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FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FERNANDO BAIER APARELHOS ORTOPÉDICOS DE AVANÇO MANDIBULAR SANTA CRUZ DO SUL-RS 2012

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FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

FERNANDO BAIER

APARELHOS ORTOPÉDICOS DE AVANÇO MANDIBULAR

SANTA CRUZ DO SUL-RS

2012

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FERNANDO BAIER

APARELHOS ORTOPÉDICOS DE AVANÇO MANDIBULAR

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Faculdades Unidas do Norte de Minas para obtenção do título de especialista em ortodontia.

Orientação: Prof. Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso

SANTA CRUZ DO SUL – RS

2012

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FERNANDO BAIER

APARELHOS ORTOPÉDICOS DE AVANÇO MANDIBULAR

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós-Graduação em Ortodontia das Faculdades Unidas do Norte de Minas para obtenção do título de especialista em ortodontia.

Data da apresentação : 10 de agosto de 2012

Resultado:_______________________________

BANCA EXAMINADORA

Profa.Dra. Soo Young Kim Weffort _____________________________

Prof.Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso ______________________________

Prof.Dr. Augusto Ricardo Andrighetto ______________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Marcia e ao meu filho Leonardo pelo

amor incondicional, pelo carinho, e pela compreensão nas inúmeras vezes em que

meu cansaço, preocupações e ausências foram compartilhados com vocês e com

muita sabedoria e serenidade souberam me incentivar a seguir em frente e superar

os obstáculos.

Este trabalho é o meu presente para vocês!

Eu amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

À Deus por me conduzir nesta vida com muitas conquistas e alegrias.

Aos meus pais Adalberto e Lourdes pelo incentivo e apoio nesta nova jornada de

estudos.

Ao meu irmão Eduardo pelo apoio e incentivos recebidos em alguns momentos

difíceis.

A minha sobrinha Milena e minha cunhada Enedir pelos incentivo e imensos

favores recebidos em momentos que fora difícil a minha presença devido ao meu

trabalho.

A minha colega de especialização Fernanda que tanto me ajudou na elaboração

deste trabalho e na sua dedicação nos momentos em que estive ausente em alguns

dias de atendimento na clínica de especialização.

Ao meu colega de especialização Leonardo pelos debates e conversas além dos

ensinamentos na confecção de vários aparelhos ortopédicos e ortodônticos.

Ao meu professor e orientador Luís Fernando Corrêa Alonso, uma pessoa que

admiro muito pela sua dedicação em prol de uma ortodontia de qualidade, pela

oportunidade de me aperfeiçoar na Ortodontia, pela orientação neste trabalho, pela

amizade e convivência nestes três anos.

Aos meus colegas do curso de especialização pela convivência amigavel nestes três

anos de estudos.

Aos funcionários do Instituto Parizotto pela dedicação e amizade.

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“Não devemos ter medo das novas ideias.

Elas podem significar a diferença entre o

triunfo e o fracasso.”

(Napoleon Hill)

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RESUMO

O objetivo deste estudo foi fazer uma revisão de literatura sobre aparelhos

ortopédicos de avanço mandibular para o tratamento da Classe II. Apresentamos

dispositivos removíveis e fixos pesquisados nos últimos dez anos, as indicações, os

efeitos esqueléticos e dentários, as vantagens e desvantagens no emprego de cada

aparelho na correção da Classe II.

Palavras Chave: maloclusão de Classe II; Aparelhos ortopédicos de avanço

mandibular; tratamento classe II esquelético.

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ABSTRACT

The objective of this study was to review the literature on orthopedic mandibular

advancement in the treatment of Class II . Here is removable and fixed devices

surveyed in the last ten years, the indications, the skeletal and dental effects ,

advantages and disadvantages in the use of each appliance in Class II correction

Keywords: Malocclusion of Class II; Ortopédics devices of mandibular advance;

treating skeletal Class II.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Extra-Bucal de Thurow Modificado............................................................15

Figura 2 - Aparelho APM IV........................................................................................18

Figura 3 - Aparelho Jasper Jumper............................................................................19

Figura 4 - Componentes do JasperJumper................................................................20

Figura 5 - Reação adaptativa da ATM........................................................................22

Figura 6 - Relação normal disco articular-côndilo em boca fechada..........................22

Figura 7 - Relação normal disco articular-côndilo em boca aberta............................23

Figura 8 - Cefalograma utilizado por Pires.................................................................24

Figura 9 - AEB ortopédicos........................................................................................25

Figura 10 - Tração Extrabucal AEB Ortopédico.........................................................25

Figura 11 - Posição do côndilo na cavidade Glenóide...............................................26

Figura 12 - Pontos e Planos utilizados por Katsavrias (2003)....................................26

Figura 13 - Ângulos e medidas lineares utilizadas por Katsavrias (2003).................27

Figura 14 - Imagem transcraniana do Côndilo...........................................................29

Figura 15 - Aparelho extrabucal de Kloehn................................................................30

Figura 16 - Aparelho extrabucal conjugado................................................................31

Figura 17 - Aparelho Herbst bandado........................................................................34

Figura 18 - Aparelho APM 3 instalado........................................................................34

Figura 19 - Análise cefalométrica Almeida et al (2006)..............................................39

Figura 20 - Análise cefalométrica de Pancherz..........................................................39

Figura 21 - Aparelho Twin Block................................................................................40

Figura 22 - Aparelho Twin Block vista anterior, lateral e oclusal................................45

Figura 23 - Cefalograma utilizado por Lima (2007)....................................................46

Figura 24 - Componentes do aparelho Jasper Jumper..............................................46

Figura 25 - Aparelho Jasper Jumper instalado...........................................................47

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Figura 26 - Bionator modificado de contenção...........................................................47

Figura 27 - Aparelho Ativador conjugado ao extrabucal............................................47

Figura 28 - Aparelho ortodôntico corretivo.................................................................48

Figura 29 - Componentes do Jasper Jumper.............................................................49

Figura 30 - Aparelho Jasper Jumper .........................................................................49

Figura 31 - Componentes do aparelho Bionator........................................................49

Figura 32 - Bionator modificado por Ascher...............................................................50

Figura 33 - Ativador de Klammt vista oclusal e frontal...............................................51

Figura 34 - Ativador de Klammt vista frontal e lateral.................................................51

Figura 35 - Aparelho Herbst com expansor tipo Hass................................................52

Figura 36 - Kit MARA..................................................................................................54

Figura 37 - Coroas de aço para molares inferiores e superiores...............................54

Figura 38 - Peças para o avanço do MARA...............................................................54

Figura 39 - Aparelho MARA instalado........................................................................55

Figura 40 - Tratamento com aparelho Mara...............................................................55

Figura 41 - APM I,II,III e IV.........................................................................................56

Figura 42 - Jasper Jumper vista frontal e lateral........................................................57

Figura 43 - Aparelho Herbst integrado.......................................................................58

Figura 44 - Variáveis cefalométricas da análise de Jarabak......................................59

Figura 45 - Variáveis cefalométricas utilizadas no Quociente de Jarabak.................59

Figura 46 - Variáveis cefalométricas utilizadas no VERT de Rickets(modificado).....60

Figura 47 – Bionator modificação Alonso (BMA) vista frontal e oclusal inferior.........61

Figura 48 - Bionator modificação Alonso (BMA) vista oclusal e frontal superior........61

Figura 49 - Bionator modificação Alonso (BMA) vista lateral esquerda e direita.......62

Figura 50 - Aparelho Twin Block superior preconizado por Clarck ...........................63

Figura 51 - Aparelho Twin Block inferior preconizado por Clarck..............................63

Figura 52 - Conjunto mecânico do APM-3 Modificado...............................................64

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Figura 53 - Seleção do Tamanho Do Jasper Jumper.................................................65

Figura 54 - Aparelho Dynamax...................................................................................70

Figura 55 - APMMC (Aparelho de protrusão mandibular de Morales e Carvalho)....71

Figura 56 - APMMC com elásticos intermaxilares......................................,,,,,,,.........71

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................... 12 2. REVISÃO DE LITERATURA.............................................

14

3.

PROPOSIÇÃO...................................................................

74

4. DISCUSSÃO........................................................................

75

5. CONCLUSÃO....................................................................

79

REFERÊNCIAS................................................................. 80

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Freitas (2002), a má oclusão de Classe II apesar de ser a segunda

maloclusão em prevalência é o problema ortodôntico que mais leva os pacientes a

procurar atendimento em clinicas e consultórios ortodônticas sendo a sua

prevalência em cerca de 55% dos casos. A má oclusão de Classe II se caracteriza

pela relação discrepante entre as arcadas superior e inferior provocada tanto por

alterações dentarias e esqueléticas ou ambas simultaneamente em que a arcada

superior se coloca em posição mais anterior que a inferior levando geralmente a

criar problemas estéticos e funcionais que podem ser de graus variados dependendo

da severidade da má oclusão e seu reflexo nos tecidos moles ( SILVA FILHO et

al,1990; MCNAMARA JR et al, 1997).

O tratamento dessa maloclusão depende de fatores como a idade do

paciente, seu comprometimento estético e das alterações oclusais. A correção da

má oclusão de Classe II constitui um dos assuntos mais estudados e controversos

da Ortodontia contemporânea, em função dos diferentes tipos de aparelhos

disponíveis e da época ideal para o início do tratamento, destacando-se o

tratamento em uma única fase (aparelhos fixos) e em duas fases (aparelhos

ortopédicos e ortodônticos fixos). Os aparelhos ortopédicos visam corrigir a

discrepância maxilomandibular nos sentidos anteroposterior e transversal,

contribuindo para uma melhora na relação das bases apicais, uma oclusão com

estabilidade e harmonia do perfil facial. No entanto, o tratamento com aparelhos

ortopédicos, fixos ou removíveis, deve ser indicado para jovens em fase de

crescimento e desenvolvimento craniofacial, com a finalidade de alterar

espacialmente a forma e o posicionamento das bases ósseas, redirecionando o

crescimento da maxila e liberando o da mandíbula, gerando uma nova situação mais

estável e equilibrada (OLIVEIRA JUNIOR, 2002; SCHÜTZ et al., 2003; PIRES et al.,

2005; ALMEIDA-PEDRIN et al., 2007; GIMENEZ et al., 2007).

Os aparelhos ortopédicos removíveis apresentam como características

favoráveis o seu baixo custo de confecção, facilidade no caso de ajustes e pode ser

utilizado na dentição mista o que leva ao seu uso na idade adequada de crescimento

dos pacientes segundo seus defensores e como características desfavoráveis ao

seu uso certo grau de desconforto no seu uso relatado pelos pacientes e por ser

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removível depende muito da colaboração dos pacientes além de que normalmente

ser necessário uma complementação no tratamento com ortodontia fixa. Essas

características negativas dos aparelhos ortopédicos removíveis levaram a inúmeros

estudos sobre a utilização de aparelhos ortopédicos fixos que não podem ser

removidos pelos pacientes e atuam de forma permanente, mas que também

apresentam seus problemas característicos como o grande número de quebras,

dificuldades na higienização do aparelho e dificuldades na fala e deglutição dos

pacientes ( ALVES et al., 2006; KAMACHE et al., 2006).

O mecanismo de ação dos aparelhos ortopédicos removíveis já foram

relatados em inúmeros trabalhos da literatura e seus resultados já são bem

conhecidos porem nos últimos anos inúmeros trabalhos surgiram na literatura sobre

aparelhos ortopédicos de avanço mandibular fixos devido a sua principal

característica de evitar o tratamento em duas fases e comprovando a sua eficiência

comparada ao aparelhos ortopédicos removíveis. Inúmeros trabalhos também

apresentam a evolução destes aparelhos demonstrando uma melhora nos seus

principais problemas e mais recentemente vários aparelhos estão sendo

apresentados em novas versões e aparelhos novos aparelhos sendo apresentados

demonstrando a sua crescente evolução reduzindo as sua deficiências como o alto

numero de quebras e o alto custo para o paciente (COELHO FILHO, 2002;

PANCHERZ et al., 1998; Schütz et al., 2002; SILVA FILHO et al., 2002).

O presente trabalho tem como objetivo principal por meio de uma revisão de

literatura dos últimos 10 anos sobre os aparelhos ortopédicos de avanço mandibular

e relatar os tipos de aparelhos estão sendo pesquisados e analisar suas principais

características positivas e negativas no seu uso.

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2. REVISÃO DE LITERTURA

Pinto et al. (2001), através de um caso clínico relataram o uso do aparelho

Extra-Bucal de Thurow Modificado no Tratamento da Classe II com Mordida Aberta.

O aparelho utilizado consiste em um aparelho extra-bucal acoplado a uma placa de

acrílico com cobertura oclusal sobre os molares superiores denominado de “Splint

Maxilar” acrescido de uma grade lingual e um expansor, com direção da puxada

para cima e para trás. A incorporação da grade lingual teve como objetivo conter a

interposição lingual devido à mordida aberta já existente e também à causada pelo

acrílico oclusal na região dos dentes posteriores. A ponte acrílica afastada do palato

direciona a ação da força exclusivamente sobre a oclusal dos dentes. O expansor

pode ser incorporado quando houver necessidade de adequação transversal do arco

superior. Este aparelho tem a finalidade de conter o crescimento vertical de maxila e

permitir uma rotação anti-horária da mandíbula, tendo como resultado uma

adequação do terço inferior da face, proporcionando um correto posicionamento

maxilo-mandibular. A fim de se obter um maior controle da força aplicada, o arco

externo do extra-bucal foi cortado na altura dos 1ºs molares permanentes superiores

e foi angulado levemente para cima proporcionando uma força para trás e para cima.

Dessa forma, a força gerada pelo elástico passa próximo à tuberosidade maxilar

onde se localiza o centro de resistência da maxila, com a finalidade de restringir o

crescimento vertical da mesma. O paciente, uma criança do gênero masculino com

10 anos de idade, padrão dolicofacial, perfil convexo e altura facial inferior

ligeiramente aumentada, diagnosticado como Classe II divisão 1 subdivisão direita,

com coincidência de linhas médias superior e inferior, mordida aberta anterior,

sobressaliencia de 4 mm e curva de spee acentuada . O paciente apresentava

também hábito de interposição lingual ao deglutir. Na análise cefalométrica foi

observado que a maxila estava protruída em relação à base do crânio enquanto a

mandíbula estava bem posicionada em relação à base do crânio. A mandíbula

apresentava ainda o comprimento menor que o indicado quando relacionada ao

tamanho da maxila. A análise vertical mostrou que a altura facial ântero-inferior

estava aumentada e tendendo a um crescimento vertical. Quanto ao padrão

dentário, os incisivos superiores estavam bem posicionados em relação às bases

ósseas e os incisivos inferiores protruídos em relação às bases ósseas. O objetivo

tratamento foi a correção da relação maxilo-mandibular anteroposterior e vertical. A

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sobreposição total dos traçados cefalométricos inicial e final mostrou que houve

restrição do crescimento maxilar tanto no sentido anteroposterior como vertical,

enquanto a mandíbula projetou-se mais para frente que no sentido vertical, ou seja,

o contrário do que se esperaria no crescimento normal. A sobreposição parcial da

maxila mostrou ter havido controle de erupção do molar e extrusão dos incisivos,

enquanto que a sobreposição parcial da mandíbula mostrou ter havido controle de

erupção dos molares e incisivos e acentuado crescimento condilar. Concluindo que o

aparelho extra-bucal de Thurow modificado mostrou ser capaz de restringido

crescimento da maxila tanto no sentido vertical como anteroposterior além de

permitir uma rotação da mandíbula no sentido anti-horário, o que é indicado no

tratamento dos casos de Classe II com mordida aberta.

Figura 1: Extra-Bucal de Thurow Modificado

Fonte : PINTO et al. (2001)

Dominguez, Hirschheimer e Vigorito (2001), publicaram um estudo sobre as

alterações transversais das arcadas dentarias decorrentes do tratamento com

Bionator de Balters em pacientes em crescimento com mal oclusão Classe ll divisão

1 no qual foram avaliados 62 modelos de gesso superiores e inferiores obtidos no

inicio e ao final do tratamento de 31 pacientes em crescimento sendo 18 meninos e

13 meninas divididos em dois grupos controle com 13 pacientes e grupo tratado com

18 pacientes com idade media inicial de 10 anos e 7 meses e idade media ao final

do tratamento de 12 anos e 2 meses sem mordida cruzada e apinhamento severo.

As medidas transversais foram divididas em região anterior superior cuja distancia

avaliada foi entre o ponto mais profundo no encontro das arestas das cúspides

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vestibular e palatina dos primeiros pré-molares superiores, região anterior inferior

cuja distancia avaliada foi o ponto de contato entre os primeiros e segundos pré-

molares inferiores, região superior posterior medida entre entro os pontos mais

profundos das fossas centrais dos primeiros molares superiores e a região inferior

posterior medida entre as pontas de cúspides centrais dos primeiros molares

inferiores. O grupo tratado apresentou um aumento de 1,41 mm na região anterior

superior, 1,26 mm na região posterior superior, 0,54 mm na região anterior inferior e

1,26 mm na região posterior inferior enquanto que o grupo não tratado apresentou

um aumento nas medidas de 0,06 mm na região anterior superior, 0,16 mm na

região superior posterior, 0,74 na região anterior inferior e 0,22 na região posterior

inferior levando ao resultado de diferença media de aumento entre o grupo tratado e

controle de 1,43 mm na região anterior superior, 1,14 mm na região superior

posterior, 0,10 mm na região anterior inferior e 0,99 mm na região posterior inferior.

Estes resultados levaram os autores a concluir que no grupo controle não

apresentaram mudanças transversais durante o período de observação, que o grupo

tratado com o Bionator de Balters apresentou um aumento dimensional transversal

da arcada superior nas regiões anterior e posterior e na arcada inferior na região

posterior e que as diferenças entre o grupo controle e o grupo tratado foram

significantes demonstrando que o efeito do tratamento aconteceu independente do

crescimento natural e estes incrementos foram importantes para coordenar as

arcadas entre si fornecendo um suporte estrutural mais adequado à musculatura.

Schütz et al. (2002), avaliaram cefalometricamente as modificações dento

alveolares e do perfil facial decorrentes do tratamento da mal oclusão de Classe ll

divisão 1 com o aparelho Herbst com splints acrílicos. O estudo se realizou através

de 46 telerradiografias de norma lateral iniciais e finais com medidas angulares e

lineares derivadas de varias analises cefalométricas de 23 pacientes sendo 17

homens e 6 mulher leucodermas com mal oclusão Classe ll, divisão 1 por

retrognatismo mandibular, dentadura permanente e estagio de maturação

esquelética 3 ou 4 segundo Helm et al. A idade média inicial era de 12 anos e 11

meses e 14 anos e 2 meses a final e o tempo médio do tratamento com o aparelho

de Herbst foi de 12 meses e 1 dia e após foi finalizado o tratamento ortodôntico com

aparelho fixo. Após o tratamento os resultados apontaram que os incisivos

superiores retruiram e inclinaram para em direção a lingual e também extruiram. Os

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molares superiores distalizaram e mantiveram suas posições verticais. Os incisivos

inferiores protuiram e vestibularizaram e não extruiram e os molares inferiores

mesializaram e extruiram. A sobressaliencia e a sobremordida diminuíram e a

relação de Classe l foi obtida em todos os casos.

Von Bremen e Pancherz (2002), publicaram um estudo sobre a eficiência do

tratamento precoce e tardio nas mal oclusões de Classe ll divisão 1 onde estudaram

204 pacientes divididos em três grupos de acordo com seus estágios de evolução

dentaria sendo o primeiro grupo no inicio da dentição mista com os incisivos

completamente irrompidos, o segundo grupo com dentição mista tardia, ou seja, com

caninos e pré-molares em erupção e o terceiro grupo com dentição permanente com

todos os caninos e pré-molares totalmente erupcionados sendo os grupos avaliados

através de modelos de gesso obtidos antes do tratamento e depois de finalizado

todo o tratamento. No estudo foram utilizados 4 tipos de terapias sendo uma em que

foi utilizado somente aparelho funcional, com ou sem expansão da maxila, terapia

com uma combinação de aparelho funcional e ortodontia fixa, terapia com Herbst e

aparelho fixo e somente com aparelho ortodôntico fixo. Todos os pacientes foram

avaliados no inicio e fim do tratamento em 5 quesitos que foram apinhamento

anterior, severidade da mal oclusão, overjet, overbite e desvio da linha media. Como

resultados obtiveram que os pacientes na dentição mista foram tratados por 57

meses, os pacientes na dentição mista tardia por 33 meses e os do grupo da

dentição permanente tratados por 21 meses. Quanto ao tipo de terapia os pacientes

tratados somente com aparelhos funcionais foram tratados por 38 meses, o grupo

tratado com a combinação funcional e fixo por 49 meses, o grupo Herbst e fixo por

19 meses e o grupo do aparelho ortodôntico fixo por 24 meses. Concluíram os

autores baseados neste estudo que o tratamento da mal oclusão Classe ll divisão 1

foi mais eficiente na dentição permanente do que na dentição mista precoce ou

tardia e que o tratamento com aparelho Herbst e aparelho fixo são mais eficientes

que o tratamento com aparelho funcional ou combinação de funcional e fixo.

Coelho Filho (2002), apresentou a quarta versão do aparelho de Protração

mandibular através de dois casos clínicos evidenciando algumas características que

facilitam o seu emprego com a possibilidade de fabricação pelo próprio profissional

ou auxiliar, fácil instalação e o fato de poder ser utilizado concomitantemente com

qualquer mecânica, associado ao aparelho fixo, não necessitando de um estágio à

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18

parte. A concepção inicial do APM (Aparelho Protração Mandibular), foi representada

por um modelo extremamente simples, o APM I (COELHO FILHO, 1995), o qual

apesar de mostrar resultados clínicos muito bons, apresentava também aspectos

negativos tais como limitação da abertura da boca, quebras freqüentes e

instabilidade durante os movimentos de abertura e fechamento da boca do paciente.

Esses problemas foram sendo gradativamente corrigidos nas versões II (COELHO

FILHO, 1995; 1997), III (COELHO FILHO, 1998) e finalmente IV (COELHO FILHO,

2001). A principal modificação do APM IV em relação à versão III foi o redesenho da

adaptação do tubo telescópico intermaxilar ao arco superior, o que complementou o

processo de dar estabilidade ao aparelho. A estabilização durante os movimentos de

abertura e fechamento da boca já havia sido sensivelmente melhorada na versão III

(COELHO FILHO, 1998), quando a adaptação da haste mandibular ao arco inferior

foi modificada. O processo foi complementado no modelo IV. No primeiro caso

clinico tratou uma criança do sexo feminino, com 14 anos de idade, com Maloclusão

Classe II, div. 1, tratada com APM IV, sem extrações durante 28 meses. No segundo

caso um paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, Classe II, div. 1 tratado com

APM IV, sem extrações. Durante 23 meses. Em ambos os casos foram tomadas

telerradiografias lateral no inicio e fim do tratamento que demonstrara com resultado

a efetiva correção da má oclusão CLII, divisão I. Concluiu que o dispositivo mostrou

eficiência clínica semelhante à dos modelos anteriores quanto aos resultados finais,

sem ocorrência de quebras rotineiras e demonstrando ótima estabilidade,

considerando o autor este modelo como indispensável para os clínicos que optam

pela simplificação dos procedimentos mecânicos sem abdicar de protocolos de

tratamento que levem aos melhores resultados.

Figura 2: Aparelho APM IV

Fonte: COELHO FILHO, 2002

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Oliveira Junior (2002), comparou 75 jovens através de 150 telerradiografias

em norma lateral os efeitos dentoesqueléticos promovidos pelo Jasper Jumper e o

AEB (Arco Extra-Bucal), com ancoragem cervical ambos associados à aparelhagem

fixa no tratamento da Classe II, divisão 1, de Angle divididos em três grupos de 25,

sendo 13 do gênero masculino e 12 do gênero feminino. Os jovens do grupo I não

receberam nenhum tipo de tratamento para a Classe II, divisão I e apresentaram

uma idade media de 11,82 anos e foram observados num tempo médio de 1,95

anos. O grupo II utilizou o aparelho Jasper Jumper (foto ) com idade media inicial de

11,85 anos e tempo médio de observação de 1,96 anos. O terceiro grupo utilizou o

aparelho extra bucal com ancoragem cervical e apresentou uma idade média inicial

de 12,29 anos e tempo médio de observação de 1,90 anos. Os resultados

demonstraram que os dois aparelhos promoveram efeitos específicos em que o

crescimento anterior da maxila foi restringido significantemente pelo aparelho extra

bucal com ancoragem cervical enquanto o crescimento mandibular demonstrou um

comportamento semelhante nos três grupos estudados embora discretamente maior

no grupo do aparelho Jasper Jumper. No entanto a relação maxilomandibular

evidenciou uma melhora significante nos dois grupos tratados. A análise do padrão

de crescimento craniofacial não revelou alterações significantes entre os grupos. O

efeito mais significante do componente dento alveolar superior foi a retrusão dos

incisivos superiores pelo aparelho extra bucal com ancoragem cervical. No grupo do

aparelho Jasper Jumper ficou mais evidenciado principalmente os efeitos sobre o

componente dento alveolar inferior por meio de uma inclinação vestibular e protrusão

dos incisivos inferiores e uma verticalização, mesialização e extrusão dos molares

inferiores em relação ao grupo controle. Concluiu, portanto, que a correção da

Classe II ocorreu principalmente pela alteração do componente dento alveolar e não

pelo componente esquelético.

Figura 3: Aparelho Jasper Jumper

Fonte: OLIVEIRA JUNIOR, 2002.

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Figura 4: Componentes do Jasper Jumper

Fonte: OLIVEIRA JUNIOR, 2002.

Silva Filho et al. (2002), publicaram uma revisão de literatura sobre o

aparelho Herbst e as alterações adaptativas na ATM com o objetivo de verificar na

literatura e divulgar informações sobre os efeitos a curto e longo prazo na ATM do

aparelho de Herbst através de estudos que utilizaram imagens radiográficas,

ressonância magnética, histologia animal. A revisão de trabalhos que utilizaram

imagens radiográficas com meio de estudo como Pancherz (1979), Hansen et al.

(1991) e Croft et al. (1999), demonstrou que após os tratamentos que o côndilo que

havia avançado até a eminência articular no momento da instalação do aparelho de

Herbst retornou a sua posição inicial de concentricidade da fossa articular na maioria

dos casos mantendo-se estável e sem alterações significantes no espaço articular

levando a concluir que nenhuma alteração estrutural adversa ocorreu no côndilo,

fossa ou eminência articular(figura 2). Em relação aos poucos estudos que utilizaram

o diagnóstico pela imagem da ressonância eletromagnética como Ruf & Pancherz

(1998) e (1999, 2000), Pancherz et al (1999)e Ruf & Pancherz (2000) em que é

possível identificar, além da estrutura óssea, o comportamento do disco articular e

tecidos moles intra-articulares , verificaram nestes estudos o interesse com a

remodelação das estruturas ósseas da ATM ou seja a remodelação condilar, a

remodelação da fossa articular e a relação geométrica côndilo-fossa e também as

alterações no complexo disco articular-côndilo e ressaltando que a ressonância é o

único meio não invasivo de se avaliar o disco articular. Os estudos revelaram que a

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imagem da ATM no início do tratamento evidencia o côndilo saindo da fossa articular

em direção ao limite inferior da eminência articular. A partir de então, desencadeia-

se remodelação na ATM e os côndilos são recolocados em direção posterior na

fossa articular. A remodelação condilar consistiu na neoformação óssea na margem

posterior e superior da cabeça do côndilo, enquanto que na fossa articular a

remodelação óssea foi vista na superfície anterior da espinha pósglenóide. Os

artigos baseados em estudos histológicos afirmaram que o avanço ortopédico da

mandíbula exerce influência sobre o crescimento da cartilagem condilar ao estimular

a atividade mitótica dos pré-condroblastos e também um aumento no tamanho do

côndilo como resultado da intensificação da ossificação endocondral (deposição

óssea) na superfície posterior do côndilo, acompanhado de deposição óssea no

ramo ascendente da mandíbula. Baseados na literatura consultada reafirmaram que

não existem motivos sólidos, com base no comportamento a curto, médio e longo

prazos da ATM, para se contra indicar o uso do aparelho de Herbst que tem

mostrado um saldo médio positivo, promovendo algum efeito ortopédico,

remodelação na ATM e variado grau de compensação dento alveolar alem de ser

fixo, o que na prática aproveita como nenhum outro aparelho o potencial latente de

crescimento mandibular. Ressaltaram os autores que não se devem esperar efeitos

miraculosos com o seu emprego pois o seu efeito, a despeito da sua notável

desenvoltura, em última análise dependerá da magnitude da resposta ortopédica

induzida pelo reposicionamento mandibular, que é individual, variável e imprevisível.

E, por fim, o ganho ortopédico obtido não está livre de recidiva.

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Figura 5: Reação adaptativa da ATM

Fonte: SILVA FILHO et al.,2002.

Figura 6: Relação normal disco articular-côndilo em boca fechada

Fonte: SILVA FILHO et al.,2002.

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Figura 7: Relação normal disco articular-côndilo em boca aberta

Fonte: SILVA FILHO et al.,2002.

Pires et al. (2003), publicaram um estudo cefalométrico comparativo das

alterações verticais ocorridas em pacientes submetidos ao uso do AEB ortopédico,

considerando dois diferentes pontos de aplicação de força: anterior e posterior. A

amostra deste trabalho consistiu de 60 telerradiografias de 30 crianças brasileiras da

região de Lavras e Belo Horizonte, com idade variando de 8 anos a 13 anos e 7

meses, com idade média de 10 anos, sendo 20 pacientes do sexo masculino e 10 do

sexo feminino, portadores de má-oclusão classe II, divisão 1a, por protrusão maxilar,

divididas em três grupos, sendo dez em cada grupo. O grupo A constituiu de dez

indivíduos portadores de má-oclusão classe II por protrusão maxilar com as três

relações verticais existente, ou seja, mordida profunda, mordida aberta e relação

vertical normal e que não receberam nenhum tratamento. Este grupo foi considerado

controle, e foi definido com o objetivo de se observar desenvolvimento de alterações

próprias da classe II. O grupo B composto de dez indivíduos portadores de má-

oclusão classe II por protrusão maxilar com mordida aberta anterior ou relação

vertical normal que foram tratados com AEB ortopédico posterior. A denominação de

AEB ortopédico posterior refere se ao AEB ortopédico convencional, também

chamado de AEB conjugado ou splint maxilar, que se utiliza de um ponto de

aplicação de força (braço interno do arco facial) posicionado no splint maxilar, entre

pré-molares ou molares decíduos. O grupo C composto por dez indivíduos

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portadores de má-oclusão classe II por protrusão maxilar com predominância de

pacientes portadores de sobremordida profunda que foram tratados com AEB

ortopédico anterior. A denominação de AEB ortopédico anterior refere se ao

aparelho que se utiliza de um ponto de aplicação de força (braço interno do arco

facial) posicionado mais anteriormente, ou seja, entre incisivo lateral e o canino

superior. Foram utilizadas duas telerradiografias tomadas em norma lateral da

cabeça de cada paciente, sendo uma antes da instalação do aparelho e outra após a

sua remoção. O grupo controle teve tempo médio de observação de 8,6 meses, com

a tomada de uma telerradiografia antes do período de observação e outra ao término

deste. O grupo B teve tempo médio de tratamento de 14,7 meses, e o grupo C de 15

meses. Traçados cefalométricos das telerradiografias proporcionaram avaliação das

alterações verticais ocorridas durante a terapia com o AEB ortopédico anterior e

posterior bem como daquelas do grupo controle. As medidas cefalométricas

utilizadas foram SN.PP, SN.GoMe, PP.GoMe, ENA-ENA’ e ENP-ENP’. No grupo A,

SN.PP, ENA-ENA’ e ENP-ENP’ demonstraram posicionamento inferior do plano

palatino, tendendo à rotação horária. No grupo B, observaram o deslocamento para

baixo de ENA. No grupo C ocorreu mínima alteração de SN.PP e tendência de

constância de ENA. Concluíram com estes resultados que o grupo AEB Ortopédico

Posterior apresentou alterações similares às do grupo controle, ou seja,

apresentaram deslocamento para baixo da porção anterior maxilar possibilitando

raciocinar que a correção da mordida aberta anterior, associada à classe II, seria

beneficiada por este aparelho. Contrariamente, o AEB Ortopédico Anterior trataria

má-oclusão classe II com sobremordida profunda, pois os resultados sugeriram

maior controle vertical maxilar segundo os autores.

Figura 8: Cefalograma Pires et al.(2003)

Fonte: PIRES et al., 2003.

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Figura 9: AEB ortopédicos

Fonte: PIRES et al., 2003.

Figura 10: Tração Extrabucal AEB Ortopédico

Fonte: PIRES et al., 2003.

Katsavrias (2003), realizou um estudo sobre o efeito dos aparelhos

ortopédicos funcionais na posição do côndilo utilizando-se de tomografias laterais

direita e esquerda de 35 crianças sendo 18 do sexo masculino e 17 do sexo

feminino portadores da má oclusão Classe ll divisão 1 com uma idade media no

inicio do tratamento de 11,56 anos. Os pacientes foram tratados com o aparelho de

protrusão mandibular Ativador. O tempo de tratamento variou de 10,2 meses a

quase 2 anos e em todos os casos o registro para o avanço mandibular foi colocar

os incisivos topo a topo independente do overjet e overbite. Como resultado

alcançou que não houve estatisticamente diferenças na posição condilar após o

tratamento apesar de que houve um pequeno deslocamento do côndilo para baixo e

para frente e ambos os lado direito e esquerdo não apresentaram também

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diferenças significantes estatisticamente. Concluiu neste estudo que os aparelhos

ortopédicos de avanço mandibular não alteram a nível estatisticamente significante a

posição do côndilo dentro da fossa.

Figura 11: Posição do côndilo na cavidade Glenóide

Fonte: KATSAVRIAS ,2003.

Figura 12: Pontos e Planos utilizados por Katsavrias

Fonte: KATSAVRIAS ,2003.

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Figura 13: Ângulos e medidas lineares utilizadas por Katsavrias

Fonte: KATSAVRIAS ,2003.

Schütz, Vigorito e Dominguez (2003), publicaram um estudo com o título

de Avaliação cefalométrico-radiográfica das modificações esqueléticas e do perfil

facial decorrentes do tratamento com o aparelho Herbst em adolescentes com

maloclusão Classe ll divisão 1ª de Angle onde foram estudados 23 indivíduos sendo

17 homens e seis mulheres com idade media inicial de 12 anos e 11 meses e idade

final de 14 anos e 2 meses leucodermas com maloclusão Classe ll divisão 1ª e

retrognatismo mandibular, dentadura permanente e estagio 3 ou 4 de maturação

esquelética segundo Helm et al. Através de 46 radiografias de norma lateral iniciais e

finais foram avaliado as alterações no padrão esquelético, na relação maxilo-

mandibular, no tipo facial e no perfil dos tecidos moles. Os pacientes utilizaram numa

primeira faze o aparelho de Herbst com splint maxilar por 24 horas por dia somente

removido para higienização bucal e limpeza do aparelho num período médio de 12

meses e 1 dia e após foi finalizado o tratamento com ortodontia fixa. Como

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resultados obtiveram que esqueleticamente o posicionamento anterior da maxila foi

mantido, o comprimento efetivo da mandíbula aumentou e houve um deslocamento

ântero inferior desta na face, a dimensão vertical do terço inferior da face aumentou

porem o angulo do plano mandibular permaneceu estável e o tipo facial dos

pacientes não foi alterado. Concluíram neste trabalho que o aparelho de Herbst

promove o crescimento do corpo da mandíbula, não altera o posicionamento maxilar

e foi eficaz no controle vertical evitando a rotação da mandíbula no sentido horário.

Concluíram também que não houve mudanças no tipo facial dos pacientes e o

aparelho Herbst promoveu uma melhora no perfil facial dos pacientes, mas

mantendo o perfil convexo dos mesmos.

Conti (2004), fez um trabalho com o objetivo de avaliar a participação da

protrusão Mandibular e da posição condilar na prevalência de sinais e sintomas de

disfunção temporomandibular (DTM). A amostra foi composta de 60 pacientes com

idade media de 12,58 anos sendo a idade mínima de 7 anos e a máxima de 23

anos. Quanto ao gênero a amostra constituía de 26 homens e 34 mulheres divididos

proporcionalmente em três grupos de 20, sendo o primeiro de pacientes com má

oclusão de CL II indicados para o tratamento com o Bionator, o segundo grupo foi

avaliado durante o tratamento com o Bionator e o terceiro grupo constituído por

pacientes já submetidos ao tratamento com esse aparelho. Os pacientes foram

avaliados através de um questionário relativo aos principais sintomas de DTM

(Disfunção Temporomandibular) com o objetivo de classificar a amostra de acordo

com a presença e severidade da disfunção. Também foi realizado o exame de

palpação dos músculos mastigatórios e cervicais e da articulação

temporomandibular (ATM) além da detecção de ruídos articulares e analise da

movimentação mandibular . Radiografias transcranianas da ATM direita e esquerda

foram executadas com a boca fechada e abertura máxima.Como resultado foi obtido

que 66,67% da amostra foram classificados com ausência de DTM, 30 % com DTM

leve apenas 3,33 % com DTM moderada sem diferença entre os grupos estudados.

Quanto a concentricidade condilar o grupo II apresentou os valores de menor

concentricidade (côndilos mais anteriorizados), não encontrando uma associação

entre concentricidade condilar e a prevalência de DTM. Conclui que a protrusão

mandibular ortopédica, apesar de alterar a posição dos côndilos, não alterou a

prevalência de DTM na população estudada.

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Figura 14: Imagem transcraniana do Côndilo

Fonte: CONTI, 2004.

Martins et al. (2004), realizaram um estudo com o propósito de avaliar

respostas cefalométricas ao tratamento com aparelho extra bucal de Kloehn

associado ao aparelho fixo Edgewise convencional. Utilizaram telerradiografias

iniciais e finais 60 pacientes portadores da maloclusão Cl II, divisão 1, que foram

selecionadas e definidas pelo índice cefalométrico de Jarabak para determinação do

padrão esquelético craniofacial em dois grupos, um chamado de grupo favorável

composto de 30 pacientes sendo 26 do gênero feminino e 4 do gênero masculino

com idade media inicial de 11,03 anos e final de 14,72 anos com um tempo médio

de tratamento de 3,6 anos e o grupo chamado de desfavorável composto de 20

pacientes do gênero feminino e 10 pacientes do gênero masculino com uma idade

media inicial de 11,51 anos e final de 15,1 anos e com um tempo médio de

tratamento de 3,4 anos. Os pacientes foram tratados com o aparelho extra bucal de

Kloehn seguido do aparelho fixo de Edwiges sem extrações dentarias e outro tipo de

tratamento ortodôntico ou ortopédico. Os resultados demonstraram não haver

diferenças estatisticamente significantes na resposta cefalométrica no tratamento

com o aparelho extra bucal de Kloehn associados ao aparelho fixo Edgewise quanto

aos padrões faciais favoráveis e desfavoráveis. O tratamento promoveu uma

restrição do deslocamento anterior maxilar e um menor deslocamento anterior

mandibular. Quanto à movimentação dentária maxilar, houve uma restrição do

movimento mesial e extrusivo dos molares superiores no grupo favorável, enquanto

que o movimento dos dentes inferiores foi mínimo no sentido anterior e vertical.

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Figura 15: Aparelho extrabucal de Kloehn

Fonte: MARTINS et al., 2004.

Almeida-Pedrin et al. (2005), analisou em um estudo cefalométrico as

alterações dentárias e esqueléticas em jovens com má oclusão de Classe II, 1ª

divisão, tratados com o aparelho extra bucal conjugado (splint maxilar) e com o

Bionator comparados a um grupo de jovens portadores da mesma má oclusão que

não receberam tratamento, pareados pelo gênero, idade, tempo de observação e

grandezas cefalométricas iniciais. A amostra constou de 180 telerradiografias em

norma lateral de 90 jovens, divididos em três grupos de 30, sendo 15 do gênero

masculino e 15 do feminino. Os jovens do grupo 1 foram mantidos como grupo

controle sem tratamento e apresentaram uma idade inicial média de 10,02 anos e

foram observados pelo período médio de 1,49 anos. O grupo 2 foi submetido ao

tratamento utilizando o aparelho extra bucal conjugado (splint maxilar), com idade

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inicial média de 10,02 anos e tempo de observação de 1,78 anos. O grupo 3 foi

tratado com o Bionator por um tempo médio de 1,52 anos e os jovens

apresentavam idade inicial média de 10,35 anos. A análise dos resultados mostrou

que o tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com o AEB conjugado e

com o Bionator resultou de efeitos específicos e inerentes a cada aparelho. O

Bionator promoveu um aumento significante na protrusão mandibular, enquanto que

o AEB conjugado mostrou efeitos esqueléticos menos evidentes. No entanto, ambos

os aparelhos estudados produziram um aumento nos comprimentos efetivo e do

corpo da mandíbula, com valores maiores para o grupo 2. A relação

maxilomandibular melhorou significantemente nos grupos tratados em comparação

ao grupo controle. A análise do padrão de crescimento craniofacial e das alturas

faciais não revelou alteração significante entre os grupos. Em relação às alterações

dentoalveolares ambos os aparelhos provocaram inclinação para lingual e retrusão

dos incisivos superiores, porém os efeitos do AEB conjugado foram

significantemente mais intensos. Os incisivos inferiores foram afetados de maneira

distinta pelos aparelhos. No grupo tratado com o AEB conjugado, os incisivos

lingualizaram e retruíram enquanto que o grupo tratado com o Bionator apresentou

inclinação para vestibular e protrusão destes dentes. Os molares inferiores

apresentaram um maior desenvolvimento vertical e horizontal nos grupos 2 e 3. Os

primeiros molares superiores distalizaram no grupo tratado com o AEB conjugado,

enquanto nos grupos 3 (Bionator) e houve controle da mesialização. Deste modo,

verificou que ambos os protocolos de tratamento propiciaram alterações

esqueléticas, dentárias e tegumentares, distintas e clinicamente relevantes para a

correção da má oclusão de Classe II, 1ª divisão.

Figura 16: Aparelho extra bucal conjugado

Fonte: ALMEIDA-PEDRIN et al., 2005

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Kamache et al. (2006), realizaram um estudo com o objetivo de avaliar,

cefalometricamente, os efeitos dentários e esqueléticos provocados pelos aparelhos

APM3(aparelho de protração mandibular) e Jasper Jumper nas fases inicial e

imediatamente após o avanço mandibular. A amostra consistiu de 34 pacientes em

fase de crescimento e com má oclusão de Classe II por retrusão mandibular

divididos em três grupos. O Grupo 1 em que os pacientes foram tratados com APM3

consistiu de 14 jovens sendo 7 do gênero masculino e 7 do gênero feminino com

uma idade média de 12 anos e 6 meses. No grupo 2 em que os pacientes foram

tratados com o aparelho Jasper Jumper, consistiu de 10 jovens, sendo 4 do gênero

masculino e 6 do gênero feminino, com uma idade média de 12 anos e 4 meses. O

grupo 3 (controle) foi composto por dez jovens não tratados ortodonticamente, sendo

7 do gênero masculino e 3 do gênero feminino, com uma idade média de dez anos e

nove meses. No grupo 1 (APM3) foram tomadas de cada paciente telerradiografias

de norma lateral antes da instalação do aparelho fixo e uma imediatamente após a

remoção do APM3. No grupo 2 uma telerradiografia antes da instalação do aparelho

fixo e uma imediatamente após a remoção do aparelho Jasper Jumper e no grupo

3(controle) duas telerradiografias com intervalo de 8 meses e 29 dias entre cada

uma. As medidas cefalométricas utilizadas para avaliação foram IMPA (ângulo

formado pelo plano mandibular e o incisivo inferior), 1.PP (ângulo formado pelo

incisivo superior e o plano palatino), NperpA (distância da linha Nperp ao ponto A),

NperpP (distância da linha Nperp ao ponto P), FMA (ângulo formado pela plano

horizontal de Frankfurt e pelo plano mandibular). Como resultado obtiveram

avaliando primeiro as alterações dentarias baseado na alteração do IMPA em que os

incisivos inferiores vestibularizaram tanto no grupo 1(APM) como no grupo 2((Jasper

Jumper) com mais intensidade e não ocorreu alteração no grupo controle. Quanto às

alterações esqueléticas baseado na medida NperpA todos os grupos não

apresentaram alterações significativas entre as medidas iniciais e finais. Na

avaliação do deslocamento da mandíbula (NperpP) e em relação ao ângulo do plano

mandibular (FMA) ambos os grupos não apresentaram alterações significativas.

Concluíram neste estudo que tanto o APM3 como o Jasper Jumper não provocaram

alterações esqueléticas e o aparelho Jasper Jumper tem maior tendência de

provocar uma maior inclinação para a vestibular dos incisivos inferiores.

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Alves et al. (2006), publicaram um estudo cefalométrico, em norma lateral,

visando comparar os efeitos esqueléticos, dentários e tegumentares em pacientes

portadores de má oclusão Classe II mandibular , submetidos a tratamento com o

Aparelho de Herbst e com o Aparelho de Protração Mandibular (APM).A amostra

constituiu-se de 43 jovens , divididos em três grupos , sendo o Grupo I(Herbst)

composto de 12 jovens, sendo 8 do gênero masculino e 4 do gênero feminino com

idade média de 12 anos e 4 meses, tratados com o Aparelho de Herbst por um

período médio de 8,7 meses; o Grupo II (APM) composto de 15 jovens, 7 do gênero

masculino e 8 do gênero feminino com uma idade média de 13 anos e 2 meses ,

tratados com o Aparelho de Protração Mandibular por um período médio de 8,3

meses e o Grupo III (Controle) composto de 16 jovens, com uma idade média de 10

anos e 4 meses composto de 16 indivíduos sendo 9 do gênero feminino e 7 do

gênero masculino , que não se submeteram a nenhum tipo de tratamento e foram

acompanhados por um período de 10 meses. Foram feitas duas telerradiografias em

norma lateral de cada paciente nos seguintes momentos: no grupo I (Herbst) as

tomadas das telerradiografias foram feitas antes da instalação do aparelho de Herbst

e logo após a remoção do mesmo, antes de iniciar a fase com aparelho fixo. No

grupo II (APM) foram feitas antes do início da terapia com aparelho fixo, que precede

a instalação do APM, e logo após a remoção do APM e no grupo III (Controle) as

duas telerradiografias foram feitas com um intervalo de 10 meses. As medidas

avaliadas nos traçados cefalométricos foram divididas em esqueléticas (Nperp-

A,Nperp-P,Co-Gn), dentarias (1.PP,IMPA)e tegumentares (ANL – Ângulo Naso

Labial,Linha S). Como resultado avaliando a medida Nperp-A, grandeza

cefalométrica que relaciona a maxila com a base do crânio, apresentou uma

alteração não significante para os três grupos. Na avaliação da medida Nperp-p, que

relaciona a mandíbula com a base do crânio, também não apresentou mudanças

estatisticamente significantes entre os três grupos estudados. A grandeza

cefalométrica CoGn, que equivale ao comprimento efetivo da mandíbula, apresentou

um aumento significante a 1%, nos três grupos avaliados. Sendo que a maior

alteração foi observada no grupo II (APM), apresentando um aumento do CoGn de

6,27mm, seguido pelo grupo I (Herbst), com um aumento de 3,75mm e o grupo III

(controle) que apresentou um aumento de 1,93mm que segundo os aurores foi

devido ao próprio crescimento craniofacial inerente à idade esquelética em que foi

realizado o estudo. Nas alterações dentárias avaliando a medida 1.PP, não foi

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encontrada nenhuma alteração estatisticamente significante em nenhum dos três

grupos. Avaliando o IMPA, que representa a inclinação dos incisivos inferiores em

relação ao plano mandibular, foi observado um aumento na inclinação dos incisivos

inferiores nos dois grupos tratados, aumento de 4,87º para o grupo Herbst e de 3,60º

para o grupo APM, e estes aumentos foram significantes a 1% para ambos os

grupos enquanto no grupo III, como era esperado, não ocorreu alteração,

estatisticamente significante, apresentando uma diferença entre as médias de

apenas 0,10º. Na avaliação das alterações tegumentares avaliando o ângulo nasio

labial dos três grupos verificaram que não houve alterações significativas. Na

avaliação da linha S superior que mede a projeção do lábio superior constataram

uma redução desta medida nos grupos I e II, de 1,04 e 1,97, respectivamente. No

grupo III ocorreu uma diminuição de 0,13mm, que não foi estatisticamente

significante. Concluíram que tanto o Aparelho de Herbst como o APM provocaram

em relação ao grupo controle um aumento do comprimento mandibular sendo este

maior no APM, uma inclinação vestibular dos incisivos inferiores e apresentaram o

lábio superior mais retruído sem diferenças estatisticamente significantes entre os

aparelhos.

Figura 17: Aparelho Herbst bandado

Fonte: ALVES et al., 2006

Figura 18: Aparelho APM 3 instalado

Fonte: ALVES et al., 2006

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Ruf e Pancherz (2006), realizaram um estudo cefalométrico sobre a

utilização do aparelho Herbst seguido de ortodontia fixa na idade adulta e tardia.

Foram tratados 23 pacientes sendo 19 do gênero feminino e 4 do gênero masculino

com uma idade media no inicio do tratamento de 21,9 anos, o mais jovem com 15,7

anos e o mais velho com 44,4 anos, com má oclusão de classe ll divisão 1ª. Foram

realizadas analises cefalométricas dos pacientes em três etapas, a primeira antes do

inicio do tratamento (T1), a segunda depois de concluído o tratamento com o Herbst

(T2) e a terceira depois de finalizado o tratamento com ortodontia fixa (T3). Todos os

pacientes foram tratados com sucesso na correção do overjet e overbite e as

alterações foram analisadas em três períodos sendo o primeiro compreendido entre

T1 e T2, fase de utilização do Herbst com duração de 7 a 9 meses, a fase de

ortodontia fixa entre T2 e T3 e avaliaram as alterações durante todo o tratamento (T1

a T3). Devido ao pequeno numero de amostra do gênero masculino as diferenças

entre os gêneros não foram analisadas e os resultados foram agrupados. Na

avaliação cefalométrica os resultados demonstraram que a posição sagital da maxila

(SNA) não foi afetada e as variáveis mandibulares SNB e SNPg mostraram um

aumento angular de 1,22 e 0,93 graus respectivamente na fase T1-T2 e uma

redução de 0,40 e 0,23 respectivamente na fase T2-T3. Durante o período total de

observação houve um aumento médio do ângulo SNB de 0,82 graus e do SNPg de

0,70 graus e uma correspondente diminuição media do ANB de 0,70 graus e do

ANPg de 0,60 graus e WITTS uma redução de 1,08 mm em media. Considerando

ainda as alterações clinicamente significativas os autores encontraram no período

total de observação (T1-T3) uma redução do SNB em 70 por cento dos indivíduos e

em 30 por cento não foi alterado e em relação ao ângulo ANB 61 por cento dos

pacientes tiveram uma redução, 31 por cento não tiveram alteração no ângulo e

apenas um paciente teve o ANB aumentado. Em consideração a relação vertical não

houve alterações nos ângulos ML/NSL, NL/NSL e ML/NL durante a fase do Herbst

(T1-T2) e apresentaram uma redução angular de 0,83, 0,57, 0,20 respectivamente

na faze ortodôntica fixa (T2-T3) sendo significativa clinicamente a redução do ângulo

ML/NSL e ao longo de todo o período de observação (T1-T3) houve uma significativa

redução do ângulo ML/NSL de 0,69 graus. Levando em conta individualmente os

pacientes os autores observaram que ao longo de todo o período de tratamento (T1-

T3) uma redução do ângulo ML/NSL em 56 por cento dos pacientes, um aumento

em 22 por cento dos pacientes e em 22 por cento permaneceu inalterada. Os

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autores compararam as alterações verticais do grupo estuda com os padrões

normais de crescimento e detectaram que houve uma diminuição dos ângulos

ML/NSL e NL/NSL provocando uma rotação anterior da base mandibular e maxilar o

que não ocorre no padrão de crescimento normal. O overbite mudou

significativamente em todas as fases de observação sendo que houve uma redução

media de 3,85 mm durante a fase Herbst (T1-T2) e aumentou em media 1,37 mm

durante a fase ortodôntica (T2-T3) resultando numa redução media total de 2,48

mm(T1-T3). Em comparação ao crescimento normal o overbite foi significantemente

reduzido com o tratamento numa diferença de 2,64 mm. Em relação à altura da face

anterior inferior e posterior tiveram suas medidas aumentadas em media 1,14 e 1,98

mm respectivamente durante a fase Herbst (T1-T2) e recuperaram parcialmente na

fase ortodôntica (T2-T3) em media 0,72 e 0,95 mm respectivamente resultando um

aumento no período total de observação (T1-T3) em media de 0,42 mm na altura

inferior anterior e 1,03 na altura inferior posterior e compararam com o crescimento

normal observaram que apenas a parte posterior do índice de altura facial foi

significativamente alterada pelo tratamento com Herbst e ortodontia fixa aumentando

em media 0,74 mm a mais do que o esperado no crescimento normal. Quanto às

alterações da convexidade dos tecidos moles e esqueléticos os autores encontraram

uma redução da convexidade na faze do Herbst (T1-T2) e uma ligeira recuperação

na fase ortodôntica (T2-T3) e no período total (T1-T2) houve uma alteração

significativa na melhora dos perfis sendo que a maior redução foi nos tecidos moles

excluindo o nariz e comparando estas alterações com o crescimento normal

observaram que as alterações foram significativas. Os autores analisaram também a

posição dos lábios inferior e superior que apresentaram uma protrusão no inferior e

uma retrusão no superior na fase do Herbst (T1-T2) e na fase ortodôntica (T2-T3)

ocorreu o oposto com uma protrusão do lábio superior e retrusão do lábio inferior

resultando em que apenas o lábio superior apresentou mudança durante todo o

período de observação (T1-T3) retruindo. Na comparação com o grupo padrão

ambos os lábios foram afetados no tratamento, pois no grupo padrão eles se

tornaram mais protusivos sendo a maior alteração encontrada no lábio superior. O

overjet alterou em todas as fases de observação sendo reduzido durante a fase do

Herbst (T1-T2) em media 9,98mm e algumas recaídas durante a fase ortodôntica

(T2-T3) em media de 3,23 mm totalizando uma redução em media de 6,75 mm.

Observaram os autores que a correção do overjet foi 21 por cento esqueléticas e 79

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por cento dentaria na fase do Herbst (T1-T2) e no período total foi de 13 por cento

esqueléticas e 87 por cento dentarias. Na avaliação da correção molar observaram

que a relação Classe ll mudou para Classe l ou sobre corrigiu durante a fase Herbst

(T1-T2) em media 6,82 mm e recuperou-se parcialmente em media de 2,71 mm na

fase ortodôntica (T2-T3)alcançando ao longo do período de observação (T1-T3) uma

melhora na relação molar em media de 4,11mm. Observaram ainda que na fase

Herbst (T1-T2) a correção molar foi 31 por cento por alterações esqueléticas e 69

por cento por alterações dentárias e no período total (T1-T3) a correção molar foi 22

por cento por alterações esqueléticas e 78 por cento por alterações dentárias.

Através destes resultados os autores concluíram que numa avaliação a curto prazo a

combinação Herbst e ortodontia fixa pode ser uma poderosa ferramenta para o

tratamento sem extração da Classe ll divisão 1 em pacientes adultos.

Almeida et al. (2006), publicaram um estudo em que avaliaram as alterações

cefalométricas dentárias e esqueléticas produzidas pelo aparelho de Herbst em

jovens com má oclusão de Classe II, 1ª divisão durante a dentadura mista. A

amostra constituiu de 60 pacientes com ma oclusão Classe ll divisão 1 com uma

relação de molar distal bilateral maior que ½ cúspide, presença do 2º molar decíduo

inferior, ângulo ANB ≥ 4,5° e um trespasse horizontal maior que 4 mm divididos em

dois grupos, o primeiro chamado de grupo tratado e o segundo de grupo controle. O

grupo tratado constitui de 30 jovens, 15 do gênero masculino e 15 do gênero

feminino com uma idade média inicial de 9 anos e 10 meses e uma idade media final

de 10 anos e 10 meses e foram tomadas as telerradiografias iniciais duas semanas

após a instalação do aparelho de Herbst e as finais após 4 semanas da remoção do

aparelho de Herbst para eliminar qualquer avanço postural da mandíbula causado

pelo aparelho. O grupo controle foi constituído por 30 jovens, 15 do gênero

masculino e 15 do gênero feminino com má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle

não submetidos a nenhum tipo de tratamento ortodôntico com uma idade media

inicial de 9 anos e 8 meses e final de 10 anos e 8 meses. As telerradiografias foram

avaliadas por dois métodos, um contendo mensurações convencionais composto por

grandezas angulares e lineares e outra pelo método cefalométrico proposto por

Pancherz em 1982 que permite quantificar em milímetros e porcentagem as

alterações oclusais e sagitais resultantes do efeito do aparelho de Herbst na maxila,

mandíbula, dentes superiores e inferiores. Como resultados encontraram em relação

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ao componente maxilar em que foram avaliadas quatro grandezas cefalométricas

(SNA, Co-A, A-FHp, ENA-FHp) verificaram que não houve diferença estatisticamente

significante entre os grupos Herbst e controle. Quanto ao componente mandibular

verificaram que o comprimento mandibular (Co-Gn) aumentou 3,2 mm no grupo

controle e 4,8 mm no grupo tratado com o Herbst alcançando uma diferença

estatisticamente significante, também obtida em relação à grandeza Ar-Gn com um

aumento de 1,5 mm no grupo controle e 2,9 mm no grupo tratado e ainda uma

alteração no ângulo SNB de -0,1° no grupo controle e 0,5° no grupo do Herbst. Em

relação maxilomandibular houve uma redução do ângulo ANB de -1,4° no grupo

Herbst enquanto que no grupo controle permaneceu quase que inalterado com uma

variação de 0,4°em media estatisticamente insignificante. Na relação vertical não

observaram diferenças estatísticas na analise do ângulo do plano mandibular e do

plano palatino e também não observaram diferenças entres os dois grupos no

aumento da AFAI, nem da Altura facial posterior (S-Go). Quanto aos dentes

superiores os incisivos foram lingualizados em 4,9° e retraídos 1,1 mm no grupo

Herbst e no sentido vertical o aparelho Herbst restringiu o desenvolvimento vertical

dos molares em 0,4mm a mais do que no grupo controle na avaliação da medida 6-

PP. Em relação aos dentes inferiores os autores verificaram que os incisivos

inferiores protuiram 1,2mm e vestibularizaram 5,7° no grupo tratado e os molares

inferiores sofreram maior extrusão (1,4mm) em comparação ao grupo controle

(0,7mm). Conforme os resultados os autores concluíram que a curto prazo os efeitos

do tratamento do aparelho de Herbst utilizado na dentadura mista ocorre uma

melhora significativa na relação sagital maxilomandibular, não ocorre alterações no

crescimento anterior da maxila, ocorre um modesto porem significante aumento no

comprimento mandibular e de menor magnitude do que aquele observado em outros

estudos de pacientes tratados com o Herbst, não altera significantemente o padrão

de crescimento craniofacial ou a altura facial anterior, produz uma protrusão e

vestibularização dos incisivos inferiores e uma retrusão dos incisivos superiores, um

aumento na altura dento alveolar póstero-inferior e uma discreta extrusão dos

molares superiores. Concluíram ainda que a correção do overjet ocorreu devido a

22% de alterações esqueléticas e 78% de alterações dentarias e a relação molar

ocorreu devido a 27% de alterações esqueléticas 73% alterações dentarias.

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Figura 19: Analise cefalométrica utilizada por Almeida et al .

Fonte: ALMEIDA et al., 2006.

Figura 20: Anàlise cefalométrica de Pancherz

Fonte: ALMEIDA et al., 2006.

Olibone, Guimarães e Atta (2006), publicaram uma revisão de literatura

sobre a Influência do aparelho propulsor Twin Block no crescimento mandibular. Os

autores realizaram buscas nas bases de dados eletrônicas MEDLINE (de 1970 a

2003) e BBO, com as palavras chaves “Twin-Block”, ”crescimento mandibular”,

“crescimento condilar”, “ortopedia funcional”, ”má oclusão Classe II divisão 1”,

“retrognatismo mandibular” como descritor do assunto sendo todas em português e

inglês. O objetivo da revisão de literatura foi com a intenção de obter o caráter

evolutivo dos aparelhos ortopédicos funcionais e em especial o aparelho Twin-Block.

No total de 114 artigos encontrados 77 foram selecionados para a pesquisa e

levaram aos autores os resultados baseados na revisão de literatura feita que o

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crescimento das dimensões mandibulares, assim como do côndilo, foram

significantemente maiores nos grupos tratados com aparelho ortopédico funcional

Twin Block, em relação aos grupos controles. Também verificaram que maior parte

dos autores afirmou que o crescimento maxilar é significativamente influenciado pelo

tratamento com Twin Block, indicando uma restrição no seu deslocamento anterior,

que o aparelho propulsor mandibular Twin Block propiciou uma melhora significativa

na relação maxilomandibular e na convexidade facial, porém com aumento na altura

facial ântero-inferior, que os incisivos inferiores sofreram vestibularização, enquanto

os incisivos superiores retroinclinaram durante o uso do aparelho ortopédico Twin-

Block e a maioria dos autores recomenda o uso do aparelho na fase de pico de

crescimento puberal.

Figura 21: Aparelho Twin Block

Fonte: OLIBONE, GUIMARÃES E ATTA, 2006

Vigorito e Dominguez (2007), realizaram um estudo onde avaliaram dos

efeitos dento esqueléticos decorrentes do tratamento realizado em duas fases (com

aparelho de Herbst e aparelho fixo pré-ajustado) em adolescentes com

retrognatismo mandibular. A amostra constitui de 20 pacientes adolescentes

leucodermas, 14 do gênero masculino com media de idade de 12 anos e 8 meses e

6 do gênero feminino com media de idade de 11 anos e 11 tratados com o aparelho

tipo Herbst com splints acrílicos seguido de aparelho fixo pré ajustado com duração

media de cada fase de 13 meses totalizando um período médio de observação de

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26 meses. Toso os pacientes se encontravam no surto de crescimento da

adolescência avaliado pela idade óssea. Foram obtidas documentações ortodônticas

completas nos três tempos de tratamento, T1(Inicial), T2(após o Herbst), T3 (final do

tratamento), compostas por fotografias extra bucais e intrabucais, modelos

ortodônticos, radiografias panorâmicas, de mão e punho, telerradiografias em norma

lateral e frontal. As alterações cefalométricas foram avaliadas segundo a

metodologia proposta por Pancherz (1982) e levaram os atores aos resultados de

que na faze ativa do Herbst (T1-T2) observaram que as características esqueléticas

e dento alveolares iniciais da má-oclusão modificaram-se de forma favorável, com

preservação do padrão facial ocorrendo uma projeção anterior da maxila em 1,2 mm

e da mandíbula de 4,3 mm destacando que a projeção mandibular foi 3,5 vezes

maior que a da maxila o que contribuiu de forma determinante no ajuste

anteroposterior maxilomandibular. A posição do ponto condílio não sofreu mudanças

enquanto que o ponto articular se deslocou em media 0,3 mm para a região anterior.

No comprimento sagital total da mandíbula observaram aumentos significativos de 4

mm em media confirmando no estudo a eficiência do aparelho Herbst no tratamento

do retrognatismo mandibular. Na avaliação dento alveolar os autores registraram a

distalização dos molares superiores em media de 1,2mm e mesialisação dos

molares inferiores em 1,1 mm em media e os incisivos superiores sofreram

inclinação significativa para a palatina em media de 1os incisivos inferiores uma

inclinação para a vestibular em media de 1,8mm. A sobressaliencia que no inicio

apresentava uma media de 9,6 mm diminuiu de forma favorável para em media de 3

mm levando os autores a afirmar que a correção da sobressaliencia ocorreu em

virtude da soma das mudanças do componente esquelético e dento alveolar. A

inclinação do plano mandibular, em relação à linha S-N (SN.PM), não sofreu

alteração, enquanto que o plano oclusal (SN.LO) apresentou rotação em sentido

horário. Avaliando as mudanças ocorridas na fase pós Herbst (T2-T3) em que todos

os pacientes apresentavam a correção da ma oclusão de Classe ll divisão 1 e do

retrognatismo mandibular e manutenção do perfila facial observaram uma projeção

significante na maxila de 1 mm em média e um discreto incremento na mandíbula de

0,75mm sem significância estatística. A posição do ponto condílio e do ponto

articular não sofreram mudanças estatisticamente significantes. Na avaliação dento

alveolar registraram uma mesialisação dos molares superiores de 1,4mm em media

e mesialisação dos molares inferiores em media de 0,75mm levando os autores

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constatarem que esses movimentos somados ao menor incremento da mandíbula

nesta fase em relação à fase anterior uma recidiva parcial da relação molar. O s

incisivos superiores não sofreram mudanças de inclinação significativas enquanto

que os incisivos inferiores inclinaram de forma significativa para a lingual, direção

contraria da observada na fase anterior em media de 1 mm aumentando a

sobressaliencia que no final de T2 apresentava um valor médio de 3 mm e em T3

aumentou desfavoravelmente para 4 mm em media. A inclinação do plano

mandibular em relação à linha S-N não sofreu alteração, enquanto que o plano

oclusal apresentou rotação em sentido anti-horário de -1,9° em media, isto é, em

sentido contrário ao observado na fase anterior. Numa visão geral do tratamento

após a fase ativa do Herbst e fase pos Herbst os autores obtiveram as metas ideais

alcançadas pelo tratamento ortodôntico/ortopédico como a harmonia do padrão

esquelético facial, oclusão dentaria normal, equilíbrio muscular da face, estética

facial, sistema mastigatório eficiente e estabilidade do tratamento. Na Avaliação

esquelética verificaram que apos finalizado o tratamento ma projeção da maxila de

2,2 mm em media e da mandíbula de 5 mm em media destacando que a projeção

anterior da maxila ocorreu de forma gradual sendo 55% na fase ativa do Herbst (T1-

T2) e 45% na fase pós Herbst (T2-T3) e na mandíbula houve uma projeção maior na

fase do Herbst (T1-T2) cerca de 85% e menor na fase pós Herbst (T2-T3) cerca de

15%%. Os autores também verificaram que o ponto condílio e o ponto articular não

sofreram alterações significantes ao termino das duas fases que houve um maior

incremento no comprimento absoluto na mandíbula na fase T1-T2 (80%) do que na

fase T2-T3 (20%). Na avaliação dento alveolar no final do tratamento as não houve

alteração no posicionamento dos molares superiores, muito embora tenham

apresentado mudanças deposição considerando as duas fases de tratamento por

separado. O movimento foi neutralizado já que, na Fase Ativa, foram distalizados e

na fase pós-Herbst houve mesialização dos mesmos. Em relação aos molares

inferiores ocorreu mesialização gradativa de 1,8 mm ± 2,1, sendo T1-T2 (58%) e T2-

T3 (42%). Em T3 observou-se uma favorável correção da relação molar, decorrente

do comportamento da posição dos molares superiores e inferiores e das

modificações de crescimento ósseo. Em relação às suas respectivas bases ósseas,

a inclinação significativa para a palatina observada nos incisivos superiores,

aconteceu essencialmente na Fase Ativa do Herbst, enquanto que os incisivos

inferiores não sofreram inclinação significativa no geral, embora tenham apresentado

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mudanças de posição considerando as duas fases de tratamento por separado. O

movimento foi neutralizado já que na Fase Ativa foram vestibularizados e na fase

pós Herbst houve uma recidiva no sentido lingual. Aproximadamente 90% das

mudanças oclusais pós-tratamento ocorreram durante os primeiros seis meses pós-

tratamento e são pela maior parte de origem dentária: os dentes superiores

moveram-se anteriormente e os dentes inferiores moveram-se posteriormente (os

incisivos inferiores verticalizaram). A sobressaliencia, que no início apresentava um

valor médio de 9,6 mm ± 2,6 diminuiu de forma favorável para 4,1 mm ± 1,25.

Baseados nisso os autores afirmaram que a redução em -5,5 mm em media da

sobressaliencia aconteceu em virtude da soma das mudanças do componente

esquelético e dento alveolar, decorrente do incremento no comprimento absoluto da

mandíbula somado às inclinações para a palatina dos incisivos superiores. A

inclinação do plano mandibular foi mantida de T1 a T3, com a preservação do

padrão facial e a inclinação do plano oclusal também foi mantida de T1 a T3, porém,

apresentaram mudanças de rotações considerando as duas fases de tratamento por

separado, mas movimento de rotação foi neutralizado já que na fase Ativa houve

rotação em sentido horário e na fase pós Herbst houve rotação em sentido anti-

horário, isto é, em sentido contrário ao observado na fase anterior. Esses resultados

levaram os autores concluir que na correção da má-oclusão de Classe II com

retrognatismo mandibular deste grupo de pacientes, o uso do aparelho ortopédico

funcional de Herbst durante a primeira fase, teve impacto terapêutico determinante

sobre os componentes dento alveolares e esqueléticos que caracterizavam

inicialmente a má-oclusão e na fase pós Herbst observaram uma desaceleração do

crescimento, particularmente na mandíbula e recidiva dos movimentos dentários dos

molares superiores e dos incisivos inferiores, porém, sem comprometer as relações

dentárias ideais.

Brunharo et al. (2007), fizeram um estudo através de uma revisão de

literatura para discutir se aparelho funcional Twin Block atua efetivamente no

crescimento do corpo e côndilo mandibulares favorecendo a correção da má oclusão

Classe II por retrognatismo mandibular em pacientes em fase de crescimento. Os 14

trabalhos revisados relataram que clinicamente o Twin Block proporcionou nos

pacientes tratados um avanço do ponto B e um reposicionamento do pogônio em

relação à base anterior do crânio alterando favoravelmente a posição da mandíbula

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no sentido anteroposterior na correção da Classe II esquelética. Verificaram também

que nos pacientes que utilizaram o Twin Block ocorreu um aumento no tamanho total

da mandíbula sugerindo que nos estudos analisados houve um aumento da medida

Co-Gn justificado pelo excelente controle do uso do Twin Block por parte dos

pacientes por ser confortável e estético. Na revisão observaram que a melhor época

para a atuação do Twin Block seria a faze de pré-surto de crescimento puberal e que

esta alteração no crescimento mandibular se mantem após o tratamento desde que

se utilize uma contenção por um longo período após a remoção do Twin Block. Os

estudos relataram também uma alteração no perfil esquelético dos pacientes

tornando-os mais retos devido mais ao avanço e crescimento mandibular do que a

distalização do ponto A e consequentemente apresentando uma melhora no perfil

dos tecidos moles. Baseados nos trabalhos revisados concluíram que o Twin Block

promove um crescimento condilar concomitantemente com um crescimento do corpo

mandibular e que estudos para que saibamos o real mecanismo de crescimento da

mandíbula devem ser realizados em que será possível desenvolver terapias que

possibilitem a correção das discrepâncias esqueléticas anteroposteriores

ocasionadas por retrognatismo mandibular.

Figura 22: Aparelho Twin Block vista anterior, lateral e oclusal.

Fonte: BRUNHARO et al., 2007.

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Lima (2007) apresentou um estudo comparando as alterações dento

esqueléticas promovidas pelos aparelhos Jasper Jumper e Ativador combinado à

ancoragem extra bucal seguido do aparelho ortodôntico fixo no tratamento da CL II,

1ª divisão. Para tanto, utilizou-se uma amostra 144 telerradiografias de norma lateral

de 72 jovens, divididos em três grupos: Grupo 1, constituído por 25 pacientes sendo

13 do gênero masculino e 12 do gênero feminino com idade media inicial de 12,72

anos tratados por meio do aparelho Jasper Jumper associado ao aparelho fixo

tratados por um período médio de 2,15 anos com idade media de 14,88 anos no final

do tratamento. Grupo 2 contendo 25 pacientes sendo 8 do gênero masculino e 17 do

gênero feminino com idade media inicial de 11,07 anos tratados por um período

médio de 3,21 anos com a idade media no final de 14,19 anos tratados com o

aparelho Ativador conjugado ao AEB seguido do aparelho fixo. O grupo controle

composto por 22 jovens sendo 12 do gênero masculino e 10 do gênero feminino não

submetidos a tratamento ortodôntico e sem mutilações nos arcos com idade media

inicial de 12,67 anos e idade media final de 14,80 anos acompanhados por um

período médio de 2,13 anos. Avaliaram-se as telerradiografias em norma lateral

inicial e final dos indivíduos dos três grupos estudados. Observou que ambos os

tratamentos apresentaram um efeito restritivo na maxila sem alterações no

crescimento mandibular, porém promoveram uma tendência de rotação horária da

mandíbula e um ligeiro aumento da altura facial ântero-inferior. Os incisivos

superiores foram retruídos nos dois grupos experimentais, lingualizados no grupo 2 e

extruídos no grupo 1. Ambos apresentaram distalização dos molares superiores. Os

incisivos inferiores apresentaram uma protrusão e limitação do desenvolvimento

vertical nos pacientes tratados com o Jasper Jumper, já no grupo 2 foram

vestibularizados. Os molares inferiores foram extruídos em ambos os grupos

experimentais e mesializados no grupo tratado pelo Jasper Jumper. Ambos os

aparelhos melhoraram significantemente a relação maxilomandibular, os trespasses

horizontal, vertical e a relação molar. Baseado nos resultados concluiu que os dois

tipos de tratamento proporcionaram retrusão e restrição do crescimento da maxila,

não alteram significantemente o crescimento mandibular, provocam uma melhora na

relação maxilomandibular e uma pequena tendência de crescimento vertical.

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Figura 23: Cefalograma utilisado por

Fonte: LIMA, 2007.

Figura 24: Componentes do aparelho Jasper Jumper

Fonte: LIMA, 2007.

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Figura 25: Aparelho Jasper Jumper instalado

Fonte: LIMA, 2007.

Figura 26: Bionator modificado de contenção

Fonte: LIMA, 2007.

Figura 27: Aparelho Ativador conjugado ao extrabucal

Fonte: LIMA, 2007.

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Figura 28: Aparelho ortodontico corretivo

Fonte: LIMA, 2007.

Com o objetivo de comparar os efeitos dos aparelhos Jasper Jumper e

Bionator associados ao aparelho fixo no tratamento da má oclusão CL II, 1ª divisão

Neves (2007), analisou 77 modelos de estudo e 154 telerradiografias de norma

lateral, iniciais e finais, de 77 pacientes jovens. Foram divididos em três grupos

sendo o primeiro tratado com Jasper Jumper associado ao aparelho fixo composto

de 25 pacientes do gênero masculino e 12 pacientes do gênero feminino com idade

media inicial de 12,72 anos tratados por um período médio de 2,15 anos e, portanto

com uma idade media final de 14,88 anos. O segundo grupo composto por 30

pacientes sendo 16 do gênero masculino e 14 de feminino com idade media inicial

de 11,31 anos e com tempo médio de tratamento de 3,92 anos e idade final de

tratamento media de 15,23 anos tratados por meio do aparelho Bionator modificado

de Ascher, que consiste além dos componentes normais do Bionator de Balters um

recobrimento com acrílico dos incisivos inferiores para minimizar a protrusão e

extrusão dos mesmos, com a alça palatina passiva não agindo como posicionador

postural para a língua e o arco vestibular tocando os incisivos superiores agindo

como elemento ativo no tratamento e aparelho ortodôntico fixo. O terceiro grupo

como controle composto por 22 jovens sendo 12 do gênero masculino e 10 do

gênero feminino com idade media inicial de 12,67 anos observados por um período

de médio de 2,13 anos e idade media final de 14,80 anos não submetidos a

tratamento ortodôntico. Encontrou os resultados de que ambos os aparelhos

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restringiram o crescimento maxilar, não alteraram significativamente o

posicionamento e crescimento mandibular. Os dois protocolos proporcionaram uma

melhora na relação maxilomandibular. Ambos melhoraram as relações dentarias

(trespasse horizontal, vertical e relação molar).

Figura 29: Componentes do Jasper Jumper

Fonte: NEVES, 2007.

Figura 30: Aparelho Jasper Jumper

Fonte: NEVES, 2007.

Figura 31: Componentes do aparelho Bionator

Fonte: NEVES, 2007.

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Figura 32: Bionator modificado por Ascher

Fonte: NEVES, 2007.

Gonçalves (2007), realizou um estudo prospectivo com o objetivo de avaliar

cefalometricamente as alterações esqueléticas e dentoalveolares naturais e

induzidas pelo uso do Ativador Elástico Aberto de Klammt no tratamento da má

oclusão de Classe II divisão 1. A amostra foi constituída por dois grupos. O grupo

experimental com 17 indivíduos (10 meninas e 7 meninos) que receberam

tratamento com o aparelho de Klammt pelo período de 12 meses e grupo controle

com 17 indivíduos não tratados (10 meninas e 7 meninos) observados durante um

período de tempo similar. A média de idade inicial foi de 8,5 anos para ambos os

grupos. Telerradiografias laterais foram obtidas no início e no final dos períodos de

tratamento e observação e a análise cefalométrica consistiu de medidas lineares e

angulares tradicionais e do deslocamento horizontal e vertical de pontos

cefalométricos em relação às linhas X e Y sendo a Linha X (linha horizontal)

determinada a partir do ponto Sela (S) com inclinação de 7° para baixo em relação à

linha Sela-Násio (SN) e a Linha Y (linha vertical) foi determinada a partir do ponto

Sela (S) perpendicular a Linha X. A avaliação do deslocamento dos pontos

cefalométricos foi utilizada para complementar a análise convencional das alterações

maxilares e mandibulares e segundo o autor esta análise é facilitada pela

estabilidade do ponto sela. Os resultados demonstraram que o aparelho promoveu

restrição dento-alveolar da maxila, aumento do comprimento mandibular total,

comprimento do corpo mandibular e altura do ramo sem alterar o ângulo goníaco;

aumento das alturas faciais anterior e posterior sem alterar o padrão facial de

crescimento; melhora na relação maxilomandibular; verticalização dos incisivos

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superiores; manutenção da inclinação dos incisivos inferiores; redução do overjet e

overbite; correção da relação molar de Classe II. O grupo controle mostrou aumento

do comprimento maxilar; aumento do comprimento mandibular total, comprimento do

corpo mandibular; altura do ramo mandibular sem alterar o ângulo goníaco e

aumento da relação molar de Classe II. Foi observada correlação inversamente

proporcional entre a altura do acrílico e o crescimento anterior da espinha nasal

posterior, rotação horária da mandíbula; vestibularização dos incisivos superiores e

inferiores e altura alveolar anterior superior. Concluiu neste estudo que os efeitos do

aparelho de Klammt na correção da má oclusão de Classe II são

predominantemente dentoalveolares, associados ao favorecimento do crescimento

mandibular natural.

Figura 33: Ativador de Klammt vista oclusal e frontal

Fonte: Gonçalves, 2007.

Figura 34: Ativador de Klammt vista frontal e lateral

Fonte: Gonçalves, 2007.

Silva Filho et al. (2007), publicaram um estudo em que realizaram uma

avaliação cefalométrica dos efeitos do aparelho Herbst no tratamento da deficiência

mandibular na dentadura permanente que consistiu em investigar os efeitos

induzidos pelo aparelho Herbst, complementados pela mecânica ortodôntica com

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aparelho Straightwire e elásticos de Classe II, na correção da má oclusão Classe II,

divisão 1, Padrão II, com deficiência mandibular, na dentadura permanente. Foram

avaliados 18 pacientes, sendo 12 do gênero masculino e 6 do gênero feminino com

uma idade média no início do tratamento de 12 anos e 10 meses (154 meses),

variando de 10 anos a 15 anos e 3 meses. No final da fase ortopédica com o

aparelho Herbst, a idade média foi de 13 anos e 2 meses (158 meses) e finalizaram

o tratamento com aparelho ortodôntico fixo, com uma média de idade de 14 anos e

8 meses (176 meses), variando de 11 anos e 15 meses a 17 anos e 5 meses as

idades e consequentemente o tempo médio de tratamento com Ortopedia fixa para

avanço mandibular foi de 9,8 meses, e o tempo médio com Ortodontia fixa

subsequente foi de 13 meses, completando um tempo total de tratamento ativo de

22,5 meses. Foram traçadas telerradiografias iniciais e finais dos pacientes para

verificar as alterações das grandezas cefalométricas representativas da posição

sagital das bases apicais, convexidade facial, rotação mandibular e posição sagital

dos incisivos superiores e inferiores. Os resultados demonstraram que houve

ausência de influência no comportamento da maxila, promoveu um avanço

mandibular, redução na convexidade facial, preservação da inclinação do plano

mandibular e a presença de compensação dentária, sobretudo nos incisivos

inferiores em quais ocorreu vestibularização. Concluíram que com o aparelho

ortopédico fixo, é mais previsível e mais fácil obter compensação dentária do que

remodelação esquelética na correção ortopédica da deficiência mandibular não

cumprindo bem sua indicação ortopédica.

Figura 35: Aparelho Herbst com expansor tipo Hass

Fonte: SILVA FILHO et al., 2007.

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Chiqueto (2008), realizou um estudo comparando as alterações

cefalométricas produzidas pelos aparelhos MARA (Mandibular Anterior Repositioning

Appliance) e Bionator no tratamento da Cl II, 1ª divisão. Foram comparados 66

jovens divididos em três grupos, sendo o primeiro grupo tratado pelo aparelho

ortopédico MARA por um tempo médio de 1 ano composto por 22 jovens dos quais

15 do gênero masculino e 7 do gênero feminino com uma idade média inicial de

11,99 anos. O segundo grupo tratado com o aparelho Bionator por um período

médio de 1,29 anos composto por 22 jovens sendo 15 do gênero masculino e 7 do

gênero feminino com uma idade media inicial de 11,27 anos. O terceiro grupo

(controle) foi composto por 22 jovens não submetidos a nenhum tipo de tratamento

ortodôntico ou ortopédico composto por 15 do gênero masculino e 7 do feminino

com idade media inicial de 11,63 anos e observado por um período médio de 1,18

anos. Telerradiografias foram tomadas dos jovens antes da instalação dos aparelhos

e após a sua remoção sempre em máxima intercuspidação habitual e lábios em

repouso. Obteve neste estudo o resultado de que ambos os aparelhos

proporcionaram restrição do crescimento maxilar, nenhuma alteração do

desenvolvimento mandibular, melhora na relação maxilomandibular, aumento da

altura facial ântero-inferior e inclinação anti-horária do plano oclusal funcional. No

arco superior os incisivos foram lingualizados e retruídos nos dois grupos. Os

molares foram igualmente distalizados nos dois grupos, contudo o grupo MARA

apresentou uma maior inclinação distal e intrusão. No arco inferior ambos aparelhos

provocaram uma vestibularização e protrusão dos incisivos e uma inclinação mesial

dos molares sendo que o MARA proporcionou mais vestibularização e restrição do

crescimento vertical dos incisivos. Concluiu que ambos aparelhos promovem uma

melhora nas relações dentaria e que o MARA proporciona uma maior correção no

trespasse vertical e na relação molar.

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54

Figura 36: Kit MARA

Fonte: Chiqueto, 2008

.

Figura 37: Coroas de aço para molares inferiores e superiores

Fonte: Chiqueto, 2008.

Figura 38: Peças para o avanço do MARA

Fonte: Chiqueto, 2008.

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Figura 39: Aparelho MARA instalado

Fonte: Chiqueto, 2008.

Figura 40: Tratamento com aparelho Mara

Fonte: Chiqueto, 2008.

Henriques (2008), fez um estudo com o objetivo de comparar os efeitos do

tratamento da má oclusão de Classe II por meio do Aparelho de Protração

Mandibular (APM) e do aparelho Jasper Jumper, associados ao aparelho ortodôntico

fixou. Para tanto se utilizou de uma amostra de 71 indivíduos, divididos em três

grupos: Grupo 1, constituído de 24 pacientes com idade inicial média de 12,36 anos,

tratados com o Aparelho de Protração Mandibular (APM) por um período médio de

2,74 anos; Grupo 2, contendo 25 pacientes com idade média inicial de 12,72 anos,

tratados com o Jasper Jumper por um período médio de 2,15 anos; e Grupo

controle, composto por 22 indivíduos com idade inicial média de 12,67 anos, não

submetidos a qualquer tipo de tratamento ortodôntico e com má oclusão de Classe

II, observados por um período médio de 2,12 anos. Foram avaliadas as

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telerradiografias em norma lateral ao início e ao final do tratamento ortodôntico de

cada um dos indivíduos dos três grupos estudados. As variáveis cefalométricas

dento esqueléticas iniciais, finais e as alterações com o tratamento foram

comparadas entre os grupos sendo que o grupo Jasper Jumper apresentou uma

maior restrição do crescimento e do deslocamento anterior da maxila e uma maior

retrusão maxilar e o grupo APM mostrou um aumento significantemente maior do

comprimento efetivo da mandíbula. Ambos os grupos demonstraram uma melhora

significante da relação maxilomandibular e uma diminuição significante da

convexidade facial em relação ao grupo controle. Houve um aumento da altura facial

posterior no grupo APM com relação ao controle. Os incisivos superiores mostraram

maior retrusão e inclinação para palatino no grupo APM, com diferenças

significantes em relação aos grupos Jasper Jumper e controle. Com relação aos

incisivos inferiores, o grupo APM apresentou maior inclinação para vestibular e o

grupo Jasper Jumper apresentou maior protrusão desses incisivos, com diferenças

significantes em relação ao grupo controle. Os grupos APM e Jasper Jumper

apresentaram uma extrusão dos molares inferiores, uma diminuição dos trespasses

vertical e horizontal com o tratamento em relação ao controle, e o grupo APM

apresentou diminuição significante do trespasse horizontal também em relação ao

grupo Jasper Jumper.

Figura 41: APM I,II,III e IV

Fonte: HENRIQUES, 2008,

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Figura 42: Jasper Jumper vista frontal e lateral

Fonte: HENRIQUES, 2008,

Hägglund et al. (2008), publicaram um estudo os efeitos do tratamento com

o aparelho Herbst integrado em um grupo de adolescentes do sexo masculino com

má oclusão de Classe II em comparação com alterações de crescimento em um

grupo controle sem tratamento. Foram avaliados 30 pacientes tratados com o

aparelho Herbst integrado do sexo masculino com idade media de 14,2 anos com

ma oclusão de Classe ll sem extrações antes e depois do tratamento com o Herbst,

com a fase de maturação esquelética durante a fase Herbst MP3-F, MP3-FG ou

MP3-G(do inicio do estirão até o máximo) avaliada nas radiografias de mão e punho

(Hägg e Taranger, 1980, 1982), ângulo ANB maior que 4° e overjet maior que 6 mm

após o nivelamento dos dentes. O tempo médio de tratamento com a mecânica e

Herbst foi de 0,7 anos e foram comparados com um grupo não tratado com classe ll

da mesma idade e sexo através de analises cefalométricas de norma lateral no inicio

e fim do tratamento. Como resultado o grupo controle apresentou pequenas ou

nenhuma mudanças durante o período de observação enquanto que o tratamento

com o Herbst registrou mudanças favoráveis a correção da maloclusão. Nos

pacientes tratados o ângulo ANB foi reduzido em média 2,1°, mas apesar da

correção da relação dentaria para Classe l foi encontrado um ângulo ASNB médio de

3,9°. Quanto ao overjet alterações significativas foram encontradas com uma media

de 7,9mm de correção e a sobremordida foi corrigida em media 1,9 mm. Com a

normalização do overjet ocorreu uma melhora na posição dos lábios em comparação

ao grupo controle. Baseados nos resultados os autores concluíram que o tratamento

com o Herbst integrado com o aparelho fixo alcançou a relação de Classe l,

aumentou o ângulo SNB e reduziu o ângulo SNA sendo esta alteração maior no

aparelho Herbst integrado do que em outros tratamentos em que o Herbst e utilizado

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diferentemente antes do tratamento ortodôntico. Também os autores concluíram que

o efeito de rotação encontrado comumente mente em outras terapias com o Herbst

não foi visto neste estudo.

Figura 43: Aparelho Herbst integrado

Fonte: HÄGGLUND et al., 2008.

Aidar et al. (2009), realizaram um estudo para avaliar cefalometricamente as

possíveis mudanças no padrão de crescimento facial de 32 adolescentes com má

oclusão de Classe II, divisão 1, associada ao retrognatismo mandibular, de ambos

os gêneros (16 do gênero masculino e 16 do feminino) que foram tratados com o

aparelho ortopédico de Herbst utilizado para corrigir a má oclusão de Classe II,

divisão 1, de Angle, associada ao retrognatismo mandibular. A idade média pré-

tratamento foi de 12 anos e 10 meses. Utilizaram telerradiografias laterais do inicio

do tratamento com o aparelho ortopédico e após 12 meses de tratamento em que

foram utilizadas algumas variáveis lineares da analise de Jaraback (S-N,S-Ar,Ar-

Goc,Me-Goc,S-Goc,N-Me,S-Gnc,N-Goc) ,o quociente de Jaraback(FHR) e da

Analise de Rickets o Índice de Vert. Os resultados evidenciaram que 27 casos

(84,4%) apresentaram padrões hipodivergentes na telerradiografias inicial e

permaneceram da mesma forma na telerradiografias final. Cinco casos (15,6%)

apresentaram padrão neutro na tele inicial e não exibiram mudanças na tele final.

Quando avaliado o VERT de Ricketts (modificado), não ocorreram mudanças no

padrão facial em 31 pacientes apenas um caso ocorreu mudança do tipo facial

Conforme os resultados concluíram que, após 12 meses de tratamento com

aparelho de Herbst, não ocorreram mudanças verticais no padrão de crescimento

facial dos pacientes estudados.

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Figura 44: Variáveis cefalométricas da análise de Jarabak

Fonte: AIDAR et al., 2009.

Figura 45: Variáveis cefalométricas utilizadas no Quociente de Jarabak

Fonte: AIDAR et al., 2009.

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Figura 46: Variáveis cefalométricas utilizadas no VERT de Rickets (modificado)

Fonte: AIDAR et al., 2009.

Alonso LF. (2009), apresentou seu aparelho ortopédico denominado

Bionator modificação Alonso (BMA), indicado para o tratamento da maloclusão de

classe II de Angle, em pacientes em crescimento, segundo o autor as mudanças

realizadas no BMA quando comparadas ao aparelho Bionator de Balters (BB) foram:

remoção do batente posterior, que é utilizado com o objetivo de estabilizar o

aparelho, porém provoca a intrusão dos dentes posteriores agravando na maioria

dos casos a sobremordida; foi adicionado batente anterior apoiada nos incisivos

superiores, desta maneira ocorrerá a extrusão dos dentes posteriores, controlando

assim a sobremordida; foi acrescido ao BMA parafuso expansor que tem quatro

objetivos, o primeiro permitir que o ocorra o crescimento transversal tanto da maxila

quando da mandíbula o segundo objetivo facilitar a as ativações, terceiro quantificar

as ativações e por último ajudar na estabilidade; foi realizado um corte no sentido

vertical na região entre os incisivos centrais superiores e inferiores, para que ocorra

o crescimento transversal dos maxilares, sendo que no aparelho de Balters não

existe essa separação inibindo, assim que o crescimento transversal dos maxilares.

O autor conclui que o aparelho Bionator modificação Alonso é indicado para o

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tratamento de maloclusão da classe II com sobremordida profunda; o avanço

mandibular deverá ser realizado no máximo 4mm, podendo ser realizado novos

avanços após um intervalo de 6 meses, pois após 6 meses de tratamento ocorre

remodelações na ATM; o momento ideal para a utilização dos aparelhos de avanço

mandibular é no início do surto de crescimento puberal, porém os resultados após

este período são animadores, contanto que os pacientes estejam em crescimento;

as correções realizadas pelo tratamento com o BMA ocorrem tanto no sentido

anteroposterior quanto no sentido vertical; o sucesso do tratamento depende da

colaboração do paciente.

Figura 47: BMA vista frontal e oclusal inferior

Fonte: ALONSO LF. , 2009.

Figura 48: BMA vista oclusal e frontal superior

Fonte: ALONSO LF. , 2009

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Figura.49: BMA vista lateral esquerda e direita

Fonte: ALONSO LF. , 2009

Carvalho et al. (2009), fizeram a avaliação cefalométrica do comprimento

mandibular com a utilização do Twin Block. Avaliaram 14 telerradiografias de norma

lateral de 14 pacientes com idade entre 9 e 13 anos com uma idade media de 12

anos e 1 mês sendo sete do gênero masculino e sete do gênero feminino. Todos os

pacientes avaliados eram portadores da mal oclusão CL II por retrusão mandibular

com o ângulo ANB maior ou igual a 4° e trespasse horizontal igual ou maior que 4

mm sem mordida aberta anterior, sem tendência ao crescimento vertical e sem a

altura da face inferior aumentada. O tratamento foi realizado por um período médio

de 12 meses e tomadas radiográficas foram realizadas antes e após o termino da

utilização do aparelho Twin Block. Alcançaram os resultados de que houve um

aumento do comprimento mandibular e no comprimento do ramo através das

medidas Xi-Pog, SNB, Co-GO, Go-Gn e um aumento da altura facial através do

AFAI, mas mantendo uma boa relação vertical da face. Concluíram que o Twin-Block

possibilitou um bom manejo do crescimento mandibular através do deslocamento da

mandíbula, pelo aumento do comprimento mandibular e altura facial anterior inferior

da face melhorando a harmonia entre as bases ósseas e o tecido tegumentar.

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Figura 50: Aparelho Twin Block superior preconizado por Clarck

Fonte: CARVALHO et al., 2009.

Figura 51: Aparelho Twin Block inferior preconizado por Clarck

Fonte: CARVALHO et al., 2009.

Paranhos et al. (2009), publicaram um trabalho com o objetivo de avaliar

cefalometricamente as alterações promovidas pelo APM-3 em pacientes com má

oclusão de classe II, por retrusão mandibular. A amostra deste estudo foi de 48

telerradiografias de norma lateral em máxima intercuspidação habitual e lábios em

repouso de 24 jovens com má oclusão CL II, divisão 1 sendo 10 do gênero

masculino e 14 do gênero feminino com idade media inicial de 11 anos e um mês e

final de 14 anos e 5 meses acompanhados por um período médio de 2 anos. Os

pacientes utilizaram inicialmente aparelho ortodôntico fixo seguindo os princípios

básicos da mecânica de Edgewise realizando o alinhamento e nivelamento ate

chegarem ao estagio final com os arcos de aço inoxidável .021” x .025” quando

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então foram instalados os aparelhos APM-3 com o paciente ocluindo na posição

topo a topo e que foram mantidos por um período médio de 7 meses e 29 dias com

o intuito de promover o avanço mandibular e corrigir a má oclusão de Classe II, 1ª

divisão. Como resultados alcançaram neste estudo que o APM-3 restringe o

deslocamento anterior da maxila e não exerce influência sobre o comprimento

maxilar, promove o deslocamento da mandíbula em sentido anterior e promove um

rearranjo esquelético entre as bases ósseas maxilar e mandibular promovendo a

correção da CL II, 1ª divisão. Concluíram, portanto neste estudo que o APM-3

demonstrou ser um eficiente dispositivo na correção da discrepância anteroposterior

entre a maxila e mandíbula determinada pela má oclusão Classe II, 1ª divisão, por

retrusão mandibular.

Figura 52: Conjunto mecânico do APM-3 Modificado

Fonte: PARANHOS et al., 2009.

Henriques et al. (2009), avaliaram os efeitos esqueléticos e dentoalveolares

do tratamento de pacientes com má oclusão de Classe II com o aparelho Jasper

Jumper associado ao aparelho ortodôntico fixo. A amostra utilizada no estudo

constitui-se de 94 telerradiografias em norma lateral de 47 jovens tomadas com os

lábios em repouso e na posição de máxima intercuspidação habitual, os quais foram

distribuídos em dois grupos. O grupo 1 contendo 25 pacientes com má oclusão

inicial Classe II, divisão 1, sendo 13 do gênero masculino e 12 do gênero feminino

com idade média de 12,72 anos, tratados com o aparelho Jasper Jumper por um

tempo médio de 2,15 anos e o grupo 2 (controle), composto por 22 indivíduos com

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má oclusão Classe II sendo 12 do gênero masculino e 10 do gênero feminino com

idade média de 12,67 anos, não submetidos a nenhum tipo tratamento ortodôntico

ou ortopédico observados por um período médio de 2,12 anos. Foram avaliadas as

telerradiografias ao início e ao final do tratamento ortodôntico para o Grupo 1 e do

período de observação para o Grupo 2. Como resultado em comparação ao grupo

controle, o grupo Jasper Jumper apresentou maior restrição do deslocamento

anterior da maxila e maior retrusão maxilar, melhora da relação maxilomandibular,

diminuição da convexidade facial ,maior protrusão e intrusão dos incisivos inferiores

e maior extrusão dos molares inferiores, além de maior diminuição dos trespasses

horizontal e vertical e maior melhora da relação molar. Concluíram a correção da

Classe II no grupo tratado com o Jasper Jumper e aparelhagem fixa se deu

principalmente devido à restrição do crescimento maxilar, protrusão e intrusão dos

incisivos inferiores e extrusão dos molares inferiores, indicando que o aparelho

Jasper Jumper deverá ser indicado principalmente em casos com protrusão maxilar.

Figura 53: Seleção do Tamanho Do Jasper Jumper

Fonte: HENRIQUES et al. (2009),

Freeman et al. (2009), publicaram um estudo onde avaliaram a eficácia do

tratamento a longo prazo do aparelho Fr 2 de Frankel. A amostra constituiu de 50

pacientes com a ma oclusão Classe II divididos em dois grupos. O grupo 1 composto

por 30 jovens sendo 17 do gênero masculino e 13 do gênero feminino tratados

exclusivamente com o aparelho FR-2 de Frãnkel com uma idade média no início do

tratamento foi de oito anos onde foram feitas tomadas radiográficas de norma lateral

e apos 10 anos uma nova radiografia cefalometrica lateral. O grupo 2 chamado de

controle incluiu 20 indivíduos sendo 11 do gênero masculino e 9 do gênero feminino,

nove com má oclusão Classe II não tratada. As idades média das tomadas

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radiográficas e os tempos médios de observação, correspondeu ao grupo um Como

resultado obtiveram neste estudo que no grupo 1 (FR-2) teve um efeito significativo

sobre a restrição do crescimento da maxila, também encontraram uma mudança

significativa no comprimento mandibular no grupo FR-2, que foi de 3 mm maior que

no grupo de Classe II não tratada. Encontraram também avaliando os efeitos

dentoalveolares uma maior inclinação axial dos incisivos superiores no grupo FR-2

comparado com o grupo de Classe II não tratada alem da diminuição do overjet e

overbite concluindo neste estudo que a utilização por um longo período do aparelho

de Frankel se obtém resultados favoráveis tanto esqueléticos como dentários na

correção da Classe II.

O’Brien et al. (2009), publicaram um estudo em que avaliaram durante 10

anos a eficácia do tratamento ortodôntico precoce com o aparelho Twin-Block no

tratamento da Classe II Divisão 1, de Angle. A amostra compôs de 174 crianças de

14 clínicas ortodônticas no Reino Unido com idade inicial entre 8 e 10 anos, dentição

mista e com ma oclusão Classe II Divisão 1, de Angle, que foram aleatoriamente

escolhidos para receber tratamento com o aparelho Twin-Block ou a um grupo

controle inicialmente não tratados. A diferença entre os grupos foi que o grupo do

Twin Block recebeu tratamento com este aparelho na faze da dentição mista

enquanto que o outro grupo aguardou por um tempo médio de 15 meses até o

estabelecimento de dentição permanente para receber tratamento. Padrão

esquelético final, número de atendimentos, duração do tratamento ortodôntico, a

taxa de extração, custo do tratamento e uma auto avaliação dos resultados das

crianças foram os itens avaliados. Após os 10 anos de estudos 141 crianças

completaram o tratamento e o resultado mostrou que não houve diferenças entre

aqueles que receberam tratamento Twin-Block inicial e aqueles que iniciaram o

tratamento na adolescência, com relação ao padrão esquelético, a taxa de extração,

e autoestima, porem, aqueles que tiveram o tratamento precoce tiveram mais

atendimentos, receberam tratamento por mais tempo, e custos mais elevados do

que o grupo de tratamento do adolescente. Concluíram neste estudo que não há

vantagem em tratar crianças precocemente com o aparelho Twin-Block em relação

às alterações ortopédicas e ortodônticas e ainda aumenta os custos e o tempo de

tratamento.

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O’Brien et al. (2009), fizeram um estudo para avaliar se o tratamento

precoce com o aparelho Twin-Block melhora a atratividade de perfis de Classe II e

determinar as características orofaciais de um perfil que mais influenciam a

percepção da atratividade. Foram selecionadas 20 pacientes tratados e 20 controles

não tratados aleatoriamente de 174 indivíduos de um estudo realizado sobre a

eficácia de um tratamento precoce de Classe II. Estas crianças tinham entre 8 e 10

anos com sobressaliência de pelo menos 7 mm. Fotografias foram tiradas no início

do estudo e 15 meses depois com os lábios relaxados em posição natural da

cabeça. Metade da amostra foi tratada com o aparelho Twin-Block e metade

pertenciam ao grupo controle, ou seja, não tratados e foram avaliados através das

fotografias por 30 crianças com idades de 10 11 anos e 24 professores. Os

resultados demonstraram que o tratamento ortodôntico precoce resultou em melhora

de percepção de atratividade do perfil facial e levou a conclusão neste estudo que as

silhuetas do perfil das crianças que receberam tratamento ortodôntico precoce da

má oclusão de Classe II foram consideradas mais atraentes pelos seus pares do que

aqueles de crianças que não receberam tratamento.

Baccetti, Franchi, e Stahl (2009), compararam em um estudo dois protocolos

de tratamento para pacientes com má oclusão Classe II, divisão 1, sendo comparado

o tratamento do primeiro grupo que utilizou o aparelho de Herbst seguido de

aparelhagem fixa com o segundo grupo que utilizou aparelho fixo e elásticos de

Classe II. A amostra consistiu de 56 pacientes com relação molar de classe II, um

overjet mínimo de 5 mm e um ângulo ANB maior que 4° e no pico do crescimento

crânio facial. Divididos em dois grupos de 28 pacientes, um com a utilização do

Herbst e aparelhagem fixa e outro com aparelhagem fixa e elásticos intermaxilares

dos quais foram tomadas radiografias cefalométricas antes do inicio do tratamento e

seis meses depois de finalizado o tratamento com um tempo médio entre as

tomadas radiográficas de 28 meses. Ambos os grupos foram comparados com um

grupo controle compostos por 28 pacientes que não receberam tratamento.

Encontraram os seguintes resultados em que 92,8% dos pacientes obtiveram a

correção oclusal no grupo que usou Herbst houve um aumento significativo da

protrusão mandibular. Em ambos os grupos houve um aumento real no comprimento

mandibular, quando comparado com as mudanças de crescimento natural no grupo

controle de Classe II. Na relação maxilomandibular sagital o melhor resultado foi

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encontrado no grupo do Herbst enquanto que o grupo com elásticos mostrou um

maior retrusão dos incisivos superiores e movimentação para mesial dos molares

inferiores. O Grupo Herbst também apresentou uma melhora maior na avaliação dos

tecidos moles. Concluíram neste estudo que o tratamento na fase do pico de

crescimento de pacientes Classe II induz alterações significativas favoráveis tanto na

relação esquelética como na relação dentária e que o uso do Herbst promove uma

maior melhora no perfil dos tecidos moles.

Aidar et al. (2010), relatou um estudo sobre as alterações na posição e na

forma do disco articular na articulação temporomandibular em adolescentes com

Classe ll divisão 1 de Angle e retrognatismo mandibular tratados em duas fases, a

primeira (fase l) com o aparelho Herbst e a segunda com aparelho ortodôntico fixo

(fase 2). Foram estudados trinta e dois adolescentes brasileiros sendo 16 do gênero

masculino e 16 do gênero feminino com uma idade media de 12,8 anos portadores

da má oclusão de Classe ll, divisão 1 com aparência clinica retrognatismo

mandibular, ângulo ANB maior que 4° e dentição permanente e sem deslocamento

do disco articular. O tratamento foi dividido em duas fases, a primeira durou 12

meses e os pacientes foram tratados com o aparelho Herbst e Hyrax na arcada

superior e arco lingual na inferior sendo que a expansão rápida da maxila ocorreu

nas duas primeiras semanas e após foi instalado o aparelho Herbst e feitos avanços

de 6 mm em media e se necessário avanços complementares de 2 a 3 mm foram

feitos no terceiro mês de tratamento. Imediatamente após a fase 1 vinte e três

adolescentes (13 meninos e 10 meninas) continuaram o tratamento com aparelho

ortodôntico fixo (fase 2). Foram realizadas ressonâncias magnéticas das ATMs

direita e esquerda com a boca aberta (MO) e com a boca fechada (MC) em quatro

vezes distintas durante o tratamento, antes do início da fase 1 (T1), 8 a 10 semanas

após a colocação do aparelho Herbst (T2), no final da fase 1 do tratamento (T3) e

imediatamente após a conclusão da fase 2 do tratamento com o aparelho

ortodôntico fixo (T4). Os resultados neste estudo apresentaram em relação à

posição do disco articular que em 42 articulações (65%) na posição de mordida

fechada o disco estava uma posição superior ao côndilo em T1 e T3, e em T2 o

disco tendia a uma posição de retrusão em relação ao côndilo e na condição de

mordida aberta o disco se encontrava interposto entre o côndilo e a eminência

articular nas tomadas T1, T2 e T3 e em 22 articulações (34,4%) na posição de boca

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fechada onde os discos foram deslocados em T1 houve recaptura total ou parcial

dos discos em T2 e eles voltaram para a sua posição original em T3 e na posição de

boca fechada o disco foi recapturado na maioria dos casos. Entre as tomadas T3 e

T4 na posição de mordida fechada houve alterações em 5 articulações e n posição

de boca aberta houve alterações em quatro articulações. Quanto à forma dos discos

entre T1 e T3 posição de boca aberta 98,4% e boca fechada 95,3% não ocorreram

mudanças e em quatro casos (1 em mordida aberta e 3 em mordida fechada) os

discos mostraram uma forma não bicôncava em T1 e viraram bicôncava em T2 e

retomavam a sua forma original em T3. Entre as tomadas T3 e T4 quanto à forma

dos discos houve mudanças em quatro articulações (2 em mordida aberta e 2 em

mordida fechada). Baseados nesses resultados os autores concluíram que em geral

a forma e a posição dos discos articulares foram mantidas, mas algumas mudanças

encontradas nas tomadas T4 podem estar associadas a possibilidades de problemas

futuros na articulação temporomandibular.

Thiruvenkatachari et al. (2010), publicaram um estudo em que compararam

o Twin Block e o Dynamax no tratamento de adolescentes com ma oclusão Cl II.

Utilizaram a amostra de 32 meninos e 32 meninas com idade entre 10-14 anos com

Classe II Divisão 1, de Angle com overjet maior que 6 mm, nenhuma síndrome

craniofacial e nenhum tratamento ortodôntico anterior e sem extrações de pré-

molares divididos igualmente em dois grupos. Para a coleta de dados utilizaram

modelos de estudo, telerradiografias e fotografias extras bucais e intrabucais no

início do tratamento, ao final do tratamento com o aparelho funcional, e no fim de

todo o tratamento ortodôntico. Além disso, o overjet incisal, o número de quebras

dos aparelhos e os efeitos adversos ou colaterais do tratamento foram registrados a

cada visita do paciente. Por apresentar relevantes e sucessivos problemas de

quebra o grupo que utilizava o Dynamax foi descartado, da pesquisa. Como

resultados avaliaram que o aparelho Twin-Block foi mais eficaz que o aparelho

Dynamax na redução do overjet e que os pacientes que usaram o aparelho

Dynamax tiveram mais eventos adversos do que os pacientes Twin-Block concluindo

que o Twin- Block foi mais efetivo na redução do overjet que o Dynamax .

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Figura 54: Aparelho Dynamax

Fonte: THIRUVENKATACHARI et al. (2010).

Bock et al. (2010), publicaram um estudo cujo objetivo foi analisar a

estabilidade de curto prazo da terapia oclusal Herbst em adultos com má oclusão de

Classe II. A amostra incluiu 26 indivíduos (22 mulheres e 4 homens) com idade

média de 21,1 anos variando de 15,1 a 44,4 anos com relação molar Cl II e o overjet

médioi de 6,8 mm. Tele radiografias foram realizadas antes do inicio do tratamento,

após a utilização do Herbst. Como resultado a relação molar corrigida foi mantida em

77,6 % dos casos e 14,3 % dos casos uma pequena alteração e uma recidiva

verdadeira em 8 % dos casos. A relação canina foi encontrada em 71,2% dos

pacientes, 26,9 % apresentaram uma ligeira recidiva e 1,9% apresentaram uma

recidiva verdadeira na relação canina. Over Jet e Overbite mantiveram-se estáveis

em 92,3% e 96,0% dos pacientes, respectivamente. Concluíram neste estudo que o

uso do aparelho Herbst em adultos de maloclusão Cl II mostrou boas estabilidade

após 2,5 anos do tratamento ressaltando que os pacientes ainda estavam utilizando

contenção, sendo 6 pacientes utilizavam ativador, 17 aparelho de Hawley e 3

aparelho fixo na arcada superior como contenção e na arcada inferior retenção fixa

de canino a canino.

Morales e Carvalho (2010), através de um caso clinico de um paciente do

gênero feminino, 10 anos com má oclusão de Classe II, divisão 1 com mordida

profunda, apresentaram o seu aparelho de protrusão mandibular com a sigla de

APMMC(Aparelho de protrusão mandibular de Morales e Carvalho). Relataram que o

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aparelho tem como característica além de sua fácil construção e de ser formado por

duas partes paralelas entre si para cada lado da boca e sem nenhum meio de união

entre elas a sua fixação se da por palatino nos segundos pré molares e primeiros

molares superiores. Através de estudo cefalométrico concluíram que para este

paciente as alterações esqueléticas como o crescimento mandibular foram mais

significativas do que as mudanças dento alveolares na correção da CL II.

Ressaltaram ainda que o uso do APMMC neste caso eliminou o tratamento em duas

fases podendo ser usado em conjunto com o aparelho fixo devido a sua fixação por

palatina e apresentando resultados satisfatórios.

Figura 55: APMMC (Aparelho de protrusão mandibular de Morales e Carvalho)

Fonte: MORALES e CARVALHO, 2010.

Figura 56: APMMC com elásticos intermaxilares

Fonte: MORALES e CARVALHO, 2010.

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Com o objetivo analisar a literatura atual para a melhor evidência (ensaios

clínicos randomizados) sobre a eficácia dos aparelhos funcionais sobre o

crescimento mandibular no curto prazo, Marsico et al.(2011), realizaram uma revisão

de literatura pesquisando artigos publicados até setembro de 2009 sobre os efeitos

dos aparelhos funcionais sobre o crescimento mandibular utilizando os seguintes

bancos de dados eletrônicos: PubMed, Embase, Ovid Medline, Cochrane Central

Register of Controlled Trials, Web of Science, LILACS, e Google Scholar . Para ser

incluído no estudo, cada artigo teve que preencher os requisitos de ser relacionado

com ensaios clínicos em humanos, ter uma seleção aleatória de amostras, estudo

sobre aparelhos funcionais na terapia de má oclusão Classe II, possuir um grupo

controle sem tratamento compatível, analisar os resultados do tratamento sem

terapias adicionais e concomitantes (AEB, extrações, ou aparelhos fixos), utilizaram

análise cefalométricas no início do tratamento e logo após a remoção dos aparelhos

funcionais e preocupados com as alterações anteroposterior mandibular medido

avaliando as alterações condilares. Trinta e dois artigos preencheram os critérios de

inclusão específica e foram identificadas como potencialmente para serem incluídos

na análise e destes apenas 4 artigos, com base em dados de 338 pacientes (168

tratados VS 170 controles) com má oclusão de Classe II na dentição mista, foram

selecionados para a análise final.). Com base na análise destes artigos e seus

resultados chegaram à conclusão que o efeito do tratamento com aparelhos

funcionais versus um grupo controle sem tratamento mostrou que, quando o

tratamento com o aparelho funcional é fornecido no início da adolescência, existem

pequenas mudanças benéficas nos padrões do esqueleto, mas estes não são

provavelmente clinicamente significantes.

Fontão (2011), apresentou num artigo com três casos o apmFLF (Aparelho

Protrator Mandibular FLF) e suas variações, bem como uma nova ótica e filosofia em

relação aos aparelhos para protração mandibular usado conjuntamente com a

aparatologia fixa. Realizou-se uma revisão da literatura sobre os aparelhos mais

utilizados para a correção da relação dentária de Classe II. Foram pesquisados

aparelhos removíveis: Ativador, o Bionator de Balters, o Regulador de Função de

Fränkel; e aparelhos fixos: o aparelho de Herbst, o Eureka Spring, o Herbst estilo

Sueco, APM I, II, III e IV. Os aparelhos pesquisados têm como característica

primária manter a mandíbula constantemente projetada para anterior, impedindo seu

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retorno à posição de origem. Concluiu que a rotina clínica e a manutenção destes

dispositivos é tão simples e fácil após se adquirir um pouco de prática que não

consegue mais imaginar tratamentos compensatórios de classe II dentária sem a

utilização e o auxílio de um aparelho de protração mandibular, o que não somou

somente ao conhecimento que já possuímos, mas nos surpreendeu e continua nos

surpreendendo; a cada ano descobrimos uma nova utilidade para os nossos

tratamentos.

Henriques (2011), publicou um estudo onde avaliou os efeitos do tratamento

da má oclusão de Classe II por meio do Aparelho de Protração Mandibular (APM)

associado ao aparelho ortodôntico fixo. Para tanto, utilizou-se uma amostra de 46

indivíduos, divididos em dois grupos: Grupo APM, constituído de 24 pacientes

portadores da má oclusão Classe II, divisão 1, sendo 12 do gênero masculino e 12

do gênero feminino com idade inicial média de 12,36 anos, tratados com o Aparelho

de Protração Mandibular (APM) por um período médio de 2,74 anos. O grupo

Controle, composto por 22 indivíduos com má oclusão de Classe II divisão 1, 12 do

gênero masculino e 10 do gênero feminino com idade inicial média de 12,67 anos,

não submetidos a tratamento ortodôntico e observados por um período médio de

2,12 anos. Foram avaliadas as telerradiografias em norma lateral ao início e ao final

do tratamento ortodôntico de cada um dos indivíduos dos dois grupos estudados

tendo como resultado um aumento significantemente maior do comprimento efetivo

da mandíbula, uma melhora significante da relação maxilomandibular e uma

diminuição significante da convexidade facial, um aumento da altura facial posterior,

retrusão e inclinação significante dos incisivos superiores para palatino, inclinação

significante dos incisivos inferiores para vestibular, extrusão significante dos molares

inferiores, uma diminuição significante dos trespasses vertical e horizontal no grupo

APM.

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3. PROPOSIÇÃO

Após a revisão da literatura dos últimos dez anos sobre os tipos de

aparelhos ortopédicos resolvemos avaliar os seguintes tópicos:

1 - Indicações

2 - Efeitos dento esqueléticos

3 - Vantagens

4 - Desvantagens

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4. DISCUSSÃO

No presente estudo foi feita uma revisão de literatura dos dez últimos anos

com o objetivo de verificar quais os aparelhos ortopédicos de avanço mandibular

estão sendo utilizados e pesquisados neste período e também relacionar seus

efeitos dento esqueléticos, suas indicações, vantagens e desvantagens do seu uso.

Os aparelhos ortopédicos funcionais removíveis como o Bionator e o Twin

Block no tratamento da má oclusão de classe II tem sua principal indicação de seu

uso em pacientes jovens com dentição mista no início do surto de crescimento

puberal conforme Dominguez, Hirschheimer e Vigorito (2001), Almeida-Pedrin et al

(2005), Olibone, Guimarães e Atta (2006), Brunharo et al (2007), Neves (2007),

Chiqueto (2008), Alonso LF. (2009), Carvalho et al (2009), Freeman et al (2009),

Thiruvenkatachari et al (2010), mas alguns autores discordam que o seu uso no

inicio do surto de crescimento puberal seja mais vantajoso conforme O’Brien et al

(2009) que em um estudo de longo prazo (mais de dez anos avaliando os efeitos do

Twin Block) conclui que não há vantagem em tratar crianças com o aparelho Twin-

Block em relação às alterações ortopédicas e ortodônticas e ainda aumenta os

custos e o tempo de tratamento e o mesmo autor concluiu em outro estudo que o

tratamento ortodôntico precoce com o Twin Block resultou em melhora de percepção

de atratividade do perfil facial e levou a conclusão neste estudo que as silhuetas do

perfil das crianças que receberam tratamento ortodôntico precoce da má oclusão de

Classe II foram consideradas mais atraentes pelos seus pares do que aqueles de

crianças que não receberam tratamento. Já Marsico et al (2011) numa revisão de

literatura também chegaram à conclusão que o efeito do tratamento com aparelhos

funcionais versus um grupo controle sem tratamento mostrou que, quando o

tratamento com o aparelho funcional é fornecido no início da adolescência, existem

pequenas mudanças benéficas nos padrões do esqueleto mas não foram

consideradas clinicamente significantes.

Bionator de acordo com Almeida-Pedrin (2005) tem como efeitos dento

esqueléticos um aumento no corpo da mandíbula e uma inclinação para vestibular e

protrusão dos incisivos inferiores também compartilhada com e Chiqueto (2008) que

também registrou um aumento na altura facial anterior. Os autores Dominguez,

Hirschheimer e Vigorito (2001) comprovaram que o Bionator também produz

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alterações no crescimento TRANSVERSAL tanto na maxila (região anterior e

posterior) como na mandíbula (região posterior).

O aparelho Twin Block segundo Olibone, Guimarães e Atta (2006), Brunharo

et al (2007) e Carvalho et al (2009) tem como efeitos do seu uso em pacientes com

má oclusão Classe II o crescimento do corpo mandibular e do côndilo, restrição no

crescimento anterior maxilar, retroinclinação dos incisivos superiores e

vestibularização dos incisivos inferiores e aumento na altura facial ântero inferior.

Lima (2007), utilizando o ativador conjugado com o AEB observou que um

efeito restritivo na maxila sem alterações no crescimento mandibular, porém

promoveram uma tendência de rotação horária da mandíbula e um ligeiro aumento

da altura facial anteroinferior e os incisivos superiores foram retruídos e

lingualizados e os incisivos superiores foram vestibularizados. Para os casos de

mordida aberta Pinto et al (2001) utilizaram-se do aparelho Extra Bucal de Thurow

Modificado e Pires et al (2003) indicam o uso do AEB ortopédico com força posterior

e o mesmo autor indica para casos de mordida profunda o AEB ortopédico com

força anterior. Os efeitos do aparelho de Klammt segundo Gonçalves (2007) são

apenas dento alveolares associados ao crescimento mandibular natural e a sua

indicação fica restrita a tratamentos precoce.

O BMA (Bionator modificação Alonso) promove remodelação das cabeças

das mandíbulas e das eminências articulares decorrentes do avanço postural

mandibular, após 6 meses de tratamento, resultando em crescimento da mandíbula,

extrusão dos dentes posteriores, resultando na correção vertical (correção da

sobremordida), estimula crescimento transversal maxilar e mandibular resultando em

um aumento significante do crescimento transversal dos maxilares, quando

comparados aos outros aparelhos de avanço mandibular ele é o único que corrige

ao mesmo tempo a sobremordida (Vertical),estimulando também o crescimento

transversal mandibular e maxilar conjuntamente.

As alterações articulares provocadas pelos aparelhos funcionais (utilizou o

Ativador) segundo Katsavrias (2003) não ha alterações significantes na posição do

côndilo dentro da fossa, mas Conti (2004) concluiu que a protrusão ortopédica

mandibular apesar de alterar a posição dos côndilos não alterou aa prevalência de

DTM na população estudada.

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Os aparelhos ortopédicos fixos de avanço mandibular tem sua principal

indicação quando a dentadura permanente já se faz presente e no estagio de

maturação esquelética 3 ou 4 segundo Helm et al (1971) conforme Schütz et al

(2002), Schütz, Vigorito e Dominguez (2003). Em seus estudos com aparelhos de

avanço mandibular Von Bremen e Pancherz (2002), Coelho Filho (2002), Oliveira

Junior (2002), Silva Filho et al (2002), Kamache et al (2006), Alves et al (2006),

Vigorito e Dominguez (2007), Lima (2007), Neves (2007), Silva Filho et al (2007),

Chiqueto (2008), Henriques (2008), Aidar et al (2009), Paranhos et al (2009),

Henriques et al (2009) Aidar et al (2010) consideraram a presença da dentadura

permanente em pacientes jovens para a utilização dos mesmos. Já os trabalhos de

Ruf e Pancherz (2006) e Bock et al (2010) indicam a utilização dos aparelhos

ortopédicos fixos também na idade adulta e Almeida et al (2006) indicam a utilização

do Herbst já na dentadura mista. Hägglund et al (2008) recomendam o aparelho

Herbst no inicio até o máximo do estirão avaliado nas radiografias de mão e punho e

Baccetti, Franchi, e Stahl (2009) utilizaram o Herbst no pico do crescimento crânio

facial.

O aparelho Herbst promove a correção sagital da relação maxilomandibular

sem alteração na posição da maxila e sim tem como principal efeito esquelético o

crescimento do corpo mandibular segundo Schütz et al (2002), Schütz, Vigorito e

Dominguez (2003), Alves et al (2006), Ruf e Pancherz (2006), Almeida et al (2006),

Vigorito e Dominguez (2007), Silva Filho et al (2007), Hägglund et al (2008) e

Baccetti, Franchi, e Stahl (2009). Os mesmos autores relataram que as alterações

dentarias provocadas pelo aparelho Herbst são uma retrusão, lingualização e

extrusão nos incisivos superiores, uma vestibularização e protrusão dos incisivos

inferiores, uma distalização nos molares superiores e uma mesialisação e extrusão

nos molares inferiores. Alterações no sentido vertical também não foram

encontradas ou foram insignificantes segundo os autores. Alguns autores estudaram

as alterações nos tecidos moles e encontraram uma retrusão no lábio superior e

uma melhora no perfil facial, mas sem alterar o padrão esquelético Classe II como

Schütz, Vigorito e Dominguez (2003), Alves et al (2006), Ruf e Pancherz (2006),

Hägglund et al (2008). Almeida et al (2006) quantificaram que as alterações

provocadas pelo aparelho Herbst foram: 22% da correção do overjet e 78% de

alterações dentarias.

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Em relação a alterações provocadas na ATM os autores Silva Filho et al

(2002) não encontraram contra indicação do uso do Herbst e o mesmo promove

uma remodelação da ATM diferentemente de Vigorito e Dominguez (2007) que não

encontram alterações na posição da ATM na utilização do Herbst.

O aparelho ortopédico de avanço mandibular APM provoca um crescimento

efetivo na mandíbula no sentido ântero-posterior segundo Henriques (2008),

Paranhos et al (2009), Henriques (2011), mas Kamache (2006) não encontrou

efeitos esqueléticos mandibulares na utilização do APM além de provocar uma

restrição do crescimento maxilar promovendo a correção da sobremordida. Quanto

aos efeitos dentários o APM provoca a retrusão e inclinação para palatino dos

incisivos superiores, uma significante vestibularização dos incisivos inferiores e uma

extrusão dos molares inferiores segundo os mesmos autores. Henriques (2011)

também avaliou as alterações faciais em que concluiu que o APM provoca um

aumento da altura facial posterior e uma diminuição significante da convexidade

facial corrigindo a sobressaliencia. Não foram relatados nessa revisão de literatura

os efeitos na ATM provocados pelo aparelho APM.

O aparelho Jasper Jumper promove restrição do crescimento maxilar, mas

não provoca alterações no comprimento mandibular segundo Oliveira Junior (2002),

Kamache et al (2006), Lima (2007), Neves (2007), Henriques et al (2009), portanto o

seu efeito e basicamente dentário na correção da Classe II. Como efeitos dentários

o Jasper Jumper segundo os autores provoca uma inclinação vestibular e protrusão

dos incisivos inferiores e uma verticalização, mesialisação e extrusão dos molares

inferiores.

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5. CONCLUSÃO

Podemos concluir neste estudo que:

1. Indicações dos aparelhos

Os aparelhos de avanço mandibular removíveis são indicados para casos de

maloclusão de Classe II por retrognatismo mandibular em pacientes com dentição

mista no inicio do surto de crescimento puberal e os aparelhos de avanço

mandibular fixo são indicados para pacientes jovens com mal oclusão de Classe II e

dentição permanente, após o surto de crescimento puberal.

2. Efeitos dento esqueléticos dos aparelhos;

Os aparelhos ortopédicos de avanço mandibular removíveis promovem o

crescimento mandibular no sentido anteroposterior, uma inclinação para vestibular e

protrusão dos incisivos inferiores e um aumento na altura facial anterior e os

aparelhos de avanço mandibular fixo promovem o crescimento do corpo mandibular,

retrusão, lingualização e extrusão nos incisivos superiores, vestibularização e

protrusão dos incisivos inferiores, distalização dos molares superiores e

mesialisação e extrusão nos molares inferiores e retrusão no lábio superior e uma

melhora no perfil facial.

3. Vantagens

Os aparelhos ortopédicos de avanço mandibular apresentam vantagens

como a correção das maloclusões nos sentidos vertical, anteroposterior (sem

necessidade de extrações) e transversais, correções no perfil facial.

4. Desvantagens

Os aparelhos de avanço mandibular removíveis apresentam como

desvantagens a necessidade de colaboração do paciente e os fixos apresenta a

desvantagem a sua complexidade de confecção e instalação.

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