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Garde Manger: histórico e conceitos Através dos tempos o termo Garde Manger sempre
esteve ligado à área da cozinha que estocava ou guardava todo tipo de comida.
Se procurarmos o significado da palavra, ela quer dizer literalmente “guarda
comidas”. No entanto, com o desenvolvimento da gastronomia, o termo Garde
Manger passou também a designar a praça da cozinha onde são elaborados os
pratos a serem servidos frios ou em temperatura ambiente, as entradas, os aperitivos e
coquetéis, as terrines, os molhos frios, vinagretes e etc.
História O termo Garde Manger se originou na França pré-
revolução. Naquele tempo manter um amplo estoque de comida era um
símbolo de poder, saúde e prestígio. Na cultura da época existia a figura do steward
que era o responsável pela casa dos nobres, assim gerenciando a sala de
estoque frio, esse com o tempo passou a ser chamado de Garde Manger, que era
uma função muito importante, pois, os alimentos precisavam ser
porcionados, salgados, curados e defumados durante o outono para serem armazenados
para o inverno. Nesta época com o desenvolvimento dos grandes
banquetes essa área da
cozinha também passou a desenvolver grandes peças de esculturas em manteiga,
legumes e frutas, decorando não só as mesas como também as travessas de
serviço a serem degustadas, muitas vezes ornamentadas com grande grau de
excentricidade. Pinturas e mosaicos apareciam constantemente com muito estilo,
demandando uma mão de obra artística e especializada muito difícil de manter
nos dias de hoje. O Garde manger
O Garde manger é considerado por muitos como a estação mais
requisitada da brigada, pois além da cozinha fria, também é responsável pela
criação dos elementos decorativos, preparação de arranjos feitos com alimentos,
como esculturas em vegetais e esculturas em gelo. Em algumas cozinhas o garde manger é considerado um chef
de acabamento, a estação física deste fica na frente da
cozinha mais perto do aboyer(responsável pelos pedidos e controle de qualidade),
assim à medida que confeccionados os pratos podem sair rapidamente antes
de “esquentarem”. Atualmente, o Garde Manger – tanto a praça da cozinha
quanto o profissional que atua nessa área – deve estar em sintonia
com os tempos de
preocupação com custos e agilidade de serviço, ao mesmo tempo, tendo que
continuar atento em produzir pratos com apresentação bonita, mas principalmente
com sabor e de produção prática. Ainda sobre custos, essa área da cozinha moderna é
considerada uma praça de expurgo, onde todos os alimentos produzidos
nos demais setores da cozinha devem ser transformados, tirando-se o máximo
proveito para a elaboração de novas e criativas produções. O profissional
de Garde Manger deve, portanto, pesquisar, orientar e elaborar pratos como
molhos, saladas, canapés, mousses, patês, terrines, tortas, carnes, charcutaria,
sanduíches e outros, focando na conservação das propriedades alimentícias, bem
apresentadas, sem, no entanto manipular em demasia os alimentos, decorando-
os com bom gosto e simplicidade, como manda a gastronomia moderna.
Hoje, as responsabilidades do Garde Manger estão, entre outras, em
preparar entradas a la Carte, preparações para Buffets, Brunch, Banquetes e
Sanduíches. As cores continuam a ser um fator preponderante, uma
vez que não podemos esquecer que o cliente se encanta com o que
vê, ou seja, “come com os
olhos” antes mesmo de degustar. Cores naturais com leves contrastes são as
mais desejadas, evitando-se efeitos multicolores, o que por ventura pode revelar
falta de critérios de estética e beleza. Assim podemos dizer que para um bom resultado no
serviço do Garde Manger são importantes os seguintes aspectos
relacionados abaixo, evidentemente resguardando sempre na confecção dos
pratos a excelente qualidade das matérias-primas:
1. Beleza estética, parecer apetitoso já na apresentação; 2. Decoração com beleza sem pecar em excessos; 3. Cores
compatíveis e harmoniosas; 4. Porcionamento, fatias finas, pequenas porções,
canapés delicados e bem padronizados, decoração simples de maneira a realçar a
produção; 5. Corte preciso e aspecto de cocção;
6. Equilíbrio entre apresentação, simplicidade, elegância, sabor;
7. Aroma e aparência dos pratos com a utilização de ervas bem equilibradas;
8. Textura; 9. Limpeza do prato (utensílio), sem marcas, manchas,
oleosidade. Em relação às cores, estas deves enfatizar e reforçar o
sabor e o frescor de como foram produzidos aqueles ingredientes.