada pela população ali residente como principal

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

85

vetor de proliferação de doenças, muito embora algumas pessoas façam uso do lixo como

fonte de renda para sua própria sobrevivência.

• Ponto 26 – Degradação do solo – esse fenômeno ocorre na Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, na margem direita da Rodovia RN-64, em uma extensa área

cujo preparo do solo vem ocorrendo de forma desordenada. De acordo com a visita ao local,

constatou-se que a atividade agrícola na área é predominante, bem como o preparo do solo

ocorre de maneira inadequada favorecendo a perda de fertilidade pela erosão.

Quanto ao escoamento da produção obtida da área, sabe-se que este escoa-

mento fica a desejar, por ser uma área constituída por areia, dificultando o tráfego de cami-

nhões, que ultrapassam o limite de peso permitido, acarretando transtorno ao meio ambiente

local.

• Ponto 27 – Estrada de terra – essa estrada encontra-se localizada na

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, sendo este o local onde foi registrado o desvio e a al-

teração do seu itinerário oficial, por força do sistema de latifúndio local. Esse desvio consta da

interdição da antiga estrada de terra que faz a ligação da Rodovia BR 101 com a Rodovia RN

064, através da qual se tem acesso ao povoado de “Santa Luzia”. De acordo com depoimentos

de pessoas que habitam aquela área, o respectivo desvio se deve ao favoritismo praticado pelo

poder público municipal local a um antigo proprietário de terras de nome Almir, fato este que

contribui para intensificar os conflitos na área da bacia em estudo.

• Ponto 28 – Córrego Carro Quebrado – o georreferenciamento do referido

córrego, encontra-se na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, em uma passagem molhada,

onde ocorre o cruzamento deste com uma estrada carroçável, a qual acessa a uma antiga in-

dústria, que reluta em fazer a queima de uma pequena quantidade de diatomito proveniente da

extinta fábrica MIRASA. Constatou-se também que a cobertura vegetal da área apresenta ca-

racterísticas de tabuleiro, cujo solo arenoso favorece a infiltração das águas pluviais.

• Ponto 29 – Povoado “Santa Luzia” – Este povoado encontra-se locali-

zado na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, na qual foi encontrado, no início da pesquisa,

um lixão acondicionado inadequadamente às margens da Rodovia RN 64. É válido salientar

que as características do respectivo lixão são semelhantes às encontradas em outros povoados

no entorno da bacia em estudo.

Quanto à proveniência, sabe-se que de modo geral, os lixões encontrados

nas proximidades dos povoados, são originados das coletas realizadas por órgãos municipais

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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que cuidam da limpeza urbana e por algumas pequenas indústrias, bares e restaurantes da

área, que jogam seus resíduos sólidos nas margens das estradas ou nos matagais.

• Ponto 30 - Ponte sobre o rio do Saco – essa ponte está situada na Uni-

dade Ambiental Tabuleiro Costeiro, onde foi realizado o devido georreferenciamento. Dia-

gnosticou-se que o rio do Saco, situa-se na margem esquerda do rio Tatu, onde predomina

cultura de bananeira nas margens dos cursos d’água existentes naquela localidade.

Percebe-se que a área em referência é ocupada pela agricultura, apontada

como a principal atividade geradora de renda para a população ribeirinha. É válido salientar

que tal prática é complementada pela agricultura de subsistência, e geralmente realizada pela

população ribeirinha.

• Ponto 31 – Encontro dos rios Tatu e Saco – esse ponto integra a Unida-

de Ambiental Tabuleiro Costeiro, em um sítio denominado “Boa Vista”, localizado na porção

central da bacia, no município de Pureza/RN (ver Figura 18).

Fonte: J. A. Tavares. Mar. 2006

Figura 18 – Encontro dos rio Tatu e Saco no município de Pureza/RN

Foi observado também que as águas fluem lentamente em função do relevo

plano no local, favorecendo o uso do solo com atividades agrícolas. Ali, as atividades huma-

nas são intensificadas no período de estiagem, enquanto no inverno, migram para os tabulei-

ros, devido as melhores condições para o uso e ocupação do solo.

• Ponto 32 – Povoado Dendê – encontra-se na Unidade Ambiental Ta-

buleiro Costeiro. Esse local foi georreferenciado em uma ponte que cruza a Rodovia RN 64, e

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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que liga esse povoado à cidade de Ceará-Mirim. Naquele ponto, é perceptível a forma inade-

quada de uso do solo realizada pelos pequenos agricultores, através da qual provoca degrada-

ção nas margens do rio Tatu.

Na área em evidência, constatou-se que as práticas agrícolas são realizadas nas

proximidades das margens dos cursos d’água, local que deveria ser ocupado pela vegetação

ciliar, sendo hoje transformado em campo de pastagem (ver Figura 19).

Fonte: J. A. Tavares. Abr. 2005

Figura 19 – Pastagens cultivadas nas margens do rio Tatu no município de Pureza/RN

• Ponto 33 – Sítios – Sabe-se que a maior parte dos sítios existentes na

bacia em estudo, situa-se na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, cuja área foi diagnosti-

cada livre das inundações e próximas as margens da Rodovia RN-64, considerada na região

da bacia como importante via de escoamento de produção.

Constatou-se que a cobertura vegetal da área sofreu intensa devastação, proce-

dida de queimadas, prática essa que justifica o uso incorreto do solo agrícola.

• Ponto 34 - Lagoa do Punaú – Considerado como importante ecossiste-

ma na área da bacia, a lagoa do Punaú faz parte da Unidade Ambiental Litorâneo Eólica.

Neste ponto, constatou-se que a extração do Diatomito do fundo da lagoa, bem como de suas

margens, provocou o assoreamento deste reservatório, degradando-o ambientalmente. A aná-

lise apontou que este reservatório natural, teve toda a área do espelho d’água invadido por di-

versas espécies vegetais invasoras, com destaque para a Typha-domingensis, que se estende

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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por aproximadamente duzentos metros além de suas margens. Constata-se também que dessa

forma, tal invasão compromete totalmente o uso de suas águas. Esse fato, somado as terras

privadas, onde é terminantemente proibida a entrada de pessoas pelos proprietários, impossi-

bilitou que tal reservatório fosse fotografado de perto (ver Figura 20).

Fonte: J. A. Tavares. Set. 2005.

Figura 20 – Lagoa do Punaú, situada nos municípios de Pureza, Rio do Fogo e Touros/RN

• Ponto 35 – Fazenda “Mirasa” – Essa fazenda aloca-se na Unidade Am-

biental Tabuleiro Costeiro, palco de uma degradação até certo ponto irreversível, causada pela

exploração irracional do mineral diatomito (ver Figura 21). Em razão da atividade extrativa

ter realizada desordenadamente ao longo do tempo na lagoa, grande quantidade de sedimento,

proveniente das margens foi removida, possibilitando a invasão do lago por espécies dani-

nhas.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Fev. 2006.

Figura 21 – Extração mineral de diatomito na lagoa do Punaú/RN

De acordo com as análises do local, considera-se que as áreas de banquetas,

como sendo de alta fragilidade em razão da impossibilidade de recuperação. Por essa razão,

subentende-se que as alterações ocorridas no entorno da lagoa, contribuiu para acelerar a des-

caracterização, assorear as margens, além de comprometer o fluxo do respectivo reservatório

natural.

• Ponto 36 - Rio das Curicacas – esse rio pertence a Unidade Ambiental

Tabuleiro Costeiro, cujo ponto foi marcado sobre uma ponte existente na Rodovia RN-64, que

liga a cidade de Ceará-Mirim a Touros. Naquele ponto foi constatado que o respectivo rio

constitui-se como um dos afluentes da margem direita do rio Tatu, passando a desaguar na la-

goa do Punaú, em meio a uma vegetação conhecida na área como taboa (Typha-

dominguensis). Foi diagnosticado que suas águas fluem lentamente em razão do relevo da

área ser plano, além de pouco contribuir para o manancial da bacia, e que ao atravessar a regi-

ão na qual predominam os sítios, tem suas águas desviadas para zonas de cultivo, através das

valas.

• Ponto 37 - Lagoa da Prata – Esse ecossistema lacustre, inclui-se na

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro. A respectiva lagoa encontra-se inserida na Fazenda

do mesmo nome, onde foi constatado que a área situada no seu entorno, foi considerada de

alta vulnerabilidade, em razão do assoreamento diagnosticado na mesma. Constatou-se tam-

bém que o fluxo da lagoa foi alterado, fato que reduziu a formação do espelho d’água. Nesse

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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caso, as conseqüências para com o meio ambiente são danosas, provocando a escassez de

água para o consumo na fazenda, fato que obrigou seu proprietário a promover gastos no sen-

tido de recuperar a lagoa.

• Ponto 38 – Rio Tatu – Esse rio abrange em parte, a Unidade Ambiental

Tabuleiro Costeiro e a Unidade Ambiental Litorâneo Eólica. A análise feita do local constatou

ser esta uma área de relevo plano, em que as águas fluem lentamente, facilitando a inundação

das áreas destinadas ao cultivo de bananeira.

Constatou-se também que tal prática agrícola, ocupa as terras próximas aos

cursos d’água, fato que favorece a perda da camada orgânica do solo, pelas queimadas, esca-

vações de valas e retirada de cobertura morta. Nesse caso, é notório e inadequado o trata-

mento dado aos restos dos vegetais queimados, bem como da cobertura morta, pois, ambos

são jogados dentro dos rios, através dos quais são transportados até as lagoas, encalhando nas

margens destas.

• Ponto 39 - Rio Lagoa da Prata – Esse rio ocupa uma pequena parte da

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, sendo este um dos afluentes da margem direita do rio

Tatu.

Foi observado neste local que o rio Lagoa da Prata é perene, estreito e pouco

profundo em toda sua extensão, apresenta águas limpas e transparentes, e cujos solos que o

margeiam são alagados onde se pratica a cultura de bananeira.

• Ponto 40 - Povoado Tatu – participa da Unidade Ambiental Tabuleiro

Costeiro. O referido povoado situa-se na região central da bacia, sendo constituído da seguinte

forma: situa-se em uma área livre de inundação, suas habitações são construídas irregular-

mente, e de acordo com as condições financeiras de cada habitante.

Na periferia desse povoado, foi observado o predomínio de casas de taipas, al-

gumas cobertas com palha de coqueiro, com piso de chão batido, cujas dependências internas

são formadas por paredes que não chegam até o teto (meia parede). Constatou-se também que

como forma de proteção, os lotes são protegidos por cerca de varas ou com arame farpado,

este grampeado em estacas extraídas das matas locais.

• Ponto 41 - Povoado Golandin – tal povoado está incluído na Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, apresentando algumas semelhanças, se comparadas a outros

povoados desta região. Analisadas as atividades praticadas pela população desse povoado,

constata-se o predomínio de prática agrícola, seguida de pecuária, fato que caracteriza essa

área como sendo extremamente rural. Suas ruas são piçarradas e os lotes são cercados com

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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arame farpado, como forma de proteger pequenos roçados, ocupados com cultura de subsis-

tência.

• Ponto 42 - Povoado Bebida Velha – esse ponto está situado na Uni-

dade Ambiental Tabuleiro Costeiro. Neste local foi diagnosticado a nascente do Córrego do

Arrepiado (ver Figura 22). De acordo com a pesquisa, observou-se que existe na área uma co-

bertura vegetal arbórea com tendência a arbustiva. No período de inverno, quando ocorre o

reabastecimento do lençol freático, o nível da água se eleva, atingindo as áreas mais elevadas

do córrego.

Fonte: J. A. Tavares. Fev. 2005.

Figura 22 – Nascente impactada do Córrego do Arrepiado no município de Pureza/RN

Ao voltar à nascente do córrego do Arrepiado, um ano meio após a primeira

visita, detectou-se a interdição do referido córrego, por uma barragem construída pelo propri-

etário das terras, fato que interrompeu o fluxo normal da nascente, acarretando, portanto, a

morte do rio (ver Figura 23).

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Fonte: J. A. Tavares. Ago. 2006.

Figura 23 – Nascente do Córrego do Arrepiado, onde se vê o impacto ambiental antrópico.Município de Pureza/RN

• Ponto 43 – Fazenda Promissão – De acordo com a pesquisa, esse ponto

encontra-se na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, local onde aflora uma das nascentes do

rio Tatu, em meio a uma cobertura vegetal de aspecto arbustivo.

Foi observado naquela localidade que às margens do rio são utilizadas para

cultivo de pastagem, destinada ao rebanho da fazenda, criado de forma extensiva. Em se tra-

tando de política ambiental, observou-se que em nenhum dos povoados, até então citados

nesta pesquisa, detectou-se qualquer tipo de política pública destinada a preservar ou monito-

rar o meio ambiente da bacia em estudo.

• Ponto 44 – Povoado Arrepiado – Como parte integrante da Unidade

Ambiental Tabuleiro Costeiro, o georeferenciamento desse ponto ocorreu sobre uma pequena

ponte de concreto, local onde o referido córrego cruza a estrada de terra, indo desaguar no rio

Tatu. Detectou-se que ultimamente as ações humanas foram intensificadas no córrego, cau-

sando erosão, nas margens e conseqüentemente no leito.

É válido lembrar que dentre as ações naturais que afetam o meio ambiente lo-

cal, a chuva responde pela maior contribuição, enquanto as ações antrópicas são representadas

pelas práticas agrícolas inadequadas, acompanhadas pelo desmatamento procedido de quei-

madas.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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• Ponto 45 - Lagoa da “Mutuca” – Sendo esta lagoa um dos reservatórios

naturais situado na área estudada, sua composição é constituída por diversos ecossistemas, to-

dos em estado de conservação satisfatório. Quanto ao uso da água, sabe-se que este é restrito a

uma pequena parcela da população, em detrimento das dificuldades de acessar à mesma, uma

vez que esta encontra-se em terras de particulares.

No entanto, a especulação imobiliária começa a se fazer presente na área, pro-

movendo a abertura de estradas carroçáveis entre as dunas, fato que no futuro próximo poderá

comprometer a sustentabilidade da bacia.

• Ponto 46 – Lagoa Grande – Essa lagoa inclui-se também como célula

estudada na Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, em um ambiente interdunar, cujo diagnós-

tico ambiental apontou sinais de uso e ocupação irregular, sendo esta ocupação atribuída a

práticas agrícolas diversas. Quanto a vegetação, sabe-se que varia de médio a baixo porte,

evidenciando que no passado recente, aquela área foi palco das ações humanas desordenadas.

Por ser esta uma área que ainda não despertou para a indústria do turismo, tão pouco para o

uso da mecanização, torna-se comum encontrar espécies de aves nativas da fauna local.

• Ponto 47 - Área adjacente Sul – Essa área inclui-se na Unidade Ambi-

ental Litorâneo Eólica, sendo constituída por uma cobertura vegetal em bom estado de con-

servação, alocando em seu interior, várias lagoas, cujo diagnóstico apontou os ecossistemas

solo e vegetação, como ambientes preservados. De acordo com a pesquisa, foi constatado que

essa preservação resulta, mais uma vez das dificuldades que se tem em acessar a área, princi-

palmente por estarem inseridas em propriedades de particulares.

• Ponto 48 - Lagoa do Fogo – Essa lagoa é considerada parte integrante

da Unidade Ambiental Litorâneo Eólica, no qual se aloca na Fazenda “Vale da Esperança”.

Abrange uma área interdunar, formada por uma cobertura vegetal bastante significativa, além

de apresentar um potencial hidrológico resultante do represamento das águas pluviais, que re-

gulam a recarga do aqüífero subterrâneo na área em estudo.

Quanto a preservação do ambiente da lagoa, este foi considerado satisfatório,

em razão das dificuldades de acesso, bem como por estar alocada em propriedade particular

não sendo permitido qualquer tipo de uso pela população que reside nas proximidades.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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5 – INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS

5.1 – Carta de Uso e Ocupação do Solo

A interpretação das cartas de Fragilidade Ambiental e a de Uso e Ocupação do

Solo (Anexo 1), responsáveis pela caracterização da bacia hidrográfica do rio Punaú e área

litorânea adjacente, constitui-se em um dos instrumentos que diagnostifica a situação em que

se encontra a bacia, lembrando que esta análise levou em consideração o exposto no Art. 1º,

da Resolução nº 001/86-CONAMA, que trata do tema “impacto ambiental” e o artigo nº 225,

da Constituição Federal/88, que assegura a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida”.

Nesses termos, a analisar do espaço físico da bacia em referência, leva em con-

sideração a possibilidade de averiguar se as formas de uso e ocupação do solo estão de acordo

com o potencial produtivo da área e compatível com a legislação ambiental vigente no país.

Assim sendo, foram georreferenciados quarenta e oito pontos na área pesqui-

sada, dos quais trinta e nove estão situados no limite interno da bacia, enquanto os nove res-

tantes situam-se no entorno desta. Ainda com base na demarcação dos respectivos pontos, foi

possível identificar na carta de uso e ocupação do solo, fatores naturais e antrópicos, como:

vegetação ciliar, fruticultura irrigada, campo sujo, cultura de coco, vegetação nativa, cultura

de banana, dunas fixas, dunas móveis, sítios e alagados. Salienta-se portanto que os fatores

diagnosticados estão inseridos em um espaço, que engloba quatro municípios, como: Maxa-

ranguape, Pureza, Rio do Fogo e Touros.

Quanto ao ecossistema vegetação ciliar, ressalta-se que este está localizado no

interior da bacia, cuja área insere-se na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, abrangendo os

municípios de Pureza e Touros. Analisada a situação em que se encontra o referido ecossiste-

ma, as evidências apontaram a rapidez com que se processa o desmatamento, principalmente

nas partes mais elevados desta Unidade. No entanto, constatou-se ainda que tal ocorrências ali

verificada favorece o aparecimento de novas áreas agrícolas, geralmente destinadas a expan-

dir o cultivo de côco, por ser esta cultura a que mais se adapta a escassez hídrica na área.

Na porção centro ocidental da bacia, local onde ocorre a bifurcação do rio Tatu

com o córrego do Arrepiado, a presença de matas ciliares ainda é um fato comprovado, porém

as evidências indicaram que em breve este ecossistema desaparecerá, uma vez que a procura

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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por novas terras para fins agrícolas, tem se tornado na região algo rentável para as imobiliári-

as.

Quanto a vegetação nativa, observou-se a presença significativa deste ecossis-

tema no extremo oeste da bacia, apresentando espécies cujo porte varia de arbóreo a arbusti-

vo, no município de Pureza, estando este município situado na Unidade Ambiental Tabuleiro

Costeiro. Constatou-se também que as benfeitorias nas vias de acesso a esta região da bacia,

vem contribuindo para despertado por parte do mercado imobiliário, interesse no sentido de

adquirir cada vez mais, terras para novos investimentos no local. Na Unidade Ambiental Lito-

râneo Eólico, a cobertura vegetal existente, se estende por todo o litoral, ressaltando, porém,

descaracterização da paisagem, em vista dos usos múltiplos desordenados que ali ocorrem.

De acordo com a pesquisa, constatou-se que o relevo dessa área é formado por

dunas vegetadas e numerosas lagoas superficiais, fato que favorece a ocupação humana atra-

vés dos diversos tipos de investimentos, principalmente, a construção de hotéis e pousadas.

Na porção centro-sul da bacia, em especial nas margens dos rios situados nos

municípios de Pureza, Touros e uma pequena parte do município de Rio do Fogo, encontra-se

a cultura de banana, sendo esta cultura favorecida pelos os solos úmidos, fato que os tornam

propícios a realização desta atividade considerada de grande importância econômica para toda

a região da bacia.

Assim sendo, constatou-se que tal cultura por ser praticada de forma não ade-

quada e sem nenhum cuidado técnico agrícola, vem contribuindo para uma degradação sem

precedente do solo, principalmente por este não suportar a perda de seus nutrientes causados

por processos erosivos, decorrentes das escavações das valas.

Situada no médio e baixo curso da bacia, em uma área que abrange o municí-

pio de Rio do Fogo e uma pequena parte do município de Touros, encontra-se uma área que

foi diagnosticada como alagados, pelo fato desta permanecer encharcada durante o ano todo.

De acordo com a análise ambiental, a referida área foi considerada imprópria para uso agrí-

cola de algumas culturas, uma vez que o referido solo apresenta algumas dificuldades para o

cultivo, a colheita e o transporte, excetuando-se o cultivo de hortas caseiras. É comum nesse

local, o uso de valas escavadas no solo, que tem como objetivo drenar o excesso de água

acumulado no mesmo. Diante dessa situação a análise elegeu para aquela área, as atividades

antrópicas como sendo as que mais contribuíram para a degradação ambiental local. É valido

lembrar que o sistema de valas escavadas no solo tem contribuído em muito para a constante

remoção de sedimentos, que são carreados para os leitos dos rios e outros cursos d’água como

lagoas e riachos que se encontram nas proximidades.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Em se tratando do ecossistema dunas e lagoas, este abrange toda a porção lito-

rânea da bacia, incluindo as áreas adjacentes, inseridas nos municípios de Touros, Rio do

Fogo e Maxaranguape, sendo esta área considerada ambiente de alta fragilidade ambiental em

razão da pratica de algumas atividades antrópicas que geralmente são praticadas nos finais de

semana, em ambiente como: bares, restaurantes e pousadas existentes na região. Quanto ao

relevo dunar, este é constituído por Areias Quartzosas marinhas (Neossolos Quartzarênicos

marinhos), originado pela ação dos ventos locais bem como uso e ocupação do solo. No de-

correr da pesquisa, constatou-se que essa área é detentora de um elevado potencial hídrico e

que no momento encontra-se subaproveitado e livre para ações imobiliárias, fato que compro-

va a ausência do poder público que deveria monitorar os diversos tipos de uso e ocupação que

ocorrem em tal localidade.

É válido lembrar que em razão dessa omissão, a especulação imobiliária tem se

mostrado atuante na área, com loteamento de terrenos, abrindo estradas, devastando a vegeta-

ção, retirando areia para construção civil, isso sem levar em consideração grandes áreas in-

corporadas ao capital estrangeiro espanhol, que ao serem adquiridas de particulares, passarão

a dar lugar a construção de hotéis, pousadas e outros empreendimentos imobiliários destina-

dos a alimentar a indústria do turismo ao longo de todo o litoral estudado.

Com base neste contexto, torna-se evidente, a necessidade de empregar políti-

cas públicas, capazes de promover medidas mitigadoras destinadas a preservar a médio e lon-

go prazo, a biota local, bem como a aplicação de penalidades previstas em lei para aqueles

que promovem a degradação do meio ambiente. Essas medidas deverão ser acompanhadas da

elaboração de planos de manejo e de recuperação das áreas degradadas, com a delimitação das

terras da União, dos terrenos de Marinha e seus acrescidos, a demarcação de terras das comu-

nidades e o reconhecimento das posses legítimas.

No espaço físico da bacia estudada, com destaque para a porção centro-sul dos

municípios de Rio do Fogo e Pureza, além do extremo oeste do município de Pureza, verifi-

cou-se grande quantidade de sítios, que estão alocados em terras altas, livres das inundações e

que ultimamente vem se tornando motivo de intensos conflitos de uso pela posse da terra. É

válido lembrar que a maior parte da área que constitui os sítios está alocada na Unidade Am-

biental Tabuleiro Costeiro, enquanto a pequena parte está situada na Unidade Ambiental Lito-

râneo Eólico. Quanto aos tipos de solos encontrados na Unidade Ambiental Tabuleiro costei-

ro, foi constatado o predomínio das Areias Quartzosas distróficas (Neossolos Quartzarênicos

distróficos) e machas alternadas de Latossolo Amarelo. Já na parte centro-sul da referida uni-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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dade, foram detectadas machas de Solos Orgânicos ou Glei Húmico (Gleissolos). EMBRAPA

(1999).

De acordo com a pesquisa, as observações nesta área evidenciam que o uso e

ocupação do solo, contribuíram para a perda de fertilidade deste, situação que exige emprego

de fertilizantes objetivando garantir no futuro, a tão esperada sustentabilidade da bacia. Neste

contexto, Castro Filho (1994), realizou estudos no qual propôs o emprego de tecnologia regi-

onalizada, que objetiva difundir as práticas de manejo de solo e das culturas.

Com relação a fruticultura irrigada, grande parte desta atividade foi diagnosti-

cada no município de Touros, seguida dos municípios de Pureza e Rio do Fogo, com peque-

nas áreas ocupadas e pouco significativas. Esta atividade encontra-se representada principal-

mente pela cultura de manga e em algumas áreas, pela cultura do caju em parceria com o

côco, estendendo-se pela área dos campos sujos e sítios. Essas culturas geralmente, ocupam

áreas de relevo mais elevado e livre das inundações, cujos solos são predominantemente are-

nosos e conhecidos no local como tabuleiros.

A classificação atribuída à área designada de campos sujos, indica que estes

estão situados em toda a porção sul e oeste da bacia estudada, abrangendo os municípios de

Pureza, Rio do Fogo e Maxaranguape, ocupando quase que totalmente a Unidade Ambiental

Tabuleiro Costeiro. De acordo com a EMBRAPA (1999), os solos desta área são as Areias

Quartzosas distróficas (Neossolos Quartzarênicos distróficos), com poucas manchas de Latos-

solo Amarelo. Quanto a origem, a expressão campos sujos provém de intensivo processo de

ocupação realizada por diversos tipos de culturas, com destaque para o algodão, atualmente

extinto por causa do ataque do bicudo a esta lavoura. Atualmente, o solo dessa área encontra-

se em estágio de abandono, uma vez que foi submetido a constantes queimadas, objetivando

exterminar a praga do bicudo por toda a região da bacia em discussão.

Com relação a cultura do côco-da-baia existente na área pesquisada, esta se

estende por toda área da bacia, cuja concentração maior ocorre na porção central e em especi-

al na margem direita do rio Tatu, onde os solos, segundo a EMBRAPA (1999), se constituem

pelas Areias Quartzosas distróficas (Neossolos Quartzarênicos distróficos), que ocupam a

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro.

Quanto aos núcleos populacionais detectados no entorno da bacia, a análise in-

dicou que a maior parte destes é ocupada por trabalhadores que exercem atividades primárias,

sendo algumas destas atividades apontadas como geradoras de conflitos e que abrange tanto a

Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, quanto a Unidade Ambiental Litorâneo Eólico. É vá-

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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lido lembrar que estas áreas apresentam características econômicas compatíveis com as ativi-

dades desenvolvidas na área em que esta se situa.

Em se tratando ainda do uso e ocupação das unidades diagnosticadas na bacia,

o estudo detectou total ausência do poder público e/ou privado como gestores capazes de pla-

nejar e monitorar políticas de recuperação ambiental, plano de manejo ou outro tipo de medi-

da capaz de regulamentar e/ou monitorar as atividades antrópicas desenvolvidas junto a esta

bacia hidrográfica.

Diante das potencialidades representadas pelos recursos naturais existentes na

bacia hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, a pesquisa constatou que se tais re-

cursos forem utilizados de maneira corretas e bem planejadas, poderão gerar empregos e con-

seqüentemente renda para a população que reside na área da bacia.

Assim sendo, para que haja uma gestão inteligente das unidades ambientais di-

agnosticadas no espaço da bacia, se faz necessário conhecer os aspectos territoriais e sócio-

espaciais, para poder garantir suporte de conhecimentos técnicos, através de ações planejadas,

capazes de promover o pretendido desenvolvimento sustentável da área pesquisada. Nesse

caso, indica-se como suporte para tal objetivo, a efetivação de um zoneamento ecológico-

econômico na bacia, em parceria com monitoramento dos recursos naturais (solo e água)

acompanhado de instrumentos reguladores de uso e ocupação em toda a região estudada.

5.2 – Carta de Fragilidade Ambiental

As Unidades Ambientais diagnosticadas na bacia hidrográfica do rio Punaú e

área litorânea adjacente, foram identificadas a partir da dinâmica do meio físico, representa-

dos pelos processos formadores da estrutura geológica, dos relevos, dos solos e do uso e ocu-

pação. Esta análise integrada constitui fatores determinantes das características fisiográficas

na bacia, uma vez que possibilitou diagnosticar tais unidades e suas fragilidades ambientais

(Anexo 2).

- Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro - (UATC). Nessa unidade encon-

tra-se grande parte das nascentes que constituem os rios da bacia e seus afluentes, bem como

dos córregos, riachos e alguns lagos, fato esse que contribui para diagnosticar a nível local, a

referida unidade como sendo de média fragilidade ambiental.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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- Unidade Ambiental Litorâneo Eólico – (UALE). Nessa unidade foram en-

contradas dunas, rios, lagos, lagoas costeiras, lagoas interdunares e alagados, que juntos pos-

sibilitam o enquadramento da respectiva unidade como sendo de alta fragilidade ambiental.

A Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro - é considerada a maior unidade da

área em estudo, essa unidade abrangendo grande parte do município de Pureza, Rio do Fogo,

Maxaranguape e aproximadamente metade do município de Touros. Sua representação geoló-

gica está embasada pela Formação Barreiras, que apresenta relevo suavemente ondulado e

plano em determinados pontos, com Latossolo Amarelo e Areias Quartzosas distróficas (Ne-

ossolos Quartzarênicos distróficos) EMBRAPA (1999).

É válido salientar que esta interação geo-ambiental é responsável pelas nas-

centes dos córregos do Arrepiado e Carro Quebrado, além dos rios Tatu, do Saco e Punaú, que

em determinados pontos de seus cursos, apresentam-se temporários ou perenes, devido a es-

trutura geológica sedimentar da área e ao clima tropical litorâneo.

Em razão dessa unidade ambiental, a área pesquisada possui solos predomi-

nantemente arenosos, indicando que o uso e ocupação dos mesmos, devem ter limitações de

uso restrito à construção de aterros sanitários, cemitérios (sepultamento direto no solo) e lago-

as de efluentes industriais e orgânicos. Constatou-se também que esses solos são inadequados

para deposição de lixões municipais, fossas e sumidouros, além da construção de lagoas de

estabilização, sendo considerado como de média fragilidade ambiental.

De acordo com Nunes (1996), os solos desta região apresentam boas condições

de infiltração de água, além de contam com a superficialidade do lençol freático que alimenta

os rios no entorno da bacia no período de estiagem.

A Unidade Ambiental Litorâneo Eólico, compreende parte dos municípios de

Maxaranguape e Rio do Fogo e aproximadamente metade do município de Touros. Como es-

trutura geológica dessa unidade, destaca-se a Formação Barreiras, apresentando relevo de on-

dulado a plano, no qual aparece o ecossistema de dunas sub-recentes e recentes, planícies com

lagoas costeiras e interdunares. Quanto aos solos dessa área, estes são formados por Areias

Quartzosas marinhas (Neossolos Quartzarênicos marinhos), acompanhados de pequenas man-

chas de Latossolo Amarelo e Solos Orgânicos ou Gleissolos. EMBRAPA (1999).

Nessa unidade diagnosticou-se a maior representatividade de dezenas de lagoas

costeiras, destacando-se as maiores como: a do Jaburu, do Baião, do Baianzinho e Grande, em

Maxaranguape; Mutuca e das Cutias em Rio do Fogo; Gravata e do Fogo no município de

Touros, sendo estas últimas consideradas as maiores no entorno da bacia pesquisada. Uma das

características básicas dessas lagoas é o fato das mesmas não receberem águas dos rios, e sim

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

100

da superficialidade e afloramento do lençol freático, além das águas das chuvas caídas no lo-

cal.

As lagoas fluviais constantes nessa área são: do Catolé, inserida no município

de Rio do Fogo e do Punaú que abrange os municípios de Rio do Fogo, Touros e Pureza, for-

mando a bacia hidrográfica do rio Punaú, que deságua na enseada de Pititinga, no município

de Rio do Fogo. No baixo curso dessa unidade, aparece uma grande área de alagados, sendo

este o local em que mais se explorou argila diatomita para fins comerciais e industriais.

Em razão da Unidade Ambiental Litorâneo Eólica ocupar todo o litoral da área

estudada, englobando os municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros, salienta-se que

os solos dessa área apresentam as seguintes composições: Areias Quartizosas marinhas (Ne-

ossolos Quartzarênicos marinhos), formadores das dunas parabólicas sub-recentes (fixas), e

dunas longitudinais recentes (moveis), além de planícies com lagoas, mostrando que o lençol

freático está mais perto da superfície. Esta Unidade representa também uma interação ecos-

sistêmica, constituído de bela paisagem e alta fragilidade ambiental, devendo ser submetido

a severas limitações de uso do solo para um crescimento urbano dos municípios, onde não

existem estudos de planejamento urbano nem plano diretor municipal.

A área equivalente a essa unidade, é considerada inadequada para alguns tipos

de uso do solo com lixões, aterros sanitários, fossas, sumidouros e cemitérios (sepultamento

direto no solo) lagoas de estabilização de esgotos domésticos e industriais, construções de es-

tradas pavimentadas e habitações, devido a facilidade de infiltração de água, efluentes po-

luentes e afloramento do lençol freático, bem como restrição de uso para obras enterradas,

uma vez que apresenta risco de corrosão.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

101

6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Considerando que a gestão integrada dos recursos naturais e do meio ambiente

da bacia hidrográfica do rio Punáu e área litorânea adjacente deve conter uma visão estratégia

do futuro desenvolvimento, o que lhe confere um sentido além dos usos cotidianos e os im-

pactos ambientais diagnosticados na bacia estudada, expressam aqui as prováveis conseqüên-

cias e respostas das atividades relacionadas às dinâmicas econômicas e sociais detectadas na

respectiva bacia, cuja descrição constitui importante etapa neste trabalho.

Considerando que o diagnostico da fragilidade ambiental da bacia, os múltiplos

usos, as áreas impactadas e as que estão sujeitas à impactos ambientais, constitui o objetivo

geral deste trabalho.

Considerando ainda que os objetivos específicos visam: a caracterização ambi-

ental da referida bacia, a confecção das cartas de Fragilidade Ambiental e de Uso e Ocupação

do Solo, a identificação dos agentes naturais e humanos, a implementação de medidas mitiga-

doras e o respeito ao limite do potencial natural existente na bacia, conclui-se que:

Os fenômenos naturais e humanos que originaram a degradação ambiental dia-

gnosticada na bacia, são em parte, provenientes dos múltiplos usos, fato este que classifica o

espaço da referida bacia como vulnerável em decorrência de uma série de atividades realiza-

das no seu entorno como: ocupações irregulares, queimadas, desmatamentos, retirada de se-

dimentos para a construção civil (areia), terraplanagem de dunas, assoreamento e interdição

dos cursos d’água, deposição de lixo, etc.

Assim sendo, a análise final concluiu que a ocorrência de processos erosivos

na área da bacia, principalmente no litoral, está relacionada a movimentos eólicos e áreas de

afloramento da Formação Barreiras, que teve como agravante os desmatamentos da área de

dunas, bem como as ações antrópicas praticadas por agricultores no médio e alto curso da re-

ferida bacia.

Constatou-se também que os processos erosivos citados estão em evolução,

justamente pelo fato da bacia está embasada predominantemente em um relevo sedimentar,

cuja topografia varia de suavemente ondulado a plano, que se constitui pelas Areias Quartzo-

sas marinhas e Areias Quartzosas distróficas, cujos grãos formam as dunas e os tabuleiros, fa-

cilitando a percolação das águas para a recarga do aqüífero “Barreiras”, limitando dessa forma

os movimentos de massa.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

102

Quanto ao processo de assoreamento diagnosticado por este estudo, concluiu-

se que a supressão da vegetação favoreceu o carreamento de sedimentos por suspensão para

as margens dos mananciais de superfícies, alterando o ciclo natural dos cursos d’água. Nesse

sentido, é notório que a bacia estudada passa por uma crescente descaracterização ambiental

em razão da ocupação desordenada e das diferentes formas de uso e ocupação do solo, o que

tem contribuído para a ocorrência de um sério comprometimento da balneabilidade dos reser-

vatórios naturais nas áreas próximas ao litoral.

Com relação a prática das queimadas realizadas na área estudada, a pesquisa

concluiu que tal prática tem se tornado comum, haja vista o referido método ser considerado

pelos pequenos produtores locais, o mais viável para a limpeza dos novos espaços destinados

às diversas formas de uso e ocupação do solo.

Além do mais, a pesquisa concluiu que a crescente especulação imobiliária, a

retirada de areia das dunas para a construção civil, bem como, o crescimento desordenado do

turismo, dentre outras formas de degradação, foram os fatores antrópicos que mais contribuí-

ram para a descaracterização da paisagem da bacia estudada.

Ainda com relação aos impactos ambientais detectados na área em evidência, o

presente estudo concluiu que na referida bacia, tais impactos variam de média e alta fragilida-

de, situação esta que exige decisões urgentes a serem tomadas, uma vez que as medidas miti-

gadoras poderiam amenizar o comprometimento ambiental da bacia, assegurando dessa forma

a sustentabilidade daquele ambiente.

Assim sendo, torna-se notório que a gestão econômica dos recursos até então

realizada na área da bacia, esteve sempre a atender os proprietários da terra, dada a ordem

econômica e política que caracterizam a estrutura de gestão implantada na bacia. Desse modo,

ressalta-se que o poder econômico local, engendrou o uso e ocupação do espaço da bacia,

quase sempre com a monocultura, tendo esta atividade, garantido durante décadas o uso inten-

sificado do recurso solo, até então disponível na área estudada.

Com relação a prática da “coivara”, constatou-se que tal fenômeno localiza-se

com maior freqüência na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, justificando o “baixo custo

da mão-de-obra no preparo do solo”, bem como por esta área apresentar características extre-

mamente rurais, cuja a ausência do poder público é notória, e a população residente, não é es-

clarecida a nível de preservação ambiental, fato este que dificulta diagnosticar a vulnerabili-

dade ambiental pela qual passa o meio ambiente local.

Nesse caso, constata-se que o desmatamento no entorno da bacia em curso, é

causado principalmente pelo preparo de novas áreas agrícolas, seguido da retirada de lenha

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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para o uso doméstico e o fabrico de carvão que se destina a queima da Diatomita nos formos

das indústrias situadas no entorno desta bacia. Outro fator causador do desmatamento é a

fragmentação imobiliária no extremo oeste da bacia com o estabelecimento de loteamentos.

Semelhante caso foi discutido por Santos (2000-a), que caracterizou as múlti-

plas formas de uso e proteção dos ecossistemas hidrográficos, no qual apontou os principais

problemas decorrentes da exploração desordenada desses recursos.

Com base no pressuposto supra, constata-se que a situação diagnosticada na

bacia estudada, exige a criação de mecanismos participativos dos atores-chave do território,

os quais passarão a ter ação de poder na territorialidade onde vivem. Nestes termos, entende-

se que gerir mudanças de forma ágil implicaria uma descentralização das decisões.

Estudos desenvolvidos por Kurtz (2000), Rocha; Kurtz (2001) e Zamparoni

(2001), indicaram que o espaço das sub-bacias hidrográficas é evidentemente impactado por

ações antrópicas, com destaque para a variabilidade climática, todos decorrentes do desmata-

mento.

A presente pesquisa concluiu ainda que a ausência de gestões públicas relacio-

nadas às políticas habitacionais na área estudada, favoreceu as ocupações irregulares nas du-

nas, nas margens de rios e lagoas, áreas estas consideradas de alta fragilidade ambiental, prin-

cipalmente nas proximidades do litoral. É válido lembrar que tal processo de ocupação traz

consigo, toda uma série de danos ambientais, caracterizando-se como áreas de risco ambien-

tal. Neste contexto, autores como Beltrame (1994), Grant (1994) e Mello Filho (1994) realiza-

ram discussão e chegaram a conclusão que a maioria dos impactado em bacias hidrográficas

são provenientes de ações antrópicas.

No caso da bacia hidrográfica estudada, a gestão do território expressa um

princípio de finalidade econômica atrelada às relações de poder que se consubstaciam em es-

tratégias para a obtenção de determinados objetivos. Assim sendo, Orlando (2001), disse que:

no Brasil, a gestão dos recursos hídricos, reorganiza-se a partir da Lei Federal nº 9.433/97,

que interpreta a bacia hidrográfica como unidade de planejamento. Por outro lado, Diegues

(1989), ao fazer referência ao gerenciamento, disse que este deverá estabelecer o potencial de

uso dos vários recursos e áreas.

De acordo com esta pesquisa percebeu-se que: a bacia hidrográfica do rio Pu-

naú e área litorânea adjacente, tem tradição negativa de depositar lixo doméstico nas margens

das estradas, em áreas interdunares e em crateras, de onde se retira o material de empréstimo

destinado fazer a cobertura das estradas da região. A conclusão a que chegou esta análise evi-

dencia que tal ocorrência, vem acarretando sérios problemas ambientais, uma vez que o lixo

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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quando queimado, gera incêndios que chega a atingir a vegetação local. Somando-se a esta

degradação, estão os problemas sanitários oriundos da decomposição, bem como da contami-

nação do lençol freático pelo chorume, além do aparecimento de insetos que são prejudiciais a

saúde humana.

Concluiu-se ainda que além dos impactos ambientais citados, o processo de

ocupação desordenada que ocorre na área da bacia, e em especial no litoral, é apontado como

responsável pela transformação da paisagem natural que deveria proporcionar ao homem um

bem-estar mental e social, próprios do lazer contemplativo.

Através da presente pesquisa, ainda se concluiu que a procura por novas áreas

agrícolas, bem como pelos espaços para construção de hotéis e pousadas, apareceram como

empreendimento em expansão, o que aumenta a possibilidade de degradação do espaço da ba-

cia, fato que reforça os conflitos já existentes em detrimento da ausência de políticas públicas,

no âmbito estadual e municipal. Nesse sentido, consolida-se a gestão do território, ou seja, as

atividades econômicas vigentes caracterizam a feitura de uso e ocupação do território, dentro

de um sistema sócio-econômico, que foi atrelado ao uso e gestão dos recursos.

Torna-se evidente, segundo esta pesquisa que na área da bacia estudada que

parte da degradação diagnosticada, decorre das ações dos grandes proprietários de terra que

derrubam a vegetação nativa, incluindo a dos tabuleiros, para dar expansão a diversas formas

de cultura, provocando desequilíbrio ambiental, o que vem gerando assoreamento, acompa-

nhado da contaminação dos rios pelo uso de agrotóxicos utilizados em outras lavouras e con-

seqüentemente, o desequilíbrio dos ecossistemas existentes na bacia.

Nesse contexto, argumenta-se acerca da gestão a ser empregada na bacia, uma

vez que ficou constatada a perversão sócio-ambiental desse ecossistema hidrográfico, ou seja,

existe por parte da sociedade certa preocupação com as práticas de gestão da área.

É nesse sentido que se propõe como medidas corretivas, a aplicação de ações

conjuntas consideradas prioritárias, como: reimplantação, conservação e recuperação de matas

ciliares, bem como reflorestamento do solo com espécies nativas, que passam a ser objeto de

planos, programas e projetos, cuja parceria deverá englobar os setores público e privado, e

que sirvam de base para os instrumentos norteadores do planejamento.

Diante da situação explicitada, surgem novos atores, como a sociedade civil,

que tende a despertar para a problemática dessa gestão de uso e ocupação dos recursos dispo-

níveis e da gestão de empregos na área da bacia, passando a reivindicar os seus direitos de ci-

dadão, face às contradições e conflitos evidentes no uso dessa área. Isso ficou claramente ex-

presso, quando das investigações de campo.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Quanto a cultura do côco-da-baia, significativa para alguns proprietários da re-

gião estudada, a pesquisa concluiu que tal fato não traz grandes benefícios para o município.

Por dedução, a análise considerou que as estratégias de desenvolvimento sustentável devem

contemplar o homem em primeiro lugar, suas condições de vida e de relações sociais. Con-

clui-se também que a referida cultura tem-se configurado como de extrema perversão sócio-

espacial, uma vez que não atende as necessidades básicas da população residente na área, nem

tão pouco, reduz a pobreza local, passando esta a ser uma condição essencial e necessária para

que o desenvolvimento seja sustentável.

Nesse contexto é notório que a área estudada, caracteriza-se por apresentar um

quadro, onde a natureza, representada pelos recursos naturais dispõe de um potencial que vem

sendo explorado pela sociedade, em particular os donos das terras, ou seja, do espaço agrário,

espaço de exploração do plantio do côco-da-baía e outras culturas.

Concluída esta pesquisa, a avaliação da dinâmica dos recursos naturais com

dados da sustentabilidade ambiental para usos agrícolas, permitiu a identificação da aptidão

agrícola dos solos confrontada com a vulnerabilidade ambiental e os riscos de degradação,

bem como possibilitou a qualificação da sustentabilidade para usos agrícolas, para as culturas

do feijão, mandioca, côco-da-baía, cajueiro e bananeira, estando algumas destas culturas, re-

presentadas na carta de uso e ocupação do solo.

Assim sendo, conclui-se que a base sócio-econômica que configura o espaço

geográfico da bacia, bem como a proposta de gestão que ora se delineia, se viabilizará a partir

de processos e diretrizes das ações impetradas pelos atores que atuam na área. Como tal, é um

instrumento que induzirá um conjunto de intervenções setoriais, de modo a reconstruir o es-

paço em questão, alicerçada, sobretudo na vontade política dos seus representantes.

A partir daí, ocorrerá a consolidação de uma gestão sustentável abrangente e,

não em um crescimento que só tem garantido a sustentabilidade dos donos da terra em detri-

mento da sociedade civil. Assim sendo, propõe-se que a gestão a ser empregada nas unidades

ambientais diagnosticadas no contexto da bacia pesquisada, seja realizada quando endossada

por todos os envolvidos da área em questão.

A pesquisa concluiu junto a população, a inexistência de programas temáticos

ou individuais que objetivem o conhecimento da biodiversidade destes ambientes. Nesse sen-

tido, propõe que a atenção especial deve ser direcionada às áreas com maior adensamento

demográfico (litoral), onde as ocupações irregulares estão provocando alterações ambientais

severas.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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Em se tratando dos usos múltiplos, a pesquisa concluiu que a administração

participativa poderá ser um modelo de gerenciamento eficaz no processo de racionalização do

uso dos recursos naturais, se tal processo for validado e legitimado pela satisfação dos usuári-

os com a implantação da nova forma de administrar os recursos hídricos. Nesse caso, a gestão

dos recursos hídricos aponta para políticas descentralizadoras e participativas, com o envol-

vimento dos usuários no processo de tomada de decisão.

Assim sendo, sugere-se através deste trabalho, a criação de um Comitê Inter-

municipal de Bacia Hidrográfica do rio Punaú e área litorânea adjacente, o qual terá como

objetivo, monitorar as unidades ambientais diagnosticadas nesta bacia, considerando as pecu-

liaridades de cada uma delas e sua capacidade de suporte para as atividades a elas inerentes,

estabelecendo conjuntamente com os municípios Maxaranguape, Rio do Fogo, Touros, Pure-

za, São Miguel de Touros, Pedra Grande e Taipu, que juntos constituem a região da bacia es-

tudada.

Paralelo a tal implementação, deverão ser criadas normas que regularizem e

monitorizem os múltiplos usos e ocupações da área estudada, os intensos processos de extra-

ção mineral, a supressão da cobertura vegetal das dunas e das matas ciliares, as constantes

queimadas realizadas em área de tabuleiro, além de outras atividades que causam danos irre-

versíveis ao meio ambiente local, observando os investimentos provenientes de empresas que

tem como objetivo a prática do lazer em toda área litorânea pesquisada.

Finalizando, acredita-se que com a participação da sociedade residente na área

estudada, acompanhado pela implantação de programas de educação ambiental, emprego de

estratégias de conservação dos habitats, associada à licitude e transparência das ações sugeri-

das, será revertido o quadro diagnosticado na bacia em benefício da comunidade local, asse-

gurando o tão esperado desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfica do rio Punaú e área

litorânea adjacente.

Ao concluir este trabalho, ficou claro que a fragilidade ambiental diagnosticada

na bacia hidrográfica do rio Púnaú (RN) e área litorânea adjacente, parte da premissa que a

ausência de gestões públicas relacionadas as políticas habitacionais, tem favorecido ao longo

do tempo, as ocupações irregulares no espaço da bacia, através da construção de hotéis e pou-

sadas, por ser esta, uma área livre de ações empreendedoras e fiscalizadoras por parte do po-

der público: Municipal, Estadual e Federal.

Analisada tal conclusão, enfatiza-se que em toda a área da bacia estudada, a

intensidade decorrente de ações antrópicas, na maioria das vezes não intencionais, precisam

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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de ações conjuntas que revertam qualquer quadro degenerativo que interfira na sustentabilida-

de dos recursos hídricos naturais existentes na bacia.

Assim sendo, conclui-se que a sociedade residente na área da bacia, deve gerir-

se de forma mais flexível, respeitando as características ambientais de cada município. Neste

sentido a gestão tem por objetivo satisfazer os diversos tipos de demanda com o menor custo,

limitar certos efeitos excessivos e levar em conta os interesses dos diversos atores sociais, na

medida de seu peso social ou de suas possibilidades de ação. Sendo assim, assinala-se neste

trabalho, a necessidade do redimensionamento do papel do Estado como gestor da área estu-

dada, bem como a vinculação do direito à propriedade aos interesses comunitários.

Considerando ainda que a reorganização do espaço da bacia estudada parte da

necessidade de implantação de políticas públicas que viabilizem a recuperação da vegetação

nas áreas das nascentes, a reposição das matas ciliares, a proteção das áreas de relevo movi-

mentado, o uso adequado da água e o controle na retirada de lenha, além do monitoramento

das diversas formas de uso e ocupação do solo, recomenda-se que:

a) Seja criado no âmbito da bacia discutida, um comitê de bacia hidrográfica

intermunicipal capaz de implantar um sistema de monitoramento que gerencie através de

normas técnicas, a conservação e o disciplinamento dos múltiplos usos atribuídos aos recursos

naturais existentes na mesma.

b) Seja consolidada uma Gestão integrada e sustentável entre recursos natu-

rais/meio ambiente capaz de satisfazer os diversos tipos de demanda, limitando os efeitos ex-

cessivos e levando em consideração os interesses dos diversos atores sociais e institucionais.

c) Seja efetivado programa de educação ambiental junto a população residente

na bacia estudada, empregando estratégias de conservação dos habitats, associadas a licitudes

e transparências das ações empregadas em benefício da comunidade local.

d) Seja implantado plano de manejo vegetal na área estudada, com objetivo de

mitigar usos múltiplos, principalmente na Unidade Ambiental Tabuleiro Costeiro, fato este

que possibilitará a recuperação e a conservação das nascentes dos rios situadas na respectiva

unidade ambiental.

e) Sejam implantadas nas duas Unidades Ambientais diagnosticadas na bacia,

áreas florestadas em parceria com os campos agrícolas, cujo manejo adequando do solo, pos-

sibilite garantir e conservar as funções ecológicas da área pesquisada.

f) Haja participação efetiva do poder público estadual e municipal em parceria

com os atores sociais da área, nas discussões, decisões e condução das problemáticas ambi-

entais da bacia em evidência.

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Fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio Punaú (RN) e área litorânea adjacente .J. A. Tavares

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ANEXOS

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