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Francisco Carvalho by Superflux Seleccionei para análise o projecto Open Informant do colectivo Superflux, em primeiro lugar, por abordar a temática por mim trabalhada no último projecto do primeiro semestre (Big Data vs. Personal Data), e depois pelo facto de o objecto em si ser uma crítica ao tema, feita com base num discurso de tom irónico e subverso com o qual me identifico. OPEN INFORMANT

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Francisco Carvalho

by Superflux

Seleccionei para análise o projecto Open Informant do colectivo Superflux, em primeiro lugar, por abordar a temática por mim trabalhada no último projecto do primeiro semestre (Big Data vs. Personal Data), e depois pelo facto de o objecto em si ser uma crítica ao tema, feita com base num discurso de tom irónico e subverso com o qual me identifico.

OPENINFORMANT

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“Since the formation of the nation state, state surveillance of some form has been part of our lives. Today most countries across the world have specialised and well-funded agencies tasked with watching their citizens, from the GCHQ in UK to NATGRID in India and the now famous NSA in the United States.”

Superflux

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Este projecto tem como principal foco a vigilância na era digital e procura criticar os métodos utilizados por agências como a NSA na (suposta) salvaguarda e segurança dos cidadãos.Partindo do princípio de que estas agências fazem o rastreio da nossa informação (secretamente) com base em palavras chave constantes de uma lista negra por elas elaborada, este objecto pretende facilitar-lhes a vida. O objecto em si é uma espécie de mini ecrã que pode ser usado à lapela tal como um pin. Uma aplicação criada para comunicar com este objecto faz o rastreio de todas as nossas comunicações à procura das tais palavras chave constantes na lista negra das agências. No fim do rastreio feito, o pedaço de informação da qual fazem parte essas palavras é enviado e mostrado no tal ecrã (as palavras-chave aparecem destacadas do resto do texto). Isto faz com que a informação que é recolhida de forma ilícita seja mostrada abertamente sem ser necessário recorrer a todos estes esquemas de vigilância.

“By openly displaying what is currently taken by forceful stealth, we question the intrusive forms of mass surveillance adopted by democratic nations on its own citizenry”.

CONCEITO

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Open Informant badge

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Este objecto é composto por uma aplicação móvel e por um mini ecrã (2,7”). A aplicação serve para rastrear as mensagens constantes no dispositivo móvel (onde esta está instalada) à procura das tais palavras chave que fazem parte da lista negra, neste caso em concreto, da NSA. Ao encontrar uma ou mais palavras-chave, o pedaço de texto do qual fazem parte essas palavras é enviado, via bluetooth, para o mini ecrã sendo depois possível visualizar esse pedaço de texto já com as palavras chave destacadas.No que à programação do ecrã diz respeito, esta é feita com base num arduíno (Pro Mini 3.3V 8Mhz). Tanto o arduíno como o ecrã são depois inseridos numa estrutura fabricada a aprtir de uma folha de acrílico com 3mm de espessura.É importante também referir que este é um projecto open source, estando os materiais disponíveis em:

“Open Informant is a phone app and e-ink badge. The app searches your communications for these NSA trigger words and then sends text fragments containing these words to the badge for public display.”

MECÂNICA

https://github.com/Superflux-in/badge

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Como funciona

Vista explodida do objecto

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Embora seja interessante podermos andar ao peito com mensagens que supostamente a NSA julga poderem fazer de nós “criminosos”, em termos experienciais não há muito a dizer sobre este objecto, pois a única interacção entre ele e o utilizador prende-se com o facto deste poder ser usado como um pin e levado para qualquer lado. Importa também referir que existe uma certa componente de Do It Yourself, pois o facto de ser um projecto open source permite, de certa forma, que o utilizador personalize o objecto ao seu gosto.

EXPERIÊNCIA

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O que é distintivo neste projecto é a forma irónica como o tema da segurança no mundo digital é abordada, sendo que é quase feita uma espécie de paródia aos métodos de vigilância utilizados por algumas entidades governamentais, que alegam praticá-los com a desculpa de que é “para manter a segurança”.Este projecto mostra também, de certa forma, que o que é feito no mundo digital pode, muitas vezes, ter implicações ao nível do mundo real.A forma como o tema foi abordado bem como a tansposição de algo que diz respeito ao mundo digital para a realidade, são aspectos que pretendo levar para o projecto a desenvolver ao longo deste semestre.

CONCLUSÃO