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A Terra um planeta muito especial 1.Formação do sistema Solar 1.1.Composição do Sistema Solar Sol Planetas principais Planetas anões Planetas secundários ou satélites naturais Asteroides Cometas Sol Unive Galáx Via Plane Ter Sistema Toda a matéria, radiação e energia que Unidade básica que

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A Terra um planeta muito especial1.Formação do sistema Solar

1.1.Composição do Sistema Solar Sol Planetas principais Planetas anões Planetas secundários ou satélites naturais Asteroides Cometas

SolA energia do sol é gerada pela fusão dos núcleos de hidrogénio que se transformam em Hélio.É uma estrela muito modesta, pelo seu tamanho e brilho, em comparação com outras estrelas.

Planetas

Unive Galáx Via

Plane

Ter

Sistema

Toda a matéria, radiação e energia que existe no espaço.

Unidade básica que constitui o

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Todos os planetas do sistema solar apresentam 2 tipo de movimento:

Movimento de translação

Movimento que os planetas efetuam em torno do Sol ou de um planeta principal.

Movimento de rotação

Movimento que os planetas principais efetuam em torno do seu próprio eixo.

…Sentido retrógrado

…Sentido Direto

(sentido dos ponteiros do relógio)

(sentido inverso ao dos ponteiros)

ÓrbitaLinha imaginária traçada pelos planetas ou cometas (órbita excêntrica) ao longo do seu movimento de translação.

Planetas principais

(Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno)

Orbitam em torno do Sol Gravidade suficiente para terem forma

esférica Atraem corpos celestes vizinhos da sua

órbita

Estão divididos em:

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Planetas anões Corpo celeste muito semelhante a um planeta

principal; Orbita em torno do sol; Possui forma arredondada; A sua órbita pode não estar desimpedida (a

órbita de Plutão cruza-se com a de Neptuno).

Planetas Telúricos (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte)

Planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno)

Constituídos por materiais sólidos;

São essencialmente formados por gases;

Provavelmente têm um núcleo metálico;

Possuem um pequeno núcleo;

Têm diâmetro inferior ou próximo do diâmetro da Terra;

Possuem diâmetros superiores aos dos planetas telúricos;

Formados por materiais metálico-rochosos;As atmosferas, quando existentes, são pouco extensas relativamente às dimensões do próprio planeta;

Atmosferas, na generalidade extensas.

Massa volúmica elevada; Menor massa volúmica;Poucos satélites naturais; Possuem inúmeros

satélites naturais;Os movimentos de rotação que descrevem são lentos;

Os movimentos de rotação que descrevem são rápidos;

Movimentos de translação mais rápidos, comparativamente aos planetas gasosos;

Movimentos de translação mais lentos, comparativamente aos planetas telúricos;

Possuem elevada densidade.

Baixa densidade.

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Planetas secundários ou satélites naturais São de menores dimensões que os planetas

principais; Realizam o movimento de translação em torno

de um planeta principal.

Lua Satélite natural da Terra; Pequenas dimensões; Densidade de 3,5; Existência de elevadas amplitudes

térmicas diárias; Planeta geologicamente inativo (não

possui atividade geológica interna e a externa é reduzida- impacto meteorítico e contrações/ dilatações dos materiais lunares) - toda a energia foi perdida;

Não possui atmosfera, devido à sua reduzida massa e fraca força gravítica;

Não sofre erosão eólica nem aquosa, visto que não tem água no estado liquido nem atmosfera;

As contrações e dilatações dos materiais lunares, devidas às grandes amplitudes térmicas, podem provocar a desagregação das rochas em fragmentos menores e facilitar o movimento destes pelas superfícies inclinadas até níveis inferiores;

Apresenta sempre a mesma face voltada para a Terra, em virtude, do período de rotação e de translação serem quase idênticos;

Preserva as marcas dos acontecimentos ocorridos antes da formação dos nossos

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continentes, constituindo uma “fotografia” daquilo que seria a Terra durante esse tempo;

A superfície lunar encontra-se coberta por:

Rególito Lunar- resulta do arrefecimento de rocha fundida após o impacto meteorítico (fragmentos rochosos, pó e esférulas vitrificadas),

A superfície lunar apresenta 2 tipos de relevo ou unidade morfológicas:

Resultam da consolidação rápida de rochas fundidas após o impacto meteorítico.

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Asteroides (são os que contém mais informação de como era a Terra)

Cometas Meteoroides

Corpos rochosos e/ou metálicos

São corpos rochosos (materiais silicatados) ricos

São corpos de dimensões variáveis vindos do Espaço;

Continentes lunares Mares lunaresPossuem cor clara Possuem cor escuraRelevo escarpado (acidentado)

Relevo plano (lembra a superfície de um liquido

Rochas: anortositos (rocha rica em feldspatos-anortite)

Rochas: basalto (rocha rica em minerais ferromagnesianos)

Refletem maior quantidade de luz solar incidente

Refletem menor quantidade de luz solar incidente

Predominam na face oculta

Predominam na face voltada para a Terra

Ocupam maior extensão da superfície lunar (2/3 da área total)

Ocupam menor extensão da superfície lunar (1/3 da área total)

Possuem muitas crateras

Possuem poucas crateras

São formados a partir de lava emanada do interior do planeta, devido ao impacto meteoríticoApresentam mascons (regiões rochosas de massa muita concentrada, localizadas nos mares lunares e detetadas por anomalias gravimétricas. Admite-se que os mascons estejam relacionados com a ascensão de lava basáltica, de elevada densidade proveniente do manto lunar, que preencheu depressões originadas pelos impactos de corpos celestes)

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em geloDimensões variadas Quando se

aproximam do sol o cometa aquece os materiais congelados vaporizam

São constituídos por materiais rochosos e metálicos.

Formas irregularesObedecem às leis gerais do movimento dos planetasConcentram-se maioritariamente na cintura dos asteroides

Pequenos corpos do sistema Solar

CometasConstituição:

Núcleo: parte rochosas do cometa, constituído por silicatos e por uma mistura de gases congelados;

Cabeleira/Aura: parte brilhante do cometa, que resulta da vaporização dos materiais congelados do núcleo;

Cauda: resulta da projeção dos materiais da cabeleira pela radiação solar.

Meteoroides

Origem dos meteoroides

Meteorito (meteoroide que atinge a superfície da Terra ou outro corpo do Sistema Solar sem ser completamente vaporizado)Asteroi Comet

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Classificação dos meteoritos quanto à composição química:

Sideritos/ Férreos Grande percentagem de liga

metálica Fe-Ni; Possuem troilite; Elevada densidade.

Siderólitos/ Petroférreos São formados por 50% de liga Fe-Ni

e por 50% de materiais silicatados. Aerólitos/ Pétreos

Reduzida percentagem de liga Fe-Ni e elevada percentagem de materiais silicatados.

Meteoro (fenômeno luminoso que ocorre na atmosfera terrestre, proveniente do atrito de um corpo sólido, oriundo do espaço, com os gases da atmosfera terrestre).

Aerólitos

Condritos

(apresentam condrulos- pequenas esferas de mierais de alta temperatura, como olivas e piroxenas)

Carbonáceos ( compostos por matéria orgânica e água extraterrestre)

OrdináriosAcondritos (meteoritos sem condrulos, que apresentam grandes semelhanças com as rochas da superficie terrestre)

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1.2. Provável origem do Sol e dos outros planetas

Teoria Nebular

O sistema Solar teria resultado, há 4600 M.a, da contração seguida de um colapso.

1. Nuvem de poeiras e gases, localizada num dos braços da Galáxia Via Láctea há cerca de 5000 milhões de anos, adquiriu o movimento de rotação;

2. A nébula ter-se-ia contraído graças à existência de forças de atração gravítica entre as diferentes partículas que a constituíam;

3. A contração da nébula provocaria o aumento da sua velocidade de rotação;

4. Lentamente a nébula teria começado a arrefecer e a adquirir a forma de um disco muito achatado, em torno de uma massa de gás densa e luminosa em posição central, que seria o protossol;

5. Durante o arrefecimento do disco nebular, verificar-se-ia a condensação dos materiais da nébula em grãos sólidos, mas não de modo uniforme. As regiões situadas na periferia eram mais rapidamente arrefecidas do que as mais próximas da estrela em formação, o protossol.

6. No referido disco, a força da gravidade provocaria a aglutinação de poeiras constituídas por diferentes minerais, que formariam corpos de maiores dimensões, chamados planetesimais.

7. Todo este processo, desencadeou um bombardeamento cada vez maior, formando-se corpos chamados protoplanetas;

8. Finalmente os protoplanetas, por acreção, de novos materiais, teriam dado lugar aos planetas;

9. Na zona mais perto do sol, formaram-se os planetas telúricos e na área mais afastada, os planetas gasosos.

Evidências da Teoria nebular:

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Todos os corpos do Sistema Solar partilharem presumidamente a mesma idade e uma matriz química;

Todas as órbitas são quase complanares, formando um disco;

Os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, exceto Vénus e Úrano;

A densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior è dos planetas mais afastados, o que está de acordo com a posição em que se formaram numa nébula em rotação.

1.3. A Terra- acreção e diferenciação

Acreção e diferenciação

Acreção- aglutinação de materiais da nébula solar em corpos sucessivamente maiores.

Diferenciação- distribuição dos materiais de acordo com as suas densidades.

Fenómenos que ocorrem na diferenciação:

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Os materiais mais densos fundem e migram para o centro do planeta;

Os materiais mais densos ficam à superfície e arrefecem formando crosta;

Na crosta, ocorrem fenómenos de vulcanismo, que libertam grandes quantidades de gases, formando a atmosfera;

O vapor de água condensa e a chuva abundante forma os oceanos.

2. A Terra um planeta a proteger

Porque existe vida na Terra:

1.Distância ao Sol Temperatura amena; Existência de água nos três estados.

2.Massa da Terra Reter uma atmosfera; Energia interna do planeta, que permite

atividade geológica.

A terra constitui um sistema fechado de que fazem parte subsistemas abertos inter-relacionados e influenciados mutuamente.

O aumento da população humana levanta graves problemas, ao nível dos subsistemas, como desequilíbrios.

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2.1. Face da Terra- continentes e fundos oceânicos

Superfície terrestre

Áreas continentais

-

-Cintura orogénica: enormes cadeias alongadas de montanhas, resultantes da colisão continente-continente ou continente-oceânica;

-Escudo ou cratão: vastas áreas onde afloram rochas de idade pré-câmbrica, desgastadas pela erosão, que formam os núcleos de cada continente. Este releva a sobreposição de rochas sedimentares e magmáticas que foram, posteriormente, deformadas e metamorfizadas. Os escudos são as raízes, na maior para das situações, de montanhas que foram erodidas há muito tempo.

-Plataforma estável: zonas dos escudos que não afloram, porque estão cobertas de sedimentos, praticamente não deformadas.

Áreas oceânicas

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Domínio continental:

- Plataforma continental: parte da crosta continental e prolonga o continente sob o mar, podendo atingir uma profundidade de -200m.

-Talude continental: representa o limite da parte imersa do domínio continental. É uma zona de forte declive, cuja profundidade passa de -200m para -2500m.

Domínio oceânico:

-Planície abissal: Profundidade entre -2500m e -6000m, correspondendo a 50% da superfície do Globo. Nas planícies abissais existem depressões designadas por fossas, que apresentam grandes profundidades. Podem ainda existir colinas e ilhas formadas pela acumulação de materiais vulcânicos emitidos por vulcões submarinos.

-Dorsal oceânica: Situam-se na parte média ou nos bordos dos oceanos. Elevam-se a 3000m acima dos fundos das planícies. Na parte central das dorsais existem, por vezes, riftes. As dorsais são cortadas por falhas transversais. As encostas destas montanhas submarinas são constituídas por lavas consolidadas, dispostas em faixas paralelas para um e outro lado do eixo do rifte.

Comparação entre a área continental e oceânica

Os continentes e os fundos oceânicos diferem na altitude e na idade, sendo que a crosta continental é mais antiga que a oceânica.

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2.2 Intervenção do Homem nos subsistemas terrestres

Ao longo dos anos ocorreu um aumento exponencial da população.

-Causas:

Desenvolvimento tecnológico e económico Melhoria da qualidade de vida das populações Melhoria dos cuidados de saúde

-Consequências:

Aumento da exploração dos recursos naturais Esgotamento de reservas Aumento da produção de resíduos Poluição física, química, bacteriológica Aquecimento global Desertificação Ocupação de áreas de risco geológico

Recurso natural- toda a matéria retirada do meio ambiente de forma a satisfazer as nossas necessidades.

Aquecimento global- é o aumento da temperatura do planeta, causado pelo excesso de gases poluentes na atmosfera, obrigando a uma maior retenção da irradiação do calor solar da superfície terrestre.

Risco geológico- sistema complexo de processos geológicos cujas alterações são propícias a acarretar prejuízos diretos e indiretos a uma dada população. O risco geológico existe sempre que as populações, bens ou atividades possam ser prejudicados, destruídos ou interrompidos pela ocorrência de fenómenos geológicos mais ou menos rápidos, como sismos e tsunamis.

Geomorfologia- ciência que estuda e interpreta as formas de relevo terrestre e os processos responsáveis pela sua modelação.

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-Medidas de prevenção dos impactes ambientais:

Desenvolvimento sustentável (modelo de desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras satisfazerem as sua próprias necessidades).

O desenvolvimento sustentável implica a concretização de medidas como o ordenamento de território, a gestão dos resíduos sólidos urbanos, a conservação do património geológico, a recuperação de áreas degradadas.

Ordenamento de território- utilização do ambiente, de acordo com as suas potencialidades, através de um planeamento adequado evitando situações de risco.

Gestão dos resíduos sólidos urbanos- tratamento dos resíduos: aterros sanitários, incineração, ETAR, compostagem e reciclagem.

Reciclagem- é uma forma de valorização dos resíduos na qual se recuperam ou regeneram diferentes matérias para a produção de novos produtos.

Conservação do património geológico- implementação de estratégias que permitam a conservação de elementos geológicos que possuem inegável valor científico, pedagógico, cultural, turístico, ou outros chamados geossítios, ou geomonumentos. O conjunto de todos os geossítios inventariados e caraterizados numa dada área ou região constitui o património geológico.

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Geomonumentos- são ocorrências geológicas que, pela sua elevada importância e pelo facto de constituírem recursos valiosos não renováveis, devem ser preservados e respeitados.

Recuperação de áreas degradadas- obter a reabilitação de certas áreas que foram sujeitas a intervenções humanas.

Estrutura e dinâmica da geosfera

1. Métodos para o estudo do interior da geosfera

1.1.Métodos diretos

Estudo da superfície visível- permite o conhecimento das rochas e de outros materiais que afloram ou que são possíveis de ver diretamente.

Exploração de jazigos minerais efetuada em minas e escavações- fornece dados diretos

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até profundidades que oscilam entre os 3km e os 4km.

Sondagens- perfurações envolvendo equipamento apropriado que permitem retirar colunas de rochas (carotes) correspondentes a milhões de anos de história e que contam ao geólogo muitos acontecimentos do passado da Terra. Esta tecnologia apresenta algumas limitações, tais como: falta de materiais resistentes que formem a broca, para elevadas temperaturas; o material é muito caro e de difícil manuseamento.

Magmas e xenólitos- os vulcões lançam para o exterior materiais oriundos do interior da Terra, o que permite aos cientistas inferir as condições de temperatura e pressão, em que foram gerados e a composição do manto terrestre. Os xenólitos são os fragmentos de rochas do manto e da crosta, transportados pelo magma.

1.2.Métodos indiretos

Planetologia e astrogeologia: Os planetas telúricos dão-nos

informações sobre a geosfera; A lua dá-nos informações sobre o

passado da Terra (apagadas pela erosão);

Os cometas e os asteroides cedem-nos informações sobre a nébula solar e sobre a composição da Terra antes de sofrer a diferenciação;

Os asteroides de grandes dimensões dão-nos informações sobre o processo de diferenciação.

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Métodos geofísicos:

Gravimetria Densidade Geomagnetismo Sismologia Geotermismo