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Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro, 22/setembro/2008 Funcionalismo estadual prepara nova paralisação e passeata em outubro Trabalhadores lutam por reposição salarial, PCCS e contra fundações de direito privado. Saúde deve parar nos dias 1º e 2/10 Categorias do funcionalismo estadual, entre elas a saúde, farão nova paralisação, em outubro, para exigir do governador Sergio Cabral Filho (PMDB) o cumprimento das promessas de campanha . Pagina 2 Eduardo Serra reafirma compromisso com saúde pública Pagina 6 Aposentados da seguridade pressionam por isonomia e contra discriminações Saúde Federal, INSS, MPS e Trabalho organizam mobilização unificada Pagina 5 Pagina 3 Ato do funcionalismo estadual no dia 16/09, que tomou a Av. Rio Branco FOTO: NIKO FOTO: SAMUEL TOSTA

Funcionalismo estadual prepara nova paralisação e · PDF file(PDT), compromete-se in-tegralmente com os termos da Carta-Compromisso ... Sérgio Cabral Filho cumpra as promes-sas

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Page 1: Funcionalismo estadual prepara nova paralisação e · PDF file(PDT), compromete-se in-tegralmente com os termos da Carta-Compromisso ... Sérgio Cabral Filho cumpra as promes-sas

Sindicato dos Trabalhadoresem Saúde, Trabalho ePrevidência Social noEstado do Rio de Janeiro,22/setembro/2008

Funcionalismo estadual prepara novaparalisação e passeata em outubro

Trabalhadores lutam por reposiçãosalarial, PCCS e contra fundações

de direito privado. Saúde deve pararnos dias 1º e 2/10

Categorias do funcionalismo estadual, entreelas a saúde, farão nova paralisação, em

outubro, para exigir do governador SergioCabral Filho (PMDB) o cumprimento das

promessas de campanha .

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EduardoSerrareafirmacompromissocom saúdepública

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Aposentados daseguridade pressionampor isonomia e contradiscriminações

Saúde Federal, INSS,MPS e Trabalhoorganizam mobilizaçãounificada

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Ato do funcionalismo estadual no dia 16/09, que tomou a Av. Rio Branco

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2� 22 DE SETEMBRO DE 2008

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde,Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro

Rua Joaquim Silva, 98-A - Centro - Rio de Janeiro� (21) 3478-8200 | fax: (21) 3478-8233

Editor: André Pelliccione (Mtb JP193001RJ) | Redação: Hélcio Duarte Filho (Mtb JP16379RJ), Olyntho Contente(Mtb JP14173RJ) e Vânia Gomes (Mtb JP18880RJ) | Diagramação: Virginia Aôr (Mtb JP18580RJ) | Fotografia:Fernando de França | Tiragem: 42 mil exemplares | Impressão: Folha Dirigida | Secretaria de Imprensa eDivulgação | website : http://www.sindsprevrj.org.br | e-mail: [email protected]

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Por Vãnia gomes

MURP (MovimentoUnificado pela Reinte-

gração/Readmissão dos Pedevistas)está se empenhando para conseguir aadesão de pelo menos 220 deputados e20 senadores para compor a Frente Par-lamentar Mista do PDV, que serálançada em outubro, após as eleiçõesmunicipais. A Frente tem o objetivo depressionar o Executivo a aprovar o pro-jeto de lei de urgência constitucional que

Frente Parlamentar do PDV será lançada em outubro

OAlém do Legislativo, o MURP con-

seguiu apoio de oito ministros, que pro-meteram trabalhar em conjunto pelaaprovação do PL. Outro reforço nacampanha será dos próprios pedevistasque moram em Brasília. Ex-servidoresde cerca de 40 órgãos públicos aderi-ram ao movimento em assembléia rea-lizada na capital federal. ‘Foi uma con-quista muito importante porque é o cen-tro do poder e o segundo maior pólo depedevistas, o que dá visibilidade ao mo-vimento e maior poder de pressão so-bre os três poderes’, avalia Godoy. ‘As-sim suprem a lacuna das caravanas epodem manter a mobilização.’

- Sugerimos ainda que eles procu-rassem os sindicatos e pedissem apoiopara se organizar. A idéia é formar umbloco que está sendo ampliado. Eles jáconseguiram a adesão do Sindicato dosVigilantes, do Sindicato dos Bancáriose do Sindsep, que está cedendo um es-paço ao movimento – afirma.

so, Garibaldi Alves, que se comprome-teu a articular a aprovação do projetocom os líderes dos partidos na Câmarae no Senado.

prevê o retorno ao trabalho dos pedevis-tas. Segundo o coordenador do movi-mento, Jorge Godoy, o MURP contacom o apoio do presidente do Congres-

Por Vânia Gomes

or pressão dos servi-dores, o Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) reativou amesa setorial de negociação permanen-te e retomou a discussão sobre o novoplano de cargos. O diretor da RegionalCentro do Sindsprev/RJ, Jorge Queiroz,minimizou a importância da decisão por-que, segundo ele, a negociação estácentrada apenas na transposição e atri-buições dos cargos a serem criados.‘Estão discutindo em cima de uma ta-

bela salarial rebaixada, imposta pelogoverno’, critica.

Para Queiroz, o Executivo ‘semeiaa discriminação funcional e salarial’ aocriar castas de servidores privilegiados,numa referência àqueles que pertencemàs carreiras típicas de Estado. ‘Isso éuma desculpa para criar servidores deprimeira e quinta categorias’. Ele con-sidera a tabela da Seguridade Social ‘apior de todas, fruto da adesão compul-sória e da articulação do governo,CNTSS e Condsef.’

Sindicalista critica negociação do novo plano de cargos

P

A próxima assembléia dospedevistas será noauditório do Sindsprev/RJ(rua Joaquim Silva 98 A –Lapa), dia 30 desetembro, às 18h

Godoy, ao centro, diz que MURP trabalha pelo lançamento da Frente

O sindicalista cita como exemplo dediscrepância a criação da gratificação dedesempenho, sendo os percentuais divi-didos em avaliação institucional (80%) eindividual (20%). Jorge Queiroz consi-dera isso uma armadilha. ‘Várias unida-des estão sucateadas, sem insumos bá-sicos (tonner, computador, papel esoftwares atualizados etc), telefones cor-tados por falta de pagamento (caso doPorto do Rio) e déficit de pessoal. Se ainstituição vai mal, o desempenho é ruim.Logo, o servidor pode não receber nada.

É uma reação em dominó’, explica.Na avaliação dele, o governo não

destina verbas para o serviço públicoporque prioriza o superávit primário e opagamento das dívidas interna e exter-na. Segundo ele, isso faz parte da políti-ca neoliberal, que é global.

- É muito fácil o Consenso de Wa-shington impor uma política neoliberalpara os países do Terceiro Mundo e,com a crise econômica-imobiliária, es-tatizar o setor, o que é uma incoerên-cia. A política do Estado mínimo ruim –sentencia.

NPor André Pelliccione

a edição de 28 deagosto do Jornal do

Sindsprev/RJ, na matéria sobre o de-bate com os candidatos a Prefeito doRio, realizado dia 22/08 no auditórionobre do Sindicato, foi erroneamenteafirmado que o candidato Eduardo Ser-ra, do PCB (Partido Comunista Brasi-leiro) havia ‘fugido do encontro’ comos trabalhadores. Na verdade, Eduar-do Serra não fora sequer convidado aparticipar do debate e, por essa razão,o Sindsprev/RJ, em nome de sua dire-

Eduardo Serra reafirma defesa de serviços públicosEduardo Serra reafirma defesa de serviços públicosEduardo Serra reafirma defesa de serviços públicosEduardo Serra reafirma defesa de serviços públicosEduardo Serra reafirma defesa de serviços públicosgratuitos e universais para toda populaçãogratuitos e universais para toda populaçãogratuitos e universais para toda populaçãogratuitos e universais para toda populaçãogratuitos e universais para toda população

Candidato do PCB assina carta-compromisso do Sindsprev/RJ, somando-se a Chico Alencar e Paulo Ramos

toria executiva, pede desculpas publi-camente ao candidato do PCB peloerro cometido. “Se tivesse sido formal-mente convocado para o debate noSindsprev — disse Eduardo — teriacomparecido para conversar com osservidores sobre os graves problemasque afetam o município e o serviço pú-blico, apresentando um programa al-ternativo dos trabalhadores”.

Em contato com a reportagemdo Jornal do Sindsprev/RJ, EduardoSerra afirmou que, a exemplo de ChicoAlencar (PSOL) e Paulo Ramos

(PDT), compromete-se in-tegralmente com os termosda Carta-Compromissopreparada pelo Sindicato.No documento, a entidadecobra, de todos os candi-datos a prefeito do Rio,compromissos com a de-fesa de serviços públicosgratuitos, universais e dequalidade para toda a po-pulação, a não imple-mentação das fundaçõesde direito privado nos hos-pitais e valorização dos

servidores; realiza-ção de auditorianas contas da Pre-feitura e sua ampladivulgação à soci-edade, entre outrositens. A exceção deEduardo Serra,Chico e Paulo Ra-mos, as demaiscandidaturas até omomento não semanifestaram so-bre os compromis-sos apresentadospelos servidores dasaúde e previdên-cia públicas.

O candidatoEduardoSerra, do PCB

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�322 DE SETEMBRO DE 2008

Os deputados quevotaram contra os

servidores

Alair Correa (PMDB)Alessandro Calazans (PMN)Anabal (PHS)André do PV (PV)Átila Nunes (DEM)Audir Santana (PSC)Beatriz Santos (PRB)Chiquinho da Mangueira(PMDB)Coronel Jairo (PSC)Délio Leal (PMDB)Dica (PMDB)Dionísio Lins (PP)Domingos Brazão (PMDB),Edino Fonseca (PR)Edson Albertassi (PMDB)Fábio Silva (PMDB)Geraldo Moreira (PMN)Gerson Bergher (PSDB)Graça Matos (PMDB)Graça Pereira (DEM)Iranildo Campos (PTB)João Pedro (DEM)João Peixoto (PSDC)Jodenir Soares (PTdoB)Jorge Babu (PT)Jorge Picciani (PMDB)José Távola (DEM)Marcelo Simão (PHS)Marco Figueiredo (PSC)Marcos Abrahão (PSL)Marcos Vinicius (PTB)Mário Marques (PSDB)Nélson Gonçalves (PMDB)Nilton Salomão (PMDB)Paulo Mello (PMDB)Pedro Augusto (PMDB)Pedro Paulo (PSDB)Renato de Jesus (PMDB)Rogério Cabral (PSB)Ronaldo Medeiros (PSB)Sula do Carmo (PMDB)Tucalo (PSC)Waldeth Brasiel (PR)

Servidores estaduais preparam novaparalisação e passeata para o mês de outubro

Saúde estadual deve parar nos dias 1º e 2 de outubro, contra o congelamento salarial e as fundações que privatizam os hospitais

FUNCIONALISMO DO ESTADO

Por Hélcio Duarte Filho

servidores públicos es-taduais vão realizar

nova paralisação em outubro pela re-posição das perdas salariais e contra acriação das fundações que privatizama saúde e ameaçam outros setores doestado.

Também pretendem ir em passeataaté o Palácio Guanabara, sede do go-verno, para exigir que o governadorSérgio Cabral Filho cumpra as promes-sas da campanha eleitoral, comoimplementação do PCCS e reposiçãodas perdas salariais, e recue do projetodas fundações. A rede estadual de saú-de deve parar por 48 horas, nos dias 1ºe 2 de outubro.

As novas etapas da mobilização noEstado foram decididas na assembléiarealizada pelo Musp (Movimento Uni-ficado dos Servidores Públicos Esta-duais), no dia seguinte à passeataunificada no Centro do Rio, que encer-rou a paralisação de 48 horas dos dias15 e 16 de setembro.

A assembléia aprovou ainda moveruma campanha de denúncia dos depu-tados estaduais que votaram contra aextensão do reajuste de 8% para todosos servidores. A saúde, o judiciário, osfuncionários da Uerj, entre outros, fica-ram de fora do projeto de reajuste, ape-sar do índice ser bem aquém dos 66%reivindicados.

Ela atacou a transferência dos hospi-tais para fundações estatais de direitoprivado. "As fundações vão cobrar devocês as consultas e as internações, aprivatização faz mal à saúde", afirmou.

Os manifestantes criticaram a apro-vação do projeto do governador Sérgio

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Sob chuva e frio,passeata na av. Rio Branco

Servidores enfrentaram o frio e achuva fina que caía na cidade e ocupa-ram parte das pistas da av. Rio Brancopara defender a reposição salarial e osserviços públicos. Trabalhadores da saú-de participaram da passeata do dia 16.O protesto terminou no início da noite,em frente à sede da Petrobras, paraprestar solidariedade à vigília de quatrodias realizada por petroleiros e traba-lhadores sem-terra, contra a privatizaçãodo petróleo brasileiro.

Servidores federais da seguridadesocial também foram à passeata, entreeles trabalhadores da Fundação Nacio-nal de Saúde.

O governador Sérgio Cabral foi oprincipal alvo do protesto, mas deputa-dos estaduais e o presidente Lula tam-bém foram criticados. "Estamos semsaúde, sem educação, sem segurança.Pagamos todos os impostos, mas nãotemos os serviços públicos garantidos",criticou, do carro de som, a servidoraSilene Souza, diretora do Sindsprev-RJ.

Cabral que reajustou os salários dos ser-vidores em 8%, mas excluiu setorescomo a saúde e a Uerj.

Carta com os nomes dos deputadosque votaram contra a emenda que es-tendia o reajuste para todos foi distri-buída durante o ato.

governador SérgioCabral Filho quer ace-lerar o processo detransferência da gestão

dos hospitais públicos do estado para ainiciativa privada e implementar ainda em2008 as chamadas fundações estatais dedireito privado.

A informação foi dada a dirigentes doSindicato pelo subsecretario executivo daSecretaria de Saúde, César Vianna, du-rante a reunião ocorrida no dia 10 de se-tembro, realizada enquanto servidores eusuários da saúde protestavam em frenteà secretaria. "A gente está correndo parafazer este ano ainda", disse Vianna.

A declaração contradiz o que o se-cretário de Saúde, Sérgio Côrtes, disse-ra anteriormente ao Sindicato: que em2008 iriam preparar o estatuto e criar afigura jurídica das fundações, que só se-riam implantadas em 2009.

O Sindsprev voltou a manifestar aposição da categoria, aprovada em as-sembléias, contrária às fundações.

Segundo o subsecretário, a Funda-ção Getúlio Vargas (FGV) prepara o es-tatuto de funcionamento das fundaçõese uma cartilha com explicações sobreelas. Os alvos iniciais são os hospitais daZona Oeste.

Governo agora fala em entregar hospitaispara fundações ainda este ano

Uma semana após a reunião comVianna, o subsecretário de RecursosHumanos, Miguel Lessa, reafirmou queas fundações serão implementadas esteano. A declaração foi dada a dirigentesdo Sindicato durante visita de SérgioCôrtes e assessores ao Hospital RochaFaria, na Zona Oeste, no dia 17.

Todos os novos contratados serãoregidos pela CLT (Consolidação das Leisdo Trabalho). "A verdade é: eles nãoquerem mais funcionário público", criti-cou, durante a audiência com Vianna, oservidor Deralvino Pinto da Silva Filho,do Hospital Albert Schweitzer.

Cabral quer militarizar UPAs

O subsecretário César Vianna tam-bém disse aos servidores que 100% docorpo clínico das Unidades de Pronto-Atendimento será militarizado após aseleições de outubro. "Todo corpo clínicodas UPAs será ocupado por militares doCorpo de Bombeiros", disse.

Do lado de fora da secretaria, servi-dores e usuários criticavam a políticaadotada no setor. "Será que as 40 UPAsvão resolver todos os problemas da saú-de?", questionou Gilberto Mesquita, ser-vidor do Hospital Pedro II e diretor doSindsprev-RJ.

Servidores na Rio Branco no dia 16 de setembro (acima e no alto); abaixo àesquerda, ato em frente à Secretaria de Saúde: Cabral quer privatizar saúde

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4� 22 DE SETEMBRO DE 2008

Por Olyntho Contente

governo Lula deumais um golpe contraos servidores do

INSS. Desta vez, foi a edição da Medi-da Provisória 441. A MP traz o conteú-do dos acordos de dezenas de categori-as do serviço público, mas no caso doINSS reserva uma surpresa: determinaque se inicie imediatamente a jornadade 40 horas, prevendo para, a partir dejunho de 2009, a opção pelas 30 horas,mas com redução salarial.

Lula inverteu o acordo. Assinado em23 de julho último, o documento previacarga horária de 40 horas no INSS só apartir de junho de 2009, mesmo assim,após discussão de um processo de tran-sição no Grupo de Trabalho do SeguroSocial. A MP prevê, ainda, que o servi-dor que em 2009 optar por 30 horas sópoderá decidir mais tarde voltar às 40horas caso ‘haja interesse’ da Adminis-tração, numa tática de pressionar: ou 40horas, ou perdas salariais.

Luta pelas 30 horas continua

A Medida Provisória nega tambémo direito à opção aos servidores doINSS cedidos a outros órgãos da ad-ministração pública. No caso dos quese encontram na Receita (RFB), abreuma “janela” no Plano Especial de Car-gos do Ministério da Fazenda (que cons-ta da 441), permitindo a opção dos queainda não o fizeram, de retorno aos seus

Lula descumpre acordo do INSS eedita MP com 40 horas, já

órgãos de origem (art 257, parágra-fo 1 e 2).

A Fenasps e todos os sindicatos aela filiados, entre eles o Sindsprev/RJ, reafirmam a disposição da categoria delutar pela manutenção da conquista his-tórica das 30 horas colocando esta dis-cussão como tema central do debate de

Ato de assinatura do acordo do INSS, em 23/07, com a presença do MinistroPimentel e representantes da Fenasps: mais um descumprimento do governo

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negociação. Não se trata de uma sim-ples mudança no horário de trabalho dosservidores, trata-se de saúde do traba-lhador, de qualidade no atendimento,condições ideais de trabalho, realizaçãode concursos e abertura de novos pos-tos. Enfim, o que está em jogo é o futu-ro da Previdência Social.

Pelo acordo, transição seria discutida noGT, com prazo até junho de 2009

Lula tambémdescumpre

data depagamento

Por André Pelliccione

mais umdescumpri-mento doacordo, oMinistério

do Planejamento, Orçamento eGestão informou, no último dia19/09, que ‘não será possível’ in-cluir, na folha de setembro, o pa-gamento do reajuste previsto noacordo do INSS para os servido-res do Instituto. A alegação foi a‘amplitude’ da Medida Provisória(MP) 441. É a terceira vez, desdea assinatura do Acordo do INSS,que o governo federal descumpreo prometido. Primeiro, ao deixara edição da MP do acordo parao último dia de agosto. Depois,ao impor as 40h já, no texto daMP 441. E, agora, ao não incluirna folha o reajuste da GDASS(para ativos e aposentados) pre-visto no acordo. O Sindsprev/RJcontactou a Gerência RegionalSudeste do Instituto, que com-prometeu-se a realizar um esfor-ço conjunto com o RH das Gerên-cias Executivas do Estado e dopaís na tentativa de incluir o re-ajuste na folha de setembro, massem o retroativo. A Fenasps e sin-dicatos continuam pressionandoo Planejamento para que nãohaja atrasos no retroativo.

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s trabalhadores da Funasaconquistaram a extensãoda gratificação que subs-

tituiu a indenização de campo (Geceme Gacem) para a parcela da catego-ria que havia sido excluída por estardesviada de função. A extensão foiincluída na Medida Provisória 441.

É uma vitória que só foi possívelapós o Sindsprev-RJ e a federaçãonacional (Fenasps) contestarem emBrasília o fato de o acordo assinadopelas entidades governistas ligadas àCUT ter permitido tal discriminação.

Permanecem de fora, porém, tra-balhadores com funções administra-tivas mas que atuavam no campo. OSindsprev e a Fenasps seguirão lu-tando para que também eles sejamincluídos na medida.

Há ainda outros problemas rela-cionados à gratificação que precisamser solucionados. Os principais são:o critério de reajuste da gratificação,que o Sindsprev defende que volte aser vinculado às diárias, como acon-

Ações políticas e jurídicas doSindicato chama a categoria a se mobilizar; em outubro, haverá caravana a Brasília

Mobilização conquista extensão da gratificação decampo e luta agora é para mudar MP 441

valor nominal do benefício em fun-ção do Imposto de Renda e da con-tribuição previdenciária; a carênciade 12 meses para que servidoresestatutários possam recebê-la nas fé-rias e licenças; e a questão da incor-poração do valor à aposentadoria.

A maior parte destas questões étratada nas emendas à MP 441, pre-paradas pelo Sindsprev e Fenasps elevadas a deputados em Brasília.

Regularização dos512 trabalhadores

A pressão do Sindsprev e daFenasps pela regularização dos 512reintegrados, cuja situação ficou pen-dente, está próximo de uma solução.

O Ministério do Planejamento jádeu sinal verde. E o coordenador deRecursos Humanos da Funasa,Adalberto Fulgêncio, disse a dirigen-tes do Sindsprev que só aguarda oenvio da lista pela coordenação do Rio.

FUNASA

Funasa na passeta unificada dos servidores, no dia 16, no Centro do Rio

tecia com a indenizaçãode campo; redução doO

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�522 DE SETEMBRO DE 2008

Por Olyntho Contente

ara intensificar a lutaem defesa do serviçopúblico, contra as fun-

dações de direito privado e pelo cum-primento dos acordos da Seguridade edo Seguro Social, a Federação Nacio-nal dos Trabalhadores em Previdência,Saúde e Trabalho (Fenasps) aprovouum calendário de mobilizações paraoutubro. Ele unifica as mobilizações dosservidores do INSS com os da Saúde,Ministério da Previdência Social, Tra-balho e Funasa, atingidos, de uma for-ma ou de outra, pelos ataques do go-verno Lula a seus direitos.

Tanto servidores do Seguro quantoda Segridade Social lutam pela reposi-ção das perdas salariais, plano de car-reira, respeito às 30 horas, incorpora-ção das gratificações e outras reivindi-cações históricas, como também pelaaprovação das emendas apresentadaspela federação nacional à Medida Pro-visória 441. As emendas foram apre-sentadas em 4 de setembro, mas nãoforam analisadas devido ao esvaziamen-to do Congresso Nacional, em funçãodas eleições municipais.

Emendas do INSS

Das emendas da Fenasps à MP441, seis dizem respeito ao INSS: a quegarante o direito à opção pela jornadade 30 horas sem redução salarial; a queenquadra automaticamente na Carrei-

Saúde, INSS, MPS e Trabalho têmcalendário de lutas unificado

ra do Seguro Social os servidores queperderam o prazo de opção pela mes-ma; a que estabelece a progressão detrês referências para todos; a que dis-põe sobre o pagamento de gratificaçãode desempenho a servidores cedidos;e a que garante um piso para a pontua-

ção dos ativos igual à dos aposentados.

Saúde, Trabalho,MPS e Funasa

As demais estão ligadas à Saúde,ministérios da Previdência Social e doTmabalho e haviam sido rejeitadas na

votação da MP 431 (que impôs umatabela salarial elaborada pelas costasdas categorias, pela CUT, CNTSS,Condsef e governo) na Câmara e noSenado. São elas: reabertura do prazode adesão à carreira da seguridade so-cial, que dá direito ao recebimento dasparcelas dos 47,11%; extensão daGecen (reintegrados) e da Gacen (efe-tivos) para todos da Fundação Nacio-nal de Saúde; paridade entre ativos eaposentados; antecipação das parcelasrestantes dos 47,11%, entre outras.

Servidores federais

Também será retomada, em outubro,a luta unificada dos servidores públicosfederais. Neste sentido está prevista umaplenária dos SPFs em Brasília, nos dias11 e 12 de outubro, e uma Marcha dosServidores Federais pela reposição dasperdas salariais, pelo fim da avaliaçãoindividual de desempenho, incorporaçãodas gratificações e contra as fundaçõesde direito privado.

“É importante a rearticulação daCoordenação Nacional dos ServidoresPúblicos Federais (CNESF), o que sig-nifica a reunificação da luta dos servi-dores públicos federais”, avaliou o di-retor do Sindsprev/RJ, Júlio Tavares.“Voltaremos a discutir o índice de rea-juste para todo o funcionalismo e ou-tras reivindicações que unificam, rom-pendo com a lógica do governo Lula deutilizar todos os meios, entre eles grati-ficações diferenciadas, para dividir a lutados federais”, afirmou o dirigente.

Incorporação das gratificações, antecipação das parcelas dos 47,11%, manutenção das 30h e reabertura do prazo paraadesão à carreira são algumas das reivindicações na seguridade e seguro social

Calendário� 11/10 – Plenária da Fenasps� 11 e 12/10 – Plenária dos SPF’s.� 13/10 – Plenária do SUS.� 14/10 – Marcha da Seguridade eSeguro Social, em Brasília.� 15/0 - Marcha dos SPF’s, emBrasília.O

Sindsprev-RJ luta no campopolítico e jurídico, junto com acategoria, para que os direi-tos e reivindicações da baseda Funasa sejam respeitados.

Como parte da pressão política, umacaravana está sendo convocada paraparticipar, no dia 15 de outubro, de umato com vigília em frente ao Ministériodo Planejamento, em prol das reivindi-cações da campanha salarial. No diaseguinte, haverá mobilizações gerais dosservidores públicos pela implementaçãodas carreiras, das quais os trabalhado-res da Funasa também vão participar.

A próxima reunião do Grupo de Tra-balho da Funasa no Sindsprev será dia29 de setembro, às 16h, no sindicato.

Abaixo, um resumo de algumasações. A íntegra está no jornal especialda Funasa, disponível na internet(www.sindsprevrj.org.br).

Regime estatutário - O Sindsprev vematuando em Brasília para que, no julga-mento da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade nº 2135, os reintegrados da

Funasa sejam reenquadrados no regimeestatutário, o RJU. Memorial sobre a situ-ação da categoria foi entregue ao STF.

Resíduo do passivo - O Sindsprev estácom ações individuais no Juizado Espe-cial para cobrar o pagamento da corre-ção monetária das 24 parcelas do passi-vo relativo à reintegração. Para participar,o interessado deve se dirigir à sede dosindicato (rua Joaquim Silva, 98, Lapa),munido de cópias da identidade, CPF,comprovante de residência (luz, tel, gásetc.) e contracheque atual.

Indenização de campo - Duas açõesjudiciais cobram valores retroativos refe-rentes à indenização de campo:

1) o processo nº 2007.51.01.003391-2está na 6ª Vara Federal. A ação pedeque a Lei 8.270/91 seja cumprida e oreajuste dado às indenizações em 2002retroaja em dez anos.

2) O outro processo, de nº 01626.2007.070.01.00.3, está na 70ª Vara Tra-balhista e cobra para os celetistas a apli-cação do Decreto 5.554/2005, que rea-justou a indenização a partir de outubrode 2005. Ações individuais defendem omesmo direito para os servidores esta-tutários da Funasa.

A direção da CapSaude assegu-rou que nenhum trabalhador será pre-judicado pelo não desconto da men-salidade nos contracheques. Inde-pendente disso, o Jurídico do sindi-cato prepara mandado de seguran-ça para que nenhum trabalhador sejaprejudicado.

A CapSaude também disse queparcelará em três vezes a dívida dequem não foi descontado. Já o Mi-nistério do Planejamento, com rela-ção à margem de consignação, in-formou que a "solução" encontradaserá dar à participação no plano desaúde tratamento similar às contri-buições compulsórias - não se limi-taria mais à margem de 30% da re-muneração.

Para o Sindsprev, isso resolve oproblema dos bancos, ao garantirmargem para as parcelas dos em-préstimos, mas não dos trabalhado-res, que teriam fatia maior do salá-rio descontada.

CapSaude diz a dirigentesdo Sindsprev que

ninguém será excluído

Sindsprev defendem trabalhadores da Funasa

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6� 22 DE SETEMBRO DE 2008

Hospital de Teresópolispode suspenderpronto-atendimento

O Hospital das Clínicas ConstantinoOttaviano, de Teresópolis, pode suspen-der o serviço de pronto-atendimento se aPrefeitura não repassar recursos para ar-car com as despesas da unidade. De acor-do com dirigentes da Regional Serrana, omunicípio deve R$ 2 milhões, que estãosendo repostos pela própria unidade. Amedida visa a impedir a falta de profissio-nais na emergência, a redução de cirurgi-as eletivas e a realização de triagem, paraatender somente pacientes com risco demorte. O HCTCO destina 182 leitos aosSUS, e é a única emergência aberta 24horas na cidade.

Por Hélcio Duarte Filho

posentados da seguridadesocial fizeram, na manhã

do domingo de 14 de setembro, manifesta-ção na orla de Copacabana na qual critica-ram as políticas dos presidentes da Repú-blica das duas últimas décadas para o se-tor. O protesto, que teve o apoio de algunsservidores da ativa, defendeu a paridade ea isonomia de tratamento para trabalhado-res da ativa e aposentados.

Carta distribuída à população afirmavaque Lula, FHC e Fernando Collor adotarammedidas que, combinadas, discriminaram osaposentados e pensionistas e fizeram des-tes um dos segmentos mais prejudicadospelas políticas neoliberais. "Os aposentadosforam colocados à margem", afirmou EditeAlves, diretora da Secretaria de Aposenta-dos e da 3ª Idade do Sindsprev-RJ.

Apesar das críticas aos governantes emgeral, as palavras de ordem mais cantadastiveram como alvo o atual presidente."Aposentados na rua, Lula a culpa é sua",gritavam os manifestantes.

Sem desanimar apesar da chuva finaque caiu ao final do protesto, encerrado porvolta de meio-dia, eles percorreram emquase duas horas os cerca de quatro quilô-metros da avenida Atlântica que separamo início do Leme do Posto 6.

Defesa do fim do fatorprevidenciário

A um mês de completar 70 anos, a apo-sentada Maria Edinauva da Silva deixou delado o "desânimo causado pelos sucessi-vos governos que ludibriaram os aposenta-

“Precisamos de10 vezes mais

aposentados noato dos 28%”,diz servidora

Os aposentados pre-cisam comparecer empeso à manifestação quedeverá ser convocada paraoutubro e que exigirá daJustiça Federal o paga-mento das ações dos28%. É o que alerta EditeAlves, diretora da Secre-taria de Aposentados e da3ª Idade do Sindsprev-RJ.

Ela justifica a preocu-pação: pelo menos 60%dos servidores incluídosnas ações dos 28%, afir-ma, são aposentados."Precisamos ter neste atopelo menos dez vezesmais [aposentados] quetivemos aqui", disse, logoapós o encerramento dacaminhada em Copaca-bana. "Cada vez mais oaposentado precisa seconvencer de que ele temque abandonar tudo e sairpara as ruas para lutarpela aposentadoria dele,porque senão ele vai mor-rer de fome", disse Edite.

A data do ato pelos28% será divulgada assimque for marcada pela dire-ção do Sindicato. (HDF)

Caminhada em Copacabana exige isonomiae fim da discriminação contra aposentados

Servidores defendem a unidade de todos os aposentados de todas asáreas em defesa do direito à aposentadoria

dos" e foi caminhar em Copacabana."Estamos lutando por um direito nosso, nos-sos rendimentos não dão mais para nossasnecessidades", disse.

A carta distribuída na orla defendia,além da isonomia, o fim do fator previ-denciário, mecanismo adotado por FHC emantido por Lula que reduz o valor das apo-sentadorias na hora do INSS conceder obenefício aos segurados. "Um aposentadoda Previdência pode perder até 60% de seusalário quando se aposenta", afirmou Ma-ria Celina de Oliveira, também dirigente doSindsprev.

A carta conclamava ainda a união en-tre todos os aposentados, de todos os seto-res, na luta contra a discriminação. "Os apo-sentados de todos os segmentos públicos,federal, estadual e municipal, ou da Previ-dência: todos perdem, uns mais outros me-nos, mas todos perdem", disse Celina. Elacalcula que as perdas do aposentado dasaúde federal já cheguem a 40% da apo-sentadoria em relação a quem está na ati-va. "O governo não dá aumento salarial, dágratificação e aí tem a exclusão", disse.

Não só aposentados estiveram na ca-minhada. Alguns servidores da ativa tam-bém participaram. "Eu sou o aposentado deamanhã, por isso estou aqui, solidário", dis-se Maurício Mendonça, dirigente da Regi-onal do Sindsprev na Leopoldina.

O vereador do Rio Eliomar Coelho(PSOL) esteve na atividade para apoiar areivindicação dos aposentados. "Mais doque uma luta legal e legítima, é uma ques-tão humanitária. Os aposentados estão sen-do tratados como lixo pelos governantes",disse à reportagem deste jornal.

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Veteranos da seguridade mostraram disposição de luta

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Morre Margarida,diretora do Sindsprevnos anos 90

A direção do Sindicatocomunica, com profundopesar, o falecimento deMargarida Maria Ribeiro deSouza, servidora aposen-tada do INSS e diretora doSindsprev-RJ por doismandatos na década de1990. Margarida faleceuno dia 31 de agosto, em decorrência doagravamento de seu estado de saúde. Mi-litante das lutas da seguridade social edos trabalhadores em geral, Margaridaparticipou do movimento de fundação doSindsprev e liderou a luta pelo reenqua-dramento dos arquivistas e da organiza-ção dos aposentados no sindicato.

Oficinas de teatro A Secretaria Sócio-Cultural do

Sindsprev-RJ está promovendo oficinasde teatro, sob a orientação do diretor tea-tral Eduardo Carneiro.

A primeira, voltada exclusivamentepara a 3ª Idade, estava prevista para ocor-rer no dia 24 de setembro, das 14 às 16horas (esta edição fechou antes destadata). Outras informações com Márciaou Eduardo (21-34788244).

Festa para as Crianças O Dia das Crianças

será de festa noSindsprev-RJ. A crian-çada, e os respecti-vos papais e ma-mães, estão convi-dados para come-morar a data – 11de outubro, sába-do, às 14h – nasede do sindicato.Haverá brincadei-ras e sorteio de brinquedos.

Seminário Unegro Dirigente do Núcleo do Sindsprev em

Curicica e da Regional Jacarepaguá, LuisCarlos Coelho também participou da or-ganização do 1º Seminário de Matriz Afri-cana da Unegro (União dos Negros PelaIgualdade), no dia 23/08, em Sepetiba.Faltou a informação no texto publicadona edição passada. Ele é dirigente doPólo Sepetiba da Unegro.

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�722 DE SETEMBRO DE 2008

PREFEITURA DE CAMPOS

Sindsprev-RJ encami-nhou ofícios à Funda-ção José Pelúcio e àempresa Facility ques-

tionando o motivo pelo qual não paga-ram os encargos trabalhistas dos funcio-nários terceirizados demitidos da Prefei-tura de Campos. No mês passado, 400funcionários da área da saúde foram dis-pensados em cumprimento ao termo deajuste de conduta assinado com o Minis-tério Público, o Ministério do Trabalho ea Justiça do Trabalho. Inicialmente, oacordo previa a demissão de 40% dostrabalhadores, no final de junho, e 60%,em 31 de dezembro deste ano.

Sindicato exige explicações sobre demissõesSegundo o diretor do Sindicato

Wallace Oliveira, a entidade quer que aempresa informe os critérios utilizadosna demissão e pague o aviso prévio edemais encargos trabalhistas aos funci-onários dispensados. O sindicalista ex-plica que os demitidos não receberamnem aviso prévio, e muitos estavam emlicença-médica e grávidas, períodos emque a dispensa não é permitida.

- Não somos contra concurso pú-blico. Pelo contrário. Defendemos oconcurso com provas e títulos, de for-ma que os mais experientes e capaci-tados tenham mais chance de seremaproveitados.

Antes das demissões, trabalhavam6.400 terceirizados na Prefeitura deCampos – na saúde eram 1.700 -, al-guns com até 20 anos de serviçosprestados . As dispensas foram de-terminadas em ação civil públicaimpetrada em abril de 2005, mas sãocontestadas pelo procurador geral deCampos, Marcelo Rangel de Carva-lho, que recorreu ao Supremo Tribu-nal Federal (STF). O recurso estásendo analisado pela ministra CarmemLúcia. Recentemente, o STF julgouprocedente ação do Estado do Ama-zonas que argüi a ilegalidade nas de-missões de servidores.

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Por Olyntho Contente

1º Fórum de Trabalha-dores do PSF, Agentes

Comunitários de Saúde e de Combatea Endemias, realizado dia 28 de agostoúltimo, no auditório do Sindsprev/RJ,atingiu parcialmente seus objetivos aopermitir a troca de experiências entreos trabalhadores da categoria em todoo estado, a melhor organização da sualuta, bem como pressionar o governo doEstado a se movimentar para cobrar dasprefeituras fluminenses a regulamenta-ção de ACS e ACEs. A avaliação é deJane Amaral, Coordenadora do Depar-tamento de Estratégia do Programa deSaúde da Família, ACS e ACEs do Sin-dicato.

“A ausência de representantes doMinistério Público do Trabalho, do Tribu-nal de Contas do Estado e do MinistérioPúblico Estadual não permitiu que o even-to atingisse plenamente a sua finalidade”,afirmou a dirigente. “Defendemos que ogoverno do Estado assine com o Ministé-rio Público e as prefeituras um termo deajuste de conduta (TAC), no qual elas secomprometam com a regulamentaçãoimediata destes milhares de trabalhado-res que prestam um serviço importante àpopulação”, acrescentou. Participaram doFórum, como representantes do governodo Estado, Denise Vieira, da Coordena-ção de Apoio e Gestão; e Renata PascoalFarias, da Superintendência de AtençãoBásica e Gestão de Cuidado; além de re-presentantes da Escola Técnica de Saú-de Izabel Santos.

Pressão

Jane acrescentou, no entanto, quea pressão sobre as autoridades presen-tes ao Fórum surtiu efeito. “Constata-mos que a Superintendência de Aten-ção Básica e Gestão e a Coordenaçãode Apoio e Gestão do Estado, visitaramas prefeituras de Campos, BelfordRoxo, São João de Meriti, Rio Bonito eSão Gonçalo, cobrando a regulamenta-ção”, afirmou a dirigente. Mas foi apressão dos trabalhadores que fez comque a Prefeitura de São Gonçalo envi-asse e aprovasse na Câmara de Verea-dores lei regularizando a situação fun-cional dos ACS e ACEs da cidade.

A opinião geral dos trabalhadoresdos municípios que participaram doFórum é a de que só a mobilização farácom que o governo Cabral cobre dasprefeituras a regularização determina-da pela Emenda Constitucional 51 epela lei 11.350. O estado do Rio é umdos mais atrasados neste sentido, porinteresse dos prefeitos e omissão do go-verno do estado. À exceção de NovaIguaçu, Paracambi, Mesquita, São Gon-çalo e Itaboraí, na esmagadora maioriados municípios fluminenses a regulamen-tação funcional ainda não avançou.

Fórum de ACS e ACEs pressiona por regularização

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Uso político

Segundo denúncias feitas duranteo Fórum, os prefeitos tem usado o ex-pediente de demitir ACS e ACEs comsituação funcional ainda não regulari-zada para fazer uso eleitoral dos car-gos, empregando cabos eleitorais. Ou-tra grave denúncia é do assédio moraldos gestores municipais sobre os tra-balhadores e o desrespeito aos direitostrabalhistas básicos. Na maioria dasvezes são obrigados a trabalhar das 8às 19 horas, não têm direito a férias,nem a vale-alimentação ou vale-trans-porte. Estes direitos estariam garanti-dos, caso a situação funcional fosse re-gulamentada.

Ao lado, públicoatento quemarcou todos osmomentos doFórum realizadono auditório nobredo Sindsprev

ACS de São Gonçaloconquistam a efetivação

Audiência em São Gonçalo, em junho, que debateu regulamentação

Os agentes comunitários desaúde de São Gonçalo conseguiramregularizar a situação funcional dacategoria. No dia 5 de setembro úl-timo, a Câmara Municipal publicoua Lei nº 173/2008, que cria o empre-go público de agente comunitário desaúde, sujeito às normas da CLT(Consolidação das Leis do Traba-lho). É uma vitória da categoria e doSindsprev-RJ. "Foram sete anos deluta", resume Jane Amaral, agentede saúde e diretora do sindicato.

Todos os 1.050 agentes que fi-zeram o concurso e estão trabalhan-do serão enquadrados como empre-gados públicos. Outros 300 que nãopassaram pela seleção ficam comcontrato administrativo temporárioaté que novo processo seletivo sejarealizado.

A partir da efetivação, os traba-lhadores passam a ter FGTS, fériasremuneradas e contracheque, direi-tos básicos dos quais estavam ex-cluídos. Mas o sindicato alerta: ain-da há a questão dos salários e aisonomia com os estatutários.(HDF)

Debates apontaram a necessidade depressão pela regulamentação funcional

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8� 22 DE SETEMBRO DE 2008

CONCURSADOS DE 2005

Concursados lutam pelo legítimodireito de serem convocados nasunidades federais de saúde

Protesto contra tortura, realizado emagosto, no Rio, por estudantes

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Por Mário AugustoJakobskind

m tema importante ul-timamente tem ocupado espaços namídia e provocado debates, sobretudoem função dos recentes pronunciamen-tos dos Ministros Tarso Genro, da Jus-tiça, e Paulo Vanucchi, da Secretaria dosDireitos Humanos, e as respostas compronunciamentos raivosos de antigosapoiadores militares do golpe de 64. Otema é polêmico, mas o noticiário emtorno da questão nos países vizinhos nãotem tido tanta divulgação como deve-ria, inclusive para se ter mais elemen-tos no sentido de formar uma opiniãosobre o tema.

Enquanto no Uruguai, na Argentinae no Chile a Justiça julga crimes de as-sassinatos e torturas cometidas por ci-vis e militares naquele período ditatori-al, no Brasil o tema continua sendo con-siderado tabu. No Uruguai, até um ex-presidente, Juan Maria Bordabery, estápreso por ser responsável por um golpede estado que provocou violações dedireitos humanos.

Políticos moderados e que algum diacompactuaram com a ditadura procuramimpor o ponto de vista de que ‘o queaconteceu pertence ao passado’, como

No Cone Sul, torturas e assassinatos são crimes imprescritíveis

disse recentemente o Senador JoséSarney.

Na Argentina, além da punição demilitares de alta patente responsáveispor violações de direitos humanos, re-centemente foi preso, na província deBuenos Aires, um cidadão de nomeNelson Bardesio, um ex-policíal agenteda CIA estadunidense e integrante do

esquadrão da morte uruguaio, que agiano início dos anos 70, responsável porvários assassinatos, torturas, desapare-cimentos e atentados. A Justiça uruguaiaque investiga o desaparecimento do jo-vem Héctor Castagnetto, no início de1972, pediu a extradição de Bardesio.

Além de integrar os esquadrões damorte, que funcionavam coordenadoscom a polícia, e na qualidade de fotó-grafo da corporação, Bardesio agia no

Aeroporto de Carrasco, tirando fotos deviajantes suspeitos de serem de esquer-da. O material recolhido era encaminha-do ao escitório da CIA em Montevidéu,onde circulou também Dan Mitrione,agente estadunidense especializado emtorturas* que acabou sendo julgado econdenado a morte pelos Tupamaros.

Documentos da CIA recentementetornados públicos mostram que os es-quadrões da morte contaram com acolaboração de policiais uruguaios e dosserviços de inteligência da Argentina,Brasil e Paraguai, na chamada Opera-ção Cóndor. Os documentos evidenci-am ainda que vários outros policiais dosesquadrões da morte eram tambémagentes da CIA e que os Estados Uni-dos financiavam o grupo terroristainstitucional.

A extradição deste ex-membro dosesquadrões da morte para o Uruguai foipedida porque a Justiça daquele paísconsidera que crimes como os que fo-ram cometidos pelo ex-agente da CIAsão imprescritíveis, ou seja, devem serjulgados em qualquer época, indepen-dente de quando as violações dos direi-tos humanos ocorreram.

(*) Mitrione foi condecorado pelapolícia de Belo Horizonte ondeensinou a torturar presos políticos.

TOTURA NUNCA MAIS

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OPor Olyntho Contente

s concursados doshospitais da rede fe-

deral do Rio de Janeiro decidiram, emassembléia realizada no auditório doSindsprev/RJ, no último dia 17, aumen-tar a pressão sobre o governo Lula paraque o ministro José Gomes Temporãoconvoque os mais de 16 mil aprovadose classificados no concurso de 2005.Além de aprovar um calendário de lu-tas que prevê caravanas a Brasília emsetembro e outubro, decidiram acionaro Ministério Público Federal para queobrigue o governo a fazer a convoca-ção e investigar a ocupação das vagasexistentes nos hospitais por empresasterceirizadas.

“O concurso foi feito em 2005.Dele, participaram 150 mil pessoas,sendo classificadas 25 mil, das quaisapenas 5.520 convocadas até agora.Nossa luta é para que estes trabalha-dores que faltam sejam chamados paratrabalhar nas quatro unidades federaispara as quais o concurso foi realizado:Hospital de Traumatologia e Ortope-

Concursados da Saúde Federal decidemaumentar pressão sobre o governo

dia, Hospital Geral de Bonsucesso,Hospital dos Servidores do Estado eInstituto Nacional de Cardiologia deLaranjeiras”, explicou a diretora doSindsprev/RJ Edna Theodoro.

Comissão vai a BrasíliaA assembléia elegeu uma comis-

são para ir a Brasília agora em setem-bro, tentar audiência com os ministrosda Saúde, Temporão, e do Planejamen-to, Paulo Bernardo. A comissão entre-gará, ainda, carta a senadores e depu-tados, cobrando uma solução para ocaso. Solicitarão, também, a organiza-

ção de uma audiência pública no Con-gresso Nacional, que convidará Tem-porão a esclarecer a questão.

Os trabalhadores farão uma novacaravana à capital federal, de 9 a 16de outubro, para manter a pressão.Para organizar as atividades da cara-vana será feita uma nova assembléiano dia 3 de outubro.

Número reduzidode servidores

Edna lembrou que há falta de ser-vidores em todos estes hospitais fede-rais, tanto que o Ministério da Saúdecontratou 9.500 prestadores de servi-ço para tentar cobrir as necessidades.“Se tem dinheiro para contratar empre-sas terceirizadas, tem para substituí-laspor servidores que se prepararam, pres-taram concurso, passaram e estãoaguardando convocação há três anos”,argumentou. A dirigente lembrou que,além da convocação dos mais de 16 milaprovados, é necessário um novo con-curso para preencher as vagas existen-tes nos hospitais federalizados: Andaraí,Lagoa, Ipanema e Cardoso Fontes.