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melhor(ar)a norte

câmara municipal

@ www.cm-pvarzim.pt

Gabinete de Interpretação Ambiental

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câmara municipal

Protocolo de Cooperação entre o Município e a CCDR-N 2011

Poluição Atmosférica Página 1

Melhor(Ar) a norte

No âmbito do Programa de Melhoria da Qualidade do Ar na Região Norte, a Câmara

Municipal da Póvoa de Varzim estabeleceu, em Abril de 2009, um Protocolo de

Cooperação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

(CCDR-N), visando uma eficiente e fiável concretização de medidas propostas no âmbito

do programa de execução da região Norte. O objectivo fundamental desta iniciativa

refere-se à melhoria dos principais indicadores da qualidade do ar da região norte,

designadamente de partículas em suspensão, principal causa da diminuição da qualidade

do ar nesta região.

Face ao exposto, a Autarquia assumiu a execução de algumas medidas, que contribuem

para a efectiva redução dos níveis de partículas da Região Norte e mais concretamente,

no concelho da Póvoa de Varzim, respondendo ao desafio lançado pela CCDR-N. Neste

sentido, evidencia-se a intervenção desta edilidade ao nível da renovação das frotas de

veículos de recolha de RSU, corte de ruas ao trânsito, inventariação e reforço da

fiscalização do licenciamento das unidades comerciais e industriais, redução das

emissões da combustão residencial, redução das emissões de partículas das obras de

construção civil e sensibilização e formação dos cidadãos. Relativamente à última medida

isto é, à sensibilização, o conteúdo abordado foca-se essencialmente na Poluição

atmosférica.

Poluição Atmosférica

A poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de actividades

antropogénicas que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar das populações,

que causem dano à fauna e à flora, que afectem as actividades sociais e económicas e as

condições estéticas ou sanitárias do ambiente. Importa esclarecer ainda que, existem

diversos tipos de poluição (solo, água, atmosférica, sonora, visual, entre outras), no

entanto, aqui abordaremos apenas a Poluição atmosférica. Esta, é uma problemática

ambiental transfronteiriça cada vez mais preocupante, pelos seus efeitos directos na

saúde humana e também pelas consequências a nível ambiental, que provocam efeitos

nocivos, a curto ou longo prazo, constituindo, por isso, preocupação internacional.

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Poluição Atmosférica Página 2

O crescimento económico, o desenvolvimento urbano desordenado, o aumento do

consumo energético e do tráfego automóvel, verificado nas últimas décadas são os

principais responsáveis pela degradação da qualidade do ar, tornando a poluição

atmosférica uma questão de saúde pública. Actualmente são inúmeros os poluentes

lançados na atmosfera sendo as fontes que os originam e os seus efeitos muito

diversificados. Os efeitos dos poluentes atmosféricos variam em função do tempo e das

suas concentrações, ou seja, exposições prolongadas a concentrações baixas de

poluentes podem ser mais nocivas do que exposições de curta duração a concentrações

elevadas. Além disso, existem factores de sensibilidade que determinam a maior ou

menor severidade dos efeitos nos indivíduos, tais como a idade, estado nutricional,

condição física ou predisposições genéticas.

Os principais poluentes da atmosfera são: CO, SO2, metais pesados, matéria particulada,

No2, O3 e o BTX.

Efeitos gerais da poluição Atmosférica

Degradação da qualidade do ar;

Exposição humana e dos ecossistemas a substancias tóxicas;

Danos na saúde humana;

Danos no património construído;

Acidificação;

Deterioração da camada de ozono estratosférico;

Aquecimento global/ alterações climáticas;

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Poluição Atmosférica Página 3

Efeitos dos poluentes na Saúde humana

CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA NO AMBIENTE

Das várias consequências que podem ocorrer no ambiente devido à poluição

Atmosférica, destacam-se as seguintes:

1- Efeito de Estufa;

2-Chuvas Ácidas;

3- Rarefacção da Camada de Ozono.

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Poluição Atmosférica Página 4

1- O Efeito de Estufa

O efeito de estufa é o processo natural responsável pelo aumento da temperatura na

Terra. A atmosfera é uma camada gasosa que envolve o planeta e deixa passar uma

parte dos raios solares, sendo que, metade é absorvida pelo solo e a restante reflectida

pelas nuvens ou absorvida pela atmosfera. A Terra, por sua vez, emite calor do qual

uma parte vai para o espaço e a outra é absorvida pela camada atmosférica e por

gases aí existentes, os quais reenviam o calor que desta forma fica aprisionado no

Planeta. Na realidade, se não existisse efeito de estufa, a temperatura à superfície da

Terra seria, em média, 34.ºC mais fria do que é hoje.

O problema é que o homem nas suas actividades económicas produz cada vez mais

gases e a quantidade de calor retido cresce, o que provoca um aumento da

temperatura global da atmosfera, e põe em causa o equilíbrio ecológico do Planeta.

1.1- Causas do Efeito de Estufa

As principais causas do aumento do efeito de estufa são: a destruição das florestas, as

queimadas constantes e o excesso de Dióxido de Carbono (CO2), emitido pelos

automóveis e indústrias. A acumulação de CO2 não permite que a Terra liberte a

percentagem de calor necessária, para manter a estabilidade a nível da temperatura.

1.2- Consequências do efeito de estufa

As consequências deste fenómeno são notadas tanto a nível regional como global. O

aquecimento global pode originar variações climáticas, tais como: alteração da

precipitação, subida do nível dos oceanos provocando pelo degelo dos glaciares polares.

Assim é natural verificar-se um aumento gradual do nível das águas, o que pode fazer

com que as zonas litorais fiquem submersas.

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Poluição Atmosférica Página 5

1.3- Como evitar o efeito de estufa?

Diminuir o abate progressivo de árvores e reflorestar as áreas destruídas pelo

homem;

Utilizar transportes públicos ou não poluentes;

Utilizar energias alternativas como a energia eólica,

Limpar as matas evitando assim incêndios de grandes dimensões;

Controlar a emissão de gases por parte das indústrias (instalações de filtros);

2-Chuvas ácidas

Toda a chuva tem uma acidez natural, proveniente da combinação do dióxido de carbono

existente na atmosfera com a água, formando ácido carbónico, um ácido fraco, que faz

com que o pH da chuva seja

próximo de 5.6. No entanto, o

pH da água da chuva tem

decaído constantemente desde

o início da revolução industrial.

Isto deve-se ao facto de alguns

compostos poluentes, como o

dióxido de enxofre e os óxidos

de azoto, contribuírem para a

contínua acidificação da chuva. Em contacto com a água estes poluentes transformam-se

em ácidos sulfúrico e nítrico, os quais dissolvidos na chuva e na neve atingem a Terra,

podendo também ocorrer sob a forma de geada ou neblina.

2.1 - Causas das chuvas ácidas

Os principais responsáveis pelo problema da acidificação são os poluentes atmosféricos

como o Dióxido de Enxofre (SO2) e o Dióxido de Azoto (NO2), emitidos principalmente

pelos transportes. A maior parte do Enxofre provém das indústrias e instalações

termoeléctricas, enquanto que a maior parte dos Óxidos de Azoto resultam da emissão

dos motores dos veículos automóveis.

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2.2- Consequências das chuvas ácidas

Quando a chuva ácida atinge a superfície terrestre ocorre uma modificação nas

propriedades químicas dos solos e das águas. A acidificação atinge também os solos

dificultando o desenvolvimento das plantas e diminuindo os rendimentos agrícolas,

destruindo toda a fauna e flora aquática.

Nas florestas, as folhas das árvores são destruídas, não permitindo o crescimento das

árvores, tornando-as mais vulneráveis, nos rios e lagos ocorre a acumulação de

elementos tóxicos que vão diminuir o pH da água. Os edifícios e os monumentos são

igualmente atingidos pelas chuvas ácidas, actuando juntamente com os outros agentes

erosivos. Praticamente todos os materiais se degradam gradualmente quando expostos à

chuva e ao vento. A chuva ácida acelera esse

processo, destruindo estátuas, prédios ou

monumentos. É importante realçar que os

estragos causados pela chuva ácida em casas e

prédios podem ser extremamente caros, além

disso, muitos monumentos encontram-se já

muito degradados e a sua recuperação ou

substituição por vezes é impossível.

Além das consequências materiais, esta problemática também causa danos na saúde,

pois concentrações elevadas de óxidos de Azoto na atmosfera, provocam irritação das

vias respiratórias, afectando a população.

2.3- O que fazer para diminuir a ocorrência de chuvas ácidas?

Utilizar transportes públicos, pois ao diminuir o número de carros, o número de

poluentes diminuiu;

Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidroeléctrica, energia

geotérmica, energia das marés e energia eólica;

Purificar os escapes dos veículos, utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um

conversor catalítico;

Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.

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3-Destruição da Camada de Ozono

A camada do ozono encontra-se na estratosfera e desempenha um papel fundamental

para a vida na terra, pois forma um escudo protector que absorve grande parte da

radiação ultravioleta proveniente do sol, que de outra forma atingiria a terra. Se não

fosse esta camada gasosa, não seria possível a existência de vida na superfície terrestre.

No entanto, os cientistas verificaram uma diminuição da espessura da camada de ozono,

o que, acarreta consequências terrivelmente danosas para o planeta.

3.1- Causas da destruição da camada de Ozono

São diversas as substâncias químicas que reagem com o Ozono, destruindo-o. O

conjunto de poluentes susceptíveis de destruir a camada de Ozono inclui óxidos nítricos

e nitrosos expelidos pelos escapes dos veículos e o dióxido e monóxido de carbono

libertados pela combustão do carvão e do petróleo. Mas, em termos de efeitos

destrutivos sobre a camada de Ozono, nada se compara ao grupo de gases designados

por Clorofluorcarbonetos, os conhecidos CFC’s. Os CFC’s encontram-se nos gases

utilizados em aerossóis (sprays), solventes químicos, sistemas de refrigeração (ex.

frigoríficos), ar condicionado, embalagens de plástico, chips de computador e no fabrico

de diversos materiais. Trata-se de compostos muito estáveis que não se degradam

facilmente na atmosfera; mas, quando estas moléculas são expostas à radiação

ultravioleta são transformadas em moléculas activas que libertam os átomos de Cloro

destruindo a Camada de Ozono.

3.2-Consequências da destruição da camada de Ozono

A radiação ultravioleta é a principal causa de ocorrência de cancros de pele, é também a

principal razão da formação de cataratas, provocando cegueira a uns e diminuição da

visão a outros. Mas não é apenas o homem que é afectado com o acréscimo da radiação

ultravioleta, grande parte das espécies é lesada. O crescimento das plantas reduz-se e o

plâncton que constitui a base das cadeias alimentares em rios e oceanos é parcialmente

destruído e consequentemente também a nossa alimentação fica posta em causa.

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3.3- Medidas para diminuir o buraco do ozono

Utilizar sempre que possível os transportes públicos ou a bicicleta;

Desligar as luzes, a televisão ou o computador, sempre que não estiverem a ser

utilizados;

Plantar árvores, que fazem com que o dióxido de carbono, o gás que contribui

para o efeito de estufa, seja absorvido pelo ar;

Utilizar papel reciclado e produtos reutilizáveis;

Tentar usar produtos com a etiqueta “amigo do ozono”;

Reciclar frigoríficos velhos ou unidades de acondicionamento do ar e certificar-se

que estes não emitem CFC´s para a atmosfera;

Não utilizar aerossóis;

Quando for ao supermercado utilizar e se possível reutilizar sacos bio

degradáveis;

Face ao exposto, conclui-se que é de extrema importância a preservação da natureza e a

formação de cidadãos conscientes e responsáveis e que só com a ajuda de todos é

possível inverter a situação que se verifica actualmente, neste sentido seguem-se

pequenas acções do dia-a-dia que ajudam a melhorar a qualidade do ar que respiramos,

são elas:

Utilizar a bicicleta e andar mais a pé, principalmente para distâncias curtas, fazem

bem à carteira, à saúde e ao ambiente;

Utilizar os transportes públicos como o autocarro, metro e o comboio, em vez do

automóvel individual, caso não tenha outra hipótese, e utilize o automóvel

individual, faça-o em conjunto com amigos e colegas que tenham o mesmo

destino;

Não faça fogueiras, principalmente nas épocas quentes e secas;

Evite o uso das lareiras (principalmente as abertas) sempre que possível,

optando por outros sistemas de aquecimento e tenha o cuidado de preparar a

casa para os dias frios de outras formas (calafetando janelas, por exemplo);

Não queime os resíduos das podas e o lixo doméstico em casa. Em alternativa,

envie para o ecocentro mais próximo e, no caso dos resíduos verdes, use-os

como fertilizante natural;

Ligar para a linha SOS Ambiente e Território – 808 200 520, sempre que detecte

situações de infracção da lei ambiental;

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Desligue os equipamentos quando não estão em uso e não são usados durante

um breve período;

Coloque os frigoríficos e arcas em zonas frescas e com grelha afastada 5 cm da

parede;

Invista em equipamentos de elevada eficiência energética;

Invista em iluminação de baixo consumo;

Faça a manutenção dos equipamentos de aquecimento e de ar condicionado com

regularidade.

Abra os equipamentos de refrigeração e o forno apenas quando necessário e pelo

menor intervalo de tempo possível;

Mantenha o frigorífico a uma temperatura de 5-6ºC (temperaturas inferiores são

inúteis e aumentam o consumo de energia entre 7 a 8%);

Use utensílios de cozinha com diâmetro compatível com o das bocas dos fogões

ou fornos;

Tape as panelas quando cozinhar (ferver água numa panela fechada requer

apenas 25% da energia necessária se a panela estiver aberta).

Bibliografia:

• www.proclira.uevora.pt;

• www.ccr-norte.pt;

• www.apambiente.pt

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