GABARITO COMENTADO - PSIQUIATRIA - VERSÃO A · PDF fileGabarito Comentado – CAMAR 2015 – Psiquiatria – Versão A - 2 - 33) Todo médico deve manter uma boa relação com pacientes

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  • Gabarito Comentado CAMAR 2015 Psiquiatria Verso A - 1 -

    CONHECIMENTOS ESPECIALIZADOS

    31) O Cdigo de tica Mdica estabelece princpios vedados aos mdicos relacionados auditoria e percia mdica.

    Em relao a esses princpios, informe se verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta.

    ( ) permitido ao mdico assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificao mdico-legal quando no tenha realizado pessoalmente o exame.

    ( ) permitido ao mdico ser perito ou auditor do prprio paciente, de pessoa de sua famlia ou de qualquer outra com a qual tenha relaes capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.

    ( ) vedado ao mdico realizar exames mdico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior de prdios ou de dependncias de delegacias de polcia, unidades militares, casas de deteno e presdios.

    ( ) vedado ao mdico receber remunerao ou gratificao por valores vinculados glosa ou ao sucesso da causa, quando na funo de perito ou de auditor.

    a) V F V F b) V V F V c) F F V V d) F V F F

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) Segundo o Cdigo de tica Mdica e o Conselho Federal de Medicina, acerca de auditoria e percia, vedado ao mdico: assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificao mdico-legal quando no tenha realizado pessoalmente o

    exame (art. 92); ser perito ou auditor do prprio paciente, de pessoa de sua famlia ou de qualquer outra com a qual tenha relaes

    capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado (art. 93); realizar exames mdico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior de prdios ou de dependncias

    de delegacias de polcia, unidades militares, casas de deteno e presdios (art. 95); e, receber remunerao ou gratificao por valores vinculados glosa ou ao sucesso da causa, quando na funo de

    perito ou de auditor (art. 96). Fonte: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Cdigo de tica Mdica. Resoluo CFM n 1931, de 17 de setembro de 2009. Braslia: Conselho Federal de Medicina, 2010. 32) O Cdigo de tica Mdica apresenta uma srie de princpios que so vedados aos mdicos com relao

    responsabilidade profissional. A respeito da responsabilidade profissional desse cdigo, assinale a alternativa que no contm um princpio vedado ao mdico.

    a) Assumir responsabilidade por ato mdico que no praticou ou do qual no participou.

    b) Esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua doena. c) Atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstncias ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser

    devidamente comprovado.

    d) Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento mdico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vrios mdicos tenham assistido o paciente.

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B) Segundo o Cdigo de tica Mdica e o Conselho Federal de Medicina, acerca da responsabilidade profissional, vedado ao mdico: deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento mdico que indicou ou do qual participou, mesmo quando

    vrios mdicos tenham assistido o paciente (art. 3); deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua doena (art.

    13); atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstncias ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser

    devidamente comprovado (art. 6); e, assumir responsabilidade por ato mdico que no praticou ou do qual no participou (art. 5). Fonte: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Cdigo de tica Mdica. Resoluo CFM n 1931, de 17 de setembro de 2009. Braslia: Conselho Federal de Medicina, 2010.

  • Gabarito Comentado CAMAR 2015 Psiquiatria Verso A - 2 -

    33) Todo mdico deve manter uma boa relao com pacientes e familiares, devendo seguir sempre os princpios do Cdigo de tica Mdica. A respeito da relao com pacientes e familiares, informe se verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta.

    ( ) vedado ao mdico deixar de atender um paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgncia ou emergncia, quando no haja outro mdico ou servio mdico em condies de faz-lo.

    ( ) vedado ao mdico opor-se realizao de junta mdica ou segunda opinio solicitada pelo paciente ou por seu representante legal.

    ( ) vedado ao mdico exagerar a gravidade do diagnstico ou do prognstico, complicar a teraputica ou exceder-se no nmero de visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos mdicos.

    a) V F F b) F V F

    c) V F V d) V V V

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D) Segundo o Cdigo de tica Mdica e o Conselho Federal de Medicina, acerca da relao com pacientes e familiares, vedado ao mdico: deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgncia ou emergncia, quando

    no haja outro mdico ou servio mdico em condies de faz-lo (ar. 33); opor-se realizao de junta mdica ou segunda opinio solicitada pelo paciente ou por seu representante legal

    (art. 39); e, exagerar a gravidade do diagnstico ou do prognstico, complicar a teraputica ou exceder-se no nmero de

    visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos mdicos (art. 35). Fonte: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Cdigo de tica Mdica. Resoluo CFM n 1931, de 17 de setembro de 2009. Braslia: Conselho Federal de Medicina, 2010.. 34) A linguagem um sistema, at certo ponto, arbitrrio de signos (fonticos e grficos), o qual funciona como um

    processo intermedirio entre o pensamento e o mundo externo. Associe as duas colunas relacionando as alteraes qualitativas da linguagem com suas respectivas caractersticas. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta.

    (1) Coprolalia (2) Ecolalia (3) Glossolalia (4) Palilalia (5) Pedolalia

    ( ) repetio da(s) ltima(s) palavra(s) falada(s) pelo prprio paciente. ( ) presena de palavras obscenas ou vulgares. ( ) repetio da(s) ltima(s) palavra(s) falada(s) pelo entrevistador. ( ) voz infantilizada. ( ) sons ininteligveis, com manuteno dos aspectos prosdicos.

    a) 2 4 1 5 3 b) 3 5 4 2 1 c) 4 1 2 5 3 d) 4 5 3 1 2

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) Na coprolalia, o discurso caracterizado pela presena de palavras obscenas, vulgares ou relativas a excrementos. A ecolalia consiste na repetio, como um eco, da ltima ou ltimas palavras faladas pelo entrevistador ou outra pessoa do ambiente, dirigida ou no ao paciente. Na glossolalia, como se o indivduo estivesse falando outra lngua, ele produz sons ininteligveis, mantendo os aspectos prosdicos da fala normal. A palilalia consiste na repetio involuntria da ltima ou ltimas palavras que o prprio paciente falou. Na pedolalia, o paciente fala com uma voz infantilizada. Fonte: CHENIAUX JR., E. Manual de psicopatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 35) Os transtornos de personalidade consistem em padres de comportamento fortemente arraigados e constantes.

    Manifestam-se como reaes inflexveis aos mais variados estmulos ambientais. De acordo com o CID-10, sobre o transtorno de personalidade antissocial, assinale a alternativa incorreta.

    a) Exclui transtorno de personalidade emocionalmente instvel. b) Incapacidade de manter relacionamentos, embora no haja em estabelec-los. c) Alta tolerncia frustrao e alto limiar para descarga de agresso incluindo violncia. d) Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experincia, particularmente punio.

  • Gabarito Comentado CAMAR 2015 Psiquiatria Verso A - 3 -

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) Segundo o CID-10, muito baixa tolerncia frustrao e um baixo limiar para descarga de agresso, incluindo violncia, so critrios diagnsticos para o transtorno de personalidade antissocial. Fonte: CLASSIFICAO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO DA CID-10. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1993. 22.2.9 DSM-IV-TR. 36) Os transtornos alimentares so sndromes caracterizadas por diversos sintomas especficos e podem levar o

    paciente a sofrer vrias alteraes psicolgicas e fisiolgicas. Sobre os transtornos alimentares, assinale a alternativa correta.

    a) O aumento da glndula partida uma complicao mdica da bulimia nervosa. b) Altas doses de dopamina estimulam a alimentao, enquanto doses mais baixas a inibem. c) A colecistocinina um neurotransmissor produzido no ncleo paraventricular e est envolvida com a

    diminuio da saciedade. d) Segundo o DSM-IV-TR, para o diagnstico de bulimia nervosa devem ocorrer a crise bulmica e os comporta-

    mentos compensatrios inadequados, em mdia, pelo menos trs vezes por semana durante seis meses. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) A bulimia nervosa pode causar, dentre outras complicaes, o aumento da glndula partida. A alimentao estimulada por baixas doses de dopamina. A colecistocinina um peptdeo produzido a partir do trato gastrointestinal aps a ingesto de alimentos, seus efeitos mediados por fibras vagais foram rastreados para o ncleo paraventricular e est associada com aumento da saciedade. Segundo os critrios do DSM-IV-TR para o diagnstico de bulimia nervosa, a crise bulmica e os comportamentos compensatrios inadequados devem ocorrer, em mdia, pelo menos duas vezes por semana por trs meses. Fonte: HALES, R.E.; YUDOFSKY, S. C. Tratado de psiquiatria clnica. 4. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 37) No Brasil, os artigos 11 e 102 do Cdigo de tica Mdica do Conselho Federal de Medicina vetam ao mdico a

    revelao de fatos de que tenha tomado conhecimento no exerccio de sua profisso. As excees ocorrem por justa causa, dever legal ou autorizao expressa do