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FURTO – COISA MÓVEL Pode acontecer até mesmo sob a vista do proprietário ou detentor do objeto. Ex: Sujeito entra em loja e sob a vigilância do comerciante se apodera da mercadoria, saindo em fuga depois. O emprego de violência, grave ameaça ou qualquer outro recurso que diminua a capacidade de resistência da vítima caracteriza roubo. Cadáver humano pode ser objeto de furto desde que tenha o objetivo de destinar o cadáver para fins de pesquisa cientifica em determinado centro de pesquisa. O furto de cadáver para posterior venda pode ser furto. Se não tem intuito de lucro, não é furto, e art. 211, respeito aos mortos. Famulato: Furto realizado pelo empregado que se encontra a serviço do seu patrão, em sua residência ou não, por exemplo, empregada domestica. Peculato Impróprio: Se exige a qualidade de funcionário público do sujeito ativo. Não basta o dolo de furtar; exige a lei que a subtração se efetue com a finalidade especial de assenhoramento definitivo.

FURTO

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Resumo furto, parte especial , Fernando capez

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FURTO COISA MVELPode acontecer at mesmo sob a vista do proprietrio ou detentor do objeto.Ex: Sujeito entra em loja e sob a vigilncia do comerciante se apodera da mercadoria, saindo em fuga depois.O emprego de violncia, grave ameaa ou qualquer outro recurso que diminua a capacidade de resistncia da vtima caracteriza roubo.Cadver humano pode ser objeto de furto desde que tenha o objetivo de destinar o cadver para fins de pesquisa cientifica em determinado centro de pesquisa.O furto de cadver para posterior venda pode ser furto.Se no tem intuito de lucro, no furto, e art. 211, respeito aos mortos.Famulato: Furto realizado pelo empregado que se encontra a servio do seu patro, em sua residncia ou no, por exemplo, empregada domestica.Peculato Imprprio: Se exige a qualidade de funcionrio pblico do sujeito ativo.No basta o dolo de furtar; exige a lei que a subtrao se efetue com a finalidade especial de assenhoramento definitivo.Se ele subtrai apenas para uso transitrio e depois o devolve no mesmo estado, no h configurao do tipo penal. furto de uso.Se o agente por erro , se apodera do objeto alheio supondo ser prprio, ocorre erro de tipo, exclui o dolo e o fato tpico.A consumao ocorre com a inverso da posse. A subtrao acontece no exato instante em que o possuidor perde o poder e o controle sobre a coisa, tendo de retom-la j que no est mais consigo.No se exige que alm da subtrao, o agente tenha a posse tranquila e desvigiada da coisa.HIPTESE E QUE O CRIME SE REPUTA CONSUMADO:Perda do bem subtrado: a vitima no tem mais possibilidade de exercer seu direito sobre a coisa. Ex: O agente, durante a perseguio, joga as joias na correnteza do rio.Prisao em flagrante de um dos agentes e fuga dos demais: O delito se consumou para todos os participantes, uma vez que alguns lograram fugir, detendo a posse tranquila.Subtrao de parte dos bens: Se o agente se dispe a subtrair uma pluralidade de bens , mas aps se apropriar de alguns e guarda-los em esconderijo prximo ao local do crime, preso em flagrante ao tentar se apoderar dos bens restantes, o crime reputa-se consumado, pois j houve anteriormente a priso em flagrante e efetiva espoliao de bens, ainda que somente em parte.Prisao em flagrante: Se o agente logra apoderar-se da coisa, mas encontrado logo depois com instrumentos, armas, objetos ou papeis que o condo de interferir na consumao do crime, pois esta j se operou anteriormente com a retirada da coisa do domnio do seu titular.TENTATIVAOcorre quando o agente, por circunstancias alheias a sua vontade, no chega a retirar o bem do domnio de seu titular.So ter tentativa quando houver comeo de execuo. No pode haver duvida de que o ato se destina consumao do crime.Se a ineficcia ou impropriedade forem relativas, h tentativa.Ex: loja com sistema anti furto... Individuo que e apodera de mercadorias de um supermercado e as esconde sob as vestes, mas ao sair, desperta suspeitas no segurana que o aborda.Agente que ao realizara apreenso de mercadorias tem sua acao desde o inicio acompanhada pelos seguranas do estabelecimento.Tendo em vista a no consumao do delito e o nfimo valor da coisa , aplica-se o principio da insignificncia.EX: agente que enfia a mao no bolso errado das vestes do transeunte: a ausncia do objeto circunstancia acidental , que no torna impossvel o crime, responde por tentativa.Mas se o bem no estiver com a vtima, em nenhum bolso, ser crime impossvel.Desistencia voluntaria e tentativa de furto: Se ele decidiu por vontade prpria no mais furtar, no responde por nada. Se por circunstancia alheias a vontade do agente ele no pode furtar e j estava com a coisa em mos, tentativa de furto. Aquele que mandar furtar, no furta, de modo que sera considerado participe do crime. Teoria restritiva.O mandante que planeja a atuao de seus comparsas para que estes furtem uma residncia considerado coautor do crime, mesmo que no tenha realizado diretamente a acao nuclear do tipo. Teoria do domnio do fato.Coautoria quando dois ou mais realizam o verbo do tipo. Participe Aquele que sem realizar o verbo, concorre de alguma maneira para a produo do resultado. Pode ser moral ( instigao) ou material ( empresta veiculo para os agentes se locomoverem ate o local do crime).Autor mediato: Aquele que se serve de outra pessoa, sem condies de discernimento, para realizar a conduta tpica. A pessoa usada como instrumento de atuao. O executor atua sem conscincia ou sem vontade.Participacao por omisso: possvel , desde que o autor tenha o dever jurdico de impedir o resultado, mas se omite intencionalmente, desejando que ocorra a consumao. EX: Se um empregado que deve fechar a porta do estabelecimento comercial no o faz para que terceiro possa mais tarde praticar uma subtrao, h participao criminosa no furto, em decorrncia do no cumprimento do dever jurdico de impedir o resultado.Concurso de pessoas NO PRECISA PREVIO AJUSTE DE VONTADEEX: Ana toma conhecimento de que terceiros planejaram furtar o estabelecimento comercial em que ela trabalha. . Ana , sem o conhecimento desses terceiros, resolve deixar a porta da loja aberta durante o perodo noturno a fim de facilitar o furto, pois quer vingar-se do proprietrio do estabelecimento. Ana participe.Participacao posterior a consumao do crime impossvel. EX: Se Ana solicita que Paulo guarde o objeto por ele furtado, jamais se pode falar em auxilio material em crime de furto. H , no caso, crime autnomo, que eh o de favorecimento real.CONCURSO DE CRIMES: possvel.Ex: Agente estupra a vitima e posteriormente lhe subtrai os bens.Se o agente violar sepultura com o fim de apoderar-se das prteses dentrias, jias, haver crime nico, visto que se trata de meio necessrio para a prtica do delito.. no h como furtar objetos de um sepulcro sem antes violar a sepultura.O torturador, ao obrigar a vtima a comer o furto , responde por crime de tortura em concurso material com delito cometido pela vitima, na qualidade autor mediato.Concurso formal: 1 crime + varias acoes. EX: agente, dentro de um nibus, subtrair objetos de diversas pessoas.H crimes que constituem meios para a pratica de furto, como o caso da violao de domicilio e do dano, quando se tratar de furto qualificado pelo rompimento de obstculo. Tais crimes sero absorvidos pelo crime de furto.Furto de talo de cheques em branco e estelionato. H concurso material entre o furto e estelionato. Furto de documento subtrado. Se o agente aps subtrair veiculo automotor, falsificar o certificado de propriedade do veiculo, comete dois crimes em concurso material furto e crime de falsificao de documento publico.FURTO DE USO: Ausencia de ficar definitivamente com o bem ou entrega-lo a terceiro. FURTO FAMLICO: Cometido por quem encontra-se em situao de extrema miserabilidade. No crime, pois o estado de necessidade exclui a ilicitude do crime. fato tpico, mas no ilcito. O furto deve ser recurso inevitvel. O estado de necessidade tambm estar presente no apoderamento de veiculo de terceiro com o fim de transportar para o hospital pessoa gravemente enferma, que corre srios risco de vida.FURTO NOTURNO.Causa especial de aumento de pena.O bem exposto a maior perigo em virtude da diminuio da vigilncia e meios de defesa daqueles que se encontram recolhidos a noite em repouso, facilitando a pratica delituosa. Seja ou no habitada a casa, estejam ou no seus moradores dormindo. No importa se os seus moradores estejam em estado de viglia. A majorante s se aplica ao furto simples, no incide na forma qualificada.FURTO PRIVILEGIADOSe o criminoso primrio, e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de recluso pela de deteno , diminui-la de um a dois teros, ou aplicar somente a pena de multa. possvel o furto noturno privilegiado.