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FURG / ICEAC / ADMINISTRAÇÃO ADMMAT – 2009 (5ª semana) Prof. Vanderlei Borba

FURG / ICEAC / ADMINISTRAÇÃO ADMMAT – 2009 (5ª semana) · Matriz de Criticidade Quantitativa Classes da Curva de Pareto X Criticidade de Gestão dos itens determinam limites

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FURG / ICEAC / ADMINISTRAÇÃO

ADMMAT – 2009(5ª semana)

Prof. Vanderlei Borba

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Modelo ou SistemaDuas Gavetas = Two Bins

Modelo ABC

Modelo ABC ���� origem com economista VilfredoPareto ���� estudo da distribuição de renda e posse da terra na Itália.

Aplicabilidade ���� testada pela General Eletricamericana, logo após a 2ª Guerra Mundial.

Modelo ABC

Princípio : determinar, para todo o estoque, custo médio unitário de contabilização versus consumo, no mesmo intervalo de tempo, para dispensar atenção diferenciada a cada classe que se constituirá.

Hipótese : adotar gerenciamento por exceção, com controles e medidas constantes em poucos itens.

Modelo ABC

Modus operandi do Modelo ABC:

1) é aplicado simultaneamente a todos os materiais da organização;

2) utiliza volume consumido num período de tempo versuscusto médio unitário de contabilização ;

3) busca classificar os itens por seu impacto financ eiro(custos), o que determina gerenciamento por exceção ;

4) estabelece três classes de itens – A, B e C;5) não substitui outros modelos de gerenciamento de

estoques, mas é modelo alternativo.

Modelo ABC

Uso do Modelo ABC :

1) quando não há setor de gerenciamento de materiais na organização;

2) quando a organização não dispõe de dados em série s históricas sistemáticas;

3) quando os dados disponíveis estão apenas na área financeiro-contábil;

4) quando os parâmetros de aquisição são estabelecid os pela classificação dos itens;

5) quando se alinha ao Modelo Duas Gavetas no sentid o de estabelecer planejamento baseado em projeções e custos.

Modelos de Gerenciamento de Estoques

Variáveis Quantitativas : ES / LR / PP / EM

Quantidade, tempo e CMU

Modelo ABC

Variáveis Quantitativas: ES / LR / EM

Série Histórica

Métodos Estatístico

Modelo Two Bins

Quantidade e tempo

Modelo ABC

Classes do Modelo ABC :- Materiais de Classe A : exigem atenção e vigilância

���� > 60 do investimento e até 20% do volume de itens ���� 3:1 ou caros e raros ;

- Materiais de Classe B : exigem tratamento normal ����

de 20-30% do valor e 20-30% do quantitativo de itens ���� 1:1 ou intermediários ; e,

- Materiais de Classe C : exigem controles simples e econômicos ���� cerca de 10% do investimento e cerca de 50% do nível de itens estocados ���� 1:5 ou baixo custo e numerosos .

Modelo ABC

A

B

C

50%30%

10%

60%

Impacto financeiro Volume de estoque

20%

30%

Classes

Modelo ABC

A até 20% > 60% Rígida Baixo

B de 20 a 30% de 20 a 30% Normal Intermediário

C + ou - 50% + ou - 10% Moderada Elevado

ÍNDICE DE CONSUMO

CLASSES % ITENS % CUSTO VIGILÂNCIA

Modelo ABC

Parâmetros do Modelo ABC :1º) realizar o levantamento dos materiais em estoque;2º) realizar o levantamento dos consumos e custos mé dios

unitários dos materiais, no mesmo intervalo de tempo;3º) determinar, para cada material, o custo anual = consumo X

custo médio ;4º) ordenar, em ordem decrescente de valor , conforme os custos

anuais;5º) determinar, a partir do 4º, a participação percentu al de cada

material no custo total;6º) determinar, a partir do 4º e 5º, os custos acumulad os e a

participação percentual acumulada ;7º) classificar os materiais nas classes do Modelo ABC.

Modelo ABC

Exemplo do Modelo ABC :

PRODUTO CMU/ UNIDADE CONS/ANO CUSTO/ANO P.01 1.000,00 10 10.000,00 P.02 30,00 500 15.000,00 P.03 100,00 3.900 390.000,00 P.04 100,00 300 30.000,00 P.05 35,00 2.000 70.000,00 P.06 270,00 1.000 270.000,00 P.07 250,00 100 25.000,00 P.08 20,00 4.000 80.000,00 P.09 400,00 50 20.000,00 P.10 30,00 3.000 90.000,00

Modelo ABC

Resolução do Modelo ABC :a) Ordenar por custo total decrescente, determinar custos e participação

percentual e custos e percentuais acumulados:

PROD CMU/UNID CONS/ANO CUSTO/ANOCUSTO

ACUM/ANO% % ACUM

P.03 100,00 3.900 390.000,00 390.000,00 39,00 39,00P.06 270,00 1.000 270.000,00 660.000,00 27,00 66,00P.10 30,00 3.000 90.000,00 750.000,00 9,00 9,00P.08 20,00 4.000 80.000,00 830.000,00 8,00 17,00P.05 35,00 2.000 70.000,00 900.000,00 7,00 24,00P.04 100,00 300 30.000,00 930.000,00 3,00 3,00P.07 250,00 100 25.000,00 955.000,00 2,50 5,50P.09 400,00 50 20.000,00 975.000,00 2,00 7,50P.02 30,00 500 15.000,00 990.000,00 1,50 9,00P.01 1.000,00 10 10.000,00 1.000.000,00 1,00 10,00

Modelo ABC

Resolução do Modelo ABC :b) Classificar os materiais:

CLASSES % ITENS % CUSTO PRODUTOSA 20% 66% 03 e 06B 30% 24% 10, 08, 05C 50% 10% 04,07,09,02,01

Modelo ABC

Resolução do Modelo ABC :c) Elaborar Gráfico de Pareto:

Gráfico de Pareto

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

P.03 P.06 P.10 P.08 P.05 P.04 P.07 P.09 P.02 P.01

materiais

%

A = 66% de custos e 20% dos itens

B = 24% de custos e 30% dos itens

C = 10% de custos e 50% dos itens

Planejamento de lotes de reposição para as diferentes classes:

- LR de material do tipo A : 1 x consumo médio x TE ����

- LR de material do tipo B : 2 x consumo médio x TE ����

- LR de material do tipo C: 3 x consumo médio x TE ����

TEC1LRA **=

TEC2LRB **=

TEC3LRC **=

Modelo ABC

Planejamento de estoques de segurança para as diferen tes classes:

- ES de material do tipo A : 1/3 do LR A ����

- ES de material do tipo B : 1/2 do LR B ����

- ES de material do tipo C: 1 LR C ����

3LRES A

A =

2LRES B

B =

CC LRES =

Modelo ABC

Modelo ABC

Matriz de Criticidade depende de informações da classificação dos itens de estoque nas Classes ABC e de um índice (indicador ou atributo ou parâmetro ou marca) de criticidade:

(1) Matriz de Criticidade Qualitativa(= Classificação ABC + parâmetros qualitativos); ou,

(2) Matriz de Criticidade Quantitativa(= Classificação ABC + parâmetros quantitativos).

Matriz de Criticidade

Modelo ABC

1. A aplicação da Classificação ABC estabelece um ranking dos itens que transitarem pelo estoque.

2. A aplicação ‘pura ’ da Classificação ABC pode levar a análises simplificadas e operacionalizações (definição de LR e ES) inadequadas, porque não considera a importância (qlitativa ou qtitativa) dos itens nas atividades ou operações da organização .

Matriz de Criticidade Qualitativa

Matriz de Criticidade Qualitativa

Para resolver essa deficiência da aplicação ‘pura’ da Classificação ABC, as organizações agregam um parâmet ro (ou atributo ou marca ou indicador) qualitativo, que é o í ndice de criticidade (ou índice de importância operacional).

Grupos ItensA-015 X 2 3C-049 1 X 3B-037 1 X 3J-020 1 2 x

.... ... ... ...C-051 1 2 XK-012 1 X 3P-008 X 2 3R-018 X 2 3

.... ... ... ...V-043 1 X 3X-058 X 2 3Z-076 1 X 3Y-001 1 2 X

.... ... ... ...

Limpeza

Expediente

Manutenção

Prioridade

1 � A

2 � B

3 � C

Matriz de Criticidade Qualitativa

Classes de Criticidade :

- A ou X : itens cuja falta interrompem atividades e cuja sub stituição será difícil pela ausência de um fornecedor alternativ o. Em GQT diz-se que estes itens são poucos e vitais ;

- B ou Y : itens cuja falta não provocará efeitos, no curto praz o, às atividades da organização. São, portanto, itens import antes, mas sua falta não impedirá o prosseguimento de serviços, pois poderáocorrer substituição de item ou de fornecedor; e,

- C ou Z: itens não enquadrados nas Classes A e B de criticid ade. Háum elevado nº de itens substitutivos ou de fornecedore s alternativos. Em GQT diz-se que estes itens são muitos e triviais .

Matriz de Criticidade:Classes da Curva ABC X Índices Qualitativos

B C

A

Classes da Curva ABCÌn

dice

s de

Crit

icid

ade

B

C

A

Matriz de Criticidade Qualitativa

AA BA

AB

Classes da Curva ABC

A B C

CB

CCBC

Ìndi

ces

de C

ritic

idad

e A CA

B BB

C AC

Matriz de Criticidade Quantitativa

Matriz de Criticidade Quantitativa

A Matriz de Criticidade Quantitativa busca relacion ar a importância operacional de um item com graus/níveis quantitativos de criticidade .

As previsões precisam considerar a criticidade do item no dia-a-dia da empresa ou a importância estratégica do item para a produção ou, ainda, para oferta ao mercado consumidor.

Matriz de Criticidade Quantitativa

A matriz pode contar com tantas variáveis quanto forem os atributos (parâmetros ou indicadores ou marcas) passíveis de detalhamento e respectivos dimensionamentos (peso/importância e nível/grau de criticidade).

Matriz de Criticidade Quantitativa

Formulação básica da Criticidade de Gestão por item:

Criticidade de Gestão =[(peso/importância do atributo) * (nível/grau de critic idade)] +[(peso/importância do atributo) * (nível/grau de critic idade)] +[...] + [...]

Matriz de Criticidade Quantitativa

Exemplo 1 – empresa varejista

Atributos Importância xNível Alto

de Criticidade

Nível Médio de

Criticidade

Nível Baixo de

Criticidade

Dificuldade de suprimento (amplitude do T) 1 x 3 2 1

Incerteza da demanda ( ∆%) 2 x 3 2 1

Influência no comportamento do consumidor (item de 1ª linha) 3 x 3 2 1

Matriz Quantitativa de Criticidade (exemplo p/varej o)

Matriz de Criticidade Quantitativa

Exemplo 1 – submetido às áreas de negócios relaciona das

Atributos Importância xNível Alto

de Criticidade

Nível Médio de

Criticidade

Nível Baixo de

Criticidade

Dificuldade de suprimento (amplitude do T) 1 x 3 2 1

Incerteza da demanda ( ∆%) 2 x 3 2 1

Influência no comportamento do consumidor (item de 1ª linha) 3 x 3 2 1

Matriz Quantitativa de Criticidade (exemplo p/varej o)

Matriz de Criticidade Quantitativa

Exemplo 1 – estabelecendo Criticidade de Gestão do i tem

(1*1) + (2*2) + (3*3) = 14

Dificuldade de suprimento

Incerteza da demanda

Influência no comportamento do consumidor

Matriz de Criticidade Quantitativa

Exemplo 1 – estabelecendo critérios para a política de estoques

a) Estoque de Segurança - a empresa considerará o seguinte regramento:

1015-18 pontos

711-14 pontos

56-10 pontos

Estoque de Segurança (em dias)Criticidade de Gestão

Para a Criticidade de Gestão (14 pontos), com repos ições mensais, deverá ter: ES para 7 dias ���� ES = D * f = D * 7/30 = D * 0,23

Isto resulta, na seqüência, em aplicar forma de ger enciamento similar ao do Modelo Duas Gavetas.

Matriz de Criticidade Quantitativa

Exemplo 1 – estabelecendo critérios para a política de estoques

b) Lote de Compras - a empresa considerará duas alternativas:(1) o LR corresponderá ao volume projetado de vendas pa ra o

mês (ou período); ou,(2) o LR corresponderá ao volume projetado de vendas pa ra o

mês (ou período) acrescido ou reduzido (compensação) do ES atribuído pelos critérios de criticidade da gestão de e stoques da empresa ABC.

Isto resulta, na seqüência, em aplicar forma de gerenc iamento similar ao do Modelo Duas Gavetas.

Matriz de Criticidade Quantitativa

Classes da Curva de Pareto X Criticidade de Gestão dos itens determinam limites para o gerenciamento dos estoques, considerando-se que:

- itens das Classes ABC de custos e elevada pontuação de criticidade de gestão tenderão a: ES superiores aos projetados pelas modalidades de f (fator arbitrado) e intervalos de aquisição (I) maiores do que no Modelo Duas Gavetas;

- itens das Classes ABC de custos e média pontuação d e criticidade de gestão tenderão a: ES superiores (ou iguais) aos projetados pelas modalidades de f (fator arbitrado) e intervalos de aquisição (I) similares ao do Modelo Duas Gavetas; e,

Matriz de Criticidade Quantitativa

- itens das Classes ABC de custos e baixa pontuação d e criticidade de gestão tenderão a: ES iguais aos níveis estabelecidos pelas modalidades de f (fator arbitrado) e intervalos de aquisição (I) similares ao do Modelo Duas Gavetas.

Na situações, o cumprimento de lead time pelos fornecedores serádeterminante à manutenção das atividades da empresa.