2
O Fronteira da Arte é um informativo experimental desenvolvido pelos alunos da disciplina de Jornalis- mo Especializado, pela Universidade Federal do Pampa, sob a orientação da professora Adriana Duval. Equipe: Aline Santana, Estevan Minini, Felipe Laud, João Ricardo Ribeiro, Sofia Silva e Tatiane Bernardo. EXPEDIENTE Bonecas de pano espalhadas em um espaço pequeno e aconchegante, uma atmosfera convida- tiva que remete a infância. Sentada no canto da sala, a arte- sã continuou o seu trabalho enquanto costurava uma bone- ca de pano. Ela con- versou com a equipe do Fronteira da Arte e mostrou um pouco do seu mundo, onde as idéias são transformadas em peças únicas, ideais para presentear a quem se ama. A artesã em questão é Nívea Dubal, também proprietária da loja-atelier Dona Abelha, um espaço para compradores, admirado- res e também interessados em aprender artesanato. Utilizando a técnica do Patchwork, que consiste em trabalhos manuais feitos de pedaços de tecidos emendados, ela cria bonecos, almofadas e bolsas. É possível encontrar na loja acessórios, tecidos, botões, linhas e feltros para a confecção dos trabalhos artesanais. Além disso, são ministradas aulas de segunda a sexta-feira sem a ne- cessidade de inscrição antecipada. Dubal disse que algumas pessoas entram na loja por curiosidade e aca- bam comprando as peças e indicando o seu trabalho para amigos e paren- tes, o que gera encomendas da região de Santa Maria e Uruguaiana. A loja é localizada na Rua Co- ronel Lago nº 2257. O horário de atendimento: 7h30 às 12h00 e das 14h as 19h30. Por Felipe Laud e Tatiane Bernardo Para o público são- borjense que gosta da arte de pintura a óleo sobre tela, uma opção é visitar a primeira exposição Cultu- ra na Vitrine, que aconte- ce entre os dias 04 e 13 de abril. Realizada pelo DAC (Departamento de Assuntos Culturais) em parceria com a Prefeitura Municipal de São Borja, a exposição conta com nove artistas da cidade. Algumas telas estão à venda e podem ser adquiridas no local. Segundo a assessora do DAC, Vaine Fonseca, existe um outro projeto para divul- gar os talentos da cidade no artesanato. A exposição Cultura na Vitrine acontece na rua Pre- sidente Vargas, próximo ao Museu do Jango, de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e das14h às 17h. Cultura na Vitrine Costurando ideias São Borja, abril de 2011 Ano 1 - Edição 1 Biscuit: uma arte e um negócio Entre Brasil e Argentina, a França! Costurando ideias Página 2 Página 3 Contracapa São Borja, abril de 2011

Fronteiras da Arte

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Fanzine produzido em maio de 2011, como material avaliativo da disciplina de Jornalismo Especializado, da Universidade Federal do Pampa. Equipe: Aline Santana, Estevan Minini, Felipe Laud, João Ricardo Ribeiro, Sofia Silva e Tatiane Bernardo.

Citation preview

Page 1: Fronteiras da Arte

O Fronteira da Arte é um informativo experimental desenvolvido pelos alunos da disciplina de Jornalis-mo Especializado, pela Universidade Federal do Pampa, sob a orientação da professora Adriana Duval. Equipe: Aline Santana, Estevan Minini, Felipe Laud, João Ricardo Ribeiro, Sofia Silva e Tatiane Bernardo.

EXPEDIENTE

Bonecas de pano espalhadas em um espaço pequeno e aconchegante, uma atmosfera convida-tiva que remete a infância. Sentada no canto da sala, a arte-sã continuou o seu trabalho enquanto costurava uma bone-ca de pano. Ela con-versou com a equipe do Fronteira da Arte e mostrou um pouco do seu mundo, onde as idéias são transformadas em peças únicas, ideais para presentear a quem se ama.

A artesã em questão é Nívea Dubal, também proprietária da loja-atelier Dona Abelha, um espaço para compradores, admirado-res e também interessados em aprender artesanato.

Utilizando a técnica do Patchwork, que consiste em trabalhos manuais feitos de pedaços de tecidos emendados, ela cria bonecos, almofadas e bolsas. É possível encontrar na loja acessórios, tecidos, botões, linhas e feltros para a confecção dos trabalhos artesanais.

Além disso, são ministradas aulas de segunda a sexta-feira sem a ne-cessidade de inscrição antecipada.

Dubal disse que algumas pessoas entram na loja por curiosidade e aca-bam comprando as peças e indicando o seu trabalho para amigos e paren-tes, o que gera encomendas da região de Santa Maria e Uruguaiana.

A loja é localizada na Rua Co-ronel Lago nº 2257. O horário de atendimento: 7h30 às 12h00 e das 14h as 19h30.

Por Felipe Laud e Tatiane Bernardo

Para o público são-borjense que gosta da arte de pintura a óleo sobre tela, uma opção é visitar a primeira exposição Cultu-ra na Vitrine, que aconte-ce entre os dias 04 e 13 de abril. Realizada pelo DAC (Departamento de Assuntos Culturais) em parceria com a Prefeitura Municipal de São Borja, a exposição conta com nove artistas da cidade. Algumas telas estão à venda e podem ser adquiridas no local. Segundo a assessora do DAC, Vaine Fonseca, existe um outro projeto para divul-gar os talentos da cidade no artesanato.

A exposição Cultura na Vitrine acontece na rua Pre-sidente Vargas, próximo ao Museu do Jango, de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e das14h às 17h.

Cultura na VitrineCosturando ideiasSão Borja, abril de 2011Ano 1 - Edição 1

Biscuit: uma arte e um negócio

Entre Brasil e Argentina, a França!

Costurandoideias

Página 2

Página 3

Contracapa

São Borja, abril de 2011

Page 2: Fronteiras da Arte

Rosário Mendes e Silvere Wurfel, dupla-dona do Ateliê Arte e Aroma, possuem o principal local de disseminação em São Borja da técnica Biscuit, ambas começam juntas, há 15 anos, por interesse pes-soal e casual.

O Biscuit é um artesanato feito com uma massa composta principalmente de amido de mi-lho e cola, que quando tingida é moldada para decoração de utensílios e lembrancinhas em geral. Como não havia onde encontrá-la, Rosário e Silvere produziam a própria massa, contudo, atualmente, além de existir onde encontra-la, a dupla ampliou o leque de técnicas artesanais. Elas dominam outras temáticas como: pintu- r a em madeira e tela, artesanato a partir de material reciclável, arte francesa,

caixa forrada em tecido e feltro em tecido. Terapia? Não é exatamente isso que a artesã Ro-

sário Mendes descreve sobre o seu trabalho, diante de uma enorme mesa central cheia de peque-nas peças de madeiras. “Quando se trabalha com datas não é bem assim”, desmonta Ro-sário essa típica ideia de artesanato como apenas um passa-tempo.

A renda dessa arte varia entre R$120 a R$250 e o Arte e Aroma fica aber-to nas segundas, quartas e sextas-feiras das 14h às 17h e nas terças e quintas-feiras das 18h e 21h.

Por Sofia Silva

Biscuituma arte e um negócio

Entre Brasil e Argentina, a França!E

DIT

OR

IAL

A equipe do Fronteira da Arte conversou com os artesões da cidade, e trás, nesta edição, para você lei-tor, um pouco da produ-ção artesanal encontrada aqui.

A primeira edição de Fronteira da Arte desenha um pouco da cena artesa-nal de São Borja.Detalha curiosidades para artesões e curiosos de artes.

A matéria Entre Bra-sil, Argetina a França des-macha as fronteiras terres-tres e prova como algo de nome europeu, vindo de Buenos Aires é aplicado aqui em São Borja.

A cena artesã mantém um nicho artistico em São Borja aberto para várias técnicas e a partir dessa observação mostraremos o biscuit (uma técnica de modalem) e ainda técnicas artesanais de pano.

Nas próximas edições você encontrará outras técnicas e também conhe-cerá outros profissionais e muito mais! Divirta-se!

A equipe.

Foi no ano de 2004 que Viviane Paz, atual repre-sentante administrativa da Estância Santa Marta, trouxe pela primeira vez na cidade a técnica de pintura, chama-da Arte Francesa, para dar aulas de artesanato – ativi-dade que já exercia em Porto Alegre. Viviane aprendeu a técnica durante o período em que morou em Buenos Aires, com o objetivo inicial de fazer decorações para seu apartamento. Em 2001, quando retornou ao Brasil para fazer uma especialização em Audi-toria, em Porto Alegre, a artista recebeu um convite para expor seu talento. “Na época uma vizinha viu e o esposo dela era diretor do Centro Cultural Santan-der e me convidou para uma exposição, na qual fiz várias, e um dia me convi-daram para dar aulas, iniciei somente dando aulas em Porto Alegre.” A partir daí, não demorou muito para a artesã ter um retorno financeiro e um reco-nhecimento pelas suas obras.

Mas, mesmo tendo realizado expo-sições em São Paulo, Maceió, Fortaleza e em Porto Alegre, Viviane não teve o mesmo sucesso quando resolveu trazer a técnica para sua cidade. “Aqui na cidade não tive retorno comercial. Eu mais dava aulas aqui em São Borja do que vendia.”

A técnica francesa, criada pela sobreposição de gra-vuras de papel numa imagem plana, não é tão simples de ser disceminada, ainda mais em cidades que pouco inves-tem em materiais primários para artesanato. Para fazer a Arte Francesa, por exemplo, é necessário materias caros e feitos por encomendas, como é o caso do found board

– uma espécie de placa, feita sob medida para auxiliar na sobreposição das lâminas de papel (que também devem ser encomendadas sob medida para o corte).

Além disso, o custo de finalização da obra sai caro, devido ao investimento e à mão-de-obra. Viviane acre-dita que “aqui na cidade a pessoa não tenha retorno financeiro, não dá para viver com essa técnica.” Ela aponta ainda, que não é só na cidade que isto acontece.

A artista acredita que a falta investi-mentos em atributos artesanais se deva ao aspecto cultural tradicionalista que o gaúcho, de forma geral, possui.

No centro da cidade de São Borja, por exemplo, há apenas dois ateliês que comercializam a arte, comprada dire-tamente com os poucos artistas que a produzem nesta região – à exemplo da artesã Thalita Chagas, que produz qua-dros da técnica para os ateliês.

Aos poucos, e mesmo sem muito investimento, é possível perceber a tímida presença da técnica na fron-teira. Tanto em São Borja, quanto em

Santo Tomé, há ao menos um grupo de aprendizado da arte, onde as alunas querem aprender a técnica para vendê-la em outras cidades. Atualmente, em São Borja alguns consultórios médicos e escritórios já possuem quadros da Arte Francesa. E enquanto essa técnica não se populariza pela cidade, vale à pena conferir, ao menos a exposição da técnica, nos pontos que comercializam a arte.

Por Aline Santana

Numa fronteira de culturas disseminadas pela latinidade hispano-brasileira, a Arte Francesa, uma técnicade pintura, surge em São Borja como um atributo bastante visado no mercado das artes artesanais.

O quê: Ateliê Arte e AromaEndereço: em frente ao Posto BR em diagonal ao Hotel Itaipu na Rua Eddie Freire Nunes, 2023, centro, São BorjaHorário de funcionamento: segundas, quartas

e sextas-feiras das 14h às 17h e nas terças e quintas-feiras das 18h e 21h.

São Borja, abril de 2011 São Borja, abril de 2011

Prisma Vídeo Locadora

Travessa Amaral Costa, 526 - CentroFone: 3455-9674

Avenida Venâncio Aires, 782 - CentroFone: 3723-2928

AlternativoFutebol Sintético