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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO 1 Garantia De Segurado Ao Contribuinte Do Instituto Nacional Do Seguro Social - INSS Cristiane Lemos Ramos VRO [email protected] UFF/ICHS Thaline Lara Oliveira de Souza Almeida VRO [email protected] UFF/ICHS Renato Santos Rossetti VRO [email protected] UFF/ICHS Resumo Com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, o Estado passa a ser, além de regulador da economia, agente de promoção social. O atendimento das demandas sociais tem um custo muito relevante no Orçamento Público, especialmente no que se refere à Previdência Social, responsável por vários benefícios legais. Este estudo busca, valendo-se de pesquisa bibliográfica, verificar a sustentabilidade do Sistema Previdenciário do Brasil, demonstrando a dificuldade em encontrar o devido equilíbrio financeiro, que garanta a todos os brasileiros o pleno acesso e gozo dos benefícios previdenciários. Verifica-se que as alterações já introduzidas na legislação amenizaram o crescimento do déficit da Previdência Social, porém não conseguiram proporcionar equilíbrio entre receitas e despesas. Percebe-se que adequações são constantemente necessárias, de modo a compatibilizar regras de acesso a benefícios com a realidade social. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Gestão Previdenciária. Benefícios Sociais. INSS 1 Introdução Fazer uma verificação da sustentabilidade do Sistema Previdenciário do Brasil e da situação de seus segurados, enquanto contribuintes deste sistema público, se justifica na perspectiva das garantias de acesso destes ao direito de aposentadoria e outros benefícios, após o cumprimento dos requisitos para sua concessão. Este tema tem origem na observação de que a Previdência Social ainda não encontrou uma fórmula de cálculo que permita ao Sistema sua sustentabilidade ao longo do tempo, dadas as mudanças no comportamento social, como um menor número de filhos por família, tornando desproporcional a relação entre contribuintes no gozo de aposentadoria e base contributiva para o sistema; ou ainda, a constatação do aumento da expectativa de vida dos contribuintes em geral, que eleva o tempo que o segurado receberá o benefício após sua concessão. A Previdência no Brasil teve início em 1918, com a criação do fundo de aposentadoria e pensões dos funcionários dos Correios, que foi o primeiro regulamento normativo sobre o tema no país. Posteriormente surgiram novos fundos para trabalhadores de outras categorias. O grande marco foi a Lei Eloy Chaves, de 1923, que criou o fundo de aposentadoria e pensões para os funcionários das empresas

Garantia De Segurado Ao Contribuinte Do Instituto Nacional Do … Ramos... · INSS Cristiane Lemos Ramos – VRO ... Resumo Com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988,

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

1

Garantia De Segurado Ao Contribuinte Do Instituto Nacional Do Seguro Social -

INSS

Cristiane Lemos Ramos – VRO – [email protected] – UFF/ICHS

Thaline Lara Oliveira de Souza Almeida – VRO – [email protected] – UFF/ICHS

Renato Santos Rossetti – VRO – [email protected] – UFF/ICHS

Resumo

Com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, o Estado passa a ser, além de

regulador da economia, agente de promoção social. O atendimento das demandas

sociais tem um custo muito relevante no Orçamento Público, especialmente no que se

refere à Previdência Social, responsável por vários benefícios legais. Este estudo busca,

valendo-se de pesquisa bibliográfica, verificar a sustentabilidade do Sistema

Previdenciário do Brasil, demonstrando a dificuldade em encontrar o devido equilíbrio

financeiro, que garanta a todos os brasileiros o pleno acesso e gozo dos benefícios

previdenciários. Verifica-se que as alterações já introduzidas na legislação amenizaram

o crescimento do déficit da Previdência Social, porém não conseguiram proporcionar

equilíbrio entre receitas e despesas. Percebe-se que adequações são constantemente

necessárias, de modo a compatibilizar regras de acesso a benefícios com a realidade

social.

Palavras-Chave: Sustentabilidade. Gestão Previdenciária. Benefícios Sociais. INSS

1 – Introdução

Fazer uma verificação da sustentabilidade do Sistema Previdenciário do Brasil e

da situação de seus segurados, enquanto contribuintes deste sistema público, se justifica

na perspectiva das garantias de acesso destes ao direito de aposentadoria e outros

benefícios, após o cumprimento dos requisitos para sua concessão.

Este tema tem origem na observação de que a Previdência Social ainda não

encontrou uma fórmula de cálculo que permita ao Sistema sua sustentabilidade ao longo

do tempo, dadas as mudanças no comportamento social, como um menor número de

filhos por família, tornando desproporcional a relação entre contribuintes no gozo de

aposentadoria e base contributiva para o sistema; ou ainda, a constatação do aumento da

expectativa de vida dos contribuintes em geral, que eleva o tempo que o segurado

receberá o benefício após sua concessão.

A Previdência no Brasil teve início em 1918, com a criação do fundo de

aposentadoria e pensões dos funcionários dos Correios, que foi o primeiro regulamento

normativo sobre o tema no país. Posteriormente surgiram novos fundos para

trabalhadores de outras categorias. O grande marco foi a Lei Eloy Chaves, de 1923, que

criou o fundo de aposentadoria e pensões para os funcionários das empresas

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ferroviárias. Em 1966 com a fusão dos fundos de aposentadorias e pensões foi criado o

Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Em 1990 o INPS e o Instituto

Administrativo Financeiro da Previdência se fundiram e formaram o Instituto Nacional

do Seguro Social (INSS).

No Brasil, a previdência pública é composta pelo Regime Geral de Previdência

Social (RGPS), de filiação obrigatória para os trabalhadores regidos pela Consolidação

das Leis Trabalhista (CLT) e pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), de

filiação obrigatória para os servidores públicos.

O acesso à aposentadoria tem respaldo constitucional, e é regulamentado pela

Lei no 8213/91 e suas alterações por leis posteriores. Estas últimas vêm impondo

significativas mudanças no critério de concessão de benefícios aos segurados e buscam

uma fórmula adequada que traga equilíbrio entre os que recebem os benefícios e os que

contribuem para manter os pagamentos destes benefícios.

A Previdência Social faz parte da Seguridade Social, conforme determina o

artigo 194 da Constituição Federal (BRASIL, 1988, p.117): “A seguridade social

compreende um conjunto integrado de ações, de iniciativa dos Poderes Públicos e da

sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à

assistência social”.

No artigo 195, a Constituição Federal (BRASIL, 1988, p.117) define que a

“Seguridade Social deverá ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e

indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios”. Desta forma, tanto a sociedade tem o dever de

financiar a Seguridade Social, através das contribuições sociais listadas neste mesmo

artigo, como o poder público, através de repasses de recursos orçamentários.

O artigo 201 da Constituição Federal (BRAIL, 1988, p.120) afirma que “a

previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e

de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e

atuarial (...)”.

As modificações promovidas depois de 1988 caracterizam que o

provisionamento de benefícios previdenciários é um grande desafio, no tocante aos

recursos financeiros, para que estes viabilizem a funcionalidade do sistema, ao longo do

tempo.

Uma relevante alteração foi feita em 1999, buscando equilibrar base contributiva

com pagamentos a segurados em gozo do benefício de aposentadoria, com a introdução

do Fator Previdenciário no cálculo da aposentadoria. Com o Fator Previdenciário,

embora esteja garantido o acesso ao benefício, uma vez cumprida a exigência legal de

tempo de contribuição (35 anos para homens e 30 para mulheres), sem as idades

mínimas definidas (65 anos para homens e 60 anos para mulheres) o valor do benefício

a ser pago ao segurado sofre redução, mediante aplicação de alíquotas redutoras.

A observação destas várias alterações realizadas e das propostas atuais em

discussão no Parlamento brasileiro, parecem demonstrar que ainda não se encontrou

uma fórmula adequada que proporcione equilíbrio entre receita e despesas no caixa

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previdenciário. Em reportagem publicada pelo site G1, Martello (2016) mensura o

déficit nas contas da Previdência, a partir de estimativa feita pelo próprio INSS.

Segundo esta estimativa, o déficit do sistema previdenciário público, que atende aos

trabalhadores do setor privado, avançará, de R$ 147 bilhões no ano de 2016, para R$

183 bilhões em 2017.

Diante desta realidade fiscal da Previdência Social no Brasil e o crescente e

bilionário déficit nas contas da Previdência, podem os contribuintes do INSS terem

segurança quanto ao efetivo gozo dos benefícios previdenciários, especialmente em

relação a aposentadoria?

Neste sentido, este trabalho busca verificar o nível de segurança que o

contribuinte de hoje terá, no futuro, neste tipo de seguro, discutindo a sustentabilidade

do sistema previdenciário.

2 – Referencial Teórico

A discussão sobre o equilíbrio financeiro do INSS é bastante longa, demandando

noção do histórico da seguridade social no Brasil e consideração dos diversos aspectos

que impactam o caixa previdenciário, como agentes financiadores, variáveis de cálculo,

sangria de caixa por desvios de finalidade ou fraudes, comportamento social, base

contributiva e expectativa de vida dos segurados. Todos estes aspectos devem estar

associados ao conceito de justiça social, entendida como “tratar os iguais de forma igual

e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades” (NERY JUNIOR,

1999, p. 42).

Um breve histórico do INSS é feito por Batich (2010), que discorre sobre a

trajetória da Seguridade Social no Brasil. Seu texto relata que a Seguridade Social no

Brasil teve início no começo do século XX, com a criação dos fundos de auxílio mútuo,

por iniciativa dos trabalhadores. A participação do Estado veio em 1923, com a criação

da Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAP). Em 1930, Getúlio Vargas criou os

Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), quando a filiação passou a ser por

categorias, deixando de ser por empresas. Em 1960 foi promulgada a Lei Orgânica que

instituiu um sistema previdenciário único para todos os trabalhadores do setor privado.

Em 1966 se deu a consolidação do sistema com a criação do Instituto Nacional de

Previdência Social (INPS) que, mais tarde foi substituído pelo atual Instituto Nacional

do Seguro Social (INSS).

A evolução da legislação previdenciária se justifica na perspectiva da relevância

deste tema para a vida em sociedade, uma vez que afeta a todos. Batich (2010, p. 1)

enfatiza a importância e a finalidade da Previdência Social nos vários países, afirmando

que em todas as Nações, “os sistemas previdenciários possuem uma função comum:

assistir com recursos financeiros a população adulta quando afastada do mercado de

trabalho, por motivos alheios à sua vontade, como doença, invalidez e idade avançada”.

A autora coloca ainda as diversas estruturas legais em que estes sistemas estão

constituídos se dão por razões de ordem cultural, social e política, fazendo com que

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cada sociedade elabore seus mecanismos de proteção social de forma que melhor lhe

convenha.

Como vimos, embora com diferenças culturais e organizacionais, a assistência

com recursos financeiros é uma preocupação comum em todas sociedades. Neste

sentido, da providência à população em geral, Pavésio (1973), discorrendo sobre o

Instituto Nacional de Previdência Social, aponta a necessidade de assegurar aos

cidadãos meios de manutenção em situações adversas. O autor comenta a possibilidade

do contribuinte, no exercício de sua atividade ou em gozo da qualidade de segurado,

sofrer algum acidente ou ser acometido de alguma doença, ocasionando, temporária ou

permanentemente, sua incapacidade de produzir. Nesta condição, este contribuinte terá

direito a receber o benefício cabível, de acordo com análise do INSS, uma vez que tem

direito ao auxílio-acidente todo empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso,

segurado especial, gestantes ou desempregados em gozo da qualidade de segurado. Este

benefício é isento de carência e concedido mediante acidente de qualquer natureza, que

reduza ou impossibilite a capacidade de trabalho. Sua cessação será por retorno

voluntário à atividade, recuperação da capacidade, recuperação parcial da capacidade ou

morte do segurado.

Complementando o entendimento dos objetivos da Seguridade Social, e

buscando realçar sua importância, Fillipo (2007, p. 1) enfatiza o principal deles, que é

“assegurar renda aos contribuintes, quando estes, por motivos alheios a sua vontade, não

estiverem aptos a fazê-lo. Isso ocorre por meio de um sistema contributivo, onde a

contribuição no presente visa assegurar benefício futuro a este contribuinte”. Fica

evidente aí, a solidariedade existente no contexto da seguridade social, que se dá no fato

de que os contribuintes atuais são os que devem custear os contribuintes do passado, da

mesma formar que, um dia, os atuais serão custeados pelos futuros. Esta mesma

solidariedade se aplica também, no caso de um contribuinte ser atingido por algum

evento de incapacidade, que o impossibilite de contribuir, quando todos os outros

continuam contribuindo, garantido a cobertura do afastado.

Filippo (2007, p. 1) afirma que “a Seguridade Social, segundo o texto

constitucional, é um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da

sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à

assistência social”. Esta afirmação está em sintonia com o artigo 195 da Constituição

Federal (BRASIL, 1988, p. 117) que define a responsabilidade do financiamento da

Seguridade como sendo de toda a sociedade, seja pelos segurados, através de suas

contribuições; seja pelo poder público, por meio da provisão de recursos públicos,

vinculados por leis a esta finalidade.

Desta forma, os recursos direcionados para a área social devem ser

suficientemente providenciados de modo a manter o equilíbrio financeiro deste sistema,

conforme determina o artigo 201 da Constituição Federal (BRASIL, 1988, p.120), que

apresenta a seguinte redação: “a previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que

preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”.

Segundo Torraca (2010, p.1):

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Equilíbrio financeiro pode ser entendido como saldo zero ou positivo do

encontro entre receitas e despesas do sistema. Ou seja, é a adequada

arrecadação de modo que seja suficiente para a realização de todos os

pagamentos devidos. O equilíbrio atuarial traz conceitos oriundos da ciência

do seguro, levando em consideração, expectativa de arrecadação versus

expectativa de pagamentos ao longo do tempo. Através das análises atuárias é

possível elaborar medidas para a correção de desvios ao longo de

determinado período, como por exemplo, o impacto do aumento da

expectativa de vida, que faz com que benefícios sejam pagos por mais tempo,

enquanto o menor número de filhos nas famílias produz menor número de

contribuintes. Desta forma, é fácil entender a existência do desequilíbrio do

Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

Portanto, as contribuições para o sistema devem ser dimensionadas e cuidadas

para que se mantenha o equilíbrio de suas contas.

Observando o financiamento da Seguridade Social, onde está inserida a

Previdência, constata-se que as receitas desta área não são totalmente empregadas na

área social. É possível verificar que, com a utilização de mecanismo de Desvinculação

de Receitas da União (DRU), o poder público retira recursos da área social, destinando-

o para outros fins. Este fato é bastante significativo, pois acaba provocando um

desfalque das receitas previdenciárias, gerando uma falsa impressão de déficit

previdenciário. De acordo com Alves (2015, p.1): “(...) a Seguridade Social será

financiada pela sociedade, de forma direta e indireta, e mediante a Lei no 82312/91, art.

10, por recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Municípios e de contribuições sociais (...)”. Desta forma, a Seguridade Social, que

compreende Previdência, Assistência Social e Saúde, tem receitas e despesas

vinculadas, que não deveriam ser destinadas para outras áreas, senão a social.

Outro ponto a ser considerado, quando se verifica a sustentabilidade do sistema

previdenciário, que também produz significativo impacto no caixa do INSS, são as

fraudes em concessão de benefícios. No caso do auxílio-doença, enquanto muitos

segurados, mesmo apresentando problemas de saúde comprovada, têm seus pedidos de

benefícios negados, outros têm benefícios concedidos de forma irregular, mediante

“compra” de decisões. Jucá (2013, p. 1) afirma que “em todo o país milhares de "falsos

doentes", com a ajuda de atravessadores, ingressam com pedidos de concessão de

benefícios por incapacidade e têm os pedidos deferidos”.

Todo o contexto da provisão de benefícios sociais pelo Estado está relacionado a

busca pela justiça social, que é um desafio de todo governante. Em todas as sociedades

constatam-se práticas que tentam implementar esta justiça. Neste sentido, Junior e

Folmann (2015), comentando sobre a Previdência Social nesta perspectiva, discorrem

sobre a dificuldade em impor justiça social, uma vez que esta não é um conceito de

senso comum. Seu trabalho trata de três temas bastante atuais: a análise estrutural da

Seguridade Social; o Processo Judicial Previdenciário e a influência do argumento

econômico na construção da decisão judicial. Estes temas são abordados na perspectiva

de elucidar os vários mecanismos e os direitos previdenciários que todos têm, e que,

devido à extensão do assunto, da burocracia e das interpretações jurídicas, deixam de

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ser devidamente aplicadas na vida das pessoas, permitindo que muitos fiquem à margem

dos seus, que lhes são conferidos pelo ordenamento jurídico brasileiro.

3 – Metodologia

A metodologia utilizada nesse trabalho foi a Pesquisa Bibliográfica. Escolheu-se

a temática “Seguro Social e acesso a benefícios”, baseado nos estudos da Lei no 8213/91

e suas alterações por Leis posteriores, da Lei no 13.183 e da PEC no 287, buscando

oferecer subsídios que fomentem discussões sobre o direcionamento dos recursos da

Seguridade Social (Previdência/ Assistência/ Saúde). Para tanto, se fez necessário

aprofundar o entendimento da atual legislação pertinente ao tema, especialmente quanto

ao financiamento da Seguridade Social e o acesso da sociedade a seus benefícios.

Para verificação da sustentabilidade do INSS, dada a complexidade e

importância desse sistema de seguro social, faz-se necessário investigação de variadas

opiniões e reflexões sob os diferentes aspectos que este tema pode ser abordado. Foram

encontrados artigos de autores que abordam este tema sob diferentes pontos de vista,

com textos que discorrem sobre essa problemática e evidenciam a dificuldade em

implementar justiça social.

Dentre as várias abordagens disponíveis, buscou-se artigos que contemplassem

temas como histórico da Previdência Social no Brasil; importância da seguridade social

para garantir renda mínima aos cidadãos; legislação e regras atuais para concessão de

benefícios; estudos sobre a base contributiva, como realidade e comportamentos sociais.

4 – Resultados e Discussões

Observa-se que, num curto espaço de tempo após a promulgação da Constituição

de 1998, várias alterações e revisões foram introduzidas nas regras previdenciárias

previstas no texto original, através de Leis e Projetos. Podemos citar as Emendas

Constitucionais (EC) no 20/1998, que definiu critérios de acesso e valores de benefícios

para servidores públicos e instituiu o caráter contributivo; EC no 41/2003, que instituiu

o caráter solidário para empregados públicos e redefiniu cálculo de valor do benefício;

EC no 47/2005, que redefiniu critérios de cálculo de valores de benefícios e altera

categorias especiais; EC no 70/2012, que alterou os critérios para cálculo de benefício de

servidores públicos. Estas modificações na legislação previdenciária “reestruturaram as

bases contributivas da seguridade social estando em plena sintonia com preocupação

mundial com o sustento da previdência pública, não destoando o Brasil de tal situação”

(BARBOSA, 2013, p.1).

Dentre as alterações implementadas, pode-se constatar que a criação do Fator

Previdenciário foi a que mais produziu efeitos prático para minimizar o crescente déficit

previdenciário. Foi criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em 1999,

com o objetivo básico de evitar que as pessoas se aposentem muito jovens. Seu cálculo

leva em conta o tempo de contribuição, a idade do trabalhador na hora da aposentadoria,

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a expectativa de sobrevida e ainda a alíquota fixa do fator (que hoje é 0,31,

correspondente ao recolhimento de 20% do empregador e 11% do empregado). Uma

ilustração desta fórmula pode ser visualizada a seguir:

Fonte: redeglobo.globo.com/sp/eptv

O resultado deste cálculo, que é o fator previdenciário, é multiplicado pela média

dos 80% maiores salários, percebidos desde 1994 e ajustados pela inflação, que é a base

de cálculo do valor mensal da aposentadoria.

Ao discorrer sobre a aplicação o Fator Previdenciário, a legislação pertinente a

este assunto introduziu a variável “idade mínima” no critério de cálculo do benefício a

ser pago ao segurado. Assim, mulheres com menos de 60 anos e homens com menos de

65 anos, terão o Fator Previdenciário aplicado sobre o valor do benefício de

aposentadoria. Segundo Almeida (2003, p. 1), o fator previdenciário “buscou

endogeneizar variáveis demográficas e estabelecer uma correlação entre contribuições e

benefícios para fins da determinação de seus valores”. Desta forma, o tempo de

contribuição e a expectativa de sobrevida do segurado passaram a ser considerados no

cálculo da aposentadoria, uma vez que, desde o final de 2004, este fator é aplicado sobre

o cálculo de todos os pedidos de aposentadoria.

Portanto, quanto mais jovem for a pessoa que se aposenta, menor ficará o valor

da aposentadoria depois de aplicado o fator previdenciário. Ressalta-se que este valor

não poderá ser modificado posteriormente, mesmo quando o trabalhador atingir a idade

que poderia receber o valor integral, uma vez que já estará no gozo da aposentadoria.

Pode-se constatar então, que o principal objetivo do Fator Previdenciário é

desestimular aposentadorias precoces, pois verificava-se que os trabalhadores estavam

se aposentando com 51 anos de idade, em média. Porém, visto o fato de reduzir

benefícios e prejudicar quem ingressou cedo no mercado de trabalho, o Fator

Previdenciário ganhou a antipatia dos cidadãos. Desde então, a revogação desta lei

passou a ser uma das principais bandeiras das entidades que representam as várias

categorias de trabalhadores no Brasil. (BUBLITZ, 2015)

Esta insatisfação com o fator previdenciário e a busca por modificá-lo levou ao

surgimento, ao longo do tempo, de propostas para alterar ou amenizar seus efeitos. Em

2015 foi aprovada uma nova regra para aposentadoria por tempo de contribuição, a Lei

no 183/2015, que não substituiu a anterior, mas se inseriu na legislação previdenciária

como alternativa para cálculo deste benefício.

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A Lei no 13.183/2015, conhecida como Regra 85/95 progressiva, significou uma

grande mudança na legislação previdenciária brasileira. De acordo com artigo publicado

em 18 de julho de 2015, no site da Previdência Social, denominado “Aposentadoria:

novas regras por tempo de contribuição”, esta nova regra de cálculo das aposentadorias

por tempo de contribuição estabelece que o cálculo para o valor dos benefícios a serem

pagos aos segurados levará em consideração o número de pontos alcançados pela soma

da idade com o tempo de contribuição do segurado.

Na prática, a Lei no 13.183/2015 suspende os efeitos do Fator Previdenciário

mediante pontuação auferida através do somatório do tempo de contribuição e idade do

segurado, quando este segurado alcançar 85 pontos no caso de mulher, ou 95 pontos, no

caso de homem. Por exemplo uma mulher com 55 anos de idade e 30 anos de

contribuição, que pedisse aposentadoria até 30 de dezembro de 2018, alcançaria os 85

pontos e não teria a incidência do Fator Previdenciário no cálculo do valor do seu

benefício. Para o caso de um homem com 58 anos de idade e 37 anos de contribuição,

por exemplo, sua pontuação resulta em 95 pontos, não havendo assim, a incidência do

Fator Previdenciário no seu benefício de aposentado.

A partir de 31 de dezembro de 2018, será acrescido mais um ponto a cada dois

anos, sucessivamente, até que a pontuação para homens some 100 pontos e para

mulheres, 90, o que acontecerá em 2026, conforme a Tabela 01:

Tabela 01: pontos para aposentadoria sem incidência de fator previdenciário

Mulher Homem

Até 30 de dezembro de 2018 85 95

De 31 de dez/18 a 30 de dez/20 86 96

De 31 de dez/20 a 30 de dez/22 87 97

De 31 de dez/22 a 30 de dez/24 88 98

De 31 de dez/24 a 30 de dez/26 89 99

De 31 de dez/2026 em diante 90 100

Fonte: site da previdência social, 2015.

Outra Lei, a de n° 13.135/2015, também significou uma grande mudança em

relação à concessão de pensão por morte, para benefício a ser pago ao cônjuge.

Anteriormente, era necessário comprovar somente a união estável ou casamento com o

segurado, para que se tivesse direito à pensão vitalícia, o que permitia arranjos

matrimoniais intempestivos, apenas para conseguir pagamento de pensão. Com a

mudança, essa comprovação precisa ser de, no mínimo, dois anos, além da análise da

idade do cônjuge sobrevivente, para que seja aplicada uma tabela que define o tempo de

benefício. Não havendo comprovação de um dos requisitos, o cônjuge receberá por

quatro meses a pensão. Nos relacionamentos com mais de dois anos comprovados, a

concessão da pensão obedece a Tabela 2:

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Tabela 02: duração da pensão por morte

Idade do dependente na data do óbito Duração máxima do benefício ou cota

menos de 21 (vinte e um) anos 3 (três) anos

entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos 6 (seis) anos

entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos 10 (dez) anos

entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos 15 (quinze) anos

entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos 20 (vinte) anos

a partir de 44 (quarenta e quatro) anos Vitalício

Fonte: site da previdência social, 2015.

Além da atualização da legislação, o INSS anunciou, no início de 2016,

conforme Medida Provisória no 739/2016, um processo de revisão dos benefícios

concedidos por incapacidade. De acordo com publicação realizada no portal da

Previdência Social em outubro de 2016, havia alcançado o cancelamento de 8.442

benefícios de auxílios-doença, gerando uma economia anual de R$ 139 milhões ao

INSS. Esse resultado foi atingido na primeira fase da revisão, que reavaliou os auxílios-

doença concedidos para beneficiários menores que 46 anos. No final do ano de 2016, foi

anunciada outra fase de revisão de benefícios, tendo sido enviadas 79.494 cartas de

convocação, para que os beneficiários marquem as perícias de revisão dos benefícios.

Caso o beneficiário não agende a perícia no prazo estipulado nas cartas, o benefício

ficará suspenso até a regularização.

Mesmo com as alterações realizadas, o Princípio do Equilíbrio Financeiro e

Atuarial continuou bastante incerto para o futuro. Segundo Martello (2016, p.1)

“estimativas divulgadas pelo INSS, o déficit deste sistema público que atende aos

trabalhadores do setor privado, avançará, de R$ 147 bilhões no ano de 2016, para R$

183 bilhões em 2017”. Este valor pode ser ainda maior se considerarmos que o Brasil

vive, atualmente, uma grave crise econômica, tendo chegado em outubro de 2016, a

mais de 12 milhões de desempregados, conforme notícia divulgada pelo site G1

(g1.globo.com) em 29/11/2016.

Esta realidade social e econômica do nosso país agrava a situação do INSS, pois,

de um lado passa haver menos contribuintes para o sistema, uma vez que há menos

trabalhadores inseridos no mercado de trabalho com suas carteiras de trabalho

assinadas; e de outro lado, há um aumento na solicitação de pedidos do Seguro-

Desemprego.

Diante do déficit atual, e visto que a conciliação entre tempo de contribuição e

tempo de gozo do benefício não foi atingida por nenhuma das alterações em vigência,

novas regras continuaram sendo estudas.

No final do ano de 2016, o Governo Federal apresentou nova proposta de

mudança para a Previdência Social, protocolada na Câmara Federal como Proposta de

Emenda Constitucional (PEC) no 287. Dentre as várias propostas contidas nesta PEC, a

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mais significativa é a introdução de idade mínima de 65 anos para homens e mulheres,

para terem acesso ao direito de aposentadoria, além de propor tempo mínimo de 49 anos

de contribuição para direito a aposentadoria com valor integral.

A PEC no 287 sugere alteração nos artigos nos 37, 40, 109, 149, 167, 195, 201 e

203 da Constituição, dispondo sobre a seguridade social, propondo regras de transição e

outras providências. O primeiro grande objetivo desta proposta de reforma é o

estabelecimento de uma idade mínima obrigatória para aposentadoria voluntária de

homens e mulheres, uma vez observado o aumento da expectativa de vida das pessoas.

Como descrito no texto desta PEC, “em perspectiva, é importante registrar que a

expectativa de sobrevida da população com 65 anos, que era de 12 anos em 1980,

aumentou para 18,4 anos em 2015, foi decisivo para a proposta de mudança”.

De acordo com a Constituição Federal, um dos princípios que regem o seguro

social é o da solidariedade, onde os trabalhadores do presente financiam os benefícios

adquiridos no passado. Assim, os contribuintes de hoje serão financiados pelos

recolhimentos no tempo futuro e a alta queda de beneficiários no presente pode gerar

instabilidade na capacidade do seguro social em cumprir com seus benefícios.

Dessa forma, é primordial que o sistema consiga adequar seus benefícios com a

realidade econômica e populacional da atualidade, pensando de forma sustentável,

buscando garantir benefícios da geração presente, sem prejudicar as gerações futuras.

5 – Conclusão

É possível concluir a importância das mudanças na legislação previdenciária,

pois muitos fatores afetam o equilíbrio social-econômico do sistema, uma vez que,

somente com atualizações, ele permanecerá adequado à realidade de uma sociedade em

constante mudanças comportamentais.

Constata-se que as sucessivas alterações nas regras para concessão de benefícios,

em curto período de tempo, demonstram a necessidade de ajustes nas regras

previdenciárias previstas no texto original da Constituição Federal de 1988, para

adequá-las a realidade.

Acredita-se que as alterações são essenciais para a harmonização e entrosamento

entre legislação previdenciária, população economicamente ativa e quantidade de

beneficiários ativos no sistema. Por isso, a necessidade de trabalhar com variáveis que

considerem estes pontos em suas equações.

Entende-se também que, apesar de impopular, o fator previdenciário desacelerou

o déficit da previdência social. Além disso, nota-se que a Lei no 13.135/2015 trouxe

maior razoabilidade na concessão de benefícios de pensão por morte.

Observa-se que, atualmente, não se encontrou fórmula adequada que permita

equilíbrio financeiro razoável ao sistema previdenciário, uma vez constatado o

bilionário déficit nas contas da Previdência Social, o que levou à apresentação da PEC

no 287.

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Salienta-se o intenso debate atual em torno desta PEC, que propõe alterar

significativamente os critérios para acesso a aposentadoria, sugerindo aumentar o tempo

de contribuição para que o contribuinte tenha direito ao valor integral do benefício

mensal, dos atuais 35 anos para 49 anos; propondo ainda, idade mínima de 65 anos para

que o contribuinte, homem ou mulher, tenha direito de pedir aposentadoria.

Cita-se como limitação, não ser possível fazer uma avaliação completa da PEC

no 287, pois esta encontra-se, atualmente, como uma proposta, não tendo passado pelas

votações necessárias no Poder Legislativo, podendo sofrer modificações em seu texto.

Por fim, conclui-se que a segurança do contribuinte do INSS, quanto ao efetivo

gozo de seus benefícios previdenciários, especialmente a aposentadoria, está

diretamente relacionada a adequação da legislação em vigor com a realidade social à

época, de modo que o sistema seja harmonioso. Por isso a importância do poder público

acompanhar o contexto social e promover as adequações necessárias a cada tempo.

O presente artigo não buscou esgotar o tema, mas procurou demonstrar a

importância da adequação da legislação previdenciária com a realidade da sociedade

brasileira. As mudanças sociais, políticas e econômicas devem sempre estar em pauta,

para que se evite ou minimize os déficits no sistema previdenciário brasileiro.

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especial em cooperativa de crédito rural e, ainda essa última, para atualizar o rol de

dependentes, estabelecer regra de não incidência do fator previdenciário, regras de

pensão por morte e de empréstimo consignado, a Lei nº 10.779, de 25 de novembro de

2003, para assegurar pagamento do seguro-defeso para familiar que exerça atividade de

apoio à pesca, a Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, para estabelecer regra de

inscrição no regime de previdência complementar dos servidores públicos federais

titulares de cargo efetivo, a Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003, para dispor sobre

o pagamento de empréstimos realizados por participantes e assistidos com entidades

fechadas e abertas de previdência complementar e a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de

1990; e dá outras providências. Diário Oficial da União [da] República Federativa do

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