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1 A. Betâmio de Almeida SEGURANÇA E RISCO Instalações hidroeléctricas A. Betâmio de Almeida Professor do IST Maio de 2006 2 A. Betâmio de Almeida RISCO ANÁLISE DO RISCO DECISÃO GESTÃO DO RISCO Tópico da aula 3 A. Betâmio de Almeida O QUE É O RISCO? Definição técnica Risco = probabilidade x consequência R = P. D D = danos, perdas, efeitos 4 A. Betâmio de Almeida O QUE É ANÁLISE DO RISCO? Um modo de avaliar quantitativamente o Risco Aplicação de metodologias para o cálculo das probabilidades e das consequências Pi Di Ri

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1

1

A. Betâmio de Almeida

SEGURANÇA E RISCO Instalações hidroeléctricas

A. Betâmio de AlmeidaProfessor do IST

Maio de 2006

2

A. Betâmio de Almeida

RISCO

ANÁLISE DO RISCODECISÃO

GESTÃO DO RISCO

Tópico da aula

3

A. Betâmio de Almeida

O QUE É O RISCO?

Definição técnica

Risco = probabilidade x consequênciaR = P. D

D = danos, perdas, efeitos

4

A. Betâmio de Almeida

O QUE É ANÁLISE DO RISCO?

Um modo de avaliar quantitativamente o Risco

Aplicação de metodologias para o cálculo das probabilidades e das consequências

PiDi Ri

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5

A. Betâmio de Almeida

Condições necessárias para a aplicação da análise do risco e de avaliação do risco

DECISÃODefinir o acontecimento, alvo, um perigo, um insucesso, um sucesso...

Definir o sistema alvo no espaço e o intervalo temporal (âmbito)

Caracterizar acontecimentos, sistemas, respostas, comportamentos...CONHECIMENTO

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A. Betâmio de Almeida

Um sistema: barragem e vale

7

A. Betâmio de Almeida

Um sistema: sistema elevatório

8

A. Betâmio de Almeida

Condições e factores

Resposta do sistema

Sistema natural, tecnológico, humano, social,

económico...

Consequências?

Evento perigoso(probabilidade de

ocorrência)

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A. Betâmio de Almeida

Causas?

Sistema e envolvente

Consequência negativa perigosa

Probabilidade de ocorrência da consequência perigosa

10

A. Betâmio de Almeida

Análise do risco

Apreciação do riscoAvaliação do risco

Critérios de aceitação e decisão

Percepção do risco

11

A. Betâmio de Almeida

O que é a gestão do Risco?

(Quando) o risco não pode ser eliminado totalmente, logo tem de ser gerido

O que é gerir o Risco?

- avaliar- controlar- mitigar- planear- preparar respostas a crises

- prevenção- protecção

12

A. Betâmio de Almeida

Conceitos associados- Vulnerabilidade

RISCO = PROB. Exposição x Vulnerabilidades

Consequências

- INCERTEZA(s)

Caracterização das incertezas

GESTÃO DO RISCO – GESTÃO DAS INCERTEZAS

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13

A. Betâmio de Almeida

Importância do tema

14

A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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7

25

A. Betâmio de Almeida

Estado de saúde• Estado de referência em que as funções orgânicas, física e mentais do

indivíduo decorrem com normalidade – Condição do que está são (Dic. A. das C., p. 3 349)

Estado de segurança• Situação em que não há qualquer perigo a temer (Dic. A. das C.,

p. 3 367)

Estado do risco• Situação de perigo possível ou previsível ou possibilidade de

inconveniente (Dic. A. das C., p. 3 264)

Segurança ↔ Risco

26

A. Betâmio de Almeida

INCERTEZA

Conhecimento incompleto motivado por deficiências inerentes ao conhecimento adquirido ou possível

27

A. Betâmio de Almeida

http://web.mit.edu/globalchange/www/rpt1.html 28

A. Betâmio de Almeida

INCERTEZA - O que é mais “certo” de existir

• O que vai acontecer (início) – cenários - “futuros presentes”

• Como vai acontecer (processo) – comportamento e resposta do sistema

• O que vai resultar (impacto) – efeitos

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29

A. Betâmio de Almeida

Risco

(Dicionário internacional de Webmaster - 1986)

– Possibilidade de perda, dano, desvantagem; ou destruição: contingência, perigo, ameaça.

– Ameaça de perda ou perigo para objecto seguro por um contrato, grau de probabilidade de tal perda.

– Produto de quantidade que pode ser perdida pelaprobabilidade de a perder.

A Sociedade do Conhecimento e da Informação está associadaà Sociedade do Risco.

30

A. Betâmio de AlmeidaRembrandt – Cristo naTempestade no mar da Galileia (1633) Museu de Boston

História Trágico-Marítima“O Mercador de Veneza” – W. Shakespeare

31

A. Betâmio de Almeida

Sismo de Lisboa (1755)32

A. Betâmio de Almeida

Fase do Sangue – Compreensão por aplacação divina (sacrifícios, rituais…)

Fase das Lágrimas – Salvação pela oração, acção piedosa e moralmente rigorosa

Fase da Razão – Caracterização das contingências pela razão, com bases científicas, decisão racional (épocamoderna…)

Fase da Gestãoe Precaução - Gestão de incertezas, responsabilização e humana,

direito, precaução, comunicação e informação(época pós-moderna…)

Soci

edad

es d

o fu

turo

Soci

edad

es d

o pa

ssad

o

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33

A. Betâmio de Almeida

Dimensão social:Percepção social → caracterização não quantitativa dependente de valores e culturas

RISCO Dimensão objectiva:−Definição técnica−Caracterização quantitativa (expressão 1)

Dimensão subjectiva:−Percepção individual → decisão individual

Dimensões do conceito risco.

Dimensão ético-jurídica:Princípios→ legalidade, participação, precaução...

34

A. Betâmio de Almeida

Conceitos de base

Sistema – conjunto de elementos

• Naturais

• Humanos, sociais, culturais

• Técnicos, materiais

• Financeiros, comerciais

em interacção.

Os elementos organizam-se para cumprir uma actividade com condições definidas: temporais, financeiras, ambientais, sanitárias, jurídicas, legais, morais...

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A. Betâmio de Almeida

Perigo ou Ameaça

Causa eficiente de um prejuízo potencial que pode atingir

as pessoas, as empresas, a sociedade, a natureza...

os bens, o ambiente...

Resultando numa Situação de Perigo, de Ameaça, de Risco

Estatuto de um sistema ou de uma actividade em presença de um perigo ou de uma ameaça

36

A. Betâmio de Almeida

SISTEMA

ACTIVIDADE

(Estado de referência ER)

PERIGO

ContactoSituação perigosa

Pode implicar um desvio do ER

Acidente (desvio do ER com consequências negativas e significativas)

Incidente (desvio do ER sem consequências duradouras ou significativas)

Controlo do estado de referência (ER)

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A. Betâmio de Almeida

Face a uma situação perigosa

O RISCO é uma “medida” composta da

• Probabilidade de um acontecimento perigoso, e receado, com uma determinada magnitude de impacto

• Intensidade das consequências do evento (efeitos, danos, prejuízos...)

Definição convencionada (“objectiva” ou técnico-científica)

R = Probabilidade* • Consequências*

(nº de vítimas/ano, valor em euros/ano,...)

38

A. Betâmio de Almeida

Probabilidade de ocorrência

Consequência

FrequênciaProbabilidades

Exposição

Valores em “risco”Agressão

(“Hazard”)

Cenário

Vulnerabilidade

Operador de perdas

Risco

Probabilidade condicionada

x

RISCO → CONSEQUÊNCIA EXPECTÁVEL

A. Betâmio de Almeida

O risco não pode ser eliminado totalmente, logo tem de ser gerido.

I. of Civil Engineers, 1996

40

A. Betâmio de Almeida

Gestão do Risco - Quadro de referência societal

• O risco residual pode ser nulo?

• O que são e quais são os riscos de uma actividade ou estado (situação)?

• São aceitáveis esses riscos?

• Como transformar esses riscos em riscos aceitáveis?

• Como garantir que os riscos residuais se mantêm aceitáveis?

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41

A. Betâmio de Almeida

Decisão

Sistema de gestão do risco

Mitigação do riscoAvaliação do risco

Análise do risco Apreciação dorisco

Redução decontrolo do risco

Resposta acrises

42

A. Betâmio de Almeida

Apreciação do risco

Critérios de aceitação/tolerabilidade

Legislação

Análise crítica

Orientação de decisões

Gestão do risco

Controlo e mitigação

DecisãoAvaliação do Risco

Ética

Lei

Políticaspúblicas

Comunicação do risco

Percepção pública

Análise do risco

Identificação do perigo

Selecção de cenários

Estimativa de probabilidades

Estimativa de vulnerabilidades

Consequências exp.

Estimativa do risco

Redução do risco

Prevenção

Protecção

Transferência/seguros

Planeamento de emergência

Planos de evacuação

Sistemas de aviso

Exercícios

Resposta a crise(pós acidente)

Acções de emergência

Evacuação

Alívio

Ajuda pós-desastre

43

A. Betâmio de Almeida

Avaliação e análise do risco

44

A. Betâmio de Almeida

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12

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A. Betâmio de Almeida

∑=

•=

iii C )A(P

iasConsequênc)A(PRISCO

i = cenários de acidente

Avaliação e Análise do Risco

Quantificação do Risco

46

A. Betâmio de Almeida

CatástrofeCríticaSériaMarginal

“Aceitável“DesprezávelNão acção“

Improvável1 / 100 unid. tempo

Indesejável“Aceitável“DesprezávelRemota1 / 10 unid. tempo

“Indesejável“Aceitável“Ocasional 1 / unid. tempo

““Indesejável“Aceitávelse controlado

Provável10 / unid. de tempo

InaceitavelEliminado

TransferidoInaceitavelInaceitavel

IndesejávelDeve ser evitado

Controlo necessário

IndesejávelFrequente100 ocorrências / unid. tempo

Quase NulaProbabilidade

Consequência

Análise qualitativa – matriz do risco

47

A. Betâmio de Almeida

Avaliação do Risco

• O que é que pode acontecer? ……………………. CENÁRIO

• Qual é a frequência de acontecer?....................... PROBABILIDADE

• Quais são as consequências?.............................. PERDAS

• É aceitável o risco obtido?

48

A. Betâmio de Almeida

CENÁRIO DE UM ACIDENTE

Sequência (combinação) de eventos causadora (responsável) de um acidente

Compreende um processo causal desde um evento inicial (detonador) até ao estado final, transformado, mais ou menos profundamente, do estado de referência inicial.

Acidente – Desastre?

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13

49

A. Betâmio de Almeida

Apreciação e decisão

50

A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

RISCO SOCIALMENTE ACEITÁVELRecentemente, tem vindo cada vez mais a ser considerado um critérios de aceitabilidade baseado em valores limite para o risco de um acidente, que a Sociedade aceitaria, em função das perdas estimadas em resultados desse acidente: é o conceito de Risco Socialmente Aceitável (RSA).Atendendo à importância que o número de vítimas humanas tem na apreciação do risco, os critérios de RSA são, em geral, baseados na NEV (exemplo: critério de ANCOLD).A analogia e comparação com diferentes situações é muito importante. Exemplo: a probabilidade de morte natural para os indivíduos do Ocidente (10 - 3 por ano para pessoas com idade inferior a 60 anos) é uma referência.

52

A. Betâmio de Almeida

As Low As Reasonably Practicable - ALARP

(Adaptado de UK HSE, 1999)

?

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A. Betâmio de Almeida

Adaptado de A. Desroches

Tolerável (ALARP)

Tolerável Tolerável

dos danos

As Barragens, como todas as estruturas feitas pelo homem, estão destinadas a desaparecer num horizonte de tempo maior ou menor - tal como todas as pessoas irão degradar-se

A Engenharia e a medicina têm como uma das missões fundamentais adiar essas ocorrências fatais para uma data aceitável.

SEGURANSEGURANÇÇA E RISCO NOS VALES A A E RISCO NOS VALES A JUSANTE DE BARRAGENSJUSANTE DE BARRAGENS

Factores emergentes

• Envelhecimento das barragens

• Alterações hidrológicas e das condições de exploração

• Mudanças climáticas globais

• Tendência para ocupação crescente dos vales

• Sociedade mais litigiosa e exigente

• Intervenção progressiva de seguros

• Novos conceitos de confiança e de participação, equidade e justiça social passam a ser integrados no processo de decisão técnico

Acidente na barragem Zeyzoun, Síria, Maio 2002

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57

A. Betâmio de Almeida A. Betâmio de Almeida

EUCLIDES DA CUNHA DAM (1977)

A. Betâmio de Almeida

ICOLD (1995) ICOLD (1995) -- ANANÁÁLISE ESTATLISE ESTATÍÍSTICA DE ROTURA DE STICA DE ROTURA DE BARRAGENSBARRAGENS(1799(1799--1988)1988)

• Nº TOTAL: 180180

•• 2,2%2,2% DAS BARRAGENS CONSTRUÍDAS ANTES DE 1950• MENOS DE 0,5%0,5% DAS BARRAGENS CONSTRUÍDAS DEPOIS DE

19511951

•• 70%70% DOS ACIDENTES OCORRE NOS PRIMEIROS 10 ANOS10 ANOS APÓS CONSTRUÇÃO

•• 70% 70% DAS ROTURAS OCORRERAM EM BARRAGENS COM ALTURAS INFERIORES A 30 mA 30 m

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

Page 17: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

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A. Betâmio de Almeida

T. Viseu

A. Betâmio de Almeida

Factores incidentesEventos inicializadores

Cenários

BarragemResposta do sistema

Ruptura de BarragemResultado crítico

Propagação e inundação do valeResposta do sistema vale

Cheia induzida

Vítimas humanasFactores de exposição e de vulnerabilidade

Danos materiais, ambientais e outros

Risco de ruptura de uma barragem.

Cadeia de causas-efeitos.

(Probabilidades condicionadas)

67

A. Betâmio de Almeida

Perigo de galgamento

68

A. Betâmio de AlmeidaExemplo:Risco de galgamento

∫ ∫=≡axM MaxN

0P

Q

0gPgcal )NdQdN)P(N/Q/EP(QP(Eg)RR

Probabilidade de ocorrência de galgamento

↓Regras de exploraçãoCaracterísticas do projecto

Probabilidade de cheia induzida com QP (ruptura)

↓Regras de projectoe de manutenção(inspecção)

Probabilidade de N danos provocados pelacheia e pela ruptura

Danos potenciais

Mitigação → Prevenção - medidas internas de segurança

- Medidas internas de emergência (plano de emergência interno)

Mitigação no vector de origem

Mitigação no vector consequências ←

Protecção - zonamento

- Aviso

- Evacuação

• Medidas externas de segurança

• Medidas externas de emergência (plano de emergência externo)

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A. Betâmio de Almeida

Acção/CargaProb(1)

RespostaProb(2)

ResultadoProb(3)

ExposiçãoVulnerabilidade

Prob(4)Danos

Medidas

ZonamentoRestriçõesOcupação

Risco Tolerável

Sim

Não

Controlo e Mitigação

Apreciação

ReforçoEstrutural

ModificaçõesEstruturaisInspecções

NormasMonitorizaçãoInstrumentos

Monitorização Sistema de AvisoPlanos de Emergência

Risco R

70

A. Betâmio de Almeida

Barragem rompe?

S

N

Barragem galgada

S

N

0,9999

0,1

0,1

0,01

0,99

Ocorre sismo

S

N

0,0001

0,9999

Análise do risco – exemplo (árvore de eventos)Probabilidade de rotura (por ano) de uma barragem

Caudal afluente?

>

Q cheia projecto

N>NMC?

S

N

N>Cota do coroamento?

S

N 0,99

Barragem rompe?

S

N

0,9

0,1

9 x 10-7

9,9 x 10-6

Erosões internas

S

N

0,0001

Ocorre deslizamento

de encosta

S

N

Barragem rompe?

S

N

8,9 x 10-6

Barragem rompe?

S

N

9,9 x 10-6

0,009

0,09

0,001

0,01

S

N

0,001

0,999

0,1

0,9

PR= 2,96 x 10-5

A. Betâmio de Almeida

Barragem rompe?

S

N

Barragem galgada

S

N

0,9999

0,1

0,1

0,01

0,99

Ocorre sismo

S

N

0,0001

0,9999

Análise do risco – exemplo (árvore de eventos) – Resposta da barragem

Probabilidade de rotura (por ano) de uma barragem

Caudal afluente?

>

Q cheia projecto

N>NMC?

S

N

N>Cota do coroamento?

S

N 0,99

Barragem rompe?

S

N

0,9

0,1

9 x 10-7

9,9 x 10-6

Erosões internas

S

N

0,0001

Ocorre deslizamento de

encosta

S

N

Barragem rompe?

S

N

8,9 x 10-6

Barragem rompe?

S

N

9,9 x 10-6

0,009

0,09

0,001

0,01

S

N

0,001

0,999

0,1

0,9

PR= 2,96 x 10-5

Ni

Nível na albufeira

A. Betâmio de Almeida

S.Aviso

PR19x10-7 0,4

Época húmida

Fim de semana

Noite2/7

12/24Dia de semana

Época seca

0,6

5/7

12/24

NEV1iFV1

S

Vulnerabilidade

NPR = Nº de pessoas expostas ao risco

FV = Factor de vulnerabilidade(cidade, sáude, informação, evacuação, p. emergência...)

[ ] [ ] i11V3E2E1E1Ri xNPR...xFxxPxPPxPR =

ÁRVORE DE EXPOSIÇÃO E VULNERABILIDADES (VALE A JUSANTE)

Dia

Não

Sim

NEV = FV . NPR

Barragem Vale/exposição

Page 19: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

19

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A. Betâmio de Almeida

Simulação

CHEIA E INUNDAÇÃO

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

3,7 × 104611980Hirakud (Índia)

3,7 × 103351977Salles Oliveira (Brasil)

6,5 × 104831976Teton (EUA)

1,5 × 103151972Middle Fork (EUA)

1,0 × 104481964Swift (EUA)

9,7 × 103541960Orós (Brasil)

Caudal máximo(m3/s)

Altura da barragem(m)

Ano de rupturaBarragem

Caudais máximos de ruptura estimados em acidentes reais.

A. Betâmio de Almeida

INCERTEZAassociada a: comportamento da

barragem, sismo, acções estáticas,…

Resposta do sistema

Modelo daanálise do riscoAcções

Técnica(simulação) de Monte-Carlo

Consequências

INCERTEZAassociada a: rotura de barragem, brecha, mapa

de inundação, aviso, vulnerabilidades, evacuação, população em risco, nº de

vitimas,…

ApreciaçãoDecisão

Incerteza –critérios e objectivos

aceitação…

INCERTEZAassociada a: magnitude da

cheia, daprecipitação, da

baciahidrográfica, do sismo, mudança

do clima …

A. Incertezas ou SimulaçãoT. de Monte Carlo

Page 20: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

20

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IMPACT ~ Breach Formation (WP2)

Overview(4th IMPACT WS)

78

Breach Formation Work ProgrammeYear 1:

• 2 x 6m field tests in Norway

• 9 x 0.6m lab tests at Wallingford

• Widen numerical modelling team and integrate modelling programme with field and lab

79

10:25

80

11:27

Page 21: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

21

81

12:23

82

13:05

a) b)

Ruptura total e instantânea de uma barragem:a) frente de onda em leito seco a jusante;b) frente de onda com escoamento inicial a jusante.

84

A. Betâmio de Almeida

Page 22: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

22

85

A. Betâmio de Almeida A. Betâmio de Almeida

DamInfoDamInfo -- GISGIS

A. Betâmio de Almeida

DamAid: Interface for the GIS Component

A. Betâmio de Almeida

Caracterização das zonas inundáveis

Estudo hidrodinâmico da cheia (onda de inundação)

CENÁRIOS DE RUPTURACONDIÇÕES INICIAIS

RESULTADOS

ÁREA INUNDADA (ESCALA)

ALTURA MÁXIMA (H)

VELOCIDADE MÁXIMA (V)

TEMPO DE CHEGADA DA ONDA

TEMPO DE OCORRÊNCIA DA ALTURA MÁXIMA

TEMPO DE PERMANÊNCIA DE ALTURAS ELEVADAS

PERIGOSIDADE HIDRÁULICA (H X V)

(VOLUME DE SEDIMENTOS / EROSÃO-DEPOSIÇÃO)

Page 23: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

23

A. Betâmio de Almeida

90

A. Betâmio de Almeida

Modelo numModelo numééricoricoÍÍndice de ndice de perigosidadeperigosidade dinâmicadinâmica

Low danger (0.1-0.5)m2/s

H. life danger (0.5-1.0)Building danger (1-5)High danger (>5)

91

A. Betâmio de Almeida

0 1 2 3 4 5 6 70,0

0,5

1,0

1,5

2,0

Risco grave

Área indefinida

Risco moderado

Velocidade (m/s)

Altura h(m)uh = 1 m/s 2

0 1 2 3 4 5 6 70,0

0,5

1,0

1,5

2,0

Risco grave

Área indefinida

Risco moderado

Velocidade (m/s)

Altura h(m)uh = 1 m/s 2

92

A. Betâmio de Almeida

Page 24: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

24

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

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A. Betâmio de Almeida

Page 25: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

25

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A. Betâmio de Almeida

98

A. Betâmio de Almeida

Simulações computacionais

99

A. Betâmio de Almeida

Flooding in urban areas: the IMPACT Case Study of the Tous dam-break

Sandra Soares Frazão and Yves ZechUniversité catholique de Louvain, Belgium

Workshop “Avaliação do risco e segurança de barragens”Lisboa, 16 June 2005

100

A. Betâmio de Almeida

The Tous dam and Sumacárcel

Ferrer et al., 1999Alcrudo & Mulet, 2004

• Júcarriver

Page 26: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

26

101

A. Betâmio de Almeida

The Tous dam and Sumacárcel

• Heavy rainfall

Alcrudo & Mulet, 2004

102

A. Betâmio de Almeida

The Tous dam and Sumacárcel

• Sumacárcel before the disaster

Alcrudo & Mulet, 2004

Tous dam

103

A. Betâmio de Almeida

The Tous dam and Sumacárcel

• Sumacárcel after the disaster

Alcrudo & Mulet, 2004

Tous dam

104

A. Betâmio de Almeida

The Tous dam and Sumacárcel

• Remainings of the dam

Estrela, 1999Alcrudo & Mulet, 2004

Page 27: G BETAMIO Aulas Instalacoes Hidroel Documentos Net Aula-maio06-Risco

27

105

A. Betâmio de Almeida

The Jùcar river and Sumacárcel

Tous dam

Sumacárcel

106

A. Betâmio de Almeida

Sumacárcel

• Located on a hill near the Júcar

Sumacárcel

107

A. Betâmio de Almeida

Outflow hydrograph

0

5000

10000

15000

20000

25000

0 10 20 30 40 50Time (hour)

Q (m³/s)

normallowermidupper

108

A. Betâmio de Almeida

Meshing of the town

Coarse mesh without buildings Refined mesh with buildings

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109

A. Betâmio de Almeida

Computations

110

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Water level

• Qualitative comparison at gauge n°10

1998

1982Gauge n°10

111

A. Betâmio de Almeida

Difference between bathymetry

112

A. Betâmio de Almeida

Inundated area

• In the town

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29

113

A. Betâmio de Almeida

Inundated area

1000 2000 3000

3000

3500

4000

4500

5000

5500

6000

6500

7000

normalmidupper

114

A. Betâmio de Almeida

Apreciação do risco

115

A. Betâmio de Almeida

10-9

10-8

10-7

10-6

10-5

10-4

10-3

Riscos inaceitáveis

Probabilidadede ruptura porbarragem epor ano comnúmeroexpectável devítimas ≥ N

Limite

Objectivo

Riscos aceitáveis

Zona onde os riscos devem ser tão baixos quanto o possível

N, número expectável de vítimas resultantesda ruptura da barragem

1 10 102 103 104

(ALARP)

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MEDIDAS

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TÉCNICO-OPERACIONALMONITORIZAÇÃO/ OBSERVAÇÃO

EMERGÊNCIA E GESTÃO DE RISCO

Sistema barragem/albufeira Sist. sócio-económico no vale a jusante

EGREGR

118

A. Betâmio de Almeida

A caracterização física e sócio-económica da zona do vale sujeita ao risco de acidentes em barragens a montante constituirá um contributo importante na selecção, organização e implementação das medidas de protecção adequadas, nomeadamente:

- sistema de aviso;

- zonamento de intervenção;

- plano de evacuação;

- sistemas de informação e de mobilização dos agentes de protecção civil;

- recursos de intervenção e apoio;

- esquema de informação ao público;

- treinos e exercícios;

- medidas restritivas de ocupação do solo.

119

A. Betâmio de Almeida

Rcal > RSA → Tomada de decisão↓

Testes↓

NE3

N - NecessidadeE - EficáciaE - EficiênciaE - Equidade

Barragem existente / Barragem com projecto → diferenças

Envolvem valores

120

A. Betâmio de Almeida

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121

A. Betâmio de Almeida

122

A. Betâmio de Almeida

Loss of life – low warning and zero warning (from US Bureau of Reclamation, 1989)

123

A. Betâmio de Almeida

Effect of early warning on fatalities after a dam-break(in Plate, 1997, adapted from Von Thun, 1987)

124

A. Betâmio de Almeida

FUNNEMARK (1998)

[ ]'1)(1()1(NPRNEV α−β−+α−β=

α– factor de exposição e vulnerabilidade

β – Pessoas avisadas formalmente (%)

α’’– pessoas avisadas por vizinhos e que conseguiram sobreviver (%)

Aviso formal aviso informal

AT α Factores de Ajustamento da S. Ideal (min) (S. ideal) Inverno Noite Caminhos de

fuga difíceis Desc. ou Inexist.

de p. de evac.

5 0,6 0,8 0 0,1 0,3

10 0,8 0,82 0,4 0,3 0,4

15 0,9 0,84 0,6 0,4 0,5

20 0,95 0,85 0,8 0,5 0,6

30 0,96 0,89 1 0,53 0,7

40 0,97 0,93 1 0,56 0,8

50 0,97 0,96 1 0,59 0,85

60 0,98 1 1 0,62 0,9

Valores de para uma situação de referência(adaptado de FUNNEMARK et al., 1998)

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A. Betâmio de Almeida

Um sistema de aviso contra um perigo reconhecido deverá possuir as seguintes características e potencialidades:

• obter informação sobre uma emergência iminente;• comunicar a informação aos que dela necessitam;• proporcionar decisões correctas e respostas ou reacções em

tempo oportuno.

Sistema de aviso

A. Betâmio de Almeida

Sistema de aviso

• EFICAZ (nº de pessoas potencialmente protegidas- grau de protecção)

• ROBUSTO (grau de operacionalidade)

• CREDÍVEL (funcionar quando deve, sem falsos alarmes- grau de credibilidade)

A. Betâmio de Almeida

Factores da mensagem de aviso - tendentes a melhorar a eficácia do sistema de aviso:

• A origem da mensagem deve ser bem identificada.• O perigo em causa deve ser bem identificado sem ambiguidade.• A mensagem deve incluir indicações sobre o que fazer para

incrementar a segurança ou diminuir a probabilidade de ocorrência de vítimas.

• A mensagem deverá identificar a localização do perigo e as zonas em perigo.

• Os avisos ao público deverão incluir o tempo disponível para a população se pôr a salvo.

• As mensagens repetitivas devem evitar inconsistências.• A mensagem deve ser elaborada com clareza, rigor e firmeza.

Sistemas de aviso

A. Betâmio de Almeida

B. Alqueva

Plano de emergência

(EDIA – LNEC)

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33

129

A. Betâmio de Almeida

Comportamento humano e percepção do risco

A. Betâmio de Almeida

Risco e participação pública

Um risco pode ser considerado como inaceitável pela população pelo facto da decisão ter sido tomada sem uma consulta adequada às autoridades locais ao público ou pela não aceitação do risco futuro ou pela rejeição da proposta tenha como origem a ideia que as propostas do público tenham sido ignoradas durante o processo de decisão.

Uma outra razão pode ser a sensação de o processo de decisão não ter sido claro, justo ou transparente.

A. Betâmio de Almeida

O processo de informação sobre uma barragem compreende, em geral, os seguintes aspectos:

• Benefícios da barragem (em particular o controlo de cheias);

• Riscos decorrentes da barragem (segurança, acidentes e medidas mitigadoras e probabilidades de ocorrência de acidentes).

132

A. Betâmio de Almeida

A Percepção do Risco ou sensação psicológica de um perigo, é o resultado de características específicas individuais e do contexto histórico, cultural ou social, podendo expressar-se - riscos públicos - como um comportamento colectivo fortemente influenciado pela designada percepção social do risco.

Percepção do risco

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133

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RSB

Gestão de riscosMitigação de efeitos a jusante

• MAPAS DE INUNDAÇÃO• BASE ORIENTADORA DA OCUPAÇÃO DO SOLO• CARACTERIZAÇÃO OU ZONAMENTO DO RISCO POTENCIAL• SISTEMAS DE AVISO E ALERTA• PLANO DE EMERGÊNCIA (PROTECÇÃO CIVIL)• PLANOS DE CONTINGÊNCIA (EVACUAÇÃO)

SEGURANÇA ACRESCIDA

134

A. Betâmio de Almeida

Risco no futuro

Risco no futuro

Risco no futuro

Risco no futuro

Melhoria das medidas de prevenção

Melhoria do sistema de aviso e da informação

Mudança climáticaDeterioração da barragemDeterioração dos planos de emergência

Desenvolvimento dos valesMais poplulação em risco

Risco no presente

Futuro incerto Probabilidade

Con

sequ

ênci

as

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A. Betâmio de Almeida

Gestão da

SEGURANÇA

Acções para a diminuição de probabilidades de ocorrência de situações perigosas

PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO

Pressão da opinião publica

Gestão do

RISCO

Avaliação, controlo e mitigação -diminuição de probabilidades e consequências para manter o risco socialmente “aceitável ou tolerável”

A. Betâmio de Almeida

NRA - Nível de risco aceitável a jusante da barragem e partilhado pelos actores

NRA

Benefícios para a sociedadee melhor protecção

Informaçãodos

benefíciose riscos

locais

Projecto eoperaçãoseguros

Participação dopúblico e media

Donos da barragem

Participação dopúblico e media

Autoridades Público

Regulamentoslegais

Partilha da responsabilidade do risco no sistema vale-barragens.

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PROJECTO NATO PO-FLOODRISK (1994-2002)

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Fim de viagem

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