274
Fruto de um Sábio CARTAS DO BAAL HASULAM

Fruto de Um Sábio

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cartas de Baal Hasulan

Citation preview

  • Fruto de um Sbio

    CARTAS DO BAAL HASULAM

  • Fruto de um Sbio

    CARTAS DO BAAL HASULAM

    LAITMAN

    KABBALAH PUBLISHERS

    Yehuda Leib HaLevi Ashlag

  • Fruto de um Sbio: cartas do Baal HaSulam Copyright 2014 por MICHAEL LAITMAN

    Todos os direitos reservados

    Ttulo Original: A Sages Fruit: letters of Baal HaSulam

    Publicado por Laitman Kabbalah Publishers

    www.kabbalah.info [email protected]

    1057 Steeles Avenue West, Suite 532, Toronto, ON, M2R 3X1, Canad

    194 Quentin Rd, 2 andar, Brooklyn, Nova York, 11223, USA

    Impresso no Canad

    Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida em qualquer forma sem a permisso escrita do editor,

    exceto no caso de citaes breves incorporadas em artigos crticos ou revises.

    ISBN 978-1-897448-90-8

    Livraria do Congresso Catalogao na Data da Publicao

    Editora: Andie Sheppard

    Coordenao e Arte: Ncolas Bastos Bggio

    Traduo para o Portugus: Andie Sheppard, Beatriz Reis, Beto Lazzarini

    Bruno C. Lopes, Claudia Martins, Derli Stopato, Luzia Webler, Manoel M. Padilla

    Marcia Cristina, Maria Aux. Fogaa, Ncolas Bggio

    Reviso: Andie Sheppard, Ncolas Bggio

    Ps-Produo: Uri Laitman

    Editor Executivo e Tradutor ao Ingls: Chaim Ratz

    PRIMEIRA EDIO: OUTUBRO DE 2014

    Primeira impresso

  • Sumrio Introduo ....................................................................................................... 7

    Carta N. 1 ....................................................................................................13

    Carta N. 2 ....................................................................................................21

    Carta N. 3 ....................................................................................................31

    Carta N. 4 ....................................................................................................37

    Carta N. 5 ....................................................................................................49

    Carta N. 6 ....................................................................................................53

    Carta N. 7 ....................................................................................................57

    Carta N. 8 ....................................................................................................59

    Carta N. 9 ....................................................................................................69

    Carta N. 10 ..................................................................................................75

    Carta N. 11 ..................................................................................................81

    Carta N. 12 ..................................................................................................85

    Carta N. 13 ..................................................................................................87

    Carta N. 14 ..................................................................................................89

    Carta N. 15 ..................................................................................................93

    Carta N. 16 ..................................................................................................95

    Carta N. 17 ..................................................................................................99

    Carta N. 18 ............................................................................................... 105

    Carta N. 19 ............................................................................................... 109

    Carta N. 20 ............................................................................................... 115

    Carta N. 21 ............................................................................................... 117

    Carta N. 22 ............................................................................................... 119

    Carta N. 23 ............................................................................................... 123

    Carta N. 24 ............................................................................................... 127

    Carta N. 25 ............................................................................................... 129

    Carta N. 26 ............................................................................................... 133

    Carta N. 27 ............................................................................................... 141

    Carta N. 28 ............................................................................................... 145

    Carta N. 29 ............................................................................................... 147

    Carta N. 30 ............................................................................................... 153

    Carta N. 31 ............................................................................................... 155

  • Carta N. 32 ............................................................................................... 161

    Carta N. 33 ............................................................................................... 165

    Carta N. 34 ............................................................................................... 167

    Carta N. 35 ............................................................................................... 171

    Carta N. 36 ............................................................................................... 177

    Carta N. 37 ............................................................................................... 179

    Carta N. 38 ............................................................................................... 181

    Carta N. 39 ............................................................................................... 183

    Carta N. 40 ............................................................................................... 189

    Carta N. 41 ............................................................................................... 193

    Carta N. 42 ............................................................................................... 195

    Carta N. 43 ............................................................................................... 199

    Carta N. 44 ............................................................................................... 201

    Carta N. 45 ............................................................................................... 203

    Carta N. 46 ............................................................................................... 213

    Carta N. 47 ............................................................................................... 217

    Carta N. 48 ............................................................................................... 221

    Carta N. 49 ............................................................................................... 223

    Carta N. 50 ............................................................................................... 225

    Carta N. 51 ............................................................................................... 229

    Carta N. 52 ............................................................................................... 233

    Carta N. 53 ............................................................................................... 239

    Carta N. 54 ............................................................................................... 241

    Carta N. 55 ............................................................................................... 247

    Carta N. 56 ............................................................................................... 255

    Carta N. 57 ............................................................................................... 259

    Carta N. 58 ............................................................................................... 263

    Sobre o Autor ............................................................................................. 267

    Leituras Adicionais .................................................................................... 269

  • INTRODUO

    7

    Introduo

    Escrita pelo Filho do Autor

    Agradeo ao Senhor pois Sua graa eterna. Nossos olhos vero e nossos coraes se regozijaro com a revelao das cartas ocultas do meu pai e professor que estavam escondidas e ocultas em seus escritos sagrados, e agora foram impressas, para abrir os olhos do anseio e desejo, que esto sedentos por Tuas misericrdias, que anseiam pela gua para saciar a sede do rio que sai do den, para ser perfumado por sua Luz, e ser purificado pelo prazer do Senhor.

    E uma vez que tenham sido recompensados, Ento Israel cantar esta cano: Brota, poo. Brota, poo da fonte para anunciar a Israel as maravilhas do Senhor sobre a revelao de Sua misericrdia e bondade sobre aqueles que O temem.

    Felizes so aqueles que so recompensados com a adeso Ele. Foi dito sobre eles: Os segredos da Tor so revelados ante ele, e ele torna-se como uma fonte que sempre flui e como um rio que nunca para... Isto diz respeito compreenso espiritual apresentada neste livro e no resto de seus escritos.

    Para entender um pouco do significado da compreenso espiritual, agora vou apresentar um ensaio que eu ouvi de sua santa boca.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    8

    ***

    Ns discernirmos muitos graus e discernimentos nos mundos. Devemos saber que tudo o que se relaciona aos discernimentos e graus fala do que as almas entendem em relao ao que recebem dos mundos. Isto segue a regra: O que no atingimos, no conhecemos por nome. Isto assim porque a palavra nome indica atingimento, como uma pessoa que nomeia algum objeto, depois de ter compreendido algo sobre ele de acordo com a sua realizao.

    Portanto, a realidade, em geral, dividida em trs discernimentos em relao ao atingimento espiritual:

    1. Atzmuto (Sua essncia)

    2. Ein Sf (Infinito)

    3. As Almas

    1) Ns no falamos de Atzmuto de forma alguma. Pois a raiz e o lugar das criaturas comeam no Pensamento da Criao, onde esto incorporados, como est escrito: O fim de uma ao est no pensamento preliminar.

    2) Ein Sf pertence ao Pensamento da Criao, que Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas. Isto considerado Ein Sf, e a ligao existente entre Atzmuto e as almas. Percebemos essa conexo sob a forma do desejo de dar prazer s criaturas.

    Ein Sf o comeo. chamado de uma Luz sem um Kli (Vaso), porm l est a raiz das criaturas, ou seja, a conexo entre o Criador e as criaturas, chamado de Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas. Esse desejo comea no mundo de Ein Sf e se estende at o mundo de Assi.

    3) As Almas, que so as receptoras do bem que Ele deseja fazer.

    Ele chamado de Ein Sf, porque esta a conexo entre Atzmuto e as almas, o que percebemos como Seu desejo de fazer o bem para suas criaes. Ns no temos nenhuma expresso vocal, exceto pela conexo do desejo de desfrutar. Este o incio da ocupao e chamado de Luz sem um Kli.

  • INTRODUO

    9

    Entretanto, a comea a raiz das criaturas, ou seja, a conexo entre o Criador e as criaturas, chamado de Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas. Esse desejo comea no mundo de Ein Sf e se estende at o mundo de Assi.

    Todos os mundos so, em si, considerados Luz sem um Kli onde no h nenhuma expresso. Eles se discernem como Atzmuto e no h nenhuma compreenso neles.

    No imagine que discernimos muitos discernimentos l. Isso ocorre porque esses discernimentos existem em potencial. Depois, quando as almas vm, esses discernimentos aparecero nas almas que recebem as Luzes superiores de acordo com o que elas corrigiram e organizaram. Assim, as almas podero receb-los, cada uma segundo a sua capacidade e qualificao. E ento estes discernimentos aparecero na realidade. No entanto, enquanto as almas no atingem a Luz Superior, elas, mesmas, so considerados Atzmuto.

    Com relao s almas que recebem dos mundos, os mundos so considerados Ein Sf. Isto assim pois a conexo entre os mundos e as almas, ou seja, o que os mundos do s almas, se estende desde o Pensamento da Criao, que uma correlao entre as almas e Atzmuto.

    Essa conexo chamada Ein Sf. Quando oramos ao Criador e pedimos para nos ajudar e nos dar o que queremos, nos relacionamos com o discernimento de Ein Sf. Existe na raiz das criaturas, que quer dar-lhes deleite e prazer, chamado de Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas.

    A orao para o Criador, que nos criou, e seu nome Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas. Ele chamado Ein Sf porque isso fala sobre antes da restrio. E mesmo aps a restrio, nenhuma mudana ocorre nele, pois no h mudana na Luz, e Ele sempre permanece com esse nome.

    A proliferao dos nomes se refere apenas no que diz respeito aos receptores. Assim, o primeiro nome que apareceu, isto , a raiz para as criaturas, chamado Ein Sf [Infinito]. E este nome permanece inalterado. Todas as restries e as mudanas so feitas apenas em relao aos receptores, e Ele sempre brilha no primeiro nome, Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas, infinitamente.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    10

    por isso que oramos ao Criador, chamado Ein Sf, que brilha sem restrio ou fim. O fim, que aparece posteriormente, so correes para os receptores, de modo que eles possam receber Sua Luz.

    A Luz Superior consiste de dois discernimentos: atingimento e atingido. Tudo o que dizemos a respeito da Luz Superior se refere apenas como o atingimento impresso pelo atingido. No entanto, em si mesmos, ou seja, somente o atingimento, ou apenas o atingido, no so chamados de Ein Sf. Em vez disso, o atingido chamado de Atzmuto, e o atingimento chamado de almas, sendo um novo discernimento, que faz parte do todo. novo no sentido que o desejo de receber est impresso nele. E nesse sentido, a criao chamada Existncia a partir da ausncia.

    Para eles, todos os mundos so considerados como unidade simples, e no h nenhuma mudana na Divindade. Este o significado de Eu, o Senhor, no mudo. No h Sefirot e Bechinot (discernimentos) na Divindade.

    Mesmo as denominaes mais sutis no se referem prpria Luz, pois este um discernimento da Atzmuto onde no h atingimento. Em vez disso, todas as Sefirot e os discernimentos falam apenas do que uma pessoa atinge neles. Isto acontece pois o Criador quis que ns atingssemos e compreendssemos a abundncia como Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas.

    Para que ns atingirmos o que Ele queria que atingssemos e entendssemos como Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas, Ele nos criou e nos transmitiu estes sentidos, e estes sentidos atingem suas impresses da Luz Superior.

    Consequentemente, nos foram dados muitos discernimentos, pois o sentido comum que chamado de o desejo de receber, e dividido em muitos detalhes, de acordo com a medida que os receptores so capazes de receber. Assim, encontramos muitas divises e detalhes, chamados ascenses e quedas, expanso e partida, etc.

    Visto que o desejo de receber chamado de criatura e um novo discernimento, a pronunciao comea precisamente no local onde o desejo de receber comea a receber impresses. A fala discernimentos, partes de impresses. Pois aqui j existe uma correlao entre a Luz Superior e o desejo de receber.

  • INTRODUO

    11

    Isto chamado de Luz e Kli. No entanto, no h nenhuma expresso na Luz sem um Kli, uma vez que uma Luz que no atingida pelo receptor considerada Atzmuto, onde o pronunciamento proibido, uma vez que inatingvel, e como podemos nomear o que ns no atingimos?

    Disto aprendemos que quando oramos ao Criador para nos dar a salvao, cura, e assim por diante, h duas coisas que devemos distinguir: 1) o Criador, 2) aquilo que se estende a partir dEle.

    No primeiro discernimento, considerado Atzmuto, o pronunciamento proibido, como j dissemos acima. No segundo discernimento, que se estende a partir dEle, o qual considerado Luz que se expande em nosso Kelim, ou seja, em nosso desejo de receber, que o que chamamos de Ein Sf. Esta a conexo do Criador com as criaturas, sendo Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas. O desejo de receber considerado como a Luz em expanso que, finalmente atinge o desejo de receber.

    Quando o desejo de receber recebe a Luz em expanso, a Luz em expanso ento chamada Ein Sf. Ele vem para os receptores atravs de muitas tampas de modo que o inferior seja capaz de receb-las.

    Acontece que todos os discernimentos e as mudanas so feitas especificamente no receptor, com relao ao modo que o receptor impresso por elas. No entanto, devemos fazer um discernimento no tpico de discusso. Quando falamos de discernimentos nos mundos, estes so discernimentos em potencial. E quando o receptor atinge estes discernimentos, eles so chamados de reais.

    O entendimento espiritual existe quando o atingimento e o atingido se renem, pois sem atingimento no h forma de ser atingido, uma vez que no existe ningum para obter a forma do atingido. Assim, este discernimento considerado Atzmuto, onde no existe espao para qualquer expresso. Portanto, como podemos dizer que o atingido tem sua prpria forma?

    S podemos falar de onde os nossos sentidos so impressionados pela Luz em expanso, que Seu desejo de fazer o bem s Suas criaturas, que chega s mos dos receptores de fato.

    Da mesma forma, quando examinamos uma mesa, nosso sentido do tato a sente como algo slido. Ns tambm discernimos o seu comprimento

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    12

    e largura, tudo de acordo com os nossos sentidos. No entanto, isso no exige que a mesa parea assim para quem tem outros sentidos. Por exemplo, aos olhos de um anjo, quando analisa a mesa, ele vai v-la de acordo com os seus sentidos. Logo, no podemos determinar qualquer forma no que diz respeito a um anjo, uma vez que no conhecemos os seus sentidos.

    Assim, j que no h atingimento no Criador, no podemos dizer que forma os mundos tm de Sua perspectiva. Ns s atingimos os mundos de acordo com os nossos sentidos e sensaes, como era Seu desejo para que O atingssemos assim.

    Este o significado de No h mudana na Luz. Pelo contrrio, todas as mudanas esto nos Kelim, ou seja, em nossos sentidos. Medimos tudo de acordo com a nossa imaginao. A partir disto se segue que se muitas pessoas examinam uma coisa espiritual, e cada uma vai atingir de acordo com sua imaginao e sentidos, assim vendo uma forma diferente.

    Alm disso, a forma em si ir mudar em uma pessoa de acordo com seus altos e baixos, como j dissemos acima que a Luz Luz simples e todas as mudanas acontecem apenas nos receptores.

    Que possamos receber Sua Luz e seguir nos caminhos do Criador e servi-Lo no em prol de sermos recompensados, mas para dar satisfao ao Criador e para elevar a Divindade do p. Que possamos receber adeso com o Criador e a revelao de Sua Divindade para Suas criaturas.

    Baruch Shalom, filho do meu professor e pai, Yehuda Leib HaLevi Ashlag, de abenoada memria

  • 13

    Carta N. 1

    1920

    Ao meu amigo ... que ele viva uma vida longa e boa.

    meio-dia e eu recebi sua carta do oitavo dia do primeiro ms, e suas lamentaes contra mim so como uma orao aceita, como est escrito no Zohar.

    Eu j provei a voc em minhas cartas anteriores que, enquanto voc me repreende por no escrever, o seu abatimento que deve ser repreendido. Observe que, desde o stimo dia de Shevat [ms Hebreu prximo a Fevereiro] at o oitavo de Nissan, ou seja mais de dois meses, voc no me escreveu uma palavra em mais de dois meses, enquanto eu te escrevi quatro cartas nesse perodo.

    E se este punhado ainda sacia o leo, como est escrito, pois quem est altamente colocado tem superior que o vigia; e h mais altos do que eles (Eclesiastes 5:8). E como resposta que ele firmemente exige, eu devo responder que todo mundo acredita na Providncia Privada, mas no adere a ela de maneira alguma.

    A razo que um pensamento estranho e tolo no pode ser atribudo ao Criador, que o eptome do bom que pratica o bem. Entretanto, apenas aos verdadeiros trabalhadores de Deus o conhecimento da Providncia Privada est aberto, que Ele causou todas as razes que a precederam, tanto boas quanto ms. Ento elas so coesas com a Providncia Privada, pois todos aqueles que esto conectados pureza, so puros.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    14

    Desde que o Guardio esteja unido com seu protegido, no h uma diviso aparente entre o bem e o mal. Eles so todos amados e puros, pois todos eles so os carregadores dos vasos de Deus, prontos a glorificar a revelao de Sua unicidade. conhecido pelo instinto, e a esta medida eles tm conhecimento do fim que todas as aes e pensamentos, ambos bons ou maus, so todos carregadores dos vasos de Deus. Ele os preparou, de Sua boca eles vieram, e no Gmar HaTikn (Fim da Correo) sero conhecidos por todos.

    Entretanto, neste intervalo est um longo e ameaador exlio. O principal problema que quando algum v alguma ao injusta, ele cai de seu degrau (e se agarra a uma mentira notvel se esquecendo que ele como um machado na mo de um cortador). Pelo contrrio, ele se julga como responsvel pelo ato e esquece a razo para todas as consequncias de quem tudo vem, e que no h outro operador no mundo seno Ele.

    Esta a lio. Embora a pessoa saiba disto primeiramente, ainda, quando for preciso, ela no controla este estado de conscincia e une tudo com a causa, a qual sentencia a uma escala de mrito. Esta a resposta completa sua carta.

    Eu j te disse face a face uma verdadeira parbola sobre esses dois conceitos, onde um ensina ao outro. Porm, a fora da ocultao domina neste intervalo, como nossos sbios disseram sobre os dois coringas perante o Rabi, que estavam divertindo todos aqueles que estavam tristes.

    H uma parbola sobre um rei que se afeioou tanto ao seu servo at que ele desejou coloc-lo acima de todos os ministros, por ter reconhecido no seu corao um amor resoluto e verdadeiro.

    Entretanto, no um comportamento da realeza elevar algum ao mais alto nvel de uma vez s sem uma razo aparente. Pelo contrrio, o comportamento da realeza revelar as razes para todos com grande sabedoria.

    O que ele fez? Ele nomeou o servo como um guarda no porto da cidade, e disse ao ministro que era um coringa esperto para fingir que se rebelava contra a realeza e guerrear para conquistar a casa enquanto o guarda estiver despreparado.

    O ministro fez como o rei ordenou, e com grande sabedoria e astcia fingiu lutar contra a casa do rei. O servo arriscou sua vida e salvou o rei, lutando devotada e bravamente contra o ministro, at que seu grande amor pelo rei se tornasse evidente a todos.

  • CARTA N. 1

    15

    Ento o ministro tirou as suas roupas, e houve muito riso (pois ele tinha lutado to ferozmente e agora percebido que era tudo fico, no realidade). Eles riram mais quando o ministro contou das profundezas das imaginaes de sua crueldade e o medo que ele tinha previsto. Todo ponto nesta terrvel guerra se tornou um motivo de riso e grande alegria.

    Entretanto, ele ainda era um servo; sem escolaridade. Como ele poderia ser promovido acima de todos os ministros e servos do rei?

    Ento o rei pensou em seu corao, e disse ao ministro que ele deveria se disfarar como um ladro e um assassino, e guerrear ferozmente contra ele. O rei sabia que numa segunda guerra ele mostraria uma sabedoria maravilhosa e mrito permanecendo como lder de todos os ministros.

    Consequentemente, ele designou o servo como responsvel pelo tesouro do reino. O ministro ento vestido como um implacvel assassino veio saquear os tesouros do rei.

    O pobre designado para o cargo lutou intrpida e devotadamente at no poder mais. Ento o ministro tirou suas roupas e houve uma grande alegria e risadas no palcio do rei, ainda mais do que antes.

    Os detalhes das trapaas do ministro levantaram muitas gargalhadas, visto que o ministro teria que ser mais esperto do que antes porque agora evidentemente conhecido que ningum cruel no domnio do rei, e todos que so cruis seriam apenas brincalhes. Consequentemente, o ministro usou de muita astcia para adquirir roupas do mal.

    Por ora, nesse meio tempo, o servo herdou sabedoria do ps-conhecimento, e amor da pr-cincia, e ento foi erguido pela eternidade.

    verdade, que todas as guerras naquele exlio so vistas maravilhosas, e todos sabem no seu ntimo que tudo uma espcie de imaginao e alegria que traz apenas coisas boas. Ainda assim, no h nenhuma ttica para aliviar o peso da guerra e da ameaa em si mesma.

    Eu tenho falado sobre isso longamente com voc face a face, e agora voc tem conhecimento de um final desta parbola, e com a ajuda de Deus voc tambm entender o outro final.

    A coisa mais importante que voc quer me ouvir falar aquela qual eu no posso responder nada. Eu tambm te contei uma parbola sobre isso face a face, pois o reino da terra como o reino no cu, e a orientao verdadeira dada aos ministros.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    16

    Entretanto, tudo est sendo feito de acordo com o conselho do rei e sua assinatura. O rei pessoalmente no faz nada alm de assinar o plano que os seus ministros dispuseram. Se ele encontra uma falha no plano, ele no o corrige, mas coloca outro ministro em seu lugar, e o primeiro renuncia seu ofcio.

    Assim o homem: um pequeno mundo se comportando de acordo com as letras impressas nele, visto que reis governem as setenta naes nele. Este o significado do que est escrito no Sefer Yetzir (Livro da Formao): Ele coroou uma determinada letra.

    Cada letra um ministro para o momento, fazendo avaliaes, e o Rei do mundo as canta. Quando uma letra erra em algum plano, imediatamente renuncia ao cargo, e Ele coroa outra letra em seu lugar.

    Este o significado de, Cada gerao e seus juzes. No Gmar HaTikn (Fim da Correo), aquela letra chamada Messias ir governar. Isto complementar e unir todas as geraes a uma coroa de glria na mo de Deus.

    Agora voc pode entender como eu posso interferir com o seu negcio de estado, que ns j ...reis e juzes, e cada um deve descobrir o que foi designado a descobrir. A barca da unificao ele no deseja corrigi-los; entretanto eu irei corrigi-los. E assim, tudo ficar claro atravs das encarnaes.

    Por causa disso, eu anseio ouvir todas as suas decises detalhadamente. Isto porque existe uma profunda sabedoria em cada detalhe, e se eu tiver ouvido algumas de suas ordens fixadas, eu seria capaz de cumpri-las e deliciar seu corao.

    Saiba que muito difcil para mim ouvir o seu idioma, pois voc no tem permanncia nos nomes e em seus significados. Consequentemente, eu abrirei a porta para voc no significado dos nomes, e voc ir medir para mim o parecer da sua sabedoria. Desta maneira, eu serei capaz de acompanhar sua inteno.

    Por essa razo, eu irei colocar as apelaes que tenho visto em todas as suas cartas, para estabelecer entre ns permanentemente, e para saber que tudo que voc escreve sem qualquer anlise, so como sinais em jarras de vinho.

    Ns podemos comear pela raiz de todas as razes, e chegar ao final. Cinco degraus so marcados em geral: Yechid, Chai, Nesham, Ruach e Nfesh. Todos so colocados juntos em um corpo corrigido.

  • CARTA N. 1

    17

    Yechid, Chai e Nesham esto acima do tempo, apesar de encontrados no corao da criatura, eles so considerados circundantes de longe. Elas no vm no corpo durante a sua correo, pela sua fonte oculta, tambm, h uma raiz discernida: Rosh, Toch, Sf (respectivamente: Cabea, Interior, Fim).

    O Rosh a raiz de Yechid: Ein Sf (Infinito). Aqui, mesmo em seu prprio lugar, sua Luz encoberta e tudo anulado como uma vela em frente a uma tocha.

    Subsequentemente, a raiz de Toch, e a raiz para Chai. Este o significado da Luz de Ein Sf, ou seja, o aparecimento de Sua Luz completa. Enquanto isso, essa Luz alcanada apenas como sustento, chamada raiz para Chai.

    Aps isso, a raiz para o Sf, e a raiz para as almas. assim como no incio, Ein Sf. Aqui, um Vu Superior se espalha, e o tempo comea na forma de seis milnios o mundo existe, e um destrudo. Isto se chama Ruach, Nfesh e suas razes so aderidas Nesham.

    No entanto, eles tambm expandem abaixo como Tor, que o esprito da vida, e Mitzv (mandamento), que a Nfesh. Esta Nfesh a permanncia, imobilidade, a fora que abraa e fortalece o corpo num estado permanente pelas foras das mulheres impressas nesta Nfesh.

    Essa Ruach sopra o esprito da vida e a Luz da Tor na imagem da fmea. Sua raiz explica o significado de e soprou em suas narinas o sopro da vida; e o homem se tornou uma alma vivente. Isto se refere ao esprito que se eleva para a alma, trazendo esta vida alma, que neste momento chamada de alma vivente.

    Esta tambm a ordem em todos os Zivugim (acasalamentos) das sete fmeas de Rosh, e as duas abaixo da Nfesh. Este o significado de Deus coloca os solitrios em casa, ou seja, quando a fora das fmeas aparece, por Quo gloriosa a filha do rei no interior do palcio.

    As principais correes e o trabalho consistem em revelar as foras da alma, que o Zohar chama de O Mundo Superior. Isto, tambm, pertence fora oculta, como a raiz do fim, e qualquer acasalamento para o aparecimento de uma Luz na realidade do Mundo Superior. Este o significado de Ns cujos filhos so como as plantas crescidas na mocidade, ou seja, a concepo no Mundo Superior. At a unio ... aos inferiores ... por isso veio ao Seu pensamento, e o fim do incio da fonte oculta ser completado com todas as Luzes ... uma continuao do livro, Tesouro do Conhecimento.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    18

    A mente a essncia da alma do homem, e todo o homem. Isto porque nela ele est totalmente definido, e o que vem de fora so suas roupas e os que servem a ele. Alguns so seus ramos, e outros so considerados estranhos a ele.

    Esta fora, embora seja sua alma, ele ainda no a v; est oculta de qualquer coisa viva. No questione sobre isso, pois o olho controla e o mais importante entre todos os sentidos. No entanto, a pessoa nunca v a si mesma, mas apenas sente sua prpria existncia. A viso no teria acrescentado nenhum conhecimento, e assim, nada foi criado em vo, porque so sensaes para eles, e no h necessidade de se adicionar sensao.

    H tambm a capacidade mental, que a essncia do homem. No dada em qualquer discernimento nos sentidos, j que a sensao de sua existncia mais do que suficiente, e nenhuma pessoa no ser suficiente em sua prpria existncia e exigir testemunho para seus sentidos.

    (A razo que no h nenhum sentimento sem movimento, ou seja, que algumas vezes a sensao para e no h nenhum movimento nEle, por isso mais parecido com uma conscincia absoluta). um erro grave assemelhar a forma da essncia da mente a uma forma de conceito entendido na diminuio feita pelo olho da mente. Isto mentira absoluta, pois esse conceito como uma Luz que emerge e opera. Sua Luz sentida enquanto estiver ativo, at o fim de suas aes, e ento, a Luz desaparece.

    Disto voc aprende que o conceito, sentido enquanto ativo, apenas um pequeno e frgil ramo deste. (A sensao essencial considerada conhecimento, pois o poder de sentir tambm um sentido, uma consequncia, e no precisa do sentimento essencial).

    No se parece em nada com a essncia, nem em quantidade, nem em qualidade, como uma pedra batida que mostra centelhas de Luz que so renovadas pela fora abrangente na pedra, embora na forma da fora abrangente nela no exista nenhuma Luz. Tambm, a essncia da mente a fora geral do homem, e vrios ramos derivam dela, como no herosmo e poder, calor e Luz, de acordo com as leis da ao operada.

    Embora nos refiramos a ela como a alma da mente, ou a essncia da alma, isto porque a mente tambm um ramo da mesma, a mais importante, uma vez que Se enaltecido segundo a sua mente.

    Visto que ningum pode dar o que no tem, deste modo ns o definimos como mente, ou seja, nada menos que um sentimento sentido pela mente, pois ele um ramo e uma parte dela. Ele reina sobre todos os

  • CARTA N. 1

    19

    seus ramos e os engole, como uma vela em frente a uma tocha. A mente no se conecta em qualquer ao, mas as vrias aes se conectam e se tornam fixas na mente.

    Uma pessoa compreende que toda a realidade no mais do que seus servos, tanto em disciplina, quanto de modo a melhor-la, porque todos esto perdidos, enquanto a mente evolui em geral. Por isso, todas as nossas relaes so apenas nas condutas da mente e as suas ambies, e mais do que isso no necessrio.

  • 20

  • 21

    Carta N. 2

    1920

    Para minha carne e sangue o elevado e glorificado.

    Agora eu vim para responder sua carta do 33. da Contagem do mer [Lag Bamer], junto com sua carta do 15 dia de Sivan, que recebi ontem, e para a qual eu me contive em responder sua carta de Lag Bamer, j que esperava que voc fosse me informar sobre a ordem de nomes fixos entre ns atravs dos quais descobrem-se os pensamentos nos nossos coraes. Entretanto, eu recebi o argumento, Eu no sei ... e por isso agora, tambm, eu no serei capaz de elaborar devido ao meu medo de que voc entenderia mal. Eu irei por essa razo esperar pela terceira carta; talvez eu possa discernir um modo claro pelo qual eu farei voc saber o que est em meu corao e no perderei o alvo.

    Eu me arrependo do longo perodo em que tenho desapontadamente gasto em vo em trs longas cartas a primeira do 22 de Shevat, na qual eu escrevi um bom poema para o trabalho, que comea:

    De fato, deixo minha lngua tocar o cu de minha boca; todos os meus ossos esto secos de leo.

    E do trabalho do Senhor toda poo.

    E a vida de todos, nEle seja acreditada.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    22

    Outra carta do dia 10 de Adar, na qual interpretei um [comentrio] desconcertante do Midrash: Um hegemnico perguntou a um dos membros da casa de Selini. Ele disse a ele: Quem ir assumir o trono depois de ns? Ele trouxe um pedao limpo de papel, pegou uma caneta e escreveu nele, E depois disso saiu o seu irmo, etc. Eles disseram, Olhe, palavras antigas da boca de um jovem que velho. Eu tinha explicado a maravilhosa verdade nessas palavras.

    Uma terceira carta do terceiro dia da [poro da Tor] VaYikr, na qual eu expliquei a disputa entre a casa de Shamai e a casa de Hilel considerando como danar perante a noiva, assim como um verdadeiro e pertinente poema que se inicia:

    Por favor veja, de quem a assinatura?

    uma questo para todas as pessoas do mundo.

    E para o fogo ardente/ Como um homem injusto ou uma mulher rebelde.

    Eu no encontro uma falha neles que poderia ter causado suas perdas, exceto que voc as poderia ter entendido mal devido falta de clareza entre ns. Por essa razo, um grande mandamento quebrar essa parede de ferro que se encontra entre ns, onde um no entende a linguagem do outro, como na gerao da Babilnia.

    E o que voc provou extensivamente na sua carta, para evidentemente mostrar que os alicerces do nosso amor esto baseados no amor oculto, e concluiu disso que o que voc considera uma concluso clara que no h temor de maneira alguma relativo a todas as perguntas que eu lhe fiz. Essas so as suas palavras, literalmente: Contudo, eu no temo de maneira alguma de suas perguntas sobre mim referentes a voc, ou de voc referentes a mim. Elas esto todas aniquiladas e anuladas, e voc, no deveria temer de maneira alguma ou olhar para essa fachada, mas, pelo contrrio, para a revelao interna do seu corao, como um amante que esconde uma mirade de pensamentos impetuosos que passam pelo seu corao, e faz um po, bom e forte, para repelir todos os picles, comidas picantes, alho e cebola. Atravs desse pedido eu no quero dizer para aumentar o amor ou revog-lo, pois o amor permanece no seu lugar, perfeito e inteiro, completamente imutvel, no qual no h nada a adicionar ou subtrair.

  • CARTA N. 2

    23

    Entretanto, no se sinta arrependido desnecessariamente e porqu e para que, pois pela sua tristeza voc somar minha, e voc certamente no quer que eu fique triste eu tenho por essa razo sugerido essas duas dicas a voc, pois so verdadeiras e simples, at aqui as suas palavras.

    O que farei se no posso mentir mesmo quando a verdade amarga? Por essa razo, eu devo dizer a voc a verdade: eu ainda estou desconfortvel com todas as suas palavras soberbas. Se isto te machuca, a verdade ainda a minha mais amada. Est escrito, Ame o teu amigo como a ti mesmo, e Aquilo que voc odeia, no faa ao seu amigo, ento como posso deix-lo com a coisa agradvel se no real? Isto verdadeiramente detestado por mim e eu devo expeli-lo e totalmente repeli-lo.

    Especialmente, com relao ao assunto mais importante, chamado amor, que a conexo espiritual entre Israel e seu Pai no cu, como est escrito, E Vs deveis trazer-nos, Nosso Rei, para Seu grande nome, Sel, em verdade e amor, e como est escrito, Que escolhe Teu povo, Israel, com amor. Este o comeo da salvao e o Gmar HaTikn (Fim da Correo) quando o Criador revela s Suas criaes as quais Ele criou todo o amor que estava anteriormente oculto no Seu corao, como voc bem sabe.

    por isto que eu devo revelar-lhe as imperfeies que tenho sentido nas suas duas iguarias: a primeira razo da sequncia de trs vezes que mais valiosa que um amor mundano entre amigos. Voc foi muito errado nesta parbola, comparando e igualando rudimentarmente, amor espiritual com amor de amigos que condicional revogado quando o assunto revogado. No outro motivo, voc adicionou insulto injria para apoiar o nosso amor pelo amor natural de equivalncia que est presente conosco, em grande medida.

    Eu imagino, mestre de Avraham, voc teve de suportar a lio sem uma fonte, que nosso amor rudimentar e perptuo, dependente do amor da equivalncia natural, a qual pode ser anulada, e Quando o arrimo falha, o apoio cai.

    Mas eu sou de um, e quem pode me mudar? E eu devo lhe dizer, se voc for um contador de estrias, no compare o amor rudimentar, espiritual com o amor de amigos que dependente de alguma razo que ser, em ltima instncia, cancelado, mas sim o amor entre pai e filho, o qual tambm rudimentar, incondicional.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    24

    Venha e veja a maravilhosa prtica neste amor. Parece que, se a criana filha nica de seu pai e me, a criana deve amar seu pai e sua me mais ainda, pois eles mostram a ela mais amor que os pais que tm muitas crianas.

    Entretanto, na realidade, no assim. Pelo contrrio, se os pais se tornam extremamente ligados aos seus filhos pelo seu amor, o amor de seus filhos ento muito reduzido e diminui. s vezes, isto se torna evidente at mesmo entre os filhos desse tipo de amor que O sentimento de amor tenha sido inteiramente saciado em seus coraes. Este um costume que faz parte das leis da Natureza e aplicado no mundo.

    A razo para isso simples: O amor do pai pelo seu filho rudimentar e natural. Assim como o pai deseja que seu filho o ame, o filho tambm deseja que seu pai o ame. Esse desejo em seus coraes produz neles um medo incessante e constante. Ou seja, o pai tem muito medo de que seu filho o odeie de qualquer forma, at mesmo o menor do menor, e o filho, tambm, teme que seu pai possa odi-lo, em qualquer medida, a menor da menor.

    Este medo constante os motiva a mostrar boas aes entre eles. O pai sempre se esfora para mostrar seu amor verdadeiramente ao seu filho, e o filho, tambm, constantemente se esfora para mostrar seu amor verdadeiramente para seu pai, tanto quanto pode. Desta forma, os sentimentos de amor se multiplicam em ambos os coraes, sempre, at que um prevalea sobre o outro em boas aes para uma grande e completa medida. Em outras palavras, o amor paternal do pai aparece para o filho na totalidade, tal que nele no possa haver adio ou subtrao.

    Ao atingir aquele estado, o filho v amor absoluto no corao de seu pai. Eu desejaria dizer que o filho no tem medo que seu amor diminua, nem espera que seu amor ir crescer. Isto chamado amor absoluto.

    Ento, lentamente, o filho fica mais negligente em mostrar boas aes diante de seu pai. Na medida da diminuio das boas aes e amostras de amor no corao do filho para o seu pai, a esta mesma medida as centelhas do amor rudimentar que foi gravado no corao do filho pela atenuao da Natureza. Uma segunda natureza produzida nele, prxima ao dio, pois todas as boas aes que seu pai faz com ele so baixas e pequenas aos seus olhos comparado com a obrigao do amor absoluto que tem sido estampada nos seus rgos. Este o significado das palavras, eu no sou merecedor de todas as suas clemncias, e de toda a verdade, e pesquise profundamente isso, pois isto profundo e longo.

  • CARTA N. 2

    25

    E visto que sempre minha conduta louvar os sistemas da Natureza, os quais o Criador gravou e organizou em nosso favor todos os dias, eu contarei a voc a razo para instilar este limite. No que Ele tenha m vontade, Deus proba. Pelo contrrio, so todas as multiplicaes na espiritualidade, pois a principal coisa desejada pelas criaturas do Criador a Dvekt [adeso], e no h Dvekt (adeso) a no ser por amor e prazer, como est escrito, E nos traga mais prximos, nosso Rei, ao Teu grande nome, Sel, em verdade e amor. Com que amor eles disseram? Com amor completo, pois o completo no pode ser deficiente, e amor completo amor absoluto, como dito acima.

    Por essa razo, como pode haver no seu desejo Dvekt que se eleve e seja obtida por todas as aventuras que tenham vindo sobre eles? Este o significado do Criador vestir uma alma no corpo e numa matria sombria, a qual finalmente encontrou o que precisa para realmente exibir amor, e a deficincia da demonstrao do amor no seu prprio corao, pois a natureza da substancia incitar a supresso de qualquer sentimento de amor que j tenha adquirido.

    Nessa maneira, O completo excede o completo, e h um conhecimento absoluto no amor completo e absoluto por parte do intelecto. E ainda, mais amor pode ser adicionado, e se ele no adiciona amor, ele certamente subtrair e todas as posses que ele tenha adquirido certamente se extinguiro. Este o significado de E a terra no ser vendida para sempre. Estas so todas palavras sinceras e verdadeiras, e voc deve valoriz-las at o fim dos dias.

    Agora voc entender meus pensamentos sobre voc, pois eu vejo que voc no tem medo que meu amor por voc esfriar e que meu amor por voc um amor absoluto. Voc escreveu explicitamente que nosso amor sempre se sustentar, sem acrscimos ou subtraes. Mas ao final, nossa espiritualidade est vestida na matria, e a natureza da matria resfriar por causa do amor absoluto. Esta uma lei inquebrvel.

    Por essa razo, alm disso, se voc sente nosso amor como completo, voc deve agora comear a realizar aes verdadeiras, para mostra amor, devido ao medo do esfriamento que aparece do sentimento do amor absoluto, negando qualquer medo. Deste modo o desejo e o amor aumentam duplamente. Isto chamado multiplicao.

    Minhas palavras so ditas por ver, e Um juiz v apenas o que seus olhos veem, e nenhum escrutnio e dvida repelir minhas palavras. Se voc no sente minhas palavras em seu corao, devido a estar aborrecido com sua prpria perda. Mas quando voc encontrar a perda e o problema for

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    26

    removido, ento olhe dentro de seu corao e voc o encontrar vago de qualquer sentimento de amor, devido falta de aes verdadeiras para mostrar o amor, e isto claro. Mesmo agora, as algemas do nosso amor esto sendo levemente sacudidas devido perda do medo devido ao conhecimento do que o amor absoluto.

    Mas oua-me e voc sempre ser feliz, pois ningum to sbio como o experiente. Por essa razo, eu devo avis-lo a evocar de dentro de voc o medo da frieza do amor entre ns. E embora o intelecto rejeite este retrato, pense por si mesmo se existe uma ttica atravs da qual aumente o amor e uma que no aumente, que, tambm, considerada uma falha.

    como uma pessoa que d um grande presente ao seu amigo. O amor que aparece no seu corao durante o ato distinto do amor que permanece no corao aps o fato. Pelo contrrio, ele gradualmente mngua cada dia at que a beno do amor possa ser inteiramente esquecida. Deste modo, o receptor do presente deve encontrar uma ttica todo dia para tornar isso novo aos seus olhos a cada dia.

    Este todo nosso trabalho mostrar o amor entre ns, todo e cada dia, exatamente como recebido, ou seja, aumentar e multiplicar o intelecto com muitas adies essncia, at as bnos adicionais de agora estaro tocando os nossos sentidos como o presente essencial no incio. Isso requer grandes tticas, definidas para o momento da necessidade.

    Este o significado das palavras, Naqueles dias eles no mais diro, Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram. (Ezequiel 18:2) ... Qualquer homem que coma uvas verdes, seus dentes tornar-se-o embotados. Ou seja, enquanto eles no vieram a saber que uma demonstrao de amor e necessria eles no poderiam corrigir o pecado de seu pai, que porque eles disseram: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram.

    Mas uma vez que eles chegaram a este estado de conscincia, eles foram prontamente recompensados com a correo do pecado de seus pais, e qualquer falha que eles encontrem, eles sabero que eles pecaro mostrando amor, como foi dito acima. Por essa razo, cada dia ser como novo aos seus olhos, como numa primeira vez. A medida da demonstrao do amor naquele dia, eles atrairo a Luz at que isto seja sentido. E eles deveriam sentir apenas um pouco, isto devido a se ter comido um fruo verde naquele dia, pois naquele dia eles no mostraram amor suficiente e comeram prematuramente. por isto que diminuiu em seus sentidos, pois no como da primeira vez.

  • CARTA N. 2

    27

    As palavras so primariamente uma lei para o Messias, mas so tambm aplicveis a este mundo, visto que fortalecendo o corao para mostrar amor entre ele e seu Fazedor, o Criador instila sua Divindade nele em lembrana, como em, Em todo lugar onde eu fizer recordar o Meu nome, eu virei a ti e te abenoarei (xodo 20:24).

    Quando a lembrana aumenta pelo trabalho atual, o desejo e anseio aumentam, como em, E esprito chama esprito e traz esprito, e assim por diante. Finalmente, as lembranas aumentam e crescem pelo desejo ardente, e ascende em boas aes, para Todos os centavos se juntam numa grande quantidade, e este o significado de Eis, com Ele vem o Seu galardo, e a Sua obra, diante dEle (Isaas 62:11).

    Eu tenho sido prolixo sobre isso, embora o intelecto seja curto em estudo. Entretanto, demora muito para adquirir este conceito at que seja absorvido nos rgos.

    E ainda, isto todo o despertar de baixo que a velocidade de correo, durante as correes, e a medida da multiplicao, aps o Gmar HaTikn (Fim da Correo) durante o trabalho no lado desejado, depende da extenso para a qual ela dotada.

    Voc no deveria duvidar de minhas palavras, pois do contrrio O proslito est acima e o cidado est abaixo, pois a medida do amor volitiva, dependendo do corao, no intelectual. Por essa razo, como ele pode ser mostrado no topo de todos os degraus intelectuais, como eu tenho elaborado?

    Mas todo aquele que experimentar e ver que o Senhor boa testemunha de todas essas coisas, visto que ns estamos lidando com a Dvekt (adeso) com o Criador aqui, e Sua unicidade inclui todos os discernimentos do mundo. Ainda assim, no h dvida de que no h nada corpreo sobre sua unicidade e, portanto, nenhum passo fora de um objeto intelectual.

    Por essa razo, todos que so recompensados com a adeso a Ele crescem mais sbios, pois eles aderem com o intelecto simples. Durante a Dvekt, o adorador est aderido ao adorado pela mera fora de mostrar seu desejo e amor. Mas nEle, o desejo, intelecto e saber esto em simples unidade, sem nenhuma diferena de forma, como nas leis da corporeidade, e isto simples. Por essa razo, a obteno da revelao do Seu amor a maior beno do intelecto.

    Venha e aprenda do trabalhador completo (completo mesmo no despertar de cima). Pergunte s pessoas idosas e eles te diro que um

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    28

    1

    Nota do tradutor: Tzedak comumente traduzida como caridade, mas vem da palavra

    hebraica Tzdek (Justia) ligada a palavra Tzadik (justo) como um adjetivo, significando,

    assim, atos de justia.

    completo completo em tudo, e tem conhecimento completo na bno em seu futuro. E porm, isto no o enfraquece sob qualquer condio por causa dissoda labuta em Tor e a busca.

    Pelo contrrio, ningum se aplica na Tor e na busca tanto quanto ele. Isto por uma simples razo: Sua labuta no suficiente para trazer um bom futuro para si mesmo. Ao contrrio, todo a sua labuta est na forma de mostrar amor entre ele e seu Fazedor. Isto porque os sentimentos de amor crescem e multiplicam a cada dia at que o amor esteja completo, na forma de amor absoluto. Posteriormente, isto o leva a duplicar sua totalidade na forma do despertar de baixo.

    A propsito, eu esclarecerei para voc o significado da Tzedak1 para os pobres, que to louvada no Zohar, os Tiknim, e pelos nossos sbios: H um rgo no homem com o qual proibido trabalhar. Mesmo seo menor dos menores desejos para trabalhar com ele ainda exista no homem, este rgo permanece aflito e ferido pelo Criador. Ele chamado pobre, pois todo seu sustento e proviso so pelos outros trabalhando por ele e se compadecendo por ele. Este o significado das palavras, Qualquer um que sustente uma nica alma de Israel, como se ele sustentasse um mundo inteiro. Visto que o rgo depende dos outros, no h nada alm do seu prprio sustento.

    E ainda, o Criador considera como se ele sustentasse o mundo inteiro, que isso em si toda a beno do mundo e tudo nele, multiplicado e completado somente pela fora daquela pobre alma, a qual sustentada pelo trabalho dos outros rgos.

    Este o significado de E Ele o levou para fora e disse, Olha agora para os cus... E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justia (Gnesis 15:5-6). Isto , levando-o para fora, havia mais desejo de trabalhar com este rgo; por isso que Ele o proibiu o trabalho.

    Foi dito, Olha agora para os cus. Ao mesmo tempo, ele recebeu a promessa da beno da semente. Estes so equivalentes aos dois opostos nos mesmos assuntos, visto que toda a sua descendncia, que est para ser abenoada, necessariamente vm desse rgo. Deste modo, quando ele no est trabalhando, como ele ir encontrar a semente?

    Este o significado de E creu ele no Senhor, ou seja, que ele aceitou aquelas duas recepes como elas eram, tanto a completa proibio no trabalho, quanto a promessa da beno da semente.

  • CARTA N. 2

    29

    E como ele as recebeu? por isto que ele conclui, e [ele] imputou-lhe isto por justia, ou seja, como a forma da Tzedak para um [indivduo]pobre que sustentado pelo trabalho de outros.

    Este o significado dos dois ditados de nossos sbios: Um [indivduo] pensou que o Criador o trataria com justia, ou seja, manter e sustent-lo sem trabalho e outro pensou que Avraham agiria com justia para com o Criador. Ambas so palavras de amor a Deus, pois antes da correo, aquele rgo est nos Cus, e a Tzedak contada para o mais inferior. No Gmar HaTikn (Fim da Correo) atingvel, e ento a doao para a Tzedak contabilizada para o mais elevado. Saiba e santifique pois isto verdade.

    Yehuda Leib

  • 31

    1 Nota do tradutor: Em Hebraico, um Pardes significa um pomar, como em um pomar de

    laranjas. Mas na Cabal, esta palavra um acrnimo para Peshat (a Tor literal), Remez

    (intimao), Drash (interpretaes) e Sod (segredo). 2 Nota do tradutor: Em Hebraico, Chalak significa tanto polimento quanto parte.

    Carta N. 3

    1920

    Em honra de a Luz de Israel.

    Quatro entraram em um PARDES2, etc. Antes que o mundo fosse criado, havia Ele Um e Seu nome Um, porque as almas no eram consideradas almas, uma vez que a questo do nome refere-se quando um vira o rosto para longe de seu amigo, e o amigo o chama, para que ele vire seu rosto para trs.

    E desde antes da criao, as almas eram completamente ligadas a Ele, e Ele colocou sobre eles coroas e grinaldas, glria, majestade e esplendor, mesmo o que elas no evocaram, uma vez que Ele conhece o seu desejo e lhes concede. Por isso, certamente irrelevante indicar um nome que se refere a um despertar de baixo de algum lado. Por isso, considerado Luz Simples, uma vez que tudo a simplicidade absoluta, e esta Luz foi entendida para todas as pessoas simples, mesmo para quelas que nunca tinham visto qualquer sabedoria.

    por isto que os sbios e os sensatos o chamaram de Peshat (literal), uma vez que o Peshat a raiz de tudo. Autores e livros no discutem isso, pois um conceito simples e famoso. E embora nos mundos inferiores, duas divises so detectadas na Reshim (recordao) desta Luz Simples, isto por causa da diviso em seus prprios coraes, por meio de E eu sou um homem polido.2

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    32

    No entanto, o lugar acima mencionado no tem mudanas em qualquer representao que voc possa fazer. como um rei que tomou seu filho querido e o colocou em seu grandioso e maravilhoso bosque. E quando o filho do rei abriu os olhos, no olhou para o lugar onde ele estava, uma vez que, devido grande Luz no bosque, seus olhos vagaram longe, como o leste est longe do oeste. E ele lanou os olhos apenas para os edifcios e palcios muito longe de seu oeste. Assim, ele caminhou por dias e meses, vagando e pensando na glria e na grandeza que ele estava vendo a oeste.

    Depois de alguns meses, seu esprito descansou e seu desejo foi satisfeito, e ele estava saciado de olhar para o oeste. Ele reconsiderou e pensou: O que pode ser encontrado ao longo do caminho que tenho percorrido? Ele virou o rosto para o leste, o lado pelo qual ele veio, e ele se assustou. Toda a grandeza e toda a beleza estavam bem ao lado dele. Ele no conseguia entender como ele tinha falhado em perceber isso at agora, e se agarrado apenas Luz que brilhava a oeste. Em seguida, ele se ligou unicamente Luz que brilha ao leste, e ele estava andando para o leste at que ele retornou direto entrada.

    Agora considere e me diga a diferena entre os primeiros e os ltimos dias. Tudo o que ele tinha visto nos ltimos meses, ele tinha visto nos primeiros meses, tambm. Mas, no incio, no foi inspirador, j que seus olhos e corao foram tomados pela Luz que brilha ao oeste. E depois que ele foi saciado, ele virou o rosto para o leste e percebeu a Luz que brilha em direo ao leste. Mas como isso mudou?

    Mas estando perto da entrada, h espao para a divulgao da segunda forma, que os sbios chamam Remez (intimao), como em: O que os olhos implicam? como um rei que sugere a seu filho querido e o assusta com um piscar de olhos. E, embora o filho do rei no entenda nada, e no veja o medo que est escondido na dica, ainda assim, devido sua devota adeso a seu pai, ele prontamente pula de l para outro lado.

    por isso que a segunda maneira chamada Remez, visto que duas maneiras, Peshat e Remez, esto registradas nos inferiores como uma raiz, como os meticulosos escrevem, que no h uma palavra que no tenha uma raiz de duas letras, chamada a origem da palavra. Isto assim porque nenhum significado pode ser deduzido de uma nica letra; da, o acrnimo para Peshat e Remez PR (pronuncia-se Par), que a raiz de Par Ben Bakar (novilho) neste mundo. E Pria e Revia (multiplicao) vem dessa raiz, tambm.

  • CARTA N. 3

    33

    Depois disso, a terceira forma aparece, o que os sbios chamam Drash (interpretaes). Assim, no havia Drish (demanda) por qualquer coisa, como em, Ele Um e Seu Nome Um. Mas desta forma, h subtrao, adio, interpretao (estudando), e encontrar, como em: Eu labutei e achei, como voc sabe evidentemente. por isso que este lugar atribudo aos mais baixos, uma vez que l h um despertar de baixo, ao contrrio do despertar da face do leste para Cima, que foi por meio de Antes de me chamarem, Eu responderei. Isso ocorre porque aqui havia um forte chamado, e at mesmo esforo e desejo, e este o significado de os tmulos de luxria.

    Depois comea a quarta forma, que os sbios chamam Sd (segredo). Na verdade, ela semelhante a Remez, mas no Remez, no havia percepo alguma; era como uma sombra seguindo uma pessoa. Alm disso, a terceira forma, o Drash, j o havia revestido.

    No entanto, aqui como um sussurro, como uma mulher grvida ... voc sussurra em seu ouvido que hoje Yom Kippur (Dia do Perdo), de modo que o feto no balanasse e casse. E podemos dizer, Alm disso, esta a ocultao da face, e no a face! Porque este o significado das palavras: O segredo do Senhor com aqueles que O temem; e os leva a conhecer o Seu Pacto. por isso que ele fez vrios crculos at que uma lngua sussurrando disse isso a ele: Ele deu Tref (alimentos) para os que O temem, e no Tref (comida no-kasher), como aquele soldado zombou.

    Voc entendeu por si mesmo, e voc me escreveu em sua carta, embora timidamente, que voc bacharel, e, portanto, naturalmente corts.

    Visto que este versculo veio a suas mos, eu esclarecerei isso para voc, j que esta tambm a pergunta do poeta: O segredo do Senhor com aqueles que O temem. E por que ele disse isso? como a pergunta de nossos sbios, onde encontramos que o texto desperdia (oito) doze letras, para falar com uma lngua limpa, como est escrito, e dos animais que no so puros, etc.

    Mas seu motivo no suficiente para o poeta, porque Ele poderia ter dado a abundncia para as almas, e com uma lngua limpa, como disse Labo a Jac, Por que voc fugiu secretamente e enganou-me, e no me disse, que eu poderia ter te enviado com alegria e com cnticos, com um tambor e com uma harpa. A resposta do poeta a isto , e os leva a conhecer o Seu Pacto.

    Este o significado do corte, a remoo, e a gota de sangue, significando os treze pactos individuais. Se o segredo no fosse nesta maneira, mas em outra lngua, quatro correes das treze correes de Dikn teriam feito falta, e apenas as nove correes de Dikn em ZA

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    34

    permaneceriam. Assim, ZA vestiria AA, como conhecido por aqueles que conhecem o segredo de Deus. Este o significado de e os leva a conhecer o Seu Pacto e este o significado de Mrito ancestral terminou, mas pacto ancestral no terminou.

    Vamos voltar ao nosso problema, que PR (pronunciado Par), PRD (pronunciado Pred) e PRDS (pronunciado Pardes). Este a ordem e combinao de cima para baixo. Agora voc vai entender estes quatro sbios que entraram no Pardes, ou seja, a quarta forma, chamada Sed, j que o inferior contm os Superiores que o precederam. Assim, todos os quatro modos so includos na quarta forma, e eles so para a direita, esquerda, frente e costas.

    As duas primeiras maneiras so a direita e a esquerda, ou seja, PR (este o significado de suas palavras sobre o passo no Monte do Templo: Todos os sbios de Israel so inteis aos meus olhos). Trata-se de Ben Azai e Ben Zuma, pois estas almas so nutridas das duas maneiras de PR. E as duas ltimas maneiras so o Panim (frente) e Achor (costas), que o Rabi Akiva, que entrou em paz e saiu em paz. Eles corretamente declararam: Isso indica que, para cada cardo, montanhas de leis podem ser aprendidas.

    Achor Elisha Ben Avoia, que se desviou (tornou-se hertico). Nossos sbios disseram sobre isso, No se deve criar um co malvado dentro de sua casa, pois est se desviando. Tudo o que foi dito sobre eles, espiou e morreu, espiou e ficou ferido, se desviou, dito sobre aquela gerao quando eles se reuniram em conjunto, mas foram todos completamente corrigidos, um por um, como conhecido por aqueles que conhecem o segredo da reencarnao.

    No entanto, quando viu a lngua de Chutzpit, o intrprete, ele disse: Retornai, filhos rebeldes, exceto para o outro, e Rabi Meir, discpulo do Rabi Akiva, tomar seu lugar. verdade que a Gemar, tambm, tem dificuldade; como que o Rabi Meir aprendeu Tor do outro? E eles disseram: Ele tinha encontrado uma rom, comeu o seu contedo, e jogou sua casca (outro). E alguns dizem que ele corrigiu a Klip (casca), tambm, como na elevao de fumaa sobre o seu tmulo.

    Agora voc pode entender as palavras de Elisha Ben Avoia: Aquele que ensina uma criana, como ele ? Como tinta, escrita em um novo papel, ou seja, a alma do Rabi Akiva. E aquele que ensina um velho, como ? Como tinta, escrita em papel usado, disse ele de si mesmo. Este o significado de seu aviso ao Rabi Meir, At o momento a zona de Shabat, pois ele compreendeu e estimou seus passos de cavalo, j que ele nunca tinha sado sem o seu cavalo.

  • CARTA N. 3

    35

    Este o significado de os transgressores de Israel, o fogo do Gehinom (Purgatrio) no os governa, e eles so to cheios de Mitzvot (boas aes) como uma rom. Ele diz que tanto mais como o altar de ouro, que apenas to grosso quanto uma moeda de ouro. Ele ficou por alguns anos, e a Luz no o governou, etc., O vo entre vocs est to cheio de Mitzvot (boas aes) como uma rom, tanto mais, como ele diz, que a Klip (casca), tambm, corrigida.

    Saiba que o grande Rabi Eliezer e o Rabi Yehosha so das almas de PR, assim como Ben Azai e Ben Zuma. Mas Ben Azai e Ben Zuma estavam na gerao do Rabi Akiva, e foram seus alunos, entre os 24 mil. Mas o Rabi Eliezer e o Rabi Yehosha foram seus professores.

    por isto que dito que em vez do Rabi Eliezer, eles estavam purificando as purificaes (Peshat) que tinham feito sobre o forno de Achnai, visto que eles cortaram-no em fatias (dezoito fatias) e colocaram areia entre cada duas fatias. Em outras palavras, a terceira forma como a areia, entre a primeira fatia, que a segunda forma, e a segunda fatia, que a quarta forma. E, naturalmente, a irm e a conscincia so conjugadas como uma s. E Rabi Tarfon e Rabi Yehosha como um so discpulos do grande Rabi Eliezer, e o Rabi Akiva est aparentemente includo neles. Isto porque um segundo bom dia, em relao ao primeiro bom dia, como um dia da semana [Chol significa tanto areia como dia da semana] aos olhos de nossos sbios, uma vez que o Drash, em comparao com o Remez, como uma vela ao meio-dia.

    Mas os sbios de sua gerao contaminaram todas as purificaes e as queimaram, e o grande Rabi Eliezer provou com o aqueduto cuja gua elevou que o Rabi Yehosha era um grande sbio, e as paredes do Templo iro provar. E eles comearam a cair diante da glria do Rabi Eliezer, e eles no caram diante da glria do Rabi Yehosha. Esta uma prova completa de que no h lugar para qualquer dvida de que ele puro.

    Mas os sbios tomaram o Rabi Yehosha por ele mesmo, e eles no queriam governar como com o Rabi Eliezer, seu professor, at que uma voz desceu, dizendo que o Rabi Yehosha era realmente seu discpulo. Mas o Rabi Yehosha no conectou ao seu lugar e disse que voc no presta ateno a uma voz: No est nos cus, etc. Ento os sbios o abenoaram, pois a Luz de zen (orelha) foi cancelada a partir deles, pois eles no seguiram as regras do grande Rabi Eliezer. E o Rabi Akiva, seu discpulo favorito, disse-lhe que os seus 24 mil discpulos tinham morrido durante a contagem, e o mundo ficou doente, um tero em azeitonas, etc.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    36

    Elisha Ben Avoia e o Rabi Tarfon vieram da mesma raiz. Mas Elisha Ben Avoia o Achoraim (posterior) em si, e o Rabi Tarfon o Panim (face) de Achoraim (do posterior). Ao que isso comparado? Em uma casa, coloque as azeitonas amargas que no so boas para nada, e em outra casa, encontra-se o feixe da prensa de azeite, que no serve para nada. Em seguida, um homem vem e conecta os dois. Ele coloca o feixe sobre as azeitonas e produz uma grande quantidade de leo.

    Daqui resulta que o bom leo que aparece Panim, e o feixe Achoraim. E as ferramentas simples de madeira so jogadas fora depois de terem concludo o seu trabalho.

    Entenda que este costume est na expanso das razes para os ramos em mundos inferiores a si mesmo. Mas em suas razes, ambos aparecem de uma s vez, como uma pessoa que, de repente entra na prensa de azeite e v o feixe, e sob ele, uma grande pilha de azeitonas com leo fluindo abundantemente com eles. Isto assim porque para a raiz, tudo visto de uma s vez. por isso que chamado outro, e o outro chamado de Tarfon; um um feixe e o outro leo, que flui imediatamente atravs dele.

    Este tambm o significado de desviar-se. Depois do desejo ter emergido, que a alma de Rabi Tarfon, a alma do outro manteve-se como maus costumes em sua casa. Este o significado da combinao de letras, Sd: Samech (15 letra) a cabea da prpria palavra Sd, a alma do outro, e Dlet (4 letra) a cabea da palavra Drash, a alma do Rabi Akiva, porque eles agem. E a Vav (6 letra) no meio o Rabi Tarfon.

  • 37

    Carta N. 4

    1920

    Em honra ao amado da minha alma ... que ele viva uma vida longa e boa.

    Na verdade, eu vejo suas dificuldades com simplicidade, que voc tem vergonha de falar sem rodeios. No entanto, em todas as minhas relaes com voc, em palavras e cartas, seja o que for, eu no afetei o seu esprito, pois este o modo em que a maioria as pessoas se comporta em tais assuntos: Elas tm vergonha como os ladres de cada rgo com que pecam ou com que se comportam como os animais. Eles o cobrem como sete capas, como com o rgo da circunciso, a parte oculta, e tais outros rgos que fazem como os animais.

    Assim, eu devo ser indulgente com voc sobre esta mudana e falar com voc como se ... debaixo de uma cobertura de alegorias, pois eu cansei de esperar por solues para esta questo, das quais tanto precisamos, e especialmente pela glria do Cu, pois isso tudo que eu preciso.

    Eu falarei com voc engenhosamente, em uma linguagem que os anjos ministrantes no precisam. E, portanto, eu devo lhe pedir para esclarecer completamente para mim as palavras do Santo Zohar em trs lugares. E mesmo as coisas que voc v claramente que considerada uma vantagem, ou mesmo um pecado revelar tais segredos, especialmente diante daqueles que sabem e entendem, ou mesmo com os assuntos mais comuns, que so to leves que voam como pssaros nos cus, eu preciso de tudo isso. E embora eles no sejam necessrios por si mesmos, esta uma necessidade de um modo geral.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    38

    Veja no Zohar, da poro Shemot (xodo) at as palavras do intervalo aps a Pscoa e adiante, para esclarecer completamente. Depois, mergulhe nas pginas anteriores ao feriado de Shavuot [Festa das Semanas], de quase l at Elul daquele ano, quando eles atravessaram a terra de Israel. Assim, voc tem dois lugares, e depois, das pginas das virtudes da terra de Israel at o seu fim.

    Em primeiro lugar, esclarea todo o tipo de mudana e ao deste lugar quele lugar, ou seja, com o cumprimento dos graus, e compreenda a questo, tanto quanto voc puder. Ento, esclarea todas as coisas boas nas etapas de seu organismo e de suas partes, o que necessrio e o que redundante, e o que necessrio para qu e de que forma redundante, e do que o mundo careceria sem ela, assim como a representao das linhas de esperana em cada lugar.

    E acima de tudo, os desenhos devem trazer as caractersticas com suas sombras e Luzes, com uma face terrvel, bonita, sorridente ou acolhedora. Em tal vulto vivo, mesmo as coisas simples, suprfluas e conhecidas devem ser registradas, de modo que todos os desenhos sejam includos na compilao em cada imagem, dispostas de forma clara.

    E no repita o erro de interpretar o comentrio que voc encontrou nos desenhos, e os prprios desenhos esto escondidos em seu comentrio. Alm disso, so os prprios desenhos que eu preciso, e eu preciso interpreta-los com tanta aptido quanto a sua e, especialmente, como se eles tivessem cado de cima, antes de sua interpretao que voc lhes deu de baixo.

    E porque eu ainda temo o seu cio, que apenas uma Klip (casca), ou pela caa de almas limpas e inocentes, eu mesmo escreverei a voc algumas novidades nessas formas que eu solicitei. E depois que voc me explicar todos os desenhos referidos acima, tanto quanto voc possa, de maneira simples, e sem comentrios, como se tivessem cado do cu, ento voc vai interpretar com suas prprias palavras o que eu interpreto aqui na lngua da traduo [Aramaico]. Desta forma, saberei o quo bem voc entende a minha escrita e meus pensamentos.

    E depois que voc interpretar o que est na minha mente, reveja minhas palavras e adicione a elas, subtraia delas, ou ambas. E pelo bem do Criador, siga o meu pedido e no pule qualquer um dos seus estudos ou oraes, mesmo por vrias semanas, at que tenha concludo o meu pedido, e at que suas palavras me alcancem com uma resposta clara. Afinal, meus dedos esto atados pelo medo e eu no posso corresponder com voc sob o dossel da Tor e do Amor Maior.

  • CARTA N. 4

    39

    lngua sagrada para os inferiores. por causa delas que todos aqueles sbios da verdade so chamados de boca de Deus.

    Qual a razo? porque a

    santa Divindade fala por intermdio de suas bocas, e tudo o que eles falam, seus paladares

    saboreiam, e de ningum mais. Assim, o mtodo desses sbios

    da verdade transmitir sabedoria para os seus amigos de boca a boca.

    E qual a razo de ser de boca a boca e no de boca a ouvido? porque os sabores do paladar

    no so dados para os ouvidos; eles so

    separados. Est escrito sobre isso: Com ele eu falo boca a boca, manifestamente

    e no em enigmas. Manifestamente

    quer dizer com a

    viso das pessoas, e em enigmas significa pelo ouvido das pessoas.

    Mas estes no so todos os caminhos da sabedoria da verdade, que (a sabedoria da verdade) dada apenas no palato, como est escrito: Porque quem comer, ou quem desfrutar, se no eu?

    Por esta regra os sbios

    conhecem a deciso no julgamento, cada tipo (o que no ) com a sua espcie, o seu sabor, j que cada espcie tem seu prprio sabor.

    E uma vez que estes maus tm sete abominaes em seus coraes, seus coraes esto divididos e seus sabores no so os mesmos, pois o Senhor confundiu a lngua deles, que no podem entender um a fala do outro.

    Mas, com os sbios, nenhuma mentira chega aos seus paladares. Por isso, tudo o que eles comem verdade, e todos os seus despertares so para a verdade. Portanto, todos os sbios so como um s homem, compreendem a linguagem um do outro, j que seu paladar

    nico. Assim, eles

    necessariamente tm o poder de revelar segredos um para o outro, boca a boca.

    a este respeito que o pastor fiel orou por Jud, e o leva at seu povo.

    Nossos sbios explicaram que ele poderia estar entre os justos e

    discutir as regras com eles, ou seja, como se diz, ele entendeu a sua lngua.

    Isto assim porque aquele que falhoque no corrigiu corretamente o pecado da gerao de Babelest sob o domnio dos deuses de Babel, chamado Baal. E confundiu ali a sua lngua, e ele no soube o que nossos sbios disseram. Ai dele e ai de sua alma.

    E o que diz a

    Divindade? mais leve do que a minha cabea, mais leve que o meu brao.

    E se voc disser: Como pode um pecado to grande ser corrigido?

    Afinal, est escrito: Porque Deus est no cu e voc na terra; portanto, as tuas palavras sejam poucas. E tambm est escrito: Por que Deus se zangaria com a sua voz?

    Isto , sem dvida, verdadeiro.

    Venha e veja: H uma lngua sagrada para os Superiores e h uma

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    40

    que testifica sobre si mesmo: No est nos cus ... Est em sua boca e em

    seu corao para faz-la. conhecido que pelo grande poder do pastor fiel, a Tor j veio para a terra, como nas combinaes das letras nos nomes da Tor.

    E em todas essas obras que ele colocou diante de ns e para o mundo inteiro, como em do permitido que est na sua boca, agora eles esto realmente na terra, como est escrito: Est na sua boca e em seu corao para faz-la. Isto , pela fenda do esprito e da mente para toda a inteligncia e razo que h nas palavras dos pais e nos dizeres dos

    servos dos pais, e nos

    613 mandamentos. Em cada ato, uma combinao torna-se conhecida aos olhos, nos modos dos caminhos do Mestre do mundo, condutas

    em que toda

    a Luz Superior depositada. Aquele que se apega a um discernimento em

    razo completa no trabalhou em vo, pois aqui est uma parte das 613 partes da alma. Posteriormente, ele multiplica todos os degraus at que ele encontre todos os rgos de sua alma.

    Se ele recompensado com a totalidade de sua alma, ele ter certeza de que ganhou tudo, pois nada est ausente no palcio do Rei, e no h pobreza em um lugar de riqueza.

    Ai daqueles tolos, destruidores do mundo. Eles sabem muito bem que seria melhor para eles se no tivessem nascido. H apenas uma coisa que eles dizem, que tinham dias melhores antes do que agora, ou seja, antes de eles nascerem. O Criador faz isso com eles para mostrar a sua falha perante as pessoas. Est escrito: No diga: O que foi isso, que os dias antes eram melhores do que estes, pois no sbio que voc pergunte isso. Em outras palavras, o texto tem misericrdia deles

    e os avisa para ocultar isto

    em seus

    coraes, pois um sinal da falha da tolice que est neles.

    O profeta fiel, Malaquias, admoestou-os sobre isso: Voc oferece

    po maculado sobre meu altar e diz, Com o que ns o maculamos? Pelos

    seu dizeres, A mesa do Senhor desprezvel. Assim so os modos de todos

    os tolos do mundo. Desde que seus paladares provaram o doce como

    amargo, eles dizem que amargo e desprezam o po do santo

    rei.

    por isso que ele os amaldioa e diz: Mas maldito seja

    o vigarista

    que tem um macho no seu rebanho, mostrando-lhes que esta burla deles

    burla contra seu mestre. Qual a razo? porque existe um macho no seu rebanho e eles esto ociosos em seu trabalho e no se esforam para encontr-lo. por isso que o santo profeta os amaldioa, pois eles podem trazer um macho puro para o palcio do Rei, mas eles trazem um coxo e cego.

    Ai daqueles que mostram desgraa no palcio do Rei. por isso que

    lhes so mostradas, com muita esperteza, suas falhas, como em Oferea-o

    Mas como aqui, da fora de Moiss que precisamos, o pastor fiel,

  • CARTA N. 4

    41

    ao seu governador; ele estaria satisfeito com voc? Seu governador uma inclinao para um lugar que tem sido feito menor, onde eles falham, ou seja, no lbio superior, um lugar que, de acordo conosco, uma falha, e de acordo com eles no uma falha. Mas aquele lugar no foi preenchido pela toro de seus lbios e o Criador mostra sua maldade em suas faces, como eu tinha lhe dito, quando estava com voc, como est escrito: Os puros e os justos no matam. A mente chamada de pura, e o corao chamado de justo. Ai daquele que muda seu nome, que mente em nome do Criador e inverte o sentido. O texto atesta sobre eles e perante eles: Eu no justificarei o mpio.

    Portanto, voc, o amor da minha vida, no vai seguir os passos dos destruidores do mundo, os tolos, filhos de tolos, pois eles so inteis comparados com voc, seja no tronco, ramo, e tanto mais ainda nos frutos. No seu tronco, voc nico nesta gerao. Na pureza daquele tronco, voc melhor do que eu, como eu lhe disse quando eu estava com voc. A voc no falta nada a no ser sair para um campo que o Senhor abenoou, e recolher todos os rgos flcidos que penderam de sua alma, e junt-los em um nico corpo.

    Nesse corpo completo, o Criador ir introduzir Sua Divindade incessantemente, e as altas correntes de Luz sero como uma fonte que nunca termina. Ento, cada lugar em que voc projetar o seu olhar ser abenoado, e todos sero abenoados por causa de voc, porque eles estaro constantemente te abenoando, e todas as carruagens de impureza estaro sobre eles ... para sempre, porque o desejo deles te amaldioar. Naquela ocasio, a bno do av: Aqueles que te abenoarem sero abenoados, ser cumprida.

    Vamos voltar questo que tratamos em primeiro lugar: a boca do Senhor. Existe um lbio superior, e existe um lbio inferior. Essas coroas descem igualmente de cada um, mas para adicionar a todos aqueles dignos, bens sobre bens, e Luz sobre Luz, quatro correes altas e sagradas da Dikn foram feitas sobre eles. Feliz aquele que tem sido recompensado com a herana deles, e feliz tambm aquele que tem sido recompensado com adeso a um digno que j herdou deles.

    Est escrito em relao a essas quatro correes: Meus pensamentos no so os seus pensamentos, nem os seus caminhos os Meus caminhos. Os pensamentos elevados e santos no so como os pensamentos de um rude. Os caminhos elevados e santos no so como os caminhos dos rudes. O pensamento o Rosh [cabea/mente], e o caminho a trajetria pela qual o Rosh se propaga e pela qual ele se multiplica.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    42

    Venha e veja. H um Rosh superior e uma trajetria superior no lbio superior, e h um Rosh inferior e uma trajetria inferior no lbio inferior. por isso que o pelo do bigode foi fixado sobre o lbio superior, que a semelhana do Rosh superior como eu disse.

    Esta correo chamada de misericordioso (veja Idra Rab, Nasso). Quando o indivduo recompensado com ver aquela viso com o olho, ele est cheio de misericrdia por todos os lados, pois no h lugar nele ... por isso que de fato misericordioso.

    Depois, eles so recompensados com a viso do caminho superior, o caminho daqueles que ascendem, que so bodes. por isso que visto por todos os mundos inferiores, como a correo preciosa do Rosh, chamada de misericordioso, que o louvor de todos os louvores que aparecem para eles.

    Deste modo, existe um ponto nesses pelos no meio, e aquela pausa deste caminho vista pelos inferiores, pelos dois orifcios no nariz. L aquele caminho se propaga e foi gravado no meio do lbio superior. Esta correo chamada de e benevolente, e todos aqueles que conhecem os segredos certamente o veem.

    Agora que voc foi recompensado com esses dois nomes ... os inferiores, e ns veremos o que est diante de ns no lugar onde ns encontramos um lbio ... sob o lbio inferior. H ... o que significa um Rosh [cabea/mente] para os inferiores, e todos aqueles dignos foram agraciados com beijos ... embora os beijos ... inferior como um s.

    Assim, deveramos perguntar: Por que eles se agarram ao Rosh do lbio inferior? ... bom motivo ... e uma boca santa ... daquele caminho que foi gravado no lbio superior, e mostra-lhes que ponto como ... um caminho sem carne ... como deveria ser com amor. ... E ento ... eles cresceram mais fortes no lbio inferior. Naquele tempo, O amor to forte como a morte. A alma deles sai com amor superior e inferior juntos, e quando a alma deles ... inferior.

    por isso que aquele lugar chamado de o Rosh inferior. Qual a razo? porque ele completamente semelhante ao Rosh superior, e todo mundo sabe que um gerou o outro. Isso chamado de longa, uma vez que o Panim [face] do Rosh superior cresceu mais ... no est em todos um pelo outro. E como eles foram integrados como um, eles so os olhos de todos.

    nesse sentido que os sbios afirmaram: Uma voz, uma viso, e um perfume no so considerados fraude. Qual a razo? porque naqueles trs, todos os ... so vistos. E j que foram recompensados com este Rosh

  • CARTA N. 4

    43

    inferior, foi duplicado na sua concluso e chegou em trs louvores. ... Como o Rosh superior chegou at ns, certamente no h fraude neles, e no h nenhuma falha nessas preciosas correes que foram estendidas ... deles, e todos sabem que um gerou o outro, com exceo dos bobos da corte que diriam: Sara concebeu de Abimeleque, Rei de Gerar.

    por isso que o verso: Quanto a Mim, esta a Minha aliana com eles, diz o Senhor: Meu Esprito que est sobre voc, tornou-se realidade nesta santa semente da descendncia de Israel. Segue-se que esta correo certamente o Rosh dos inferiores, porque para os inferiores mant-los e conect-los ao feixe da vida, como j dissemos.

    Mas os sbios estabeleceram, No h nenhuma admisso ao Azar [uma seo especial no Templo], exceto para os reis da Casa de David. Qual a razo? porque eles esto no Rosh. Mas para o resto da gerao, aquele lugar foi feito apenas para passar por ele. Se no fosse assim, aquele descanso teria sido um passeio descontrado, e por isso que foi estabelecido e estendido daquele Rosh por intermdio do inferior.

    semelhante ao caminho superior, mas aparece e chega como um homem velho, cansado dos muitos dias, e No h nenhuma razo na velhice. como Barzilai, o Gileadita, pois por causa da forma desse caminho inferior ser completamente semelhante em tudo, tal como a parte superior do caminho que se desenvolveu desde o Rosh superior, por esta razo que ele v que o Guf est abaixo, e est no caminho inferior, semelhante ao superior como um macaco perante o ser humano. E o que ele viu, viu bem.

    por isso que a correo chamada de face, para mostrar que nem todas as faces so as mesmas, e todas as quedas das pessoas devem estar na face, como em E eles se inclinavam com faces na terra.

    por isso que esse caminho foi registrado no lbio inferior, diretamente oposto ao caminho no lbio superior, como as faces dos querubins um frente do outro. Porque a sua forma lembra um do outro, eles foram reforados um pelo outro e foram registrados nos lbios mais profundamente. Este tambm o significado de face, o que significa que at agora no se sabia que haviam faces acima e faces abaixo, e que nem todas as faces so iguais.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    44

    E quando eu ouo desse discpulo sbio que disse que ele est rindo de todo o mundo por mrito de A imagem do Senhor o faz ver, e ele se alegrou e se vangloriou por seus graus, que ele, An, encontrou as fontes no deserto enquanto pastoreava os jumentos de Zibeo, seu pai, e a primeira iniquidade foi apagada, eu digo a mim mesmo que isto vem dos nossos sbios, que encontraram no caminho de baixo e o chamaram de o caminho inferior: An, o pastor de seu pai, Zibeo. Ele tambm chama Rosh inferior, Zibeo, que algo que eu nunca tinha ouvido falar nos escritos anteriores.

    Eu me esforo para encontrar estas palavras suficientemente interpretadas, 1) saber o que essas fontes fazem, ou seja, todos os Reshimot [as gravaes/recordaes] em suas faces, em comprimento, em largura, em som, viso e em perfume. Alm disso, qual a pergunta deles, e qual a resposta deles se uma questo nova ou escondida de seus ouvidos a partir do pastor de seu pai, Zibeo, daquele An? E o que Zibeo estava pensando sobre este filho sbio se ele lhe tivesse dito: Meu filho, se o seu corao for sbio, o meu corao, tambm, se alegrar?

    Em geral, houve alegria sobre a questo? E quantos dias durou, ou a alegria foi por algumas horas? Tudo isso claramente interpretado e explicado no esclarecimento do Rosh inferior e o caminho inferior que eu disse. E se no assim para voc, mas de alguma outra forma, me diga como o trabalho real foi feito.

    E agora que estamos aliviados quanto ao Rosh inferior e o caminho inferior, e os nomes sagrados para aqueles que foram recompensados com suas faces com correes dos fios de cabelos na parte inferior do lbioface longa de fato, vamos descer ainda mais, para abaixo da cortina santa. Nela, uma boa recompensa para o justo embrulhada, escondida e revelada, bem como punies amargas e duras para os mpios. Essa cortina chamada de muito misericordiosa, como foi estabelecido, quando ele se inclina para Chssed [misericrdia]. Ele tem todos os mritos e toda a generosidade do Mestre do mundo.

    Ai daquele que revela incesto. Ele rompe a sua alma neste mundo, e rompida para o mundo vindouro. Ele est na forma de Voc dar a verdade a Jac, por isso que sua mo segurou o calcanhar de Esa. Ele encontrou toda essa misericrdia que mencionamos porque em sua perfeio, aquela stima correochamada e verdade foi revelada e chegou, pois a verdade e a misericrdia foram includas aqui reciprocamente, como em Voc dar a verdade a Jac, misericrdia para Abrao.

  • CARTA N. 4

    45

    Venha, veja, e compreenda a ordem que eu tinha dito a voc, at agora, em todos os graus que voc viu at agora, e olhe para as suas representaes corretamente. Voc as encontrar como uma representao de um canteiro em que plantaes foram semeadas, duas em oposio a duas, e uma sai da cauda. Ou seja, acima est um Rosh e um caminho, e abaixo, diretamente oposto a eles, est um Rosh, um caminho, e aquele de agora, que chamado de muito misericordioso, que est no meio relativamente a todos e abaixo de todos.

    H tambm um canteiro onde estas plantaes so retratadas em uma combinao diferentetrs plantios acima, considerados Rosh, Toch, Sf. O Rosh superior chamado Rosh, o caminho superior chamado Toch, e o Rosh inferior chamado Sf.

    Por que esta a sua combinao? porque o paladar, a aparncia e o cheiro destas trs plantaes so os mesmos. Por isso, os trs se unem como um, e todos os trs so considerados como superiores, como em Rosh, Toch, Sf.

    Aquele caminho inferior, e aquela unificao de muito misericordiosa so chamados de dois ramos do salgueiro. Qual a razo? porque eles existem simultaneamente, e os filhos do exlio, que esto entre as naes e que se misturaram com eles dizem sobre esses dois ramos do salgueiro que eles no tm nem gosto nem cheiro. Assim, existem trs acima e dois abaixo no canteiro que eu j mencionei.

    Naquelas cinco letras que dissemos [Elokim], existem 120 combinaes. Mas eu disse aquelas duas, a fim de mostrar uma combinao em lembrar, e uma combinao em guardar. As restantes so includas naquelas duas partes que eu mencionei, e essas ordens so chamadas de as cinco letras do nome Elokim.

    Qual a razo? porque elas foram criadas ao longo de seu caminho de emanao, uma abaixo da outra. No entanto, h medida de largura, e at agora eu no ouvi de voc uma interpretao do texto, e por isso no posso falar sobre isso absolutamente at que eu oua que voc mesmo est nisso.

    Quando eu disse, acima e abaixo, eu no estava indicando lugares, porque os espritos no tm lugar. Entretanto, eles certamente tm um tempo em que se tornam conhecidos no mundo. O que eu chamei de acima foi porque foi visto primeiro, e eu chamo de abaixo o que apareceu posteriormente.

  • FRUTO DE UM SBIO: CARTAS DO BAAL HASULAM

    46

    E pergunto mais a voc: quando voc interpreta, em suas prprias palavras, todos aqueles cinco captulos que eu lhe mostrei, em uma ordem de cima e baixo, interprete para mim cada vez, quando o primeiro captulo, e quando o seguinte, e de igual modo para todos eles, to meticulosamente quanto a sua memria permita, ou um clculo aproximado, e a durao de cada captulo.

    E acima de tudo, eu desejo ouvir a durao daqueles dois ramos de salgueiro que eu mencionei com relao ao caminho inferior, chamado de correo da face, e a cortina santa, chamada de muito misericordioso, e seu incio verdade.

    E, embora seja uma coisa pequena para voc, grande para mim. Acredito que voc j deduziu em outra carta que esqueceu os tempos deles, mas lembre-se, pois como se eu estivesse na priso, e eu no posso labutar e discutir o assunto com voc por uma razo importante, que est em meu corao.

    Portanto, esforce-se para lembrar os tempos deles, mais ou menos, suas duraes, bem como suas origens. E, por favor, tenha misericrdia sobre o tempo que foi lamentavelmente perdido em vo, e envie-me uma carta clara com explicaes completas de todas as perguntas que fiz a voc, assim no vou precisar corresponder-me com voc depois.

    Agora, meu caro, venha e veja como voc pode me abastecer com suas respostas verdadeiras. E porque carrego o fardo com voc, no tenho nada mais do que melancolia agora. No entanto, no tenho dvidas sobre voc, uma vez que as respostas precedem a perguntasse ele no poupa sua vida, etc.

    No entanto, esquea o passado, e, doravante, conte os momentos para que voc no perca nenhum deles, pois no h um arauto sobre ns do alto todos os dias. No autoridade que lhe dei. Pelo contrrio, servido que tenho lhe dado. E quem ele e onde est ele quem conduz a m, Klip (concha) alheia da ociosidade aqui entre os filhos do Rei? certamente a insolncia ao cu, e A porta gira em suas dobradias, e o ocioso est em sua cama. A santa Divindade lanada ao p sob os ps de sua amante, que anda e atropela regularmente por cima da sua c