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Fraturas C1 / C2
Lucienne Dobgenski 2004
Anatomia
Atlas Axis
Anatomia
AP Perfil
Mecanismo de Trauma
Trauma axial em flexão
Trauma axial - neutro
Fraturas do Côndilo Occipital
• Os côndilos occipitais são as partes laterais do osso occipital
• Na borda medial do côndilo há um tubérculo para insersão do ligamento alar e em sua base o canal para o n. hipoglosso
• Posteriormente aos côndilos há um processo jugular e sua incisura por onde passam a veia jugular interna e o IX, X e XI pares de nn. cranianos
Fraturas do Côndilo Occipital
• Trauma de grande energia – acidentes automobilísticos esportes
• Maior incidência - Jovens – 20-30 anos - sexo masculino
Fraturas do Côndilo Occipital
Fx do côndilo occipital à direita
Fraturas do Côndilo Occipital
Classificação de Anderson e Montesano – 1988 1. Fratura impactada do côndilo occipital – mec. Trauma –
carga axial membrana tectoria íntegra e ligamento alar íntegro – estável.
2. Fratura do côndilo como parte de uma fratura de base de crânio – traço em direção ao forame magno – trauma direto – estável - membrana tectória e ligamentos alares íntegros
3. Fratura avulsão do côndilo occipital pelo ligamento alar. Mec. Rotação e/ou inclinação lateral da cabeça. Com lesão do ligamento alar contra-lat. e da membrana tectória - instável
Fraturas do Côndilo Occipital Quadro Clínico: • Geralmente associado TCE • Pode estar associado à fx de vértebras cervicais
Diagnóstico: • De difícil diagnóstico • Difícil visualização no Raio X • TAC Tratamento: • Colar Philadelphia – tipo I e II • Halo gesso – tipo III • Tto neuropraxia dos pares cranianos - corticoideterapia
Fraturas do Atlas
• 10% de todas as fx da coluna cervical] • 2% de todas as fx da coluna • 50% das fx do atlas estão associadas a outras fx da
coluna cervical (princ. do processo odontóide e do enforcado)
• Déficits neurológicos são raros – devido ao largo diâmetro do canal e do espaço disponível para a medula em C1
• 25% das fx do atlas estão associadas com trauma craniofacial com TCE significativo
Fraturas do Atlas
Mecanismo • Compressão axial - alargamento anel • Hiperextensão - fx arco posterior
Quadro Clínico • Dor cervical – em geral sem alteração neurológica
Fraturas do Atlas – Raio X
• AP – observa a articulação C1/C2. Normalmente deve haver continuidade da linha vertical traçada sobre as margens laterais das massas laterais do atlas com porção lateral da articulação com o axis – (+ou - 7mm)
Método de Spencer
Fraturas do Atlas - Raio X • RX perfil – fx do arco posterio, espaço atlanto axial aumentado,
má rotação segmetar, anormalidades de partes moles. O espaço retrofaríngeo > 10mm no arco anterior de C1 e/ou > 5mm no canto inferior do corpo de C2 – podem indicar fx do arco anterior ou instabilidade dos ligamentos
Fraturas do Atlas - Raio X
Fraturas do Atlas - Raio X
• Perfil com extensão e flexão – instabilidades ligamentares
Espondilolistese C4-C5
Fraturas do Atlas - Raio X
• Transoral – posição das massas laterais do axis
Fraturas do Atlas - TAC
• Fornece imagem detalhada dos padrões da fratura
Fraturas do Atlas – tipos
• fx arco posterior - associada fx odontóide, hiperextensão + carga axial – tto conservador
• fx arco anterior – geralm. fx estável, pode estar associada a lesões ligamentares – tto conservador
• fx isolada massa lateral - se 3 /4 fragmentos no anel post/ant - fx de Jefferson *
• fx cominuta massa lateral - pior px - dor persistente
• fx simples processo transverso
Fratura por explosão do Atlas Fratura de Jefferson
• Mecanismo principal - carga axial • Pelo menos 1 traço de fx em cada arco / 2 ou + podem ser
encontrados • Subluxação lateral C1/C2 – incid. transoral • 50% destas fraturas estão associadas a outra fx na coluna • Fx raramente associadas com lesões medulares – os
fragmentos vão para ¨fora do canal medular¨ • Se separação das massas laterais > 7mm – lesão do
ligamento transverso – transoral • Tto conservador – tração 4-6 semanas seguida de halo-
gesso até a consolidação, caso mantenha instabilidade após retirada do halo-gesso – artodese C1-C2
Fratura por explosão do Atlas Fratura de Jefferson
Fraturas Axis - Odontóide
• 15% de todas as fx da coluna cervical • Principal mecanismo trauma – – acidentes
automobilísticos - flexão(deslocamento anterior do dente) e extensão(deslocamento posterior do dente). Outros : queda de nível ( baixa energia)
• Jovens – 40 anos • Raio X – transoral – perfil – (AP e oblíquas)
Fraturas Axis - Odontóide
• Classificação de Anderson e DÁlonzo • Tipo I – Fx do ápice do dente • Tipo II – fx da base do dente • Tipo III – fx do corpo do áxis
• As fraturas tipo I e III consolidam bem, e as do tipo II são de mais difícil consolidação
• Tto – redução – tração + halo craniano , que no tipo II deve permanecer por 4 – 5 meses
• Se não houver consolidação – artodese C1/C2
Fraturas Axis – Odontóide – Tto
Fratura do Enforcado – Espondilolistese traumática do Axis
• Fratura por hiperextensão-distração com fratura dos pedículos de C2 com deslizamento do corpo dessa vértebra sobre C3
• Raras vezes produz lesão medular – alargamento do canal
Fratura do Enforcado – Espondilolistese traumática do Axis
• Tïpo I – sem desvio ou com deslocamento de até 3mm, sem angulação • Tipo II – Deslocamento C1/C2 + desvio angular • Tipo II A – Angulação grave (mecanismo flexo-distração) • Tipo III – deslocamentos Facetários bilaterais ou unilat. + fx dos elementos posteriores] mec. Flexão-compressão
Fratura do Enforcado – Espondilolistese traumática do Axis
• Tratamento Lesões do tipo I – tto conservador – colar cervical
8-12 semanas Lesão do tipo II – tração + halo craniano por 10-12
semanas, se não houver consolidação tto cirúrgico artodese anterior C2/C3 ou posterior C1-C3
Lesão do tipo IIA – Imobilização com halo com compressão e extensão – piora com tração
Lesão do tipo III – associado a déficit neurológico – tto cirúrgico .
Luxações Atlas-Axis
• As luxações C1/C2 puras são raras – produzidas por violento mecanismo de flexão com ruptura do ligamento transverso, com projeção do dente do axis para o canal medular – com trauma medular incompatível com a vida
• Dgn Raio X – projeção do dente entre a margem posterior do arco anterior do atlas com a margem anterior do dente for > 3mm no adulto e que 5mm na criança
• Tto sempre cirúrgico – artrodese posterior C1/C2
Luxações Atlas-Axis
A – Luxação C1 com ruptura do ligamento transverso B – Luxação C1 com fx odontóide C – Deslocamento posterior de C1 D – Subluxação rotatória