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Conhecimento sobre aleitamento materno de mes assistidas num Hospital Amigo da Criana em Teresina - Piau
Francisca Natlia Alves PinheiroThalita Marques da Silva
Orientadora: Dra. Carmen Viana Ramos
Teresina/Pi2010
INTRODUO
Aleitamento maternoBiolgicoPsicolgicoSocial
A cada ano, um milho e meio de mortes poderiam ser evitadas por meio da prtica do aleitamento materno (OMS, 1991).
BRASIL alta prevalncia de desmame precoce, embora haja uma tendncia geral do aumento da durao do aleitamento materno total.
INTRODUO
DURAO MEDIANA DO ALEITAMENTO MATERNO TOTAL
ENDEF (1975)
2,5 meses
ENDEF (1975)
2,5 meses
PNSN (1989)
5,5 meses
PNSN (1989)
5,5 meses
PPAM (1999)
9,9 meses
PPAM (1999)
9,9 mesesPNDS (2006)
9,3 meses
PNDS (2006)
9,3 meses
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
1996 1 ms2006 2,2 meses
(PNDS, 2006)
PPAM(2008)
11,2 meses
PPAM(2008)
11,2 meses
INTRODUO
PIAU- Em 2006, cerca de 41,4% das crianas na idade de seis
meses estavam em aleitamento materno exclusivo (RAMOS et al, 2008).
- Em Teresina, nos Hospitais Amigos da Criana, em 2006, 60 % das crianas estavam em AMEx aos 6 meses (RAMOS et al, 2010).
OBJETIVO
Analisar o conhecimento sobre aleitamento materno e os seus reflexos nessa prtica entre mulheres clientes de um Hospital Amigo da Criana em Teresina Piau.
CAMINHO METODOLGICO
Pesquisa qualitativa.Campo de estudo: HAC da cidade de TeresinaSujeitos da Pesquisa: mulheres que acompanhavam suas crianas no ambulatrio de aleitamento 4 a 6 mesesColeta de dados: entrevista semi-estruturada (Scio-econmico, questes relacionadas a me e a criana)Definio da classe econmica Critrio Brasil. Associao Brasileira de Pesquisa (ABEP), (ABEP, 2003).
CAMINHO METODOLGICO
Pergunta norteadora: Voc pode falar sobre sua experincia em aleitamento materno?
Roteiro temtico- Experincias anteriores e atuais; importncia do
aleitamento; tempo de aleitamento; facilidades e dificuldades vivenciadas; interferncias externas; orientaes recebidas pelo servio de sade; orientaes recebidas fora do servio de sade.
CAMINHO METODOLGICO
Classificao do tipo de aleitamento OMS (1991).
Nmero de entrevistadas: Ponto de saturao(DUARTE, 2002). 10 entrevistadasAnlise de dados: Anlise de contedo do tipo temtico (BARDIN, 1997).Aspectos ticos: aprovado CEP NOVAFAPI. Todas as mulheres assinaram TCLE - Resoluo 196/ 96 Ministrio da Sade.
RESULTADOS E DISCUSSO
N de entrevistadas 11 mulheres
Faixa etria: 19 a 30 anos
Estado civil: - 6 casadas;- 2 solteiras;- 3 unio consensual.
N de filhos: - 6 multparas;- 5 primparas.
Trabalho materno: - 3 trabalhavam fora do lar.
Grau de escolaridade
- 9 ensino mdio completo ou incompleto;- 2 ensino
fundamental incompleto
Parto - 6 cesreo;- 5 normal hospitalar.
Questes relacionadas ao aleitamento:
- 11 amamentaram nas primeiras 24 horas aps o parto- 8 aleitamento complementar;- 3 aleitamento materno exclusivo;- 8 ofereciam chupetas e/ou mamadeiras
Classe social: - 8 classe C;- 1 classe B1;- 1 classe D;- 1 classe E.
RESULTADOS E DISCUSSO
5 CATEGORIAS:- Amamentao significando amor;
- Conhecimentos adquiridos no servio de sade;
- Conhecimentos adquiridos no contexto familiar;
- Conhecimentos adquiridos x prticas vivenciadas;
- Fardo x Desejo.
RESULTADOS E DISCUSSO
TEMA 1 Amamentao significando amoramamentar tambm construir uma relao entre me e filho... (SILVA et al, 2008).
...uma coisa muito prazerosa [...] um tipo de afeto da criana com a me [...] alm de voc est dando leite, voc est transmitindo carinho pra ela, ela t sentindo a me dela [...] um afeto entre as duas, de pegar, amamentar, olhar no olhinho dela, saber que voc t ali dando o leitinho dela, que ela gosta, uma coisa prazerosa. (M10)
RESULTADOS E DISCUSSO
ARAJO (1995), ao estudar as representaes que o aleitamento traz para a mulher, focaliza o vnculo afetivo como forte justificativa para a continuidade desta prtica.
NAKANO (2003) aponta que a amamentao percebida pelas mulheres, essencialmente como alimento, afeto e proteo necessrios sade do beb.
seu existir no mundo (ARANTES,1995).
RESULTADOS E DISCUSSO
TEMA 2 Conhecimentos adquiridos no servio de sade: Enfoque principal: tempo de aleitamento, sade do beb e as tcnicas de amamentao.
Eles disseram que era pra d o peito at os seis meses, pra no dgua, que leite continha gua, essas coisas [...] o que eles falam aqui a maioria das pessoas j sabe...(M6)
...eles s falam que importante tanto pra mim quanto pra criana, e que pra amamentar at os seis meses, essas coisas que ta todo mundo careca de saber (M11)
RESULTADOS E DISCUSSO
Leite materno proteo a sade da criana.
...eu s dou de mamar mesmo porque eu sei que o leite bom pro beb [...] eu tenho medo dela adoecer... (M7)
...porque alm de ta dando sade pra ele n, d pra gente tambm, porque evita n, o cncer de mama... (M11)
RESULTADOS E DISCUSSO
Muitas mes amamentam apenas pela preocupao exclusiva com o bem estar e a sade da criana. (PERCEGONI et al, 2002; RAMOS e ALMEIDA, 2003; SILVA et al, 2008).
Repasse de informao de forma verticalizada e centrada nas tcnicas da amamentao (RAMOS e ALMEIDA, 2008).
Abordagem biolgica e ideolgica responsabilizar e culpabilizar (ALMEIDA, 2001).
RESULTADOS E DISCUSSO
TEMA 3 Conhecimentos adquiridos no contexto familiarVulnerabilidade emocional apoioFamlia /sociedade determinante e influente.
Quando eu fui pra casa,minha me e o pai do meu menino me ajudaram, ainda bem porque, mesmo eu j tendo amamentado uma vez, eu tava assim com um medo, no sei [...] durante o resguardo tambm ela me ajudou muito...(M7)
RESULTADOS E DISCUSSO
Influncias negativas: ...sempre aparece gente que fala n, que s o leite no
sustenta, que a criana chora porque ta com fome e essas coisas todas n...ele chorava muito no incio e ela (tia) falava que era fome, falou que era fome, fome, fome, fome, d leite pra esse menino, d alguma coisa pra esse menino e mata a fome dessa criana... (M9) Influncias positivas:
...o pai dele disse que pra mim continuar dando s o leite at os seis meses at porque mais barato n... (M7)
RESULTADOS E DISCUSSO
A famlia exerce papel determinante sobre a deciso do ser mulher, em como amamentar seu filho (POLI e ZAGONEL, 1999).
Aes promotoras do aleitamento estar voltadas tambm ao contexto familiar (PRIMO e CAETANO, 1999; TEIXEIRA et al, 2006).
RAMOS e ALMEIDA (2003), afirmam que as mulheres tendem a serem influenciadas pelo meio, geralmente por medo ou insegurana.
RESULTADOS E DISCUSSO
TEMA 4 Conhecimentos adquiridos x prticas vivenciadas Discurso dos profissionais de sade prtica.
...no comeo que eu dei outro alimento pra ele, por causa que eu achava o meu leite muito fraco [...] era bem fraquim. Sabe assim fraco, com aquela cor esquisita [...] achava que no matava a fome dele [...] quando ele chora eu fico com vontade de dar comida pra ele, porque pra mim que ele chora de fome. (M7)
RESULTADOS E DISCUSSO
leite fraco respostas para o insucesso de uma prtica considerada instintiva e natural (ALMEIDA e NOVAK, 2004).
Falta de conhecimento de tcnicas corretas de suco ao seio serem responsveis pelo insucesso (PERCEGONI et al, 2002).
leite fraco, pouco leite e leite secou (RAMOS e ALMEIDA, 2003).
RESULTADOS E DISCUSSO
Apesar de todas as informaes recebidas sobre o oferecimento de outros alimentos aos seus filhos, estas no se sentem seguras em fazer o que lhes foi indicado.
...num tem como alimentar s com o leite at os seis meses. Pra mim, eu acho que no sustenta mais. Assim, os mdicos dizem que bom, que suficiente, mas a gente como me fica com medo...da criana ta passando fome. (M4)
RESULTADOS E DISCUSSO
Intercorrncias mamrias
No hospital foi um pouco complicado n, porque o bico do meu peito muito pequeno e ele tinha dificuldade de pegar, num sei se por causa da feridinha tambm, eu no tava com jeito de colocar ele no peito, ele tomou aquele copinho n, dos dez ml de leite no incio, depois comecei a fazer massagem no bico [...] o bico do meu peito ficou muito ferido, devido, ...ter enchido demais, empedrado e ele no conseguia pegar totalmente e a ele pegava s de pedao n, e a comeou a inflamar ferir... (M9)
RESULTADOS E DISCUSSO
Falta de prtica, medo e ansiedade.
No comeo foi um pouco difcil porque eu no sabia muito [...] eu no tive dificuldade no, s mesmo a falta de prtica n. (M5)
Ah foi um pouco difcil, assim, era tudo muito novo pra mim [...] porque eu acho que o bico do peito era muito pequeno, ele demorava muito pra pegar... (M8)
RESULTADOS E DISCUSSO
Distanciamento entre teoria e prtica.
As informaes veiculadas no se concretizam, refletindo a falta de um dilogo aberto onde as dificuldades da mulher sejam escutadas e os rumos do aleitamento sejam discutidos em conjunto, como por exemplo, na ocasio do retorno ao trabalho (RAMOS e ALMEIDA, 2008).
RESULTADOS E DISCUSSO
A prtica do aleitamento requer muita compreenso do profissional de sade, para que esse possa contemplar a mulher em sua especificidade (ZORZI e BONILHA, 2006).
Alteridade Considerar as diferenas (HAMES et al, 2006).
Aconselhamento no verbal (LEITE et al, 2004)
RESULTADOS E DISCUSSO
TEMA 5 Fardo x Desejo
tem hora que vocs se estressa [