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8/19/2019 Funilarias em zinco http://slidepdf.com/reader/full/funilarias-em-zinco 1/10  CAPÍTULO VI FUNILARIAS  

Funilarias em zinco

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CAPÍTULO VI

FUNILARIAS 

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6.1  INTRODUÇÃO

O zinco como material utilizado na construção civil começa com a edificação de Paris moderna,aquela das grandes exposições universais. Ao longo dos tempos, foram vários os construtores que sededicaram ao estudo deste material, devido às constantes e novas exigências do mundo da construçãocivil.

A obtenção deste mineral é feita através do enriquecimento à saída da mina por um processo deflutuação que permite obter concentrados contendo 50 a 55% de zinco. Estes, após uma operação dita de“ustulação” são postos em solução, purificados e submetidos a electrólise. O zinco depositado em placassobre os cátodos é separado, refundido, vazado em contínuo e finalmente laminado a quente.

Sendo um metal não ferroso, o zinco protege-se naturalmente, apresentando uma resistênciaexcepcional à corrosão.

Como é natural, também se devem ter alguns cuidados com este material, nomeadamente na suamanipulação, devendo-se evitar atirar as chapas ao chão, deixá-las ou fazê-las deslizar sobre superfíciescom saliências. Devem também estar protegidas da humidade quando armazenadas e transportadas.

Quanto ao fenómeno de dilatação e contracção verifica-se que o efeito do calor provoca umalongamento das chapas em zinco de aproximadamente 0,022mm/mºC no sentido longitudinal e de0,016mm/mºC no sentido transversal. Em virtude de ocorrerem estes fenómenos é necessário que o zincofique livre quando colocado em obra, sendo preso por meio de encaixes (ganchos) e não pregados ou

aparafusados pois assim iria provocar deformações no zinco ou mesmo rasgos.Para concluir falta referir que existem vários tipos de zinco, sendo estes: zinco natural, zinco pré-

 patinado, zinco bilacado. A soldadura é efectuada com a ajuda de um metal de adição constituído poruma liga de chumbo-estanho.

6.2  APLICAÇÕES DO ZINCO

6.2.1  Evacuação de águas pluviais

 Não é permitido por lei lançar as águas pluviais directamente na via pública. Com esta proibição,

 protege-se os transeuntes, o pavimento das ruas e a própria construção contra a humidade provocada pelaágua. Para que esta lei seja respeitada, usa-se uma variada gama de acessórios tais como: caleiras ealgerozes, tubos de queda e outros.

6.2.1.1  Caleiras

A captação das águas pluviais é feita por caleiras que são colectores exteriores. Estas podem serfabricadas com perfis variados e com dimensões em função da área a drenar. Para uma boa aplicação nãodeverão ser realizados lanços contínuos com mais de 12 metros. Caso esta recomendação não sejaseguida, dever-se-à unir os lanços através de uma junta de dilatação.

- VI.1 -

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Quadro VI.1 – Formas e dimensões mais correntes de caleiras

6.2.1.2  Algerozes

Os algerozes, colectores interiores, servem também para evacuar as águas pluviais. São feitos àmedida e conforme as necessidades da construção onde vão ser aplicados.

- VI.2 -

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1 – Algeroz2 – Rufo3 – Presilha4 – Murete

Figura VI.1 – Pormenores tipo de algerozes

6.2.1.3  Tubos de queda

A evacuação das águas pluviais recolhidas pelas caleiras e algerozes faz-se por meio dos tubosde queda ou condutores. A secção mais económica é a circular, embora existam outras, pois oferece umamaior rigidez, permite um melhor aproveitamento do material e oferece menor resistência ao escoamentoda água. Os tubos são ligeiramente cónicos para facilitar a sua interligação. Têm, em geral, 2 metros de

comprimento e não são soldados mas sim encaixados. São fixos por abraçadeiras de 2 em 2 metros.De acordo com a legislação em vigor e utilizando o gráfico em baixo, pode-se saber a secção dos

tubos de queda em função da área a drenar.

Figura VI.2 – Ligação de um tubo de queda a uma caleira

- VI.3 -

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 Figura VI.3 - Secção dos tubos de queda em função da área a drenar

6.2.2 

Coberturas

Parte essencial da arquitectura de um edifício, as coberturas, para além de protegerem dasintempéries, valorizam esteticamente as construções. Como material de cobertura o zinco apresentaconsideráveis vantagem em relação a outros materiais. Tais vantagens são: leveza, possibilidade de fracainclinação, grande durabilidade, despesa de conservação nula e não necessita de pintura.

6.2.2.1  Cobertura camarinha

Este tipo de cobertura foi criada há aproximadamente 30 anos pelo engenheiro Camarinha e poruma empresa do ramo. O sistema é constituído por chapas quinadas com o comprimento máximo de 6

metros , com nervuras trapezoidais ao longo do seu comprimento, fixas por presilhas de aço galvanizadoespaçadas de 50 centímetros. A inclinação mínima admissível é de 1%. É o sistema de cobertura em zincomais usado no nosso país, com excelentes resultados.

Figura VI.4 – Cobertura Camarinha – aspecto geral

Figura VI.5 – Cobertura Camarinha – pormenor de ligação das chapas quinadas

- VI.4 -

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 Figura VI.6 – Execução da cobertura

6.2.2.2  Cobertura “Joint Debout”

A cobertura de junta agrafada é de recente implantação em Portugal, embora seja usado na Europadesde à 15 anos. Graças a um grau de mecanização elevado, este sistema permite: diminuir o tempo deexecução graças à utilização de uma ferramenta electro-mecânica, garantindo um perfeito e constante

trabalho; uma optimização do coeficiente de utilização do metal; garantir a máxima estanqueidade pelasupressão de juntas transversais e soldaduras. Este sistema é indicado para grandes áreas de cobertura e principalmente para as superfícies curvas. A inclinação mínima proposta é de 5%.

Figura VI.7 – Cobertura “Joint Debout” – aspecto geral

Figura VI.8 – Cobertura “Joint Debout” – pormenores de execução da junta agrafada

- VI.5 -

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Figura VI.9 – Equipamento electro - mecânico p/execução das juntas

6.2.3  Vedações

6.2.3.1 

Cobre - juntas

- VI.6 -

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6.2.3.2  Vedação de chaminé

Legenda:1 – Guieiro superior

2 – Rufo3 – Pingadeira inferior4 – Guieiro lateral5 - Presilha

6.2.3.3  Complemento de vedação de uma soleira

- VI.7 -

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6.2.3.4  Vedação de uma cumeeira

6.2.3.5  Pormenor de vedação de murete 

- VI.8 -

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6.2.3.6  Pormenor de vedação de cobertura

6.3  ANOMALIAS EM PONTOS DE EVACUAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Os principais casos de anomalias nestas zonas singulares da cobertura são as obstruções criadas àevacuação da água e os defeitos de ligação da impermeabilização em superfície corrente com osdispositivos de evacuação da água.

A acumulação de detritos diversos junto às embocaduras dos tubos de queda, a conformaçãoinadequada das pendentes nas zonas circundantes das embocaduras e a obstrução das próprias

embocaduras, são factores que dificultam a descarga normal das águas pluviais da cobertura, fazendoassim com que elas se acumulem e permaneçam, durante períodos mais ou menos prolongados, sobre orevestimento de impermeabilização.

Os detritos referidos são geralmente folhas de árvores, granulado mineral da autoprotecção damembrana da última camada do sistema de impermeabilização ou poeiras diversas. A inexistência deralos nas embocaduras dos tubos de queda contribui substancialmente para a fácil obstrução desses tubos,a qual é agravada quando é insuficiente a sua secção de escoamento.

As infiltrações de água através da ligação da impermeabilização com as embocaduras do tubo dequeda são devidas geralmente à concepção ou execução insatisfatórias do respectivo remate. São deevitar soluções onde a impermeabilização é rematada directamente sobre o tubo de queda sem qualquerelemento de reforço.

- VI.9 -