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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NOME: LUAN SOUZA ARAUJO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO CÓDIGO: 303251 TURMA:A0 SEMESTRE: 2012.1 PROFESSOR(A): VERLANE ARAGÃO SANTOS Resumo François Quesnay foi o principal mentor da escola fisiocrata, que pretendia aplicar uma série de reformas contra o mercantilismo na França. O sistema agrícola francês estava em um período de transição, tinha características estruturais notoriamente feudais, algo que dificultava o crescimento do país, pois este estava em vias de desenvolvimento capitalista e o controle exercido pela política mercantilista era uma barreira para o desenvolvimento social e econômico. Senso assim, veremos a analise do quadro econômico desenvolvida por Quesnay que inspirou toda uma série de pensadores de sua época até atualmente. O autor parte do principio que existia três classes sociais. A classe produtiva, que era constituída pelos trabalhadores rurais e é responsável por toda produção de riqueza no estado. A classe proprietária, formada pelos donos das terras, ou seja, pela nobreza , clero e soberanos proprietários. A classe estéril, formada pelos cidadãos ocupados com serviços não agrícolas, se mantinha com o excedente da classe produtiva. Tanto a classe proprietária quanto a classe estéril dependiam da riqueza produzida pela classe proprietária, que era capaz de gerar excedentes.

François Quesnay foi o principal mentor da escola fisiocrata

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Page 1: François Quesnay foi o principal mentor da escola fisiocrata

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

NOME: LUAN SOUZA ARAUJO

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

CÓDIGO: 303251

TURMA:A0

SEMESTRE: 2012.1

PROFESSOR(A): VERLANE ARAGÃO SANTOS

Resumo

François Quesnay foi o principal mentor da escola fisiocrata, que pretendia aplicar uma série de reformas contra o mercantilismo na França. O sistema agrícola francês estava em um período de transição, tinha características estruturais notoriamente feudais, algo que dificultava o crescimento do país, pois este estava em vias de desenvolvimento capitalista e o controle exercido pela política mercantilista era uma barreira para o desenvolvimento social e econômico. Senso assim, veremos a analise do quadro econômico desenvolvida por Quesnay que inspirou toda uma série de pensadores de sua época até atualmente.

O autor parte do principio que existia três classes sociais. A classe produtiva, que era constituída pelos trabalhadores rurais e é responsável por toda produção de riqueza no estado. A classe proprietária, formada pelos donos das terras, ou seja, pela nobreza , clero e soberanos proprietários. A classe estéril, formada pelos cidadãos ocupados com serviços não agrícolas, se mantinha com o excedente da classe produtiva. Tanto a classe proprietária quanto a classe estéril dependiam da riqueza produzida pela classe proprietária, que era capaz de gerar excedentes.

A agricultura, segundo Quesnay, era a única atividade produtiva capaz de gerar excedentes. Desta forma, todas as outras atividades dependiam da produção, proprietários se mantinham com os pagamentos efetuados pelos arrendatários, e os artesãos, manufatureiros e comerciantes dependiam da matéria prima gerada pela classe produtiva. Partindo de uma situação hipotética, mas com implicações na realidade, o autor enfatiza essas relações através de uma sistemática descrição do capital como reprodução, através da demonstração do funcionamento dos adiantamentos anuais, o autor mostra como se dava o processo de trocas entre as diferentes classes, circulação de capital e geração de renda.

Os adiantamentos eram despesas anuais destinadas a manutenção da produção, por exemplo, os salários, sementes e custos anuais para a manutenção do serviço. Somente a classe proprietária não tinha adiantamentos anuais, os estéreis necessitavam fazer adiantamentos para a compra de matérias primas à classe produtiva, esta ultima fazia adiantamentos aos proprietários pelo uso da terra.

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Todo o sistema dependia do bom funcionamento econômico da classe produtiva, para isso os proprietários deveriam ter gastos racionalizados para manter as entradas totais, que consistia nos adiantamentos anuais e juros destinados ao rendimento da classe produtiva, para o desenvolvimento econômico posterior.

Além de servir para o rendimento da classe produtiva, os juros serviam para a manutenção do fundo das riquezas de exploração(adiantamentos primitivos) que necessita de reposições diárias. Também servia para os custos gerados por contingências e acidentes que comprometem a produção.

Torna-se evidente que, ao analisar o funcionamento do sistema econômico enfatizando a importância da agricultura e da classe produtiva, Quesnay pretendia alertar as classes proprietárias, detentoras do poder, que o modelo mercantilista ao sobrecarregar as classes produtivas de taxações e por regular o mercado, acabava tornando o desenvolvimento da França. Para acabar com a instabilidade política, com a economia obsoleta, ele idealizou um estado mínimo, que não se intrometesse nas questões econômicas e que tivesse apenas um tributo anual, que deveria ser pago pelas classes proprietárias. Sendo assim, por criticar o funcionamento econômico da França e criticar a elite econômica, as ideias de Quesnay e seus discípulos, os fisiocratas, não foram bem aceitas na época, mas posteriormente influenciaram outros autores importantes para a ciência econômica, como Karl Marx e David Ricardo.

BIBLIOGRAFIA:

QUESNAY, F. (1996). "Análise do Quadro Econômico". In.: Quadro Econômico dos Fisiocratas. São Paulo, Nova Cultural, pp. 209-217. (Coleção Os Economistas).