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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO III SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP Marisa Gusmão ([email protected]) Henrique Ferreira ([email protected]) BIBLIOTECA DIGITAL E DOCUMENTO DIGITAL

FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO … · Segundo Flatschart (2014, p.39) o ePUB (Electronic Publication) publicação eletrônica é um padrão aberto de arquivo,

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO III SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP

Marisa Gusmão ([email protected]) Henrique Ferreira ([email protected])

BIBLIOTECA DIGITAL E DOCUMENTO DIGITAL

RESUMO

O presente trabalho tem a finalidade de abordar a temática da biblioteca digital, seus

recursos e acessibilidade para disseminar informação. Como também apontar sobre

documento digital e seus formatos. E apresentar casos de algumas bibliotecas

digitais, seus serviços e recursos oferecidos aos seus usuários. Do profissional

bibliotecário além de ter uma formação em biblioteconomia e ciência da informação,

tem que ter também um certo nível de aprendizado na tecnologia da informação e

comunicação para gerenciar uma biblioteca digital. Buscando falar sobre a biblioteca

digital e demonstrar casos de bibliotecas digitais existentes na web, projetos que

deram certo, com bibliotecas bem estruturadas e que tem um conteúdo muito bom,

que atende a demanda dos usuários. Esta é a era da informação, do

desenvolvimento tecnológico e grandes descobertas, a globalização e a internet, o

crescimento educacional e a necessidade por informação rápida, eficaz e crescente.

E será demonstrado alguns casos de bibliotecas digitais existentes na web, como a

Nuvem de livros, Arvore de livros e Minha biblioteca. Algumas das obras consultas

para biblioteca digital dos autores Ana Maria Tammaro e Alberto Salarelli, Ednei

Procópio, Murilo Bastos da Cunha e Luis Fernado Sayão. Para abordar as

habilidades do profissional bibliotecário utilizamos obras de autores como Helania

Oliveira Madureira e Lucia Regina Goulart Vilarinho. Neste trabalho foram

consultadas fontes como trabalhos acadêmicos, livros, artigos de revista e sites

especializados da área.

Palavras-chave: Biblioteca digital, Documentação digital; Casos de bibliotecas digitais.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Pagina principal da Nuvem de Livros..................................................20

Figura 2 - Pagina de pesquisa da Nuvem de Livros............................................21

Figura 3 - Pagina de vídeo informativo da Nuvem de Livros...............................22

Figura 4 - Pagina principal da Árvore de Livros..................................,................24

Figura 5 - Pagina de pesquisa Árvores de Livros...............................,................25

Figura 6 - Pagina de orientação Árvores de Livros........................................,.....26

Figura 7 - Pagina principal da Minha Biblioteca...................................................28

Figura 8 - Pagina de pesquisa e orientação........................................................29

Figura 9- Pagina de pesquisa Sistema SophiA Biblioteca..................................30

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 2 OBJETIVO................................................................................................................7 2.1 Objetivo geral...................................................................................................7 2.2 Objetivos específicos......................................................................................7 3 METODOLOGIA.......................................................................................................8 4 DOCUMENTO DIGITAL ….......................................................................................9 5 BIBLIOTECA DIGITAL ….......................................................................................13 6 CASOS DE BIBLIOTECAS DIGITAIS....................................................................17 6.1 Nuvem de livros..............................................................................................17 6.2 Árvore de livros..............................................................................................22 6.3 Minha biblioteca.............................................................................................26 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................30 REFERÊNCIA........................................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Esta é a era da informação, do desenvolvimento tecnológico e grandes descobertas, a

globalização e a internet, o crescimento educacional e a necessidade por informação rápida

e eficaz é crescente. Não se pode negar, ou ignorar, que a biblioteca digital agrega

conhecimento para que não se perca suas raízes, como livros impressos e obras raras, por

que não digitalizar e disponibilizar a todos os indivíduos, com rapidez e facilidade. Os

documentos digitais podem ser pesquisados e acessados através de bibliotecas digitais,

levando incentivo à leitura, a busca por conhecimento, em lugares remotos, com poucos

recursos ou ate trocando informação com outras comunidades, pelo mundo.

Não se pode desprezar o alcance do conhecimento que a biblioteca digital em conjunto com

a biblioteca tradicional pode obter. A preservação dos documentos para que não sejam

manipulados de forma errada e sejam danificados.

A qualidade e o processo dos documentos digitalizado e seus formatos, para que se possa

levar informação, o acesso remoto a qualquer lugar, a disponibilidade vinte quatro horas por

dia, sete dias por semana, com suporte e auxílio de um profissional bibliotecário fazem a

diferença em uma biblioteca digital.

O acesso por conta da internet faz com que se ganhe tempo e possa desenvolver o hábito a

leitura, que hoje apesar dos esforços, o retorno é pequeno, mas com o auxílio de uma

biblioteca digital a uma biblioteca tradicional, faz com que o usuário usufrua melhor.

Algumas bibliotecas digitais vêm se destacando na internet, pelos serviços e acessibilidade

que elas oferecem aos usuários, como é o caso, por exemplo, das bibliotecas Nuvem de

livros (http/www.nuvemdelivros.com.br/), Árvore de livros (http/www.arvoredelivros.com.br/) e

a Minha biblioteca (http/www.minhabiblioteca.com.br/).

É por estes motivos que queremos abordar e mostrar como a biblioteca digital e a

documentação digital, pode ajudar e influenciar no meio de comunicação e informação,

levando conhecimento para todos que a procuram.

O presente trabalho tem a seguinte estrutura:

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Objetivo Geral – abordar sobre biblioteca digital, documentação digital e casos de

bibliotecas na internet e seus serviços.

• Comentar sobre documento digita e seus formatos;

• Abordar sobre a acessibilidade e serviços da biblioteca digital;

• Apresentar e discutir casos de bibliotecas digitais como a Nuvem de livros, Arvore de

livros e Minha biblioteca.

No capítulo 4, a abordagem voltada para a documentação digital e seus formatos, utilizamos

livros e trabalhos acadêmicos e sites especializados em documento digitais e digitalização.

No capítulo 5, voltado para biblioteca digital, sobre acessibilidade, rapidez e eficiência na

recuperação da informação.

No capítulo 6 será demonstrado alguns casos de bibliotecas digitais existentes na web,

como a Nuvem de livros, Arvore de livros e Minha biblioteca, o que elas tem a oferecer para

os usuários, através de pesquisas nos sites das bibliotecas, artigos de revistas.

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2 OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é abordar sobre a biblioteca digital, sobre a acessibilidade,

rapidez e eficiência na recuperação da informação. Tratar sobre documentação digital e

seus formatos para conservar documentos. E mostrar casos de algumas bibliotecas que já

estão na internet, como a Nuvem de livros, Árvore de livros e Minha biblioteca e a

acessibilidade e serviços oferecidos.

2.1 Objetivo geral Mostrar que o processo da biblioteca digital pode auxiliar a biblioteca tradicional na

disseminação da informação, contribui para a democratização de informação e como

geradora de oportunidades. A questão documental e o processo do documento digitalizado.

Mostrar casos de algumas bibliotecas atuantes na web e seu processo para oferecer

serviços.

2.2 Objetivos específicos

• Comentar sobre documento digita e seus formatos;

• Abordar sobre a acessibilidade e serviços da biblioteca digital;

• Apresentar e discutir casos de bibliotecas digitais como a Nuvem de livros, Arvore de

livros e Minha biblioteca.

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3 METODOLOGIA

O trabalho no início através de pesquisa de bibliografia voltada para biblioteca tradicional e

digital, para entender o seu desenvolvimento e passamos a explanação do texto. Foram

consultadas fontes como trabalhos acadêmicos, livros, artigos de revista e sites

especializados da área.

Algumas das obras consultas para biblioteca digital de autores que abordam e discutem

sobre este mesmo tema, como Ana Maria Tammaro e Alberto Salarelli, Ednei Procópio,

Murilo Bastos da Cunha e Luís Fernando Sayão.

Neste trabalho foram consultadas fontes como trabalhos acadêmicos, livros, artigos de

revista e sites especializados da área.

Logo após passamos a buscar pelo conteúdo dos casos que foram apontados e escolhidos,

por ser a biblioteca que mais chamam a atenção na internet, por meio de artigos de notícias

e atualidades; através de contato por e-mail, material impresso e a na internet em sites das

próprias bibliotecas apontadas.

Precisamos lembras que foi enviado um questionario para as bibliotecas, para conhecer

mais sobre o conteúdo, sobre a estrutura e a plataforma utilizada, para que fosse possivel

passar com maior precisão o historico de cada uma, porem não tivemos respostas de

nenhum das bibliotecas digitais citadas.

No capítulo 4 a abordagem voltada para a documentação digital e seus formatos, utilizamos

livros e trabalhos acadêmicos e sites especializados em documento digitais e digitalização.

No capítulo 5 voltado para biblioteca digital, sobre acessibilidade, rapidez e eficiência na

recuperação da informação.

No capítulo 6 será demonstrado alguns casos de bibliotecas digitais existentes na web,

como a Nuvem de livros, Arvore de livros e Minha biblioteca, o que elas tem a oferecer para

os usuários, através de pesquisas nos sites das bibliotecas, artigos de revistas.

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4 DOCUMENTO DIGITAL

O documento é conhecido como um objeto que fornece um dado ou informação sobre

determinado assunto ou tema. Segundo Guinchat e Menou (1994. p.540) as características

físicas do documento são: a natureza dos símbolos utilizados, o material, o peso, o

tamanho, a forma da apresentação, a forma do produto etc.

De um ambiente onde predominava o papel, ligado às técnicas e

fórmulas de expressão da palavra escrita, passou-se a considerar

como documentos instrumentos, objetos, prédios, vestuário, alimentos,

ou seja, tudo quanto se possa revelar como portador de significados

(TAMMARO; SALARELLI, 2008, p.3).

Porem as características intelectuais do documento é: o conteúdo, o objetivo, o assunto, a

fonte, o tipo de autor, a forma da difusão entre outras. Os tipos mais conhecidos de

documentos são: impressos, livros, fitas cassetes, cds, dvds, fotografia, livros eletrônicos e

muitos outros.

Para começar precisamos responder a seguinte pergunta: Qual a diferença entre documento

digital e eletrônico?

O documento Digital é todo arquivo digital gerado em um computador ou periférico, que

também contenha um resumo de seu conteúdo e a identificação de seu autor como um

certificado digital (TAMMARO, SALARELLI, 2008, p.3).

E no caso do documento eletrônico é aquele gerado por meio eletrônico, e que por esse

mesmo meio pode ser arquivado, recuperado ou transmitido. Ele vem substituir o papel nas

contratações realizadas por via eletrônica (TAMMARO, SALARELLI, 2008, p.7).

Os documentos digitais são compostos de uma variedade de tipos de componentes

multimídia, como alguns formatos, onde se mistura textos, tabelas, dados científicos, e de

dados observados ou também de imagens em três dimensões, com anotações e vídeos.

Os processos de classificar, de catalogar o autor, o título, cabeçalho de assunto e níveis de

representação do documento, como também indexação e resumo, são os mesmos da

biblioteca tradicional e seus documentos impressos. Tem-se buscado que as bibliotecas

tradicionais usufruam dos mesmos processos de automação e seus avanços tecnológicos

como a biblioteca digital.

Segundo Procópio o eBook ou livro eletrônico:

...[do acrônico electronic Book, em português, livro eletrônico], a

tecnologia tem funcionalidades que permitem, entre outras coisas, o

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acesso instantâneo a milhares de documentos digitais e vem de

encontro com as ideias de muitos escritores e editores, de fazer com

que seus textos cheguem a um número máximo de leitores.

Quanto aos formatos de documentos utilizados em uma biblioteca digital temos alguns em

específico, tais como o PDF, HTML, ePUB, MOBI e iBooks.

Segundo Flatschart (2014. p.22) o formato PDF (Portable Document Formart) Documento de

Formato Portatil, um padrão aberto, fiel ao projeto gráfico, tido como um formato seguro

porque mantem a mesma forma em todos os dispositivos que são carregados e abertos.

Empresas, governo e setores da educação o utilizam por ser fácil de pesquisar, pela sua

acessibilidade, de fácil criação e manipulação de formulários para análise de dados é

possível incluir recursos de multimídia, com hiperlinks, áudio, vídeo entre outros. Este

formato ainda é utilizado amplamente pelas editoras para distribuição de livros digitais.

Ainda segundo Flatschart (2014. p.26) outro formato é o HTML (Hypertext Markup

Language), linguagem de marcação textual, não é uma linguagem de programação, onde os

elementos de conteúdo são marcados no texto, como o corpo, título, subtítulo, parágrafos,

quebras de linha, citações, artigos, rodapé e imagens.

Linguagem muito comum para os editores, pois a partir desta estrutura o documento HTML

é feito. Muitas plataformas da web, se utiliza deste formato para distribuir conteúdo, assim

como a indústria editorial digitalizada é a ponte para a comunicação entre autores, editores

e impressoras digitais. Lembrando que a web é quem mais utiliza esse formato em seus

sistemas e plataformas.

Segundo Flatschart (2014, p.39) o ePUB (Electronic Publication) publicação eletrônica é um

padrão aberto de arquivo, modular, de fácil produção e distribuição, criado pelo IDPF

(International Digital Publishing Forum) Fórum Internacional de Publicação Digital, que

abriga a extensão. epub. Já sua estrutura que é baseada em HTML, XML e CSS, linguagens

muito utilizadas por desenvolvedores da web.

Este ePUB é muito utilizado em blogs, serve para construir documentação variada, como

manuais, catálogos e em repositórios.

O Epub2.0.1, Flatschart (2014. p.40) é definido por três padrões que o compõe:

• Open Publication Structure (OPS – Publicação de Estrutura Aberta)

• Open Packaging Format (OPF – Formato de embalagem aberta)

• Open Container Format (OCF – Formato de Container Aberto)

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Se assemelha a um arquivo. zip, possibilitando a sua abertura para estudo, com um simples

renomear de. zip para.epub. Muito utilizado pelos leitores e sistema da Amazon os

chamados Kindle.

Flatschart (2014, p.49) menciona o formato MOBI, para os leitores da Amazon o Kindle, que

vem acompanhado por outro formato, o AZW, no caso do. mobi não é permitido fazer

aplicação de proteção ao arquivo, mas no formato. azw, é possível aplicar a criptografia. O

MOBI foi desenvolvido a partir de um software gratuito da Amazon, o chamado KindleGen,

que permite editar documentos com formatos como .opf, .ncx, .html e imagens.

Outro formato segundo Procópio (2004, p.64) é o LIT, de LITeratura, de livro eletrônico lido

no MSReader, software da leitura de eBooks da Microsoft Corp, que teve seu

desenvolvimento sobre uma especificação padrão chamada OeB, de Open eBook, baseado

em XML (eXtensible Markup Language – linguagem de marcação extensível), onde os

documento neste formato serão inteligentes e úteis por muito tempo.

Também é apresentado o formato iBooks, onde Flatschart (2014, p.51) comenta que este é

usado somente pelos dispositivos da Apple, parecido como o formato ePUB, é distribuído

para os modelos iPod, iPad e iPhone, assim como para os computadores OS S Marvericks.

Para sua edição, utiliza uma ferramenta própria, onde é possível incluir recursos de

multimídia, html por meio de widgets, imagens interativas, interação de aplicativos Keynote e

recursos 3D.

Para Tammaro e Salarelli (2008, p.40) ainda temos os arquivos e seus formatos, e suas

extensões, como no caso do texto sua extensão .txt ou .text, arquivos de imagem temos

formatos como tiff, gif, jpeg, jpg e png, formatos de áudio .wav, .mp3 e .midi, também o

formato de vídeo como .mov, .mpeg, .avi, e os arquivos de texto como .doc e .zip para

compactação de conteúdo de arquivos grandes e pesados.

Não podemos deixar de falar de metadados, para Sayão (2008, p.27) é uma questão crucial

no desenvolvimento de bibliotecas digitais.

No ambiente de uma biblioteca digital, os objetos digitais são

descritos, estruturados, resumidos, identificados, gerenciados,

preservados e sua representação manipulados por meio de uso de

metadados: os metadados também são imprescindíveis na descoberta

de recursos e na utilização dos documentos digitais. Portanto, as

coleções digitais exigem esquemas de metadados bem estruturados

que sejam capazes de descrever os objetos digitais e seus conteúdos

em diversos níveis de granularidades – de uma coleção como um todo

até uma ilustração em um livro (SAYÃO, 2008, p.27).

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Sayão (2005, p.27) ainda comenta que um dos maiores dos desafios aos metadados é a

variedade de formatos de informação digital que é possível trabalhar e ser descritos de

diferentes coleções dirigidas a diferentes públicos-alvo.

Quanto ao processo de digitalização de obras para o acervo digital, o qual alimentará o

banco de dados. Segundo Procópio:

Na implementação e na posterior manutenção do banco de dados de

livros, os procedimentos contam com os processos de digitalização de

obras. Neste momento, poderão ser consideradas propicias à

digitalização as obras ainda não disponíveis na Web ou que se

encontra em Domínio Público. Com o auxílio de scanners com

capacidade de captura de imagens de alta resolução, e software

[robôs] de OCR, documentos e obras consideradas importantes

poderão ser resgatados e estarão disponíveis para diversas pessoas

através do acervo (2005, p.71). O processo de OCR (Optical Character Recongnition), permite reconhecer os caracteres de

texto em imagens, transformando-os em texto editável. Muito ainda tem a se fazer e a se

desenvolver para manter os dados de uma biblioteca digital, porem o que esta disponível no

mercado, vem ajudando e fazendo grande revolução no meio digital, com a disseminação

dos eBook. A biblioteca digital contribui e muito para o nosso intelecto e aprendizagem.

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5 BIBLIOTECA DIGITAL

Biblioteca digital segundo Cunha e Cavalcanti (2008. p.50) é que armazena documentos e

informações em forma digital em sistema automatizado, em rede e que pode ser acessado

de terminais remotos, contendo catálogos, livros, jornais e imagens.

As pessoas se esquecem de que a biblioteca digital veio para ser mais um recurso para

obtenção da informação, veio para beneficiar a usuários, bibliotecários, para a recuperação

da informação e a preservação de documentos literários entre outros.

Com o crescimento da tecnologia, da internet, das redes sociais, de aplicativos para

celulares, tablets, computador de portes variados criou novas necessidades para a

biblioteca tradicional, para atender a demanda pela recuperação da informação, a

acessibilidade estando em qualquer lugar e obter resultados precisos de conteúdo.

Possibilitando então a criação da biblioteca digital, que não deixa nada a desejar dos

serviços oferecidos por uma biblioteca tradicional, pelo contrário vemos que ela pode somar,

ser parceira, um braço auxiliador.

Utilizando os conceitos de biblioteca e digital, pode-se afirmar que o

desenvolvimento de uma biblioteca digital se baseia no planejamento

de uma biblioteca tradicional/convencional, desde o processo de

aquisição (compra, digitalização, acesso a outros sites e auto

arquivamento), o processamento técnico (catalogação, classificação,

indexação – metadados e iniciativa de arquivos abertos) a

recuperação (ferramentas de busca), a disseminação (boletins

eletrônicos), atendimento ao usuário (setor de referência digital –

meios de comunicação digital e sistemas agentes), ate a preservação

(itens documentários e dos suportes informacionais) (MARCONDES,

2005, p.90).

Tanto pode ser que o acervo da biblioteca digital seja todo digitalizado, como uma parte

dela, permanecendo o acervo tradicional, com seus originais para pesquisa local ou seu

empréstimo.

O planejamento da estrutura digital passa pelas etapas de definição da

Arquitetura da Informação de website, que culmina com o

dimensionamento do sistema de computação (hardware e software),

visando a integração dos serviços e dos conteúdos informacionais

para uma interação eficiente do usuário com o ambiente informacional

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(MARCONDES, 2005, p.90).

Segundo Cunha (2008, p.51) "biblioteca eletrônica ou electronic library, é uma biblioteca que

provê acesso não somente ao seu próprio acervo, mas também, por meio de redes

eletrônicas, a outros tipos de documentos e serviços providos por outras bibliotecas. É vista

como uma biblioteca fisicamente identificável, mas que não possui material impresso e que

faz parte de uma biblioteca digital ou virtual".

A biblioteca digital é um meio direto para obter conhecimento e informação com a

recuperação do conteúdo com rapidez e eficazmente.

Para Zafalon (2006, p.64) traça um resumo quanto às classificações de bibliotecas e a

tipologia das informações buscadas:

• a biblioteca tradicional tem o seu acesso local às informações e metainformações

impressas;

• a biblioteca automatizada tem o acesso local às informações impressas com

metainformações digitais;

• a biblioteca digital tem acesso remoto às informações e metainformações digitais;

• a biblioteca hibrida com acesso local e remoto às informações impressas e digitais e

às metainformações digitais.

A tecnologia da informação sempre andou emparelhada com a evolução das bibliotecas, se

tornando dependentes de seus projetos e desenvolvimentos tecnológicos. Mas Cunha

(2000, p.75) relata que mesmo com os avanços tecnológicos a partir dos anos noventa, a

biblioteca conseguiu acompanhar e vencer esses novos paradigmas que vão surgindo.

Outros autores, como Tammaro e Salarelli, comentam sobre pontos essenciais que compõe

a biblioteca digital, que chama atenção: como o usuário, o qual se precisa conhecer suas

necessidades informacionais para serem atendidas; os seus conteúdos, que são os

objetivos digitais estruturados e organizados de forma que se possa recuperá-los depois; e

finalmente os serviços de acesso as bases, demonstrados pelas suas interfaces e serviços

controlados pelo bibliotecário.

A biblioteca digital é um conjunto de mecanismos eletrônicos desenvolvidos para facilitar a

busca e a recuperação da demanda informacional, interligando os recursos oferecidos aos

usuários.

O banco de dados segundo Procópio (2004, p.66) é uma central com todas as informações

pertinentes da biblioteca digital.

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Tecnicamente, o banco de dados central com as informações das

obras que pode ser projetado através de um aplicativo ASP ou mesmo

PHP, que é exatamente uma tecnologia desenvolvida para aplicações

de organização de informações (PROCÓPIO, 2004, p.66).

À medida que se vai usando e sendo desenvolvidas tecnologias para a internet, os

computadores acompanharam essa evolução, porem terá um demanda maior de recursos

para atender os usuários. Os problemas do passado da biblioteca tradicional, como

localização, aquisição e armazenamento dos documentos; na biblioteca digital vai se

desenvolvendo no ciberespaço.

Os benefícios de ser uma biblioteca digital implantada são vários e ajuda em muito a

biblioteca tradicional:

• O acesso vinte e quatro, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por

anos ininterruptos;

• Pode adicionar mais títulos ao acervo, sem ter problemas de espaço físico;

• Empréstimos, devoluções e recolocações automáticas nas estantes digitais;

• Há proteção contra roubos e numero menor de material estragado;

• Supri o atendimento aos usuários com mais livros disponível;

• Atende alunos de cursos à distância, inclusão digital e acesso a coleções completas

de livros e outros materiais;

• Possibilidade de gerar relatórios que ajudam em novas aquisições pelo material de

maior procura;

• E suporte completo a tecnologia implantada e aos usuários.

A biblioteca digital é viva e dinâmica, com suas tecnologias e atividades em conexão, porem

não cheia de funções, como as repartições de uma empresa. Tida como sociedade da

informação, o seu papel é ser uma mediadora da informação, um elo entre a informação e

os usuários, que é contínua e ampliadora da informação. Segundo Tammaro e Salarelli

(2008,p.75) ao se transformar a ecologia cognitiva, não devem mudar os fundamentos

políticos e sociais que orientam a instituição "biblioteca".

Mas Procópio (2004, p.25) em uma biblioteca digital pública ou comunitária é possível o

acesso universal em qualquer lugar que tenha computadores disponíveis conectados a web,

o que permite a qualquer pessoa ler, estudar, aprender e interagir com um universo literário.

Para Madureira e Vilarinho (2010, p. 94) a biblioteca digital combina a estrutura e a coleta da

informação usada por bibliotecas e arquivos tradicionais como representação digital. Onde a

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informação é rapidamente acessada em todo o lugar do mundo, copiada para preservar,

armazenar e ser recuperada rapidamente. Uma das vantagens da biblioteca digital é a

capacidade de entregar a informação procurada pelo usuário, evitando transtornos e a

impressão de documentos.

Ainda por Madureira e Vilarinho (2010, p. 94), o conceito de biblioteca digital esta em fase

de crescimento e surgindo a medida que ela se desenvolve por meio da tecnologia que não

para de evoluir, por isso que a definição ainda não esta completamente concluída.

Devemos lembrar que muitos dos serviços envolvidos no processo da biblioteca digital,

envolvem custos como os empréstimos entre bibliotecas detentoras de direitos autorais, o

gerenciamento desses direitos autorais, onde se precisa de autorização para o seu acesso.

Levando em conta os formatos desses documentos também, como os impressos, as

fotografias, os filmes e os sons gravados. Há o custo também pelo acesso e a entrega da

informação, será pago pelas bibliotecas ou repassado para os usuários parcialmente ou

integralmente. Será como uma assinatura anual ou mensal, cobrada como cartão de

créditos, boletos ou ate em créditos de celulares.

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6 CASOS DE BIBLIOTECAS DIGITAIS

Neste capítulo apresentaremos casos de bibliotecas digitais que vêm ganhando espaço na

web, desmistificando que é um instrumento para acabar com a biblioteca tradicional e por

fim ao livro impresso. Com as novas tecnologias voltadas para tecnologia da informação e

comunicação, a computação, os sistemas de informação apostam em desenvolvimento de

políticas para aquisição de coleções e torná-los acessíveis com produtos e serviços que

supra as necessidades do usuário. Atualmente temos na internet, muitos projetos que deram

certo, com bibliotecas bem estruturadas e que tem um conteúdo muito bom, que atende a

demanda do cliente/usuário.

Com a cobrança de um valor quase que simbólico mensal ou anual, para que se tenha

acesso a todo conteúdo, usando um computador em qualquer lugar no mundo, ou através

do tablets, smartphones e pdas. Segundo Tammaro e Salareli (2008,p.146) “o fenômeno da

biblioteca digital é considerado um produto da sociedade e a importância que e atribuída á

organização do conhecimento tem significado não só econômico, mas um valor pessoal e

especial”.

Abordaremos sobre três casos: a Nuvem de livros; http://www.nuvemdelivros.com.br, Arvore

de livros; http://www.arvoredelivros.com.br e Minha biblioteca;

http://www.minhabiblioteca.com.br. Utilizaremos também como bibliografia, autores como,

Cunha, Sayão e artigos de revistas como a Info.

6.1 Biblioteca Nuvem de Livros

Segundo o portal Terra Noticias – Educação e a Agência Efe, tras a seguinte informação de

que a “Biblioteca online Nuvem de Livros conquista 1 milhão de usuários”, a matéria nos

alerta que a falta de espaço em residências e em 65% das escolas públicas e privadas do

Brasil dificulta a implementação de uma biblioteca física.

Porem não é motivo para não ser disponibilizar e disseminar informação, com mais de 10

mil em conteúdo para computadores, tablets e celulares dos cerca de 1 milhão de

assinantes.

O projeto da biblioteca digital Nuvem de Livros é do presidente do Grupo Gol, Jonas

Suassuna, que é produtor de conteúdo multimídia de entretenimento e educação, que tem

uma paixão por literatura. É também sobrinho do escritor Ariano Suassuna e foi o

responsável pela criação da Nuvem de Livros (http://www.nuvemdelivros.com.br/), biblioteca

online multiplataforma, feita em parceria com a companhia telefônica Vivo, a qual

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disponibiliza conteúdo educacional sem fazer download. Mais o projeto foi idealizado a 7

anos e nasceu a 3 anos, que surgiu do inconformismo do empresário, com a falta de acesso

aos livros em escolas públicas, principalmente de regiões remotas do Brasil.

Suassuna nos lembra que o governo brasileiro assinou uma lei que diz que, até 2020, todas

as escolas brasileiras, públicas e privadas, devem ter uma biblioteca com pelo menos um

livro por aluno (Lei da Biblioteca Escolar). Mas ele conhece a realidade das escolas públicas

sabe que isso vai ser difícil. Segundo Suassuna e Agência Efe, o deficit pelo país impacta

cerca de 15 milhões de crianças e jovens.

Diante desse quadro, de que em 10 anos é impossível construir e equipar bibliotecas, ele

buscou um meio viável.

Segundo a Agência Efe, o Brasil é a quinta maior plataforma de telefonia celular do mundo.

Com o 3º maior mercado mundial em desktops, com 60% dos acessos a internet na América

Latina e se é difícil fazer bibliotecas físicas, há uma possibilidade bem maior de se fazer

uma digital.

Uma curadoria, sob o comando do autor Antônio Torres, cuida do acervo da Nuvem de

Livros, que é composto por material didático, audiolivros, vídeos e teleaulas, que em

parceria da Fundação Roberto Marinho. Disponibiliza mais de 10 mil em conteúdos que

estão na internet, para tablets e celulares, além de conteúdo específico para ensino

profissionalizante e games educacionais.

A Agência Efe informa que a plataforma foi construída para proteger o conteúdo contra a

pirataria, para atender cerca de 15 milhões de alunos de escolas, 3 milhões de universitários

de cursos a distancia, famílias que não tem espaço em casa para abrigar estantes de livros.

Segundo Suassuna, pode se conferir a qualidade do conteúdo acessado pelos filhos, há

segurança e confiabilidade no conteúdo buscado, a qualidade, e o bom preço final aos

usuários.

A Nuvem de Livros possui uma equipe de mais 150 profissionais espalhado pelo mundo,

entre professores, pedagogos, bibliotecários e curadores para selecionar o conteúdo

adotado. Onde 80 professores em paralelo incentivam e treina outros em ambiente

escolares para se engajar no projeto, fazendo da ferramenta pedagógica, eficaz em sala de

aula.

Suassuna comenta que “não era possível um profissional da área tecnológica explicar o

funcionamento da biblioteca para um professor. Ele diz: os discursos são diferentes,

distintos, a terminologia é outra”.

Falando um pouco sobre a página da internet da Nuvem de Livros, ela é bem intuitiva, com

um aspecto simples e direto, com um menu de botões links, coloridos, do lado direito, com

19

a seguinte informações de acesso: 1 Entrar (onde se faz o login); 2 Quero assinar a Nuvem

de Livros; 3 Baixe o app para Tablet e Smartphone; 4 Como Funciona; 5 Conheça o Acervo;

6 Fale Conosco.

Figura 1 – Pagina principal da Nuvem de Livros.

Fonte: http://www.nuvemdelivros.com.br/

Quanto ao sistema de busca, a pesquisa é feita por assunto, autor, editora, por capítulo, por

termo. É possível marcar paginas que estão lendo, estudar mapas interativos, onde os

professores podem acompanhar a progressão do estudo do aluno, orientá-lo com indicação

de literatura pertinente ao assunto abordado, no ambiente de convergência, criado para este

fim.

20

Figura 2 – Pagina de pesquisa da Nuvem de Livros.

Fonte: http://www.nuvemdelivros.com.br/

No botão link “Como Funciona”, tem um vídeo de apresentação, informativo de quase 2

minutos, que orienta, quanto ao conteúdo, como assinar, como navegar pela plataforma.

21

Figura 3 – Pagina de video informativo da Nuvem de Livros.

Fonte: http://www.nuvemdelivros.com.br/

É possível tirar duvidas e obter informações no “Fale Conosco”, porem não possui um e-mail

de contato direto para maiores informações com a central.

Segundo Suassuna, a assinatura escolar custa R$2,00 mensais por aluno, já para os

clientes particulares custa R$8,00 por mês, com acesso ilimitado a todo conteúdo da

plataforma. Ele ainda afirma, que o grande atrativo esta no charme da plataforma Nuvem de

Livros e sua portabilidade, onde o usuário pode ler um livro e assistir a um aula em qualquer

lugar, de forma eficaz e segura.

Uma das preocupações de Suassuna era em convencer as editoras para entrar no projeto,

pois, para eles a segurança conteúdo pesava, precisava garantir que não havia como o

conteúdo ser pirateado. Segundo Suassuna, não estava lidando com pessoas retrógradas,

atrasada, pelo contrário, com indivíduos contemporâneos, atualizados e sensíveis, que vê o

mercado editorial sofre mudanças. Ele diz: “Nenhum editor de livros é dono de fábrica de

papel. Mas são profissionais competentes, que sabe escolher e produzir conteúdo de

qualidade”.

Suassuna afirma que é obrigação da Nuvem de Livros, organizar esse conteúdo literário e

pedagógico de forma pertinente e disponibilizar uma ferramenta tecnológica, que traga

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interação do usuário com a biblioteca de forma simples, participativa, atrativa e com um

preço acessível.

A Nuvem de livros já atende o Brasil, a América Latina e a Espanha, procurando expandir

para outros países.

6.2 Biblioteca Árvore de Livros

Segundo site da biblioteca digital Árvore de Livros (http://www.arvoredelivros.com.br) foi

desenvolvida para atender a educação básica das redes de ensino pública e privada, com

intuito de atender outras instituições públicas e privadas e outros usuários. Com um acervo

voltado para atender o currículo escolar, mas possui também obras de interesse geral.

A Árvore de Livros é dirigida por uma equipe de profissionais, começar pelo responsável,

Galeno Amorim, que cuida de Assuntos Corporativos. Amorim que já foi presidente da

Biblioteca Nacional, e é diretor do Observatório do Livro e da Leitura, acumula uma carreira

de sucesso no campo público como também no privado, nas áreas do livro, da leitura, da

literatura e das bibliotecas. A equipe acredita e defende, que o papel transformador da

leitura na escola, muda e transforma o ser humano.

Equipe composta por profissionais de operações, comercial, tecnologia, design, biblioteca e

acervo.

Segundo informações do site, a Árvore de Livros conta com tecnologia a serviço da leitura,

com sistemas e ferramentas modernas, que com auxílio de professores, bibliotecários e

agentes de leitura que acompanha de perto os usuários, identificando dificuldades e

preferências dos leitores, para aperfeiçoar a plataforma. O sistema implantado permite

acompanhar e orientar os usuários, quanto a leitura feita, indicar títulos novos, como

também o progresso do aprendizado.

É possível verificar no site que sua pagina principal, bem simples e intuitiva, uma estrutura

os menus estação identificados por botões links, no topo da pagina se encontra o “Entrar”

para fazer o login, como também um vídeo instrutivo quanto ao uso da plataforma.

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Figura 4 – Pagina principal da Árvore de Livros.

Fonte: http://www.arvoredelivros.com.br/

Logo abaixo temos uma lista de “eBooks em destaque”, com um menu lateral esquerdo,

com acesso à Mais Populares; Novidades; Biografia; Clássicos; Pedagógicos; Infantojuvenil;

Ficção e Negócios.

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Figura 5 – Pagina de pesquisa da Árvores de Livros.

Fonte: http://www.arvoredelivros.com.br/

E ao final da página uma ultima seção, que contem informações sobre acervo, empréstimo,

facilidades, gestão e funcionamento da plataforma. Possui suporte com as perguntas mais

frequentes, direitos autorais e sobre sua história.

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Figura 6 – Pagina de orientação da Árvores de Livros.

Fonte: http://www.arvoredelivros.com.br/

A pesquisa pode feita por assunto, autor ou palavra-chave, permite também navegar e

pesquisar pelas categorias que a Árvore de Livros oferece. Enquanto o usuário navega o

sistema procura indicar outros títulos sobre o mesmo assunto pesquisado, enviado por e-

mail ou celular ao leitor.

Pode se acessar a Árvore de Livros, de computador pessoal, tablet, smarphone e eReader

como por exemplo o Kobo, basta instalar o aplicativo, não há necessidade de se estar

conectado à internet é só baixar o eBook e ler offline mais tarde. Quanto ao limite de

empréstimo para leitura, quantos o usuário quiser, a quantidade é ilimitada, também é

possível a troca com outros usuários, e empréstimo por reserva do mesmo titulo que outros

usuários estejam utilizando ou parados em sua estante particular na Árvore de Livros.

O direito autoral é preservado, quando um usuário seleciona um título para leitura o autor

recebe por isso, os ebooks foram adquiridos legalmente junto as editoras e distribuidoras

autorizadas, mediante acordo e contrato com editoras, que também trabalha com segurança

do sistema contra a pirataria.

Quanto a assinatura só para instituições de ensino municipal, estadual junto as suas

secretarias de ensino, para empresas para uso coletivo dos funcionários da instituição ou

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empresa, porem ainda não possui inscrição individual para pessoa física.

Há a possibilidade de empréstimo de ebooks baixando o arquivo no dispositivo de leitura e

filmes, utilizando um sistema streaming semelhante ao Netflix, bastando apenas carregá-lo

na tela, oferecendo segurança contra a pirataria. A plataforma permite a customização da

sua interface para redes de ensino, escolas, bibliotecas e instituições.

6.3 Biblioteca digital Minha Biblioteca Segundo o site da biblioteca digital Minha Biblioteca (http://www.minhabiblioteca.com.br/) é a

união de um grupo de editoras de livros, voltadas para conteúdo acadêmico, formando um

consórcio. Estas editoras se uniram pra oferecer às instituições de ensino superior uma

plataforma prática e diversificada, com conteúdo técnico e científico de qualidade, utilizando

a computação em nuvens. Estudantes têm acesso a publicações especializadas de diversas

áreas: direito, ciências sociais aplicadas, saúde, engenharia, administração entre outras.

Segundo o site da Minha Biblioteca a crescente necessidade de mobilidade, o ensino exige

que estudantes acadêmicos tenham e utilizem uma plataforma como a Minha Biblioteca.

Seu acesso de forma simples e moderna, pode ser feito através de computadores, tablets e

smartphones, através de sua plataforma baseada no programa SophiA Biblioteca. O site da

Minha Biblioteca, funciona com a cobrança de um valor mensal das instituições de ensino

superior, que oferece aos seus alunos uma senha para o login individual, com acesso ao

catálogo de publicações das editoras parceiras dos projetos, com a disponibilidade ilimitado

de todo o acervo.

Aposta na sustentabilidade, impedindo copias ilegais e desperdício de papel, que prejudica

o meio ambiente e prejudica os autores e o mercado editorial. Pode ser acessada que

qualquer parte, com tablets, smartphones e notebooks.

Atualmente conta com um acervo com mais de 4 mil títulos das editoras do projeto, que só

trabalham com livros acadêmicos, como as Atlas, Saraiva, Grupo A e Grupo GEN.

O site ainda informa que, possui uma programação toda especial para professores e

docentes, através da Minha Bibliografia, que é uma ferramenta, onde coordenadores de

cursos e professores podem montar suas próprias referências bibliográficas, a partir da

consulta ao catálogo das editoras do consórcio e de editoras não sócias, com uma base de

mais de 100 mil títulos.

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Figura 7 – Pagina principal da Minha Biblioteca.

Fonte: http://www.minhabiblioteca.com.br/

Segundo o site as editoras podem sugerir títulos novos e substituir outros, otimizando o

tempo de professores e coordenadores, através do assessoramento feito pelas editoras. A

Minha Biblioteca é um complemento à biblioteca física, com um sistema que atende a

demanda dos usuários e encaminha o pedido por um canal com as editoras. Mas ela possui

a disposição dos usuários a venda de eBooks, com facilidades e descontos.

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Figura 8 – Pagina de pesquisa e orientação.

Fonte: http://www.minhabiblioteca.com.br/

É possível fazer o monitoramento dos pedidos feitos e obter informações quanto o

recebimento, minimiza riscos de desvio, de erros e envia planilhas para seus ou formulários

para orientar o usuário.

Muito intuitiva quanto a busca em sua página, é possível fazer a pesquisa por assunto,

autor, titulo, ISBN e pesquisa por biblioteca.

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Figura 9 – Pagina de pesquisa Sistema SophiA Biblioteca.

Fonte: http://www.minhabiblioteca.com.br/

O site ainda da Minha Biblioteca, ainda disponibiliza aos seus usuários livros customizados,

onde você mesmo monta o livro compondo apenas os capítulos que ira utilizar, extraídos de

outros títulos, obtendo então uma bibliografia especifica da matéria que esta estudando.

Ainda disponibiliza tutoriais em forma de vídeo para ajudar no uso do sistema ou da

plataforma de busca, para que se tenha total aproveitamento da plataforma.

Na aba do menu, conta com o apoio de Soluções, onde professores e estudantes em

particular tem a opção de montar a sua própria biblioteca, com acervo voltado para seu

curso ou com as matérias pertinentes que ira utilizar.

São três opções disponíveis que tem muito a contribuir a disseminação da informação, do

incentivo a leitura e de levar aos lugares mais remotos ou populosos que precise de

conteúdo selecionado e bem estruturado, informação e conhecimento a todos os que o

desejem.

A biblioteca digital vem agregar valores, ser extensão da biblioteca tradicional, é carregar no

bolso uma biblioteca digital que pode ser chamada de sua, com informação e conhecimento

disponível a todo o momento e em qualquer lugar por onde for.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Num primeiro momento é possível que a biblioteca digital pareça assustar os usuários, os

bibliotecários e todos os demais envolvidos, com a questão de que o livro impresso pode

desaparecer, que a biblioteca convencional pode sumir e o mundo será transformado pela

revolução do livro digital, da avalanche dos eBooks invadindo o mercado editorial, dando fim

às estruturas e atividades que conhecemos.

Mas, da mesma forma que ocorreram com outras evoluções tecnológicas, são apenas

especulações e divagações, pois, o que vemos é o contrário: mesmo com a popularização

dos livros digitais, temos muitas pessoas que preferem ler seus livros impressos ao levar por

ai um eReader no bolso ou mochila. Claro que os profissionais que no mercado de trabalho,

ou que querem atuar nesse novo cenário tem que correr para se adaptar aos desafios da

tecnologia, e, talvez, por isso, nem todos queiram essas mudanças, se assustem, todavia,

no momento em que começarem a interagir e procurarem se envolver com o digital, muita

coisa mudará, derrotando, enfim o “bicho de sete cabeças”, da biblioteca digital e seus

acervos.

Observamos que na 23ª Bienal do Livro de São Paulo a procura pelo digital cresceu, mas,

ainda não é comparável a venda do livro impresso, pelo menos aqui no Brasil. Podemos ver

crianças, jovens e adultos ávidos por ter o livro novinho em suas mãos, para tê-los em suas

bibliotecas particulares (RODRIGUES. 2014, p.c7).

Não podemos esquecer os livros sob demanda (Books on Demand) no mercado editorial,

aonde você chega em uma livraria, seleciona o titulo a ser impresso, e em pouco mais de 4

minutos fica pronto para entrega ao cliente (PROCOPIO, 2004, p. 17).

O profissional bibliotecário tem sim que se informar se atualizar, procurar cursos,

congressos da área de tecnologia da informação e se preparar para discutir, entender e

tornar-se parceiro, atuando lado a lado com o profissional da tecnologia, é uma realidade, e

não dá mais para fugir ou ignorar essa crescente demanda.

Ninguém e nada nascem pronto, tudo tem um plano, projeto e estrutura por trás de tudo que

é desenvolvido, se não fosse assim não existiria o manual para ler, mas cremos que

aprender sobre ou pelo menos conhecer sobre plataformas, linguagens de programação é

possível e pertinente para atuar no mercado da biblioteca digital e do livro em geral.

A biblioteca digital veio para agregar valor e oportunidades novas para a biblioteca

tradicional e tem que ser recebida e incorporada pelos profissionais bibliotecários, por em

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pratica e saborear os frutos, à medida que os usuários passam a aproveitar do que tem de

melhor do digital.

Ainda há muito que se fazer nesta área, nada esta finalizado, pois a tecnologia está

tomando o mundo, as pessoas e tudo a sua volta, sempre mais e a todo instante. E a

biblioteca digital é assim também, porém, com ela poderemos ir trocando experiências e

aproveitando a companhia uns dos os outros.

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REFERENCIAS

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