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Desamassamento de superfícies Amassado positivo Após sua identificação, com o uso de tasso ou encontrador de mão, utilizado na parte interna do amassado com superfície plana e com o auxílio de um martelo de funileiro deve-se abaixá- lo em seguida, remover a tinta e efetuar a aplicação da lima flexível. Amassado negativo Após sua identificação, com o uso de tasso ou encontrador de mão, utilizado na parte interna do amassado com a superfície curva e com o auxílio de um martelo de funileiro deve-se executar o pré-desamassamento, em seguida utilizar a abrasadeira ou rebatedeira para executar o acabamento final e em seguida remover a tinta e efetuar a aplicação da lima flexível. Os pontos negativos, quando surgem em uma superfície, pode ser identificado por meio do contato visual, manual e utilizando a lima flexível.

funilaria dessamassamento

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FUNILARIA

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Desamassamento de superfícies

Amassado positivo

Após sua identificação, com o uso de tasso ou encontrador de mão, utilizado na parte interna

do amassado com superfície plana e com o auxílio de um martelo de funileiro deve-se abaixá-

lo em seguida, remover a tinta e efetuar a aplicação da lima flexível.

Amassado negativo

Após sua identificação, com o uso de tasso ou encontrador de mão, utilizado na parte interna

do amassado com a superfície curva e com o auxílio de um martelo de funileiro deve-se

executar o pré-desamassamento, em seguida utilizar a abrasadeira ou rebatedeira para

executar o acabamento final e em seguida remover a tinta e efetuar a aplicação da lima

flexível. Os pontos negativos, quando surgem em uma superfície, pode ser identificado por

meio do contato visual, manual e utilizando a lima flexível.

Page 2: funilaria dessamassamento

Seqüência da operação:

• Identificar o dano.

• Nivelar a superfície martelo de funileiro, abrasadeira (rebatedeira) e/ou alavanca, executando

movimentos em espiral de fora para dentro do amassado e com o auxílio de um tasso ou

encontrador de mão utilizando na parte interna da peça amassada.

• Remover a tinta.

• Aplicar lima flexível.

• Remover riscos com lixadeira angular.

• Finalizar com lixadeira orbital.

OPERAÇÕES DE FUNILARIA

Desamassamento manual de superfície

Analisar uma superfície amassada requer do profissional uma grande atenção e

conhecimento, pois é uma atividade artesanal e desenvolvida com poucos recursos, ou

seja, não existe nenhuma ferramenta ou máquina capaz de executar uma reparação no

veículo sem a presença do homem, portanto a habilidade do profissional é o que garante o

sucesso da qualidade do trabalho realizado.

Para desamassar uma superfície são necessários cinco passos fundamentais:

1. Análise do dano.

2. Remoção das tensões do amassado - é uma operação que utiliza uma espátula e um

martelo, aplicando o martelamento em volta da região danificada.

3. Pré-desamassamento - é uma operação inicial que visa a restauração da peça danificada

próxima a sua forma original. Pode-se utilizar tasso, martelo, abrasadeira, alavanca e

vincadeira. Nos amassados em regiões com dobras ou vincos deve-se alinhar o vinco ou

dobra da chapa com auxílio de uma ferramenta (vincadeira).

4. Nivelamento da superfície - após o pré-desamassamento deve-se alinhar a superfície

em relação ao plano original que a peça foi estampada, utilizando martelo, tasso,

abrasadeira, espátulas, alavancas e lima flexível.

5. Acabamento com lixadeira.

Page 3: funilaria dessamassamento

Antes de iniciar um trabalho é fundamental que o profissional faça uma avaliação do disco

de lixa. Se estiver desgastado deve ser substituído, pois danificará a superfície a ser

trabalhada.

Após o término do trabalho de reparação de desamassamento, inicie o desbaste entre a

chapa metálica e o material de pintura. Recomenda-se iniciar o desbaste com lixa de

granulação 40 e 80 removendo os riscos encontrados na superfície da chapa.

Contração metálica

Como toda chapa metálica tem a sua limitação quanto à resistência, deve-se tomar cuidado

com a pressão exercida pelas alavancas, aplicação de martelo de funileiro e abrasadeira

(rebatedeira) para não dilatar a chapa (flambar). Caso isso ocorra, deverá executar uma

contração através da máquina de repuxar chapas ou através do maçarico.

Utilizando a máquina de repuxar chapas com o dispositivo apropriado execute a contração

nos pontos positivos encontrados na superfície.

Utilizando o maçarico com um menor bico ou extensão de solda e com a chama neutra,

aplique o calor no ponto positivo, aplique golpes de martelo de funileiro em volta do calor

aplicado em espiral de fora para o centro da região danificada, acelere o retorno das moléculas

com um choque térmico resfriando com um pano úmido o ponto aonde foi aplicado o calor,

em espiral de fora para o centro do ponto.

Page 4: funilaria dessamassamento

OBSERVAÇÃO

Se necessário, use um projetor de perfil (pente de ângulo) para verificação do formato da

superfície reparada, comparando curvas e ângulos em relação à superfície não danificada.

Page 5: funilaria dessamassamento

Ferramentas

Desempenar uma chapa ou uma peça de pequena espessura é a operação que consiste em torná-la

tão plana quanto possível. Para esse trabalho, necessita o chapeador de uma ferramenta de choque (para

bater sobre a chapa sem deformá-la) e uma base plana (sobre a qual se apóia a chapa ou a peça fina),

apresentada a seguir.

• Macete

O macete (figs. 1 a 3) é uma ferramenta de choque, servindo não apenas para desempenar chapas

mas também dar golpes que não deformem as faces já preparadas de uma peça.

face

cabeça

cabo

face Fig. 1 – Macete

É geralmente de madeira, o que apresenta o inconveniente de se gastar rapidamente, mesmo

quando ferrado (fig. 2). Há, também, macetes com cabeça de borracha, matéria plástica e couro

enrolado (fig. 3).

anel de aço para reforço

Fig. 2 – Macete com anel de aço

Page 6: funilaria dessamassamento

anel de aço

Fig. 3 – Macete com cabeça de borracha

É evidente a razão do emprego de materiais macios na cabeça do macete. A sua finalidade é

desempenar a chapa, sem deformá-la e sem deixar marcas ou mossas nas superfícies que sofrem

os choques. Se o material da cabeça do macete fosse duro, os choques deformariam a chapa.

Em chapeamento, usam-se também macetes com cabeça de metais macios – como chumbo ou

cobre. Mas, até estes não são aconselháveis para desempenar chapas, pois deixam marcas. Servem

apenas para bater em peças espessas nas faces já acabadas.

• Bloco de ferro fundido

A base plana, adequada para que a chapa seja desempenada, é geralmente um bloco de ferro

fundido com a forma de paralelepípedo (fig. 4). Suas dimensões variam conforme a peça por

desempenar.

face superior

face inferior

Fig. 4 – Bloco de ferro

A face superior é a de desempeno, e a face inferior apóia-se sobre a bancada. São ambas planas

por simples operação de plaina. Não há necessidade de retificá-las, porque o desempenamento de

chapas não é um trabalho de precisão. As faces laterais podem ser ou não aplainadas.

Page 7: funilaria dessamassamento

O desempenamento

A fig. 5 mostra como se dá o golpe sobre a chapa apoiada no desempeno. Deve-se fazer trabalhar

apenas o punho. A amplitude do movimento do macete é de cerca de um quarto de círculo (90º). A

articulação do punho é o centro desse movimento. O antebraço somente ajuda o impulso no macete.

O modo de segurar a ferramenta é o indicado na fig. 5, ou seja, na extremidade do cabo.

D

Fig. 5 – Desempenamento

Resulta, assim, uma alavanca maior (distância D), que torna o efeito do choque mais eficiente, com

menos esforço do que dá o golpe. No desempenamento, a chapa é geralmente segurada com a mão

esquerda, e a sua posição freqüentemente mudada, a fim de que a operação se faça em toda a

superfície por desempenar.

Page 8: funilaria dessamassamento

Corte de chapas

Para o corte de chapas de pouca espessura, usa-se a tesoura manual.

Tipos de tesoura

fio ou gume lâmina braço

articulação

braço

lâmina

Fig. 6 – Tesoura manual reta de lâminas largas (para cortes retos de pequeno comprimento)

Fig. 7 – Tesoura manual reta de lâminas estreitas (para cortes em curva de pequeno comprimento).

Pode ser direita ou esquerda

Fig. 8 – Tesoura manual curva (para cortes em curva)

Page 9: funilaria dessamassamento

punho

articulação

lâminas

base

braço

Fig. 9 – Tesoura de bancada

Limites do uso da tesoura

Usa-se a tesoura manual para chapas finas.

O limite para o uso da tesoura de bancada é determinado pelo esforço em aplicar: se a espessura

da chapa exigir esforço exagerado, não se deverá cortá-la com a tesoura de bancada.

Características das lâminas das tesouras

As boas tesouras manuais e de bancada são sempre temperadas e revestidas. A têmpera e o

revenimento concorrem para que o corte seja melhor e haja desgaste.

A fixação das lâminas com parafusos, na tesoura de bancada (fig. 9), permite a sua retirada para a

afiação.

Para que o corte se faça em boas condições, as lâminas devem estar corretamente afiadas segundo

os ângulos nas figs. 10 e 11 (cunha, 70º; folga; f = 1º). Além disso, as lâminas devem trabalhar bem-

-ajustadas com um mínimo de folga.

f = 1º f = 1º

c = 76º

c = 76º chapa chapa

f = 1º

c = 76º

c = 76º

f = 1º

Fig. 10 – Seção AB da tesoura manual indicada na

fig. 13 posteriormente apresentada

Fig. 11 – Seção CD da tesoura

indicada na fig. 12 a seguir

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C

articulação

chapa

D

Fig. 12 – Tesoura de bancada cortando chapa

A

chapa

B

articulação

Fig. 13 – Tesoura manual cortando chapa

Proteção de ferramenta

1. Não se devem cortar chapas de aço duro, para evitar o estrago dos fios da lâmina.

2. Não forçar a tesoura, tentando cortar chapa de espessura superior à que sua capacidade permite.

Para esses casos, existem tesouras mecânicas e elétricas de grande capacidade (tesourões).

Princípio de funcionamento

A tesoura funciona como um conjunto de duas alavancas articuladas. Em conseqüência, o corte se

faz facilmente, quando a chapa é encostada mais próximo da articulação (figs. 12 e 13), caso em que

se emprega menos força no braço.

Page 11: funilaria dessamassamento

Precauções no uso da tesoura

Modo de segurar:

a) durante a operação de cortar, deve-se manter a tesoura manual afastada do corpo, para evitar

beliscões no fechamento dos braços dela;

b) deve-se empunhar a tesoura manual de modo correto e com firmeza, para que não ocorram

ferimentos na mão.

Cortando e desempenando

chapas finas à mão

Corte

Esta operação é muito utilizada na

fabricação de peças avulsas de chapa fina de

aço de até 1,6mm de espessura, como caixas

pequenas, gabaritos, etc. (fig. 19).

Para realizar o corte, seguir as instruções

adiante.

Fig. 19 – Caixa de ferramentas

Processo de execução

1o passo: traçar as linhas onde deverá ser realizado o corte.

2o passo: selecionar a tesoura de acordo com o corte a realizar.

3o passo: cortar observando o traçado.

a) Empunhar a tesoura como mostram as figs. 20, 21 e 22.

Fig. 20

Fig. 21

Page 12: funilaria dessamassamento

Fig. 22

b) Abrir a tesoura (fig. 23).

gume das lâminas

fechar abrir

Page 13: funilaria dessamassamento

Fig. 23

c) Introduzir a chapa entre os gumes das lâminas.

d) Iniciar o corte guiando a lâmina da tesoura na direção do traçado (fig. 24).

lâmina superior

traçado

Fig. 24

Afastar os dedos da direção do movimento do pino limitador do movimento

da tesoura.

Para cortar rigorosamente pela linha, o traçado deve ficar bem visível e a incidência de luz vir pela

direita (no caso da tesoura manual – fig. 25) ou pela esquerda (no caso de tesoura de bancada – fig. 26).

incidência de luz pela esquerda

incidência de luz pela direita

Fig. 25 Fig. 26

Quando se fazem cortes de grande extensão, a tesoura não deve fechar-se de todo, para evitar a

formação de dentes no corte (figs. 27 e 28). Fazer cortes de pequena extensão para cada avanço da

tesoura.

Page 14: funilaria dessamassamento

dentes no corte

Fig. 27 Fig. 28

Desempenamento

Em trabalhos com chapas finas de pequenas espessura, o profissional executa esta operação para

corrigir pequenos defeitos que possam dificultar a realização de trabalho com excelente acabamento.

Para desempenar chapas finas, seguir as instruções adiante.

1o passo: escolher as ferramentas. O macete deve ter o tamanho e peso com a espessura da chapa.

2o passo: Preparar a chapa.

a) Retirar a rebarba, se necessário.

b) Eliminar óleo ou graxa, se houver.

3o passo: desempenar.

a) Determinar os pontos a serem desempenados. Os pontos podem ser identificados através da

visão, tato e/ou régua de controle, conforme demonstrado nas figs. 29, 30 e 31.

Fig. 29

Fig. 30 Fig. 31

Page 15: funilaria dessamassamento

b) Apoiar a chapa sobre o desempeno. A face a ser corrigida deve ficar voltada para cima conforme

indicado na fig. 32.

Fig. 32

c) Bater sobre os pontos altos. Os golpes devem ser distribuídos de acordo com a fig. 33.

Fig. 33

d) Repetir os passos anteriores tantas vezes quantas forem necessárias, até conseguir o alinhamento

da chapa.

e) Utilizar a régua de controle, para verificar o acabamento final (fig. 34).

Fig. 34

Page 16: funilaria dessamassamento

Limagem e dobradura de material

fino à mão

Limar

Esta operação se faz em metais de pouca espessura e de laminados finos (até 4mm aproximadamente),

diferenciando-se das outras operações de limar pela necessidade de fixar o material por meios auxiliares,

tais como calços de madeira, cantoneiras, grampos e pregos.

Aplica-se na usinagem de gabaritos, lâminas para ajuste e outros procedimentos.

Nesta operação, apresentam-se dois casos: um quando se limam bordas e o outro quando se limam faces.

Processo de execução

1o passo: verificar se o material está desempenado. Se necessário, desempenar, utilizando o macete.

2o passo: traçar.

3o passo: prender a peça, para evitar vibrações ao limar (figs. 35 e 36).

Fig. 35 – Peça presa com cantoneira Fig. 36 – Peça presa com calço de madeira

calço

4o passo: limar, de modo a evitar vibrações,

seguindo as orientações adiante.

a) Para eliminar as vibrações que se apresentam

ao limar, colocar a lima segundo a fig. 37.

b) A lima é deslocada em posição oblíqua à

peça (fig. 37).

Fig. 37

Page 17: funilaria dessamassamento

5o passo: Verificar com a régua a superfície limada, porque, quando se trata de limar as faces da

chapa, esta se prende sobre a madeira, conforme mostram as figs. 38, 39 e 40.

peça

mordente

madeira de apoio

Fig. 38 Fig. 39

Curvar e dobrar material fino à mão

Fig. 40

Tanto nas grandes fábricas como nas pequenas oficinas, chapas e barras de vários perfis são dobradas

ou curvadas a fio.

Existem máquinas de curvar ou de dobrar, porém há trabalhos que não podem ser feitos nestas

máquinas. Somente o artífice experiente, usando ferramentas e acessórios, é capaz de executar dobras

ou curvas em peças as mais variadas, tais como braçadeiras, pés para máquinas, cantoneiras, etc.

Processo de execução

1o passo: prender a peça na morsa.

a) Observar o traçado (fig. 41) e seguir estas orientações:

Fig. 41

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• usar mordentes de proteção, quando necessário;

• utilizar mandril, se for preciso (figs. 42, 43 e 44);

• usar cantoneiras e calços para maiores que a morsa (figs. 45 e 46).

Fig. 42 Fig. 43 Fig. 44

Fig. 45 Fig. 46

2o passo: dobrar ou curvar.

a) Bater com o martelo, quando o acabamento não tiver muita importância (fig. 47).

b) Bater com o martelo e usar proteção, para evitar sinais de pancada na peça (fig. 48).

Fig. 47 Fig. 48

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c) Usar os estampos apropriados, no caso de se fazerem várias peças (fig. 49).

d) Usar o macete no caso de chapa muito fina ou material não-ferroso (fig. 50).

Fig. 49

Fig. 50

e) Usar ferramentas em forma de talhadeira sem corte em casos especiais (fig. 51).

Fig. 51