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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO CURSO DE ARTES VISUAIS “TRANSPARÊNCIA: SENTIMENTO E FORMA” FRANCIELLE MELINNA ARAUJO GADOTTI Campo Grande - MS 2005

Gadotti; francielle melinna araujo transparência sentimento e forma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO

CURSO DE ARTES VISUAIS

“TRANSPARÊNCIA: SENTIMENTO E FORMA”

FRANCIELLE MELINNA ARAUJO GADOTTI

Campo Grande - MS

2005

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FRANCIELLE MELINNA ARAUJO GADOTTI

“TRANSPARÊNCIA: SENTIMENTO E FORMA”

Relatório apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Artes Visuais a Banca Examinadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a orientação da profª América Cardinal dos Santos.

Campo Grande – MS

2005

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Ao meu pai Cleacir, que não está mais entre nós, cuja

presença posso sentir. A Mariana e Melina, minhas

irmãzinhas, minhas eternas “Fadinhas”, que foram

fonte de inspiração e me ensinaram que a felicidade

está nas coisas simples.

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Agradeço primeiramente a Deus, à minha família, aos

professores e técnicos da UFMS, à Alexandra

Camillo, que foi de suma importância na execução

deste projeto. Minha mãe Celina e meu 2º pai Zézão,

pela paciência e dedicação. Meus amigos que

estiveram presentes em muitas madrugadas de estudo

e meu namorado pelo ajuda e carinho.

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“Quem não compreende um olhar

Tampouco compreendera uma longa explicação”

Mario Quintana

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RESUMO

Este relatório trata dos resultados de um estudo sobre cerâmica que é também

conhecida como a arte do fogo, e a técnica do fusing (fundir placas de vidros em cores e

formatos diferentes) técnica esta que está intimamente ligada ao tema,”fadas”. Estas

são executadas em cerâmica e vidro, trazendo a representação da mulher, da delicadeza, da

feminilidade e sensualidade. Dentro do tema estão inseridos os quatro elementos básicos que

são: terra, água, ar e fogo. O objetivo é a ligação dos quatro elementos vitais, com as duas

técnicas escolhidas e a temática representando tudo isso; As fadas são verdadeiras guardiãs da

natureza e são classificadas pelos quatro elementos, estes por sua vez não são simples ilusões

ou história fantasiosa como as fadas, é real, palpável e fundamental, portanto este é o objetivo

final, unir o real ao imaginário, para isso liguei a arte da cerâmica que passa por todos as fases

dos elementos e a arte da fusão do vidro com os seres elementares. Além de ampliar meus

conhecimentos práticos e teóricos sobre a técnica de modelagem, queima da argila e cerâmica

em si com a iniciação a técnica do fusing.

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SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................................05

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................08

CAPÍTULO I

INFLUÊNCIAS

1.1 Alexander Calder................................................................................................................10

1.2 Elizabeth e Eduardo Prado..................................................................................................11

1.3 Roberto Bonino...................................................................................................................13

1.4 Edgar Degas........................................................................................................................13

1.5 Alberto Giacometti..............................................................................................................14

CAPÍTULO II

FADAS......................................................................................................................................17

AS FADAS E OS ELEMENTOS

2.1 As fadas da terra..................................................................................................................21

2.2 As fadas da água.................................................................................................................22

2.3 As fadas do fogo.................................................................................................................23

2.4 As fadas do ar.....................................................................................................................25

OS QUATRO ELEMENTOS..................................................................................................27

2.5 Terra...................................................................................................................................27

2.6 Ar.......................................................................................................................................28

2.7 Fogo...................................................................................................................................28

2.8 Água...................................................................................................................................29

CAPÍTULO III

A TÉCNICA DO FUSING

3.1 Cortar o vidro......................................................................................................................31

3.2 Esmaltes..............................................................................................................................32

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3.3 Oxidos.................................................................................................................................33

3.4 Corantes minerais................................................................................................................33

3.5 Aplicação esmaltes..............................................................................................................34

3.6 Moldes.................................................................................................................................35

3.7 Queima................................................................................................................................35

CAPÍTULO IV

A TÉCNICA DA CERÂMICA

4.1 Formulação de uma massa cerâmica..................................................................................37

4.2 Temperatura correta...........................................................................................................37

4.3 Etapas da queima................................................................................................................38

4.4 Observações importantes...................................................................................................39

CAPÍTULO V

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 Etapas.................................................................................................................................40

CAPÍTULO VI

A TRANSPARENCIA DOS ELEMENTOS DAS FADAS

6.1 Apresentação.......................................................................................................................42

6.2 Fichas individuais das esculturas........................................................................................44

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................55

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................... 56

ANEXOS..................................................................................................................................58

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INTRODUÇÃO

Duvidamos de tudo que não costumamos ver com freqüência. O ser humano confia

demais nos olhos e deixa de prestar atenção ao que sente. Ao fazermos isso negamos a

existência de seres como as fadas e logo anulamos a existência de mundos paralelos ao nosso,

que são essenciais para o equilíbrio do planeta.

Segundo Lo Bianco as fadas são pequenos seres destinados a proteger e ajudar. Existe

uma Tradição Wicca que é destinada a buscar a conexão dos Deuses com fadas. Para eles,

tudo o que está na natureza tem uma fada responsável.

Com esta pesquisa viso tentar transformar meu mundo de sonhos e imaginação em

uma realidade visível e palpável para aqueles que são descrentes do mundo das fadas, que

para mim é cada dia mais real e presente, principalmente por que sempre tive uma relação de

intimidade e amor por tudo que venha ser da terra, da natureza e de tudo que tenha uma

energia vibrante e positiva como as fadas.

O tema escolhido “fadas” tem uma relação muito grande com as técnicas escolhidas, a

cerâmica e o fusing, pois um dos enfoques deste projeto além de fadas são os quatro

elementos da natureza; a terra, a água, o fogo e o ar.

Todos esses elementos são de grande importância não só para nosso mundo real, mas

também para o sub-mundo das fadas, elas são classificadas por esses elementos, com suas

características e funções específicas. A cerâmica precisa fundamentalmente de todos esses

elementos: a terra é a essência do trabalho de cerâmica, a argila em si, a água que já está

inserida na argila e também é usada para auxiliar a modelagem, o fogo que é usado para a

queima necessita do ar, enfim os elementos da técnica e a temática escolhida estão ligados por

esses elementos básicos e vitais.

Quase todo mundo já experimentou a sensação de apalpar um barro e modelar, nem

que fosse apenas por simples curiosidade. O que me instigou para a elaboração desta pesquisa

sobre a cerâmica vem da ligação do homem com a terra, o princípio de tudo, unindo os

elementos básicos. Argila, a cerâmica, o barro, o vidro, enfim, todos os elemento tem grandes

atrativos e vem adquirindo uma imensa popularidade em nossos tempos, não só como

atividade artesanal mas também como uma nova percepção artística, sendo cada vez mais

reconhecida como “Arte”.A argila está entre os materiais mais utilizados entre os artistas, não

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só ceramistas, mas também entre os escultores, pela sua plasticidade, qualidades

tridimensionais, sua abundância em todo mundo e fácil manejo.

Muitas culturas já extintas só foram descobertas através de vestígios que resistiram ao

tempo, os objetos de cerâmica são os mais encontrados em escavações e sítios arqueológicos e

é através da mesma que se pode fazer um estudo mais avançado sobre a história das

civilizações antigas.

O processo da queima é o que mais nos traz dúvidas, pois o forno, pode-se assim dizer

é uma “caixinha de surpresas”, pois mesmo que esteja com a temperatura regulada, o tempo

cronometrado, nunca se sabe o resultado final, pois pode haver variação na temperatura

atmosférica, implicando no oxigênio que estiver no forno, o processo de secagem das peças

também pode modificar a peça na hora da queima, podendo empenar, retrair demais, criar

bolhas, rachar ou até explodir.

A representação das peças foi feita com linhas simples, pequenos contornos, para que

não sobrecarregue o objetivo a ser transmitido, não mudando o foco da atenção, a cerâmica já

se apresenta como um material pesado e rústico, por isso um dos objetivos foi que as peças

fossem finas e apresentem uma certa delicadeza através dos traços e cores a serem utilizadas

para o acabamento. Os corpos das fadas foram todos executados em argila, mas as asas foram

elaboradas com a técnica do fusing, pois o vidro foi o que mais apresentou as características

necessárias para representar as asas, que deve ser transparente e delicada.

A intenção real da abordagem desta técnica é pelo simples prazer de estar manuseando

um material que muitas vezes não é valorizado, e que pode nos surpreender através de todas

as etapas, cria-se formas e cores, parece estar transmitindo exatamente aquilo que o artista

deseja expressar, é uma arte que envolve não só as mãos, mas também a sensibilidade e a

paixão. Trabalhar com esses elementos tornou-se uma busca incansável de novas técnicas,

novos materiais, novidades na área, e novos métodos de manuseio.

O fusing tem grandes semelhanças com a cerâmica, pois necessita também do

processo da queima para sua finalização. O objetivo de utilizar a técnica do fusing nas asas

das fadas foi para dar o aspecto de leveza e transparência as peças.

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CAPÍTULO I

INFLUÊNCIAS

1.1 ALEXANDER CALDER

(Filadélfia, 1898 - Nova Iorque, 1976)

Os trabalhos de Calder nos mostram uma arte mais solta e sem muitas pretensões de

chocar ou desagradar a estética visual, tem quase uma linguagem lúdica, de aparentemente

simples retângulos coloridos suspensos, movimentados pela corrente do ar. Por essas

características, desde o ínico do trabalho com fadas, me inspirei nos móbiles de Calder para

completar a apresentação das fadas, que ficam suspensas por fios de nylon , como se estivesse

voando, maneira como elas são conhecidas. Segundo as informações contidas no site

<www.vidasusofonas.pt/alexandercalder.htm> Calder foi um escultor em que sua obra

escultórica caracteriza-se, desde o início da sua carreira, pela ausência de pretensões e por

uma poesia humorística. Pouco depois (1931) inclina-se para a arte abstrata, pinta alguns

quadros (Composition) e realiza diversas esculturas, entre elas trinta mobiles (o nome de

mobile é de Marcel Duchamp) que apresenta numa galeria parisiense em 1932. A partir de

então começa a ser conhecido pelo grande público. Ao longo de toda a sua obra, Calder

desenvolve um lirismo quase infantil sem se ver limitado por nenhum prejulgamento de

escola, o que pode ser apreciado em alguns dos seus mobiles mais famosos.

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1.2 ELIZABET E EDUARDO PRADO

Este casal trabalha e principalmente estuda a arte do vidro, eles estão entre “Os 100

melhores em vidro”, foram eles que introduziram no Brasil o conceito Studio Glass,

movimento iniciado na Europa em 1960, que conceitua os espaços em que profissionais

desenham e executam suas peças, este casal é praticamente os pioneiros na curadoria de

grandes exposições de Arte em Vidro. No Brasil Elizabet e Eduardo dominam todas as

técnicas em vidro fundido, soprado, plano, fundição e fusão de vidro.

Coleção 2002

Elizabet e Eduardo Prado

Técnica: Sopro – Vidro

São Paulo - Brasil

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Telhado de Vidro - 2004

Elizabet e Eduardo Prado

Técnica: Fusing – Vidro

São Paulo - Brasil

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1.3 ROBERTO BONINO

Seu primeiro contato com o vidro data de 1958, cursou a Academia de Arte da União

Soviética e trabalhou em pequenas fábricas do Uruguai onde teve contato com várias massas

de vidro, mas foi no Brasil que fixou residência. Roberto é um dos vidreiros que tem maior

número de cores desenvolvidas para fusing, chegou ao índice de 76 cores, sua maior obra foi

criar uma escultura com 1.500 quilos de vidro, com peças incrustadas sob a técnica do fusing,

foi uma obra que participou de um projeto arquitetônico que está instalada no Hotel

Hilton,trata-se de um tipo de móbile fixada na laje do edifício. São placas que tem texturas

diferente, sobrepostas e posteriormente laminada, formando uma extensão de 70 metros

quadrados de vidro.

1.4 EDGAR DEGAS

(1834-1917)

Pintor e escultor francês apaixonado pela dança, por corridas de cavalos e também por

fotografia, nas suas obras é nítido o estudo que ele faz sobre o corpo humano e os

movimentos, suas obras mais conhecidas é inspiradas nas bailarinas, que são esguias, quase

um modelo de perfeição corporal e que mostram muita suavidade e delicadeza.

Em 1878, o pintor Degas realizou uma série de desenhos de Maria, uma menina de 14

anos, filha de uma lavadeira. Mais tarde fez uma maquete da pequena bailarina nua, utilizando

uma mistura de cera de abelha, banha de porco e amido sobre uma estrutura de arame, (o

esqueleto da estátua). Para poder trabalhar bem a amassa, ele a deixou um pouco oleosa.

Então terminou o rascunho. Seguindo os mesmos princípios chegou à versão final da

dançarina. Para simular o aspecto de pele, pintou a cera. Comprou crina de um comerciante

de cabelos de boneca, fez um rabo-de-cavalo, no qual amarrou uma fita de cetim, e, para

completar, vestiu-a com um tutu (saiote de bailarina).

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La repetiton sum la seúne,1874

Óleo sobre tela (65x 81 cm)

Edgar Degas

1.5 ALBERTO GIACOMETTI

(1901-1966)

Nascido em Stampa, na Suíça, Giacometti começou a pintar e a esculpir muito jovem

(com treze anos, fez um busto de seu irmão). Aos vinte e um anos foi para Paris, onde

trabalhou e viveu na mais completa solidão, suas estátuas filiformes chegam a atingir alturas

imensas( até 2 metros) ou então são tão minúsculas ( 1 ou 2 centímetros), que podem virar pó

e se o artista não tomar cuidado ao dar os retoques finais. “essas estátuas me provocam um

sentimento curioso: por um lado são tão familiares, como se caminhassem pelas ruas. Por

outro, parecem brotar de um tempo remoto, da origem do mundo, aproximando-se ou

recuando numa imobilidade suprema”, afirmou Gean Genet, escritor e amigo de Giacometti.

Com o passar do tempo, Giacometti foi reduzindo a altura de seus personagens. Ele

dizia: “Já estava farto. Tinha jurado que não diminuiria o tamanho de minhas estátuas de jeito

nenhum. Então aconteceu o seguinte: conservei a altura, mas elas ficaram, finas, finas...”

Contudo, suas obras passaram a encolher inexoravelmente: as estátuas realizadas durante a

guerra pareciam caber em caixas de fósforo.

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Mulher Alta II

Bronze, 1.78x25x30 cm

Giacometti

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Tall Figures

Bronze,1,80x26x35/2,08x30x36

Giacometti

“Quando meus dedos apalpam a argila, sinto-me caminhando novamente pelas ruas de

Stampa. Com os sapatos enlameados regressando da escola; e as montanhas voltam a se ondular à

minha volta com suas ravinas que me levam até as alturas em direção aos balções do abismo e suas

escadas de xisto, sílex ou nuvens; torrentes de energia começam a fluir entre as palmas de minhas

mãos.” Giacometti

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CAPÍTULO II

FADAS

Na opinião de algumas pessoas as fadas não podem ser tocadas ou sentidas. No

entanto, podem sem dúvida ser vistas. Na verdade, a visão comum é uma ajuda para vê-las,

mas esse sentido em si mesmo é grosseiro demais para apreender a luz que elas emanam.

Todos têm latente, um sentido mais delicado do que a visão, e certo número de pessoas -

surpreendentemente um grande número. É este senso mais elevado de percepção que é usado

para observar as ações do mundo das fadas. Afinal, todos têm uma grande variedade de

equipamento sensorial. O tato revela os sólidos, o paladar nos fala sobre os líquidos e o

sentido do olfato denuncia os gases.

A visão é ainda mais sutil, e a série não termina ai, existe uma força de visão especial

chamada clarividência – ver com clareza.(Gelder,1990)

O fato é que há uma base física real para a clarividência, e

essa faculdade é especialmente misteriosa. O poder está concentrado

naquele minúsculo órgão do cérebro chamado glândula pituitária. A

espécie de vibração desenvolvida é tão sutil que nenhuma abertura

física na pela é necessária para dirigi-la até esse corpo pituitário; mas

há um lugar especial de sensibilidade entre os olhos, acima do cavalo

do nariz, que age como a abertura externa para essa glândula

interna.Gelder(1990,25)

Quando é necessário olhar para dentro desse mundo mais belo, no qual as fadas e

outras espécies de seres existem, basta apenas concentrar-nos por um momento ao longo

dessa linha de visão e o sentido responde quase como se os olhos estivessem abertos. Deve-se

explicar primeiramente que há importantes formas de vida relacionadas com as fadas e que

fazem parte do reino da natureza. Na verdade, as fadas fazem parte de uma grande linhagem

evolucionária, paralela a humanidade. Ela começa, assim como a linhagem humana, com

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algumas formas extremamente primitivas e se eleva, passando pelas fadas (que estão em

vários estágios de evolução) tendo como nível mais elevado os que são tradicionalmente

chamado anjos ou devas. Podemos dizer em linhas gerais que as fadas estão para os anjos

assim como os animais estão para os homens. Quase todas as fadas se relacionam com os

processos da natureza.(Gelder,1990)

Fala Gelder (1990,35) que a vida elementar, como a das fadas, fica também em

contato próximo dos seres humanos. A vida das fadas, que, lembrando que é muito diferente

das formas elementares, apesar de procederem delas num sentido evolucionário. Na infância,

o relacionamento entre os dois reinos é mais íntimo do que em qualquer outra época da vida,

isso porque, por sua natureza, as crianças estão mais próximas das fadas do que os demais

seres humanos. As crianças são naturalmente alegres e de ação espontânea; elas se encaixam

bem na natureza; são também de certo modo irresponsáveis, com poucas preocupações sobre

alimentação e roupa, e tem uma notável capacidade para sentir encantamento, fascinação e

alegria, criativa em pequenas coisas, são ilimitadamente curiosas a respeito de tudo o que está

ao seu alcance. Não têm consciência de tradições convencionais de comportamento ou de

moral, adoram a aventura, as representações e os contos de mistério e de imaginação. Por tudo

isso, as crianças estão naturalmente mais próximas das fadas. É por isso que, na infância, os

portões da imaginação estão quase sempre abertos e o mundo mágico dos homens formam

uma unidade.

Entre os adultos, há muitos indivíduos que tem uma percepção relativa quanto ao reino

das fadas.O corpo de uma fada é feito de matéria num estado mais semelhante ao vapor do

que qualquer coisa que conheçamos em nosso mundo, mas a forma é bem definida e

duradoura. O material de seu corpo é tão frouxamente ligado como o vapor que jorra de uma

chaleira de chá fervente, e de certo modo como uma nuvem de gás colorido. O corpo

propriamente é de um verde-esmeralda muito denso, se considerarmos a qualidade de que é

feita; ao redor disso, de todos os lados, tanto na frente como nas costas, há uma nuvem muito

fina da mesma matéria, na qual a vitalidade da fada não é tão nitidamente palpitante. Toda

essa matéria e virtualmente o elemento de que são feitas as sensações. Trata-se de uma

matéria vital. Os movimentos de nossa amiga são devidos ao seu desejo de estar em algum

lugar ou de fazer alguma coisa. Como a matéria de que é feita , em si mesma, da natureza da

emoção viva, em vez de ser um complicado sistema de veias, músculo e nervos, quando ela

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sente alguma emoção seu corpo responde de forma imediata e diretamente. Apesar de não ter

certa estrutura orgânica o principal órgão interno é o que podemos chamar de coração, que se

defini como um centro luminoso e pulsante, é feito de luz dourada e pulsa quando está em

atividade mais rápido e quando está calmo é mais lento, esse órgão é o centro de vitalidade e é

o que usa para entrar em sincronia com outros seres, afirmando que o segredo da vida mágica

é o ritmo.

Continuando o que Gelder afirma, esse ritmo cardíaco é uma matéria de contato vital

com as coisas á sua volta, mas suas sensações e respostas a um estímulo externo agem

sempre, esteja ela ou não em sincronia de identidade com a pessoa ou criatura. Isto é: a fada

possui qualquer coisa semelhante ao nosso mecanismo sensorial. Ela é toda sensação e,

portanto, não recebe impressões exclusivamente através de órgãos específicos. Como os olhos

ou o ouvido, mas de modo geral de maneira vivida em todo o seu ser. Ela se satura de coisas

que lhe dão sensações. É verdade, entretanto, que essas sensações se manifestam de modo

mais agudo e especializado em certas partes do seu corpo.

Geralmente, a fada tem feições rudimentares. O único sentido que parece localizar-se

num órgão especial é o da visão, pois uma fada nunca se aproxima para observar alguém. Os

olhos não são bem definidos, e em muitos casos não tem cílios ou sobrancelhas, pois ela não

precisa disso. Com freqüência, tem uma protuberância no lugar do nariz, em regra é algo que

lembra orelhas. Sua boca é uma linha, sem rugas à volta, e se curva um pouco pra exprimir

sentimentos de diversão ou de prazer; por outro lado raramente abre a boca e parece não ter

dentes.

Quando nossa verde amiga se movimenta, não vai de um lugar para outro caminhando,

mas flutuado. Ela é dirigida pelo desejo ou pela necessidade de estar em algum lugar. É claro,

que se quiser, pode saltitar com vivacidade e pular para baixo e para cima, tem pernas e

braços, mas sem precisão nos detalhes dos dedos das mãos e dos pés; muitas vezes as mãos

são como os pés.

Devo explicar que as fadas não vêem as coisas da maneira como nós vemos. Quando

olhamos um botão de rosa, vemos apenas a forma da haste, das folhas, da flor. A fada vê isso

de modo muito diferente. A distância de poucos jardins, o botão de rosa é para ela um objeto

brilhante, maior do que a rosa física que nós vemos. Para ela não se trata apenas de algo que

reflete a luz, mas de fonte da luz fosforescente criada pela própria flor, se a fada se aproxima

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percebe muito mais detalhes. No lugar que chamaríamos de coração da rosa, ela vê um ponto

bem-definido de luz e a partir desse ponto, se irradiam delicadas linhas de luz colorida, que

evidentemente correspondem à estrutura física das pétalas. Há um constante fluxo que brota

do centro do coração, ao longo das linhas anatômicas das flores. Ao longo das linhas

anatômicas da flor. Há duas correntes principais em ação. A planta, por si mesma, suga

alimento, umidade e forçada terra, e tudo isso passa pela haste no processo digestivo. Esse

processo é visto pela fada como correntes de luz.

Durante esse tempo, as folhas e as flores estão bebendo a luz do sol, ao mesmo tempo

em que absorvem dióxido de carbono, etc. e a luz do sol fornece uma segunda correnteza.

Esses dois fluxos se assemelham a espirais ascendentes e descendentes de luz, a haste do

arbusto. Por isso, a roseira também parece á fada uma estrutura de luz brilhantemente

colorida, com finas linhas que são mais claras do que a estrutura habitual, castanha verde e

branca do arbusto. O coração da rosa é o centro distribuído dessas energias para a própria flor.

Nesse intercâmbio de energias, as da terra e as do sol, a fada tem uma parte bem-

definida. Ela tem o poder sobre ambas as correntes, especialmente sobre a vitalidade do sol.

Ela pode retardar e acelerar, além de acrescentar alguma vitalidade extra nos pontos em que

deseja. A fada coloca-se em harmonia com a planta, fazendo com que seu próprio centro

cardíaco bata como mesmo ritmo da planta observa parada, e avalia o que deseja fazer, e

depois começa a trabalhar.

Uma das principais diferenças que existem entre o pensamento humano e o das fadas,

é a de que nós vivemos num mundo de formas, enquanto elas vivem num mundo de vida.

Nossos pensamentos se preocupam, sobretudo com a forma que as coisas tem, e raramente

vamos, além disso. Mas as fadas se interessam principalmente pela energia da vida que flui ao

redor e dentro da forma, a vida que está em toda parte.(Gelder,1990)

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AS FADAS E OS ELEMENTOS

“Em contos de fadas, quando algo ruim acontece, significa

que algo novo precisa ser experimentado uma nova energia precisa ser

introduzida um ajudante, um curandeiro, uma força mágica deve ser

consultada.”

("Women who run with the wolves", 126,Clarissa Pinkola Estés)

2.1 AS FADAS DA TERRA

2.1.1 Reino terra a plano físico material de precipitação

Gnomos e Gnominas, relacionados com o reino vegetal, possuem um grande

conhecimento sobre a Terra e sua história e são verdadeiros anciões, pois a sua linha de tempo

e espaço é bem distinta a nossa. Ele também tem um grande intercâmbio com a egregore dos

Orixás e suas falanges. Muitas vezes eles são os guardiões do conhecimento dentro de muitas

iniciações do Magismo, por possuírem um conhecimento do reino vegetal muito superior ao

que se imaginam, pois a alma deles esta interligada diretamente ao arquétipo da consciência

de mãe Gaia, ou seja, eles fazem parte do complexo sistema Monódico da nossa Mãe Terra,

podendo com isso interagir com muitas realidades além do plano deles. Eles são verdadeiros

seladores e guardiões do conhecimento perdido de outras eras, sendo divididos em esferas

iniciais. Os Duendes em geral transmitem os fluxos de força vital para a natureza e fazem o

intercambio vital de energia do amor e alegria com outros Reinos, e podem interagir com o

subconsciente humano, por esse motivo ao captar a essência de uma pessoa, eles

desenvolvem uma atividade sensorial que os faz brincar com reino humano, devido à própria

natureza dual da pessoa que eles estão contatando. Dentro do reino físico do elemento terra,

encontraremos a ação direta do reino mineral, que faz a sustentação do plano vegetal. Este

reino mineral, por sua vez tem uma ligação muito interessante com todos os outros reinos, por

ser o constituinte químico de todos os compostos da fisicalidade e da espiritualidade que

compõe a terra e todas as suas realidades.

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2.2 AS FADAS DA ÁGUA

Os mares, que muitos de nós julgamos serem apenas ondas azuis que se movem sob o

vento e profundezas abarrotadas de peixes estão fervilhando com milhares de fadas do mar.

Elas pertencem ao mar tanto quanto os peixes. São criaturas da água, e só existem em

permanente conexão com a água.Existem muitas variedades dessas fadas, e também muitas

diferenças de feitio e colorido em águas diferentes.

As fadas de água doce são muito diferentes das criaturas do mar; ao mais delicadas,

têm um aspecto mais humano e são mais adaptadas em cor e mobilidade ao seu habitat, tem

um leve colorido como um arco-íris, algumas com contornos nitidamente femininos, são

esbeltas, lindas e suaves, mas não mostram-se cheias de vidas como as do mar.

2.2.1. Reino da Água ao Plano emocional e telúrico.

Existem muitas iniciações dentro dos rituais da água e fogo, que estão relacionados

aos rituais de Wicca e outros similares, onde normalmente apenas o sexo feminino possui uma

maior penetração, deixando muitos dos ensinamentos proibidos para o sexo masculino. A

questão da grande mãe, esta diretamente relacionada ao elemento Água, Terra, Fogo, Ar,

devido à própria essência de Gaia. Os encantamentos com os gênios do elemento água são

bem poderosos e podem perdurar por diversos ciclos, pois vão diretamente ao plano

emocional do ser humano, o que acaba por interagir profundamente em diversos aspectos dos

relacionamentos cármicos de cada pessoa.

Isso por sua vez, faz parte do próprio desenvolvimento emocional e da capacidade de criação

de elementais com o aspecto emocional e sentimental das pessoas, onde podemos colocar as

questões religiosas e as crenças, como um forte ponto de manipulação e de arquétipos, que

permitem que os gênios da água possam entrar dentro do consciente humano em níveis muito

mais profundos e radicais. Isso por que o ser humano possui uma grande porcentagem de água

em seu corpo, ou seja cerca de 68% do mesmo é composto de água e isso faz com que as

relações emocionais nos diferenciem dos outros seres estelares, que possuem uma capacidade

sensorial emocional muito reduzida. Devido a esse aspecto que possuímos, muitos dos

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encantamentos com o poder dos gênios da água são extremamente fortes sobre a psique

humana, em especial sobre o sexo feminino, que naturalmente possui uma percepção sensorial

mais sensível que a masculina. Isso por que o elemento água, esta sempre presente em cada

momento da criação e da precipitação da vida sobre as células. Portanto dentro dos estudos de

magia, além dos quatro elementos básicos, temos em cada um deles uma importante lição a

ser inserida em nossas iniciações internas. Cada um desses elementais representa importantes

despertares de consciência e de aprendizados rumo a reconexão com a nossa essência maior

da espiritualidade, acima da dualidade entre o poder do amor e do ego material pelo poder.

2.3 AS FADAS DO FOGO

Algumas se parecem com insetos ou lagartixas. Surgem nos pequenos incêndios das

matas, chamadas para a vida pelo ritmo do fogo, a mais poderosa das vibrações, criada pelo

som das chamas.São como uma invocação harmônica, e deixam de existir quando o fogo se

apaga. As grandes têm de cinco a quatro metros de altura, e podem ser denominadas

salamandras. As maiores salamandras vivem em vulcões, e tem muito do formato alongado e

afinado do homem, diminuindo muitas vezes as extremidades. Estas maiores também estão

presentes nos incêndios das matas, quanto maior o fogo, maior a fada, estas são atraídas de

alguma distância e não são chamadas para a vida, pois há lugares onde elas se reúnem e

quando ocorre um incêndio, elas se deslocam pra lá, elas são muito mais inteligentes, por esse

motivo mantem-se mais afastada do homem. Na verdade sua única relação com a humanidade

é o amor pela música. Devemos lembrar que elas têm o poder de envocar poderosas correntes

emocionais. Essas emoções não são malignas em si mesmas ou na natureza das salamandras,

mas são perigos para homens e mulheres, não são excessivamente apaixonantes. As

salamandras, ou fadas do fogo,representam na verdade um papel na natureza e são muito mais

inteligentes, esse símbolo, o fogo, representa ao mesmo tempo um símbolo de destruição e de

criação. O fogo é realmente misterioso para todos nós sob seus diferentes aspectos.

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24

2.3.1 Reino do Fogo à Plano Espiritual de intercâmbio e plasma emocional.

Salamandras e Salamandrinas, ligadas diretamente aos elementais do próprio fogo,

tem o poder de queimar e transmutar no poder do fogo sagrado, além de dar a vida pelo

próprio processo de regeneração do elemento fogo, ao queimar registros antigos, para que o

novo floresça. Esses gênios, na verdade possuem seu próprio habitat, ou seja, uma realidade

dimensional própria deles, onde eles acabam por interagir em outras realidades e dimensões,

não existe uma realidade espiritual entre o plano dos desencarnados e o plano das

salamandras, o que existe é um intercambio dimensional que permite ao elemento fogo

interagir com todas as outras realidades existenciais da criação. Trata-se de uma energia

primordial, por isso a conotação de plano espiritual e de plasma, pois se trata de uma energia

primordial da própria existência dos universos, como poderemos ver. A primeira fase que é a

do fogo, com a capacidade de destruição e transmutação para a recriação dos próprios

elementos atomísticos. Naturalmente o elemento fogo, desmancha para que um novo ciclo se

manifeste na realidade que ele atuou, renovando a vida nos planos do reino vegetal e

emocional. A fase da chama, uma manifestação mais controlada dos raios sagrados de criação

e sustentação da mesma proveniente de sol central, que por sua vez é um retransmissor da

energia do sol central do núcleo da nossa via Láctea, que transmite a energia que são os

pontos centrais da energia cósmica. O elemento chama do fogo, permite a meditação e

intercâmbio com os reinos de diferentes planos, desenvolve o poder do coração, pois este

elemento tem profunda influência sobre o coração e todo tipo de emoções que ele gera.

Temos a fase da luz, que é uma das mais complexas, pois ela simboliza a energia

primordial da criação onde permite a ativação atômica da vida junto com o elemento feminino

universal que é cosmos. A luz permite o crescimento do universo e do próprio processo

evolutivo de um ser, o que faz ela um importante mecanismo evolutivo de conhecimento em

busca da perfeição e intercambio com todos os ouros reinos, pois sem luz, não a vida e nem o

crescimento. Assim este elemento é de uma importância vital ficando presos nas esferas

inferiores, e são queimados pelo elemento fogo gradualmente e pelas suas emoções que os

acabam traindo e desmascarando. O fogo também é um ótimo elemento ígneo da sexualidade,

é uma energia vital da própria transmutação da energia sutil da terra. A magia da sexualidade

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25

esta ligada ao elemento fogo e água, por essa razão são um dos aspectos mais interessantes do

magismo a busca do amor e da sexualidade.

2.4 AS FADAS DO AR

É necessário distinguir entre duas classes. Umas delas é o grande, mas heterogêneo

grupo que pode ser chamado propriamente de fadas do ar porque este é o seu único natural

elemento. A outra é a grande grupo, mais ou menos homogêneo, que não se restringe ao ar.

São grandes, de forma indefinida e volumosa com rostos mais ou menos humanos e afilados,

cabelos semelhantes a nuvens que escorrem e, são pequenas, com 30 ou 40 centímetros de

altura, mas conformadas e bonitas. São bem proporcionais ao modelo humano, com rostos

estranhamente estreitos e cabelos flutuantes, elas andam sempre com o vento e com as

nuvens, tem inteligência de alto nível e andam geralmente em grupos.

2.4.1 Reino do elemento ar à plano mental de criação etérica.

Possuem a capacidade de interagirem em diversas realidades dimensionais da Terra e

na linha do tempo e espaço, podendo se deslocar em para outras matrizes de tempo. São muito

tênues e raramente podem ser vistas, sua energia é muito amorosa e delicada, pertencem ao

reino mental e emocional e podem interagir profundamente com os cristais e toda a estrutura

da imaginação, elas são na verdade importantes agentes de criação e de iluminismo, pois

lidam com a energia da luz e das chamas com uma mestria poucas vezes vista dentro da

natureza, o que lhes permite trabalhar com todos os outros reinos de forma harmônica e

singular. Confere-lhes o trabalho de alimentação dentro da fotossíntese, quimiossíntese da

qual muitos elementos da natureza se alimentam. Eles são na verdade parte do próprio

processo de regeneração estrutural da natureza e de todas as formas de vida. O mito da magia

surgiu através desses seres, que em muitas ocasiões no passado, em especial na época da

antiga Atlântida, se materializavam e andavam entre os humanos. Elas tinham a capacidade e

permissão na época de andar como humanos misturados aos mesmos e ensinar sobre as

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magias dos elementais e Gênios foram grandes instrutores, que em alguns casos se perderam

pela arrogância humana ao interagirem com os humanos e foram enganados pela egregore

corruptiva da dualidade.

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27

OS QUATRO ELEMENTOS

2.5 TERRA

Segundo as informações contidas no site <www.misteriosantigos.com> A terra é o

elemento sólido. Assim, ela possui muitas associações e significados. No nosso sistema solar,

a Terra é o terceiro planeta a partir do Sol, o planeta onde vive a humanidade. Nesse aspecto

ela também abriga o mundo da natureza, como na expressão "Mãe Terra". Mais

especificamente, ela também é a massa de terra do mundo, distinta dos oceanos e da

atmosfera.

Um outro significado da Terra é nosso mundo diário, em oposição a outros mundos

hipotéticos, como o céu e o inferno, ou o reino das atividades do mundo material, oposto aos

espirituais. "Terra" também é o fio neutro de uma instalação elétrica usado para conduzir a

eletricidade a uma posição de potencial igual a 0.

Muitas vezes a valorizada substância de plantio, o solo, também é chamada de

terra.Finalmente pode significar a humanidade com um todo; portanto, aqueles aspectos

mais naturais das pessoas realistas (com os pés na terra) ou mesmo brutos (para alguns),

também são chamados de "grosseiros" ou mundanos (ligados à terra).

Sendo um dos quatro elementos, a natureza da terra proporciona muita das

associações acima. É um elemento extremamente sólido e resistente a mudanças. Entretanto,

ela realmente contém vários tipos de minerais e de compostos, podendo ter características e

composição bastante variadas de um lugar para outro. Mistura-se bem com dois dos demais

elementos, ar e água, para formar o solo de plantio.

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2.6 AR

O ar é o elemento incorpóreo, gasoso. Por isso, tem muitas associações e significados

correlatos. O ar tem uma denotação muito específica quanto à substância que respiramos, com

uma composição química de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e, ainda, pequenas

quantidades de dióxido de carbono, vapor d'água e gases inertes. O ar também pode ter o

maior e o menor significado específico da atmosfera que envolve a terra. O ar pode lembrar a

respiração, mas também o vento (o alento da natureza). Quando as pessoas dão-se "ares" de

protesto, elas o exprimem em voz alta e em público, portanto, o ar também tem conotações

expressivas e reveladoras. Quando dizemos que há alguma coisa no "ar" queremos dizer que é

externa e disseminada ou que não é fixa nem certa provocando não apenas incerteza, mas

também expectativa. Dizem que as pessoas que "vivem nas nuvens" são felizes. Embora ter

um ar de segurança possa ser um acréscimo, dar-se "ares" é decididamente negativo. A

palavra “aérea” tanto pode designar um estado de humor quanto uma pessoa leve e jovial ou

excêntrica e extremamente especulativa (como ao "construir castelos no ar"). Sendo um dos

quatro elementos, as naturezas do ar proporcionam muitas das associações acima. Embora

seja extremamente estável na sua forma mais pura, sua composição se altera com o aumento

da altitude e em espaços fechados, onde é utilizado por plantas e animais. O ar pode ser

considerado o elemento mais amistoso e necessário, misturando-se bem a terra e à água,

sendo essencial para a existência do fogo.

2.7 FOGO

O fogo é o elemento da combustão. Como tal, tem várias associações e significados

correlatos. Em termos técnicos, o fogo se refere a uma reação química em progressão na qual

são liberados calor e luz. Uma reação assim oxidante e exotérmica pode produzir enorme

quantidade de energia. O Sol é a principal fonte de um tal poder ígneo e radiante e, do mesmo

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modo como a humanidade idolatrou o sol, considerou o fogo como uma dádiva dos deuses

para a manutenção da vida. Entretanto, a capacidade de liberar o poder do átomo através de

fusões nucleares demonstra o imenso potencial benéfico ou maléfico existente na liberação

dos poderes da natureza. Como nos demais elementos, os vários significados do fogo

ilustram suas associações positivas ou negativas. O fogo pode referir-se a sentimentos

intensos e à sua demonstração. Incendiar pode significar a ignição de materiais inflamáveis ou

a incitação das emoções das pessoas. Estar "afogueado" ou "aceso" refere-se a intenso

entusiasmo, enquanto estar "sob fogo" significa estar sendo atacado.

Apesar de ser o único elemento que a maioria dos seres humanos cria praticamente

todos os dias, é extremamente instável e precisa ser mantido sob controle rigoroso para

maximizar sua utilidade.

Embora seja mágico e hipnótico para o homem, a maioria dos grandes incêndios é

visivelmente semelhante, em geral diferindo apenas em intensidade ou grau, ou em como são

alimentados por fonte. O fogo reage explosivamente com o elemento ar e, na verdade, na

maioria dos casos, não existe sem ele. Terra e água são opostos ao fogo, pois nenhum deles é

capaz de mantê-lo e ambos têm capacidade de extinguí-lo.

2.8 AGUA

A água é o elemento líquido ou fluido. Como tal, tem muitas associações e

significados correlatos. Seu significado mais específico é, certamente, o de um composto

químico de fórmula (H2O), essencial para a vida aqui na Terra. Como a água cobre a maior

parte do globo, a maior porcentagem dos seres vivos, inclusive os humanos, é composta de

água. Sua utilização como solvente é fundamental para transformar tons de sais em solução.

Embora seja o único elemento capaz de apresentar em estado líquido, gasoso ou

sólido, é, como o fogo, muito consistente nas diferentes situações. Na verdade, grandes

quantidades de água são extremamente estáveis e, como a terra, não mudam rapidamente de

temperatura. Água também pode referir-se à chuva ou a qualquer massa de água, salgada ou

não. Quanto ao corpo humano, água pode referir-se à que bebemos, mas, ainda, a substâncias

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excretadas ou secretadas, como a urina ou as lágrimas. Folheando um dicionário descobre-se

serem abundantes as expressões como: à prova d'água, queda d'água e marca d'água. Portanto,

a água não é apenas um elemento onipresente, mas é, também, uma das palavras mais

ubíquas. A água é um paradoxo. Embora resista à pressão, pode alterar drasticamente o seu

estado, formando vapor ou gelo. Apesar de submissa, a água pode desgastar uma pedra ou

descobrir um caminho de entrada onde nenhum instrumento possa chegar. A água se mistura

bem com dois dos demais elementos, a terra e o ar, compondo um bom solo para plantar com

o primeiro ou nuvens e umidade com o último, todos essenciais para a vida. A água é uma

calamidade para o quarto elemento, o fogo.

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CAPÍTULO III

A TÉCNICA DO FUSING

A técnica do fusing teve início à aproximadamente 1500 anos antes de Cristo, com a

necessidade de reciclar cacos de peças sopradas. Atualmente vem sendo utilizada como uma

técnica de reciclagem de vidro plano, o vidro que utilizamos na construção civil.

Esta técnica tem muita semelhança com a cerâmica, pois colocamos a peça a ser

moldada fria dentro de um forno, e só vamos retirá-la depois do aquecimento, quando ela

estiver novamente à temperatura ambiente. A princípio não vamos interferir nesta peça,

enquanto ela estiver dentro do forno.

Para fazer peças de fusing são necessários poucos instrumentos, além do forno e das

placas de vidro. Os equipamentos de segurança são os óculos de proteção e luvas, cortador de

vidro de boa qualidade, um alicate especial para fazer cortes arredondados, mais conhecido

como alicate de roldana, réguas, e vasilhas para misturar corantes, fundentes e esmaltes, e

também se pode acrescentar outros apetrechos de baixo custo para a decoração das peças

como fio de cobre e papel alumínio.

3.1 CORTAR O VIDRO

O primeiro passo é decidir o desenho que será cortado sobre a chapa de vidro plano,

toda forma externa é dada através do corte do vidro.para facilitar no corte é necessário fazer

um desenho e transportar sobre o vidro utilizando canetas apropriadas, conhecidas como

canetas para retro projetor. O cortador é em forma de uma caneta e tem um recipiente interno

que colocamos querosene, que serve para lubrificar o vidro que é riscado, sem querosene pode

estragar o cortador e cortar o vidro. Depois que já foi riscado o desenho começa o corte, a

ferramenta deve ser usada na perpendicular a chapa, deslizamos com uma certa pressão a

ferramenta sobre a chapa, riscando o vidro, verificando se riscou é só passar a unha ou sentir o

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sulco, após riscar,destacar as partes de vidro com o auxílio do alicate “bico de pato” ou se o

vidro for de 2 ou 3 mm é só virar o risco para baixo, com o risco entre o polegares fazer força

com eles para baixo. Para quem tem mais experiência apenas o cortador (este citado em forma

de caneta) já serve, pois quem sabe trabalhar bem com a ferramenta consegue fazer riscos

precisos também em formas mais arredondadas em poucas etapas, já para quem não está

acostumado pode usar este cortador com o auxilio da régua, fazendo cortes retos em várias

etapas o mais próximo possível do motivo desenhado, para dar o acabamento mais

arredondado e das pontas usa-se o alicate de roldana, que vai cortando aos poucos as pontas

de vidros e possibilita ir arredondando o corte do vidro.

3.2 VIDRADOS

O vidrado nada mais é do que uma camada bem fina de vidro dentro de dois vidros ou

em cima de um deles.

As informações contidas na apostila “Fusing” de Théo Giardullo (2004) diz que para

conseguir formar uma camada de vidro podemos utilizar alguns material que tem seu ponto de

fuão aproximadamente a 800ºC.

Os mais importantes são:

- BORÁX (é um tetra borato de sódio hidratado que funde aproximadamente a 700ºC)

- FUNDENTE CERÂMICO (é um produto industrializado que pode alterar os tons de esmalte

a ser produzido)

Estes dois materiais sozinhos quando queimados não tem cor por isso é necessário

misturá-los a outros materiais, para obter cor é utilizado os óxidos e corantes minerais.

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3.3 ÓXIDOS

São materiais naturais que depois de lavados e moídos são comercializados, quando

misturado com bórax ou fundentes e aquecido, ocorrem reações químicas que desprendem gás

carbônico e formam bolhas no meio de dois vidros. Por ser natural pode ter impurezas que

alterem as cores de queima.

3.4 CORANTES MINERAIS

São produtos industrializados formados por misturas de óxidos e corantes que são

calcinados e produzem cor, por serem industrializados tem um mais controle de pureza e

normalmente as cores não se alteram, quando misturado com bórax e fundentes também

produzem bolhas no meio de dois vidros.

Quando o vidrado é trabalhado no meio de dois vidros, é uma atmosfera redutora (falta

de oxigênio (e por isso o mesmo vidrado utilizado em um vidro só pode variar a cor na

queima).

Para produzir o vidrado mistura-se o bórax e /ou fundente com um óxido e/ou corante

mineral,geralmente 85% de fundenet/bórax e 15% de oxido/corante.Para a preparação do

esmalte é muito importante uma balança.

Alguns exemplos de óxidos:

Cobre: azul no bórax e esverdeado com fundente.

Manganês: marrom com bórax e fundente.

Cromo: verde no bórax e fundente

Zircônio: branco no bórax e fundente

Níquel: dourado no bórax e fundente

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34

Algumas cores são muito difíceis de serem trabalhadas como o vermelho, por que é

muito instável, pois só pode ser misturado com outros que tenham a mesma base de cádmio, o

rosa e o vinho só um fabricante de esmalte de porcelana é que obtém um rosa pálido, outros

fabricantes, o rosa pode ficar branco entre dois vidros. Os púrpuras para porcelana contém

ouro na sua fórmula, por isso sãO muito caros e usado somente sobre um vidro, não pode

colocar outro em cima pois o ouro necessita oxigênio.

3.5 APLICAÇÃO DOS VIDRADOS

Para obter a cor mais pura e forte é aplicada uma camada mais espessa e para que

fique mais suave uma camada mais fina:Théo Giardullo ensina que podemos aplicá-los de

três formas;

3.5.1 Em pó

Geralmente os esmaltes a base de bórax quando misturados com água podem

aglomerar e fica mais difícil espalhar como pincel, pode usar uma colherzinha e evitar colocar

muito próximo as laterais pois tendem a fundir muito e pode sair para fora do vidro e não dar

um bom resultado no acabamento.

3.5.2 Água

Em geral os esmaltes aplicados com água dão ótimos resultados e também mais fácil

de manusear, pois é só aplicar uma camada mais grossa ou mais fina conforme a tonalidade

que se deseja alcançar.

3.5.3 Óleo

É mais utilizado para fazer pequenos detalhes, pois o esmalte misturado com óleo tem

mais facilidade de trabalhar alguns efeitos. O mais indicado para se trabalhar com óleo é o

esmalte de porcelana, pois mistura mais fácil. Os óleos mais utilizados são o de copaíba e

veiculo oleoso, depois que estes secam aderem no vidro.

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Alguns equipamentos para a aplicação dos esmaltes podem ser uma conta gotas, uma

bucha, uma seringa, pincéis, colher, enfim aquilo que se adequar melhor ao efeito que se

deseja.

3.6 MOLDES

Os moldes para deformação da placa de vidro podem ser qualquer material que

agüente a temperatura de 850ºC sem que se deforme.

Os moldes mais usados são cerâmica, ferro, gesso, concreto celular, fibra cerâmica

prensada entre outros. A placa de vidro deve ser do mesmo tamanho ou um pouco menor, pois

o vidro ao contrário da cerâmica quando é aquecido ele sofre dilatações, se espane e pode cair

para fora do molde, ficando preso ou quebrar, todo molde (menos a fibra) deve ser envolto

em uma camada fina de caulin (pó ou líquido) para que o vidro não cole no molde. O molde

mais recomendado é o de cerâmica, pois é mais barato e tem uma vida útil mais longa, o aço

inoxidável depois de aquecido fica preto, o gesso e o concreto celular quando aquecido

perdem a resistência e por isso só podem ser utilizado uma ou duas vezes. A fibra prensada é

muito mais cara.a fibra cerâmica é muito fácil de trabalhar, pois quando o vidro retrai ele

retrai junto e não quebra ou fica preso ,para trabalhar com ela é só cortar o formato desejado

com uma tesoura pois ele é macio e de fácil corte, a fibra cerâmica pode ser comprada em

casas especializadas por metro quadrado, mas é um material muito mais caro.

3.7 QUEIMA

A queima pode ser em forno elétrico para cerâmica ou forno elétrico para vidro. São

fornos em que as peças são colocadas horizontalmente não podendo encostar umas nas outras

para que não colem . Conforme o forno a queima dura de 1 hora à 1 hora e 30 minutos,

deixando em patamar a 800ºC por 15 minutos, depois é desligado deixando que esfrie

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naturalmente sem interferências externas, como uma corrente forte de vento, pois senão as

peças podem rachar ou estourar, o tempo de resfriamento é geralmente de 8 a 12 horas.

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CAPÍTULO IV

A TÉCNICA DA CERÂMICA

4.1 FORMULAÇÃO DE UMA MASSA CERÂMICA

O ceramista escolhe uma argila que melhor se ajuste as suas necessidades, geralmente

é difícil escolher uma argila que se ajuste a todas exigências. Por isso mesmo é que na maioria

das vezes é preferível uma massa com uma mescla de diferentes tipos de argila e outros

minerais adequados a sua necessidade com respeito a ponto de maciez, cor, textura, contração

e plasticidade.

A formação de uma massa é uma ciência e deve se ter um conhecimento completo dos

materiais disponíveis e a análise cuidadosa de suas próprias necessidades. As massas de argila

comercializadas, são formuladas por engenheiros ceramistas e não são necessariamente o

resultado de uma experiência prática. É essencial a combinação de um conhecimento técnico

de um engenheiro e a prática de um ceramista. Qualquer fórmula de massa de argila deve ser

testada completamente antes de uma mescla em grande quantidade. As provas devem incluir

um ensaio de contração, absorção e coloração obtida. A fórmula de uma pasta é uma coisa

muito pessoal e às vezes o que é perfeito para um ceramista pode não servir para outro.

4.2 TEMPERATURA CORRETA

Toda a argila comporta uma temperatura adequada. Os termos: ponto de biscoito,

ponto de chocolate ponto de couro, ponto de osso, entre outros termos, se referem à argila

com quantidades distintas de água em cada ponto.

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A barbotina é o ponto em que a argila tem uma consistência de maionese e é muito

utilizada como um tipo de cola entre peças de argila e como um modo de pintar outras peças

de cerâmica de argila de cores diferentes.

A argila trabalhada no ponto de plástico é mais freqüentemente usada, isto é, quando a

argila está suficientemente úmida para ter sua máxima plasticidade,mas não pode ser muito

úmida a ponto que grude nas mãos e não desprenda.

Ponto de couro se refere a um estado em que a argila está começando a secar na parte

externa, mas ainda continua úmida, pode ser moldada e levemente dobrada.

No ponto de osso é quando já está pronta a peça, não irá acontecer nenhuma alteração

na sua forma e já pode secar completamente, é muito difícil trabalhar na peça quando está

nesse ponto.

4.3 ETAPAS DA QUEIMA

Uma vez que a peça de cerâmica está seca completamente pode colocar no forno para

a queima. Quando se expõe ao calor todas as argilas mudam radicalmente, tanto em forma

física como em composição química.

Passam através de distintas etapas, a mais importante de todas é a expulsão da

umidade atmosférica a 100ºC e a expulsão da água de combinação química a 315ºC. A

expulsão da água de combinação química é a primeira troca importante e é irreversível. A

transformação do quartzo, a troca dos cristais de silício, e a transformação de todos os

componentes da argila em forma de óxido se produzem, levando à peça alcançar a etapa de

vitrificação, passo final da queima.

A vitrificação significa que certos componentes da argila se fundem e formam uma

estrutura cristalina na argila, isto produz a dureza e durabilidade da argila queimada. Se levar

até o final do processo de vitrificação pode traduzir a fusão completa na peça.

Uma peça está completamente pronta quando a argila está dura e resistente, no caso de

louças e porcelana é quando se torna totalmente impermeável. Como já foi dito cada argila

tem sua temperatura adequada, por isso é essencial determinar o ponto certo que adquire cada

argila para a realização da queima e tempo necessário para todo o processo.

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4.4 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A QUEIMA

Algumas pautas importantes sobre as etapas de queima devem ter certa atenção. A

humidade atmosférica e a água de combinação se desprendem em forma de vapor.Devido a

força do vapor há o perigo de uma explosão, por isso deve proceder lentamente com a queima

neste ponto.

Deve queimar de três a cinco horas a peça para alcançar 535ºC (esse tempo real pode

variar de forno para forno). As peças com estruturas muito grossas devem secar mais

lentamente no seu estado inicial, para que não rachem. No momento da oxidação de todos os

componentes, nos 870ºC, é essencial que haja suficiente oxigênio no forno.Também deve

permitir que a vitrificação se produza lenta e uniformemente através de todo o forno, é nessa

etapa que se produz a contração da argila.

Segundo o tipo de argila e o tipo de obra, a temperatura que se segue e o tempo de

queima dura de 6 a 24 horas. Depois de alcançada a temperatura desejada fecham-se todas as

aberturas do forno para retardar o resfriamento.

O período de resfriamento deve ser de pelo menos tão longo quanto o período de

queima. As peças não devem ser tiradas do forno para que possam ser tocadas, depois de

totalmente frias.

Toda obra de cerâmica cozida pode classificar-se segundo a temperatura a qual foi

submetida. Barro cozido é a denominação de todas as formas cerâmicas cozidas a

aproximadamente 985ºC; a louça é cozida aproximadamente a 1260ºC, a porcelana é um

produto branco translúcido, que tem que ser cozido acima de 1260ºC. Cada um desses

materiais requer uma massa e um vidrado diferente.

Estes tipos de produto diferem grandemente na aparência, assim como a dureza e a

resistência. Geralmente a barro cozido absorve um pouco de água e os vidrados tendem a ser

brilhantes, coloridos e lustrosos. A louça é geralmente impermeável à água e aos ácidos, a

louça é muito mais resistente que o barro cozido, as cores dos vidrados são muito mais mates.

Porem a união entre vidrado e argila é mais forte.No qual o vidrado é menos propenso a errar.

A porcelana está sempre relacionada com a argila branca altamente vitrificável e que na

maioria dos casos é mais refinado tomando uma espécie de translucidez.

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CAPÍTULO V

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 ETAPAS:

5.1.1 O corpo – cerâmica

Para a modelagem foram feitasvárias experiências sobre qual massa cerâmica utilizar,

a que melhor apresentou plasticidade foi a GRés (creme) que ao ser queimada a 1200º C,o que

chamamos de queima em alta temperatura obtém uma cor marrom claro,semelhante a cor de

areia e evidencia o chamote (pó de cerâmica queimada que está misturada a massa cerâmica

em seu estado plástico) dando assim mais qualidade as peças, pois tem uma aparência que

lembra pedra e apresenta resultados mais satisfatórios quanto ao acabamento.

Todas as fadas têm aparentemente os mesmos corpos, na modelagem o que diferencia

são as posições, que foram estudadas para que não houvesse complicações para a finalização

dos trabalhos, devendo lembrar que nas costas de cada fada foi feita uma fenda para que

posteriormente que ali fosse encaixada as asas de vidro.

A etapa da secagem apresentou grandes dificuldades, pois os braços e pernas são mais

finos que o resto do corpo, portanto secavam mais rápido, foi preciso cobrir essas partes com

plástico para que retardasse a secagem, enquanto que as partes mais grossas do corpo iam

secando naturalmente, só depois de quase total secagem dessa parte é que os braços e pernas

podiam ser descobertos, sem esses cuidados o que acontecia era uma secagem desigual, o que

poderia vir a causar rachaduras no encontro de uma parte estivesse muito seca e outra ainda

úmida. Depois de secas as peças eram lixadas para dar o acabamento, pois as fadas não

receberam nenhum tipo de esmalte, apenas a própria argila com chamote.

A queima foi feita com um forno elétrico, regulado para queimar por doze horas

seguidas chegando a mais ou menos 1200ºC, chegando a esta temperatura o forno é desligado,

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mas permanecia fechado por aproximadamente mais doze horas para que as peças chegassem

a temperatura ambiente novamente e assim então poder ser retirada do forno.

5.1.2 As asas – fusing

As asas são o que mais chama atenção e é a principal característica de uma fada,

primeiramente as asas tinham sido feitas de cerâmica e com vidrado colorido,mas não teve um

resultado satisfatório pois não tinham a transparência nem a delicadeza que deveria

representar, a partir dessa primeira experiência a segunda opção foi fazer de resina líquida

cristal, sendo necessário assim elaborar formas para segurar a resina,mas também não obtive o

resultado desejado. O vidro foi a solução para que as asas apresentassem a transparência. Os

modelos das asas eram desenhados igualmente sobre duas placas de vidro de 2mm e entre

essas duas placas eram aplicados os vidrados e os cacos de vidro coloridos nas cores

respectivas que cada fada deveria ter conforme suas características.

A queima foi feita em forno elétrico programado para chegar a 800º C em apenas uma

hora, depois era desligado e as asas ficavam no forno por mais 8 horas até que retornassem a

temperatura ambiente.

Depois dessas duas fases prontas a maior dificuldade é colar as asas ao corpo,pois o

corpo apresenta-se mais frágil e mais leve que as asas,foi necessário experimentar várias colas

como a massa plástica,cimento e por fim o adesivo epóxi de secagem em 24 horas, este

realmente foi o único que colou as asas ao corpo e também serviu para cobrir a fenda,

misturando um pouco da cola epóxi ao pó da cerâmica da mesma cor.

Assim para a exposição dessas fadas cheguei a conclusão que a melhor maneira seria

apresentá-las na real forma que costumamos imaginar uma fada, ou seja flutuando,para isso

uma ambientação adequada utilizando luzes e um fundo de tecido(seda) e as fadas ficarão

suspensas por fios de nylon em forma de móbiles.

O material utilizado para este projeto foi basicamente a massa cerâmica e os vidros e

vidrados.

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CAPÍTULO VI

TRANSPARÊNCIA: SENTIMENTO E FORMA

6.1 APRESENTAÇÃO

As fadas são para mim símbolo de beleza e graciosidade. Não é um dos objetivos

estabelecer padrões de beleza estética, refiro-me à beleza espiritual, à “beleza interna”.

Todas as esculturas foram elaboradas para representar os quatro elementos vitais

(terra, água, ar e fogo), técnicas utilizadas do fusing e da cerâmica foi a forma mais concreta

de se dizer que todos os elementos se completam e que individualmente não exercem suas

funções específicas que lhes confere. As cores e formas também vêm ajudar nesta

representação.

As fadas do ar estão sentadas ou em posições mais tranqüilas, com os braços perto do

corpo. Elas são ousadas, representam estar sempre em movimento, mas com serenidade; elas

são mais discretas, mas nem por isso com menos charme. São mais delicadas, trazem boas

notícias, novidades, apresentam cores mais frias ou até ausência de cor em suas asas, que se

apresentam curvas, referindo-se a palavras como “curva do vento” ou “até onde o vento

levar”.

As fadas da água são sentimentais, são um pouco mais atrevidas, pois trazem consigo

a capacidade de mutação, o que lembra muito que todas as pessoas deveriam ser assim,

capazes de se transformar, de mudar para melhor, sempre se aperfeiçoando nas suas relações.

As asas dessas fadas lembram gotas de água como as da chuva, são arredondadas nas pontas e

com cores azuladas.A água procura os lugares mais baixos e é por isso que mostra a

capacidade de estar em lugares considerados impossíveis, o que nos faz refletir em enfrentar

obstáculos considerados muito difíceis.

As fadas da terra são mais sensoriais, são fadas que tem força por traz da delicadeza,

trazem principalmente a representação da fertilidade, pois na terra tudo se transforma e se

cria. Quando se fala em terra, logo se faz uma associação

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com a natureza, e é por isso que as asas são verdes e possuem formas de folhas e cores mais

escuras também lembrando galhos e a terra em si.

As fadas do fogo são exuberantes, impulsivas e audaciosas, trazem desejo,

sensualidade, poder e paixão.Suas posições são como malabaristas no ar, suas asas têm

formas pontiagudas lembrando chamas, com cores vibrantes, vivas, quentes. O fogo é onde

tudo começa e termina ao mesmo tempo.

A intenção seria foi uma atmosfera de sentimentos mistos com os elementos vitais, por

serem essências à vida. Não precisamos somente de água, de ar, de terra e de fogo,

precisamos também de paixão, de audácia, de carinho, de tranqüilidade, de calma e de força;

enfim, viver em plenitude. As fadas são esbeltas, tem pés grandes e pontudos e não muito bem

formados, o que faz com que pareçam estar calçadas com sapatos pontudos. Elas são ao

mesmo tempo delicadas, frágeis, mas de grande expressão corporal e muito sentimento a

transmitir. As asas são de maior destaque, pois através das mesmas é que mostramos a

delicadeza e principalmente a transparência e o equilíbrio. Quando nos deparamos com a

beleza, fragilidade e transparência das asas, quebramos a barreira do materialismo,

demonstrando que tudo fica mais belo quando os sentimentos e a sensibilidade fazem parte da

nossa vida. Não há o que esconder, quando o espírito está pleno e pode se mostrar por inteiro.

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6.2 FICHAS INDIVIDUAIS DAS ESCULTURAS

JULINHA

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

JULINHA

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 25 X 12,5 X 20 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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MELI

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

MELI - Terra

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 25 X 10 X 22 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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LALÁ

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

LALÁ - Fogo

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 37 X 14 X 20 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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NÂNA

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

NÂNA- Ar

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 38 X 8 X 16,5 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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PATI

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

PATI - Àgua

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 25 X 8 X 16 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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DANI

Esboço

24 x 15 cm, Bico de Pena

DANI - Terra

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 29 X 10 X 19 cm

Modelagem manual

Foto: Guilherme Castro

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CELINA -Fogo

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 24 X 29 X 25 cm

Modelagem manual

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ANA - Terra

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 28 X 18 X 7.5 cm

Modelagem manual

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GI - Ar

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 28 X 8 X 28 cm

Modelagem manual

Page 54: Gadotti; francielle melinna araujo   transparência sentimento e forma

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NESSA - Água

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 26 X 9 X 24 cm

Modelagem manual

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TATA - Terra

Cerâmica e fusing

Creme com chamote 1200ºC

e Vidro 800º C

Dimensões: 26 X 9 X 24 cm

Modelagem manual

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É através dos utensílios e objetos de cerâmica que algumas civilizações arcaicas

puderam ser decifradas e estudadas com detalhes na sua produção artística,histórica cultural e

geográfica. Desde o início dos estudos da história da arte, a cerâmica apresenta-se como uma

das artes que mais revela sobre cada cultura, pois sua durabilidade e resistência a água, ao

tempo e as diversas temperaturas asseguram suas características originais.

A arte da cerâmica instiga a criar, produzir, colocar na argila toda a criatividade

latente, inventar novas formas de modelar, dar um acabamento diferenciado e novos tipos de

queimas. Por essa infinidade de formas de produzir e apresentar-se é que a cerâmica foi sem

dúvida a melhor escolha para a execução das esculturas desta pesquisa. As fadas são a

personificação dos quatro elementos. Por esse motivo fiz um estudo sobre os mesmos, por

estarem inseridos dentro do nosso cotidiano, fazendo parte de nossa vida.

A procura da técnica do fusing veio da necessidade de algo que se assemelhasse o

mais próximo da transparência das asas das fadas. Apesar de não ter tido anteriormente

nenhum contato com esta técnica, o fusing é o primeiro passo para quem quer trabalhar com

vidro.

O objetivo maior era fazer a ligação do tema com a técnica, usando como eixo os

quatro elementos, pois tanto para a técnica, como para o tema todos os elementos são de

necessidade mútua. Estão intimamente interligados, enfim, um só não é nada, mas a união

deles gera a vida.

Á vida não é necessária somente a matéria, ela necessita de sentimento, precisa da

força, sensibilidade, audácia, delicadeza, força, emoções, todos os seres precisam de

sentimentos,o que nos torna seres pensantes e capazes de expressar emoções.

A longa pesquisa para unir tudo isso em uma só forma tornou-se uma incansável busca

por novas técnicas e formas de expressão. Dessa maneira ao final das pesquisas e ao ver as

obras prontas gerou um incentivo a mais para dar continuidade ao aprofundamento das

técnicas da cerâmica e principalmente todas as outras formas de se trabalhar com vidro.

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BIBLIOGRAFIA

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Brasil: Criacion Design, nº 16, p. 16 - 18, março 2005.

BARDI, P.M. Arte da Cerâmica no Brasil.São Paulo: Banco Sudameris Brasil S.A.

Impresso no Brasil, 1980.

CAVALCANTI, Carlos, Como Entender a Pintura Moderna, 5ª edição, Editora Rio, Brasil,

1973.

ENCICLOPÉDIA BARSA. São Paulo: Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações Ltda,

1994, v. 8.

GELDER VAN, Dora, O mundo real das Fadas, 9 edição, Editora Pensamento, São Paulo,

Brasil, 1990.

GIARDULLO, Théo. Fusing. São Paulo, Brasil: 2004. 12p. (Apostila)

GOMBRICH, E. H., A Historia da Arte, 13ª edição, Zahar Editoras, Rio de Janeiro, 1981.

________________, A Historia da Arte, 16ª edição, Editora Ltc, Brasil, 1950.

HARRY,David. Cerámica Creativa. Barcelona: Espanha. Ed. Ceac,1978.

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MASSARA, Fillipo. Técnica da cerâmica ao alcance de todos. Barcelona: Espanha Ed . D-

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NELSON,Glenn C. Cerámica Manual para el alfarero. México,Ed. Cia. Ed. Continental, 2ª

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MARCHAND,Pierre. O trabalho dos escultores,4ª edição,Editora Melhoramentos,São

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SILVER, Sarah, O livro das fadas prensadas, 2 edição, Editora Livre , São Paulo, Brasil,

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WOODY, Elsbeth S. Ceramica a mano.Barcelona: Espanha. Ediciones Ceac,1981.

SITES CONSULTADOS:

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BOCHETTI, Luciana. Os Quatro Elementos < http://www.misteriosantigos.com>, acessado

em 25/06/2005.

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ANEXOS

SUPERTIÇÕES SOBRE FADAS

1 - Qualquer um que carregar um trevo de quatro folhas será capaz de ver fadas.

2 - Os fazendeiros sabem que arar as rugas sinuosas do solo evita que as fadas mirem suas

flechas, ao longo de tais rugas, em direção a seus cavalos e bois.

3 - Dizem que as fadas e outros espíritos dos bosques vestem-se de verde e sugeriu-se que

qualquer um que usasse essa cor ou gostasse dela, seria submetido à influência das fadas.

4 - Uma pessoa que passasse por um grupo de fadas, deveria inverter o chapéu(ou boné, etc)

para confundir qualquer fada que tentasse fazer com que a pessoa se unisse à dança das fadas.

5 - Se ouvir o som de fadas rindo e conversando, você deverá correr nove vezes ao redor delas

e sempre na direção que o sol toma ou você se tornará escrava do poder das fadas.

6 - Sinos eram usados para se proteger de fadas e espíritos malignos.