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FUGA À PATERNIDADE

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“Fuga à paternidade no contexto socio-paternal aludida pelas vendedoras do mercado dos Congolenses, em Maio de 2012.”

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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETOFACULDADE DE MEDICINA

DEI PATOLOGIAUNIDADE CURRICULAR DE MEDICINA LEGAL

Tema:

Título:

“Fuga à paternidade no contexto socio-paternal aludida pelas vendedoras do mercado dos Congolenses, em Maio de 2012.”

Luanda, Junho de 2012

Autores: Estudantes do Grupo I 5º Ano

FUGA À PATERNIDADE

Orientador: Prof. Doutor Adão Manuel sebastião

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SUMÁRIO:

I. Introduçãoa) Justificativa

II. ObjetivosIII. Material e métodoIV. Apresentação e discussão dos resultadosV. ConclusãoVI. RecomendaçõesVII.Referências bibliográficas

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I. INTRODUÇÃO

Conceito:

Significado de ser pai:

Paternidade sob aspecto sociológico:

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I. INTRODUÇÃO

No ano de 2011 o Ministério da Família e Promoção da Mulher (MinFamu), registou 4678 casos de fuga à paternidade. As principais causas que estão na base desta situação são nomeadamente, a falta de diálogo e entendimento, bem como questões de carácter social e económicas.

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I. INTRODUÇÃO

• Jorge Trindade (Professor de Direito):

“crianças criadas sem a figura paterna apresentam 19 vezes mais possibilidades de serem indivíduos desajustados socialmente, tornando-se delinquentes, marginais, drogados ou com distúrbios de escolaridade, seja rico, ou seja, pobre”.

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a) JUSTIFICATIVA

O estudo do tema em referência é importante porque a fuga á paternidade hoje é tão comum que já não constitui um desvio, mais sim, uma problemática que perdura na sociedade e será interessante constatar as causas da fuga da paternidade e as consequências que podem advir deste terrível acto. Também por ser um tema

muito valorizado, mas pouco estudado em Angola.

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II. OBJECTIVOS

GERAL:• Abordar a problemática fuga à paternidade no

contexto socio-paternal aludida pelas vendedoras do mercado dos Congolenses.

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II. OBJECTIVOS

ESPECÍFICOS:• Caracterizar o perfil da população em estudo.• Identificar e descrever as causas da fuga à

paternidade.• Saber o nível de conhecimento das mulheres sobre

os deveres do pai.• Determinar o número de mulheres que acorreram a

justiça.• Descrever as consequências da fuga à paternidade.

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III. MATERIAL E MÉTODO

Tipo de Estudo:Observacional descritivo transversal.

Local do estudo:Mercado dos Congolenses de Luanda.

Periódo do estudo:18 de Maio de 2012.

Universo:Finito, constituído por 600 vendedoras do

mercado dos congolenses.

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III. MATERIAL E MÉTODOAmostra :

Não probabilística por conveniência constituida por 54 vendedoras do mercado dos congolenses.

Critérios de inclusão:Vendedora com filho de idade inferior á 18

anos que tenha sido abandonado pelo pai.

Critérios de exclusão:Vendedoras casadas, viúvas e inquérito mal

preenchido.

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III. MATERIAL E MÉTODO

Instrumento de colheita de dadosQuestionário em forma de formulário.

Variáveis: Variáveis sociodemográficas (Idade;

Proveniência e Nível de escolaridade) Variáveis em estudo (Nível de conhecimento,

Tipo de fuga, Causas e Consequências da fuga á paternidade).

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III. MATERIAL E MÉTODO

Procedimento para recolha e processamento dos dados:

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IV. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS

RESULTADOS

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Gráfico nº 01 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses de acordo o grupo etário e nível de escolaridade, em Maio de 2012.

Fonte: Quadro nº 01

Analfabeta 1ºNível 1º Ciclo 2º Ciclo

3.75.6

7.45.6

20.3

12.9

3.71.8

14.8

5.6

1.81.8

9.3

5.6

15 -24 25 -3435 -4445 -54

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Gráfico nº 02 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses de acordo o grupo etário e proveniência, em Maio 2012.

Fonte: Quadro nº 02

LuandaViana

CazengaBelas

9.3

7.4

20.4

7.4 9.2

5.6

7.47.4 9.2

11

1.91.9

1.9

15 -24 25 -3435 -4445 -54

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Gráfico nº 03 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses segundo o registo do filho, em Maio de 2012

Fonte: Quadro nº 03

50%50%

Registou o filhoSimNão

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Motivos de não registo NºR %

Desconfiança da Paternidade 2 3,7Não reconhecimento do filho 8 14,8

Parceiros com uma relação previa 11 20,4

Falta de documentos 4 7,4

Não reconhecimento do filho e parceiro com uma relação previa.

2 3,7

TOTAL 27 50

Quadro nº 04 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses segundo o motivo de não registo do filho, Maio de 2012.

Fonte: Formulário elaborado pelo grupo I

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Gráfico nº 05 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses quanto ao abandono do filho, em Maio de 2012

Fonte: Quadro nº 05

89%

11%

ABANDONOU O FILHO

Sim

Não

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Motivos de abandono do filho por parte do pai NºR %

Relação previa 8 14,8

Não aprovação da relação por parte familiar 5 9,3

Desentendimento na relação 9 16,7

Poligamia 5 9,3

Falta de comunicação 8 14,8

Outros motivos 13 24

TOTAL 48 88,9

Quadro nº 06 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses sobre o motivo de abandono do filho, em maio de 2012.

Fonte: Formulário elaborado pelo grupo I

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Apoia o filho NºR %Na alimentação 1 1,9Na educação 1 1,9Na saúde --- ---Na educação e saúde 1 1,9Em todos os itens 2 3,6Em nenhum item 49 90,7

TOTAL 54 100

Quadro nº 07 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses quanto o apoio do pai ao filho, em Maio de 2012.

Fonte: Formulário elaborado pelo grupo I

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Quadro nº 8 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses segundo o grau de conhecimento sobre os deveres do pai para o filho e a acorrência a justiça, em Maio 2012

Grau de conhecimento sobre os deveres do pai para com o filho

Acorreu a justiçaTOTALSim Não

NºR % NºR % NºR %

Alto 5 9,3 6 11,1 11 20,4

Moderado 2 3,7 14 25,9 16 29,6

Baixo 8 14,8 7 13 15 27,8

Nenhum -- -- 12 22,2 12 22,2

TOTAL 15 27,8 39 72,2 54 100Fonte: Formulário elaborado pelo grupo I

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Quadro nº 9 – Distribuição das vendedoras aludidas no mercado dos congolenses segundo o grau de conhecimento sobre os deveres do pai para o filho e o motivo da não acorrência a justiça, em Maio de 2012

Motivo da não acorrência a justiça

Grau de conhecimentoTOTALAlto Moderado Baixo Nenhum

NºR % NºR % NºR % NºR % NºR %

Por Medo 1 1,8 2 3,7 1 1,8 -- -- 4 7,4Por compaixão 2 3,7 7 12,9 5 9,3 -- -- 14 25,9Falta de tempo -- -- 1 1,8 -- -- -- -- 1 1,9Morosidade da justiça

3 5,6 4 7,4 1 1,8 -- -- 8 14,8

Falta de conhecimento

-- -- -- -- -- --- 12 22,2 12 22,2

TOTAL 6 11,1 14 25,9 7 12,9 12 22,2 39 72,2Fonte: Formulário elaborado pelo grupo I

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VI. CONCLUSÃO

• Aproximadamente metade encontra-se no grupo etário dos 25 aos 34 anos, metade refere como nível escolar o Iº nível e cerca de um quarto é proveniente do município de Luanda.

• Metade alega que o pai não registou o filho, dos quais a maioria refere como motivo a outra relação do pai.

• A maior parte alega abandono do filho por parte do pai e sem nenhum tipo de apoio, dos quais grande parte refere desentendimento na relação como principal motivo.

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VI. CONCLUSÃO

• A maioria refere que o filho sente a falta do pai, como consequência, refere mudança de comportamento por parte dos filhos, acarretando com isso uma entrada precoce ao mercado do trabalho.

• Mais de um quarto tem grau de conhecimento moderado e menos de um quarto não tem nenhum conhecimento sobre os deveres do pai para o filho.

• A maior parte não acorreu a justiça, dos quais quase metade refere compaixão como o principal motivo.

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VII.RECOMENDAÇÕES

• As instituições de direito, que criem brigadas municipais com objectivo de informar a população no que concerne aos direitos e deveres dos pais.

 • Aos educadores sociais (professores, órgãos de

comunicação e líderes religiosos) que enfatizem desde cedo a importância da família e conservação dos valores morais.

• Ao ministério da justiça que fiscalize de perto dos casos de fuga a paternidade.

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VII.RECOMENDAÇÕES

• Aos Mídias, que divulgem fuga a paternidade como acto criminoso, o direito e dever da mãe de acorrer a justiça para reclamar os direitos do filho.

 • Aos jovens a pratica de actividade sexual responsável

e assumir as consequências que podem advir do acto.

• Que as mulheres sejam firmes e denunciem actos do género.

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VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ANGONOTÍCIAS. “Fuga à paternidade deve-se à falta de entendimento entre os casais”. Disponível em: http://www.angonoticias.com/Artigos/item/19049. Acedido em: 19 de Março, 2012.

2. Ionete de Magalhães Souza “Responsabilidade civil e paternidade: Analise do abandono afectivo no Brasil e na Argentina”. Disponível em: http:// www.waldirdepinhoveloso.com Acedido em: 20 de Junho, 2012

3. Artigo científico online. “Paternidade responsável”. Disponível em: http://www.drraul.com.br/causas/paternidade-e-maternidade-responsaveis/paternidade-responsavel. Acedido em: 08 de Maio, 2012

4. Costa JA, Melo AS. Dicionários Editora. 7th Ed. Porto Editora, Lda. 1994: 871 e 1355.

5. Polis: Encliclopédia verbo da sociedade e do estado. 2th Ed. vol.4. Verbo São Paulo. 1997: 1039.

6. Marques AV, Código Civil angolano. Código da família, Texto Editores, Lda 2006: 478, 479 e 480.

7. Revista CONJUTURA SOCIAL (Rio de Janeiro), Julho de 2000, Nº 4, p 30 e 36

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MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA!

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