38
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D. Engenharia de Fundações 2º Semestre de 2014 97 NOTAS DE AULAS DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES 2º SEMESTRE DE 2014 (ESTACAS E BLOCOS DE COROAMENTO DE ESTACAS E TUBULÕES) PROFESSORES: RIDECI FARIAS HAROLDO PARANHOS BRASÍLIA / DF JULHO / 2014

Fundações - Estacas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Estacas e blocos de fundações

Citation preview

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 97

    NOTAS DE AULAS DE ENGENHARIA DE FUNDAES

    2 SEMESTRE DE 2014

    (ESTACAS E BLOCOS DE COROAMENTO DE ESTACAS E TUBULES)

    PROFESSORES:

    RIDECI FARIAS

    HAROLDO PARANHOS

    BRASLIA / DF

    JULHO / 2014

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 98

    SUMRIO

    8.0. FUNDAES PROFUNDAS CARGA ADMISSVEL ................................ 101

    9.0. DIMENSIONAMENTO DE ESTACAS .......................................................... 103

    9.1. CAPACIDADE DE CARGA DAS ESTACAS ...................................................... 103

    9.2. DIMENSIONAMENTO DA SEO DA ESTACA ............................................. 107

    10.0. DIMENSIONAMENTO DE BLOCOS DE COROAMENTO EM ESTACAS E TUBULES ............................................................................................................ 113

    10.1. BLOCO PARA UMA ESTACA ......................................................................... 113

    10.2. BLOCO PARA DUAS ESTACAS ...................................................................... 118

    10.3. BLOCO PARA TRS ESTACAS ....................................................................... 124

    10.4. BLOCO PARA QUATRO ESTACAS ................................................................ 127

    10.5. ARMAO DE BLOCOS COM MAIS DE 4 ESTACAS ................................. 131

    LISTA DE FOTOS

    Foto 10.1 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (Construtora Quartzo). ......... 115

    Foto 10.2 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (fundflexnine). ..................... 115

    Foto 10.3 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (Construtora Quartzo). ......... 120

    Foto 10.4 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (fundflexnine). ..................... 120

    Foto 10.5 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ................... 125

    Foto 10.6 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ................... 125

    Foto 10.7 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ................... 125

    Foto 10.8 Bloco de coroamento de 3 estacas. ..................................................................... 125

    Foto 10.9 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas. ............................................. 127

    Foto 10.10 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas. ........................................... 127

    Foto 10.11 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas. ........................................... 128

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 8.1 Estacas pr-moldadas de concreto (Velloso Lopes, 1996). 101

    Tabela 8.2 Estacas de madeira (Velloso Lopes, 1996). 101

    Tabela 8.3 Estacas de ao (Velloso Lopes, 1996). 102

    Tabela 8.4 Estacas escavadas. 102

    Tabela 8.5 Outros tipos de estacas. 103

    Tabela 9.1 Valores de C em funo do tipo de solo (Dcourt e Quaresma, 1978). 105

    Tabela 9.2 Valores de C em funo do tipo de solo para estacas escavadas com lama bentontica (Dcourt, 1986). 106

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 99

    Tabela 9.3 Valores de coeficientes . 107

    Tabela 9.4 Valores de coeficientes . 107

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 100

    Esta apostila foi elaborada para os alunos de graduao em Engenharia Civil na disciplina

    Engenharia de Fundaes com o objetivo de familiarizar os futuros Engenheiros com as

    fundaes mais comumente utilizadas no Brasil. Entretanto, este material pode ser utilizado

    por qualquer outra Faculdade, desde que seja para fins educacionais, sem consulta prvia aos

    autores.

    O material que serviu de base para a elaborao desta apostila foi:

    a) Experincias dos professores Rideci Farias e Haroldo Paranhos na rea Geotcnica;

    b) Normas ABNT/ NBR; Normas ASTM; Normas DNIT; etc.;

    c) Livro (Guia Prtico de Projeto, Execuo e Dimensionamento, Yopanan C. P. Rebello),

    apostilas, notas de aulas, entre outros materiais diversos, tais como dos professores: Mrcio

    M. Fabrcio; Joo A. Rossignolo.

    d) Sites diversos consultados na Internet, tais como:

    http://www.radierprotendido.com.br/;

    http://www.estacasipr.com.br/produtos.php;

    http://www.benaton.com.br/html/estacas-benaton.htm;

    http://www.perfurac.com.br/reforcos-fundacoes-mega.htm;

    http://www.solotrat.com.br/;

    http://www.fundesp.com.br;

    http://www.brasfond.com.br;

    http://www.fxsondagens.com.br;

    http://www.tecgeo.com.br/;

    http://www.engeconfundacoes.com.br;

    http://www.franki.com.br;

    http://www.geofix.com.br;

    http://www.solossantini.com.br;

    http://www.geone2010.com.br/download/Palestra_GeoNE_2010.pdf;

    http://www.acharimoveis.com/blog_imobiliario/?m=201103;

    http://www.dicionariogeotecnico.com.br;

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 101

    8.0. FUNDAES PROFUNDAS CARGA ADMISSVEL

    A determinao da carga admissvel de estacas compreende dois aspectos:

    a) Estrutural: segurana runa do elemento estrutural;

    b) Geotcnico:

    b.1) segurana ruptura ao cisalhamento do solo (capacidade de carga);

    b.2) recalques aceitveis.

    a) Estrutural: A seguir so apresentados os tipos mais comuns de estacas e suas respectivas

    cargas nominais usuais (cargas admissveis considerando apenas o aspecto estrutural), em

    funo da seo transversal do fuste e da tenso mdia do fuste ().

    Tabela 8.1 Estacas pr-moldadas de concreto (Velloso Lopes, 1996).

    Tabela 8.2 Estacas de madeira (Velloso Lopes, 1996).

    Observao: Os valores da tabela so apenas uma ordem de grandeza, pois a carga nominal

    depende do tipo de madeira.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 102

    Tabela 8.3 Estacas de ao (Velloso Lopes, 1996).

    Tabela 8.4 Estacas escavadas.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 103

    Tabela 8.5 Outros tipos de estacas.

    b) Geotcnico:

    b.1) Capacidade de carga f (perfil do solo): frmulas tericas; mtodos semi-empricos; prova

    de carga esttica; prova de carga com carregamento dinmico.

    b.2) Recalques admissveis.

    9.0. DIMENSIONAMENTO DE ESTACAS

    9.1. CAPACIDADE DE CARGA DAS ESTACAS

    As cargas admissveis das estacas apresentadas so em funo do dimetro e so cargas

    mximas possveis em funo da resistncia do corpo da estaca. Porm, essas cargas nem

    sempre refletem os valores realmente possveis de serem transmitidos ao solo. Como se sabe,

    a transferncia de carga ao solo se d pelo atrito lateral e o solo, e a reao devida ponta da

    estaca, depende, portanto, alm do dimetro, do comprimento da estaca e do tipo de solo

    atravessado por ela.

    As frmulas tericas para determinao da capacidade das estacas so de difcil utilizao, j

    que exigem o conhecimento de parmetros muitas vezes complicados de serem obtidos com

    preciso. Por isso, apresenta-se um processo mais simples, proposto pelos pesquisadores

    Dcourt e Quaresma e que bastante utilizado. Alm desse, h diversos mtodos utilizados no

    Brasil como a seguir:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 104

    a) Mtodo de Meyerhof;

    b) Mtodo de Pedro Paulo Costa Velloso;

    c) Mtodo de Aoki-Velloso;

    d) Mtodo de Alberto Henriques Teixeira;

    e) Mtodo de Urbano Rodrigues Alonso.

    Observao 9.1: Em dimensionamento de fundaes, recomenda-se que se proceda a diversos

    mtodos, pelo menos cinco, a fim de verificar as variaes na capacidade de carga das estacas

    com vistas tomada de deciso ao mtodo a ser adotado.

    Observao 9.2: Recomenda-se que se d ateno especial ao mtodo desenvolvido para os

    solos da regio em que a obra ser implantada.

    O Mtodo de Dcourt-Quaresma se baseia no conhecimento do SPT do solo apresentado na

    sondagem percusso.

    A capacidade da estaca dada pela seguinte relao:

    ppsc A . q . . A . q . Q Onde:

    cQ = capacidade de carga da estaca;

    sq = resistncia ao atrito;

    A = rea lateral da estaca;

    = comprimento da estaca;

    pq = resistncia de ponta;

    pA = rea da ponta da estaca;

    e so coeficientes que dependem do tipo de estaca e do solo (Tabelas 9.3 e 9.4).

    A rea da ponta da estaca (Ap) considerada em funo da rea de projeo da ponta da

    estaca e no efetivamente da rea da seo transversal da ponta da estaca, ou seja:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 105

    A parcela qs, devida ao atrito lateral calculada da seguinte forma:

    )(tf/m 13

    Nq

    2m

    s

    Em que Nm a mdia dos pontos SPT ao longo do comprimento considerado para a estaca,

    por exemplo para uma estaca de 5,0 metros, tem-se:

    NN m

    5

    )1581262(N m

    6,8Nm

    Portanto,

    2

    s tf/m3,8713

    8,6q

    1 2

    2 6

    3 12

    4 8

    5 15

    6 18

    7 25

    8 28

    9 35

    10 32

    = 5,0 m

    Valores do SPTProfundidade (m)

    A resistncia de ponta dada pela seguinte relao:

    )(tf/m N . Cq2

    p

    Em que C um coeficiente que depende das caractersticas do solo e N o SPT na ponta da estaca. Costuma-se utilizar para N a mdia de trs valores, o da ponta, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior.

    Tabela 9.1 Valores de C em funo do tipo de solo (Dcourt e Quaresma, 1978).

    Tipo de Solo C (tf/m2)

    Argila 12

    Siltes argilosos 20

    Silte arenoso 25

    Areia 40

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 106

    Tabela 9.2 Valores de C em funo do tipo de solo para estacas escavadas com lama bentontica (Dcourt, 1986).

    Tipo de Solo C (tf/m2)

    Argilas 10

    Siltes argilosos (alterao de rocha) 12

    Siltes arenosos (alterao de rocha) 14

    Areias 20

    Pode ocorrer que abaixo da ponta da estaca exista um solo cuja resistncia, indicada pelo

    SPT, seja inferior do solo em que esteja assentada a ponta. Neste caso, deve-se considerar a

    influncia das camadas menos resistentes a uma profundidade da ordem de 10 vezes o

    dimetro da estaca. O valor de N ser a mdia dos valores obtidos nessa profundidade.

    1 2

    2 2

    3 5

    4 6

    5 10

    Estaca dimetro de 30 cm 6 12

    ( = 30 cm)

    7 15

    8 18

    (Silte arenoso)

    9 10

    = 10 x

    10 8

    = 10 x 30 cm = 3,0 m

    11 20

    12 28

    Profundidade (m) Valores do SPT

    144

    20)810(18N

    C = 25 (silte arenoso)

    )(tf/m N . Cq2

    p )(tf/m 350 14 . 52q2

    p

    Os coeficientes de e , que dependem do tipo de estaca e do solo, so apresentados nas Tabelas 9.3 e 9.4.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 107

    Tabela 9.3 Valores de coeficientes .

    Tipo de Solo

    Tipo de Estaca

    Escavada

    em Geral

    Escavada

    com Lama

    Bentontica

    Hlice

    Contnua Raiz

    Micro

    Estacas

    Pr-

    Moldadas

    Argilas 0,85 0,85 0,30 0,85 1,00 1,00

    Solos

    intermedirios 0,60 0,60 0,30 0,60 1,00 1,00

    Areia 0,50 0,50 0,30 0,50 1,00 1,00

    Tabela 9.4 Valores de coeficientes .

    Tipo de Solo

    Tipo de Estaca

    Escavada

    em Geral

    Escavada

    com Lama

    Bentontica

    Hlice

    Contnua Raiz

    Micro

    Estacas

    Pr-

    Moldadas

    Argilas 0,80 0,90 1,00 1,50 3,00 1,00

    Solos

    intermedirios 0,65 0,75 1,00 1,50 3,00 1,00

    Areia 0,50 0,60 1,00 1,50 3,00 1,00

    Observao 9.3: Em relao a coeficientes de segurana para a carga admissvel das estacas,

    sugere-se:

    a) Para resistncia lateral: Fs = 1,3;

    b) Para resistncia de ponta: Fp = 4,0.

    Dessa forma, a carga admissvel das estacas ser dada por:

    0,4

    A . q .

    3,1

    . A . q . Q

    ppsadm

    9.2. DIMENSIONAMENTO DA SEO DA ESTACA

    As estacas em geral so dimensionadas como pilares sujeitos compresso simples,

    desconsiderando os efeitos de flambagem.

    Pode-se prescindir desse dimensionamento, usando as capacidades mximas admitidas para

    cada tipo de estaca em funo das dimenses de sua seo transversal.

    Caso se queira calcular a armao usa-se a seguinte relao:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 108

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 109

    Exerccio 9.1 Determinar a capacidade de carga e a carga admissvel da estaca, nas condies apresentadas na figura, considerando as seguintes possibilidades: estaca broca sem

    revestimento, estaca Strauss e hlice contnua.

    1 2

    2 3 Argila siltosa

    3 8

    4 15

    5 10 Argila silto-arenosa

    Estaca dimetro de 30 cm 6 18

    ( = 30 cm)

    7 25

    8 22

    Silte arenoso

    9 28

    10 35

    11 38

    12 40

    Profundidade (m) Valores do SPT

    Soluo:

    1.0) Adotando-se o Mtodo de Dcourt-Quaresma, tem-se:

    ppsc A . q . . A . q . Q 2.0) Resistncia ao atrito

    )(tf/m 13

    Nq

    2m

    s

    6

    )181015832( mN 3,9mN adota-se 9mN

    2

    s tf/m4 13

    9q

    3.0) Resistncia de ponta

    )(tf/m N . Cq2

    p

    N = 18 (SPT da ponta da estaca)

    C = 12 tf/m2 (Tabela 9.1)

    )(tf/m 18 . 21q2

    p 2

    p tf/m162q

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 110

    4.0) rea lateral da estaca

    2m 0,94 m.0,30m.1,0 m0,1.. DA

    5.0) rea da ponta da estaca

    222

    07,04

    )30,0.(

    4

    .m

    DAp

    6.0) Comprimento da estaca

    = 6,0 m

    7.0) Capacidade de carga e carga admissvel para estaca broca e estaca Strauss (escavada em

    geral)

    (argila) 0,80

    (argila) 0,85

    ppsc A . q . . A . q . Q

    0,07 . 216 . 85,06 . 0,94 . 4 . 80,0Qc

    98,1210,18Qc tf07,31Qc

    tf4

    98,12

    3,1

    10,18Qadm admQ 13,92 + 3,24

    tf16,17Qadm

    8.0) Capacidade de carga e carga admissvel para hlice contnua

    (argila) 1,00

    (argila) 0,30

    ppsc A . q . . A . q . Q

    0,07 . 216 . 30,06 . 0,94 . 4 . 00,1Qc

    58,462,22Qc

    tf2,27Qc

    tf4

    58,4

    3,1

    62,22Qadm admQ 17,40 + 1,15

    tf55,18Qadm

    Conclui-se, dos clculos acima, que a estaca hlice contnua desenvolve melhor o efeito de

    atrito, portanto esse tipo de estaca mais eficiente para comprimentos maiores e maiores

    dimetros.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 111

    Exerccio 9.2 Determinar / Dimensionar a capacidade de carga e a carga admissvel de uma estaca hlice contnua para um pilar 15cm x 30 cm e carga de 27t, para o solo mostrado no

    laudo de sondagem SPT da Figura 9.1.

    Soluo:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 112

    Figura 9.1 Laudo de sondagem SPT.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 113

    10.0. DIMENSIONAMENTO DE BLOCOS DE COROAMENTO EM ESTACAS E TUBULES

    10.1. BLOCO PARA UMA ESTACA

    Neste tipo de bloco, a carga do pilar praticamente transmitida diretamente estaca. No

    entanto, nesta transmisso so aplicadas ao bloco esforos de trao e de compresso que

    exigem o uso de armao.

    As foras de trao sero absorvidas por estribos horizontais e a de compresso por estribos

    verticais, normalmente colocados em diagonal. A tenso de trao uma parcela da tenso de

    compresso.

    A tenso de compresso dada pela relao:

    Logo,

    A fora de trao igual tenso de trao multiplicada pela rea a x d (rea lateral do

    bloco).

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 114

    Logo,

    A rea de armao necessria (estribos horizontais) dada por:

    Em que

    A armao vertical calculada como se fosse um pilar de concreto armado, sem flambagem.

    Assim, a taxa de armao dada pela seguinte relao:

    Em que

    A rea de armao dada pela seguinte relao:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 115

    Em que

    Foto 10.1 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (Construtora Quartzo).

    Foto 10.2 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (fundflexnine).

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 116

    Exerccio 10.1 Calcular as armaes do bloco, para carga de 30 tf e uma estaca com dimetro de 25 cm.

    a) Dimenses do bloco

    b) Armao horizontal

    Adota-se

    c) Armao vertical

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 117

    Adota-se

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 118

    10.2. BLOCO PARA DUAS ESTACAS

    Para o clculo da armao do bloco de duas estacas, em razo da sua rigidez, ser usado o

    processo denominado mtodo das bielas. Neste processo, considera-se a existncia de uma trelia interna submetida a foras de trao e de compresso. A fora de trao ser absorvida

    pela armao e a de compresso pelo concreto.

    Para efeito da determinao da fora T, a reao ser considerada a fora nominal da estaca e

    no a que realmente ocorre em funo da carga P.

    O estudo do equilbrio da trelia nos fornece o

    seguinte resultado:

    A armao principal ser dada pela seguinte relao:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 119

    A compresso no concreto dever ser verificada tanto junto ao pilar como junto estaca.

    Em primeiro lugar, verifica-se qual a menor rea, se a do pilar ou a da estaca. Essa rea ser

    usada para calcular a rea Ab da biela.

    A tenso de compresso na biela ser:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 120

    A tenso de compresso dever ser inferior ao limite de compresso no concreto:

    Dever ser, por ltimo, verificada a tenso de cisalhamento:

    A armao para estribos ser calculada para todo comprimento do bloco igual a:

    Foto 10.3 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (Construtora

    Quartzo).

    Foto 10.4 Execuo para bloco de coroamento de 2 estacas (fundflexnine).

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 121

    Exerccio 10.2 Dimensionar as armaes para o bloco a seguir:

    Para a situao acima, as dimenses do bloco sero:

    Arredondando-se os valores, tem-se que:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 122

    a) Armao principal

    Adota-se

    b) Verificao da tenso de compresso

    Portanto,

    c) Verificao da tenso de cisalhamento

    d) Armao dos estribos

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 123

    Adotando-se

    Adotando-se espaamento mximo de 20 cm

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 124

    10.3. BLOCO PARA TRS ESTACAS

    O processo de clculo da armao desse tipo de bloco ser o mesmo usado para o bloco de

    duas estacas: o mtodo das bielas.

    Nos blocos de trs estacas, as armaes podem ser distribudas das estacas para o centro de

    gravidade dos blocos ou paralelas aos lados do bloc.

    a) Armao dirigida para o CG do bloco

    Valem todas as relaes deduzidas para o bloco de duas estacas.

    Em virtude das dimenses do bloco, podem ser dispensadas as verificaes de tenses de

    compresso e cisalhamento, resumindo-se o clculo rea da armao principal.

    b) Armao paralela aos lados

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 125

    Como se pode observar pela figura anterior, as foras de trao paralelas aos lados do bloco

    so menores que a calculada em relao ao CG do bloco. Para facilitar o clculo e a favor da

    segurana, pode-se adotar a mesma armao calculada pela relao j vista anteriormente.

    Foto 10.5 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris).

    Foto 10.6 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris).

    Foto 10.7 Execuo para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris).

    Foto 10.8 Bloco de coroamento de 3 estacas.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 126

    Exerccio 10.3 Dimensionar as armaes para o bloco a seguir:

    Adotam-se

    Adota-se

    Para fixar as armaes principais na posio, deve-se prever um anel superior e um inferior de

    12,5 mm.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 127

    10.4. BLOCO PARA QUATRO ESTACAS

    Neste caso tambm possvel adotar-se dois posicionamentos para as armaes dirigidas para

    o CG ou paralelas aos lados do bloco.

    As traes no primeiro caso, como j mostrado, so maiores que no segundo caso. Aqui

    tambm, para facilitar o clculo e a favor da segurana, ser adotada a armao calculada no

    primeiro caso.

    So dispensadas, tambm, as verificaes das tenses de compresso e cisalhamento.

    Foto 10.9 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas.

    Foto 10.10 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 128

    Foto 10.11 Execuo para bloco de coroamento de 4 estacas.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 129

    Exerccio 10.4 Dimensionar as armaes para o bloco a seguir:

    Adotam-se

    Adota-se

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 130

    Pode-se, no caso de bloco sobre quatro estacas, adotar uma armao em malha. Neste caso, a

    armao necessria de 8,2 cm2 ser distribuda ao longo de toda a largura do bloco.

    Por exemplo, adotando-se uma bitola de 10 mm (A1= 0,7 cm2), o nmero de barras seria:

    O espaamento de barras seria:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 131

    10.5. ARMAO DE BLOCOS COM MAIS DE 4 ESTACAS

    Neste caso, as armaes sero sempre em malha e calculadas para duas direes.

    Por exemplo:

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 132

    Exerccio 10.5 Dimensionar as armaes para o bloco a seguir:

    a) Dimenses do bloco

    So adotadas 6 estacas, para 20 tf ( = 25 cm)

    Convm adotar a altura do bloco igual distncia da estaca mais afastada do CG do bloco.

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 133

    a) Armao na direo x

    Adotando-se

    b) Armao na direo y

    Adotando-se

  • Rideci Farias. Haroldo Paranhos.

    Engenheiro Civil e Geotcnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotcnico, M. Sc.

    CREA/ PA 9736 D. CREA/DF 9649 D.

    Engenharia de Fundaes 2 Semestre de 2014 134

    Observaes:

    O arranque dos pilares calculado em 44 dimetros;