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CENTRO DE ESTUDOS SOMA Funções sintáticas 1. Sujeito: Simples é composto por apenas um grupo nominal ou pronome. Ex.: O João sai da escola. Ele sai da escola. Composto é constituído por mais do que um grupo nominal ou pronome. Ex.: Eu e a Alice vamos à escola. Eu e ela vamos à escola. Nulo subentendido não tem realização lexical, mas o referente é recuperável textualmente ou pela pessoa verbal. Ex.: Bati (eu) à janela. Vamos (nós) a Lisboa. Nulo indeterminado não tem realização lexical, não tem referência definida e pode ser substituído por perífrases como alguém, há pessoas ou há quem. Ex.: Alguém bate à porta. Diz-se que este inverno vai ser muito frio. Nulo expletivo surge em frases com verbos impessoais e não tem qualquer interpretação. Ex.: Amanheceu muito cedo. Nevou na Serra da Estrela. 2. Predicado: É a função sintática do constituinte da frase que seleciona os restantes constituintes que nela ocorrem e é desempenhada pelo grupo verbal. É formado pelo verbo e restantes complementos. Ex.: Ela escreveu um postal aos pais . A Maria acordou . 3. Predicativo do sujeito: Função sintática desempenhada pelo constituinte que ocorre em frases com verbos copulativos, que predica algo acerca do sujeito. Os verbos copulativos são: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se, revelar-se. Ex.: A Gabriela é minha aluna . Eles pareciam felizes . 4. Complemento direto: Pode ser selecionado por um verbo transitivo direto (pergunta-se ao verbo “o quê?”) Ex.: Ela escreveu uma carta aos pais. Ela comprou estas revistas . 5. Predicativo do complemento direto: Função sintática desempenhado pelo constituinte selecionado por um verbo transitivo- predicativo (como achar, chamar, considerar, julgar, tratar, eleger, nomear) que predica algo acerca do complemento direto. Ex. Os professores acham o aluno simpático . Todos consideram o Filipe um amigo extraordinário . 6. Complemento indireto: Complemento selecionado pelo verbo, que tem a forma de grupo preposicional e pode ser substituído por pronomes pessoais lhe/lhes. Esta função sintática é também desempenhada pelo pronome pessoal (me/te/lhe/nos/vos/lhes). Por isso, pergunta-se ao verbo: “a quem?” Ex.: Ela escreveu uma carta aos pais . A Mariana telefonou à avó .

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Page 1: Funções-sintáticas

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Funções sintáticas

1. Sujeito:

Simples é composto por apenas um grupo nominal ou pronome. Ex.: O João sai da escola. Ele

sai da escola.

Composto é constituído por mais do que um grupo nominal ou pronome. Ex.: Eu e a Alice

vamos à escola. Eu e ela vamos à escola.

Nulo subentendido não tem realização lexical, mas o referente é recuperável textualmente

ou pela pessoa verbal. Ex.: Bati (eu) à janela. Vamos (nós) a Lisboa.

Nulo indeterminado não tem realização lexical, não tem referência definida e pode ser

substituído por perífrases como alguém, há pessoas ou há quem. Ex.: Alguém bate à porta.

Diz-se que este inverno vai ser muito frio.

Nulo expletivo surge em frases com verbos impessoais e não tem qualquer interpretação.

Ex.: Amanheceu muito cedo. Nevou na Serra da Estrela.

2. Predicado:

É a função sintática do constituinte da frase que seleciona os restantes constituintes que

nela ocorrem e é desempenhada pelo grupo verbal. É formado pelo verbo e restantes

complementos.

Ex.: Ela escreveu um postal aos pais. A Maria acordou.

3. Predicativo do sujeito:

Função sintática desempenhada pelo constituinte que ocorre em frases com verbos

copulativos, que predica algo acerca do sujeito.

Os verbos copulativos são: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se,

revelar-se.

Ex.: A Gabriela é minha aluna. Eles pareciam felizes.

4. Complemento direto:

Pode ser selecionado por um verbo transitivo direto (pergunta-se ao verbo “o quê?”) Ex.:

Ela escreveu uma carta aos pais. Ela comprou estas revistas.

5. Predicativo do complemento direto:

Função sintática desempenhado pelo constituinte selecionado por um verbo transitivo-

predicativo (como achar, chamar, considerar, julgar, tratar, eleger, nomear) que predica

algo acerca do complemento direto. Ex. Os professores acham o aluno simpático. Todos

consideram o Filipe um amigo extraordinário.

6. Complemento indireto:

Complemento selecionado pelo verbo, que tem a forma de grupo preposicional e pode ser

substituído por pronomes pessoais lhe/lhes. Esta função sintática é também desempenhada

pelo pronome pessoal (me/te/lhe/nos/vos/lhes). Por isso, pergunta-se ao verbo: “a quem?”

Ex.: Ela escreveu uma carta aos pais. A Mariana telefonou à avó.

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7. Complemento oblíquo:

Complemento selecionado pelo verbo, é um constituinte obrigatório e pode apresentar a

forma de grupo preposicional ou de grupo adverbial. Ex.: A semana passada fui ao Porto. À

saída do cinema, parecia que todos tinham gostado do filme.

8. Complemento agente da passiva:

Função desempenhada por um grupo preposicional, introduzido pela proposição por numa

frase passiva. Ex.: Isto foi feito por mim. O assaltante foi preso pela polícia.

9. Complemento do nome:

Complemento opcional selecionado por um nome (um nome pode selecionar mais do que um

complemento). Ex.:A oferta de livros às crianças é muito importante. A pesca baleeira tem

aumento de forma preocupante.

10. Modificador:

Função sintática desempenhada por constituintes não selecionados pelo verbo. O

modificador é um elemento opcional e a sua omissão não afeta a gramaticalidade da frase.

Ex. A multidão acatou a decisão do orador com serenidade. Vou agora levar os livros.

11. Modificador do nome restritivo:

Função sintática de um constituinte que limita ou restringe a referência do nome que

modifica. Ex. Os vizinhos simpáticos brincaram com as crianças. Os livros que estão em

cima daquela mesa são da biblioteca.

12. Modificador do nome apositivo:

Função sintática de um constituinte que não restringe a referência do nome que modifica.

Na escrita, estes modificadores são separados dos nomes a que se referem por vírgulas.

Ex.: Os vizinhos, simpáticos, brincaram com as crianças.

13. Vocativo

Função sintática utilizada em contextos de chamamento ou interpelação do interlocutor.

Ocorre frequentemente em frases imperativas, interrogativas e exclamativas. Ex.: Maria,

podes passar-me esse livro? Não repito o que disse, meus senhores!