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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia de Alimentos Ante-Projeto Industrial e Estudo Preliminar de Viabilidade Econômica Autores: Felipe Damazo Zanferrari Fernando de Toledo Delfini Guilherme V. M. Souza Marcus Vinícius Souza Pereira Mateus Amaral Campos

Frutas Desidratadas

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Projeto indutrial, ante projeto, mercado

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Page 1: Frutas Desidratadas

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia de Alimentos

Ante-Projeto Industrial e Estudo Preliminar de

Viabilidade Econômica

Autores: Felipe Damazo Zanferrari

Fernando de Toledo Delfini

Guilherme V. M. Souza

Marcus Vinícius Souza Pereira

Mateus Amaral Campos

Trabalho Apresentado para a Disciplina de Projetos Industriais – TA 932

Professor Responsável: Celso Costa Lopes

01 de julho de 2010

Page 2: Frutas Desidratadas

INDICE

1.Identificação do Projeto.....................................................................................5

2. Mérito Social do Projeto...................................................................................6

3. Objetivos e Mercado do Projeto.......................................................................7

3.1 Concorrentes............................................................................................12

3.2 Planejamento anual da produção.............................................................12

3.3 Canais de comercialização existentes.....................................................14

3.4 Ritmo e frequência de produção..............................................................14

3.5 Flexibilidade técnica da unidade produtiva..............................................15

4. Obtenção das Matérias Primas......................................................................15

4.1 Recepção e Armazenamento da matéria-prima:......................................17

4.1.1 – Manga.................................................................................................17

4.1.2 – Banana...............................................................................................17

4.1.3 – Abacaxi...............................................................................................17

4.2 Transporte das Frutas..............................................................................18

4.3 Água.........................................................................................................19

5. Escolha do processo produtivo......................................................................20

5.1. Ingredientes.............................................................................................20

5.2. Processamento........................................................................................20

6. Diagrama de Fluxo Qualitativo Geral.............................................................22

6.1 Etapas do Processamento.......................................................................22

6.2. Fluxogramas da Produção:.....................................................................29

7.Balanços de Materiais e Energéticos, Rendimentos.......................................30

7.1 Calculo da carga térmica do processamento (frio e calor).......................30

8. Diagrama de Fluxo Quantitativo Geral...........................................................31

9. Demanda de Insumos e utilidades.................................................................31

9.1 Embalagem Plástica.................................................................................31

9.2 Embalagem de Papelão...........................................................................32

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Page 3: Frutas Desidratadas

9.3 Rótulo Cartonado.....................................................................................34

9.4 Armazenamento.......................................................................................35

10. Sistema de manuseio e armazenamento de produtos acabados................36

10.1 Prazo de Validade..................................................................................36

10.2 Estratégia de comercialização e logística..............................................36

10.3 Sazonalidade..........................................................................................36

10.4 Período de Segurança (Análises Microbiológicas).................................37

10.5 Armazenamento do Produto Acabado...................................................37

11. Sistema de Qualidade..................................................................................38

11.1 Controle de qualidade da Matéria-prima................................................38

11.2 Controle de Qualidade do Produto Acabado..........................................40

11.3 Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ)...............................................42

11.4 Exigências Legais...................................................................................42

11.5 Programas Voluntários...........................................................................44

12. Subprodutos, Resíduos e Meio Ambiente....................................................47

13. Especificações dos Equipamentos para o(s) Processamento(s).................49

14. Especificações dos Equipamentos Auxiliares..............................................53

15. Demanda de Espaço para o Processo.........................................................53

15.1 Matéria Prima.........................................................................................54

15.2 Sala de Estocagem de Produto Final.....................................................55

15.3 Área de Processamento.........................................................................56

15.4 Outras Salas...........................................................................................57

16. Instalações Industriais e Edificações...........................................................57

17. Demanda de Mão-de-obra operacional........................................................58

18. Estimativa dos Investimentos Necessários..................................................61

19. Estimativa dos Custos Unitários de Produção Industrial..............................63

19.1 Custos Fixos...........................................................................................63

19.2. Custos Variáveis....................................................................................64

19.3 Custo Unitário de Produção...................................................................67

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Page 4: Frutas Desidratadas

20. Estimativas dos Demais Custos. Estimativas do Preço de Venda...............68

21. Análise de Rentabilidade do Projeto............................................................69

21.1 Capital de Giro........................................................................................69

21.2 Fluxo de Caixa........................................................................................72

21.3. Período de Recuperação do Investimento Simples e Descontado.......76

21.4 Valor Atual Líquido.................................................................................76

21.5 Taxa Simples de Retorno e Taxa Interna de Retorno............................77

22. Ponto de Equilíbrio do projeto......................................................................77

23. Conclusão.....................................................................................................78

24. Referências Bibliograficas............................................................................80

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Page 5: Frutas Desidratadas

1.Identificação do Projeto

O projeto a seguir será destinado à projeção de uma nova planta de

frutas desidratadas de pequeno porte, na cidade de Campinas nas margens da

Rodovia D. Pedro, região do Estado de São Paulo. A empresa será destinada a

produção de frutas desidratadas como único produto. Para haver

disponibilidade de matéria-prima durante todo o período do ano, as frutas

escolhidas são: abacaxi, banana e manga.

A demanda por produtos naturais, saudáveis e a base de frutas cresce

rapidamente, entre eles, as de frutas secas, cujo consumo mundial aumentou

nos últimos anos, como mostram dados do IBRAF (Instituto Brasileiro de

Frutas), apontando média de 42,7% de crescimento das exportações

brasileiras de frutas secas.

Além do crescimento do setor estar favorável, a instalação de uma

indústria de frutas desidratadas é interessante, partindo de que o objetivo é

fornecer ao mercado produtos naturais, saudáveis, práticos e que possuem

uma vida útil prolongada. As frutas desidratadas também apresentam grande

resistência ao ataque de microrganismos e a danos físicos, o que acarreta uma

vantagem ao projeto quando é considerado o fator de transporte do produto

final, já que a perda de produto é reduzida durante esta etapa. Portanto serão

visados consumidores domésticos adultos, entre 18 e 60 anos, de alto poder

aquisitivo, ou seja, das classes A e B e de qualquer sexo.

A secagem por convecção forçada em cabine será o processo de

desidratação escolhido, que é considerado um processo de simples manejo e

também por oferecer vantagens de investimento, quando comparado com

outros processos de secagem. [MELONI]

As frutas desidratadas serão fornecidas ao mercado em pequenos sacos

plásticos transparentes – com dimensão de 10 X 16 cm , que serão

empacotados em caixas de papelão e armazenadas sobre paletes para

posterior distribuição a supermercados e lojas de conveniência partindo de

Campinas e atingindo uma distância de até 100km sentido interior. A

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Page 6: Frutas Desidratadas

distribuição dos produtos será realizada por veículos da empresa para os

pontos de comercialização

A marca que estará estampada nas embalagens plásticas será FrutSecs

e a quantidade em gramas de produto contido nas embalagens será de 50g.

A produção mensal total estimada das três frutas desidratadas será:

No 1°,2° e 3° ano: 1,90 toneladas/mês

No 4°, 5° e 6° ano: 2,75 toneladas/mês

No 7°,8°,9° e 10 ano: 4,58 toneladas/mês

2. Mérito Social do Projeto

Esse projeto além de trazer um retorno ao cliente também agrega um

retorno social. A implantação de uma nova indústria de alimentos na região de

Campinas trará benefícios para a economia da região, através da geração de

empregos, arrecadação de impostos, e atração de mais investimentos para a

região.

A implementação da empresa irá gerar [Dado será anexado

posteriormente]empregos diretos, além dos indiretos que surgirão devido a

atividades relacionadas, que são os produtores de matéria prima, aditivos,

embalagens e transportadoras.

Os resíduos gerados na indústria, serão totalmente destinados para

aterros sanitários da cidade de Campinas, sendo transportado por uma

empresa terceirizada, Delta Construções.

Com o objetivo de tornar a empresa mais próxima da sociedade, visa-se

a criação de visitas de escolas da cidade de Campinas à fábrica, com o intuito

educativo para ensinar como funciona a organização das atividades dentro de

uma empresa, sua estrutura e conceitos de qualidade, para jovens que estão

próximos a ingressar no mercado de trabalho ou ainda uma atividade de

projeto e educação e trabalho, que visa mostrar às crianças mais novas a

importância do estudo para o alcance de bons empregos na sociedade atual.

Também se prevê ajuda para preservar pontos de área verde próximos da

localização da fábrica, podendo ser escolhida uma praça ou um canteiro de

rua.

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Page 7: Frutas Desidratadas

3. Objetivos e Mercado do Projeto

O projeto consiste em uma nova unidade de produção de frutas secas na

região de Campinas.

Como geralmente conseguem um retorno maior, na maioria dos casos,

os fruticultores produzem para o mercado in natura. O volume excedente é

vendido a um preço menor para a indústria. Por isso, a produção e

comercialização de frutas processadas acompanham de perto a produção e

comercialização de frutas frescas.

Segundo dados do International Trade Center, as frutas frescas

tropicais movimentam internacionalmente US$ 8,6 bilhões. Se forem

considerados os produtos agroindustrializados, esse valor sobe para US$ 23

bilhões.

O consumo de frutas secas é comum na Europa, nos Estados Unidos e

em outros países onde a produção de frutas só ocorre em parte do ano. No

Brasil, a comercialização da fruta seca tem consumo baixo, preço superior ao

do produto in natura e baixa presença nos pontos de venda [SPERS et al,

2008]. Além disso, as indústrias usam cada vez mais as frutas secas em

pedaços, flocos ou pó para produção de recheios para bolos, doces, bolachas,

barras de cereais, panetones e outros produtos.

A importação mundial de frutas desidratadas em 2002 foi de

223.492.000t, no valor de US$ 280.730.000. Os maiores importadores em

volume foram a China, Rússia, Alemanha e Malásia (Figura 01), e em valor

foram o Reino Unido, EUA, Alemanha e China (Figura 02). Em 2002 o Brasil

importou 172.000 t de frutas desidratadas, no valor de US$ 738.000, e exportou

12.000 t no valor de US$ 42.000. Portanto, apesar de ser um grande produtor

de frutas, o Brasil importa mais frutas desidratadas (principalmente uva,

ameixa, damasco, coco e maçã) do que exporta [TODA FRUTA].

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Page 8: Frutas Desidratadas

Figura 1. Importação de frutas desidratadas em Mt (FAO, 2003).

Figura 2. Importação de frutas desidratadas em US$ 1000 (FAO, 2003).

Em 2007, a uva passa foi a fruta desidratada mais importada pelo Brasil,

atingindo um volume de 18,9 mil toneladas, seguida pela ameixa seca com

volume de 11,5 mil toneladas e em terceiro os cocos secos sem casca, mesmo

ralados, com volume de 2,6 mil toneladas [BUENO et al, 2008].

Segundo os dados da FAO (Food and Agriculture Organization), de 2003

a 2004, o volume exportado no mundo, em mil toneladas, passou de 297,2

para 376,5. Um incremento de 27%. A exportação brasileira não ultrapassou 30

toneladas [SPERS et al, 2008].

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Page 9: Frutas Desidratadas

Os valores de exportações e importações, em kg, de frutas secas no

Brasil, de acordo com o IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas), estão

apresentados nas Figuras 3, 4, 5 e 6.

Figura 3 - Exportação de Frutas Secas (kg).

Fonte: IBRAF.

Figura 4 - Importações de frutas secas (kg).

Fonte: IBRAF.

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Page 10: Frutas Desidratadas

Figura 5 - Exportação de frutas secas (kg) em 2008.

Fonte: IBRAF.

Figura 6 - Importações de frutas secas (kg) em 2008.

Fonte: IBRAF.

A partir das Figuras 4 e 6, observa-se que as importações de frutas

secas pelo Brasil estão praticamente estáveis desde 2005 e que as principais

frutas importadas são uvas e ameixas secas.

Em relação às exportações (Figuras 3 e 5), é notável seu aumento

desde 2002, alavancado principalmente pelo grupo denominado “outras frutas”

pelo IBRAF, que exclui maçã, uva, figo, pêra, damasco e ameixa e que

representou 60 % das exportações em 2008. As exportações dessas frutas

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Page 11: Frutas Desidratadas

sofreram intensa oscilação nesse período. Isso mostra a fraca estruturação do

mercado brasileiro de frutas secas, pois não existem agroindústrias de grande

porte que consigam manter o abastecimento do produto e o aumento do

consumo interno. Isso diminui a oferta do produto para exportação [SPERS et

AL , 2008].

As importações de frutas secas em 2008, segundo dados do IBRAF,

somaram aproximadamente 34.000 toneladas e movimentaram

aproximadamente 72 milhões de dólares, enquanto que as exportações

totalizaram aproximadamente 140 toneladas e movimentaram

aproximadamente 4 bilhões de dólares. Isso aponta que há espaço para o

aumento da produção interna de frutas secas, principalmente as tropicais,

como mamão, banana, abacaxi, caqui e manga e a tendência de crescimento

do mercado brasileiro.

Embora não haja estatísticas oficiais de consumo de frutas desidratadas

no Brasil, segundo levantamento do IBRAF, entre as mais consumidas estão a

uva-passa, com demanda atual na faixa de 15.600 toneladas/ano, seguida pela

ameixa seca, com 9.700 toneladas/ano, e damasco, com 1.300 toneladas/ano.

Para a banana, que tradicionalmente tem sido comercializada sob a forma de

passa, há poucos dados disponíveis. Embora haja potencial para sua expansão

gradual, o mercado interno tem se mantido praticamente estabilizado nos

últimos anos, segundo o Ibraf, em torno de 500 toneladas anuais, enquanto as

exportações são um nicho pouco explorado pelo Brasil [FRUTAS E

DERIVADOS, 2006].

Recentemente, a indústria de pães e bolos e, principalmente, o

segmento de cereais matinais e barras energéticas têm crescido

substancialmente, na mesma proporção do aumento da demanda brasileira por

nozes e frutas desidratadas. Entretanto, a falta de associações de produtores

de frutas desidratadas e a ausência de grande variedade de marcas dificultam

o desenvolvimento do mercado. No mercado mundial, a procura é igualmente

crescente e a indústria de alimentos busca cada vez mais frutas desidratadas

tropicais para inovar seus produtos, avalia o Ibraf.

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Page 12: Frutas Desidratadas

3.1 Concorrentes

Existem diversos concorrentes no mercado de Frutas Secas, dentre

esses existe Tropical Passas, de Bauru, SP, cuja produção da empresa tem

crescido na faixa de 5% ao ano. Há oito anos no mercado, a empresa é

especializada na desidratação de frutas tropicais como banana, abacaxi em

rodelas, coco em fita, goiaba em quartos, mamão e melão em cubos, morango

pela metade, manga e carambola em fatias. Os produtos da Tropical Passas

são comercializado em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A média de

processamento é de 10 toneladas de frutas desidratadas por mês. A empresa

compra a maioria das frutas na região, sendo que apenas o melão, mamão e

coco são adquiridos do Nordeste. A produção é vendida para grandes

supermercados, redes de hortifrutis e lojas especializadas. Além desse existe

um mercado de exportação, quando a situação econômica é favorável

[FRUTAS E DERIVADOS, 2006].

Outro concorrente que existe no mercado atual é a empresa Tropdan

Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, especializada na produção

de banana passa, da variedade musa cavendish (nanica). Está localizada na

região do Vale do Ribeira, região produtora de banana, e possui uma produção

mínima diária de 3.000 kg. Os produtos Tropdan são comercializados em

embalagens de 100 ou 200g podendo essa embalagem ser em BOPP

(Polipropileno Bioreientado) transparente ou BOPP laminado, além da

comercilização a granel em caixas de 10kg [TROPDAN].

3.2 Planejamento anual da produção

Apesar da falta de dados para o mercado interno, o consumo e a

produção de frutas secas no Brasil acompanham a tendência de crescimento

que as exportações apresentam. Supõe-se também que o grupo denominado

“outras frutas” pelo IBRAF, que apresentou crescimento muito acentuado de

2002 a 2008, compreende principalmente frutas tropicais, como a banana, a

manga e o abacaxi, que são frutas muito produzidas pelo país, enquanto que

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Page 13: Frutas Desidratadas

as outras frutas que não fazem parte dessa denominação não apresentam

produção expressiva pelo Brasil.

O planejamento da produção foi feito de acordo com o objetivo de

crscimento da empresa ao longo dos anos. Nos primeiros 3 anos de existência,

a empresa pretende conquistar 3,5% do mercado consumidor de banana

passa, avaliado em 500 ton anuais, pelo IBRAF. O volume produzido, então,

será de 12,5 ton anuais. Inicialmente, a fábrica irá operar com 70% de sua

capacidade.

Será considerado que o crescimento do mercado de banana passa

acompanhará o crescimento populacional, já que este mercado não apresenta

crescimento expressivo, de acordo com o IBRAF. Será admitido crescimento

populacional anual do Estado de São Paulo para os próximos 25 anos, em

média para a população adulta, 2,5% [WALDVOGEL et al, 2003].

Assim, será considerado que o consumo de banana passa, após 3 anos

de projeto, será de 540 ton. O planejamento será de manter produção

equivalente a 3,5% desse mercado, ou seja, 18 ton anuais. Para isso, a fábrica

passará a operar com 100% da capacidade.

Após 6 anos de projeto, o consumo de banana passa será considerado

de 580 ton.Como pretendemos ter 5% do mercado de banana passa, nossa

produção anual será de 30 ton.Para isso, serão adquiridos dois novos

secadores PD250 da marca Meloni..

Como não há dados sobre o mercado de manga e abacaxi secos,

admite-se que este mercado ainda não é expressivo como o de banana passa.

O projeto pretende se posicionar no mercado de manga e abacaxi secos,

conquistando os consumidores que consomem outras frutas secas, assim

como novos consumidores.

No início do projeto a produção de manga e abacaxi será de 25 kg/dia

para cada uma das frutas e para a banana será de 60 kg/dia.

O planejamento anual da produção para 10 anos de projeto (Tabela 1)

será baseado nas seguintes relações de ritmo de produção:

1 semana = 4 dias de produção

1 ano = 52 semanas

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Page 14: Frutas Desidratadas

Tabela 1: Planejamento anual da produção para 10 anos de projeto

Ano Volume de produção diário (kg) Volume de produção anual (ton)

1 Banana: 60 Manga: 25 Abacaxi: 25

Banana: 12,5Manga: 5,2Abacaxi: 5,2

2 Banana: 60 Manga: 25 Abacaxi: 25

Banana: 12,5Manga: 5,2Abacaxi: 5,2

3 Banana: 60 Manga: 25 Abacaxi: 25

Banana: 12,5Manga: 5,2Abacaxi: 5,2

4 Banana: 86Manga: 36Abacaxi: 36

Banana: 18Manga: 7,5Abacaxi: 7,5

5 Banana: 86Manga: 36 Abacaxi: 36

Banana: 18Manga: 7,5Abacaxi: 7,5

6 Banana: 86Manga: 36 Abacaxi: 36

Banana: 18Manga: 7,5Abacaxi: 7,5

7 Banana: 145 Manga: 60 Abacaxi: 60

Banana: 30Manga: 12,5Abacaxi: 12,5

8 Banana: 145 Manga: 60 Abacaxi: 60

Banana: 30Manga: 12,5Abacaxi: 12,5

9 Banana: 145 Manga: 60 Abacaxi: 60

Banana: 30Manga: 12,5Abacaxi: 12,5

10 Banana: 145 Manga: 60 Abacaxi: 60

Banana: 30Manga: 12,5Abacaxi: 12,5

3.3 Canais de comercialização existentes

A comercialização de frutas secas é geralmente realizada em

supermercados, empórios e lojas de conveniência. A empresa irá fazer a

distribuição dos produtos até esses pontos de venda com automóvel próprio.

3.4 Ritmo e frequência de produção

A empresa foi planejada para trabalhar com 4 bateladas por semana,

sendo que cada batelada envolve um perído de aproximadamente 20 horas.

Para isso, será necessário que os funcionários trabalhem apenas um turno por

dia, cinco dias por semana, 52 semanas por ano, 260 dias por ano.

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Page 15: Frutas Desidratadas

3.5 Flexibilidade técnica da unidade produtiva

A empresa irá contar com boa flexibilidade para diversificação, já que o

processamento é simples e em batelada, o que facilita a introdução de um novo

produto na fábrica. Essa alternativa será avaliada de acordo com a aceitação

dos produtos pelo mercado, novos produtos podem passar a ser produzidos.

Além disso, há também flexibilidade para ampliação da produção, como já

comentado anteriormente, já que a planta irá começar a operar com 70 % da

capacidade produtiva e o planejamento é de comprar dois novos secadores.

4. Obtenção das Matérias Primas

Fornecedor: CEASA Campinas – Centrais de Abastecimento de

Campinas S/A

Preços: Para determinar os valores da matéria-prima é necessário

consultar a cotação de preços do Mercado de Hortigranjeiros, que

é atualizado de segunda-feira a sexta-feira após às 12:00 horas,

exceto nos feriados e dias-ponte.

Para o dia 19 de abril de 2010, foi verificada a seguinte cotação:

Tabela 2 - Cotação da Banana Nanica

Banana Nanica (kg) Preço Mínimo (R$) MC (R$) Máximo (R$)

Extra 0,90 1,00 1,10

Especial 0,75 0,80 0,85

Fonte: CEASA Campinas (19/04/2010)

Tabela 3 - Cotação da Manga Tommy

Manga Tommy (kg) Preço Mínimo (R$) MC (R$) Máximo (R$)

Extra 2,30 2,40 2,50

Especial 1,80 1,90 2,00

Fonte: CEASA Campinas (19/04/2010)

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Page 16: Frutas Desidratadas

Tabela 4 - Cotação do Abacaxi Pérola

Abacaxi Pérola (kg) Preço Mínimo (R$) MC (R$) Máximo (R$)

Graúdo 1,70 1,80 2,00

Médio 1,40 1,50 1,60

Miúdo 1,00 1,10 1,20

Fonte: CEASA Campinas (19/04/2010)

Forma de Pagamento: a vista, cheque no ato da compra ou todo

dia 01 do mês.

Impostos: Incluso no valor da mercadoria.

Quantidade Demandada de Matéria-prima:

A quantidade demandada de fruta (matéria prima) para os primeiros 3

anos de produção é dada pela Tabela 5:

Tabela 5 - Demanda de matéria prima para ano 1, 2 e 3.

Fruta Dia(kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 247,67 4292,95 51515

Abacaxi 243,66 4223,44 50681

Manga 243,66 4223,44 50681

A quantidade demandada de fruta (matéria prima) para o 4°, 5° e 6° ano

de produção é dada pela Tabela 6:

Tabela 6 - Demanda de matéria prima para ano 4, 5 e 6.

Fruta Dia(kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 354,98 6152,97 73821

Abacaxi 349,25 6053,65 72641

Manga 349,25 6053,65 72641

A quantidade demandada de fruta (matéria prima) para o 7°, 8°, 9° e 10°

ano de produção é dada pela Tabela 7.

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Page 17: Frutas Desidratadas

Tabela 7 - Demanda de matéria prima para ano 7, 8, 9 e 10.

Fruta Dia(kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 598,51 10373,97 124462,2

Abacaxi 588,85 10204,77 122472,7

Manga 588,85 10204,77 122472,7

4.1 Recepção e Armazenamento da matéria-prima:

A etapa de recepção da matéria-prima deve ser realizada em uma sala

distante da área de processamento, para evitar contaminação do produto final.

Neste projeto, a recepção da materia-prima será feita na sala onde as

frutas serão armazenadas.

Inicialmente, deve ser feita a pesagem e, depois, as devidas análises do

lote para aceita-lo ou não.

4.1.1 – Manga

As mangas não devem ser transportadas muito maduras, de preferência

entre os níveis 2 e 3 de maturação, o que poderá causar nelas danos

mecânicos, como amassamentos, principalmente quando são colocadas em

mais do que três camadas nas caixas.

4.1.2 – Banana

No CEASA (Centrais de Abastecimento de Campinas S/A), é possível

encontrar as frutas em todos os níveis de maturação e elas já vêm

climatizadas, ou seja, recebem um pré-tratamento que provoca a indução e

uniformização da maturação nas frutas. Será feito a escolha das bananas entre

os níveis 4 ou 5 para a compra e transporte.

4.1.3 – Abacaxi

O abacaxi é colhido no estágio ótimo de amadurecimento já que sofre

poucas mudanças do seu estado de maturação, perdendo assim a sua

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Page 18: Frutas Desidratadas

capacidade de amadurecimento e apresentando uma queda na taxa

respiratória ao ser destacado da planta.

Por se tratar de um produto de alto valor agregado e que tem como

objetivo manter as qualidades sensoriais as mais próximas possíveis da fruta in

natura, é desejável que a maturação das frutas que serão usadas para o

processamento ocorra de forma natural e não através de métodos de

maturação forçada, uma vez que esses métodos podem resultar em frutas com

um padrão de qualidade sensorial inferior.

Além disso, por se tratar de uma produção em pequena escala, não é

viável economicamente a construção e instalação de câmaras de maturação

com o controle da temperatura e umidade. Também deve ser levado em

consideração que serão feitas entregas semanalmente, e não há a

necessidade de longos períodos de estocagem das matérias-prima.

Sendo assim, para a maturação ocorrer de forma natural será necessário

um período de tempo para que as frutas (principalmente as mangas e bananas)

alcancem o estágio ideal de maturação para o processamento de secagem e o

armazenamento das frutas deverá ser feito em local que permita a matéria-

prima permanecer ao abrigo de umidade, calor e luz solar, sem deixar que as

frutas fiquem expostas a possíveis contaminações.

4.2 Transporte das Frutas

O transporte das frutas in natura será feito por um carro da empresa que

será destinado unicamente para transporte de matéria-prima, de maneira a

evitar a contaminação cruzada com o produto final.

Durante o transporte é necessário que as frutas não fiquem expostas

diretamente aos raios solares e que haja uma boa ventilação entre elas. Para

isso, deve-se evitar a cobertura de carga com lona plástica ou encerada,

procurando-se transportar a carga no período menos quente do dia, ou de

preferência a noite.

18

Page 19: Frutas Desidratadas

Embalagem para o transporte:

I. Manga: caixas de papelão fornecidas pelo próprio

transportador com capacidade de 8 kg de frutas por caixa.

II. Banana: caixas de madeira fornecidas pelo próprio

transportador com capacidade de 16 a 20 kg de frutas por

caixa.

III. Abacaxi: caixas de madeira fornecidas pelo próprio

transportador com capacidade de 16 a 20 kg de frutas por

caixa.

4.3 Água

Para o fornecimento de água, adotou-se o uso de água potável da

própria rede pública da SANASA da cidade de Campinas. O pagamento do

mês nesta empresa é feito como a cobrança normal do serviço para os demais

consumidores, ou seja, com vencimento de dois meses após o mês de

utilização. Os custos envolvidos estão de acordo com a classificação de

categoria industrial relacionados abaixo:

Tabela 8 - Custo da água por categoria industrial.

Categoria Industrial R$/m³

0 a 10m³ 29,67

11 a 20m³ 3,21

21 a 30m³ 6,50

31 a 40m³ 7,52

41 a 50³ 8,73

Acima de 50m³ 15,24

Fonte. Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA)

A quantidade de água demanda foi estimada para diversas operações na

fabrica, tais como lavagem de frutas, lavagem da fabrica, lavagem de

equipamento e materiais elaborações de soluções e uso diário dos

funcionários.

19

Page 20: Frutas Desidratadas

Tabela 9 - Quantidade demandada por dia, mês e ano de água.

Água Ano (m³) Mês (m³) Dia (m³)

312 24 1,5

5. Escolha do processo produtivo

O projeto consistirá em uma planta de desidratação de frutas. Os

produtos alimentícios podem ser desidratados por processos baseados na

vaporização, sublimação, remoção de água por solventes ou pela adição de

agentes osmóticos. Os métodos de desidratação dependem do tipo de alimento

a ser desidratado, do nível de qualidade que se deseja obter, da aplicação do

produto e de um custo que possa ser justificado. São eles:

5.1. Ingredientes

A escolha dos ingredientes para produção, no caso as frutas banana,

abacaxi e manga, foram escolhidas de forma a manter uma produção durante

todo o ano, podendo se dar preferência para a produção das frutas da época

que apresentam menor preço de acordo com sua sazonalidade.

A banana apresenta sua safra no período do verão e outono, todavia

está pode ser encontrada ao longo de todo o ano com uma pequena correção

do preço. Os menores preços para o Abacaxi são encontrados na época de

frio, envolvendo o inverno e primavera. A safra da manga também compreende

a época de calor, entre os meses de novembro e fevereiro. [CARVALHO et al,

2004]

5.2. Processamento

5.2.1. Convecção forçada em cabines ou túneis

A transferência de calor por convecção é o meio mais utilizado na

secagem comercial. O produto cortado em pedaços com tamanho uniforme é

disposto sobre bandejas e submetido à desidratação com ar quente dentro de

cabines ou túneis. Este método apresenta como principais características a

20

Page 21: Frutas Desidratadas

simplicidade operacional e o baixo custo de implantação quando comparado

aos demais métodos.

5.2.2. Energia solar ou sistemas híbridos

Outro método para secagem comercial de frutas é utilizando energia

solar. Para que esse método seja efetivo é necessário que a região receba

insolação com boa intensidade ( cerca de 3000 horas/ano), pouca

nebulosidade e o ar tenha baixa umidade relativa (67% e T=26°C).

Pode existir um sistema híbrido no qual ocorre a secagem pela ação dos

raios solares e utilizando um secador com sistema de aquecimento de ar.

5.2.3. Secagem osmótica

É uma técnica freqüentemente utilizada como pré-tratamento, seguida

por um tratamento complementar como secagem com ar aquecido, secagem a

vácuo, congelamento, podendo levar a uma melhor qualidade sensorial do

produto. A qualidade da desidratação osmótica depende de fatores como:

•A concentração;

•O tipo de agente desidratante;

•A temperatura da solução;

•A pressão de trabalho;

•O tempo de imersão;

•A natureza das frutas e a área de superfície exposta à troca osmótica.

5.2.4. Liofilização

A liofilização é um processo no qual a água é retirada dos alimentos sem

submetê-los a altas temperaturas. As vantagens deste processo são:

•Manutenção da forma original do alimento;

• Favorece uma reidratação mais completa, devido à estrutura porosa

deixada pela saída da água.

• Preservação das características sensoriais como o sabor, o odor e o

aroma dos alimentos.

21

Page 22: Frutas Desidratadas

• Preservação do valor nutritivo, pois como o calor não é empregado no

alimento, as estruturas protéicas e o conteúdo de vitaminas é mantido no

processo.

Tendo em vista as alternativas de processamento, o processo escolhido

foi de convecção forçada em cabines. A escolha deste processo deve-se

principalmente a simplicidade operacional e um baixo custo de implantação

quando comparado aos demais métodos, permitindo assim atender uma

qualidade desejável e baixo custo para os nossos clientes.[MELONI]

6. Diagrama de Fluxo Qualitativo Geral

6.1 Etapas do Processamento

6.1.1. Seleção da Matéria-prima

A seleção das frutas e do seu estado de maturação irá depender do

destino ou do processamento que a fruta sofrerá. No caso da secagem de

frutas, em geral, são escolhidas as frutas sadias, sem injúrias ou danos

mecânicos causados pelo transporte e normalmente no estado ¾ da sua

maturação, ou seja, não totalmente madura [BLEINROTH, 1972].

6.1.1.1 – Banana:

Para a secagem das bananas, é mais comum a utilização da variedade

Nanica, para o qual estado de maturação adequado para o processamento

situa-se no nível 7.[BLEINROTH, 1972]

A determinação do nível da maturação das bananas deve ser feita

através da análise da coloração das frutas, assim como a presença ou não de

manchas da cor preta. [CARVALHO et al, 2004]

A Tabela 10 serve para análise e determinação do nível de maturação

das bananas.

22

Page 23: Frutas Desidratadas

Tabela 10 - Análise e determinação do nível de maturação da banana.

Estágio da Fruta Característica da

fruta no estágio

Amido % Açúcar %

1 Verde 21,5 – 19,5 0,1 – 2.0

2 Verde, com traços

amarelos

19,5 – 16,5 2,0 – 5,0

3 Mais verde que

amarela

18,0 – 14,5 3,0 – 7,0

4 Mais amarela que

verde

15,0 – 9,0 6,0 – 13,0

5 Amarela com

poucas partes

verdes

10,5 – 2,5 10,0 – 18,0

6 Amarela 4,0 – 1,0 16,5 – 19,5

7 Amarela com pintas

marrons

2,5 – 1,0 17,5 – 19,0

8 Amarela com

manchas marrons

1,5 – 1,0 18,5 – 19,0

Fonte: Fruits, vol. 21, no 7, 1966.

6.1.1.2 – Manga:

Para as mangas, a variedade mais comum é a Tommy Atkins, uma vez

que essa variedade representa 80% das áreas cultivadas no país e apresenta

maior tempo de estocagem, resistência mecânica e térmica, e está disponível

praticamente todo ano.

O ponto de colheita da manga está relacionado com o local onde a fruta

vai ser comercializada ou industrializada. Quando este se situa próximo ao

pomar, as frutas são colhidas em estágio mais avançado de maturação, porém

quando localizado muito distante, a fruta é colhida no estágio denominado “de

vez”, isto é, a fruta está ½ madura.

A determinação do estágio de maturação da manga deve ser feita assim

como a da banana, ou seja, através da análise e observação da coloração das

frutas, como mostra a tabela 11.

23

Page 24: Frutas Desidratadas

Tabela 11 - Determinação do nível de maturação das mangas.

Nível de maturação Características das frutas

Primeiro

As espáduas estão em linha com o ponto

de inserção do pedúnculo e a cor da

casca é verde-oliva.

Segundo

As espáduas se elevaram em relação ao

ponto de inserção do pedúnculo e a cor

da casca é verde-oliva.

Terceiro

As espáduas permanecem elevadas em

relação ao ponto de inserção do

pedúnculo e a cor da casca começa a

mudar de verde para amarela.

Quarto

A póla perde a consistência e a cor da

casca é totalmente amarela. A fruta está

completamente madura.

Fonte: MEDINA et al, 1981.

6.1.1.3 – Abacaxi:

Existem duas variedades de abacaxi que são mais cultivadas no Brasil,

Smooth Cayenne e a Pérola. Nesse projeto será utilizada a variedade Pérola,

pois essa é mais fácil de ser encontrada no mercado e apresenta uma

característica sensorial menos ácida e mais doce. [MEDINA, 1981]

Segundo PY & TISSEAU, quando os abacaxis são destinados à

industrialização, os frutos devem ser colhidos maduros, momento em que suas

qualidades organolépticas tenham atingido o ponto ótimo.

A avaliação da maturação geralmente é feita tomando-se por base a

coloração da casca, tendo em conta que esta coloração e a maturação da

polpa progridem da base para o ápice do fruto. Tal avaliação, contudo, é muito

mais difícil do que se supõe, pois a maturação real da polpa frequentemente

não se relaciona com essa coloração na superfície do fruto, havendo

necessidade de se levar em conta o tamanho do fruto, as condições do

ambiente por ocasião da sua maturação e a cultivar produtora. Devem-se levar

em conta também que:

24

Page 25: Frutas Desidratadas

i) Quanto mais volumoso o fruto, menos ele se colora, ou seja, um fruto

grande, colorido até um quarto do seu comprimento, pode estar mais maduro

que um fruto pequeno inteiramente colorido.

ii) Nos períodos secos e frios, os frutos coloram-se mais do que nos

períodos quentes e úmidos.

6.1.2.Recepção:

A recepção das frutas ocorrerá em uma sala distante da área de

processamento para evitar contaminações no produto final, onde também

serão feitas as análises de lote.

6.1.3.Seleção e despencamento das bananas:

As frutas já recepcionadas passarão por um estágio de seleção, onde as

frutas que apresentarem problemas de formação, injúrias, danos mecânicos e

marcas de contaminação serão descartadas.

Além disso, as bananas serão defrutadas para facilitar a lavagem e o

descascamento que ocorrerão posteriormente a esta etapa.

6.1.4.Lavagem e Sanitização:

A lavagem tem como função remover a sujeira aderida na superfície

(terra, talos, folhas, insetos, outros) e a sanitização tem como função a redução

da carga microbiana, principalmente esporos e bactérias em baixa

concentração, através da imersão das frutas em água limpa contendo

hipoclorito de sódio na concentração de 150-200uL L-1 de cloro ativo, por 10

minutos e com a temperatura da água controlada (8 a 10º C) em tanques de

aço inoxidável. [BLEINROTH, 1972]

Os compostos à base de cloro são germicidas de amplo espectro de

ação, que reagem com as proteínas da membrana das células microbianas,

inferferindo no transporte de nutrientes e promovendo a perda de componentes

celulares [Vanetti, 2000]. O hipoclorito de sódio (NaOCl) corresponde ao

sanitizante químico de maior utilização [Brecht, 1995; Izumi 1999], em função

de sua rápida ação, fácil aplicação e completa dissociação em água [Park et

25

Page 26: Frutas Desidratadas

al., 1991]. Como produtos da dissociação são originados hidróxido de sódio

(NaOH) e ácido hipocloroso (HOCl), que por sua vez, se dissocia em H+ e íon

hipoclorito (HOCl). Tanto o HOCl quanto o OCl- apresentam atividade

germicida, sendo considerados formas livres (ativas).

6.1.5. Descascamento:

Essa etapa comum a todas as frutas tem como objetivo a retirada das

partes das frutas que não são utilizadas para o processamento da secagem.

O descascamento será feito de forma manual para as bananas e

mangas. Já para o abacaxi será descascado na mesma etapa de corte através

do uso do descascador do tipo pneumático. [BLEINROTH, 1972]

6.1.6. Cascas / Frutas descartadas:

As frutas não selecionadas e as cascas do processo de descascamento

serão armazenadas e em seguida transportadas para um aterro sanitário de

Campinas ou próximo da região.

6.1.7. Corte:

Durante a secagem, a evaporação livre é efetiva na superfície e

prossegue pela eliminação de água do centro para a superfície. É natural que

uma espessura menor favorece a migração da água e diminui o tempo de

secagem, por isso o corte das frutas é necessário.

Essa etapa favorece o desenvolvimento de microrganismos, por isso é

muito importante manter sempre as lâminas de corte do equipamento bem

afiadas e limpas para reduzir os danos as frutas. Além disso, lâminas não

afiadas podem dificultar o corte e haver perdas ou danificação da matéria-

prima.

As bananas serão secas inteiras, sem cortes, já que o corte das frutas

não é necessário. A aceleração da fase da secagem devido ao corte não

compensa a mão-de-obra adicional para o corte, acrescentando-se que a fruta,

uma vez cortada, apresenta quando seca um aspecto menos agradável do que

26

Page 27: Frutas Desidratadas

o fruto inteiro. Além disso, o padrão brasileiro para as bananas passas é a

banana desidratada inteira, e não em pedaços.

Já o abacaxi sofrerá um descascamento mecânico através de um

descascador de Abacaxi tipo pneumático, no qual a polpa selecionada do

abacaxi deverá ser cortada em rodelas com espessuras entre 1 e 2 centímetros

e o seu miolo retirado com um furador de rolha (tubo metálico de aço inoxidável

com diâmetro equivalente ao do “miolo”, deixando as rodelas da fruta com um

buraco no seu interior.

As mangas descascadas e com o caroço separado deverão ser cortado-

as transversalmente, em fatias de 1 a 2 centímetros de espessura.

[BLEINROTH, 1972]

6.1.8. Pré-tratamento antioxidante:

Essa etapa tem como objetivo evitar o escurecimento devido à ação das

enzimas presentes nas frutas.

As frutas já cortadas serão banhadas por imersão em solução de 0,1%

Ácido Ascórbico + 1% Ácido Cítrico a temperatura ambiente (25º C) em bacias

de aço inoxidável.

A imersão será feita de forma rápida e não será necessário escorrer o

excesso de solução, deixando assim as frutas prontas para serem acomodadas

nas bandejas do secador.

6.1.9. Secagem:

A secagem por convecção forçada em cabine será a utilizada, e o tempo

médio de processamento varia entre 18 a 24 horas para as bananas e entre 16

e 18 horas para a manga e o abacaxi, com a temperatura média nos secadores

de 70º C. Como resultado, obtém-se um produto final com a umidade variando

entre 20 a 25%. [BLEINROTH, 1972]

27

Page 28: Frutas Desidratadas

6.1.10. Condicionamento da umidade:

Quando as frutas secas saem dos secadores, elas possuem uma

temperatura média de 70º C (temperatura interna no secador), muito elevada

para serem embaladas, podendo haver assim a condensação dentro da

embalagem (que não é desejada), e a umidade concentrada no centro dos

pedaços de frutas. Por isso é necessário um condicionamento para que as

frutas secas resfriem e fiquem com uma uniformidade na umidade. Para isso,

serão utilizados tambores plásticos higienizados durante tempo suficiente (3-4

horas) para que o estado de equilíbrio desejado seja alcançado. [BLEINROTH,

1972]

6.1.11. Embalamento:

Após o término do processo, cada fruta será separada da outra em

embalagens plásticas transparentes com o tamanho de 10 x 16 cm, e

espessura de 0,1mm, de maneira a formas três linhas de produto: banana,

manga e abacaxi desidratado. O peso unitário de cada embalagem plástica

será de 50g. De maneira a prevenir o contato de vapor d’água com o produto,

polipropileno de monocamada será utilizado como material de embalagem, pois

apresenta grande resistência a esse [BRAGA et AL 2005].

Para a embalagem secundária e para o rótulo do produto serão

utilizados, respectivamente, papelão cartonado e papel cartonado, que serão

descritos com mais detalhes no item 9 do projeto.

28

Page 29: Frutas Desidratadas

6.2. Fluxogramas da Produção:

Figura 7 - Fluxograma de Produção

29

Page 30: Frutas Desidratadas

7.Balanços de Materiais e Energéticos, Rendimentos

É importante ressaltar todas as perdas durante o transporte,

descascamento e rendimento da secagem para poder estimar a produção final

de desidratados ao final do ano. De acordo com os dados apresentados nas

Tabelas 1, 5 , 6 e 7 foi possível estimar os rendimentos e perdas para o

processo. A Tabela 12 apresenta estas informações:

Tabela 12 - Rendimentos e perdas das frutas.

Ano de Produção

Fruta Representação na produção

(em %)

Produção de fruta

seca (ton / ano)

Rendimen-to na

Secagem (em %)

Fruta sem casca

necessária(ton / ano)

Perdas durante descascamento(em

%)

Perdas durante

transpor-te (em

%)

Frutas necessárias

para o processamen-to (ton / ano)

1, 2 e 3

Banana 54,60 18,00 30,00 41,60 15,00 5,00 49,92

Abacaxi 22,70 7,50 18,00 28,89 40,00 5,00 41,89Manga 22,70 7,50 18,00 28,89 40,00 5,00 41,89

4, 5 e 6

Banana 54,60 18,00 30,00 59,43 15,00 5,00 71,31

Abacaxi 22,70 7,50 18,00 41,27 40,00 5,00 59,84Manga 22,70 7,50 18,00 41,27 40,00 5,00 59,84

7, 8, 9 e 10

Banana 54,60 18,00 30,00 99,05 15,00 5,00 118,86Abacaxi 22,70 7,50 18,00 68,78 40,00 5,00 99,74Manga 22,70 7,50 18,00 68,78 40,00 5,00 99,74

7.1 Calculo da carga térmica do processamento (frio e calor)

Durante o processo de secagem, existe a transferência de calor em

algumas etapas. O procedimento de cálculo da carga térmica é apresentado no

Anexo X.

Foi encontrado o seguinte gasto de energia para os secadores:

Tabela 13 - Gasto de energia dos secadores.

Secador Gasto de energia (kW.h)

Banana 9,22

Manga 9,52

Abacaxi 9,86

30

Page 31: Frutas Desidratadas

8. Diagrama de Fluxo Quantitativo Geral

Anexos I ao IX.

9. Demanda de Insumos e utilidades

Considerando uma solução de 20 litros/dia de ácido cítrico (1%) e ácido

ascórbico (0,1%) tem-se:

Tabela 14 - Tabela demanda aditivos

Aditivos Ano (kg) Mês(kg) Dia (kg)*

Ácido cítrico 41,6 3,55 0,2

Ácido ascórbico 4,16 0,35 0,02

Considerando o preparo de uma solução por dia para todas as frutas, 4

bateladas por semana e 52 semanas por ano.

9.1 Embalagem Plástica

A quantidade de sacos plásticos demandadas por dia, mês e ano será

de 3120, 62400 e 748800, respectivamente, supondo 20 dias úteis por mês

para produção. As embalagens plásticas, assim como os demais componentes

que farão parte da embalagem do produto (caixas de papelão e rótulo), serão

recebidas em caixas de papelão, e posteriormente estocadas na empresa, em

local onde também estarão os demais componentes que farão parte da

embalagem do produto final, a caixa de papelão e o rótulo cartonado.

Um possível fornecedor para as embalagens plásticas seria a empresa

Arima Indústria e Comérico Ltda, localizada na cidade de Itaquaquecetuba. A

quantidade mínima comercializada é de 40000 unidades, sendo o milheiro

vendido a R$ 20,18 mais 15% de IPI, portanto o preço final, já incluído o frete,

seria de R$ 928,28 ( já incluídos os 15% de IPI). O pagamento seria realizado

da seguinte maneira: 50% pago à vista para encomendar pedido, e os outros

50% após o recebimento do mesmo, que demoraria no máximo 5 dias úteis

para chegar ao local de destino.

31

Page 32: Frutas Desidratadas

A quantidade demandada de embalagens primárias para os 10 anos de

projeto é dada pela Tabela 15.

Tabela 15 - Demanda de embalagem primária

Ano 1, 2 e 3  

DIA Mês Ano

2200 38126 457512

Ano 4, 5 e 6  

DIA Mês Ano

3160 54762,8 657153,6

Ano 7, 8, 9 e 10  

DIA Mês Ano

5300 91849 1102188

9.2 Embalagem de Papelão

Quanto à embalagem de papelão será utilizado aquele do tipo papelão

ondulado, pois vem apresentando grande uso na indústria de alimentos em

geral, cerca de 35,4 % do mercado de papelão ondulado para embalagens em

2006 (Associação Brasileira do Papelão Ondulado, ABPO).

Este material oferece boa proteção ao produto em ambiente natural, ou

em ambiente onde a umidade relativa varia.Tal propriedade deve-se ao fato de

que esses papéis são produzidos com tratamentos especiais, repelentes ou

resistentes à água e umidade, colas e tintas especiais e sempre recicláveis.

Outro razão para escolha deste tipo de papelão é 100% reciclável, podendo ser

coletada e reciclada logo depois de ser utilizada. [ETESCOEMBALAGENS]

A dimensão escolhida para a caixa será de C 50x L 32 x A 22 cm, e

conterá cerca de 150 embalagens plásticas. As caixas serão recebidas,

estocadas com os demais componentes que constituirão a embalagem do

produto final.

Para fornecer as caixas de papelão, um dos dois contatos poderiam ser

escolhido:

32

Page 33: Frutas Desidratadas

a) Anhembi Indústria de Caixa de Papelão Ondulado Ltda, localizada

na cidade de Cotia. As especificações fornecidas pela empresa são:

Quantidade mínima de entrega: 300kg por especificação de caixa

(300kg/item)

Preço total ( incluindo frete e impostos) : R$ 5,50 por kilo de caixa

Prazo de entrega: 7 dias úteis

Prazo para pagamento: 30 dias após entrega do produto

Forma de pagamento: a combinar

b) Markuzy Indústria e Comércio de Embalagens Ltda, localizada na

cidade de São Bernardo do Campo

Quantidade mínima: 1000 unidades

Preço por unidade ( incluindo impostos e frete): R$ 1,64

Prazo de Entrega : 9 dias úteis

Prazo para pagamento : 28 dias após a entrega

Forma de pagamento: a combinar

A quantidade demandada de embalagens secundárias para os 10 anos

de projeto é dada pela Tabela 16.

Tabela 16 - Demanda de Embalagem Secundária

Ano 1, 2 e 3  

DIA Mês Ano

15 255 3060

Ano 4, 5 e 6  

DIA Mês Ano

21 357 4284

Ano 7, 8, 9 e 10  

DIA Mês Ano

36 612 7344

33

Page 34: Frutas Desidratadas

9.3 Rótulo Cartonado

Na parte superior da embalagem do produto final, se encontrará o rótulo

deste. Esse rótulo seria feito de papel cartonado, com 4 cores, e dimensões de

10 x 8 cm , contendo um vinco que o dividirá igualmente, para ser grampeado à

embalagem plástica,. Neste rótulo estarão contidas informações de valor

nutricional, marca do produto, local aonde é produzido e o telefone do SAC.

A quantidade demandada de rótulos será igual àquela de embalagens

plásticas, que será de 3120, 62400 e 748800 para dia, mês e ano,

respectivamente. O rótulo também será estocado com os demais componentes

de embalagem.

Como mencionado acima nos outros tópicos, o material só será aceito

se este contiver no máximo 5% de amostras com erro.

Os seguintes fornecedores podem são listados abaixo:

a) Art Graphic – Gráfica e Editora, localizada na cidade de São

Caetano do Sul.

Quantidade mínima: 2000 peças (solapas)

Material do rótulo: Off set 240 g

Preço por unidade ( incluindo frete e impostos): R$ 0,19

Prazo de entrega: à combinar

Prazo para pagamento: 21 dias depois da entrega

Forma de pagamento: a combinar

b) Cotigral – Gráfica e Editora, localizada na cidade de Santo André.

Quantidade mínima: 2000 solapas

Material do Rótulo: Cartão Duplex 230 g

Preço por unidade( incluindo frete e impostos): R$ 0,15

Prazo de entrega: à combinar

Prazo para pagamento: à combinar

Forma de pagamento: à combinar

A quantidade demandada de rótulo cartonado para os 10 anos de

projeto é dada pela Tabela 17:

34

Page 35: Frutas Desidratadas

Tabela 17 - Demanda de rótulo cartonado

Ano 1, 2 e 3  

DIA Mês Ano

2200 38126 457512

Ano 4, 5 e 6  

DIA Mês Ano

3160 54762,8 657153,6

Ano 7, 8, 9 e 10  

DIA Mês Ano

5300 91849 1102188

9.4 Armazenamento

O produto depois de ter seu rótulo anexado, será embalado em caixas

de papelão e permanecerá em uma área de armazenamento a temperatura

ambiente, na espera de sua retirada da fábrica em direção ao cliente.

A aquisição de paletes para o projeto deve-se ao fato da prevenção do

produto, já embalado na caixa, de ficar em contato com o chão, podendo

acarretar ganhos de umidade e aparecimento de ninhos de insetos ou

roedores. No projeto serão necessários em torno de 20 paletes, e sobre cada

um estarão depositadas 30 caixas.

a. Dimensão do palete: 1000 x 1200 x 140 mm Carga estática : 3000 kg

Carga dinâmica: 1500 kg

Modelo: RP-01

Fornecedor : Rei do Palete

Localização: Socorro

Preço: 25,00

Forma de pagamento : a combinar

Prazo para pagamento: 20 dias após entrega

b. Dimensão do palete: 1000 x 1200 x 140 mm Carga estática : 3000 kg

35

Page 36: Frutas Desidratadas

Carga dinâmica: 1500 kg

Modelo: PBR

Fornecedor : Tarin Paletes

Localização: São Paulo

Preço: 20,00

Forma de pagamento : a combinar

Prazo para pagamento: 25 dias após entrega

10. Sistema de manuseio e armazenamento de produtos

acabados

10.1 Prazo de Validade

Para determinar o prazo de validade das frutas desidratadas adotou-se a

estratégia de utilizar o mesmo prazo de validade dos produtos de empresas

concorrentes que usam a mesma tecnologia no processo secagem, ou seja,

frutas secas através da convecção de ar forçado em cabines, e que utilizam

filmes plásticos como embalagens primárias.

Através dessa análise, foi possível determinar o prazo de validade para

as frutas desidratas em 3 meses.

10.2 Estratégia de comercialização e logística

A distribuição do produto acabado será feita pelo veículo da própria

empresa para os pontos de venda em um raio de 100 km de Campinas a cada

10 dias de produção.

10.3 Sazonalidade

Para a escolha das frutas que vão fazer parte da produção da empresa,

foi feito o estudo de mercado para cada fruta desidratada, assim como foi

levado em consideração a sazonalidade das frutas, visando manter a produção

durante o ano, dando preferência para a produção das frutas da que época que

apresentam menor preço.

36

Page 37: Frutas Desidratadas

A banana apresenta sua safra no período do verão e outono, todavia

está pode ser encontrada ao longo de todo o ano com uma pequena correção

do preço. Os menores preços para o Abacaxi são encontrados na época de

frio, envolvendo o inverno e primavera. A safra da manga também compreende

a época de calor, entre os meses de novembro e fevereiro. [CARVALHO et al,

2004]

10.4 Período de Segurança (Análises Microbiológicas)

A empresa contará com um laboratório próprio e com um responsável

técnico pelas análises microbiológicas e físico-químicas necessárias para a

matéria-prima e para o produto acabado. As análises necessárias e suas

respectivas metodologias serão descritas posteriormente no item 11.

10.5 Armazenamento do Produto Acabado

As embalagens plásticas de dimensão 10x16 cm e com 50g de produto

acabado serão alocadas em caixas de papelão com capacidade de 150

embalagens plásticas/caixa. As caixas de papelão serão dispostas em

paletes, onde cada palete terá a capacidade de armazenar 30 caixas (sendo

sobre postas em até cinco níveis) e estarão situados em uma área destinada

apenas ao armazenamento do produto final com temperatura ambiente (25º C)

e sem contato com as áreas de processamento para evitar possíveis

contaminações.

Como cada caixa terá o peso aproximado de 7,5 kg, o transporte para a

área destinada ao armazenamento será feito pelos próprios funcionários, sem a

necessidade do auxílio de carrinhos.

Como a distribuição vai ser feita a cada 10 dias de produção, a área de

armazenamento do produto acabado deve ter uma capacidade maior que a

necessária para a estocagem caso haja algum imprevisto na distribuição e seja

necessário estocar o produto acabado.

11. Sistema de Qualidade

37

Page 38: Frutas Desidratadas

O valor que estima o sucesso combinado das atividades de produção,

colheita, transporte, processamento e comercialização é referido como

qualidade do alimento. A qualidade do produto final é determinada por um

processo seqüencial e concatenada em que a qualidade de cada etapa é

limitada pela qualidade na etapa anterior. Em outras palavras, não ocorre

agregação de qualidade pela manipulação e transformação de matéria-prima,

sento tanto maior a qualidade do produto final quanto menor for o

comprometimento dos atributos de qualidade ao longo do processamento

sofrido pelo alimento.

Os investimentos em controle de qualidade dos alimentos se justificam

basicamente por três razões: i) garantia de segurança alimentar; ii) otimização

do uso de recursos; iii) conquista e manutenção de mercados [DÜRR], 2010.

11.1 Controle de qualidade da Matéria-prima

O controle de qualidade da matéria-prima será feito através de

avaliações do lote recebido, onde serão feitos análises estatísticas através da

análise visual para determinar a qualidade das frutas em relação a injúrias e

danos, ponto de maturação e o grau de contaminação microbiológica para

verificar a conformidade da matéria-prima em relação às especificações

previamente elaboradas.

Os defeitos encontrados na matéria-prima que impossibilitarão o

processamento das frutas desidratadas são:

- porcentagem de injúrias e danos maior que os estabelecidos

previamente com o fornecedor;

- presença de umidade externa anormal, aroma e sabor estranhos,

parasitos ou larvas;

- presença de bactérias do grupo coliforme de origem fecal em níveis

maiores que o permitido (2x102/g) e presença de Salmonelas em 25g de

amostra, respeitando a Resolução RDC no 12, de 2 de janeiro de 2001.

- grau de maturação diferente do estabelecido previamente para as

frutas;

38

Page 39: Frutas Desidratadas

Para a determinação do número de amostras que será avaliado no lote

será utilizado a inspeção por amostragem seguindo a norma ABNT NBR 5426.

O Lote da matéria-prima será representado como a quantidade entregue

uma vez por semana, totalizando 2400 kg de Banana, 2352 kg de Manga e

2352 kg de Abacaxi.

11.1.1 Para a Banana

2400 kg de Banana / 18 kg de Banana por caixa = 134 caixas

134 caixas = (134 caixas) x (10 pencas/caixa) = 1340 pencas

Seguindo as tabelas de “Codificação de Amostragem” e “Plano de

amostragem simples” para uma inspeção normal deve-se pegar 125 pencas

escolhidas aleatoriamente.

Analisando as 125 pencas escolhidas aleatoriamente para o Nível de

Qualidade Aceitável (NQA) estabelecido como 6.5, temos que:

Até 14 pencas com problemas de análise: LOTE ACEITO; A partir de 15 pencas com problemas de análise: LOTE REJEITADO;

Para a determinação de uma penca defeituosa, deve ser feita a análise

visual para os problemas de: problemas de formação / injúrias / danos

mecânicos / marcas de contaminação / umidade externa anormal, nível de

maturação diferente do especificado.

Uma penca será considerada defeituosa se apresentar 25% de frutas

com qualquer irregularidade mencionada anteriormente.

11.1.2 Para o Abacaxi

2400 kg de Abacaxi = 2400 Abacaxis.

39

Page 40: Frutas Desidratadas

Seguindo as tabelas de “Codificação de Amostragem” e “Plano de

amostragem simples” para uma inspeção normal deve-se pegar 125 Abacaxis

escolhidos aleatoriamente.

Analisando as 125 abacaxis escolhidas aleatoriamente para o Nível de

Qualidade Aceitável (NQA) estabelecido como 6.5, temos que:

Até 14 Abacaxis com problemas de análise: LOTE ACEITO;

A partir de 15 Abacaxis com problemas de análise: LOTE REJEITADO;

11.1.3 Para a Manga

2400 kg de Mangas / 0,7 kg por Manga = 3428 Mangas.

Seguindo as tabelas de “Codificação de Amostragem” e “Plano de

amostragem simples” para uma inspeção normal deve-se pegar 200 Mangas

escolhidos aleatoriamente.

Analisando as 125 Mangas escolhidas aleatoriamente para o Nível de

Qualidade Aceitável (NQA) estabelecido como 6.5, temos que:

Até 21 Mangas com problemas de análise: LOTE ACEITO;

A partir de 22 Mangas com problemas de análise: LOTE REJEITADO;

11.2 Controle de Qualidade do Produto Acabado

O controle de qualidade das frutas secas será feito através de análises

de umidade, microbiológicas e sensoriais para que o produto acabado se

enquadre corretamente no Padrão de Qualidade e Identidade do produto

acabado que será apresentado a seguir.

Assim como para o controle da matéria-prima, as análises para o

controle de qualidade do produto acabado serão realizadas no próprio

laboratório da empresa.

Para a determinação do número de amostras que será avaliado no lote

será utilizada a inspeção por amostragem seguindo a norma ABNT NBR 5426.

O Lote do produto acabado será representado como uma semana de

produção, ou seja, quatro bateladas/ semana de: banana, manga e abacaxi.

40

Page 41: Frutas Desidratadas

11.2.1 Banana

1 semana de produção (4 bateladas) = 78 caixas

78 caixas = (78 caixas)x(150 embalagens) = 11.700 embalagens

Seguindo as tabelas de “Codificação de Amostragem” e “Plano de

amostragem simples” para uma inspeção normal deve-se pegar 315

embalagens escolhidas aleatoriamente.

Analisando as 315 embalagens escolhidas aleatoriamente para o Nível

de Qualidade Aceitável (NQA) estabelecido como 2.5, temos que:

Até 14 embalagens com problemas de análise: LOTE ACEITO;

A partir de 15 embalagens com problemas de análise: LOTE

REJEITADO;

11.2.2 Para a Manga e Abacaxi

1 semana de produção (4 bateladas) = 32 caixas

32 caixas = (32 caixas)x(150 embalagens) = 4800 embalagens

Seguindo as tabelas “Codificação de Amostragem” e “Plano de

amostragem simples” para uma inspeção normal deve-se pegar 200

embalagens escolhidas aleatoriamente.

Analisando as 200 embalagens escolhidas aleatoriamente para o Nível

de Qualidade Aceitável (NQA) estabelecido como 2.5, temos que:

Até 10 embalagens com problemas de análise: LOTE ACEITO;

A partir de 11 embalagens com problemas de análise: LOTE

REJEITADO;

As análises microbiológicas necessárias para a verificação da segurança

e qualidade microbiológica do Produto acabado devem englobar:

Bactérias do grupo Coliforme:

41

Page 42: Frutas Desidratadas

Metodologia utilizada:

ISO 7251:2005. /Microbiology of food and animal stuffs  Horizontal

method for the detection and enumeration of presumptive Escherichia coli/ 

Most probable number technique.  3nd ed. The International Organization for

Standardization, 2005.

Salmonella:

Metodologia utilizada:

ISO 6579. Microbiology of food and animal feeding stuffs - /Horizontal

method for the detection of Salmonella spp., 4th ed/., 2002. The International

Organization for Standardization, amendment 1: 15/07/07.

HORWITZ, W. & LATIMER, G.W. (edS.). /Official Methods of Analysis of

AOAC International, 18th Ed/. Gaithersburg, Maryland: AOAC International,

2005.

11.3 Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ)

Segundo a Portaria no 1428/MS de 26 de novembro de 1993, o

Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) é o conjunto de atributos que identifica

e qualifica um produto na área de alimentos.

No Anexo XII é possível encontrar o Padrão de Identidade e

Qualidade para as frutas secas, segundo a Resolução CNNPA no 12 de 1978.

11.4 Exigências Legais

A seguir, todas as medidas que deverão estar presentes e estar

implantadas na empresa para assegurar a qualidade e garantir as condições

higiênico-sanitárias do produto e do estabelecimento.

11.4.1 Boas Práticas de Fabricação (BPF)

Segundo a Portaria no 1428, de 26 de novembro de 1993, Boas Práticas são

normas de procedimentos para atingir um determinado padrão de identidade e

42

Page 43: Frutas Desidratadas

qualidade de um produto e/ou um serviço na área de alimentos, cuja eficácia e

efetividade devem ser avaliadas através da inspeção e/ou da investigação.

São procedimentos que devem ser adotados por serviços de

alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade

dos alimentos com a legislação sanitária.

Essas medidas devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a

escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a

venda pra o consumidor.

A PORTARIA SVS/MS no 326, de 30 de julho de 1997 e a RDC no 216

de 15 de setembro de 2004, descrevem detalhadamente os requisitos

higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações,

dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o

controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o

controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o

controle e garantia de qualidade do alimento preparado.

11.4.2 Procedimento Operacional Padronizado (POP)

A Resolução RDC no 275, de 21 de outubro de 2002, define os

Procedimentos Operacionais Padrozinados são procedimentos escritos de

forma objetiva que estabelece instruções seqüências para a realização de

operações rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte

de alimentos que tem como objetivo a contribuição para a garantia das

condições higiênico-sanitárias necessárias ao processamento/industrialização

de alimentos, sendo assim um complemento as Boas Práticas de Fabricação

(BPF).

Além disso, os POP’s devem conter as instruções seqüências das

operações e a freqüência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a

função dos responsáveis pelas atividades.

O estabelecimento deve elaborar e manter os POP’s para cada item

relacionado abaixo:

a) Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios;

b) Controle de potabilidade da água;

43

Page 44: Frutas Desidratadas

c) Higiene e saúde dos manipuladores;

d) Manejo de Resíduos;

e) Manutenção preventiva e calibração de equipamentos;

f) Controle integrado de vetores e pragas urbanas;

g) Seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens;

h) Programa de recolhimento de alimentos;

11.5 Programas Voluntários

A seguir, todos os programas voluntários que devem ser adotados pela

empresa para estabelecer um sistema de controle que enfoque a prevenção de

perigos nos segmentos da produção e que resulte em uma melhor organização

do local de trabalho.

11.5.1 APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle

O sistema APPCC é uma abordagem universalmente aceita que ataca

os perigos biológicos, químicos e físicos aos alimentos por meios de controle a

ações preventivas, ao invés de inspeção e testes dos produtos finais. Baseado

nos conceitos de qualidade total de W. E. Deming, da década de 1950, e do

próprio APPCC desenvolvido na década de 1960 pela companhia Pillsbury

para o exército norte-americano e para a NASA (United States National

Aeronautics and Space Administration), o APPCC foi adotado pela comissão do

Codex Alimentarius em 1993, sendo recomendada a sua adoção nas cadeias

alimentares desde então (FAO, 1998).

No Anexo XIII encontra-se os sete princípios contemporâneos do

APPCC, assim como os doze passos para a implementação do APPCC nas

cadeias alimentares.

Os Perigos Biológicos, Físicos e Químicos da produção de frutas

secas estão representados nas Tabelas 18, 19 e 20, respectivamente.

Na Tabela 21 está presente a determinação dos Pontos Críticos e

Pontos Críticos de Controle encontrados em todas as etapas da produção das

frutas secas. Já os Pontos Críticos podem se encontrados na Tabela 22.

44

Page 45: Frutas Desidratadas

Tabela 18 - Perigos Biológicos

Etapa do Processo Perigo JustificativaMedida

Preventiva

Recebimento da matéria-prima.

Presença de:- umidade externa

anormal, aroma e

sabor estranhos,

parasitos ou larvas;

bactérias do grupo

coliforme em níveis maiores

que o permitido (2x102/g);

Prejudicar a qualidade do produto; não

adequação ao PIQ.

Análises microbiológicas e estatísticas

do lote recebido.

- Salmonelas.

Descascamento / Corte / Montagem das bandejas / Condicionamento da umidade / Embalamento / Estocagem

Contaminação por manipulação

Pode haver contaminação microbiológica.

BPF / POP

Tabela 19 - Perigos Físico

Etapa do Processo

Perigo JustificativaMedida

Preventiva

Todas as etapas

Materiais estranhos

(areia, insetos,

excrementos de insetos,

roedores, etc)

Esses materiais estranhos

normalmente não causam injúrias ou danos à

integridade física dos

consumidores, mas

influenciam na qualidade do produto e do

processamento.

BPF

Tabela 20 - Perigos Químicos

Etapa do Processo

Perigo JustificativaMedida

Preventiva

45

Page 46: Frutas Desidratadas

Cultivo da Matéria-Prima

Presença de resíduos de pesticidas em níveis

excessivos. O uso de produtos não registrados, não obedecendo os intervalos de segurança

estabelecidos podem causar danos à saúde dos consumidores e dos funcionários

envolvidos no processamento.

Utilização de produtos

registrados. Obediência

dos intervalos de segurança.

Presença de resíduos de pesticidas não permitidos

Aplicação correta dos pesticidas.

SanitizaçãoPresença de resíduo de cloro

em níveis excessivos.

A concentração de cloro maior que a permitida pode resultar em danos à saúde dos

consumidores e funcionários envolvidos no processamento.

Obediência dos intervalos de segurança.

BPF e POP.

Pré-tratamento

antioxidante

Presença de resíduo de Ácido Ascórbico e Ácido

Cítrico em níveis excessivos.

A concentração de Ácido Ascórbico e Ácido Cítrico maior que a permitidade pode resultar

em danos à saúde dos consumidores.

Obediência dos intervalos de segurança.

BPF e POP.

Tabela 21 - Determinação dos Pontos Críticos e Pontos de Controle Críticos:

    O perigo pode ser

controlado?

Q. 1:

Q. 2:

Q. 3:

Q. 4:

PC ou

PCC?Etapa do Processo Perigo significativo

Recebimento da matéria-primaContaminação por microorganismos

        

 sim  

  PC

 Contaminação por microorganismos

patogênicos;           

 Presença de resíduos

de cloro.           

               Sanitização   Não Sim Sim Sim Sim PCC

 Contaminação por microorganismos

        

 

Descascamento Sim PC

  Contaminação por microorganismos

        

 Corte Sim PC

  Presença de resíduos de Ácido Ascórbico e

Ácido Cítrico

           Pré-tratamento antioxidante            

  Não Sim Sim Sim Sim PCC  Contaminação por

microorganismos 

        

Montagem das bandejas Sim PC

SecagemContaminação por microorganismos

Sim         PC

Tabela 22 - Pontos Críticos

Etapa do Processo

Perigo JustificativaMedida

Preventiva

46

Page 47: Frutas Desidratadas

Recebimento da matéria-prima.

Presença de:- umidade externa anormal, aroma

e sabor estranhos, parasitos ou larvas; bactérias do grupo coliforme em níveis

maiores que o permitido (2x102/g);

Prejudicar a qualidade do produto; não

adequação ao PIQ.

Análises microbiológicas e estatísticas

do lote recebido.

- Salmonelas.

Descascamento / Corte / Montagem

das bandejas / Condicionamento

da umidade / Embalamento /

Estocagem

Contaminação por manipulação

Pode haver contaminação microbiológica.

BPF / POP

Caso seja identificado algum desvio do limite crítico estabelecido nas

etapas de processamento, serão aplicadas ações corretivas visando garantir a

eliminação do desvio para a comercialização de produtos seguros à saúde dos

consumidores.

11.5.2 Programa 5S

O programa 5S deve ser implementado com a finalidade de promover

disciplina na empresa através da consciência e responsabilidade de todos, de

formar a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo.

Os detalhes do programa encontra-se no Anexo XIIII.

12. Subprodutos, Resíduos e Meio Ambiente

A empresa vai necessitar de um licenciamento ambiental de acordo

com o artigo 57 do Decreto Estadual 47.397/02, ou seja, um procedimento

administrativo em que o órgão responsável analisa diversas características da

empresa como localização, atividades que utilizam os recursos ambientais e

que possam causar degradação ambiental.

47

Page 48: Frutas Desidratadas

Seguindo ainda o artigo 2º da Lei Nº 997, de 31 de maio de 1976 que

dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente, se a empresa não

estiver dentro de acordo com essa legislação, não estará apta a iniciar suas

atividades.

As normas para classificação dos resíduos já foram estabelecidas pela

ABNT:

A norma NBR-10004 classifica os resíduos sólidos (exceto os

radioativos) quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde

pública.

Enquadram-se como resíduos perigosos aqueles que, em função de

suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, podem apresentar

risco à saúde pública ou ao meio ambiente.

Assim de acordo com as normas estabelecidas pela ABNT os resíduos

desta indústria são classificados como RESÍDUOS NÃO INERTES CLASSE II

A.

Os resíduos gerados na produção de frutas desidratadas serão cascas

da banana, abacaxi e manga e também pedaços das próprias frutas, estes

resíduos foram classificados como RESÍDUOS NÃO INERTES CLASSE II A de

acordo com as normas estabelecidas pela ABNT e serão encaminhadas para

aterros sanitários através de empresa terceirizada, onde uma opção seria a

empresa Delta Construções localizada na cidade de Campinas.

A quantidade de resíduos produzidos por dia, semana, mês e ano

segue de acordo com a tabela 23:

48

Page 49: Frutas Desidratadas

Tabela 23- Quantidade de resíduos produzidos para 10 anos de projeto.

Anos 1,2 e 3

Fruta Dia (kg) Semana (kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 47,68 190,71 826,42 9917,03

Abacaxi 104,78 419,10 1816,11 21793,37

Manga 104,78 419,10 1816,11 21793,37

Total 257,23 1028,92 4458,65 53503,77

Anos 4,5 e 6

Fruta Dia (kg) Semana (kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 68,11 272,45 1180,60 14167,18

Abacaxi 149,68 598,72 2594,45 31133,39

Manga 149,68 598,72 2594,45 31133,39

Total 367,47 1469,88 6369,50 76433,96

Anos 7, 8, 9 e 10

Fruta Dia (kg) Semana (kg) Mês (kg) Ano (kg)

Banana 113,52 454,08 1967,66 23611,97

Abacaxi 249,47 997,87 4324,08 51888,98

Manga 249,47 997,87 4324,08 51888,98

Total 612,45 2449,81 10615,83 127389,93

13. Especificações dos Equipamentos para o(s)

Processamento(s)

O projeto da planta de frutas secas necessitará de equipamentos

específicos para o bom funcionamento de seu processo. A seguir, segue uma

lista de equipamentos que são sugeridos pela equipe técnica. Serão citados

aonde será utilizado cada equipamento, dimensão, capacidade, sugestão de

fornecedor (es), entre outras características. Para a avaliação de lote, têm-se:

1) Equipamento: Balança Plataforma de Piso

Uso: Pesagem do lote Material: Aço carbono Tamanho: mínimo 1,00 x 1,00 m, máximo 1,20 x 1,20 m Leitura digital Capacidade: mínimo 500kg, máximo 700kg Potência: 30W

49

Page 50: Frutas Desidratadas

2) Equipamento: Carrinho de carga plataforma

Uso: para transporte das caixas de matéria-prima do caminhão à balança

Material: Ferro Tamanho

Comprimento: 1200 a 2000 mm Largura: 600 a 1000 m Altura: 300 a 600 mm Capacidade: mínimo 500kg, máximo 600 kg

Detalhes: Carrinho com uma aba

3) Equipamento: Mesa de Seleção com borda

Uso: Seleção de Frutas para o início do processamento Material: Aço Inox 304 Tamanho:

o Comprimento: mínimo 2000, máximo 3500 mm

o Largura: mínimo 1000, máximo 1500 mm

o Altura: mínimo 1000, máximo 1200 mm

o Espessura da chapa: mínimo 3 cm, máximo 5 cm

4) Equipamento: Lavador de Frutas

Uso: Lavagem das Frutas (retirada de grandes sujidades) Material: Aço Inox 304 Volume: 500 à 600 kg/h Potência: 1 à 3 cv (motor de rolamento e da bomba de circulação) Tamanho: o Largura: mínimo 1000, máximo1500 mm

o Comprimento: mínimo 3000, máximo 4000 mm

o Altura: mínimo 1500, máximo 1700 mm

Detalhes: lavador com escovas com bomba de recirculação e acionamento por motor de rolamento

Consumo de água: 250 L/lavagem

50

Page 51: Frutas Desidratadas

5) Equipamento: Tanque para imersão das frutas Uso: Lavagem por imersão em solução clorada Material: Aço Inox 304 Capacidade: 80 - 100L Tamanho: mínimo: diamêtro 0,5 m x altura 0,8 m

Máximo: diamêtro 0,6 m x altura 0,8 m Detalhes: descascar e retirar o talo do abacaxi

6) Utensílio: Facas

Material: Aço Inox 304 Tipo: para corte de frutas ou verduras Tamanho:

Lâmina: mínimo 10cm, máximo 17 cm (comprimento), de 3 à 5 cm de largura, e máximo 1mm de espessura

Cabo: mínimo 8cm, máximo 14 cm

7) Equipamento: Descascador pneumático de abacaxi Uso: Descascar abacaxi Material: Aço Inox 304 Capacidade de processamento: mínimo 200 frutos/hora, máximo 300

frutos/hora Tamanho: mínimo 0,9 x 0,9 x 1,50 m, máximo 1,00 x 1,00 x 1,70 m Detalhes: descascar e retirar o talo do abacaxi

8) Equipamento: Mesa para corte com borda

Uso: Para apoio do corte de frutas que serão direcionadas ao secador

Material: Aço Inox 304 Tamanho:

Comprimento: mínimo 2000, máximo 3500 mm Largura: mínimo 1000, máximo 1500 mm Altura: mínimo 1000, máximo 1200 mm Espessura da chapa: mínimo 3 cm, máximo 5 cm

9) Utensílio: Bandeja de aço Inoxidável

Uso: Imersão de frutas para evitar escurecimento Dimensão: mínimo 1,00 x 1,00 x 0,05 m, máximo 1,10 x 1,10 x

0,10m Material : Aço Inox 304

51

Page 52: Frutas Desidratadas

10) Equipamento: Secador Uso: Secagem das frutas cortadas Tipo: Convecção forçada em cabine Dimensão mínima : C 2000 x L 1300 x A 1900 mm, máxima C

2500 x L 1500 x A 2000 mm Material das cabines: Aço Carbono Material das bandejas: Aço Inoxidável 304 Capacidade unitária desejada: até 300 kg de fruta/operação Potência: mínimo 0,5 HP, máximo 1HP Consumo de gás: máximo 1kg/h Temperatura de secagem: 60-70°C Voltagem : 110 ou 220V

11) Utensílio: Bandejas Plásticas Uso: ambientação do produto à umidade e temperatura ambiente Dimensão: no mínimo C 40x L 30 x A 5 cm Material: PEAD, atóxico, branco

12) Equipamento: Balança Uso: Pesagem de produto final Dimensão máxima desejada: C 300 x L 300 x A 150 mm Capacidade: mínimo 100x 0,01g, máximo 150 x 0,01g Potência: máxima 10W

13) Equipamento: Seladora contínua de mesa Uso: Seladora do Produto Final Sugestão de fornecedor: JHM máquinas Dimensões: mínimo 450 x 250 x 150 mm, máximo 500 x 265 x 200

mm Detalhes: Seladora de solapas (com plástico) com esteira

automática Capacidade: mínimo 1000 saquinhos/h Potência: até 600 watts

14. Especificações dos Equipamentos Auxiliares

1) Utensílio: Cilindro de Gás GLP52

Page 53: Frutas Desidratadas

Uso: abastecimento no processo de secagem Cilindro: P-90 Sugestão de fornecedor: Liquigás

2) Móvel: Mesa em L Sugestão de Fornecedor: Movesq Dimensão: 1,20 x 0,60 m com mesa auxiliar

3) Móvel: Arquivo de gavetas Sugestão de fornecedor: Movesq Material: Aço carbono Dimensão: C 1,00 x L 1,00 x A 1,40 m

4) Eletroeletrônico: Computador Sugestão de Modelo: Intel Core 2, HD 500 GB,. Memória DDR2 4GB

com Monitor LCD 18.5”

5) Móvel: Mesa para almoço e descanso Sugestão de fornecedor: Movesq Modelo: Mesa de 1,50 x 1,50 m com 4 cadeiras

6) Eletrodoméstico: Geladeira Tamanho: mínimo 300 L, máximo 500L

15. Demanda de Espaço para o Processo

Para a determinação do espaço necessário para o processo, foi

considerado além do espaço dos equipamentos e produtos, um espaço para a

circulação das pessoas de 1,00 m nas áreas de trabalho, como bancadas,

equipamentos que necessitem de um operador e outros. Também foi

considerado um espaço entre os equipamentos de 0,60 m e 1,20 m para a via

de principal circulação de pessoas, de acordo com a NR 12, publicada em 08

de junho de 1978.

15.1 Matéria Prima

53

Page 54: Frutas Desidratadas

O espaço necessário para a implantação da indústria foi definido para

que a máxima produção nos 10 anos de projeto possa ser produzida, levando-

se em conta todo o equipamento necessário e espaço para armazenagem.

O armazenamento da matéria prima será feito em uma sala que servirá

unicamente para esse objetivo. As mangas serão recebidas em caixas de

papelão com as espessuras de 380x580x100 mm. Essas caixas serão

empilhadas sobre pallets para armazenagem. A banana e o abacaxi serão

recebidos em caixas de madeira de 300x580x290 mm. O espaço necessário

para armazenar a matéria prima está descrito na Tabela 24.

Tabela 24 - Espaço necessário para armazenar matéria prima

Caixas Espaço necessárioBanana 38 caixas de madeira 2 palletsAbacaxi 38 caixas de madeira 2 palletsManga 74 caixas de papelão 2 pallets

Cada pallet possui dimensões de 1000 x 1200 mm. De acordo com a

Tabela 24 serão necessários 6 pallets para armazenar a matéria prima, o

espaço requerido para a sala de armazenagem da matéria prima é de 25 m2

conforme a Figura 8.

54

Page 55: Frutas Desidratadas

Figura 8 - Disposição da sala de armazenagem de matéria prima.

15.2 Sala de Estocagem de Produto Final

O armazenamento do produto final embalado e empacotado será feito

em uma sala que servirá unicamente para esse objetivo. As embalagens

secundárias terão as seguintes dimensões: 500 x 320 x 220 mm. Serão

necessárias, a partir do sétimo ano, 612 caixas por mês. A entrega do produto

final será feita a cada 15 dias, portanto o máximo de embalagens de produto

final que serão armazenadas são 306 caixas. De acordo com as dimensões da

caixa e dos pallets utilizados para estocar o produto, serão alocadas 30 caixas

(p.35 fale em 16) por pallet, sendo que serão empilhadas em até 5 níveis de

caixas sobrepostas.

Para o armazenamento das embalagens de produto final serão

necessários 10 pallets. Será também considerado o acréscimo de

aproximadamente 20% da área necessária para 10 pallets, já que podem

55

Page 56: Frutas Desidratadas

ocorrer imprevistos em relação ao transporte do produto e este pode ficar mais

tempo armazenado do que o esperado, ou seja, será necessário um espaço

para 12 pallets. Assim, o espaço requerido para a sala de armazenagem do

produto final embalado é de 48 m2 conforme a Figura 9.

Figura 9 - Disposição da sala de armazenagem de produto final.

15.3 Área de Processamento

A área de processamento será dividida de acordo com a área

demandada por cada sub-região de processamento, que é definida de acordo

com a demanda de espaço de cada equipamento que é utilizado naquela etapa

do processo. Também foi considerado um espaço adicional para

movimentação em volta do equipamento (1,0 m adicionais em torno do

equipamento).

Para a etapa de lavagem das frutas, onde existe apenas um único

equipamento (Lavador de Frutas), a demanda por espaço é de 12,5 m2.

A área necessária para descascamento e corte das frutas (um

descascador pneumático e duas mesas de corte) e para o tratamento anti-

oxidante (um tanque com capacidade de 100 L) é de aproximadamente 30 m2.

56

Page 57: Frutas Desidratadas

A área necessária para secagem, que irá contar inicialmente com 3

secadores PD-250 e 3 racks para bandejas, porém necessitará, futuramente,

de espaço para 5 secadores, é de 90 m2.

O espaço necessário para a embalagem dos produtos (composta por

seladora contínua de mesa, balança de mesa e espaço para empacotamento

na embalagem secundária) é de aproximadamente 12 m2.

15.4 Outras Salas

A fábrica contará também com um laboratório, que fará as análises de

Salmonella, Coliformes Totais e Coliformes Fecais, e terá uma área de 20 m2.

Após a secagem, as frutas seguirão para a sala de condicionamento,

onde ficarão 1 semana. A área demandada para esta sala é de 20 m².

Haverá uma sala destinada à higienização dos utensílios e dos racks

usados na secagem, que terá uma área de 12 m².

Haverá também uma sala destinada à estocagem de insumos, caixas de

plásticos, material de embalagem, etc. Esta sala terá área de aproximadamente

12 m².

16. Instalações Industriais e Edificações

Os requisitos técnicos mínimos para garantia de segurança e conforto

dos funcionários dentro das edificações industriais são estabelecidos pela

norma regulamentadora nº 8 do Ministério do Trabalho. Um dos requisitos é

que os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem

depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de

materiais. Além disso, pisos e paredes devem ser impermeabilizados para

proteger contra a umidade.

De acordo com a norma n° 24 e levando-se em consideração que o

número de funcionários da empresa é inferior a 20, a instalação terá apenas

um sanitário masculino e um feminino, com um chuveiro cada, sendo que é

recomendado 1 m2 para cada sanitário. Estes também funcionarão como

vestiário, para a troca de roupa dos funcionários.

Haverá à disposição dos funcionários um bebedouro, de acordo com a

norma nº 24 que exige um bebedouro para cada 50 funcionários.

57

Page 58: Frutas Desidratadas

A fábrica não terá refeitório, visto que a norma nº 24 exige refeitório

apenas para instalações industriais com mais de 300 operários.

O projeto incluirá também uma sala de descanso para os funcionários.

É exigido, de acordo com a norma nº 11, uma distância mínima de 0,50m

entre o material empilhado e as estruturas laterais do prédio. Segundo a norma

nº 12, a distância mínima entre equipamentos e máquinas deve ser de 0,60 a

0,80 m. As vias principais de circulação de pessoas devem ter no mínimo 1,20

m de largura e devem ser devidamente marcadas e desobstruídas

permanentemente.

Em relação à retirada do lixo, esta será feita após o processamento, pelo

mesmo local que entra a matéria-prima, como permitido pela Portaria CVS-

6/99, de 10.03.99.

Haverá também uma sala destinada para higiene e guarda dos utensílios

usados durante o processamento, assim como os racks utilizados durante a

secagem, como especifica a mesma Portaria.

De acordo com a ABNT, deve existir área exclusiva para

armazenamento de recipientes de GLP e seus acessórios, mostrada na Figura

6. A delimitação desta área será com tela, evitando a passagem de pessoas

estranhas à instalação e permitindo uma constante ventilação.

De acordo com a Portaria CVS-6/99, terão lavagem diária: pisos,

rodapés e ralos; todas as áreas de lavagem e de produção; maçanetas;

lavatórios (pias); sanitários; cadeiras e mesas.

Dentro do terreno da instalação, haverá também um espaço destinado a

estacionamento dos veículos.

O lay-out da área industrial e o lay-out dos equipamentos podem ser

visualizados, respectivamente, nos anexos XIIII e XV. A área total construída é

de 400 m2 e terreno é de 800 m2.

17. Demanda de Mão-de-obra operacional

São necessários seis auxiliares de produção, que também serão

responsáveis pelo recebimento da fruta e um responsável pela supervisão, que

será também responsável técnico.

58

Page 59: Frutas Desidratadas

De acordo com a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, o

salário médio de admissão do cargo de auxiliar de produção é de R$ 756,00,

enquanto que para o supervisor de produção, de R$ 2.322,00.

Como a batelada para a secagem de manga e abacaxi dura em torno de

16 horas e da banana, 24 horas, será necessária a contratação de mais um

auxiliar de produção, que será encarregado pela supervisão noturna do

processo. Para o processamento de banana, o primeiro turno começará às 8

horas e acabará às 17 horas, com pausa de 1 hora para almoço; das 17 horas

até as 7 horas do dia seguinte, haverá somente um funcionário noturno, que

receberá um salário maior que os funcionários que trabalharem de dia, já que o

valor da hora noturna é, pelo menos, 1,2 vezes a hora diurna, de acordo com o

Decreto-lei nº 9.666, de 28.8.1946 (o trabalho é considerado noturno entre as

22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, de acordo com o Decreto-lei

5452, 1 de maio de 1943.). Para o processamento de manga e abacaxi, o turno

dos auxiliares de produção e do supervisor irá começar às 15 horas e terá

duração de 8 horas, com pausa de 1 hora. Assim, o salário do auxiliar de

produção noturno será baseado no fato de que metade da produção será de

banana e a outra metade, de manga e abacaxi, como mostram as Tabelas 24 e

25.

No sétimo ano, serão comprados dois novos secadores, por isso, será

feita a contratação de dois novos auxiliares de produção.

Haverá também a contratação de um técnico de laboratório, para realizar

as análises necessárias, cujo salário se encontra nas Tabelas 25 e 26.

Com relação à mão-de-obra indireta, os seguintes cargos serão

necessários: secretária, gerente de vendas, gerente administrativo-financeiro,

motorista e vigia noturno. Todos seus salários foram baseados no

Salariômetro, instrumento da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho,

que calcula o salário médio dos admitidos nos últimos seis meses no mercado

de trabalho formal.

59

Page 60: Frutas Desidratadas

Tabela 25 - Custo da mão de obra para os anos 1 a 6.

Mão-de-obra direta Custo mensal total com salários da mão-de-obra

(R$)Número de

FuncionáriosFunção

Salário (R$)

Turno

6 Auxiliar de produção 756,00banana: 8-17h

Abacaxi/manga: 15-24h

15.702,65

1 Supervisor de produção 2.322,00banana: 8-17h

Abacaxi/manga: 15-24h

1 Técnico de Laboratório 1.296,00 8-17h

1 Auxiliar de produção noturno 1.105,65banana: 17-7h

Abacaxi/manga: 24-7h

Mão-de-obra indireta

1 Secretária 686,00  1 Diretor administrativo-financeiro 2.636,00 8-17h1 Gerente de vendas 1.524,00 8-17h1 Motorista 890,00 8-17h1 Vigia noturno 707,00 19-7h

Tabela 26 - Custo da mão de obra para os anos 7 a 10.

Mão-de-obra direta Custo mensal total com salários da mão-de-obra

(R$)Número de

FuncionáriosFunção

Salário (R$)

Turno

8 Auxiliar de produção 756,00banana: 8-17h

Abacaxi/manga: 15-24h

17.214,65

1 Supervisor de produção 2.322,00banana: 8-17h

Abacaxi/manga: 15-24h

1 Técnico de Laboratório 1.296,00 8-17h

1 Auxiliar de produção noturno 1.105,65banana: 17-7h

Abacaxi/manga: 24-7h

Mão-de-obra indireta

1 Secretária 686,00  1 Diretor administrativo-financeiro 2.636,00 8-17h1 Gerente de vendas 1.524,00 8-17h1 Motorista 890,00 8-17h1 Vigia noturno 707,00 19-7h

60

Page 61: Frutas Desidratadas

18. Estimativa dos Investimentos Necessários.

Os investimentos fixos representam os investimentos necessários para

permitir o funcionamento inicial do empreendimento e toda sua continuidade ao

longo dos 10 anos de projeto. Neste são descritos bens como equipamentos,

construção física, terreno, matéria prima, entre outros.

Para o calculo do investimento, foi considerado um valor de imprevisto

de 10% do gasto para despesas com frete, seguro, embalagens e impostos.

As Tabelas 27 e 28 apresentam, respectivamente, os investimentos

necessários para os equipamentos primários e secundários.

Tabela 27 - Lista de Equipamentos Principais

Equipamentos Principais

Equipamento Quantidade Valor Unitário Valor TotalMesa para trabalho 6 R$ 3.840,00 R$ 23.040,00 Lavador de frutas 1 R$ 29.922,00 R$ 29.922,00 Descascador pneumático 1 R$ 8.300,00 R$ 8.300,00 Secador 5 R$ 16.985,00 R$ 84.925,00 Seladora de Mesa 1 R$ 5.330,00 R$ 5.330,00 Tanque de Lavagem de Frutas 1 R$ 2.129,00 R$ 2.129,00

Subtotal: R$ 153.646,00 Imprevistos (10% do subtotal): R$ 15.364,60

Total: R$ 169.010,60

Tabela 28 - Lista de Equipamentos Secundários

Equipamentos secundáriosEquipamento Quantidade Valor Unitário Valor TotalBalança da plataforma de piso 1 R$ 3.450,00 R$ 3.450,00 Carrinho de carga plataforma 1 R$ 1.489,00 R$ 1.489,00 Facas de aço 15 R$ 15,90 R$ 238,50 Bandeja Plástica 40 R$ 10,95 R$ 438,00 Balança analítica 1 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 Cilindro de GLP 8 R$ 336,00 R$ 2.688,00

Subtotal: R$ 10.503,50 Imprevistos (10% do subtotal): R$ 1.050,35

Total: R$ 11.553,85

A Tabela 29 apresenta os demais custos como frota, escritório e sala de

descanço dos funcionários. O investimento para o escritório envolve a

aquisição de mesas, cadeiras, computador, arquivos e outros. A sala de

61

Page 62: Frutas Desidratadas

descanso apresentará uma mesa de 4 lugares, cadeiras, um refrigerador, um

forno microondas e outros equipamentos necessários para o conforto dos

funcionários. O laboratório de análises microbiológicas apresentará todos os

equipamentos necessários para fazer as análises de umidade, salmonela,

coliformes totais e coliformes fecais.

Tabela 29 - Custo dos Demais Equipamentos

Demais CustosFrota Quantidade Valor Unitário Valor TotalKombi 4 R$ 40.000,00 R$ 160.000,00

Subtotal 1: R$ 160.000,00 Equipamento Quantidade Valor Unitário Valor TotalSala de Descanso 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 Escritório 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 Análises Microbiológicas 1 R$ 20.000,00 R$ 20.000,00

Subtotal 2: R$ 32.000,00 Total: R$ 192.000,00

De acordo com Indice Nacional da Construção Civil (SINAPI) calculado

pelo IBGE em convênio com a Caixa para o mês de maio de 2010 e Sindicato

da Habitação (SECOVI-SP), é possível calcular o custo da construção civil

como demosntrado na Tabela 30.

Tabela 30 - Custos da Construção Civil

Construção Civil Equipamento Quantidade Valor Unitário Valor TotalPrédio da Fábrica 400 R$ 824,34 R$ 329.736,00 Terreno 800 R$ 400,00 R$ 320.000,00

Subtotal: R$ 649.736,00 Imprevistos (10% do subtotal): R$ 64.973,60

Total: R$ 714.709,60

O Ativo Fixo é encontrado considerando se todos os custos de

Equipamentos Primários, Secundários, demais equipamentos e construção

civil. O valor do ativo fixo necessário é apresentado na Tabela 31.

Tabela 31 - Ativos Fixos

Investimento Fixo TotalPlanta de Processamento R$ 179.825,25

62

Page 63: Frutas Desidratadas

Demais equipamentos: R$ 192.000,00 Construção Civil R$ 714.709,60 Total: R$ 1.086.534,85

19. Estimativa dos Custos Unitários de Produção Industrial.

O custo unitário da produção depende tanto dos custos fixos, que não

variam de acordo com o volume de produção, como também dos custos

variáveis que variam de acordo com o volume de produção.

19.1 Custos Fixos.

Os custos fixos envolvem todos os equipamentos e estruturas que serão

utilizados ao longo do projeto, sendo que nesse também está incluso o custo

da depreciação. Também entram nos custos fixos gastos administrativos que

ocorrerão ao longo dos anos. Nos custos fixos estão envolvidos as despesas

com mão-de-obra indireta, depreciação dos equipamentos, prédio e veículos,

manutenção, seguro e imposto territorial.

De acordo com o apresentado no capitulo 17 temos a demanda da mão

de obra indireta. O custo para a empresa envolve além dos sálarios outros

encargos. Foi definido que o custo desses encargos é de 80% do valor do

salário. Dentro dessa estimativa estão inclusos encargos como INSS, FGTS,

Seguro Acidente de Trabalho (SAT), SESI, SENAI, INCRA, SEBRAE, férias,

feriado, 13° salário e outros.

63

Page 64: Frutas Desidratadas

Tabela 32 - Custos da Mão-de-Obra Indireta.

Demanda Cargo Salário mensal Encargos (80%) Valor Total1 Secretária R$ 686,00 R$ 548,80 R$ 1.234,80

1Diretor administrativo-financeiro

R$ 2.636,00 R$ 2.108,80 R$ 4.744,80

1 Gerente de vendas R$ 1.524,00 R$ 1.219,20 R$ 2.743,20 1 Motorista R$ 890,00 R$ 712,00 R$ 1.602,00

1 Vigia noturno R$ 707,00 R$ 565,60 R$ 1.272,60

Total + Encargos (mensal) R$ 11.597,40

Total + Encargos (anual) R$ 139.168,80

Para a determinação do custo fixo, temos que a depreciação

normalmente é definida em 10 anos para equipamentos, 25 anos para prédios

e 5 anos para frota. O IPTU é determinado de acordo com o município onde a

fábrica está instalada. No caso do município de Campinas o IPTU é de 1,80%

para um valor venal de 400.000,00 a 800.000,00 UFIC. (UFIC = valor em Real /

Valor da UFIC (R$2,0020 para o ano de 2009)) de acordo com a Secretaria da

Fazenda de Campinas. Também foi considerado um custo fixo anual de seguro

e manutenção, estimados, respectivamente, em 1% e 6% do investimento fixo.

Os custos fixos do projeto estão apresentados na Tabela 33.

Tabela 33 - Custo Fixo Anual

Valor TotalIPTU sobre o Imóvel (1,9% sobre o valor da área construida) R$ 13.579,48 Depreciação de Equipamentos (10 anos) R$ 17.982,53 Depreciação Predio (25 anos) R$ 13.189,44 Depreciação Veículos (5 anos) R$ 32.000,00 Mão de Obra Indireta + Encargos R$ 139.168,80 Manutenção (6% do Investimento Fixo) R$ 65.192,09 Seguros (1% do Investimento Fixo) R$ 10.865,35 Total de Custos Fixos (anual) R$ 291.977,69

19.2. Custos Variáveis

Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo volume de

produção. Dentre custos estão inclusos os gastos com mão-de-obra direta,

matéria-prima, embalagem, água, energia elétrica, gás GLP e com despesas

gerais da planta.

As Tabelas 34 e 35 apresentam os custos de mão-de-obra direta.

64

Page 65: Frutas Desidratadas

Tabela 34 – Custos anuais de Mão-de-Obra Direta para os anos de 1 a 6.

Mão-de-obra direta

Demanda Cargo Salário mensal Encargos (80%) Valor Total

6 Auxiliar de produção 756,00 R$ 604,80 R$ 8.164,80 1 Supervisor de produção 2.322,00 R$ 1.857,60 R$ 4.179,60 1 Técnico de Laboratório 1.296,00 R$ 1.036,80 R$ 2.332,80

1 Auxiliar de produção noturno 1.105,65 R$ 884,52 R$ 1.990,17

Total + Encargos (mensal) R$ 16.667,37

Total + Encargos (anual) R$ 200.008,44

Tabela 35 - Custos anuais de Mão-de-Obra Direta para os anos de 7 a 10.

Mão-de-obra direta

Demanda Cargo Salário mensal Encargos (80%) Valor Total

8 Auxiliar de produção 756,00 R$ 604,80 R$ 10.886,40 1 Supervisor de produção 2.322,00 R$ 1.857,60 R$ 4.179,60 1 Técnico de Laboratório 1.296,00 R$ 1.036,80 R$ 2.332,80

1 Auxiliar de produção noturno 1.105,65 R$ 884,52 R$ 1.990,17

Total + Encargos (mensal) R$ 19.388,97

Total + Encargos (anual) R$ 232.667,64

A Tabela 36 apresenta os valores dos custos com insumos.

65

Page 66: Frutas Desidratadas

Tabela 36 - Custos anuais de Insumos

Ano de Produção

Descrição Demanda (por ano) Custo (unidade) Custo Anual Custo anual Total

1, 2 e 3

Ácido Cítrico 41,6 R$ 5,00 R$ 208,00

R$ 82.451,48

Ácido Ascórbico 4,16 R$ 34,00 R$ 141,44

Embalagem Plástica 457512 R$ 0,02 R$ 9.150,24

Embalagem de Papelão 3060 R$ 1,25 R$ 3.825,00

Rótulo Cartonado 457512 R$ 0,15 R$ 68.626,80

Pallets 20 R$ 25,00 R$ 500,00

4, 5 e 6

Ácido Cítrico 41,6 R$ 5,00 R$ 208,00

R$ 117.920,62

Ácido Ascórbico 4,16 R$ 34,00 R$ 141,44

Embalagem Plástica 657154 R$ 0,02 R$ 13.143,08

Embalagem de Papelão 4284 R$ 1,25 R$ 5.355,00

Rótulo Cartonado 657154 R$ 0,15 R$ 98.573,10

Pallets 20 R$ 25,00 R$ 500,00

7, 8, 9 e 10

Ácido Cítrico 41,6 R$ 5,00 R$ 208,00

R$ 197.401,40

Ácido Ascórbico 4,16 R$ 34,00 R$ 141,44

Embalagem Plástica 1102188 R$ 0,02 R$ 22.043,76

Embalagem de Papelão 7344 R$ 1,25 R$ 9.180,00

Rótulo Cartonado 1102188 R$ 0,15 R$ 165.328,20

Pallets 20 R$ 25,00 R$ 500,00

A Tabela 37 apresenta os valores dos custos com matéria-prima.

Tabela 37 - Custos Anuais de Matéria-Prima

Ano de Produção Fruta Custo anual Custo anual Total

1, 2 e 3

Banana R$ 39.936,00

R$ 182.358,22

Abacaxi R$ 62.833,33 Manga R$ 79.588,89

4, 5 e 6

Banana R$ 57.051,43

R$ 260.511,75

Abacaxi R$ 89.761,90 Manga R$ 113.698,41

7, 8, 9 e 10

Banana R$ 95.085,71

R$ 434.186,24

Abacaxi R$ 149.603,17 Manga R$ 189.497,35

A Tabela 38 apresenta os custos de utilidades como água, energia

elétrica e Gás. O cálculo do consumo de água foi definido no item 4.3. Para a

estimativa do gasto com energia elétrica foi considerado um consumo de 3,5

kWh/m2. Na região de Campinas o custo da energia elétrica é de R$ 0,32 /

kWh.

66

Page 67: Frutas Desidratadas

Tabela 38 - Custo Anual de Utilidades

Ano de Produção

Consumo de água (m3/ano)

Custo de água

(R$/ano)

Consumo de

Energia elétrica (KWh)

Custo energia (R$/ano)

Consumo de Gás

(Kg/ano)

Custo Gás (R$/ano)

Custo anual total

1, 2 e 3 312 R$

4.754,88 1400 R$

5.376,00 7638,0 R$

21.004,50 R$

31.135,38

4, 5 e 6 312 R$

4.754,88 1400 R$

5.376,00 10911,4 R$

30.006,43 R$

40.137,31

7, 8, 9 e 10 312 R$

4.754,88 1400 R$

5.376,00 18185,7 R$

50.010,71 R$

60.141,59

O custo variável total, composto pela soma de todos os custos variáveis,

está apresentado na Tabela 39. Também foi considerado um valor de

despesas gerais estimado em 15% do valor do total dos custos variáveis.

Tabela 39 - Custo Variável Anual

Ano de Produção 1, 2 e 3 4, 5 e 6 7, 8, 9 e 10

Custo de Mão de Obra Direta R$ 200.008,44

R$ 200.008,44

R$ 232.667,64

Custo de Insumos R$ 82.451,48

R$ 117.920,62

R$ 197.401,40

Custo de Matéria Prima R$ 182.358,22

R$ 260.511,75

R$ 434.186,24

Custo de Utilidades R$ 31.135,38

R$ 40.137,31

R$ 60.141,59

Sub-total R$ 495.953,52

R$ 618.578,11

R$ 924.396,88

Custos de Despesas Gerais R$ 74.393,03

R$ 92.786,72

R$ 138.659,53

Custo Total R$ 570.346,55

R$ 711.364,83

R$ 1.063.056,41

19.3 Custo Unitário de Produção

Com os dados de Custo fixo unitário e custo variável unitário é possível

encontrar o custo total unitário. Essas dados são apresentados na Tabela 40.

Tabela 40 - Custo Total Unitário

AnosCusto Fixo Unitário

Custo Variável Unitário

Custo Total (R$/Kg)

Custo Total Unitário (R$/50 g)

1, 2 e 3 R$ 12,76 R$ 24,93 R$ 37,69 R$ 1,88

67

Page 68: Frutas Desidratadas

4, 5 e 6 R$ 8,93 R$ 21,76 R$ 30,70 R$ 1,53 7, 8, 9 e 10 R$ 5,36 R$ 19,51 R$ 24,87 R$ 1,24

20. Estimativas dos Demais Custos. Estimativas do Preço de

Venda.

A estimativa dos demais custos incluem despesas sobre a

comercialização e impostos sobre o faturamento.

Para a determinação do preço de venda, consideramos um mark-up de

0,35, sendo 15% de margem de lucro, 18% de ICMS, 5% de custos de

distribuição. A empresa será isenta da contribuição das taxas de PIS e

COFINS, pois se encaixa no perfil de Pequena Empresa segundo a Lei

9.317/96.

Para a determinação do Preço de Venda Unitário, foi utilizado a seguinte

fórmula:

PVU = CTU/ (1 – Markup)

A determinação do preço de venda unitário foi determindada de acordo

com a Tabela 41.

Tabela 41 - Determinação do Preço de Venda Unitário

Ano de produção

Custo Total Unitário ICMS PIS COFINS Logística

Margem de lucro Mark-up

Preço de Venda

1, 2 e 3 R$ 1,88 18% 0 0 5% 15% 0,38 R$ 3,04 4, 5 e 6 R$ 1,53 18% 0 0 5% 15% 0,38 R$ 2,48 7, 8, 9 e 10 R$ 1,24 18% 0 0 5% 15% 0,38 R$ 2,01

De acordo com a Tabela 41, o preço de vendas sofrerá uma redução ao

longo dos 10 anos de projeto, principalmente porque haverá uma economia em

escala. Entretanto, essa redução do Preço de Vendas não será repassada aos

compradores, já que uma redução drástica do preço não é uma boa estratégia

de marketing. O preço de vendas aplicado para os 10 anos de projeto se

68

Page 69: Frutas Desidratadas

manterá constante. Dessa forma, o lucro por unidade vendida será maior ao

longo dos anos.

21. Análise de Rentabilidade do Projeto

21.1 Capital de Giro

O capital de giro corresponde ao patrimônio em conta corrente de que

necessitam as empresas para atender às operações de produção e

comercialização dos bens. É o conjunto de recursos que circula até se

transformar em recursos monetários no decorrer de um ciclo de produção. Os

itens que geralmente envolvem o capital de giro são: inventário, estoque, caixa

mínimo e crédito.

Nas tabelas 42, 43 e 44 encontram-se os fluxos de caixa por ano para os

10 anos de projeto.

69

Page 70: Frutas Desidratadas

Tabela 42 - Capital de Giro (por ano) para os anos 1, 2 e 3.

Item Anual (R$) Rotação Subtotal CGInventário Banana in Natura R$ 39.936,00 52 R$ 768,00 Manga In Natura R$ 79.588,89 52 R$ 1.530,56 Abacaxi In Natura R$ 62.833,33 52 R$ 1.208,33 Ácido Cítrico R$ 208,00 4 R$ 52,00 Ácido Ascórbico R$ 141,44 4 R$ 35,36Produto Acabado em Estoque R$ 862.324,24 18 R$ 47.906,90 Produto Acabado em Poder do Cliente R$ 1.390.845,54 12 R$ 115.903,80 Total Inventário R$ 167.404,95 Estoque Embalagem Plástica R$ 9.150,24 12 R$ 762,52 Embalagem de Papelão R$ 3.825,00 3 R$ 1.275,00 Rótulo Cartonado R$ 68.626,80 12 R$ 5.718,90 Pallets R$ 500,00 1 R$ 500,00 Total Estoque R$ 8.256,42 Caixa Mínimo Custo Fixo (-depreciação) R$ 228.805,72 12 R$ 19.067,14 Custo Variável R$ 570.346,55 12 R$ 47.528,88 Total Caixa Mínimo R$ 66.596,02 Crédito dos Fornecedores R$ - 12 R$ - R$ - 12 R$ - Total de Crédito dos Fornecedores R$ - Necessidade de Capital de Giro R$ 242.257,39

70

Page 71: Frutas Desidratadas

Tabela 43 - Capital de Giro (por ano) para os anos 4, 5 e 6.

Item Anual (R$) Rotação Subtotal CGInventário Banana in Natura R$ 57.051,43 52 R$ 1.097,14 Manga In Natura R$ 89.761,90 52 R$ 1.726,19 Abacaxi In Natura R$ 113.698,41 52 R$ 2.186,51 Ácido Cítrico R$ 208,00 4 R$ 52,00 Ácido Ascórbico R$ 141,44 4 R$ 35,36 Produto Acabado em Estoque R$ 1.003.342,52 18 R$ 55.741,25 Produto Acabado em Poder do Cliente R$ 1.618.294,38 12 R$ 134.857,87 Total Inventário R$ 195.696,32 Estoque Embalagem Plástica R$ 13.143,08 12 R$ 1.095,26 Embalagem de Papelão R$ 5.355,00 3 R$ 1.785,00 Rótulo Cartonado R$ 98.573,10 12 R$ 8.214,43 Pallets R$ 500,00 1 R$ 500,00 Total Estoque R$ 11.594,68 Caixa Mínimo Custo Fixo (-depreciação) R$ 228.805,72 12 R$ 19.067,14 Custo Variável R$ 711.364,83 12 R$ 59.280,40 Total Caixa Mínimo R$ 78.347,55 Crédito dos Fornecedores R$ - 12 R$ - R$ - 12 R$ - Total de Crédito dos Fornecedores R$ - Necessidade de Capital de Giro R$ 285.638,55

71

Page 72: Frutas Desidratadas

Tabela 44 - Capital de Giro (por ano) para os anos 7, 8, 9 e 10.

Item Anual (R$) Rotação Subtotal CGInventário Banana in Natura R$ 95.085,71 52 R$ 1.828,57 Manga In Natura R$ 149.603,17 52 R$ 2.876,98 Abacaxi In Natura R$ 189.497,35 52 R$ 3.644,18 Ácido Cítrico R$ 208,00 4 R$ 52,00 Ácido Ascórbico R$ 141,44 4 R$ 35,36 Produto Acabado em Estoque R$ 67.751,70 18 R$ 3.763,98 Produto Acabado em Poder do Cliente R$ 2.185.538,86 12 R$ 182.128,24 Total Inventário R$ 194.329,32 Estoque Embalagem Plástica R$ 22.043,76 12 R$ 1.836,98 Embalagem de Papelão R$ 9.180,00 3 R$ 3.060,00 Rótulo Cartonado R$ 165.328,20 12 R$ 13.777,35 Pallets R$ 500,00 1 R$ 500,00 Total Estoque R$ 19.174,33 Caixa Mínimo Custo Fixo (-depreciação) R$ 228.805,72 12 R$ 19.067,14 Custo Variável R$ 1.063.056,41 12 R$ 88.588,03 Total Caixa Mínimo R$ 107.655,18 Crédito dos Fornecedores R$ - 12 R$ - R$ - 12 R$ - Total de Crédito dos Fornecedores R$ - Necessidade de Capital de Giro R$ 321.158,83

21.2 Fluxo de Caixa

Para se analisar a rentabilidade do projeto é necessário montar o fluxo

de caixa para os 10 anos de projeto. Este é composto por uma série de

períodos de saída e por uma série de períodos de entrada.

O fluxo de caixa é composto por saídas referentes ao investimento fixo e

ao capital de giro, e as entradas relativas ao lucro líquido e depreciação, onde:

Lucro Bruto = Vendas Totais – Custos Totais

72

Page 73: Frutas Desidratadas

Lucro Tributável = Lucro Bruto – Depreciação

Lucro Líquido = Lucro Tributável – Imposto de Renda

A Tabela 45 apresenta o cálculo do fluxo de caixa durante o período de

10 anos. De acordo com o Portal Tributário a contribuição de imposto de renda

é de 15% sobre o Lucro Tributável anual (lucro bruto – depreciação) + 10%

sobre a parcela do Lucro Tributável anual que exceder a R$240.000,00.

73

Page 74: Frutas Desidratadas

Tabela 45 - fluxo

R$ 1.086.534,85

PRI Descontado

Fluxo de caixa

74

Page 75: Frutas Desidratadas

Fluxo de Caixa

75

Page 76: Frutas Desidratadas

21.3. Período de Recuperação do Investimento Simples e

Descontado

O Período de Recuperação do Investimento representa o número de

períodos (geralmente em anos) necessários para que a empresa recupere o

capital investido.

De acordo com a Tabela 46 observa-se que o período de recuperação

do investimento é de 4 anos.

Tabela 46 - Período de Recuperação do Investimento

Investimento InicialR$ 1.086.534,85

Ano PRI Simples PRI Descontado

0 (R$ 1.086.534,85) R$ (1.086.534,85)

1 (R$ 892.608,27) R$ (908.047,43)

2 (R$ 456.424,30) R$ (538.551,00)

3 (R$ 20.240,32) R$ (198.471,46)

4 R$ 437.385,41 R$ 129.919,74

5 R$ 938.392,30 R$ 460.818,43

6 R$ 1.439.399,19 R$ 765.373,14

7 R$ 2.066.550,48 R$ 1.116.257,66

8 R$ 2.729.222,05 R$ 1.457.498,09

9 R$ 3.391.893,61 R$ 1.771.571,21

10 R$ 4.054.565,18 R$ 2.060.639,88

21.4 Valor Atual Líquido

O Valor Atual Líquido é definido como a soma do valor presente das

saídas e o valor presente das entradas.

O calculo do Valor Atual Líquido foi feito de acordo com a Taxa Selic

vigente em 1/10/2009 (8,65%).

O Valor atual Líquido calculado foi de R$ 2.399.133,03 para os 10 anos

de projeto.

Como o Valor atual Liquido é positivo, podemos afirmar que o projeto

deve ser aprovado, pois este cobre o custo de capital da empresa.

76

Page 77: Frutas Desidratadas

21.5 Taxa Simples de Retorno e Taxa Interna de Retorno

A Taxa Simples de Retorno representa o quanto do capital investido

retorna na forma de lucro. A Taxa Simples de Retorno é dada por:

TSR = Lucro Líquido / Investimento Total

Para o projeto foi encontrado a taxa de retorno anual de acordo com a

Tabela 47.

Tabela 47 - Taxa de Retorno Anual

AnoTaxa Simples de

Retorno

0 1 28,1%

2 28,1%3 28,1%

4 31,9%5 31,9%6 31,9%7 42,6%8 42,6%9 42,6%

10 42,6%

A Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna nulo o Valor Atual

Líquido do Investimento. Esse valor representa que o capital empregado seria

integralmente recuperado caso esteja rendendo uma taxa de juros igual a TIR

no período considerado.

Para o projeto, a Taxa Interna de Retorno encontrada foi de 36,69%

22. Ponto de Equilíbrio do projeto

O ponto de equilíbrio ocorre quando os custos e despesas totais são

iguais à receita total. Abaixo desse ponto, a empresa sofre prejuízo por ainda

não ter receita suficiente para pagar seus custos e despesas. Acima desse

77

Page 78: Frutas Desidratadas

ponto, a empresa opera com lucro, pois já é possível pagar todos os gastos e

ainda sobrar receita.

Assim, o Ponto de Equilíbrio do Projeto indica o percentual de

capacidade ociosa com que a empresa pode operar sem lucros nem perdas.

Pode-se determina-lo pela equação:

PE% CFT / QPVU-CVU

onde CFT é o custo fixo total; Q a capacidade instalada;PVU é o preço

de venda unitário; e CVU o custo variável unitário.

De acordo com a Tabela 48 tem-se o Ponto de Equilíbrio para os 10

anos de projeto.

Tabela 48 - Ponto de Equilíbrio

Ano 1, 2 e 3 4, 5 e 6 7, 8, 9 e 10

CFT R$ 291.977,69 R$ 291.977,69 R$ 291.977,69 CTU R$ 1,88 R$ 1,53 R$ 1,24 PVU R$ 3,04 R$ 2,48 R$ 2,01 CVU R$ 1,25 R$ 1,09 R$ 0,98

PE (unidades/ano) 252.798 310.382 383.040 PE (valor/ano) R$ 768.362,33 R$ 768.362,33 R$ 768.362,33

PE(%) 35,59% 32,19% 26,01%

23. Conclusão

De acordo com a análise de todo o projeto e principalemente dos

indicadores de rentabilidade, concluiu-se que o projeto é viável.

O tempo de recuperação do investimento descontado, mais confiável

que a recuperação de investimento simples é de 4 anos, que é um período

adequado para a implementação de uma nova indústria.

O Valor Atual Líquido é de R$ 2.399.133,03 que significa que os ganhos

do projeto remuneram o investimento feito em 8,65% (Taxa Selic) ao ano, e

ainda permitem aumentar o valor da empresa em R$ 2.399.133,03.

78

Page 79: Frutas Desidratadas

Obteve-se também como indicador da rentabilidade do projeto, a Taxa

Interna de Retorno que foi de 36,69% para os 10 anos de projeto e a Taxa

Simples de Retorno, que no primeiro ano é de 28,1%, e no último é de 42,6%.

Pontos Fortes do projeto:

- As Frutas secas é um produto em tendência de ascenção no mercado

Brasileiro, pois além de ser nutritivo é saudável;

- Disponibiliza produtos para os períodos de entre-safra da matéria-

prima;

- Processo de produção é simples;

- Baixo custo com manutenção;

- Baixo custo com segurança do trabalho;

- O produto final representa muitas características da fruta e tem vida útil

prolongada;

- O mercado consumidor alvo está próximo a indústria;

- O projeto apresenta uma bom retorno do investimento;

- Pouca concorrência no mercado.

Pontos fracos do projeto:

- Não uso dos resíduos para um retorno financeiro;

- Localização em cidade com elevado custo do m2 e sem isenção de

impostos;

- Baixo rendimento na transformação da matéria-prima em produto final.

Proseguimentos para o projeto:

Para uma melhoria do projeto existe a possibilidade de maior

diversificação dos produtos, sem que haja grandes alterações na linha de

produção. O projeto também permite adequa-lo, elevar os padrões de

qualidade e produção, de forma que seja possível atender o mercado de

exportação, o que trará um maior retorno.

79

Page 80: Frutas Desidratadas

24. Referências Bibliograficas

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Alimentos, Campinas Instruções Práticas no 3, 18 p., 1972.

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83

Page 84: Frutas Desidratadas

Anexo I: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Banana Nanica / Batelada – Anos

1,2 e 3.

BANANA NANICA( 247,67 kg)

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(60 kg, 25°C)

CASCAS(35,3 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(12,37 kg)

DESCARTE(47,67 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS

Água Retirada(140kg), Q=0,56 kW

84

Page 85: Frutas Desidratadas

Anexo II: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Banana Nanica / Batelada – Anos

4, 5 e 6.

BANANA NANICA( 354,98 kg)

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(86 kg, 25°C)

CASCAS(50,6 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(27,72 kg)

DESCARTE(78,32 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(276,66 kg)

Água Retirada(190,66 kg), Q=0,56 kW

85

Page 86: Frutas Desidratadas

Anexo III: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Banana Nanica / Batelada – Anos

7, 8, 9 e 10.

BANANA NANICA( 598,51 kg)

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(145 kg, 25°C)

CASCAS(85,32 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(29,87 kg)

DESCARTE(115,19 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(483,42 kg)

Água Retirada(338,42 kg), Q=0,56 kW

86

Page 87: Frutas Desidratadas

Anexo IV: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Manga Tommy Atkins / Batelada –

Anos 1, 2 e 3.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(25 kg, 25°C)

CASCAS(35,3 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(12,36 kg)

DESCARTE(47,66 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS

(138 kg)

Água Retirada(113 kg), Q=0,75 kW

MANGA Tommy Atkins

(243,66 kg)

87

Page 88: Frutas Desidratadas

Anexo V: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Manga Tommy Atkins / Batelada –

Anos 4, 5 e 6.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(36 kg, 25°C)

CASCAS(134 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(17,45 kg)

DESCARTE(151,45 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(197,8 kg)

Água Retirada(161,8 kg), Q=0,75 kW

Manga Tommy Atkins(349,25 kg)

88

Page 89: Frutas Desidratadas

Anexo VI: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Manga Tommy Atkins / Batelada –

Anos 7, 8, 9 e 10.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(60 kg, 25°C)

CASCAS(225,93 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(29,42 kg)

DESCARTE(255,35 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(333,5 kg)

Água Retirada(273,5 kg), Q=0,75 kW

Manga Tommy Atkins(588,85 kg)

89

Page 90: Frutas Desidratadas

Anexo VII: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Abacaxi Pérola / Batelada – Anos

1, 2 e 3.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(25 kg, 25°C)

CASCAS(35,3 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(12,36 kg)

DESCARTE(47,66 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS

(138 kg)

Água Retirada(113 kg), Q=0,75 kW

Abacaxi Pérola(243,66 kg)

90

Page 91: Frutas Desidratadas

Anexo VIII: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Abacaxi Pérola / Batelada – Anos

4, 5 e 6.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(36 kg, 25°C)

CASCAS(134 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(17,45 kg)

DESCARTE(151,45 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(197,8 kg)

Água Retirada(161,8 kg), Q=0,75 kW

Abacaxi Pérola(349,25 kg)

91

Page 92: Frutas Desidratadas

Anexo IX: Diagrama de Fluxo Quantitativo – Abacaxi Pérola / Batelada – Anos

7, 8, 9 e 10.

SELEÇÃO

LAVAGEM com água clorada25°C, 100-200 µL

DESCASCAMENTO

TRATAMENTO ANTI-OXIDANTE 25°C, 20L (0,1% ac. Ascórbico + 1%

Ác. Citrico)

SECAGEM (12-18 horas / 70O C)

CONDICIONAMENTO DA UMIDADE (20-25%)

25°C

EMBALAMENTO(60 kg, 25°C)

CASCAS(225,93 kg)

FRUTAS DESCARTADAS

(29,42 kg)

DESCARTE(255,35 kg)

CORTE

MONTAGEM DAS BANDEJAS(333,5 kg)

Água Retirada(273,5 kg), Q=0,75 kW

Manga Tommy Atkins(588,85 kg)

92

Page 93: Frutas Desidratadas

Anexo X: Memorial de Cálculos

Calculo da carga térmica utilizada no Processo (Iten 7.1):

Cálculo do Cp médio das frutas:

Tabela 49 - Cp médio das frutas

Fruta Cp (kcal/kg.°C)

Banana 0,80

Manga 0,85

Abacaxi 0,88

Fonte: Caderno de dados

Consideramos que a temperatura de saída da banana do secador é de

65°C, do abacaxi e da manga é de 70°C. Consideramos Tambiente = 20°C.

Através da fórmula encontramos o gasto de energia para o

secador no caso de secagem de cada uma das frutas.

Tabela 50 - Gasto de energia médio do secador para as frutas.

Secador Gasto de energia (kW.h)

Banana 9,22

Manga 9,52

Abacaxi 9,86

93

Page 94: Frutas Desidratadas

ANEXO XI – Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) para FRUTAS

SECAS:

Com base na Resolução CNNPA no 12 de 1978, tem-se que o PIQ da

Fruta Seca é dado por:

i) DEFINIÇÃO: Segundo a Resolução – CNNPA no 12 de 1978, FRUTA

SECA pode ser definida como o produto obtido pela perda parcial da água da

fruta madura, inteira ou em pedaços, por processos tecnológicos adequados.

ii) DESIGNAÇÃO: sua designação deve ser feita simplesmente pelo

nome da fruta que lhe deu origem, seguida da palavra “seca”. Os produtos

preperados com mais de uma espécie de frutas terão a designação de “frutas

secas mistas”, seguida do nome das frutas componentes. Pode também ser

usada a palavra “passa” em lugar de “seca”.

iii) CARACTERÍSTICAS GERAIS: O produto deverá ser preparado

com frutas maduras, sãs e limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos, de

detritos animais e vegetais. Não deve conter substâncias estranhas à sua

composição normal. É tolerada a imersão das frutas em solução de cloreto de

sódio, hidróxido de sódio ou carbonato de sódio de acordo com as exigências

da técnica de fabricação. As frutas secas ou dessecadas não podem

apresentar fermentações.

iv) CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS:

iv.1) Aspecto: frutas inteiras ou em pedaços, de consistência própria,

não esmagada.

iv.2) Cor: própria.

iv.3) Cheiro: próprio.

iv.4) Sabor: próprio.

94

Page 95: Frutas Desidratadas

v) CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS: As frutas secas devem

obedecer o seguinte padrão:

- Bactérias do grupo coliforme: máximo 2x102/g

- Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: ausência de 1g

- Salmonelas: ausência em 25g

Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos

e/ou substâncias tóxicas de origem microbiana, sempre que se tornar

necessária a obtenção de dados adicionais sobre o estado higiênico-sanitário

desse classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções alimentares.

vi) CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS: Ausência de sujidades,

parasitos e larvas.

vii) ROTULAGEM: No rótulo deve constar o nome da fruta seguida da

palavra “seca”, “dessecada” ou “passa”. Quando a embalagem contiver frutas

secas de diversas espécies, levará a denominação de “Frutas secas mistas”,

seguida do nome das frutas com as respectivas porcentagens em ordem

decrescente.

95

Page 96: Frutas Desidratadas

ANEXO XII – Informações adicionais para a Análise de Perigos e Pontos

Críticos de Controle (APPCC), sua implementação e Questões para a

determinação dos Pontos Críticos de Controle:

Os sete princípios contemporâneos do APPCC são (CULLOR, 1997):

1. identificação dos perigos, severidades e riscos (químicos,

microbiológicos e físicos);

2. estabelecimento dos pontos críticos de controle (PCCs) para os

perigos identificados.

3. estabelecimento dos critérios (limites críticos) para cada PCC.

4. adoção de procedimentos de monitoramente rotineiro para os

PCCs.

5. adoção de medidas corretivas, quando o critério não for atingido.

6. estabelecimento de um sistema efetivo de registro de informações

para o programa.

7. estabelecimento de um sistema de verificação para documentar

que o programa de APPCC está sendo seguido

CULLOR (1997) também apresenta os doze passos para a

implementação do APPCC nas cadeias alimentares:

1. Definir uma equipe local e multidisciplinar para liderar o programa

de APPCC.

2. Descrever o(s) produto(s) final(is) e o seu meio de distribuição.

3. Identificar o provável uso do alimento e a população consumidora

alvo.

4. Desenvolver um fluxograma que descreva o processo de

produção e distribuição.

5. Verificar o fluxograma.

6. Implementação do princípio 1 (identificação dos perigos,

severidades e riscos), preparando uma lista dos prontos no processo de

96

Page 97: Frutas Desidratadas

produção em que ocorrem perigos químicos, físicos e microbiológicos e

descrição das medidas preventivas.

7. Aplicação do princípio 2 (identificação dos PCCs no processo

produtivo).

8. Adotar o princípio 3 e estabelecer os limites críticos que disparem

a implementação de medidas preventivas associadas a cada PCC identificado.

9. Implementação do princípio 4, estabelecendo as exigências de

monitoramente e organização dos procedimentos para o uso dos resultados do

programa de monitoramento.

10. Organizar o princípio 5, criando ações corretivas a serem

iniciadas quando o programa de monitoramente indicar desvios em relação aos

critérios ou limites críticos estabelecidos.

11. Manter o princípio 6, estabelecendo procedimentos efetivos de

registro de informações que atestem a implementação do sistema de APPCC.

12. Instituir o princípio 7, estabelecendo procedimentos de verificação

de que o sistema APPCC está trabalhando corretamente.

[CULLOR, 1997]

Para a determinação dos Pontos Críticos de Controle (tabela BBB), as

questões a seguir devem ser respondidas:

Questão 1: Existem medidas de controle preventivas para o perigo

identificado?

Questão 2: Esta etapa reduz a possível ocorrência do perigo a níveis

aceitáveis?

Questão 3: O perigo pode aumentar a níveis aceitáveis?

Questão 4: Haverá uma etapa subseqüente que eliminará ou reduzirá

o perigo a níveis aceitáveis?

97

Page 98: Frutas Desidratadas

ANEXO XIII – PROGRAMA 5S

Os 5S’s foram concebidos na década de 50, no Japão do pós-guerra.

A necessidade de organização era enorme e Kaoru Ishikawa desenvolveu o

programa.

Hoje esse programa é adotado por praticamente todas as grandes

empresas e organizações como programa de qualidade e organização.

O Programa 5S é uma filosofia de trabalho que busca promover a

disciplina na empresa através da consciência e responsabilidade de todos, de

forma a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo.

O programa recebeu esse nome devido às iniciais das cinco palavras

japonesas que sintetizam as cinco etapas do programa. São elas: SEIRI,

SEITON, SEISSO, SEIKETSU, SHITSUKE.

Senso de Utilização: Separar o que utilizamos que não necessitamos e

não usamos.

Vantagens: -liberação de utensílios, equipamentos e

documentos desnecessários.

- redução do tempo de procura.

- melhor visualização do local de trabalho.

Senso de Ordenação: Cada material tem seu lugar.

Vantagens:- rapidez e facilidade na busca de documentos e objetos.

- redução da perda de tempo.

- controle do uso de equipamentos e documentos

necessários.

- estímulo à criatividade.

- facilidade de comunicação.

- redução dos riscos de acidentes.

Senso de Limpeza: A melhor forma de limpar é não sujar.

98

Page 99: Frutas Desidratadas

Vantagens:- higiene no local de trabalho.

- autoconhecimento de livros, equipamentos e documentos.

- eliminação de desperdício.

Satisfação de quem executa.

Senso de Saúde: Manter a higiene em todos os locais freqüentados,

verificando o estado de implantação dos “5S”, quer sob o aspecto físico, quer

sob aspecto mental.

Vantagens:- melhoria do ambiente de trabalho.

- melhoria das áreas comuns.

- condições de trabalho favoráveis à saúde.

Senso de Autodisciplina: Melhorar constantemente, desenvolver a

força de vontade e disciplina cumprido o estabelecido.

Vantagens: - cumprimento natural dos procedimentos.

- disciplina moral e ética.

- cultivo de bons hábitos.

- efetivação da administração participativa.

- garantia de qualidade de vida.

(Fonte: Programa de Treinamento S2i – LAB METRO

FLORIANÓPOLIS)

99

Page 100: Frutas Desidratadas

Anexo XIIII – Lay-out da área Industrial

100

Page 101: Frutas Desidratadas

Anexo XV – Lay-out dos Equipamentos

101

Page 102: Frutas Desidratadas

Anexo XVI: Catálogos dos Principais Equipamentos

Sistema continuo de selagem com pré-aquecimento.

A embalagem com a solapa é posicionada manualmente em duas

correias que a transportam passando por um pré-aquecimento e por mordentes

giratórios, efetuando a selagem.

Dispensa a selagem da embalagem plástica pois sela a solapa e a

embalagem em uma única operação.

Tipo de selagem: lisa sem data.

Embalagem: Polipropileno com solapa.

Controle digital de temperatura e velocidade da selagem.

Produção: 1000 a 2000 selagens/h dependendo da embalagem e do

operador.

Tensão: 220V.

Prazo de entrega: 30 dias.

Valor R$ 5.330,00, podemos dividir em 4 pagamentos –

sinal/faturamento – 30 e 60 dias do faturamento.

Ou através de linhas de crédito.

Abaixo link da seladora

http://www.jhm.com.br/seladoras/solapa.php

A disposição para esclarecer dúvidas.

JHM Máquinas Ltda

Diná Tavares

Fone: 011-4723-3744

e-mail - [email protected]

102

Page 103: Frutas Desidratadas

Máquinas e equipamentos para o segmento alimentício.

Atibaia(SP), 17 de Junho 2010.

MESA DE SELEÇÃO

Item

Qde

Descrição das Máquinas Valor total

01 01 MESA DE PREPARO E SELEÇÃO COM TAMPO LISO, 100% EM AÇO INOX AISI 304 ISO 9002, Dimensões: 3500x1500x1002

R$ 3.840,00

01 01 MESA DE PREPARO E SELEÇÃO COM BORDAS E TAMPO LISO, 100% EM AÇO INOX AISI 304 ISO 9002, Dimensões: 3500x1500x1002

R$ 4.200,00

CONDIÇÕES DE PAGAMENTO :

* A vista: 5%* A prazo: Sinal de 40% + 2 parcelas iguais no cheque ou boleto (após aprovação de cadastro).* Prazo de entrega: 15 dias.* Garantia: Um ano.* IPI: Isento.* Validade do Orçamento: 20 dias * Frete: FOB (Por conta do cliente).

Atenciosamente,

Dayse Wagmaker Depto. Vendas (11) 4412-6100

TORTUGAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS INOXIDAVEIS LTDATelevendas: (00 55) (11) 4412-6803/ 4412-6293 Telefax: (11) 4412-6100

Rua da Madeira, 165 – Recreio Estoril - CEP: 12940-040 – Atibaia-SPSite: www.tortugan.com.br E-mail: [email protected]

103

Page 104: Frutas Desidratadas

Atibaia(SP), 22 de Abril 2010.

Item Qde Descrição do Lavador Valor Total

01 01LAVADOR DE TALISCA MODELO LR2.000. CONSTRUÍDO EM AÇO INOX AISI 304, COM SISTEMA DE LAVAGEM DAS FRUTAS, VERDURAS E HORTALIÇAS POR BORBULHA MENTO. TRANSPORTE FEITO ATRAVÉS DE ESTEIRA ATÓXICA TERMOPLÁSTICA, ACIONAMENTO POR MOTO-REDUTOR COM POTENCIA DE 0,75CV. POSSUÍ BORBULHA DOR EM AÇO INOX, COM POTENCIA DE 3 CVCOM ENTRADA DE ÁGUA LATERAL. Dimensões: 1,00 X 3,00 X 1,57m. Tensão 220 ou 380V.

R$ 28.322,00

02 01 LAVADOR DE TALISCA MODELO LR3.000. CONSTRUÍDO EM AÇO INOX AISI 304, COM SISTEMA DE LAVAGEM DAS FRUTAS, LEGUMES E HORTALIÇAS POR BORBULHA MENTO E BICOS ASPERSORES TRANSPORTE FEITO ATRAVÉS DE ESTEIRA ATÓXICA TERMOPLÁSTICA, ACIONAMENTO POR MOTO-REDUTOR COM POTENCIA DE 1CV. POSSUÍ BORBULHA DOR EM AÇO INOX, COM POTENCIA DE 3 CV COM ENTRADA DE ÁGUA LATERAL. Dimensões: 0,80 X 4,00 X 1,57m. Tensão 220 ou 380V.

R$ 34.033,00

03 01 LAVADOR MODELO LR4.000. CONSTRUÍDO EM AÇO INOX AISI 304, PARA LAVAGEM DE FRUTAS E VERDURAS POR BORBULHA MENTO, TRANSPORTE ATRAVÉS DE ROLETES,PRIMEIRO ESTÁGIO, IMERSÃO EM ÁGUA COM BORBULHAMENTO, SEGUNDO ESTÁGIO: JATOS DE ÁGUA EM SPRAY, SISTEMA DE TRANSPORTE EM ROLETES

(FRUTOS EM GIRO) CAPACIDADES DE 500 A 1500Kg/h. MOTO-REDUTOR COM POTENCIA DE 1CV. BOMBA COM POTENCIA DE 3 CV COM ENTRADA DE ÁGUA LATERAL. Dimensões: 0,80 X 4,00 X 1,57m. Tensão 220 ou 380V.

R$ 42.101,00

04 01 LAVADOR DE ESCOVAS MODELO LR-6000, CONTINUO EM AÇO INOX AISI 304, COM ESCOVAS DE NYLON E BISCOS ATOMIZADORES EM PVC PARA LAVAGEM DE FRUTAS E LEGUMES. Dimensões: 1.00 x 4.00 x 1.57m. Motor: 3 CV, Tensão: 220 ou 380V

R$ 29.922,00

CONDIÇÕES DE PAGAMENTO :

* A vista: desconto de 8%* A Prazo: Sinal de 40% + 4 parcelas iguais no cheque (após aprovação de cadastro).* Prazo de entrega: 30 dias * Garantia: Um ano.* IPI: 5%* Validade do Orçamento: 20 dias * Frete: FOB (Por conta do cliente).* Produto de exportação

Atenciosamente,

Dayse Wagmaker Depto. Vendas (11) 4412-6100

TORTUGAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS INOXIDAVEIS LTDATelevendas: (00 55) (11) 4412-6293/ 4412-6803

Rua da Madeira, 165 – Recreio Estoril - CEP: 12940-040 – Atibaia-SP www.tortugan.com.br [email protected]

104

Page 105: Frutas Desidratadas

Máquinas e equipamentos para o segmento alimentício.

PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DATA: 17-06-2010

TANQUE

Item Qtd Descrição Valor Unitário

01 01 TANQUE DE LAVAGEM DE FRUTAS, LEGUMES , VERDURAS E OUTROS 100% EM AÇO INOX AISI 304, COM CESTO, SAIDA PARA REGISTRO E ALÇA, CAPACIDADE 100 LITROS.

R$ 2.129,00

CONDIÇÕES DE PAGAMENTO :

* A vista: Desconto de 8%.* A Prazo: Sinal de 40% + 2 parcelas iguais no cheque (após aprovação de cadastro). * Prazo de entrega: 20 dias* Garantia: Um ano.* IPI: Isento.* Validade do Orçamento: 20 dias.* Frete: FOB (Por conta do cliente).

Atenciosamente,

Dayse Wagmaker Depto. Comercial (11) 4412-6100

TORTUGAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS INOXIDAVEIS LTDATelevendas: (00 55) (11) 4412-6100/ 4412-6803 Telefax: (11) 4412-6293

Rua da Madeira, 165 – Recreio Estoril - CEP: 12940-040 – Atibaia-SP www.tortugan.com.br E-mail: [email protected]

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