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Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 ANO XCI / Nº5178 SEXTA-FEIRA 16 JUNHO DE 2017 PREÇO: 0,80€ ASSINATURA ANUAL: 22,50€ DIGITAL: 15€ www.gazetacaldas.com Director: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano facebook.com/gazetacaldas Tel:262870050 / Fax: 262870058/59 [email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected] (1402) Gala de humor e música no CCC distinguiu cartoonistas de todo o mundo O iraniano Alireza Pakde foi o vencedor do Grande Prémio do World Press Cartoon (WPC) 2017, cuja gala teve lugar no sábado, 10 de Junho, no CCC. O seu car- toon refere-se ao drama dos refu- giados ironizando a sua situação com o afundamento de um bar- co num aquário (representando o Mediterrâneo) perante o olhar de espectadores que se limitam a observar ou a tirar fotografias. Quase três centenas de cartoons vindos de 51 países dos quatro continentes do mundo, publi- cados em 160 jornais e revistas, que traçam a cores mais ou me- nos fortes, as principais histórias jornalísticas do ano de 2016, es- tiveram presentes nas Caldas da Rainha. O WPC2017 colocou a cidade no centro do mundo do cartoonismo e as Caldas viveu um espectáculo que agradou a mais de meio mi- lhar de pessoas da região e vindas de várias partes do país, que se deliciaram com os gags do mimo belga Elliot e da portuguesa Maria Rueff, que foram acompanhados pela orquestra de jazz Begin Big Band. Na exposição que o leitor pode vi- sitar até 10 de Agosto no CCC, as figuras e os acontecimentos mais focados são Trump, os atentados por todo o mundo, o desapare- cimento de Fidel de Castro, o di- tador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ou mesmo o portu- guês Cristiano Ronaldo. Mesmo que não tenha ido à gala não perca uma visita à exposição. Destacável A maioria das freguesias da região sobrevive com as transferências que re- cebe do Estado (através do Fundo de Equilíbrio Financeiro) e da Câmara Municipal no âmbito da de- legação de competências. As parcas receitas próprias provêm do aluguer de sa- las, do posto de correios ou da prestação de alguns serviços. Mas há excepções: Foz do Arelho, Alvorninha e S. Martinho do Porto pos- suem receitas extras que têm um peso significati- vo no seu orçamento. Um privilégio que advém, no primeiro caso, do parque de estacionamento e do parque de autocaravanas, no segundo do terrado do Mercado de Santana, e no terceiro do parque de cam- pismo. Pág. 17 A Câmara das Caldas não concor- da com as restrições à constru- ção junto da orla costeira (sobre- tudo na zona da Serra do Bouro) previstas no novo Programa para a Orla Costeira Alcobaça-Cabo Espichel (POC). Este instrumen- to de ordenamento tem por meta combater a erosão costeira até 2028 e abrange 224 quilómetros de costa repartidos por 12 conce- lhos, entre Alcobaça e Sesimbra. Integra também a Lagoa de Óbidos, no que diz respeito ao plano de água e zona terrestre de protecção. Pág. 3 No final do ano lectivo passado a Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) instaurou um inquérito ao Colégio Rainha D. Leonor na sequên- cia de denúncias apresentadas por en- carregados de educação, alunos e pro- fessores da escola pública. As suspeitas incidiam sobre a possibilidade de inflac- ção das classificações atribuídas às dis- ciplinas opcionais (sem exame) do 12º ano daquela escola, principalmente a Direito, em que 21 dos 23 alunos obtive- ram a nota máxima, 20 valores. Terminada a investigação - que incluiu consulta de documentos (critérios de avaliação, pautas, actas de reuniões e grelhas de classificação) e entrevistas a alunos e professores do Colégio - o IGEC arquivou o caso e concluiu que não há indícios que as notas tenham sido inflacionadas. Contudo, o professor de Direito não foi ouvido porque era contratado e já se en- contrava de férias. A direcção do Colégio diz que colabo- rou com a investigação e que se encon- tra agora num ambiente de tranquilida- de. Pág. 3 Câmara das Caldas contesta Programa para a Orla Costeira Inspecção da Educação arquivou investigação ao Colégio Rainha D. Leonor Maioria das freguesias com poucas receitas próprias Hospitais das Caldas e de Torres com preços diferentes pelos mesmos exames laboratoriais Um laboratório privado cobra preços diferentes pelos mesmos exames de anatomia patológica consoante estes sejam pedidos pelo hospital de Torres Vedras ou das Caldas da Rainha. Esta situação é anterior à criação do CHO, em 2012, quando os dois hospitais eram autónomos e ti- nha negociado as suas tabelas com o referido laboratório. Só que, cinco anos após a fu- são dos hospitais, o Hicislab, do Porto, continua a cobrar preços diferentes porque nunca hou- ve o cuidado de rever os contra- tos que existiam em cada hos- pital procurando uniformizá-los (supostamente pelo valor mais baixo). Os valores não são despiciendos: o CHO gasta com aquele labora- tório 450 mil euros por ano. Mas há mais. Se entre Torres e Caldas já há diferenças razoáveis de preços, os exames pagos pe- los hospitais do CHO no seu todo chegam a ser quase três vezes superiores ao que paga o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa pelos mesmíssimos exames. Alguém aqui não anda a cuidar do interesse público. Pág. 7 (0707) DR DR Fátima Ferreira Pub.

Gala de humor e música no CCC distinguiu cartoonistas de ... · a Orla Costeira Alcobaça-Cabo Espichel (POC). Este instrumen-to de ordenamento tem por meta combater a erosão costeira

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Page 1: Gala de humor e música no CCC distinguiu cartoonistas de ... · a Orla Costeira Alcobaça-Cabo Espichel (POC). Este instrumen-to de ordenamento tem por meta combater a erosão costeira

Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 ANO XCI / Nº5178 SEXTA-FEIRA 16 JUNHO DE 2017

PREÇO: 0,80€ ASSINATURA ANUAL: 22,50€ DIGITAL: 15€ www.gazetacaldas.comDirector: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano facebook.com/gazetacaldas

Tel:262870050 / Fax: 262870058/[email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected]

(1402)

Gala de humor e música no CCC distinguiu cartoonistas de todo o mundo

O iraniano Alireza Pakde foi o vencedor do Grande Prémio do World Press Cartoon (WPC) 2017, cuja gala teve lugar no sábado, 10 de Junho, no CCC. O seu car-toon refere-se ao drama dos refu-giados ironizando a sua situação com o afundamento de um bar-co num aquário (representando o Mediterrâneo) perante o olhar de espectadores que se limitam a observar ou a tirar fotografias.Quase três centenas de cartoons vindos de 51 países dos quatro continentes do mundo, publi-cados em 160 jornais e revistas, que traçam a cores mais ou me-nos fortes, as principais histórias jornalísticas do ano de 2016, es-tiveram presentes nas Caldas da Rainha.O WPC2017 colocou a cidade no centro do mundo do cartoonismo

e as Caldas viveu um espectáculo que agradou a mais de meio mi-lhar de pessoas da região e vindas de várias partes do país, que se deliciaram com os gags do mimo belga Elliot e da portuguesa Maria Rueff, que foram acompanhados pela orquestra de jazz Begin Big Band.Na exposição que o leitor pode vi-sitar até 10 de Agosto no CCC, as figuras e os acontecimentos mais focados são Trump, os atentados por todo o mundo, o desapare-cimento de Fidel de Castro, o di-tador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ou mesmo o portu-guês Cristiano Ronaldo. Mesmo que não tenha ido à gala não perca uma visita à exposição. Destacável

A maioria das freguesias da região sobrevive com as transferências que re-cebe do Estado (através do Fundo de Equilíbrio Financeiro) e da Câmara Municipal no âmbito da de-legação de competências. As parcas receitas próprias provêm do aluguer de sa-las, do posto de correios ou da prestação de alguns serviços.Mas há excepções: Foz do

Arelho, Alvorninha e S. Martinho do Porto pos-suem receitas extras que têm um peso significati-vo no seu orçamento. Um privilégio que advém, no primeiro caso, do parque de estacionamento e do parque de autocaravanas, no segundo do terrado do Mercado de Santana, e no terceiro do parque de cam-pismo. Pág. 17

A Câmara das Caldas não concor-da com as restrições à constru-ção junto da orla costeira (sobre-tudo na zona da Serra do Bouro) previstas no novo Programa para a Orla Costeira Alcobaça-Cabo Espichel (POC). Este instrumen-to de ordenamento tem por meta combater a erosão costeira até 2028 e abrange 224 quilómetros de costa repartidos por 12 conce-lhos, entre Alcobaça e Sesimbra. Integra também a Lagoa de Óbidos, no que diz respeito ao plano de água e zona terrestre de protecção. Pág. 3

No final do ano lectivo passado a Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) instaurou um inquérito ao Colégio Rainha D. Leonor na sequên-cia de denúncias apresentadas por en-carregados de educação, alunos e pro-fessores da escola pública. As suspeitas incidiam sobre a possibilidade de inflac-ção das classificações atribuídas às dis-ciplinas opcionais (sem exame) do 12º ano daquela escola, principalmente a Direito, em que 21 dos 23 alunos obtive-ram a nota máxima, 20 valores.Terminada a investigação - que incluiu

consulta de documentos (critérios de avaliação, pautas, actas de reuniões e grelhas de classificação) e entrevistas a alunos e professores do Colégio - o IGEC arquivou o caso e concluiu que não há indícios que as notas tenham sido inflacionadas. Contudo, o professor de Direito não foi ouvido porque era contratado e já se en-contrava de férias. A direcção do Colégio diz que colabo-rou com a investigação e que se encon-tra agora num ambiente de tranquilida-de. Pág. 3

Câmara das Caldas contesta Programa para a Orla Costeira

Inspecção da Educação arquivou investigação ao Colégio RainhaD. Leonor

Maioria das freguesias com poucas receitas próprias

Hospitais das Caldas e de Torres com preços diferentes pelos mesmos exames laboratoriaisUm laboratório privado cobra preços diferentes pelos mesmos exames de anatomia patológica consoante estes sejam pedidos pelo hospital de Torres Vedras ou das Caldas da Rainha. Esta situação é anterior à criação do CHO, em 2012, quando os dois hospitais eram autónomos e ti-nha negociado as suas tabelas com o referido laboratório.Só que, cinco anos após a fu-são dos hospitais, o Hicislab, do Porto, continua a cobrar preços diferentes porque nunca hou-ve o cuidado de rever os contra-tos que existiam em cada hos-pital procurando uniformizá-los (supostamente pelo valor mais baixo).Os valores não são despiciendos:

o CHO gasta com aquele labora-tório 450 mil euros por ano.Mas há mais. Se entre Torres e Caldas já há diferenças razoáveis de preços, os exames pagos pe-los hospitais do CHO no seu todo chegam a ser quase três vezes superiores ao que paga o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa pelos mesmíssimos exames. Alguém aqui não anda a cuidar do interesse público. Pág. 7

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