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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA GUILHERME ANDRÉ STRASSBURGER VITOR MOLLING ROXO MELHORIA NA LOCOMOÇÃO DAS CADEIRAS DE RODAS Orientador: Ronaldo Raupp Coorientador: Ramon Hans Novo Hamburgo 2016

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA …gaia.liberato.com.br/mecanica/Melhoria_na_locomocao_das_cadeiras... · RESUMO O presente projeto se trata da projeção de um

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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

GUILHERME ANDRÉ STRASSBURGER

VITOR MOLLING ROXO

MELHORIA NA LOCOMOÇÃO DAS CADEIRAS DE RODAS

Orientador: Ronaldo Raupp

Coorientador: Ramon Hans

Novo Hamburgo

2016

GUILHERME ANDRÉ STRASSBURGER

VITOR MOLLING ROXO

MELHORIA NA LOCOMOÇÃO DAS CADEIRAS DE RODAS

Projeto de Integração Disciplinar apresentado

ao Curso Técnico de Mecânica da Fundação

Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da

Cunha como requisito para preenchimento

parcial das notas do terceiro trimestre em

todas as disciplinas.

Orientador: Ronaldo Raupp

Coorientador: Ramon Hans

Novo Hamburgo, setembro de 2016.

FOLHA DE ASSINATURAS

GUILHERME ANDRÉ STRASSBURGER

VITOR MOLLING ROXO

MELHORIA NA LOCOMOÇÃO DAS CADEIRAS DE RODAS

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

Novo Hamburgo, setembro de 2016.

__________________________________

Guilherme André Strassburger - +55 (51) 9618 -1341

___________________________________

Vitor Molling Roxo - +55 (51) 9343 – 9457

___________________________________

Ronaldo Raupp

Professor Orientador

___________________________________

Ramon Hans

Professor Coorientador

RESUMO

O presente projeto se trata da projeção de um acessório acoplado nas cadeiras de rodas

não motorizadas, com a finalidade de melhorar a locomoção das mesmas, principalmente

em ruas esburacadas e terrenos acidentados, tornando seu movimento mais fluido, mais

rápido e sendo capaz de desviar e passar pelas irregularidades dos terrenos com mais

facilidade. O que ocasiona uma grande melhora na qualidade de vida dos cadeirantes,

promovendo não só sua autonomia, como também sua independência. A proposta

consiste em uma roda esférica de grande diâmetro que será acoplada na parte frontal

dos tubos laterais das cadeiras de rodas, por meio de abraçadeiras. Esta esfera possui

um diâmetro superior ao das rodas frontais, o que faz com que essas sejam erguidas e

percam seu movimento, dessa forma, a cadeira passa a se mover através das rodas

traseiras e do acessório projetado pelo grupo. A estrutura do acessório consiste em uma

esfera de grande diâmetro e seu respectivo suporte; entre a esfera e o suporte existem

vários conjuntos similares ao principal (esfera e suporte), mas com menores dimensões.

Estes pequenos conjuntos proporcionam o movimento da esfera principal e faz com que

a carga depositada sobre o acessório seja distribuída, impedindo as esferas de perderem

seus movimentos. O acessório é inteiramente feito de poliuretano, que faz com que

resista às solicitações de carga aplicadas, sem que apresente deformações

consideráveis. O alto diâmetro da esfera proporciona uma maior facilidade de passar por

buracos, e sua geometria possibilita um movimento mais rápido e mais fluido da cadeira.

Palavras-chave: Cadeira de Rodas. Movimento. Acessório. Esferas.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Freewheel......................................................................................................12

Figura 2: LoopWheels..................................................................................................12

Figura 3: Cadeira de Rodas para Países Subdesenvolvidos....................................13

Figura 4: Pistola de Solda Ultrassônica.....................................................................16

Figura 5: Injetora..........................................................................................................17

Figura 6: Fabricação das Rodinhas de Skate............................................................18

Figura 7: Suporte Esfera Principal..............................................................................23

Figura 8: Suporte Esfera Secundária..........................................................................24

Figura 9: Adaptador para Fixação nas Cadeira de Rodas.........................................25

Figura 10: Conjunto do Acessório................................................................................25

Figura 11: Acessório Acoplado na Cadeira.................................................................26

Figura 12: Distribuição do Peso de um Ser Humano em seu Corpo..........................29

Figura 13: Distribuição do Peso do Cadeirante na Cadeira de Rodas.......................30

Figura 14: Representação da Distribuição das Cargas na Cadeira…………….....….31

Figura 15: Dimensões Normatizadas da Cadeira de Rodas........................................32

Figura 16: Análise, máxima tensão...............................................................................35

Figura 17: Análise, máximo deslocamento..................................................................36

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..6

1.1 Tema………………………………………………………………………………………..6

1.2 Problema…………………………………………………………………………………...6

1.3 Justificativa………………………………………………………………………………..7

1.4 Objetivos…………………………………………………………………………………...8

1.5 Metodologia……………………………………………………………………………….9

2 DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………………10

2.1 Referencial Teórico……………………………………………………………………..10

2.2 Metodologia.............…………………………………………………………………....21

2.2.1 O acessório………………...............……………………………………………………22

2.2.2 Funcionamento………………………………………………………………………......27

2.2.3 Dimensionamento…………………………………………………………………….….28

2.2.4 Fabricação…………………………………………………………………………….….34

2.2.5 Análise…………………………………………………………………………………....35

2.2.6 Preço……………………………………………………………………………………...37

2.2.7 Diferencial do protótipo……………………………………………………………….....38

2.3 Resultados e Discussões……………………………………………………….…….39

3 CONCLUSÃO………………………………………………………………………….....40

REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….....41

APÊNDICE…………………………………………………………………………….....46

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1 INTRODUÇÃO

No seguinte capítulo, será apresentado o projeto de pesquisa desenvolvido pelo

grupo. Irão ser abordados os elementos gerais do trabalho, como do que se trata, os

motivos que provam a viabilidade da ideia e seus respectivos objetivos, etc. Pretende-se,

com esse capítulo, introduzir o projeto ao leitor de forma geral.

1.1 Tema

O tema do projeto se trata do estudo das rodas frontais das cadeiras de rodas não

motorizadas, a ponto de identificar as possíveis causas para os problemas de locomoção

enfrentados pelos cadeirantes em terrenos irregulares, e então projetar um acessório

acoplado na parte frontal das cadeiras, com a finalidade de melhorar a locomoção das

mesmas, para que os cadeirantes não enfrentem mais tanta dificuldade de se locomover

em ruas acidentadas.

1.2 Problema

O problema do grupo em relação ao projeto é o seguinte: É possível projetar um

acessório acoplado nas cadeiras de rodas, que facilite a locomoção dos cadeirantes em

terrenos irregulares?

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1.3 Justificativa

No Brasil, existem atualmente cerca de 45,6 milhões de deficientes,

correspondendo a 24% da população do país, sendo 7% desse número preenchido por

pessoas que sofrem de deficiência motora. Tendo em vista a ideia de elaborar um projeto

na área da tecnologia assistiva, foi feita uma visita à Associação de Lesados Medulares

do RS (LEME), em Novo Hamburgo, para ouvir dos cadeirantes, problemas que

enfrentam em seu dia a dia. Na associação, um cadeirante chamado Sérgio relatou que

não só ele, mas como também amigos próximos, sofrem com problemas de locomoção

com a cadeira de rodas, nos caminhos com terrenos irregulares e acidentados por onde

são, muitas vezes obrigados a percorrer. O cadeirante falou que chega a ser impossível,

para ele sair de casa sem o acompanhamento de outra pessoa, isso porque as rodas

frontais travam com muita frequência, na maioria das vezes quando encontram algum

tipo de irregularidade no terreno, mesmo por menor que esta seja.

Em uma pesquisa no Portal g1, encontram-se notícias relacionadas ao problema

em diversos cantos do Brasil, evidenciando que o empecilho não é restrito apenas à Novo

Hamburgo. Não é difícil, em sites de notícias, se deparar com depoimentos de pessoas

como Sérgio, e que sofrem do mesmo problema que ele. Um exemplo é o estudante

Alisson Correa, de 26 anos que, em uma matéria do Portal g1(2014), relata suas

dificuldades de locomoção nas ruas de sua cidade, Itapetininga, em São Paulo. Entre as

causas, estão os buracos nas ruas e calçadas, bem como as raízes expostas de árvores

distribuídas pela cidade.

Com isso, pode-se perceber grande viabilidade no projeto, que por estudar o caso

e diminuir consideravelmente o problema, irá melhorar drasticamente a qualidade de vida

de muitos cadeirantes como Sérgio e Alisson, que poderão se locomover com facilidade

pela maioria das ruas e calçadas do país.

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1.4 Objetivos

O objetivo principal do projeto é projetar um acessório que entregue mais controle,

rapidez e fluidez no movimento das cadeiras de rodas, permitindo uma maior facilidade

de locomoção em terrenos irregulares e acidentados. Por consequência, pretende-se que

o acessório facilite a locomoção dos cadeirantes em terrenos irregulares, melhorando sua

qualidade de vida e promovendo uma maior independência por parte dos mesmos.

Como objetivo secundário, pretende-se adquirir a aprovação da ideia, por um

cadeirante que esteja passando pelo problema acima citado. Assim como também fazer

a análise do acessório projetado, por meio de estudos teóricos, visto que não se tem por

objetivo o desenvolvimento de um protótipo físico.

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1.5 Metodologia

De maneira geral, a metodologia adotada para o estudo do movimento das rodas

frontais das cadeiras de rodas, esteve diretamente relacionada ao estudo de caso

efetuado para se ter ciência das soluções que já existem no mercado. Isso porque foram

comparadas as soluções já existentes, a ponto de perceber o que elas têm em comum,

e assim, conseguiu-se identificar os problemas relacionados às rodas frontais das

cadeiras de rodas tradicionais. Sendo então possível a elaboração de uma ideia que

diminua o problema, e também se diferencie das soluções já existentes no mercado,

apresentando vantagens em relação às mesmas.

A escolha do material foi feita com base nas solicitações às quais o protótipo

estaria submetido. Considerando o desgaste por atrito, o peso, a resistência à

compressão, o preço, e a similaridade com a borracha como principais fatores

influenciadores, foi escolhido o poliuretano como material para toda a estrutura do

protótipo.

O dimensionamento do protótipo foi realizado de acordo com a norma ABNT NBR

9050, assim como também através dos cálculos de resistências dos materiais, contidos

no polígrafo elaborado pelo professor Ronaldo Raupp. Os dados da carga aplicada à

estrutura para o cálculo do número de esferas menores necessárias foram obtidos

através de um trabalho de resistência dos materiais, sobre cadeiras de rodas, feito em

2013 por André Vander Perini, Carlos Eduardo Polatschek e William Sfalsin Manhães, no

Instituto Federal do Espírito Santo. Já os dados do material foram obtidos principalmente

através do site MOSKA WHEELS e por meio do guia técnico de elastômeros, disponível

no site univar.

O projeto do protótipo foi feito no Software Autodesk Inventor, e a sua análise foi

realizada através do recurso CAE, disponível no mesmo programa. O processo de

fabricação foi escolhido de acordo com as opções disponíveis para o material,

selecionou-se então a melhor alternativa para cada componente do conjunto. De forma

geral e resumida, assim foi feito o projeto da solução.

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2 DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo, será descrito detalhadamente todos os passos realizados na

pesquisa e projeção do presente projeto. Será abordado todo o trabalho envolvido desde

o início da ideia até a projeção do acessório no programa Autodesk Inventor em seu

resultado final.

2.1 Referencial Teórico

A partir da conversa com o membro da LEME Sérgio e das reportagens do Portal

g1, pôde-se perceber que existem muitos cadeirantes em todo o país, com problemas de

locomoção em ruas e terrenos irregulares. Com isso, notou-se que a ideia de desenvolver

um acessório acoplado nas cadeiras de rodas, para justamente melhorar seu movimento

em terrenos acidentados possuía, de fato, viabilidade.

O próximo passo foi então pesquisar os modelos de cadeiras de rodas existentes

no mercado para escolher em qual desses o acessório seria aplicado. Os modelos de

cadeiras de rodas foram encontrados em um arquivo do instituto nacional para a

reabilitação, escrito pelos autores Pedro Barbosa Rodrigues e Arlindo Figueiredo e Silva.

Neste arquivo constava que as cadeiras de rodas designadas a vida quotidiana se

dividiam nas chamadas cadeiras de rodas clássicas, fabricadas em aço, ocasionando

baixo custo e alto peso; e nas fabricadas em alumínio, sendo mais caras, mas de menor

peso e proporcionando uma maior mobilidade por parte dos cadeirantes. Fora esses

modelos mais tradicionais, também existe um modelo de cadeira com suspensão,

destinado a locomoção em terrenos acidentados; e outro com apenas uma roda dianteira,

focado na vida ao ar livre. Os estudantes André Vander Perini, Carlos Eduardo P.

Kopperschmidt e Willian Sfalsin, classificaram as cadeiras de rodas, no seu trabalho de

resistência dos materiais, em do tipo manual, do tipo elétrica, do tipo scooter, do tipo

pediátrica e do tipo esportiva.

Através da análise dos modelos de cadeiras de roda existentes no mercado,

optou-se por projetar um acessório destinado as cadeiras de rodas manuais do tipo

clássica, tanto as confeccionadas em aço, como as fabricadas em alumínio, visto que

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são as mais utilizadas pelos cadeirantes atualmente. Entretanto, o fato de ter-se

encontrado cadeiras de rodas destinadas à locomoção em terrenos irregulares gerou

preocupação, para tanto, foi feito um estudo de caso a respeito das soluções já existentes

no mercado em relação ao empecilho que pretende-se resolver. Neste estudo, foi

encontrada no site amigos cadeirantes a cadeira de rodas com suspensão citada acima,

o modelo se trata da LoopWheels, que possui rodas traseiras de absorção ao choque

com suspensão integrada. A cadeira com roda única frontal, foi encontrada no site

Revista Galileu, e se chama cadeira de rodas para países subdesenvolvidos, que possui

uma pequena roda frontal, afastada em grande distância das rodas traseiras.

Com o intuito de conhecer os tipos de rodas, o grupo encontrou os mais comuns

em um arquivo chamado Aula09 - Locomoção com Rodas. Existem as rodas clássicas,

que possuem um eixo primário de rotação e é direcional. Há a roda sueca que rotaciona

através do eixo primário e faz com que a roda se mova com pouco atrito em várias

direções. Por último, há a roda esférica, que possui a característica de ser

omnidimensional, ou seja, possui movimento em todos os sentidos. Essas rodas são

bastante interessantes pois facilitam o movimento do cadeirante em sentidos diversos.

Foi encontrado também, no site tecmundo, um veículo utilizado para a locomoção

de cadeirantes em terrenos acidentados. O produto é chamado de HexHog e ele possui

seis rodas. Elas são similares a rodas de um automóvel, pois possuem pneus para

revesti-las. O veículo é capaz de chegar a uma velocidade de 13 km/h e anda na maior

parte dos terrenos devido às suspensões individuais de cada roda para manter o

equilíbrio do conjunto.

Ainda no estudo de caso, encontrou-se no site Smartcr um acessório cujo nome é

freewheel, e se trata de uma roda de grande diâmetro acoplada na parte frontal das

cadeiras de rodas, com o intuito de inutilizar as rodas frontais tradicionais e proporcionar

o movimento através do acessório, que por conta do alto diâmetro, permite que a cadeira

passe pelas irregularidades do terreno com maior facilidade. As imagens das principais

soluções detectadas no estudo de caso citadas acima encontram-se abaixo.

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Figura 1 - freewheel

Fonte: FreeWheel Wheelchair Attachment (2016).

Figura 2 - LoopWheels

Fonte: amigoscadeirantes (2015)

13

Figura 3 - Cadeira de Rodas para Países Subdesenvolvidos

Fonte: RevistaGalileu (2013)

Foi visto também um vídeo de autor e fonte desconhecidos, em que uma cadeira

de rodas se move em uma estrada de chão, por meio de um acessório muito semelhante

à freewheel, que possui as mesmas características, porém o diferencial de estar acoplado

na parte traseira da cadeira.

Ao analisar as soluções encontradas, notou-se que todas aumentam o diâmetro

das rodas frontais, e reduzem seu número para apenas uma, evidenciando que o

problema das rodas frontais originais está em seu pequeno diâmetro e na independência

de seus movimentos. Então optou-se por projetar algo que possua tais características e

que fosse de fato um acessório, que modifique o menos possível a estrutura da cadeira

e que seja compacto, leve e portátil. Dessa forma a solução terá um grande diferencial

em relação a cadeira de rodas para países subdesenvolvidos e a LoopWheels.

O que foi verificado no site FreeWheel Wheelchair Atachment e Revista Galileu, é

que tanto a LoopWheels como a Freewheel são soluções que não são fabricadas no

Brasil, e seu preço convertido, em ambos os casos, passa dos dois mil reais, sem a

aplicação de impostos. O preço do HexHog ultrapassa os trinta mil reais. Sendo assim

pretendeu-se elaborar um projeto mais acessível as pessoas, atendendo a uma parcela

dos cadeirantes que não tem condições de obter uma das soluções acima citadas. Além

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do valor, pretendeu-se que a solução elaborada pelo grupo se diferencie das demais por

proporcionar uma maior fluidez nos movimentos, dando mais controle e mobilidade ao

cadeirante.

A partir dessas propostas e informações, surgiu a ideia de projetar uma solução

que envolvesse esferas, pois sua geometria é capaz de produzir um movimento mais

fluido e em todas as direções, e de proporcionar também um maior controle e mobilidade

do cadeirante para com a cadeira. Com isso, foram feitas pesquisas a respeito de

sistemas esféricos empregados atualmente no mercado, então encontrou-se o Spherical

Drive System, no site de mesmo nome; o sistema se trata de uma moto com rodas

esféricas, capaz de se locomover em todas as direções, através de um chamado ballbot,

cujo funcionamento foi encontrado no trabalho de Umashankar Nagarajan, et al, cujo o

título é The Ballbot: An Omnidirectional Balancing Mobile Robot. Entretanto, percebeu-se

que o sistema não se aplica à proposta do grupo, pois por ser um robô, possui

funcionamento complexo e não manual, onde espécies de rolamentos se movimentam

em revolução dando origem ao movimento da esfera, o sistema também possui um

elevado custo de fabricação.

Para projetar o diâmetro da esfera, foi feita uma visita à loja de produtos

ortopédicos, Ortoshop, em Novo Hamburgo, e lá foram coletadas as dimensões das rodas

frontais de diversos modelos disponíveis no estabelecimento, o maior diâmetro

encontrado foi de 170 mm.

A escolha do material foi feita tendo como critérios principais seu peso, preço,

resistência a compressão, resistência a abrasão e similaridade com a borracha. Tendo

isso em vista, foi selecionado o poliuretano para toda a estrutura do protótipo. As

propriedades do material e suas características foram encontradas em arquivos dos sites

crq4, univar, ministério da educação e hipermetal, sendo esses arquivos respectivamente

o minicurso 2013; polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros; o guia técnico de

elastômeros; a dissertação de mestrado de Dennis Coelho Cruz, sobre o desgaste do

poliuretano por abrasão; e poliuretano. Nesses documentos, foi possível a percepção de

que o poliuretano é muito aplicado nas áreas automotiva, construção civil e elétrica, mais

especificadamente, em vedações, acoplamentos, revestimentos e peças especiais.

Encontrou-se também, nestes arquivos, a definição de poliuretano para a engenharia

15

que, segundo o Guia Técnico de Elastômeros (s.d) é “Materiais oferecendo diversas

propriedades únicas que permitem que os produtos sejam fabricados para atender a uma

variedade de aplicações exigentes”.

Ainda no Guia Técnico de Elastômeros, pôde-se encontrar informações acerca de

propriedades de dureza, resistência à abrasão, compressão, mecânicas, resistência ao

rompimento, resiliência, propriedades em baixas temperaturas, propriedades de tração e

alongamento, propriedades flexíveis, resistência ao calor, resistência à água,

propriedades elétricas, resistência ao oxigênio e ao ozônio, resistência a óleo, graxa e

produtos químicos, resistência à radiação, resistência à chama, resistência ao bolor, mofo

e fungos, propriedades de fricção, usinagem e adesão a outros Materiais. Tais

propriedades levaram o grupo a escolher o poliuretano como material para a estrutura do

acessório.

Informações acerca de outras propriedades do material também foram

encontradas na página moskawheels, na internet, que destacou a alta resiliência,

resistência a abrasão, resistência a fadiga, resistência a impactos, aderência e dureza.

Através deste mesmo site, o grupo verificou a informação de que grau de dureza mínimo

para a estrutura do acessório deveria ser de 40 shore A, visto que se teve por base a

dureza de uma rodinha de skate, que possui similar aplicação.

Já as formas de soldagem existentes para o poliuretano se encontraram nos sites

Emerson Industrial Automation, e Miller WeldMaster, sendo selecionada inicialmente a

soldagem plástica por placa quente como melhor alternativa. Após o estudo das formas

presentes no site, que reuniu as formas de soldagem de termoplásticos existentes no

mercado, sendo essas, soldagem ultrassônica, soldagem por vibração, soldagem a laser,

tecnologia de vibração limpa, soldagem por placa quente, processamento térmico,

soldagem giratória, sistemas rotativos e soldagem infravermelha; foi escolhida de início

a soldagem por placa quente, visto que será aplicada entre dois arcos e, segundo a

página, este é o método indicado para soldar termoplásticos de secções curvas e/ou

complexas. Contudo, por meio de pesquisas em empresas regionais, foi possível

perceber que o método de soldagem por placa quente é pouco convencional, e não

aplicado em empresas da região. Através da visualização de um vídeo no YouTube, do

16

canal Máquinas de Corte a Laser – Eurostec, percebeu-se que o método é caro e

complexo.

Com isso em vista, foram feitas pesquisas de métodos mais simples e baratos de

soldagem de produtos plásticos. Encontrou-se então a soldagem por ultrassom, a partir

do documento do site IngaProjetos, intitulado de Tipos de Soldagem de Plásticos (s.d),

foi possível perceber que o processo é rápido, não danifica as superfícies de contato e

apoio, limpo e seco, não afeta conteúdos internos e não necessita de pré-tratamento.

Dentre os tipos de equipamentos de soldagem ultrassônica, foi selecionada a pistola de

solda ultrassônica, que segundo o site MCI Ultrassônica, facilita a solda em peças

sensíveis, e em pontos pouco acessíveis; é leve e ergonômico, facilitando o trabalho do

operador. A pistola de solda ultrassônica está representada na figura abaixo.

Figura 4 – Pistola de Solda Ultrassônica

Fonte: mciultrassonica (s.d)

Dentre os métodos de aplicação desse tipo de soldagem, apresentados no

documento Tipos de Soldagem de Plásticos (s.d), selecionou-se a rebitagem como a

melhor alternativa. De acordo com o arquivo, neste método, a ferramenta ultrassônica

transmite vibrações a um pino, que é conformado de acordo com sua cavidade; é um

processo rápido e limpo, que permite o trabalho com a ferramenta fria. O valor dos rebites

foi obtido no site DutraMáquinas.

Para fabricar toda a estrutura do acessório, selecionou-se através do site tudo

sobre plásticos, o processo de moldagem por injeção. Para um estudo mais aprofundado

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do processo, foram analisados dois arquivos, um chamado Injeção, do site mg-chemicals,

e outro chamado de Guia de Processamento TPU, do site Univar. Foram também

estudados os conteúdos presentes nos sites Tudo sobre Plásticos e Ferramentalrapido,

da Universidade Federal da Bahia. Nesse conteúdo, pode-se constatar que o processo

de injeção é dinâmico e fechado, sendo dividido em fechamento do molde, em que o

molde com a forma e dimensão da peça é fechado, sendo capaz se suportar alta tensão;

dosagem, em que o composto no cilindro de injeção é plastificado e homogeneizado

através de rotação e aquecimento; o preenchimento, que consiste na inserção do

polímero fundido dentro do molde; o recalque, em que é feita a manutenção da pressão,

com o objetivo de compensar a contração da peça depois de injetada no molde; o

resfriamento, que é o período em que a peça fica dentro do molde, para que diminua sua

temperatura; e por fim, a extração, que é quando o molde é aberto, e a peça retirada de

seu interior.

O processo é inteiramente executado através de uma máquina injetora, que de

acordo com o arquivo intitulado de Injeção, acima mencionado, é caracterizada e

composta nas partes ilustradas abaixo.

Figura 5 - Injetora

Fonte: Injeção (s.d)

Para a fabricação das esferas e do suporte, optou-se, inicialmente, pelo método

de fundição, por conta das informações encontradas no site MoskaWheels. Essas e

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outras informações sobre esse processo foram encontradas no trabalho intitulado de

Processo de Conformação de Plásticos, feito por João Francisco, et al, disponível no site

slideshare. No documento consta que o processo se trata da inserção da resina líquida

em um molde com a geometria e dimensões da peça desejada, que depois se seca, é

retirada do recipiente. Abaixo encontra-se a imagem do processo de fundição do

poliuretano, na fabricação de uma roda de skate. Contudo, percebeu-se que, como a

matéria prima se trata de uma resina, não é possível a implementação desse método na

produção do acessório, visto que o material é poliuretano e o processo é mais demorado

que a injeção, o que prejudicaria a sua produção em massa.

Figura 6 - Fabricação das Rodinhas de Skate

Fonte: MoskaWheels (s.d)

Os cálculos para o dimensionamento do protótipo conforme as suas solicitações

de carga foram retirados do polígrafo de resistências dos materiais elaborado pelo

professor Ronaldo Raupp no ano de 2015. O estudo das cargas que agem na estrutura

foi feito com base nas informações retiradas do trabalho de resistência dos materiais

elaborado pelos alunos do Instituto Federal do Espírito Santo André Vander Perini, Carlos

Eduardo P. Kopperschmidt e Willian Sfalsin, tais informações se tratam de duas imagens

que indicam a distribuição de peso de um cadeirante na cadeira de rodas, e a

19

porcentagem do peso total de um ser humano à qual cada parte do corpo corresponde.

As fórmulas retiradas do polígrafo de resistência dos materiais do ano de 2015 são:

∑ 𝑀𝐴 = 0

∑ 𝑀𝐵 = 0

𝜎 =𝐹

𝐴

𝜎 =𝜎𝑒𝑠𝑐

𝑘

𝐾 = 𝑥 × 𝑦 × 𝑧 × 𝑤

Onde ∑MA é o somatório das somas das forças no apoio a; ∑MB é o somatório

das forças no apoio b; σ é a tensão admissível do material; F é a força do peso do

cadeirante e da cadeira; A é a área da esfera; σesc é a tensão de escoamento do material;

k é o fator de segurança; x é uma constante do material; y é uma constante de tipo de

carga; z é uma constante da aplicação da carga; e w é uma constante que prevê possíveis

falhas de fabricação.

Por fim, as demais informações necessárias para o projeto do protótipo, foram

estudadas e selecionadas no site FreeWheel Wheelchair Atachment, de onde foi tomada

por base, o adaptador do acessório; nos manuais dos modelos de cadeiras de rodas M3

e K2, da ortobras, de onde se retirou certas dimensões não normatizadas; na norma

ABNT NBR 9050, que forneceu parte das dimensões do adaptador do acessório; outras

cotas e informações também foram retiradas a partir do trabalho de Yoshimasa Sagawa

Júnior, et al, intitulado de Análise da propulsão em cadeira de rodas manual: revisão de

literatura; e no documento: Programa de Análise de Produtos: Relatório Sobre Análise

em Cadeiras de Rodas, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

O peso de algumas esferas comerciais de poliuretano, para embasamento, foi retirado

do site RgpBalls.

Para a projeção do suporte das esferas menores, foi estudado o sistema dos

desodorantes roll-on, com o intuito de reaproveitar alguma mecânica, por conta disso, foi

aberto e analisado um desodorante tipo roll-on da marca Rexona. Com o objetivo de

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auxiliar na representação do acessório projetado pelo grupo, e no dimensionamento do

acessório, foi feito o download de um modelo de cadeira de rodas padronizada de acordo

com o padrão ISO, o arquivo da cadeira foi baixado por meio do site TraceParts.

O preço da matéria prima foi calculado através do volume do mesmo, tendo por

referência os valores obtidos no site do mercado livre. Os volumes de cada componente

do acessório foram obtidos com o comando iproperties, que é uma ferramenta do

Inventor. A solução foi projetada no software Autodesk Inventor, e a sua análise de tensão

e deformação se deu através do recurso CAE, presente no mesmo.

21

2.2 Metodologia

No subcapítulo a seguir, será abordado os aspectos acerca do acessório projetado

pelo grupo, incluindo a forma de como se deu o trabalho envolvido, em relação ao que

foi pesquisado e projetado, bem como os itens pesquisados que justificam as escolhas

efetuadas durante a projeção do acessório.

Para definir a ideia final do acessório e começar, de fato, seu projeto, o grupo

analisou as soluções presentes no mercado para o problema que se busca resolver, a

ponto de identificar o que elas têm em comum, e assim poder encontrar os problemas

presentes nas rodas frontais das cadeiras, que comprometem a sua locomoção em

terrenos acidentados e irregulares. Percebeu-se que, como antes já dito, o que todas as

soluções encontradas têm em comum são o fato de reduzirem o número de rodas frontais

para apenas uma, e aumentarem o diâmetro da mesma.

Dessa forma, pode-se notar que os problemas nas rodas frontais das cadeiras de

rodas estavam relacionados ao seu pequeno diâmetro, e à independência de seus

movimentos, visto que as rodas frontais não trabalham em sincronia. Portanto, optou-se

por elaborar uma solução que, ao mesmo que aumente o diâmetro do apoio que dá

movimento a cadeira em sua parte frontal, e diminua o número de apoios de dois para

um, acabando com o problema de falta de sincronia dos movimentos; inove em relação

as soluções já presentes no mercado, proporcionando um menor preço, e uma maior

mobilidade do cadeirante.

A solução pensada então, foi algo que envolvesse esferas, visto que a esfera de

grande diâmetro proporciona uma maior área de contato com o terreno, permitindo que

a cadeira passe com mais facilidade pelos desvios da superfície; e a sua geometria

possibilita uma maior velocidade de movimento, assim como um alto controle do

cadeirante sobre a cadeira, dando a ele maior mobilidade através da rápida resposta da

cadeira ao receber o comando da pessoa, o que gera uma maior facilidade em desviar

dos desníveis presentes no percurso.

22

2.2.1 O acessório

O acessório foi inteiramente projetado no software Autodesk Inventor e é

composto por uma esfera principal de poliuretano, com diâmetro de 250 mm. Há um

suporte, também de poliuretano, que impede que a esfera de 250 mm se desprenda do

acessório, além de ser essencial no movimento que a mesma desempenha. A solução é

acoplada na cadeira através dos tubos laterais da mesma, por meio de abraçadeiras

ligadas a uma estrutura projetada pelo grupo, denominada de adaptador.

Para que haja um movimento mais suave e com garantias de que a esfera não irá

travar, é necessária uma quantidade de 50 esferas menores com o diâmetro de 20 mm

entre a esfera de 250 mm e seu respectivo suporte. Esses menores conjuntos de esferas

fazem com que a força peso produzida pela cadeira e pelo cadeirante seja distribuída

entre todas as esferas menores. Assim sendo, a força de reação que cada esfera suporta

é muito baixa, o que garante o movimento fluido e constante da esfera principal.

Dessa forma, a solução constitui-se em dois conjuntos de esfera e suporte, um

menor que é repetido cinquenta vezes e rebitado equidistantemente um do outro ao longo

da parte interna do suporte principal, tendo a maior quantidade concentrada em seu arco

superior, de forma que fique entre a esfera principal e seu suporte; e outro no qual existe

justamente a esfera de 250 mm que proporciona o movimento à cadeira e seu contato

com o solo.

O suporte da esfera principal possui uma revolução de 360 graus de uma estrutura

retangular, o que cria o círculo que envolve a esfera principal; um arco de 180 graus

atravessa este círculo de ponta a ponta, com isso, a esfera principal é impedida de se

deslocar no sentido do eixo z positivo. Para limitar o deslocamento da esfera no sentido

do eixo z negativo e impedir que a mesma escape do suporte, foram colocadas no círculo

principal duas estruturas também revolucionadas que “abraçam” a esfera maior. Desta

forma, o suporte da esfera principal foi projetado como a figura abaixo.

23

Figura 7 - Suporte Esfera Principal

Fonte: Os Autores (2016)

O suporte para as esferas secundárias, foi projetado com o mesmo intuito do

suporte para a esfera principal, por isso, possui em sua essência a mesma estrutura,

entretanto, no caso deste, procurou-se empregar parte do sistema utilizado em

desodorantes do tipo roll-on, para tanto foi analisada a estrutura de um roll-on da marca

Rexona, com essa análise, descobriu-se que o suporte para a esfera do desodorante

possui pequenas esferas que facilitam o seu movimento. Visto isso, foram empregadas

pequenas “bolinhas” na parte interna do suporte menor, com a finalidade de tornar mais

fluido o movimento das esferas de 20 mm.

Tanto no suporte da esfera principal, como no das esferas menores foram feitos

furos com o diâmetro comercial de rebites de 3,2 mm, para a inserção do mesmo, com o

intuito de acoplar os conjuntos menores no suporte principal. Com isso, o projeto do

suporte menor se deu como a figura a seguir.

24

Figura 8 - Suporte Esfera Secundária

Fonte: Os Autores (2016)

O adaptador do acessório para sua fixação na cadeira foi feito com base no

adaptador presente na freewheel. Sua estrutura foi projetada como uma viga horizontal

ligada ao acessório por meio de outra viga vertical, e acoplada na cadeira por meio de

abraçadeiras com o diâmetro dos tubos laterais da mesma. Assim sendo, o projeto do

adaptador ficou de acordo com a seguinte figura.

25

Figura 9 - Adaptador para Fixação nas Cadeira de Rodas

Fonte: Os Autores (2016)

Após a montagem de todos os componentes dos conjuntos menores e de seu

acoplamento no conjunto principal, a estrutura final do acessório encontrou-se de acordo

com a figura a seguir.

Figura 10 - Conjunto do Acessório

Fonte: Os Autores (2016)

26

Por fim, o grupo efetuou, no site TraceParts, o download de um modelo de cadeira

de acordo com o padrão ISO para cadeiras de rodas. Nesse arquivo foi montado o

acessório projetado pelo grupo, com o intuito de facilitar a visualização do mesmo. O

resultado da representação se encontra na próxima imagem.

Figura 11 - Acessório Acoplado na Cadeira

Fonte: Os Autores (2016)

27

2.2.2 Funcionamento

A esfera do acessório acoplada na cadeira possui um diâmetro superior ao das

rodas frontais da mesma, isso faz com que essas rodas sejam erguidas e percam seu

movimento. Com isso, o movimento que era proporcionado pelas rodas frontais, agora é

dado através do acessório projetado pelo grupo.

O acessório é acoplado na cadeira por meio de abraçadeiras, e nesse instante

passa a ter contato com o solo. Como a solução substitui as rodas frontais, seu

movimento é ocasionado da mesma forma, ou seja, caso o cadeirante aplique força de

rotação na roda direita da cadeira, a esfera a conduzirá a fazer uma curva no sentido

anti-horário; o contrário também é válido, se o cadeirante aplicar uma força na roda

esquerda da cadeira, a esfera a fará fazer uma curva no sentido horário.

O peso depositado pelo cadeirante e pela cadeira no acessório é distribuído nas

50 pequenas esferas que ficam entre a esfera principal e seu suporte, cada uma dessas

esferas recebe uma carga muito pequena, o que possibilita que nem ela, nem a esfera

principal tenham seu movimento travado. Essas pequenas esferas proporcionam uma

maior facilidade de movimento para a esfera principal, visto que, por conta de sua

geometria, reduzem o atrito e não travam a esfera de 250 mm, em nenhum tipo de curva

e/ou movimento que venha a fazer.

28

2.2.3 Dimensionamento

Para efetuar o dimensionamento do diâmetro das esferas, foram necessários os

cálculos de resistência dos materiais, a ponto de identificar o diâmetro mínimo de uma

esfera de poliuretano, necessário para suportar uma solicitação à compressão de 130

Kgf. Dessa forma, os cálculos que foram feitos seguem abaixo.

1 - Cálculo do coeficiente de segurança:

𝐾 = 𝑥 × 𝑦 × 𝑧 × 𝑤

𝐾 = 2 × 1 × 1,5 × 2 = 6

2 - Cálculo da Tensão Admissível:

𝜎 =𝜎𝑒𝑠𝑐

𝑘=

20,6

6= 3,43 𝑀𝑃𝑎

3 - Cálculo do Raio Mínimo da Esfera Maior

𝜎 =𝐹

𝐴

3,43 =1300

4𝜋𝑟2

13,73𝜋𝑟2 = 1300

𝑟2 =1300

13,73𝜋=

1300

43,14

𝑟 = √30,13 = 5,49 𝑚𝑚

∅ = 11 𝑚𝑚

A esfera maior deve possuir um diâmetro de, no mínimo 11 mm, como possui 250

mm, está superdimensionada. As esferas menores suportam uma carga de 10 newtons

cada, se para suportar 1300 newtons são necessários 11 mm, para suportar 10, é

necessário um diâmetro menor, mas as esferas menores possuem um diâmetro de 20

mm, sendo assim, também estão superdimensionadas.

29

Para calcular a quantidade mínima de esferas menores, foi feita a distribuição do

peso do cadeirante ao longo da cadeira. Não foram considerados todos os 130 Kgf, pois

o intuito das esferas menores, é impedir que a maior trave durante seu movimento, e os

130 Kgf são depositados apenas quando o cadeirante está se ajustando na cadeira, com

ela parada. Quando o movimento se inicia, o cadeirante está sentado na cadeira e seu

peso é distribuído. A forma com que o cadeirante distribui seu peso na cadeira, e como

o peso da pessoa é distribuído em seu corpo, foram obtidos nas seguintes imagens dos

arquivos antes referenciados.

Figura 12 – Distribuição do Peso do Ser Humano em Seu Corpo

Fonte: PROJETO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I: CADEIRA DE RODAS (2013)

30

Figura 13 – Distribuição do Peso do Cadeirante na Cadeira de Rodas

Fonte: PROJETO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I: CADEIRA DE RODAS (2013)

Com essas informações, a distribuição de cargas feita pelo grupo se deu da

seguinte forma:

31

Figura 14 – Representação das Distribuição das Cargas na Cadeira

Fonte: Os Autores (2016)

A partir da representação acima, feita no programa AutoCAD, e considerando os

apoios as rodas frontais e traseiras da cadeira, respectivamente. Os cálculos foram feitos

como seguem abaixo:

4 - Cálculo das forças de reação

∑ 𝑀𝐴 = 0

∑ 𝑀𝐴 = (−15,86 × 0,20) + (26 × 0,175) + (88,14 × 0,4) − (0,45𝑅𝑉𝐵)

0 = −3,172 + 4,55 + 35,256 − 0,45𝑅𝑉𝐵

0,15𝑅𝑉𝐵 = 36,634

𝑅𝑉𝐵 = 81,41 𝐾𝑔𝑓

∑ 𝑀𝐵 = 0

∑ 𝑀𝐵 = (−88,14 × 0,05) − (26 × 0,275) + (0,45𝑅𝑉𝐴) − (15,86 × 0,65)

0 = −4,407 − 7,15 + 0,45𝑅𝑉𝐴 − 10,31

−0,45𝑅𝑉𝐴 = −21,867

𝑅𝑉𝐴 = 48,59 𝐾𝑔𝑓

32

Com as equações acima, descobriu-se que a força aplicada nas rodas frontais da

cadeira, e, consequentemente, a força aplicada no acessório é de 48,59 Kgf, por não

haver nenhum embasamento sobre a partir de qual força a esfera perde seu movimento,

foi considerada uma pequena carga de 1 Kgf = 10 n em cada esfera, arredondando o

valor encontrado e colocando uma folga, adotou-se um número de 50 esferas pequenas.

As dimensões do suporte e da abraçadeira foram feitas a partir da norma ABNT

NBR 9050, cuja imagem da parte utilizada encontra-se abaixo.

Figura 15 – Dimensões Normatizadas das Cadeiras de Rodas

Fonte: Norma ABNT NBR 9050 (2015)

As dimensões não obtidas na norma, foram colocadas de acordo com o modelo

de cadeira padrão ISO, baixado do site TraceParts, ilustrado na figura 11. O adaptador

foi dimensionado pelas cotas do modelo. Visto que os rebites são utilizados apenas para

fixação, sem ter de suportar algum tipo de carga considerável, ou oferecer resistência a

um grande deslocamento, o dimensionamento de seu diâmetro foi feito com base na

distância transversal do arco superior do suporte menor.

O cálculo da capacidade de esferas do arco superior do suporte principal foi feito

com base nas fórmulas de comprimento de um círculo, e se deram da seguinte maneira:

33

5 – Cálculo da capacidade de esferas do arco superior do suporte maior

𝐶 = 𝜋𝑟 = 𝜋 × 140,55 = 441,55 𝑚

≫ 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐶 = 0,65𝑟 = 0,65 × 148,3 = 90,395

≫ 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙

O conjunto da esfera menor ocupa tanto no sentido transversal, como no sentido

longitudinal um espaço de 23 mm. Desta forma, no sentido transversal cabem 3 esferas,

e no sentido longitudinal cabem 19 esferas. Totalizando uma capacidade de 76 esferas

no arco superior do suporte principal. Com isso, sabe-se que o suporte pode sim possuir

os 50 conjuntos de esferas de 20 mm de diâmetro.

34

2.2.4 Fabricação

A fabricação do acessório foi pensada com a utilização de uma planilha do Excel

em que se encontram enumeradas todas as etapas para a fabricação do acessório. A

planilha encontra-se nos apêndices.

Primeiramente, serão feitas as produções das esferas de diâmetro 20 mm e de

250 mm, através do método de injeção de poliuretano. Tanto os suportes menores e o

maior, como o adaptador são fabricados também através do método de injeção de

poliuretano em matriz metálica, com a utilização de uma máquina injetora. O adaptador

é fabricado junto com o suporte da esfera maior, na mesma matriz, com o intuito de não

necessitar de montagem. No processo a máquina injeta o material sob pressão em um

molde, que depois de seco é removido na forma e dimensões desejadas.

No processo de montagem, as esferas menores são acopladas nos seus suportes

através da montagem manual, mas antes, os suportes menores são rebitados no suporte

maior, através da solda plástica por ultrassom, que segundo as pesquisas é um processo

limpo, seco e prático, que permite a solda em lugares de pouca acessibilidade. Os rebites

são comprados com o diâmetro comercial de 3,2 mm. Após o acoplamento das esferas

menores em seus respectivos suportes, é acoplada a esfera maior de 250 mm, em que

há outra montagem manual. Por último, é realizada uma inspeção visual para analisar se

há alguma descontinuidade ou defeito no conjunto.

As abraçadeiras serão compradas comercialmente com o diâmetro perto de 11

mm, sem muita exigência, pois são ajustáveis, e montadas no adaptador através de

parafuso com o diâmetro do espaço presente na abraçadeira adquirida. Os 11 mm foram

estipulados de acordo com o diâmetro dos tubos laterais da cadeira medido no arquivo

baixado pelo TraceParts.

35

2.2.5 Análise

Após ter a montagem finalizada, o grupo decidiu utilizar a ferramenta de análise

de riscos no software da Autodesk Inventor. Essa etapa é muito importante para o grupo

verificar se algo foi feito errado durante o processo de desenvolvimento. As cargas

calculadas foram colocadas junto a montagem e constatou-se que não houve

deformações significativas no acessório. Os valores foram tão baixos que o poliuretano,

como o previsto, se adequou as solicitações a ele prometidas.

Foi aplicada uma carga distribuída no adaptador do acessório, para representar o

peso do cadeirante e da cadeira ao qual a solução está submetida. Com isso, foi feita a

simulação e constatou-se que a maior tensão que o acessório sofre é de 2,082 E -4 Mpa,

e seu maior deslocamento é de 1,157 E -6 mm, como mostram as figuras abaixo.

Figura 16 – Análise, Máxima Tensão

Fonte: Os Autores (2016)

36

Figura 17 – Análise, Máximo Deslocamento

Fonte: Os Autores (2016)

A partir dessa análise, percebe que o acessório não está sendo forçado, mas sim

está até superdimensionado na maior parte de sua estrutura, com exceção do adaptador,

que não está superdimensionado, mas suporta com facilidade as cargas as quais está

submetido, e portanto, não há possibilidade de romper.

Vale destacar que a análise de dados foi feita considerando o material como

poliestireno, pois no banco de dados do Inventor não há cadastro do poliuretano

desejado, e para efetuar esse registro eram solicitadas informações que não eram

necessárias para o projeto. Por conta disso, foi selecionado o material mais próximo do

poliuretano disponível no software. O poliuretano é, de certa forma, o material criado para

substituir o poliestireno, pois possui características e propriedades similares, e levemente

superiores ao mesmo. Com isso pode-se afirmar que os resultados reais, são ainda

melhores do que os obtidos na análise.

37

2.2.6 Preço

O preço da matéria prima processada foi feito de acordo com o volume do material,

descobriu-se no site mercadolivre que o valor de um tarugo de poliuretano com volume

de 589048,879 mm^3 e dureza de 90 shore A custa 50 reais. Esse tarugo, foi considerado

como um material já conformado pelo processo de extrusão, tendo incluso em seu valor

o preço da matriz, da extrusão e da matéria prima.

Ao analisar o volume dos componentes do acessório através da ferramenta do

Iproperties, presente no Autodesk Inventor, descobriu-se que o suporte menor possui

volume de 503,017 mm^3, a esfera de 4188,790 mm^3, o suporte maior de 921241,035

mm^3, a esfera maior de 8181230,869 mm^3, e o adaptador de 286635,245 mm^3.

Dessa forma, multiplicou-se o volume da esfera menor e de seu suporte por 50, somaram-

se esses valores com os volumes da esfera maior, do adaptador e do suporte principal,

dividiu-se esse valor pelo volume do material encontrado no Mercado Livre, e multiplicou-

se novamente esse valor por 50, obtendo um preço de mais ou menos 800 reais.

Os 50 rebites utilizados na montagem, de acordo com o site DutraMáquinas

custam em torno de 2 reais e as abraçadeiras tem valor na casa dos 4 reais cada,

segundo o site LeroyMerlim. Desta forma, o acessório, sem levar em consideração o

preço de sua montagem, possui um valor estimado torno de 820 reais, entretanto, como

no processo de injeção do produto são utilizadas matrizes mais complexas do que a de

um tarugo, sabe-se que esse valor tende a aumentar um pouco.

38

2.2.7 Diferencial

Em relação às soluções como a cadeira de rodas para países subdesenvolvidos,

a hexhog e a loopwheels, a solução desenvolvida pelo grupo é muito mais prática, visto

que por ser um acessório, permite a sua remoção em qualquer momento em que sua

utilização não seja desejada. Nas soluções acima citadas, isso não é possível pois estão

vinculadas a cadeira, ou então são a cadeira; no acessório esférico, a cadeira não deixa

de ser o que já é, mas apenas tem características melhoradas que são colocadas em

funcionamento quando desejadas.

Já em relação à freewheel, que também é um acessório, o diferencial está

justamente na geometria e no sistema empregado na superfície que está em contato com

o solo. Na freewheel, o sistema empregado é justamente o mesmo que existe nas

rodinhas tradicionais da cadeira, o que torna o movimento mais limitado. Com a esfera,

existe uma maior superfície de contato com o chão em comparação com a roda e, dessa

forma, a capacidade de passar por desníveis é ainda mais ampliada. A esfera permite

um movimento mais amplo, mais fluido e mais rápido da cadeira em relação à roda.

Também tem um tempo de resposta muito menor ao comando do cadeirante, pois ele

comanda diretamente a esfera, possibilitando um movimento mais controlado, capaz de

desviar das irregularidades com muito mais facilidade e rapidez.

Por último, já foi dito que as soluções existentes no mercado possuem um valor

mais caro que a proposta do grupo. A freewheel e a loopwheels custam mais de dois mil

reais, além de serem produtos importados, em que os impostos não foram considerados.

O acessório do grupo, por outro lado, possui um custo mais acessível, pois a matéria

prima total, já conformada pela extrusão em forma de tarugo, do acessório irá custar em

torno de 800 reais, e mesmo com o valor da montagem e das matrizes mais complexas,

acredita-se que o preço final não se iguale e nem ultrapasse o das soluções existentes.

39

2.3 Resultados de Discussões

Através das imagens representadas na análise de dados, o grupo conseguiu

perceber que o acessório, em sua totalidade junto com o material escolhido, resiste à

previsão de carga que será aplicada, ainda com grande folga. Com isso, é possível

afirmar que não há possibilidade de rompimento da solução, em suas dimensões e

material atual. Seu peso final, resultou em torno dos 10 Kg, o que faz da solução projetada

pelo grupo mais pesada do que as existentes no mercado, mas não com uma diferença

tão grande a ponto de comprometer o seu transporte.

Com o acessório finalizado, foi feita novamente uma visita à LEME, em Novo

Hamburgo, para ouvir de seus membros, suas respectivas opiniões sobre a solução

projetada pelo grupo. Os cadeirantes mostraram grande satisfação ao se depararem com

os desenhos do projeto. Afirmaram que é algo que vai, de fato possuir viabilidade, e

melhorar, em vários aspectos suas atividades rotineiras. Foi de grande agrado, o fato de

que, por não modificar nem o comprimento, e nem a largura da cadeira, o acessório não

compromete seu movimento em lugares mais estreitos, item que é seriamente

prejudicado com as soluções atuais. Como sugestão de melhora, foi comentado somente

a praticidade de seu transporte, e montagem na cadeira; o tempo de acoplamento do

acessório na cadeira é algo que pode ser melhorado, assim como a sua estrutura, que

pode possuir formas de se tornar mais compacta, melhorando seu transporte.

40

3 CONCLUSÃO

Através do acessório projetado pelo grupo, com a finalidade de melhorar o

movimento das cadeiras de rodas em terrenos acidentados, pode-se concluir que é

possível sim projetar uma solução, diferente das já existentes no mercado, que permita

a cadeira de rodas se locomover em terrenos irregulares, melhorando a autonomia e a

qualidade de vida dos cadeirantes.

Dentre os objetivos principais do projeto, pode-se afirmar que todos foram

atingidos, pois o acessório projetado, através da esfera, aumenta a velocidade de

movimento e o controle da cadeira por parte do cadeirante, e, principalmente, melhora a

locomoção da cadeira de rodas em terrenos irregulares.

O objetivo secundário do projeto também foi atingido, visto que após a solução ter

sido projetada, foi feita sua análise, também uma nova visita à LEME, onde foi conseguida

a aprovação do projeto por 3 cadeirantes, que após analisarem a solução, alegaram

grande viabilidade e melhora da mesma em suas atividades rotineiras.

Para o aprimoramento da solução, pode ser estudada e projetada a possibilidade

de um sistema que torne a solução mais compacta, que facilite seu transporte. Outra

possibilidade de estudo é a melhoria da forma com que o acessório é acoplado na

cadeira, de forma que torne o processo mais rápido e mais prático.

41

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