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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

Fundição e Soldagem, Passo a Passo

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Ensina tudo sobre fundição e soldagem dentro de um lab de protese dentária

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MANUAL TCNICO DE LIGAS DENTAIS

MANUAL DE LIGAS / FUNDIO / SOLDAGEM

SRIE: MANUAIS DE PRTESE ODONTOLGICA

MOZAR MARTINS DE SOUZAMANUAL DE LIGAS FUNDIO E SOLDAGEMNDICE

Manual tcnico de ligas dentais

O padro

Fabricao da estrutura, usando ligas para coroas e pontes:

Fabricao da estrutura, usando ligas para metalo-cermica:

Consideraes sobre a estrutura

Configurao dos sprues

Incluso

Incluso e praquecimento

Mtodos de fuso

Tipos de fuses

Mtodos de fundio

Desincluso

Acabamento

Oxidao

Revestimento esttico

Revestimento esttico com compsitos:

Revestimento esttico com material cermico:

Tcnica de soldagem

Pr-soldagem (antes da aplicao da cermica):

Ps-soldagem no forno (aps a aplicao da cermica):

Soldagem a laser:

Soldagens em ortodntia:

Composio das soldas:

Soldagem a gs

Soldagens de attachments:

Endurecimento / remoo da camada de xido / polimento

Endurecimento:

Remoo da camada de xido:

Polimento:

Ligas

Causas de corroso da liga

Corroso

MANUAL TCNICO DE LIGAS DENTAIS

A confeco de restauraes de longa durao, de alta qualidade e que promovam o bem estar dos pacientes, o desafio dirio do laboratrio dental. Esta tarefa exige produtos de alta performance e tcnicas profissionais de processamento. Este manual apresenta informaes teis para o emprego correto das ligas dentais, permitindo que voc possa conseguir resultados perfeitos e, assim, alcanar o sucesso.

O Padro

Fabricao da estrutura, usando ligas para coroas e pontes:

A estrutura deve ser a reproduo reduzida da forma e do contorno do dente. Aps o acabamento, a espessura da estrutura deve ser, no mnimo de 0,3 mm para coroas e de 0,5 mm para pilares de pontes, com o objetivo de assegurar a adequada estabilidade de forma. Dependendo do sistema de ligao utilizado, retenes auxiliares podem ser providenciadas.

As superfcies linguais e/ou oclusal so reproduzidas em metal ou preparadas para receber o revestimento esttico, de acordo com as instrues do fabricante do material de revestimento esttico. A transio entre a estrutura metlica e o revestimento esttico no pode ser localizada em reas oclusais que esto sujeitas a tenses. De um modo funcional, as foras mastigatrias devem ser suportadas pelas reas oclusal e incisal.

Fabricao da estrutura, usando ligas para metalo-cermica:

A estrutura deve ser a reproduo reduzida da forma e do contorno do dente. Em seguida, a cermica deve ser aplicada, em forma de uma camada plana e uniforme.

Aps o acabamento, a espessura da estrutura deve ser, no mnimo de 0,3 mm para coroas e de 0,5 mm para pilares de pontes. Estas espessuras mnimas, so pr-requisitos para assegurar a resistncia da estrutura metlica e a longa durao da ligao metalo-cermica.

CONSIDERAES SOBRE A ESTRUTURA

Funes e dimenses devem ser consideradas na elaborao do padro de cera para pontes:

I Padro de cera do dente.

II Reduo para aplicao do revestimento esttico.

III Conformao dos pontos de contacto e das conexes.

IV Inspeo das reas oclusais e proximais.

A espessura e o dimetro dos conectores internos devem ser conformados de acordo com a liga a ser empregada.

A estrutura metlica deve ser configurada para permitir adequado suporte para a cermica (espessura mxima da cermica: 2,0 mm).

Conexo com largura simples = resistncia padro.

Conexo com largura duplicada = resistncia duplicada.

Conexo com altura duplica e largura simples = resistncia octuplicada.

CONFIGURAO DOS SPRUES

Os sprues devem ser configurados para permitir Irrestrito escoamento da liga fundida e para possibilitar o controle do processo de esfriamento. O tamanho adequado dos sprues um fator essencial.

Os sprues devem ser posicionados na parte mais grossa do padro e devem ter de 2,5 a 3,5 mm de comprimento. A unio deve ser configurada em forma de boca de sino

A distncia entre o padro e a cmara de compensao possibilita a solidificao da liga metlica, de modo rpido e uniforme. Em reas muito volumosas (espaos interdentais, pnticos ou coroas grandes), podem ser aplicadas aletas (1 mm de esfriamento).

A quantidade de liga necessria para a fundio pode ser calculada, aps a pesagem do padro de cera e dos sprues:

Peso do padro e dos sprues, em gramas

X

densidade da liga metlica

=

quantidade necessria da liga metlica, em gramas.

INCLUSO

A cmara de compensao deve ser sempre posicionada na parte mais quente do anel e o padro de cera deve ser posicionado na parte mais fria do anel.

Quando os sprues so corretamente configurados e o padro de cera est posicionado de modo adequado no anel, a fundio da liga conduzida rapidamente e o processo de solidificao pode ser controlado.

Empregar sprues de mximo dimetro possvel para fundir ligas de paldio e ligas de metais bsicos.

aconselhvel usar um forro (liner) no interior do anel, para permitir a expanso do revestimento.

Na seleo do anel de fundies, preciso verificar se vai haver espao suficiente para ser ocupado pelo revestimento, nos lados e no topo do anel.

INCLUSO E PRAQUECIMENTO

Os melhores resultados de fundio so conseguidos quando o excesso do redutor de tenso superficial da cera totalmente removido e quando o tempo de presa do revestimento observado. essencial que a cera seja completamente eliminada, durante o processo de preaquecimento.

Revestimentos fosfatados ou revestimentos de gesso so adequados para o processo de incluso. Os revestimentos fosfatados so apropriados para aquecimento convencional ou aquecimento rpido.

Os revestimentos de gesso somente podem ser usados quando a temperatura de preaquecimento no for superior a 750o C.

O revestimento aquecido de acordo com as instrues do respectivo fabricante. A temperatura final prescrita est indicada na Tabela de propriedades das ligas e nas instrues de Uso das diferentes ligas metlicas.

MTODOS DE FUSO

As ligas metlicas podem ser fundidas custa de forno de resistncia eltrica, maarico para propano-oxignio ou equipamento de fundio de alta frequncia.

Para a fundio podem ser utilizados cadinhos de cermica ou de grafite (ver Tabela de propriedades das ligas). Usar sempre um cadinho separado, para cada tipo de liga.

INTERVALO DE FUSO

O intervalo de fuso de uma liga metlica informa os pontos de liquidus e solidus. Pode ser visto na parte do diagrama de equilbrio binrio cobre-nquel, genrico, mostrado na figura abaixo. O ponto de liquidus (b) o valor mais alto do intervalo de fuso, e o ponto de solidus (d) , o valor mais baixo. Quando a temperatura da fundio encontra-se acima do ponto de liquidus, toda liga metlica est lquida (a). Quando no resfriamento, a temperatura atinge o ponto de liquidus (b), inicia a solidificao de uma frao da liga. Entre os pontos de liquidus e solidus, o processo de solidificao intensifica-se, e uma maior parte da liga solidificada (ponto c). Quando temperatura alcana o ponto de solidus (d), uma pequena quantidade da liga ainda encontra-se lquida. Logo abaixo do ponto de solidus (ponto e), obviamente, toda liga est slida.

Portanto, a interpretao do intervalo de fuso, quando na fundio de uma liga metlica dental, por centrifugao, que se deve ultrapassar o maior valor do intervalo indicado, ou seja, acima do ponto de liquidus. Desse modo, pode-se dizer que entre o intervalo de fuso, toda liga metlica apresenta duas fases distintas, sendo uma fase slida e outra lquida, simultaneamente.

Chama para fuso:

1 Zona rica em carbono.

2 Zona redutora.

3 Zona oxidante.

1 Zona rica em carbono.

As ligas so fundidas com a zona redutora. Para o maarico, usar a chama com 0m35 bar para o propano e 0,7 bar para o oxignio.

2 - Chama rica em oxignio.

MTODOS DE FUSO

MTODOS DE FUNDIO

Fundio com vcuo

1 gs inerte (argnio);

2 processo de vcuo;

3 processo de ar comprimido.

Fundio com mquina de centrifugao:

1 contrapeso;

2 par termeltrico;

3 - anel de fundio.

Para reutilizao de ligas preciosas ou de ligas com reduzido teor de ouro, a proporo, entre o material novo e o material usado, deve ser de 1:1. As ligas de metais bsicos no devem se reutilizadas.

Antes da reutilizao, sprues e botes devem ser jateados cuidadosamente. Evitar a contaminao com abrasivos.

DESINCLUSO

Aps a fundio, deixar o anel de fundio esfriar normalmente at a temperatura ambiente. A seguir, embeber o revestimento com gua.

Em seguida, de modo cuidadoso, desincluir a pea fundida, usando tesouras de gesso. Se possvel, utilizar instrumentos adequados para remover o revestimento do interior da pea fundida.

Para evitar a danificao da estrutura metlica, no usar o martelo para eliminar o revestimento.

Quando se emprega um dispositivo para jateamento abrasivo, recomendvel usar xido de alumnio puro (al2O2), com granulao de 50-100 micrmetros, e empregar presso entre 2-4 bar / 30-60 psi (ver instrues de Uso).

ACABAMENTO

Instrumentos rotatrios de carboneto de tungstnio ou pontas montadas de cermica devem ser usados para efetuar o acabamento de ligas para coroas e pontes.

O polimento deve ser realizado custa de polidores de borracha, com granulaes progressivamente menores de escovas de polimento e de pastas de polimento.

Antes da aplicao do material de revestimento esttico, a estrutura deve estar total e completamente polida (ver item sobre polimento). Jatear as superfcies de contato, usando apenas xido de alumnio puro, com a granulao indicada nas instrues do fabricante do material de revestimento esttico.

Brocas de carboneto de tungstnio, usadas para efetuar o acabamento inicial e mais grosseiro, e pontas montadas de cermica, utilizadas para refinar o acabamento, so os instrumentos indicados para o acabamento de ligas para metalo-cermica.

Usar sempre brocas diferentes para cada liga, com o objetivo de evitar a contaminao. Para as ligas mais moles, empregar leve presso e baixa velocidade.

Trabalhar somente em uma direo na superfcie metlica, para evitar imbricao e formao de cavidades. No usar instrumentos de diamante. Partculas de diamante podem permanecer retidas na liga e promover a formao de bolhas na cermica, durante a queima.

ngulo correto para jatear a superfcie da liga metlica.

De modo cuidadoso, a estrutura deve ser jateada com xido de alumnio de granulao de 50-100 micrmetros e com presso entre 2-4 bar. O jateamento incrementa as ligaes mecnicas, que promovida nesta superfcie asperizada, com rugosidades, e, assim, aumentada de modo considervel.

ngulo incorreto para jatear a superfcie da liga metlica.

Para evitar a incluso de resduos do sistema de jateamento na cermica, recomenda-se jatear as ligas metlicas com a indicada presso e mantendo o bocal de emisso do jato em relao de ngulo plano com a superfcie metlica. A superfcie metlica contaminada pode causar a formao de bolhas, durante a queima da cermica.

Antes de qualquer outro procedimento (por exemplo: aplicao de material cermico ou de compsito para a confeco do revestimento esttico), a estrutura metlica deve ser escovada, sob a ao de gua corrente, e, a seguir deve ser limpa com vapor ou no banho de ultra-som.

Usar apenas Al2O2 puro e descartvel, para jatear as superfcies das ligas metlicas.

OXIDAO

Aps o processo de limpeza, muito importante secar bem. Oxidar a estrutura metlica de acordo com os estipulados tempos e temperatura (ver tabela de propriedade das ligas).

Colocar a estrutura na bandeja de queima, providenciando o adequado suporte.

Aps a oxidao, checar a existncia de porosidades e irregularidades na camada de oxidao. Se necessrio, refazer o acabamento.

Alguns tipos de ligas exigem decapagem ou jateamento da camada de oxidao, aps a queima de oxidao (consultar as respectivas instrues de Uso).

Aps esta decapagem, a estrutura deve ser completamente limpa com vapor ou no banho de ultra-som.

A queima de oxidao estabelece uma tima superfcie para a ligao da cermica. A oxidao pode ser considerada como uma queima de limpeza e tambm pode ser utilizada para checar a qualidade da superfcie da estrutura.

A precisa temperatura do forno cermico importante para todas as queimas. Assim, a temperatura do forno deve ser calibrada de modo regular e peridico.

Para prevenir o excesso da temperatura final de oxidao, a taxa ideal de acrscimo de temperatura de 60o C por minuto.

REVESTIMENTO ESTTICO

Revestimento esttico com compsitos:

Antes de revestir esteticamente a superfcie metlica, aplicar a camada de opaco, conforme as orientaes do fabricante. A confeco do revestimento esttico deve ser conduzida de acordo com as recomendaes do respectivo fabricante.

Revestimento esttico com material cermico:

Devem ser observadas todas as instrues para processar o material cermico. Quando aplicado em duas camadas, o opaco recobre, de modo correto, a estrutura metlica.

A aplicao inicial deve ser uma fina camada, enquanto que a segunda camada deve recobrir completamente a estrutura metlica.

Para efetivar uma forte Liga necessrio que os coeficientes de expanso trmica (CET) da cermica e da liga metlica sejam compatveis.

O CET das ligas fornecido na Tabela de propriedades das ligas e nas Instrues de Uso das diferentes ligas metlicas.

TCNICA DE SOLDAGEM

As sugeridas combinaes liga-solda esto indicadas nas tabelas de propriedades das ligas. Para selecionar a solda, a diferena entre a temperatura de soldagem e a temperatura do solidus da liga metlica, assim como, a temperatura de queima da cermica, deve ser levada em conta. Dependendo da temperatura de fuso da solda, um adequado fluxo deve ser usado. A superfcie de soldagem deve estar limpa e com dimenses corretas para todas as juntas de soldagem.

As superfcies de soldagem devem ser maiores para as reas interdentais. O espao ideal para a soldagem deve medir entre 0,05 e 0,2 mm.

1 Liga metlica;

2 Camada de difuso;

3 Solda.

Pr-soldagem (antes da aplicao da cermica):

O bloco de revestimento para soldagem deve ser to pequeno quanto possvel. Este bloco de revestimento deve ser pr-aquecido no forno at 600o C, no mximo (at 400o C para ligas de metais bsicos).

A rea de soldagem deve estar em situao de fcil acesso, para assegurar a uniforme distribuio da temperatura. O fluxo pode ser colocado neste estgio.

Quando usar a chama propano-oxignio, fixar a presso do oxignio em 0,35 bar/5 psi e a do gs natural em 0,15 bar/2 psi. Utilizar a zona redutora da chama. Aquecer a tira de solda e imergir no fluxo para solda.

Aplicar o fluxo na rea de soldagem. Aquecer a pea, a ser soldada, com a zona neutra da chama. Aplicar a solda a partir do lado oposto ao de incidncia da chama.

A solda sempre escoar para a rea mais quente. Quando a junta (espao de solda) estiver completamente cheia, remover a chama e deixar a pea esfriar.

Ps-soldagem no forno (aps a aplicao da cermica):

Recobrir as superfcies da cermica com cera e incluir, conforme j foi descrito. Remover a cera com gua fervente.

Aplicar o fluxo para solda na rea de soldagem, evitando o contato entre o fluxo e a cermica.

A seguir, preparar a tira de solda, fundindo sua extremidade, para conformar uma bola. Esta bola utilizada como cmara de compensao, para o preenchimento da junta de soldagem.

Cortar 4 mm da tira de solda, a partir da bola, e imergir no fluxo. Posicionar a solda preparada na junta de soldagem, assegurando o perfeito contato da solda com as duas superfcies a serem soldadas.

Introduzir lentamente o objeto no forno de cermica, na temperatura de 400o C.

Aumentar a temperatura (60o C por minuto), at o ponto de escoamento da solda. Quando a solda escoar, remover a pea e deixar esfriar.

Soldagem a laser:

Na tcnica de soldagem a laser, uma liga metlica, que possui composio similar quela que foi usada para a confeco das coroas e pontes, empregada para a soldagem.

As soldas adequadas, para esta tcnica esto indicadas na tabela de propriedades das ligas.

Durante os procedimentos de soldagem a laser, favor observar os parmetros estipulados pelos fabricantes dos diferentes equipamentos.

Soldagens em Ortodontia:

A soldagem ortodntica, como todo tipo de soldagem deve ser feito sem que se alterem apreciavelmente as qualidades dos metais que se unem.

Para soldagens de fios de ao inoxidvel se utiliza a solda de prata, que de maior resistncia que a de ouro. encontrada normalmente em forma de barras ou fios de diversos calibres.

Composio das Soldas:

A maioria das soldas tem aproximadamente a seguinte composio (em peso):

Prata

40

Cobre

19

Zinco

21

Cdmio

20

A temperatura de trabalho de 610o graus.

Soldagem a Gs:

A soldagem a gs utilizada para soldar fios e complementos. Emprega-se um bico de gs-ar, cuja chama deve ter de 1 a 1e 1/2 polegada de altura com uma ponta bem definida, onde se vem trs cones concntricos.

1 Cone externo, oxidante de cor azul escura.

2 Cone central, redutor de cor azul clara.

3 Cone interno, incolor de gs no queimado.

Para se obter uma soldagem tima, quer dizer, firme e forte deve-se proceder como se segue:

1 A chama dever apresentar as caractersticas acima.

2 As partes a unir devero estar completamente limpas.

3 Aplicar fundente em ambas as superfcies a soldar.

4 Colocar pasta, revestimento ou gesso nas partes que no devem ser expostas ao calor.

5 Operar com firmeza manual ao soldar, aplicando o calor do cone central parte mais grossa a soldar, at que a solda flua e se una parte mais fina.

Soldagens de Attachments:

Efetuar a soldagem de um attachment continua sendo um desafio, uma aventura carregada de expectativas, algumas vitrias e muitas outras derrotas. Infelizmente esta situao inaceitvel posto que o tcnico em prtese dental precisa ser produtivo, ou seja, no h lugar para operaes problemticas, sujeitas a materiais temperamentais, que impliquem em uma ocorrncia de falhas constantes.

No se pode assumir que difcil e entrar no jogo admitindo 90% de favoritismo para uma ocorrncia desagradvel. Ela fatalmente aparecer.

Em primeiro lugar vamos falar um pouco de solda independentemente de attachment ou qualquer outra circunstncia. O procedimento de soldagem clssica d conta de unio de duas ou mais superfcies metlicas, empregando uma liga metlica, diferente da que constitui as superfcies a serem unidas,

Por ao de calor de chama aberta (em atmosfera normal) ocorre a fuso do agente de unio, que portanto a solda, e este agente de unio aderem-se s superfcies efetivando a soldagem.

Assim sendo, a solda dever apresentar ponto de fuso inferior ao ponto de fuso das superfcies a serem soldadas. At aqui, sem novidades. Da em diante que precisamos ateno.

Existem dois mecanismos pelo qual uma solda adere sobre uma superfcie. O primeiro mecanismo o simples embricamento mecnico. Neste caso, temos apenas juno pela micro-rugosidade superficial. simples de entender, imagine que voc coloque um pedao de tecido sobre a gua. Se voc congelar a gua voc vai notar que o tecido grudou na gua, mas ningum colocou cola!.

Na verdade a gua se infiltrou por capilaridade no tecido e ao congelar estabeleceu um vnculo rgido entre o bloco de gelo e a superfcie de tecido. De modo semelhante ocorre quando se solda uma superfcie de nquel cromo utilizando uma solda a base de prata. Neste caso no h interface entre a liga de nquel cromo e a liga de solda.

Outro tipo de ligao ocorre quando se pode observar a formao de uma interface entre os dois materiais.

Vamos a outro exemplo bem rudimentar para facilitar a compreenso:

Suponhamos que voc tenha um pote de gelatina vermelha, j gelificada, e sobre ela voc envase uma poro de gelatina verde logo aps o preparo, sem gelificar.

Aps gelificar a gelatina verde, cortando transversalmente, vai notar uma regio de transio que de cor mais escura, nem vermelha, nem verde. Isto estar indicando que naquela regio temos misturado partculas das duas superfcies.

No nosso caso o mesmo ocorre. Quando a solda apresenta a mesma natureza que a superfcie a ser soldada, esta solda, quando bem aquecida, funde a superfcie da estrutura e forma uma interface de soldagem. certo que o segundo tipo de soldagem de fato a soldagem mais apropriada e mais segura. Na verdade a soldagem de fato.

Note que falamos em chama do maarico, falamos em calor, falamos em atmosfera e portanto cabe falar em oxidao.

A maioria das ligas oxida ao serem aquecidas, isto , a temperatura favorece a possibilidade de ligao do oxignio do ar com os ons da superfcie do metal o que propicia a formao de uma camada de xido.

Este xido, na prtica, como se fosse um isolante. Este xido impede que a liga da solda possa penetrar nas micro-porosidades da superfcie a ser soldada, como tambm impede que ocorra a interface de soldagem que nosso objetivo maior.

Nosso problema ento evitar que o xido possa ser formado. Evitar muito mais fcil do que remediar, mesmo porque, alguns xidos so insolveis e uma vez criados no h como reverter o processo a no ser que seja feita uma remoo abrasiva.

Nesse ponto entram em cena os fundentes, tradicionalmente tratados por fluxos, que tem a funo de evitar a formao dos xidos que bloqueiam a formao da interface de soldagem.

Observe com cuidado:

Se o objetivo evitar o xido, o fluxo precisa ser aplicado sobre a superfcie limpa e sem xido. Aps o xido ter se formado o fluxo poder no ter efeito algum.

Estes conceitos acima so importantes para embasar o procedimento que a seguir descrevemos para a soldagem de attachments.

Dois casos so apresentados para que possamos refinar o processo com todo cuidado:

O primeiro processo ilustra a soldagem de uma estrutura de nquel cromo qual sero soldados os machos de attachments extra-coronrios, sem-rgidos, SR 3.0/CNG.

O macho de attachment posicionado tendo como referncia a crista do rebordo.

importante verificar que o macho no pode comprimir a mucosa para evitar hiperplasia do tecido. A ligao estabelecida diretamente com uso de resina de rpida ao. No h necessidade de pr-soldagem porque ambas as superfcies so fabricadas em ligas tipo cromo nquel e solda aplicada, e sero simultaneamente compatveis tanto ao macho do attachment como a superfcie da fixa.

A etapa seguinte da maior importncia. Trata-se de criar um bloqueio com cera de modo a permitir que a chama possa circundar toda a regio de soldagem.

Nunca torne a regio de soldagem inacessvel. O grande prejudicado ser voc mesmo. Construa uma muralha de cera ao redor da juno de soldagem e coloque por baixo desta regio um fio de cera que ir criar uma passagem para a chama, garantindo a passagem do calor e tambm ir suportar a estrutura at a presa do revestimento de soldagem.

O revestimento para soldagem feito para isso mesmo. um revestimento especial com expanso modificada e de alta resistncia para permitir operar em circunstncias crticas sem alterar sem fraturar.

A manipulao do revestimento, neste caso, deve ser feita utilizando somente a gua destilada.

Este cuidado importante para evitar contaminao devido aos agentes utilizados para decantar a gua que bebemos.

A gua pode ser potvel e cristalina mas pode estar saturada de minerais que alteram o funcionamento do revestimento causando prejuzo ao processo.

Observe que a consistncia do revestimento muito importante.

A quantidade de gua utilizada deve ser mnima para se obter uma consistncia rgida. Note que muito diferente daquela que voc usa regularmente para incluir um padro de fundio.

Aplique o revestimento cuidadosamente sobre o macho para evitar bolhas que possam tornar frgil ligao e portanto favorecer a ruptura do revestimento.

Insira revestimento dentro dos copings para evitar danos nas estruturas mais finas cuidando para que no ocorram bolhas por ar inserido.

Isto feito prepare a pastilha de soldagem que receber a estrutura a ser soldada.

Ser preciso complementar esta pastilha de soldagem adicionando revestimento na regio sobre os machos com objetivo de criar um volume bastante para resistir aos esforos mecnicos durante a soldagem.

No recubra a estrutura toda; lembre-se de que nosso agente de energia o calor da chama e a estrutura deve ficar exposta para que possa receber esta energia.

freqente que ocorram excessos indesejveis durante a aplicao mas no h problema. Estes excessos sero removidos na etapa seguinte a desidratao da pastilha de soldagem.

Aqui tem outra observao importante:

Nunca coloque no forno para queimar Duralay (Reliance / Polidental). Este procedimento incorreto e fcil perceber. Se a temperatura exceder a 250o C a liga inicia o processo de oxidao e este xido poder ser o grande vilo do processo.

J falamos sobre isto no comeo deste trabalho. lembre-se que o fluxo s funciona se for aplicado antes da ocorrncia da oxidao.

Para driblar este problema muito simples: Coloque a pastilha de soldagem em estufa ou mesmo sobre uma placa metlica sobre o fogareiro. devido s perdas trmicas a temperatura final no ser maior do que 1oo a 150o C. Em pouco tempo o Duraley estar macio e borrachide e poder ser removido por inteiro bastando uma pina e um bisturi.

simples, mas d trabalho, entretanto, pode acreditar que vale a pena. Muitas vezes surge a pergunta:

Deixe a pastilha de soldagem esfriar e utilizando uma fresa tipo ponta, remova todo revestimento indesejvel que restringe o acesso regio de soldagem.

Fique atento! No usine a estrutura porque a vibrao induzida pode trincar o revestimento.

Um bom jato de ar far a limpeza necessria para permitir a aplicao do fluxo (fundente) sobre a regio de soldagem antes da ocorrncia de qualquer oxidao.

Isto feito, s resta soldar como se solda qualquer estrutura, sempre considerando que a solda no conseguir a ligao desejada com as superfcies a serem soldadas se estas superfcies no apresentarem franco aquecimento. Comece sempre pela estrutura, de ambos os lados.Quando perceber que tudo adquiriu uma colorao vermelha alaranjado hora de aplicar a solda.

Se preferir, corte um pedao de solda, banhe no fluxo e coloque sobre a regio de soldagem. Mesmo assim, nunca comece dirigindo a chama para a solda. Aquea todas as regies e quando voc notar alguma deformao na poro de solda a ento concentre sua ateno na juno.

Lembre-se; A solda no toma decises quero dizer o seguinte: voc tem que guiar a solda e isto feito com o fornecimento do calor.

No adianta aquecer a solda. A solda vai continuar sem saber para onde ir. Se voc oferecer uma superfcie com energia suficiente, a solda imediatamente ser drenada para esta regio.

Feita a soldagem resta a limpeza da estrutura e verificao da soldagem. Mesmo depois de aplicado o jato de xido de alumnio, voc deve usinar a regio de soldagem verificando se no existem porosidades logo abaixo da superfcie. Estas porosidades podem no implicar em problemas mecnicos tipo ruptura, mas certamente vo aborrec-lo quando da aplicao da porcelana.

muito mais seguro uma porosidade usinada e cheia de porcelana do que um pequeno orifcio que pode ter por traz de si uma enorme cratera.

Sua prxima soldagem ser vitoriosa e eficaz com toda certeza, mas para prevenir vamos comentar um pouco o que fazer quando o macho de um SR 3.0, fabricado em cromo nquel, necessitar ser soldado a uma estrutura elaborada em ouro.

J foi comentado que a soldagem perfeita exige nveis de energia das superfcies a serem soldadas para que a solda possa fundir superficialmente esta superfcie ou permitir embricamento.

Se a estrutura de ouro e o attachment de cromo, no h compatibilidade imediata. teremos que soldar com solda a base de ouro e o nvel de temperatura que o cromo necessita para aceitar a solda de ouro poria em risco toda estrutura. S nos resta compatibilizar esta soldagem aplicando uma pr-soldagem no macho, empregando a mesma solda de ouro que ser usada na juno.

Nesta etapa, nada de posicionar o macho do attachment, isto fica para depois.

Em primeiro lugar, aplique um desgaste leve na superfcie do macho a ser soldado. Estaremos produzindo um recartilhado que aumenta a superfcie de contato e favorece a resistncia do embricamento.

Coloque o macho em uma pequena poro de revestimento para soldagem, deixando exposta somente superfcie que se deseja recobrir com solda. Com isso voc evita que a solda corra para a regio do trilho o que causaria um grande aborrecimento.

Aplicamos fluxo sobre a regio e a seguir solda recobrindo toda a superfcie desejada.

Segue-se a limpeza do macho e preparao. Note que a solda aplicada produzir um aumento na espessura desta superfcie. Isto implicaria que ao posicionar o attachment, este macho, ficaria posicionado muito afastado da coroa.

Nestas condies, torne a usinar a regio de soldagem tomando o cuidado de manter uma camada de solda sobre a superfcie original do cromo.

Teremos, portanto condies de posicionar o macho do attachment de modo normal. Para os efeitos prticos do nosso trabalho, no estaremos soldando cromo com ouro.

J estamos soldando ouro com ouro e no poderamos pensar em situao mais confortvel.

Daqui em diante a histria se repete somente que a solda ser a solda de ouro e o fluxo fundente ser simplesmente o Borato de Sdio, ou seja, o nosso velho e conhecido Brax.

No muda nada em termos dos cuidados necessrios a serem tomados quando a criao de espaos para passagem de calor e de solda.

Cabe ainda um comentrio oportuno sobre o processo de limpeza desta estrutura que envolve liga de ouro e liga de cromo nquel.

Em condies normais qualquer liga de ouro pode ser submetida a decapagem cida, por cido sulfrico ou cido muritico (tambm conhecido por muritico), entretanto isto no mais possvel visto que os cidos produziro severo ataque sobre o macho de cromo nquel destruindo toda sua geometria de acoplamento.

Assim sendo, se voc deseja remover o borato de sdio fundido sobre a soldagem deixe a estrutura somente dentro de um pote com gua morna, O brax, ir dissolver lentamente evitando jateamento excessivo.

Algumas marcas de soldas existentes no mercado:

Solda Fusvel 730:

Soldas para ligas amarelas de Ouro, ligas brancas de Ouro, ligas base de paldio ou ligas no preciosas desde que apresentem fuso superior 800 C. Recomenda-se o uso de fluxo apropriado para o metal que se deseja soldar, mantendo as superfcies de soldagem livres de xido no instante da aplicao. Alta fluidez e resistncia mecnica.

Dados Operacionais:

Fuso:

730o C..

Fluxo:

base de borato de Sdio.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

Solda Fraca 630:

Solda para ligas amarelas de Ouro, quando estas ligas no apresentarem fuso suficiente para suportar soldagens com solda fusvel. Indicada para soldagens de attachments quando se necessita uma solda de alta fusibilidade e capaz de ligar-se a metais nobres e no nobres, tais como nquel cromo ou ao inoxidvel.

Dados Operacionais:

Fuso:

630o C..

Fluxo:

base de borato de Sdio ou Fluoretado.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

Solda Ceramic 1095:

Solda nobre Alta Fuso para soldagens de ligas para cermica sejam elas nobres ou no nobres. Indicada para soldagens de estruturas elaboradas em ligas com fuso superiores a 1150 C. Toda estrutura soldada, quando submetida queima de porcelana deve estar totalmente apoiada para evitar empenamento.

Dados Operacionais:

Fuso:

1,095o C..

Fluxo:

base de borato de Sdio ou Fluoretado.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

Solda Palifix:

Solda Branca para uso em ligas base de paldio quando o ponto de fuso da liga a ser soldada no for inferior a 850 C. Apresenta alta fluidez e resistncia mecnica podendo ser aplicada com auxilio do mesmo fundente empregado para ouro. No recomendada para soldar dois metais diferentes.

Dados Operacionais:

Fuso:

750o C..

Fluxo:

base de borato de Sdio.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

Solda Yellow:

Solda Amarela para uso exclusivamente em ligas base de Cobre, ou seja, cobre-aluminio, cobre-zinco ou cobre-nquel. Recomenda-se o uso de fluxo apropriado. Esta solda em determinados ambientes bucais pode apresentar alterao de colorao ou at mesmo corroso. Certifique-se que a soldagem est isenta de poros.

Dados Operacionais:

Fuso:

630o C..

Fluxo:

base de cido Brico.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

Solda Universal:

Solda Amarelo Claro para uso exclusivamente em ligas base de Cobre, ou seja, cobre-alumnio, cobre-zinco ou cobre-nquel.

Apresenta timos resultados quando aplicada como pr-soldagem direta em attachmentes ou dispositivos de conexo. Esta solda em determinados ambientes bucais pode apresentar alterao de colorao ou at mesmo corroso. Certifique-se que a soldagem est isenta de poros.

Dados Operacionais:

Fuso:

630o C..

Fluxo:

Incorporado.

Resfriamento:

15 minutos aps a soldagem.

ENDURECIMENTO / REMOO DA CAMADA DE XIDO / POLIMENTO

Endurecimento:

O controlado tratamento trmico de uma liga metlica pode modificar suas propriedades fsicas. Este processo no necessrio para ligas de metais bsicos ou para ligas usadas para metalo-cermica.

O endurecimento da liga deve ser incrementado nos casos de coroas fresadas, coroas telescpicas ou attachments individualizados. As especificaes para tratamento trmico esto indicadas na Tabela de propriedades das ligas e nas diferentes instrues de uso.

Remoo da camada de xido:

Aps a soldagem ou o tratamento trmico, a camada de xido deve ser completamente removida, para assegurar a resistncia corroso da liga metlica.

A decapagem efetuada para remover a camada de xido da superfcie, para evitar o dano que poder ser causado ao tecido gengival. As recomendaes dos diferentes fabricantes, em relao aos procedimentos da decapagem, devem ser observadas.

Polimento:

A superfcie polida um timo pr-requisito para garantir a resistncia corroso.

O polimento conduzido com polidores rotatrios.

A dureza da liga determina a presso a ser aplicada.

Usar pequena quantidade de uma pasta de polimento e um disco de polimento, para polir as peas at alcanar alto brilho.

De modo constante, a direo do polimento, deve ser modificada.

Geralmente, o polimento perfeito no somente acentua a aparncia esttica da superfcie, mas tambm incrementa a resistncia qumica (por exemplo: reduz a susceptibilidade corroso).

LIGAS E SEUS PROCESSOS

Na odontologia restauradora muitos so os materiais aplicados com o objetivo de reconstruir, em parte ou no seu todo, um ou mais elementos dentrios. Assim, sendo, conforme o caso, caractersticas especiais so requeridas desses materiais de tal modo que possam apresentar estabilidade qumica no ambiente bucal como tambm preencher as expectativas em termos mecnicos e estticos.

Desde os primrdios da histria da humanidade metais foram introduzidos como elementos estruturais auxiliares nas reconstrues protticas devido s suas caractersticas de estabilidade, como tambm de facilidade de manipulao.

O ouro puro, metal nobre e precioso, foi o primeiro metal utilizado com caractersticas apropriadas quanto estabilidade, porm, com limitaes do ponto de vista de resistncia mecnica. Uma prova deste fato encontrada em mmias egpcias de 3000 AC, com dentes esculpidos em marfim atados aos remanescentes por fios de ouro.

A tecnologia dos metais evoluiu e a combinao de dois ou mais metais resultou em ligas mais sofisticadas e apropriadas a suportar a solicitao mecnica mantendo sua estabilidade no ambiente bucal. Naturalmente as ligas resultantes das combinaes de metais puros apresentam caractersticas diferentes de qualquer um dos metais puros isoladamente.

conveniente analisar o comportamento fsico das ligas como um importante pr-requisito para a analise do processo de modelagem por cera perdida, o mais usado na obteno de estruturas metlicas para prteses dentrias. O processo de modelagem por cera perdida, implica na fuso de uma dada liga, de modo a torn-la lquida para que possa ser inserida em um molde de fundio, no caso, poro de material refratrio no qual foram introduzidos os padres de cera.

A transformao de estado de um metal puro caracterizada por uma temperatura bem definida e nica ao longo da transformao do estado slido para o lquido. Por outro lado, as ligas metlicas apresentam duas temperaturas que definem a mudana de estado.

Em primeiro, define-se temperatura de lquido como sendo a de uma dada liga totalmente fundida quando se inicia a nucleao dos cristais slidos. Em segundo, est a temperatura de slido, na qual a ltima parte lquida torna-se slida ou ainda na qual aparece a primeira fase lquida.

A definio desses conceitos faz-se importante para que se possam manusear com segurana as ligas metlicas comuns nos laboratrios de prtese. Por exemplo, para que se obtenha fuso completa para a injeo da liga ou mesmo para uma soldagem perfeita necessrio pelo menos 100 C acima da temperatura de lquido para se fluidificar completamente a liga.

Este fato muito importante para a seleo do maarico a ser utilizado. Por exemplo, maarico do tipo gs-ar no deve ser empregado para fundir ligas com temperatura de lquido acima de 1000 C. Dependendo da quantidade de liga, a mistura gs-ar pode no produzir a quantidade de energia suficiente para se obter fuso completa da liga, pondo em risco o sucesso da fundio.

Por outro lado, importante manter uma margem de segurana de pelo menos 50 C abaixo da temperatura de slido da liga pa a seleo de uma solda segura para a unio sem impor risco s estruturas a serem soldadas.

Aps a fuso dos metais, quando iniciado o resfriamento, inicia-se um processo de grupamento dos tomos numa geometria determinada pelo equilbrio de energia do sistema. Este processo define a formao de gros da estrutura cristalina. As ligas metlicas que contm dois ou mais metais misturados apresentam quando na fase lquida disperso aleatria dos ncleos presentes. No processo de resfriamento, inicia-se o agrupamento desses tomos levando-se em conta o dimetro atmico, o tipo de rede atmica, o nmero de valncia ou at a geometria definida pelos tomos ao se ligarem a tomos iguais. A afinidade qumica dos metais presentes entre tomos iguais e diferentes tambm afetam a geometria atmica da liga resultante.

Todas estas circunstncias afetam o comportamento de uma liga e muitas vezes alguns metais especiais so inseridos para a obteno de gros menores, maior estabilidade superficial e caractersticas fsicas, tais como elasticidade e resistncia deformao e fratura.

O processo de resfriamento de uma liga pode interferir no processo de formao dos gros, podendo uniformizar sua dimenso, produzindo uma liga muito mais estvel e adaptada para sofrer grandes esforos.

Qualquer processo de manuseio da liga por dobra, martelamento, usinagem, jateamento, toro ou esforo mecnico tambm induz alteraes no equilbrio do sistema metlico. O resfriamento controlado de uma dada poro de liga pode, em muito, contribuir para harmonizar o sistema global e, portanto conferir liga caractersticas especiais requeridas conforme a aplicao.

Em termos prticos, uma estrutura pode ser amaciada para facilitar a usinagem e o acabamento, como tambm pode ser endurecida posteriormente para que possa apresentar dureza mxima. bom que se considere que um dado procedimento de resfriamento pode produzir efeitos diferentes se aplicado a ligas de sistemas diferentes.

De modo geral o resfriamento lento produz efeito endurecedor s nobres e efeito amaciador s ligas do sistema cromo/cobalto e amaciador s ligas nobres.

Nos procedimentos odontolgicos, a conformao de estruturas metlicas fica a cargo da tcnica de modelagem por cera perdida. Este o mtodo mais econmico para se obter a preciso e adaptao das estruturas restauradoras, uma vez que as dimenses envolvidas so mnimas e estas estruturas so sempre singulares e complexas.

Em 1907, Taggart introduziu na odontologia o revestimento para fundio e desde ento as ligas de alto teor de ouro tem sido mundialmente utilizadas. Durante os anos 30 a ADA, American Dental Association, conferiu certificado para as ligas nobres com teores inferiores a 75% de ouro. Esta liga com modificaes efetuadas foram consideradas apropriadas para a maioria dos ambientes bucais.

As ligas de metais preciosos para fundio contm preponderantemente ouro, paldio e platina, bem como prata, um metal precioso porm no nobre. Vrios metais no preciosos foram incorporados a estas ligas, tais como, cobre, ndio, estanho, ferro e zinco como aditivos formulao para propiciar importantes propriedades s ligas para uso odontolgico.

CLASSIFICAO DAS LIGAS

Com o objetivo de classificar as ligas nobres para uso odontolgico a ADA em sua especificao de no 5 apresentou as ligas divididas em Tipos I, II, III e IV. Esta classificao envolve limites para composies e propriedades mecnicas, sendo os Tipos I e II ligas macias; Tipo III dura e Tipo IV extradura.

Por fatores meramente econmicos, ligas mais modernas apresentam contedo de ouro variando de 45 a 60% de ouro puro. A tendncia destas ligas apresentar elevao do contedo de paldio como aditivo quantidade de ouro reduzida, com o objetivo de manter a inalterabilidade da liga no ambiente bucal.

Outro sistema de ligas atualmente bastante popular em Odontologia o de ligas de paldio/prata, nas quais o paldio o componente principal. Estas ligas podem apresentar propriedades fsicas semelhantes s das ligas de ouro do tipo III, entretanto, a presena da prata no sistema implica em problemas de corroso freqentes.

As ligas de paldio/prata tambm so empregadas para a porcelana, porm, os problemas relativos presena da prata precisam ser contornados para no afetar a cor da porcelana aplicada. Atualmente vrias marcas comerciais de porcelana no so afetadas pela presena da prata na composio das ligas.

As ligas de alta fuso para porcelana fundida sobre metal (PFM) entraram no mercado em 1958, tambm, baseadas em sistemas de metais nobres. Estas ligas foram tambm classificadas pela ADA em trs grandes grupos conforme a composio bsica. So eles, Tipo I, contendo mais de 90% de ouro, platina e paldio, com pequenas pores de ferro, ndio e estanho como endurecedores e agentes de unio; Tipo II contendo aproximadamente 80% de ouro, platina e paldio, com adio de ferro, ndio, estanho e prata. E finalmente as ligas para PFM Tipo III contendo basicamente 70% de paldio na composio geral.

Gradativamente estas ligas vm substituindo as no preciosas para porcelana por apresentarem fundio mais perfeita, melhor adaptao e ligao metal/porcelana otimizada.

importante a este ponto aclarar a terminologia atualmente empregada para o conjunto de ligas j mencionadas e evitar o uso de notaes duvidosas e pouco esclarecedoras.

Denominam-se ligas nobres as resistentes corroso e oxidao, bem como inalterveis na presena de cido. So ligas dos metais nobres, tais como ouro, paldio, platina, smio irdio e rutnio, sendo os trs primeiros os mais freqentes.

Denominam-se ligas preciosas compostas de metais preciosos mas no necessariamente nobres, ou seja, uma dada liga contendo ouro, platina, paldio e que contenha tambm prata por exemplo.

O termo semipreciosa freqentemente empregado para ligas nobres que contm quantidades de prata, como tambm para ligas nobres que contm pores de metais preciosos e no-preciosos. Embora muito popular este termo no tem significado definido no vocabulrio contido na literatura odontolgica.CRITRIOS DE ESCOLHA DE LIGAS

As vrias ligas esto disponveis e necessrio sugerir um critrio de escolha de acordo com as expectativas do cliente dos pontos de vista esttico, tcnico e operacional.Liga Metlica Corroso:

a deteriorao de um metal por reao com seu meio ambiente. A corroso um dos grandes problemas quando da colocao de uma restaurao metlica no meio bucal.

Ligas amarelas podem sugerir a presena de ouro em grande proporo, entretanto, ligas baseadas em cobre so tambm amarelas porm, apresentam propriedades fsico-qumicas muito menos apropriadas e econmicas daquelas ligas brancas preciosas. Portanto, o critrio de cor no um fiel indicador de composio, mesmo porque ligas contedo de at 85% de ouro podem apresentar cor branca devido ao alto contedo de paldio e platina. conveniente levar em conta as propriedades das ligas, tais como contedo de metais nobres, dureza, resistncia trao, elongao e faixa de fuso.

O contedo dos metais nobres define a resistncia corroso, bem como a inrcia qumica destas ligas. A dureza importante quando se considera, por exemplo, a resistncia de uma superfcie oclusal, como tambm as caractersticas de acabamento e polimento superficial. A medida do limite de trao necessria para determinar a carga mxima passvel de ser aplicada a uma prtese sem que ocorra o risco de ruptura. A elongao importante para que se possam analisar as caractersticas de acabamento e brunimento das bordas.As ligas para porcelana requerem ainda associar outras caractersticas para que possam desempenhar a funo estrutural enquanto recebem cobertura de porcelana. A prioridade est na compatibilidade da expanso e contrao entre a liga e a porcelana aplicada.

A ligao metal/porcelana assegura a reteno da porcelana sobre o metal tanto noambiente bucal como no procedimento de aplicao. A composio da liga afeta essa ligao como tambm produz efeitos residuais sobre a porcelana. Um exemplo tpico a presena de prata em sua composio, o que pode afetar a cor final da porcelana, afetando toda a esttica do trabalho.

O efeito ocorre devido segregao da prata contida na liga metlica e a do sdio contido na porcelana. Uma determinada seqncia de operaes pode implicar na formao de um precipitado que provoca a alterao de cor da porcelana. Esse efeito mais significativo conforme a composio da porcelana utilizada.

Durante os anos 70, ligas do sistema ouro/paldio foram introduzidas com o objetivo de eliminar os problemas causados pela prata, entretanto, estas ligas apresentam problemas de compatibilidade quando so utilizadas porcelanas de alta expanso. Atualmente usa-se o tradicional sistema Ouro. Paldio em prata foi complementado com pequenas quantidades de prata para adaptar estas ligas s porcelanas mais comuns do mercado.

Ao longo do ano de 1982 foram introduzidas no mercado ligas do sistema paldio/cobre, com ou sem ouro. As ligas que contm cobre so incomuns para a tcnica PFM devido aos problemas causados na colorao da porcelana, entretanto, o alto teor de paldio parece minimizar este efeito e portanto pode tornar estas ligas aceitveis para uso.

A deficincia mais importante est no xido escuro formado que dificulta o procedimento de opacificao da estrutura. Para muitas ligas deste sistema a soldagem bastante complicada e muitas vezes no confivel.

Ainda nos anos 70 foram colocadas no mercado ligas de metais bsicos com a finalidade de oferecer opes mais econmicas para a porcelana. As ligas de metais bsicos associam a resistncia corroso a propriedades qumicas especficas, como por exemplo formao de uma camada impermevel de xido que propicia a passivao da superfcie da liga.

Estas ligas, ainda que econmicas, implicam em dificuldades operacionais desde a obteno de uma boa fundio at a de adaptao perfeita e estruturas muito volumosas. O titnio puro e suas ligas vm ganhando espao no ambiente bucal devido a sua inrcia e biocompatibilidade, conforme se observa nas peas pr-fabricadas e usinadas. A confeco de estruturas por fundio apresenta srias dificuldades devido alta temperatura e atmosfera controlada requerida. A porcelana empregada tambm precisa apresentar formulao especial para se adaptar expanso e contrao da liga utilizada.

O conjunto de opes muito grande. Muitos so os materiais disponveis e com caractersticas prprias e bem definidas. O critrio mais razovel de escolha considerar o uso da liga como tambm o resultado esperado, seja em termos de adaptao, biocompatibilidade, facilidade operacional ou ainda resistncia mecnica em estruturas de dimenses muito crticas.As ligas nobres pela prpria natureza dos metais componentes so mais estveis e inertes no ambiente bucal, como tambm implicam em procedimento laboratorial simplificado e menos suscetvel a erros. Mesmo quando o custo um fator preponderante, necessria uma anlise criteriosa para evitar uma opo apenas aparentemente conveniente.

O conhecimento das ligas e suas caractersticas propiciam os melhores resultados no sentido de atender as expectativas do usurio, em particular quando tomamos por base que as ligas empregadas em Odontologia passam por um processo de fundio em circunstncias bastante cruis de utilizao.

Este processo de fundio efetuado tendo como fonte de calor uma chama aberta, direta sobre a liga e que, portanto tem a tendncia de impor liga metlica, ainda que no intencionalmente, superaquecimento, contaminao, queima de elementos de baixa fuso e tantos outros fatores prejudiciais ao comportamento bucal. Concentrando a ateno sobre o processo de fundio, propriamente dito, estar-se- novamente reportando ao processo de fundio pro cera perdida que consiste basicamente em tornar metlico um padro ou rplica em cera por meio de um molde de material refratrio. sem dvida primordial considerar esta etapa com muito cuidado, pois representa o fato gerador de todo o trabalho que vir a seguir. Uma boa impresso comea na escolha do material adequado caso a caso. A manipulao e corretas aplicaes tambm afetam o resultado final. Moldagens deformadas que apresentarem pores de material de moldagem manipulado de forma no homognea certamente implicaro em resoluo de adaptao muito pobre.

O trabalho prottico depende do modelo sobre o qual ele gerado e este, por sua vez, do processo de moldagem. Um trabalho pode estar perfeito no nvel de modelo e totalmente imprprio em nvel de adaptao final se o processo de moldagem no for encarado com o rigor necessrio.

Na atualidade no muito freqente a preparao direta de um padro de fundio na boca do paciente, uma vez que a contrao da cera quando esculpida diretamente na boca de 0,4%. A contrao da cera quando aplicada ao modelo de gesso de aproximadamente 0,2%, metade da encontrada na situao direta.

Seja qual for o mtodo aplicado s etapas posteriores devem compensar esta contrao de modo a se obter acuidade em torno de 0,1%. Portanto, ao longo da incluso, aquecimento do molde de fundio, aquecimento da liga, expanso e contrao posterior os fenmenos envolvidos devem fornecer equilbrio que pode ser definido pela expresso:

Contrao da cera + Contrao da liga = Expanso da cera + Expanso do revestimento.

Nota-se que alm do fenmeno especfico da contrao da cera conveniente analisar as implicaes decorrentes deste fato. Se a cera se expandir em funo do calor empregado para conform-la, o troquel de gesso impedir a contrao do padro. Assim sendo, tenses ficaro armazenadas ao longo da estrutura. Quando os padres so removidos dos troqueis de gesso estas tenses tendem a serem dissipadas por deformaes, as quais podero gerar srios problemas de adaptao.

O procedimento que apresenta os melhores resultados em termos de fidelidade a incluso imediata aps o trmino da escultura em cera. Vrias remoes e readaptaes contribuem para s deformaes que podem condenar todo o processo. Em suma, terminada a escultura e feita a verificao das bordas a remoo dos padres e incluso imediata so os procedimentos que oferecero os melhores resultados em termos finais de adaptao.

As ligas so aquecidas at a fuso para que possam ser injetadas nos moldes de fundio (anis de fundio). Nestas condies por estarem aquecidas sero injetadas expandidas em relao a sua dimenso absoluta temperatura ambiente. Portanto, quando a liga se resfriar at a temperatura ambiente apresentar contrao, que a funo da liga utilizada como tambm do volume e da geometria do padro gerado. Para uma liga de ouro, a contrao pode oscilar entre 1,25 e 2,0% dependendo da estrutura considerada. Temos portanto uma faixa de valores tpicos para a contrao da cera e da liga utilizada que dever ser compensada pela expanso do molde de fundio e portanto pelo revestimento refratrio utilizado.

A expanso necessria no o nico fator que define o revestimento. A estabilidade trmica do revestimento temperatura necessria para garantir modelao perfeita tambm um fator determinante na seleo do revestimento.

Para as ligas que necessitam do molde temperatura mxima de 700 C freqente a utilizao de revestimentos compostos de cristobalita, revestimentos mais frgeis, e portanto no podem dispensar a presena do anel metlico como conformador. A tira de material refratrio necessria por dois motivos, ou seja, tanto para permitir a expanso de presa do revestimento, como tambm para fornecer gua adicional ao revestimento que propiciar expanso adicional higroscpica. Em termos mdios para um revestimento desta natureza podem-se esperar resultados do tipo: expanso de presa com efeito higroscpico de 0,70% e expanso trmica de 1,25%, totalizando 1,95% de expanso total, capaz de compensar a equao de equilbrio do processo.

Outras ligas como as de alta fuso para porcelana requerem molde de fundio a temperaturas variando de 800 a 900 C. Neste caso necessrio selecionar um revestimento do tipo aglutinado por fosfato, ou seja, um p composto por fosfato de amnio e xido de magnsio que se combina com soluo aquosa de slica para aumentar as expanses de presa e higroscpica.

Outras composies existem, empregando silicato, zircatos e magnsio, formulaes sofisticadas que tendem a conferir propriedades especiais de estabilidade, expanso e procedimento de utilizao.

O padro de cera necessita ser sustentado como tambm se comunicar com o ambiente externo para permitir a eliminao da cera e a entrada da liga fundida. Os canais alimentadores de alimentao tambm denominados de sprues numa adoo da expresso em ingls incorporam estas funes alm de auxiliar a compensao da contrao durante a solidificao. Sprues de acrlico devem ser evitados por apresentarem ponto de fuso muito elevado em relao s ceras normais.

A dimenso do canal de alimentao definida pelo prprio padro de cera a ser conformado. necessrio que seja grande o bastante para conter a liga fluda at a sua solidificao e ao mesmo tempo permitir a injeo rpida da liga metlica no molde deixado pelo padro de cera. Em qualquer caso o canal de alimentao deve ser conectado na regio de maior volume do padro de cera. Estruturas com partes volumosas ligadas por partes finas necessitam de alimentao em todas as partes volumosas. A liga fundida ao entrar no molde est sujeita a turbulncias causadas por aprisionamento de gases como tambm pela presena de cantos vivos e ngulos agudos ao longo de seu percurso.

Todo percurso da liga metlica guiado pelo sprue de alimentao deve ser o mais favorvel possvel, isto , deve impor a menor perda de carga ou ainda a menor interferncia propagao da liga. A liga metlica injetada no molde em razo da acelerao do conjunto centrifugador. Assim sendo conter energia o bastante para romper partes finas de revestimento e inclusive propiciar trincas e rupturas de todo o anel de fundio. recomendvel que a parede de fundo do anel tenha pelo menos 6 mm de espessura e que as espessuras internas do revestimento entre os padres no sejam inferiores a 3 mm. Um conduto de ventilao recomendado como forma de permitir a eliminao do ar contido no anel durante a injeo. Esta conduta favorece a insero da liga mesmo em superfcies mais finas.

Os revestimentos so materiais apropriados para sofrerem aquecimento, porm uma forma de aquecimento inadequada pode causar danos ao mais bem elaborado revestimento. A primeira etapa de aquecimento at 300 C deve ser efetuada de modo lento. Ocorre que at esta temperatura a taxa de expanso trmica muito acentuada podendo provocar trincas internas no revestimento. Sempre que possvel rea de contato do anel com a superfcie do forno deve ser minimizada para que se possa garantir um aquecimento brando e uniforme ao longo da massa de revestimento. O controle de temperatura do molde, isto , do anel de fundio crtico, pois dele depende a perfeio do padro injetado.

A leitura da temperatura feita a partir de um termo par, ou seja, de um par de fios de materiais distintos cuja funo gera uma diferena de potencial quando aquecida. Assim sendo, a informao que o circuito de controle recebe a temperatura presente na juno, a qual poder ser diferente da temperatura dos anis colocados dentro da cmara do forno. Portanto, aps atingir a temperatura nominal desejada conveniente aguardar alguns minutos (de 15 a 30) para que haja homogeneizao trmica da cmara do forno e conseqentemente de todos os anis.

Para a fuso efetiva da liga o sistema mais utilizado o aquecimento por maarico nas variadas misturas de gases, sendo o combustvel, o GLP, e o carburante variando entre ar comprimido e o oxignio. O carburante tambm o propelente da mistura que otimiza a queima do combustvel de modo a atingir a demanda de calor necessria. Em qualquer caso a poro da chama ideal sempre a redutora, Esta regio caracterizada pela cor azulada intensa mais visvel na parte interna ao cone maior da chama. Esta regio a de maior energia e portanto a que produzir uma fuso com mais rapidez. Conforma a ponta da chama redutora da liga metlica se aproxima ou se distncia pode-se modular o fornecimento de energia fornecida e portanto adequar a velocidade de fuso desejada. importante considerar que a fuso demasiado rpida pode implicar em superaquecimento localizado ou global da liga. Este fenmeno pode acarretar vrio inconveniente operao como por exemplo superaquecimento e queima dos componentes, estruturas porosas ou quebradias e at mesmo problemas no comportamento da liga no ambiente bucal.

Os sistemas de fuso sem chama podem ser efetuados por aquecimento resistivo ou indutivo conforme a tecnologia empregada. O sistema resistivo, ou seja, por aquecimento de uma resistncia eltrica, mais controlado e portanto, mais seguro quanto ao aspecto de superaquecimento. A aplicao deste sistema, restringe-se fuso de ligas nobres devido temperatura mxima passvel de ser atingida.

Os sistemas de aquecimento indutivos baseados na induo de campo eletromagntico so passveis de utilizao em ligas de qualquer natureza, mesmo as de metais bsicos e titnio, contudo, o controle da temperatura bem mais problemtico. O controle da temperatura nos sistemas de induo baseia-se na leitura da emisso infravermelha da liga fundida. Ocorre que cada liga oferece uma leitura caracterstica e, portanto h a possibilidade de calibrao do sistema de leitura para cada padro de liga utilizada.

Seja qual for o sistema de fuso da liga metlico esta liga necessita ser inserida no molde de fundio para conformar a estrutura desejada. O sistema mais comum utilizado o de centrifugao obtido pela descarga da energia armazenada em uma mola espiral ou ainda a um sistema complexo acelerado por motor assncrono. Assim, sendo, a acelerao inicial do dispositivo de injeo afeta clinicamente o resultado da fundio, pois influi diretamente na adaptao global das estruturas, ou seja, determinando a descontinuidade entre a estrutura restauradora e o elemento remanescente.

Mquinas de fundio de ao pneumtica no encontram hoje em dia boa resoluo de resultados, pois seu funcionamento funo da porosidade intrnseca dos revestimentos. Com o uso de revestimentos base de fosfato, que tendem sinterizao quando aquecidos, a eficcia de funcionamento destas maquinas fica comprometida e, portanto, as fundies tendem a apresentar problemas de preenchimento.

PROCESSOS DE LIMPEZA

Feita a fundio necessria remoo do revestimento, para as ligas de ouro recomendvel aguardar at que o boto de fundio apresente a colorao vermelho-escura para a insero em gua. Este procedimento produzir efeito amaciador na estrutura, favorvel a usinagem e adaptao.

Para os revestimentos comuns base de gesso a imerso em gua ser suficiente para romper grande parte do revestimento, e os resduos remanescentes podero ser removidos facilmente com uma escova. J os revestimentos aglutinados por fosfatos no sero facilmente removidos e ser necessria a ao mecnica de uma ponta metlica para a remoo grosseira e a seguir algum processo de eliminao de resduos. Os processos de limpeza abrasiva tais como jatos de xido de alumnio podem ser empregados, porm, esses mtodos implicam em deformao das espessuras mais finas, em particular das bordas finas que freqentemente tornam-se arredondadas, comprometendo a adaptao da estrutura.

Os processos de limpeza qumica so sempre preferveis por manter a integridade das estruturas, entretanto, devem ser adequados natureza da liga utilizada. As ligas de ouro amarelo sugerem o uso de cido clordrico para a limpeza dos resduos de revestimentos e a remoo de xidos ou sulfetos que recobrem a superfcie da estrutura. Para as ligas de ouro branco ou que contenham alto teor de paldio ou prata recomendado o uso de soluo de cido sulfrico a 30%, para a limpeza de resduos e a remoo de xidos.

Todo e qualquer processo de ataque cido requer o uso de uma soluo de neutralizao que seria, pro exemplo, uma soluo saturada de bicarbonato de sdio. A lavagem com grande quantidade de gua aps a neutralizao complementar o processo com segurana.

O procedimento final de polimento realizado se empregados polidores base de xido de estanho ou de alumnio e finalmente com polidores base de xido de ferro. Estes polidores muitas vezes so incorporados em massas que contm bases nem sempre solveis em gua. Para estes casos recomendado o uso de solventes, tais como isopropanol ou lcool metlico para a remoo dos resduos. Jatos de vapor tambm so eficientes e seguros porque dispensaro o uso de solventes que em geral apresentam toxidade elevada.

As ligas no nobres ainda utilizadas para prtese em geral no podem sofrer limpeza cida como as ligas nobres e, portanto iro requerer limpeza abrasiva mais intensa. Mesmo com dureza superficial maior que as ligas nobres, as no nobres tambm so afetadas pelo efeito de arredondamento das bordas imposto pelo jato de xido de alumnio.

As ligas de cromo/cobalto largamente empregadas para armao de prteses parciais removveis apresentam caractersticas de fundio similares s das ligas de ouro, entretanto, o ponto de fuso significativamente mais alto e, portanto requer um sistema de aquecimento diferente em geral fornecido por maarico de acetileno/oxignio ou por induo.

Paras estas ligas muito favorvel o uso de sistemas de aquecimento indutivo, no s pela temperatura necessria (aproximadamente 1.450 C), como tambm pela acuidade necessria na regulagem da chama do maarico. Caso a combusto no seja perfeita,a contaminao por carbono resultar em alteraes na dureza e no mdulo de elasticidade da liga, tornando-a quebradia e portanto inadequada para o uso.

As ligas de titnio atualmente sugeridas para o uso como material estrutural em prtese sobre implante requerem exclusivamente um processo indutivo de aquecimento e fuso aliado atmosfera inerte de argnio. As fundies de titnio so criticas e mais ainda em laboratrios de prtese devido s dificuldades de controle de todo o processo. Em que pese o baixo peso especfico do titnio e sua extrema biocompatibilidade, as ligas de metais preciosos, em termos globais, ainda oferecem os melhores resultados.

DVIDAS SOBRE LIGAS E SEUS TIPOSCausas de Corroso da Liga:

Alimentos e lquidos ingeridos tem diferentes intervalos de PGH, cidos que no so liberados durante a degradao das substncias alimentares. O ouro resiste ao ataque qumico sendo indicado para qualquer tipo de prtese.

Liga de Cromo-Cobalto:

Liga resistente, indicada para prtese parcial removvel com alta temperatura de fuso.

Liga de Paldio:

Usada em prtese metalo-cermica e para coroas e pontes.

Ligas Metlicas - Observaes no uso:

Ler sempre as especificaes de uso das ligas fornecidas pelos fabricantes.

Atentar-se bem para a temperatura de fuso, pois no se deve super aquecer o metal, pois o mesmo perder propriedades, e o anel com revestimento dever estar sempre a mais ou menos 300 graus centgrados abaixo do ponto de fuso da liga.

Ligas - Metais Nobres Ouro:

Metal mais nobre, raramente mancha na cavidade bucal.

Elevado coeficiente de condutibilidade trmica.

Desvantagem: cor.

Pouco usado devido ao alto custo.

Ligas Metais Nobres - Ouro - Tipos Indicao:

Tipo I: mole: para pequenas incrustaes (facilmente brunido).

Tipo II: mdio - coroas 3/4 espessas, retentores, pnticos e coroas totais (sujeitas a tenses moderadas).

Tipo III: duro - Coroas 3/4 finas, retentores, pnticos e coroas totais (sujeitas a grandes tenses).

Tipo IV: extra duro - estruturas com espao prottico longo (sujeitas a tenses muito elevadas).

Ouro branco: Predominncia de ouro, mas esbranquiado com paldio ou paldio e prata.

Ligas - Metais Nobres - Platina e Paldio:

Metais nobres usados conjuntamente com outro metal, para proporcionar maior qualidade ao trabalho.

So inertes na cavidade bucal.

Colorao: esbranquiada.

Alta elasticidade.

Ligas - Metais Nobres - Prata/Paldio:

Esbranquiadas com predominncia da prata, porm com quantidades de paldio para promover a nobreza e tornar a prata mais resistente manchas.

Ligas - Metais Nobres - Paldio/Prata:

Liga usada para confeco de coroas metalo-cermicas, com temperaturas de amolecimento alta o suficiente para permitir a fuso da porcelana.

Ligas - Metais Nobres - Ouro/Platina:

Liga usada para coroas, pontes e incrustaes.

Ligas - Metais Nobres Paldio:

Liga usada em prtese metalo-cermicas e para coroas e pontes.

Ligas - Metal Semi-Nobre Prata:

No resiste corroso.

Ponto de fuso baixo.

Cor: branca.

Uso de paldio para melhorar a qualidade da liga.

O ponto de fuso de 650o graus.Ligas - Metais No Nobres - Cobre/Alumnio:

Metais usados para a obteno de ligas alternativas e indicados para prteses unitrias (incrustaes e coroas totais), prteses metalo-cermicas (metal e acrlico), prteses parciais e ncleos.

Perfeita compatibilidade biolgica.

Liga dura.

Ponto de fuso de 900o a 950o graus.

Oxida-se com facilidade.

Uso de ligas inadequadas ou imprprias para a P.P.R.:

Quanto a este aspecto, o tcnico tem uma responsabilidade muito grande, por tratar-se de um fator que fica estritamente sob seu controle. O sucesso de um trabalho tem um vnculo direto com a qualidade da liga empregada.

No mercado encontramos trs tipos de ligas metlicas:

Ligas aricas;

Ligas Cromo-Cobalto (as mais utilizadas);

Ligas de Nquel-Cromo.

A popularidade da liga Cromo-Cobalto foi atribuda a:

Sua baixa densidade (peso; as ligas de Cromo-Cobalto tm aproximadamente a metade do peso das ligas aricas).

O mdulo de elasticidade das Co/Cr de aproximadamente o dobro do mdulo de elasticidade das ligas aricas.

Baixo custo do material e resistncia descolorao.

O terminal retentivo dos grampos para ambas as ligas devem ter aproximadamente o mesmo tamanho.

As ligas menos usadas so as ligas de Nquel-Cromo (Ni-Cr), em razo da presena do Nquel que pode apresentar reaes alrgicas diversas.

TABELA DE LIGASAurobond:

Au, Pd, Pt = 96%

Liga de ouro amarela de alta fuso indicada para aplicao de porcelana. Singular por sua cor amarela e tambm resistncia mecnica que possibilita seu uso em estruturas convencionais fixas.

Aurobond Plus no pode ser jateado com jatos abrasivos. Efetue a oxidao 950C por 5 minutos, sem vcuo. Remova a pea, lave a estrutura em gua destilada e aplique diretamente o opaco.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 850 a 900o C.Dureza Vicker: 148 HVI.Faixa de Fuso: 1.100 a 1.196o C.Resfriamento:

15 min. Aps fundio.Densidade:

18,70 g/cm3.Coef. Expan.:

15,69 x 10 6 / oC.

ACP PLUS 76:

Au, Pt 78%.

Liga de Ouro Amarela tipo III, conforme Classificao n 5 da American Dental Association. ACP talvez uma das mais clssicas formulaes em ligas do tipo IIII para estruturas fixas em geral. Excelentes resultados em termos de adaptao e compatibilidade biolgica. Cor amarelo ouro, caracterstica das ligas High Noble.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 600 a 650o C.Dureza Vicker: 140 HVI.Faixa de Fuso: 920 a 960o C.Resfriamento:

resfriamento antes da abertura.Densidade:

15,80 g/cm3.

Pioneer II

Au, Pt, Pd 81,5%

Liga de Ouro Platinado de alto teor. Trata-se da mais clssica formulao em uso na odontologia. Liga macia que permite brunidura de bordas. Indicada para blocos unitrios, incrustaes ou fixas clssicas de um s pntico. Devido a suas caractersticas, a aplicao de Tratamento Trmico Endurecedor no prover efeito significativo. Decapar com cido clordrico puro.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 600 a 650o C.Faixa de Fuso: 900 a 960o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

16,90 g/cm3.

Hex Gold:

Au, Pt, Pd 67,3%

Liga Amarela de Ouro Platinados Extras Duros, indicados para confeco de estruturas removveis a grampos, infra-estruturas para implantes e qualquer outra estrutura submetida tenso, abraso ou stress permanente.Rica formulao garante biocompatibilidade no meio bucal alm da resistncia necessria em estruturas delicadas, tais como attachments.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 600 a 650o C.Faixa de Fuso:

865 a 900o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

14,30 g/cm3.

Gold Gatto IV:

Au, Pt, Pd 62,4%

Liga Amarela de Ouro Platinado Extra Dura, indicada para confeco de estruturas removveis a grampos ou qualquer estrutura que necessite alto fator de regenerao elstica. Deve ser submetida a Tratamento Trmico Endurecedor aps a usinagem para que possa apresentar resistncia e elasticidade mxima.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 600 a 650o C.Faixa de Fuso:

870 a 920o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

13,70 g/cm3.

Todes Plat III:

Au, Pt, Pd 63,0%

Liga Amarela de Ouro Platinado indicada para confeco de estruturas fixas metalo plsticas sujeitas a grandes tenses e abraso. Apresenta alta estabilidade no meio bucal.Pode ser submetida a Tratamento Trmico Endurecedor de modo a aumentar a resistncia deformao quando submetida a esforos de grande magnitude.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 600 a 650o C.Faixa de Fuso:

880 a 940o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

13,80 g/cm3.

Gold Ceramic:

Au, Pt, Pd 83%

Liga Branca de Ouro alta fuso indicada para confeco de estruturas fixas a serem aplicadas com porcelana odontolgica. Sua estrutura micro granular oferece fundies de alta preciso e adaptao. Nunca use jato de xido de alumnio.Aps usinagem de estrutura lave com detergente e aplique oxidao a 960 C sem vcuo, por 5 minutos. No aplique jato abrasivo aps oxidao.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 850 a 900o C.Faixa de Fuso:

1,200 a 1,280o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

14,2 g/cm3.Coef. Expans.:

14,56 x 10 6 / oC.

Polar II:

Au, Pd 100%

Liga Branca, Macia de ouro e paldio especial para uso em incrustaes e estruturas unitrias mesmo com aprofundamento sub gengival. Sendo uma liga essencialmente nobre totalmente inerte no meio bucal. No aciona nenhum sistema alrgico do organismo. Apresenta grande quantidade de paldio o que a torna de alta fuso, porm no adequada para o uso de porcelana.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 750 a 800o C.Faixa de Fuso:

1,050 a 1,210o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

18,1 g/cm3.

Polar IV:

Au, Pt, Pd 73,5%

Liga Branca, Extra Dura, de ouro e paldio indicada para confeco de Prteses Parciais Removveis ou estruturas fixas sujeitas a cargas intensas.Inerte no meio bucal. Apresenta excepcional resistncia a abraso podendo ser empregada na confeco de Attachments de semipreciso, mecnicos ou Slide attachments.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 700 a 750o C.Faixa de Fuso:

1,070 a 1,030o C.Resfriamento:

15 minutos aps fundio.Densidade:

14,7 g/cm3.

Futura:

Au,Pt,Pd 95%

Liga Branca de Ouro, Paldio e Platina, sem Prata de alta fuso indicada para confeco de estruturas fixas a serem aplicadas porcelanas odontolgicas. Oferece fundies de alta preciso, adaptao e grande dureza.

Seu oxido apresenta grande fixao e estabilidade. Aps usinagem da estrutura lave com detergente e aplique oxidao a 960 C sem vcuo, por 5 minutos. No aplique jato abrasivo aps oxidao. Nunca use jato de xido de alumnio.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 930 a 950o C.

Faixa de Fuso:

1,000 a 1,100o C.

Resfriamento:

15 minutos aps fundio.

Densidade:

15,1 g/cm3.

Ceramic ST:

Au, Pd 53%

Liga de alto teor de Paldio, com prata, indicada para confeco de estruturas fixas a serem recobertas com porcelana odontolgica. Apresenta excepcional aderncia da porcelana o que evita os clssicos problemas de descolamento. Nunca use um jato de xido. Aps usinagem da estrutura lave com detergente e aplique oxidao a 960 C sem vcuo, por 5 minutos. No aplique jato abrasivo aps oxidao.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 850 a 900o C.

Faixa de Fuso:

1,150 a 1,250o C.

Resfriamento:

15 minutos aps fundio.

Densidade:

10,9 g/cm3.

Coef. Expan.:

16,31 x 10 6 / oC.

Palifix 10:

Au, Pd 10% 20%

Liga Paldio Ouro Prata indicada para confeco de estruturas fica clssicas metalo plsticas, ncleos e incrustaes em geral. Excelente adaptao de bordos. Palifix 10 representa a segunda gerao de ligas do sistema prata paldio. O acrscimo de 10% de ouro formulao clssica a torna uma liga muito mais resistente corroso e oxidao. Fundir com maarico gs-oxignio.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 650 a 750o C.

Faixa de Fuso:

900 a 1,010o C.

Resfriamento:

20 minutos aps fundio.

Densidade:

11,0 g/cm3.

Palifix 20:

Au, Pd 20%, 20%

Liga Paldio Ouro Prata indicada para confeco de estruturas fica clssicas metalo plsticas, ncleos, incrustaes e infra-estruturas para prteses sobre implantes osseointegrados. Com o teor Ouro de 20% apresenta estabilidade no meio bucal alm de alta fusibilidade garantindo perfeita adaptao. Fundir com maarico gs-oxignio.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 650 a 750o C.

Faixa de Fuso:

940 a 1,030o C.

Resfriamento:

20 minutos aps fundio.

Densidade:

11,4 g/cm3.

Argental S:

Ag 85%

Liga Prata Estanho, alto teor de Prata, indicada para uso em estruturas fixas unitrias, pinos, blocos e ncleos. Formulao tradicional e macia permitindo inclusive brunidura de bordo. Devido a sua fuso moderada recomenda-se fundir a liga em cadinho pr-aquecido e com chama branda para evitar queima do estanho presente.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: A ponto de tocar o anel.

Faixa de Fuso:

660 a 710o C.

Resfriamento:

10 minutos aps fundio.

Argental H:

Ag 65%

Liga Prata Estanho Cobre extra dura, indicada para uso em estruturas fixas unitrias, tais como incrustaes e blocos. Formulao moderna, de alta resistncia mecnica, resistente abraso. Devido a sua fuso moderada recomenda-se fundir a liga em cadinho pr-aquecido e com chama branda para evitar queima do estanho presente.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: A ponto de suspender o anel.

Faixa de Fuso:

610 a 690o C.

Resfriamento:

10 minutos aps fundio.

Primalloy 2%:

Ag 83%

Trata-se de uma nova concepo de ligas do sistema prata-estanho, com a adio de paldio a clssica formulao binria. Como resultado desta adio, Primalloy 2% apresenta superior resistncia corroso e oxidao muito freqentes em determinados ambientes bucais, nos quais ocorrem severas alteraes de PH.

Dados Operacionais:

Temperatura do anel: 180o C..

Faixa de Fuso:

680 a 740o C.

Resfriamento:

10 minutos aps fundio.

Implantes:

Seleo de ligas:

A seleo de ligas deve levar em conta o aumento dos requisitos para as superestruturas sobre implantes. Portanto, recomenda-se um critrio de seleo especial:

Utilizar, de preferncia uma liga extradura (tipo 4).

Alta resistncia ao calor durante a ceramizao.

Alta resistncia corroso.

Boa aderncia solda para poder ligar pontes extensas.

timas propriedades de ligao durante a fundio direta a componentes pr-fabricados.

Absolutamente seguras e de fcil processamento.

So utilizadas com certeza mais ligas na prtica odontolgica do que as que aqui esto apresentadas. A seleo aqui apresentada inclui ligas que recomendamos para supraestruturas e que cumprem os pr-requisitos acima mencionados.

Ligas que no so indicadas para a ligao cermica:

Degulor M

Extra duro

Amarelo.

Liga a base de ouro-platina para confeccionar todos os tipos de restauraes dentais com exceo da tcnica metalo-cermica.

Extra dura e de cor amarela, apresenta excelentes propriedades tcnicas, facilidades de manuseio e resistncia corroso comprovada por vrias dcadas de experincia clnica. Esta liga, tambm pode ser usada para supraestruturas na tcnica de implantes.

Ligas para a ligao cermica:

Com alto teor de ouro:

Degudente H

Extra duro

Amarelo claro

Degudente U 94

Extra duro

Branco

Ligas para a ligao cermica para cermicas de baixa fuso:

Degunorm

Extra duro

Amarelo

Durante a fundio dentro ou sobre attachments ou componentes de implantes, torna-se ainda mais nobre e biocompativel, mais resistente corroso e a descolorao. Com esta liga recomenda-se utilizar cermicas de ltima gerao, como a Duceram Plus. As supraestruturas na tcnica de implantes, confeccionadas com esta liga tem uma perfeita adaptao.

Ligas Dentais DEGUSSA-HULS

Para coroas, pontes e incrustaes:

Estabilor G

Com propriedades tcnicas e clnicas semelhantes s de ouro-platina, apresenta-se como uma alternativa mais econmica e com as mesmas caractersticas de manuseio. A base de ouro-paldio e de cor amarela, esta liga extra dura de gros refinados pode ser utilizada para uma vasta gama de aplicaes.

Palliag M

A mais econmica liga branca de metais preciosos, extra dura, a base de prata-paldio e com uma pequena adio de ouro, utilizada com sucesso h mais de cinqenta anos em laboratrios do mundo todo. Quando adequadamente trabalhada ela resistente corroso e descolorao. Suas propriedades tcnicas so similares s das ligas de ouro-platina.

Palliag MJ

Liga extra dura, a base de prata-paldio-ouro (12m5). Em funo de uma maior adio de ouro, aumenta o teor de nobreza, a biocompatibilidade, ou seja, mais resistente corroso e descolorao.

Pratasiloy

uma liga base de prata-estanho desenvolvida especialmente para confeco de coroas, ncleos e incrustaes. Fornecida em gros esfricos, constitui-se alternativa de custo sensivelmente inferior ao das ligas aricas.

Para a tcnica metalo-cermica:

Degudente GS

Liga amarela base de ouro-platina para a tcnica metalo-cermica. Com alto contedo de ouro, sendo indicada para confeccionar coroas e pontes de pequena extenso, limitadas a dois pnticos de conexo.

Degudente U

Uma das mais tradicionais ligas cermicas do mercado mundial. Sua formulao base de ouro-platina garante total confiabilidade com relao a biocompatibilidade e resistncia corroso. Extra dura e de fcil manuseio, permitindo confeccionar pontes de qualquer extenso fisiologicamente sustentvel.

Deva 4

uma liga base de ouro-paldio isenta de prata e compatvel com todas as cermicas existentes no mercado. Extra dura e de cor branca, apresenta uma estrutura de gros refinados e excelente resistncia corroso e descolorao.

Bond-on 4

A base de paldio e extra dura, possui propriedades mecnicas que permitem confeccionar no s trabalhos de coroas e pontes mas tambm prteses removveis, devendo ser fundida exclusivamente com cadinhos cermicos e com chama adequadamente ajustada para evitar contaminaes com carbono.

Deck Gold

Deck Gold (normal) uma preparao de metais preciosos em pasta, com alto contedo de ouro, para ser utilizado na tcnica metalo-cermica. Sua aplicao permite mascarar a oxidao excessiva do metal (em especial nas ligas de ni-cr ou ligas base de paldio) principalmente quando a camada de cermica fina. Ela pode ser usada em qualquer liga cermica e deve ser aplicada exclusivamente nas reas a serem cobertas com cermica, melhorando sua aderncia.

Cuidados necessrios:

A liga metlica no deve ser super aquecida.

No se deve fundir antes do anel atingir a temperatura adequada.

No empregar a chama oxidante.

No resfriar o anel imediatamente aps a fundio.

Para a fundio feita com metais Cobre/Alumnio ou ouro a temperatura do anel deve permanecer entre 650o C a 700o C. No pode ocorrer o resfriamento do anel antes da fundio.

O ponto de fuso do Cobre/Alumnio de 900o a 950o C.

Liga de prata:

Inicialmente o anel deve ser aquecido ao rubro.

Em seguida, deve ser deixado a esfriar ao ar livre, por 2 a 3 minutos para que a temperatura diminua at uma faixa entre 450o C a 550o C.

O ponto de fuso do Alloy de 600o C a 650o C.

Sempre verificar as indicaes do fabricante.

PASSOS PARA FUNDIO DA

LIGA METLICA ODONTOLGICA

Segurar o contrapeso da centrfuga com a mo direita e dar tantas voltas quantas forem necessrias para que ao ser liberada, a centrfuga gire por no mnimo 30 segundos.

Suspender a trava da base de modo que fique apoiada no brao da centrfuga, frente do conjunto onde est posicionado o cadinho.

Colocar o metal no cadinho em quantidades suficiente para copiar o trabalho a ser fundido.

Acender o maarico, observando as regies de queima de gs e ar, usando a que mais indicada para a fundio da liga que a regio redutora.

Uma vez derretido o metal no cadinho, retirar o anel do interior do forno com a pina tenaz, e posicion-lo corretamente na mesa de centrfuga, verificando a liga a ser utilizada.

Manter a chama do maarico dirigida para o cadinho onde se encontra o metal fludo e, com a outra mo, tracionar o contrapeso at o deslocamento da trava armadora.

Com cuidado, soltar a centrfuga a fim de proporcionar a centrifugao do metal derretido.

O metal injetado para o interior do anel, com uma velocidade mxima atingida em menos de 1 segundo, tornando-se gradualmente mais lenta at parar.

Observaes:

Durante o processo de fundio, armar corretamente a centrfuga e usar adequadamente a regio de reduo do maarico.

Estar sempre atento para que no haja super aquecimento nem da liga metlica, nem do anel no interior do forno, o que prejudicaria sensivelmente a qualidade da ponte fixa fundida.

PARTICULARIDADES A SEREM

OBSERVADAS SOBRE LIGAS METLICASCHRISTENSEN19, em 1971, recomendou que o mximo de desadaptao marginal fosse de 50m. No estudo de BASSANTA & MUENCH6 (1977), foi demonstrado que as queimas sucessivas da porcelana levam a desajustes cada vez maiores e a magnitude do desajuste depende da liga.BARAN3 (1979) relata que as ligas de nquel-cromo esto sujeitas a alteraes qumicas e mecnicas durante o processo de fundio. A maioria das desadaptaes ocorre aps a degaseificao. A distoro ocorrida pode ser o resultado da contrao do metal, durante o aquecimento, ou devido formao de xidos na superfcie interna do casquete.De acordo com McLEAN, WILSON , BUTT41 (1980), que so favorveis ao processo de degaseificao, os gases adsorvidos na fundio podem ser eliminados se o metal for submetido a alto vcuo, por um longo perodo, a 1000o C. Os autores afirmam que esse um meio seguro para certificar-se de que os elementos volteis no contaminem a porcelana e que a limpeza a vapor ou jateamento da superfcie do metal no garante esse efeito. Quanto ao amaciamento da liga, sugerida por alguns autores como resultante da degaseificao, eles admitem a possibilidade da ocorrncia do fato apenas na superfcie do metal e somente a uma profundidade de alguns micrmetros e que certamente no afeta a estrutura completa do metal.Foi observado por BUCHANAN, SUARE , TURNER14 (1981) que durante o processo de degaseificao ocorreu abertura das margens dos casquetes fundidos com metais preciosos e no preciosos. O desajuste dos casquetes de metais no preciosos estava numa proporo de 8 para 1 em relao aos metais preciosos.Mostraram tambm que a adaptao marginal era afetada pelo tipo de liga utilizada para confeccionar a estrutura metlica. A quantidade de discrepncia marginal foi encontrada mais pronunciada em ligas no preciosas. A diferena entre ligas preciosas e no preciosas foi avaliada como resultado da espessura da camada de xido formada no interior dos casquetes no preciosos durante vrios estgios da queima.

LEINFELDER, SOCKWELL , SLUDER37 (1982) disseram que a menor desadaptao clinicamente detectvel de 100m.

McLEAN40 (1983) afirmou que o alto ponto de fuso da liga de ouro-paldio, reduz o risco de distoro do metal durante a ciclagem trmica da porcelana, alm da liga possuir boas propriedades mecnicas.MOFFA43 (1983) observou que ligas de alta fuso usadas em coroas metalo-cermicas satisfazem tanto fsica quanto biologicamente os requisitos para essas restauraes. Em adio a isso, o metal deve ser trmica, mecnica e quimicamente compatvel com a porcelana para evitar possveis desadaptaes do casquete metlico.DEDERICH20 et al (1984) examinaram trs ligas no nobres usadas em coroas metalo-cermicas e concluram que elas apresentaram oxidao interna e discrepncia significativa na margem das restauraes durante os ciclos trmicos de cozimento da porcelana.TERADA53 (1984) mediu a resistncia dos casquetes metlicos de ligas aricas e no aricas e concluiu que quanto maior a espessura do casquete metlico, menores desajustes ocorrero. Afirmou, tambm, que para ligas no aricas a espessura mnima do casquete deve ser de 0,35 mm e para ligas aricas de 0,5 mm.BASSANTA & MUENCH4 (1985) concluram que as ligas aricas comparadas com as no-aricas apresentaram, em geral, menores desajustes em decorrncia das coces da porcelana. Embora a maior resistncia ao escoamento a altas temperaturas, apresentadas nessas ligas no aricas, seja um fator de menor distoro durante a coco da porcelana, existe algum outro fator que age em sentido oposto e faz com que, no resultado final, essas ligas no nobres apresentem maiores alteraes.Um estudo clnico de dois anos do Sistema Castmatic, realizado por IDA et al33 (1985), revelou que a adaptao marginal de mais de 100 coroas fundidas de titnio foi intermediria entre as coroas de prata-paldio e nquel-cromo.BASSANTA & MUENCH5 (1987) afirmaram que as ligas no nobres, em geral, apresentaram um maior desajuste aps a coco da porcelana.A dificuldade de fundio do titnio levou ANDERSSON, BERGMAN , BESSING1 (1989) a desenvolverem um novo mtodo de fabricao de coroas de titnio. Esse consiste no processo de torneamento por cpia para produzir a morfologia da superfcie externa e usinagem com descarga eltrica baseada em decalques da matriz principal para reproduzir a superfcie interna. Com a combinao dessas tcnicas, a origem de muitos erros associados ao enceramento, ao revestimento e ao procedimento de fundio na fabricao de coroas metlicas tem sido eliminada.

Esse mtodo permite alta preciso na adaptao das coroas, devido possibilidade de modificao do eletrodo em relao ao troquel de gesso. Alm disso, os casquetes fabricados a partir de uma pea slida de titnio so excepcionalmente biocompatveis, j que esse mtodo no inclui tratamento trmico dos procedimentos de fundio convencional que poderia criar condies desfavorveis.STEPHANO et al52 (1989) concluram que a liga de ouro apresentou desajuste mdio menor do que o da pelcula de cimentao, o que indica clinicamente essa liga para a confeco de coroas fundidas.BERGMAN, BESSING , ERICSON8 (1990) avaliaram, durante dois anos, a tcnica de eroso por descarga eltrica para produzir as coroas Procera. Neste estudo, julgaram 167