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1 Estudante do MBA Gestão de Cooperativas FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO AMBIENTE DE COOPERATIVISMO: ÉTICA INDIVIDUAL X ÉTICA COLETIVA UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA UNIMED JOÃO PESSOA MARIA EMÍLIA CALDAS DE ALBUQUERQUE MADRUGA* JOÃO PESSOA 2013

FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO AMBIENTE DE

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO

AMBIENTE DE COOPERATIVISMO:

ÉTICA INDIVIDUAL X ÉTICA COLETIVA

UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA UNIMED JOÃO PESSOA

MARIA EMÍLIA CALDAS DE ALBUQUERQUE MADRUGA*

JOÃO PESSOA

2013

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

MARIA EMÍLIA CALDAS DE ALBUQUERQUE MADRUGA

AMBIENTE DE COOPERATIVISMO:

ÉTICA INDIVIDUAL X ÉTICA COLETIVA

UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA UNIMED JOÃO PESSOA

JOÃO PESSOA

2013

Trabalho apresentado ao curso de

MBA – Gestão de Cooperativas de

Saúde, como requisito parcial para a

obtenção de grau de Especialista.

Orientador: Maria Helena Michel

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

RESUMO

OBJETIVOS: Verificar se os cooperados conseguem manter a ética individual

nas atividades sem prejudicar a qualidade do ambiente de cooperativismo.

MÉTODOS: Este é um estudo transversal e descritivo, onde foi utilizado um

questionário auto aplicável em 40 cooperados da UNIMED/João Pessoa, com

questões sobre o interesse em ética médica, bioética e conhecimento sobre o

Código de Ética Médica (CEM)

RESULTADOS: Foram analisadas todas as repostas do questionário auto

aplicável, e foi observado que 45% concordam totalmente e 40% concordam

parcialmente que possuem nível de conhecimento sobre o código de ética

médica; 67,5% concordam totalmente e 30% parcialmente que o código é

importante como guiam de conduta; 70% concordam totalmente e 22,5%

concordam parcialmente que o código auxilia a reduzir duvidas dos

profissionais, é interessante colocar a ocorrência mesmo que discreta nesse

item de 5% de que é indiferente e 2,5% que discordam totalmente; 60%

concordam totalmente e 37,5% parcialmente que entendem que praticam o

código de ética no ambiente de trabalho; 45% concordam totalmente, 35%

concordam parcialmente, 7,5% são indiferentes, 2,5% discordam parcialmente

e 10% discordam totalmente que possuem ética individual e que as praticam;

em relação ao item ignorar o código de ética em seu ambiente de trabalho

pode causar constrangimento coletivo às respostas foram 65% concordaram

totalmente 25% concordam parcialmente, 2,5% acham que indiferente e 5%

discordaram totalmente; Sobre as pessoas agirem de forma individualista no

ambiente de trabalho 30% concordaram totalmente, 55% concordaram

parcialmente, 5% acharam que são indiferentes, 7,5% discordaram

parcialmente, e 2,5% discordaram totalmente; com relação ao conhecimento

dos cooperados sobre o código de ética medico no ambiente de cooperativa as

respostas foram mais equilibradas onde 15% concordaram totalmente, 35%

concordaram parcialmente, 7,5 acham indiferente, 27,5% discordam

parcialmente e 15% discordaram totalmente; e por fim quando se pergunta de

todos cumprem as normas do código de ética no ambiente de trabalho 7,5%

concordaram totalmente, 32,5% concordaram parcialmente, 5% se mantiveram

indiferente, 42,5 discordaram parcialmente e 7,5% discordaram totalmente.

CONCLUSÕES: As respostas encontradas pela aplicação do questionário

sinalizam de forma clara que em relação individual existe o conhecimento, a

noção de importância para a conduta médica, no respaldo a duvidas a prática

da profissão, assim como sua intervenção no coletivo sobre código de ética

médica, em contra partida quando a pergunta se refere à percepção no

coletivo, ou seja, se o colega tem o mesmo grau de conhecimento,

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comprometimento e pratica a pesquisa aponta de forma negativa, levantado

duvidas nesse sentido.

Palavras-chave:Ética Médica; Ética Individual; Bioética; Cooperativa;

Ambiente.

ABSTRACT

OBJECTIVES: Checkifthecooperativecanmaintain individual

ethicswithoutharmingtheenvironmentqualityofcooperative.

METHODS:This is adescriptive cross-sectionalstudy, wherewe useda

selfapplicable inthe40cooperativeUnimed/João Pessoa, with questions

aboutinterest inmedical ethics, bioethics andknowledge ofthe Code ofMedical

Ethics(CEM)

RESULTSWe analyzed all the responses from the questionnaire self applicable,

and it was observed that 45 % strongly agree and 40 % somewhat agree that

possess knowledge level sobreo code of medical ethics , 67.5 % strongly agree

and 30 % partially the code is important as guide of conduct ; 70 % strongly

agree and 22.5 % somewhat agree that the code helps to reduce questions of

professionals , it is interesting to put the occurrence even in discrete item of 5 %

that is indifferent and 2.5 % who strongly disagree and 60 % strongly agree and

37.5 % partially understand that practicing the code of ethics in the workplace ,

45 % strongly agree , 35 % somewhat agree , 7.5 % are indifferent , 2.5 %

disagree and 10 % partially totally disagree that have individual ethics and the

practice , in relation to item ignore the code of ethics in the workplace can

cause embarrassment collective responses were 65 % strongly agreed 25 %

somewhat agree , 2.5 % think indifferent and 5 % totally disagreed ; Sobreas

people act individualistically in the workplace 30 % strongly agreed , 55 %

agreed partially , 5 % thought it is indifferent , 7.5 % partially disagreed , and 2.5

% disagreed completely , with respect to knowledge of the cooperative on the

code of medical ethics in the environment of cooperative responses were more

balanced where 15 % strongly agreed , 35 % agreed partially , feel indifferent

7.5 , 27.5 % partially disagree and 15 % totally disagreed , and finally when

asks all meet the standards of the code of ethics in the workplace 7.5 %

strongly agreed , 32.5 % agreed partially , 5 % remained indifferent, 42.5

partially disagreed and 7.5 % disagreed completely .

CONCLUSIONS:The answersfoundbythe

questionnaireclearlyindicatethatindividualexistsregardingthe knowledge, the

notionof importance tomedical managementinsupporttodoubtthe practiceof the

profession, as well as its interventionin the collectivecodeofmedical ethics,

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

matched againstwhen the questionrefers tothe collectiveperception, ieif

thecolleaguehas the samelevel of knowledge, commitment andpracticethe

research showsa negativeraiseddoubtsin this regard

Key words: Medical Ethics; Individual Ethics; Bioethics; Cooperative Health;

Environment.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a medicina vem enfrentando grandes transformações, e

conseqüentemente tornou-se crescente a importância da ética médica e

bioética para a compreensão da realidade e antecipação as novas questões

impostas na vida daqueles que lidam com a saúde. Discutir ética na medicina

pode proporcionar substancia para por assim dizer a construção de um tratado.

A história da medicina nos remete a eras remotas antes de Cristo, e a partir de

Hipócrates a medicina constituiu-se em um paradigma material e formal da

ética grega. Material, pelos benefícios da Medicina e da moral dentro do

naturalismo grego, no qual a saúde é sinônima de beleza e bondade; e,

Formal, pela conjunção médica-filosófica traduzida na racionalidade “pratica”,

“científica”, “casuística”, e “producencial” que transformou a ética numa

disciplina.

Ética, é um ramo da filosofia, considerada uma ciência do comportamento

moral humano. Trata-se da Filosofia Moral ou do pensamento filosófico a cerca

da moralidade, dos problemas morais e dos juízos de valor, segundo Frankena(

1981).

Profissão é uma atividade humana especifica que surge em razão de uma

necessidade social para a qual deve estar voltada, com a missão fundamental

de colaborar para o bem estar coletivo, o equilíbrio e a paz social.

Muitos estudiosos têm constatado a discrepância entre o desenvolvimento

técnico-científico enfrentada pela profissão médica e a realidade dos

consultórios e hospitais, no que se refere à qualidade do atendimento e a

humanização. É notória a discrepância, a cada dia maior, entre a ética prescrita

pelos códigos e aquelas exercidas pelos profissionais.

Todo profissional em sua formação acadêmica é apresentado à ética de sua

profissão. É comum que em principio de carreira a aplicação do código tenha

mais valor e significância para o profissional, pois ele norteia sua vivencia diária

de trabalho e sua conduta, mas com o passar do tempo às atitudes pessoas e

os valores individuais assumam o controle do comportamento ético dos

profissionais, mesmo os da classe medica que possui um código vasto e

importante. Mesmo assim muitas vezes, os pontos mais básicos do código de

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

ética médica são deixados em segundo plano, principalmente num ambiente de

cooperativismo. O que poderia ser um comportamento pontual toma

proporções maiores em detrimento de valores individuais e do “isolamento” que

o profissional de saúde vive, pelo grau de responsabilidade com a vida e com o

bem estar que deve proporcionar a população que atende, e talvez, também

pela “competitividade” de carreira.

Como justificativa para a elaboração desse trabalho é a relevância de que as

praticas de ética medicas sejam vivenciadas para agregar valores positivos nas

relações do ambiente de cooperativismo, fazendo com que o cooperado as

assimile com facilidade e de forma cordial. Com esse trabalho pretende-se

refletir e chamara a atenção acerca de um assunto que esta sempre atual e

que eventualmente é tema de debates e programa na mídia quer seja de forma

positiva quanto pejorativa e difamatória

A problemática surge da incógnita: Os cooperados da UNIMED/João Pessoa

conseguem manter a ética individual no contexto coletivo?

Como objetivo geral, o intuito é verificar se os cooperados conseguem manter a

ética individual nas atividades sem prejudicar a qualidade do ambiente de

cooperativismo. E especificamente discutir e sugerir estratégias relacionadas à

ética e avaliar como os cooperados as praticam, e, analisar a viabilidade de

implantar e implementar estratégias e ações que multipliquem e esclareçam à

boa pratica ética.

RERFERENCIAL TEÓRICO

A ética individual esta baseada nos valores fundamentais de uma sociedade,

ou seja, devemos ser responsáveis pelos nossos atos, procurando ser honesto

sempre, educados cumpridores de todos os compromissos assumidos com

toda a lealdade. E assim é possível o principio de igualdade entre os cidadãos,

na construção de uma sociedade mais justa. É transmitida e interiorizada ao

longo do tempo, e diferencia-se no contexto cultural, não no social e

econômico. Não é adaptável aos interesses circunstanciais.

A ética coletiva ou institucional depende da visão do que cada um tem da

realidade institucional a qual esta inserida, do respeito mútuo, pessoal e

profissional. Depende da ética individual, mas é regido por um código de ética.

Código de ética é um conjunto de regras que orientam a conduta profissional

interna e externa de todos os elementos de uma organização. É um elemento

de mediação e resolução de conflitos de uma organização.

Em relação aos direitos dos cooperados, entende-se que ele pode votar e ser

votado; Garantida a participação em todas as operações da cooperativa;

Receber retorno sobre os apurados ao fim de cada ano; Examinar os livros e

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

documentos, convocar assembléia, caso necessário; Pedir esclarecimento aos

conselhos de Administração e Fiscal; Opinar e defender as suas idéias; Propor

ao Conselho de Administração ou à Assembléia Geral, medidas de interesse

da Cooperativa.

Da responsabilidade profissional, no código de ética medica é composto por 21

artigos dos quais se acham prescritos os deveres de informação, vigilância,

prudência e pericia, estando o profissional obrigado a cumprir os chamados

mandamentos básicos da atenção médica: dever da informação, dever da

vigilância, dever da atualização e dever da abstenção de abuso.

É dever de todo o medico garantir os direitos fundamentais da pessoa humana

como: dignidade, integridade física e psíquica, e respeito às diferenças

(tolerância). Qualquer prática que afrontem tais preceitos será considerada

atentatória à moral médica. Está incluído o direito ao consentimento

esclarecido em todos os procedimentos médicos, exceto nos casos de

urgência. Consta também a ação intervencionista nos casos de greve de fome,

e a vedação da participação do medico em relação à pena de morte.

A relação entre os médicos deve ser o de solidariedade corporativa. È

imperativo não prejudicar o colega, acobertar condutas antiéticas, praticar

concorrência desleal, negar informação sobre paciente encaminhado, reter

paciente, alterar prescrição ou tratamento, ou qualquer outra interferência na

autonomia profissional de outro medico, inclusive na condição de auditor.

Nas suas relações com pacientes e familiares, deve-se observar o direito do

paciente tais como, obter dos meios disponíveis para o diagnostico e

tratamento; receber as informações quer sejam sobre a sua pessoa, e no caso

de impedimento por razões emocionais ou de consciência, estender esse

direito ao responsável legal; Inclui também o direito a conferencia médica e ao

acesso a todos os dados colhidos pelo profissional apresentados em prontuário

ou ficha clínica, declarações, atestados, laudos, relatórios e tudo o que diz

respeito a sua pessoa (Habeas data). Observamos aqui os princípios da

autonomia, direito de decidir livremente sobre os procedimentos médicos e ao

consentimento esclarecido; da beneficência, como usar a técnica em favor do

paciente; da não maleficência, não ter os cuidados suspensos; e da justiça, não

praticar a eutanásia e respeitar a legislação sobre a reprodução assistida. È

importante ressaltar aqui a abstenção ao abuso, não se aproveitar da relação

com o paciente para obter vantagem física, financeira, emocional e política, e

nem desrespeitar o seu pudor.

O sigilo médico é um dos preceitos mais destacados do Corpus Hippocraticum,

pois representa a garantia da sociedade para com os direitos individuais, sendo

indispensável para o pleno exercício da maioria das profissões. O segredo

médico é resultante da aplicação da doutrina moral e legal do sigilo profissional

sobre a medicina, que impõe ao profissional a não revelação daquilo que tenha

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

conhecido, percebido ou deduzido por ocasião da intima relação entre medico

e seu paciente. Nasce aqui a livre confiabilidade e confidencialidade do

paciente para com seu médico, sem a intervenção de terceiros.

Ainda sobre o sigilo profissional e duvidas a respeito da definição, guarda,

manutenção e manuseio de prontuários, o Conselho Federal de Medicina

promulgou a Resolução CFM N. 1.638/2002, que define a responsabilidade e

torna obrigatória a criação de Comissões de Revisão de Prontuários nos

estabelecimentos e/ou instituições de saúde onde prestem assistência médica.

Outra novidade é em relação aos prontuários eletrônicos e a criação da

Resolução CFM Nº 1.639/2002, que aprova as normas técnicas para o uso de

sistema informatizado para a guarda e manuseio de prontuários médicos.

A Bioética modelo do Principialismo (Beauchamp e Childress – 1994) baseia-se

em quatro princípios normativos para a abordagem de dilemas éticos,

principalmente aqueles aplicáveis à práxis médica e que requerem um perfeito

equilíbrio entre eles.

As práxis, Beneficência a ética da filantropia hipocrática, a mais requerida na

área da saúde, onde a atenção e o cuidado ao paciente implicam em atuar

sempre em seu beneficio; A Não-maleficência tem o mesmo significado de não

prejudicar, não ter intenção danosa; Autonomia significa o direito a

autodeterminação e autogoverno da pessoa humana que tem o direito de

decidir sobre si mesma; e a Justiça que é um principio com duas vertentes, a

distributiva (relação governo x seus súditos), e a comutativa (regula as relações

das pessoas entre si). Para a Bioética não há justiça quando se nega, sem

justificativa, a uma pessoa que merece ou quando se lhe impõe um ônus

indevido.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na Cooperativa UNIMED/ João Pessoa. Com uma

amostra de 40 cooperados. O tipo de pesquisa é quantitativa, descritiva e de

campo, e quanto ao método é comparativo, analítico e estatístico. A técnica

utilizada foi à aplicação de questionário (Günther). Os dados foram analisados

no programa de análise estatística SPSS, versão 9.0 para Windows (SPSS inc.

Chicago, Illinois).

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

RESULTADOS

Analise do questionário composto por nove perguntas diretas, vai ser de item

por item.

Questão 01: Na opinião dos entrevistados sobre o nível de conhecimento do

código de ética medica 17(42,5%) concordaram totalmente, seguido de 16

(40%) concordaram parcialmente, 03 (7,5%) se manifestaram indiferente e 04

(10%) discordaram totalmente. Observa-se a existência de uma população que

não consideram o seu nível de conhecimento sobre o código de ética

satisfatório, é necessário identificar onde esta essa lacuna que deixa os

cooperados inseguros nesse sentido. Será que o problema surge no meio

acadêmico com a falha da grade curricular, ou será que a vida atribulada, a

busca pela conquista de um padrão de vida confortável, ou mesmo o empenho

de fazer um trabalho bem feito esta fazendo com que a teoria seja deixada em

segundo plano ou até mesmo esquecida;

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

10

Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 02: Nessa questão a grande maioria concordou totalmente 27

(67,5%), ou concordou parcialmente 12 (30%) e apenas 01 (2,5%) que se

manifestou indiferente em relação à importância do código de ética médica

como guia de conduta para o cooperado. Relacionando com a questão anterior

fica claro aqui que no entendimento dos cooperados, que o código de ética

médica como guia de conduta, embora não tenham absoluta certeza do

conhecimento sobre o mesmo;

1º CT

2º CP

3º I

11

Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 03: No que se refere ao auxilio do código de ética para reduzir duvidas

dos profissionais, 28 (70%) concordaram totalmente, 09 concordaram

parcialmente, 02 (5%) são indiferentes, e apenas 01 (2,5%) discordou

totalmente. É interessante observara aqui que embora a grande maioria

concorde que o código de ética é eficiente para esclarecer duvida, existem

cooperados que se dizem indiferentes ou discordam nesse sentido. Seria

interessante aprofundar o estudo nesse sentido.

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

12

Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 04: Quando a pergunta foi relacionada se o cooperado entendia que

praticava o código de ética médica no seu ambiente de trabalho as respostas

foram positivas, onde 24 (60%) concordaram totalmente, 15 (37,5%)

concordaram parcialmente, e apenas 01 (2,5%) é indiferente. Talvez para

alguns dos cooperados seguir o padrão seja aplicar e praticar o código de ética

no seu cotidiano de trabalho em cooperativa. Será que ocorre algum equivoco

de conceito aqui?

1º CT

2º CP

3º I

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 05: Sobre possuir ou ter ética própria a praticar, as respostas

sinalizaram que 18 (45%) concordaram totalmente, 14 (35%) concordaram

parcialmente, 03 (7,5%) foram indiferentes a essa questão, 01 (2,5%)

discordaram parcialmente, e 04 (10%) discordaram totalmente. Talvez a

questão tenha deixado alguma duvida, pois na condição humana e em convívio

em sociedade deve ter no mínimo um padrão ético moral que os inibam a

cometer atos danosos, principalmente para quem lida com a saúde coletiva.

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

5º DT

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 06: No tocante ao fato de ignorar o código de ética no ambiente de

trabalho poder causar situações de constrangimento coletivo, 27 (67,5%)

concordaram totalmente, 10 (25%) concordaram parcialmente, 01 (2,5%)

indiferente, e 02 (5%) discordaram totalmente. Sinalização de que o código de

ética assume sua posição como o de ditar as regras de comportamento e

padronização das atividades coletivas;

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 07: No que se refere ao comportamento dos cooperados agirem de

forma individualista no ambiente de trabalho, resultado apresentado foi o

seguinte 12 (30%) concordaram totalmente, 22 (55%) concordaram

parcialmente, 02 (5%) são indiferentes, 03 (7,5%) discordaram parcialmente e

01 (2,5%) discordaram totalmente. Esta é uma questão que demonstra que

apesar de saber que o código de ética é importante e que rege o ambiente de

trabalho institucional, coletivo e, por conseguinte as cooperativas, a prática

individualista é a que prevalece no final das contas. Por isso é importante

ampliar a investigação acerca de tal aprendizagem, se é falha ou uma opção

de vida.

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

5º DT

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 08: Para identificar se é entendido que todos os cooperados médicos

têm conhecimento do código de ética medica, o resultado foi 06 (15%)

concordaram totalmente, 14 (35%) concordaram parcialmente, 11 (27,5%)

discordaram parcialmente, 06 (15%) discordaram totalmente e apenas 01

(2,5%) é indiferente. Nessa situação existe praticamente um equilíbrio entre as

resposta dos que concordam e os que não concordam, fato que coloca em

duvida sobre as relações de confiança entre os cooperados a cerca de que

seus colegas conheçam e entendam o código de ética, manifestação essa que

pode estar respaldada por fatos do cotidiano ou pela pretensão de se

considerar melhor que o colega nesse sentido.

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

Questão 09: E por fim se os cooperados percebem que todos cumprem as

normas do código de ética médica, as respostas surpreendem de certa forma,

pois 03 (7,5%) concordaram totalmente, 13 (32,5%) concordaram parcialmente,

02 (5%) são indiferentes, 17 (42,5%) discordaram parcialmente e 03 (7,5%)

discordaram totalmente. A soma do numero de pessoas que discordam com os

que se dizem indiferentes a esta questão é bem significativo, então na pratica

todos acreditam no código de ética ou o conhecem, mas efetivamente não

acreditam que seu colega tenha o mesmo pensamento e atitude de cumprir

com as regras, é uma controvérsia interessante e necessita ser mais

investigada.

1º CT

2º CP

3º I

4º DP

5º DT

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

DISCUSSÂO

É um fato interessante observar o quanto se entende que a individualidade é

tão marcante nas relações de cooperativas, pois todas as perguntas

direcionadas ao autoconhecimento as respostas são bem mais substanciais, e

muito mais diretas. É do entendimento de todos que o código de ética medica é

importante, pois foi assim aprendido em algum momento de sua vida

acadêmica que se deve obedecer e observar tais normas. Pode até ter sido

bem trabalhado nos primeiros anos de profissão e até que de forma individual

continuam a entender que a praticam. Mas por que será que de forma coletiva

essa situação não fica bem clara? Por que existem duvidas que o colega de

cooperativa não apliquem de forma adequada as normas de ética, bioética,

direitos humanos, coisas básicas para o cuidado com a vida humana. Será que

a competitividade e muitas vezes o orgulho afastam as pessoas e com isso o

profissional também?

É de fato notório que no trato cotidiano em cooperativas, pela dinâmica da

situação de trabalho os profissionais estejam tão assoberbados que deixam de

perceber o colega cooperado como um ser igual e que apesar de conhecer

todas as regras que norteiam sua conduta profissional e possuir um

comportamento ético próprio, é passível de falhas e que pode cometer

equívocos como qualquer outro profissional.

É relevante levar essa discussão a diante quer seja a nível acadêmico e de

conselho, para que o código de ética médica seja mais bem assimilado e que

esta sendo praticado a nível individual e coletivo.

Fica a sugestão de grupos de estudos acerca da conduta ética em ambiente

de cooperativa, e material de divulgação sistêmica para que as tornem

facilitadora, para difundir o conhecimento seguro e eficaz tornando os

cooperados cientes que todos atuam em suas especialidades dentro da

cooperativa com o mesmo grau de importância, competência e principalmente

sincronizados no que se refere à boa pratica medica respaldada no código de

sua profissão.

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

CONCLUSÃO

Ainda se deve haver maior estudo no que se refere ao ensino acadêmico sobre

o código de ética médica, suas características, sua importante relevância para

a boa pratica e segurança na vida do profissional de medicina. É primordial

para o em trabalho de cooperativa que todos entendam que estão alinhados

em um mesmo pensamento, o de assegurar vida e qualidade de vida, e para

isso devem confiar que todos sigam as normas do código de ética.

Portanto esse trabalho consegue remeter a um viés falho na pratica diária dos

cooperados da UNIMED/João Pessoa, ou seja, os profissionais de certa forma,

não estão seguros ou estão tão isolados em sua rotina que não acreditam

totalmente que em seu ambiente de trabalho todos estejam dentro de um

mesmo padrão de pensamento ético coletivo.

Por outro lado, as cooperativas de saúde devem assegurar que o

comportamento ético coletivo, no que se refere ao código de ética medico, seja

mais difundido e cobrado de seus cooperados, para com isso inibir atitudes

danosas ao publico a quem presta serviço, assegurar o bom andamento do

trabalho, a qualidade e a presteza no atendimento de saúde, e assim evitar

situações que coloquem em risco o bom nome de seus cooperados e por

conseqüência a imagem da cooperativa.

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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas

REFERENCIAS

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bioética na graduação médica. Ver bras. educ. med. 32(4): 437-444, GRA,

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02. Bitencourt, Almir G. V, atall. Análise do erro médico em processos ético-

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