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Energia de qualidade para a indústria Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Ano VII • nº 72 • julho • 2013 Energia mais limpa para a indústria GÁS NATURAL

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Energia de qualidade para a indústria

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Ano VII • nº 72 • julho • 2013

Energia mais limpa para a indústria

GÁS NATURAL

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27 Formada por

23 músicos, a maioria

voluntários, a Big Band do

SESI completa 4 anos

24 Clínica de fisioterapia

do SESI passa a oferecer Pilates e

RPG

4Setor de panificação nacional se reúne

em convenção e feira

12Novamed inaugura polo de

medicamentos no PIM

14Nova edição do Líder

Norte reúne força jovem do empresariado local

10Athaydes Mariano

Félix recebe homenagem do TRT-AM

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Miguel Ângelo/CNI

O comportamento da produção e faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), no primeiro

semestre, divulgado pela Suframa, nos leva a concluir que os principais setores que movimentam a nossa economia continuaram crescendo. Como destaque, o segmento Eletroeletrônico, fortemente influenciado pela produção e venda dos bens de informática, contabilizou faturamento de R$ 17,869 bilhões, o que representa crescimento de 18,21% em relação ao mesmo período de 2012. Chama atenção nos indicadores do período, a excepcional produção dos tablets que superou em seis meses, em 576%, toda a produção de 2012: 1,138 milhão de unidades.

Outro produto que ajudou a aquecer os seis primeiros meses do ano, o microcomputador, registrou crescimento

acima dos 40% tanto no formato desktop (computador de mesa), quanto no portátil (notebooks). Também cresceu a produção de condicionadores de ar, TVs e relógios.

Entre os segmentos do PIM, também obtivemos crescimento no setor Termoplástico, que faturou R$ 1,789 bilhão, um crescimento de 11,45% em relação ao primeiro semestre de 2012; Mecânico, que faturou R$ 1.689 bilhão e cresceu 51,98%; Químico, R$ 4.632 bilhões e crescimento de 14,27%; e o segmento de isqueiros, canetas e barbeadores descartáveis, que fechou o semestre com faturamento de R$ 802,372 milhões (8,42% de crescimento).

Infelizmente, ainda não conseguimos a total recuperação da produção de motocicletas, que decresceu 15% no período. A queda tanto na produção quanto nas vendas do polo de duas rodas motivou ao longo do primeiro semestre uma série de reuniões para tratar das alterações nos

Processos Produtivos Básicos (PPBs), com a participação de todos os representantes dos sindicatos e associações envolvidos com o segmento.

Esses indicadores positivos, que passam ainda pelo faturamento de R$ 37,2 bilhões, 11,45% acima do registrado no ano passado, nos dão esperança de uma retomada firme do crescimento da produção e das vendas do nosso Polo Industrial até o final do ano. Esperamos que o segundo semestre confirme e mantenha esse desempenho não apenas da nossa indústria mas de todos os setores da indústria nacional.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FIEAM

Editorial

Presidente:

ANTONIO CARLOS DA SILVA

1º Vice-Presidente:

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

2º Vice-Presidente:

AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES

Vice-Presidentes:

NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO

1º Secretário:

ENGELS LOMAS DE MEDEIROS

2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO

1º Tesoureiro:

JONAS MARTINS NEVES

2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Diretores: FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI

Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AMCássia GuterresCristiane JardimVanessa Damasceno

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Mary Martins e Andrea Ribeiro

CAPAAndrea Ribeiro

FOTOGRAFIASComunicação

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 CentroCEP 69020-031 Manaus/AMFone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]

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Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

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Energia de qualidade para a indústria

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Ano VII • nº 72 • julho • 2013

Energia mais limpa para a indústria

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Mais qualidade na área de confecçãoEstudantes e profissionais de con-

fecção receberam informações sobre o uso adequado de máquinas de costura e acessórios em palestra das consultoras da Cavemac – Industrial e Comercial de Máquinas Importadora e Exportadora Ltda, Marta Sales e Marineide Vasconce-los. A promoção foi do Sindicato das In-dústrias de Confecção de Roupas e Cha-péus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf-AM), em parceria com o SENAI Amazonas e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).

Para o presidente do Sindconf, Engels Lomas de Medeiros, o intuito da pales-tra foi dar mais oportunidades para as empresas conhecerem os benefícios ofe-recidos pela Cavemac, para melhorar o desempenho e dar mais qualidades para a área de confecção.

A estudante Zuleide Gama, aluna do SENAI no curso de modelista, oferecido pelo Programa Nacional de acesso ao En-

sino Técnico e Emprego (Pronatec), disse que a palestra foi uma oportunidade de complementar o que está aprendendo nas aulas.

Há mais de 37 anos, a Cavemac co-mercializa peças e acessórios para máqui-nas de costura industrial, e, pela sua lo-gística e organização, é empresa modelo, reconhecida mundialmente, além de ser

a maior, pela varie-dade e quantidade de peças e acessó-rios: são mais de 180 mil peças.

O gerente da Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias (ESAMC), Teodó-rio Filho, explicou que esse é um bom momento para o ramo da confecção, e que a palestra se-

ria significativa. “Faz melhor quem tem as melhores ferramentas, pois com bons equipamentos a produção será em gran-de escala e com qualidade”, disse ele.

Para mais informações sobre a Cave-mac, o contato pelos telefones (11) 2171-9222 ou (11) 3226-9222, email [email protected], ou acesse www.cavemac.com.br.

Destaques

‘Padaria Gourmet’ muda perfil do segmento no país

Graças ao novo modelo de “padaria gourmet”, em que padaria não vive só de pão, o segmento vem expe-rimentando um crescimento significativo em todo o Brasil. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira, hoje, o setor é repre-sentado por 64 mil padarias com faturamento anual de R$ 70 bilhões e geração de 800 mil empregos diretos.

Pereira esteve em Manaus, no final de junho, para parti-cipar da 63ª convenção do segmento e da 1ª Feira Ama-zonense de Panificação.

Mais de 300 empresários locais e de outros Estados prestigiaram o evento, onde foi eleito o novo presidente da Abip, José Batista, cuja posse estava definida para o mês de agosto.

Apesar de não ter acom-panhado o crescimento de 12% do Brasil, o Amazonas

cresceu 10% no ano, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Amazonas (Sindipam), Car-

los Azevedo. O Estado possui 1,3 mil panificadoras e gera 14 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.

Convenção e feira atraíram mais de 300 empresários do setor

Alunos do SENAI têm aula prática sobre o uso das máquinas de costura

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Alunos do Vira Vida participam de caminhada

Caracterizados de super-heróis, 25 alunos do Projeto Vira-Vida, do SESI, participaram, em junho, da Caminhada do Dia Mundial de Combate ao Tra-balho Infantil. A caminhada começou no Centro de Convivência Magdalena Arce Daou e se dirigiu à sede da Pre-feitura Municipal de Manaus, no bairro Compensa, na zona Oeste.

Para a pedagoga do projeto Vira--vida, Márcia Silva, a caminhada é de suma importância para conscientizar adolescentes e jovens sobre seus di-reitos e deveres diante da sociedade. “Quando você tem um caso de explo-ração de trabalho infantil, é porque os pais foram explorados, os irmãos mais velhos também e vira um ciclo, então quando se toma consciência, há novo posicionamento e o ciclo se rompe”.

D epois de certificar cerca de 500 alunos no município de Caraua-ri, a 782 quilômetros de Manaus, o barco-escola Samaúma deu

uma esticada, em julho, até o distrito de Nazaré, no rio Madeira, a 170 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia, onde deve oferecer certificação para mais 400 alunos. Nos últimos 34 anos, o SENAI Amazonas, em parceria com a Petrobras e prefeituras municipais, tem levado a educação profissional a cidades e comunidades não só do Amazonas, mas também do Pará, Acre, Rondônia e Roraima, com a certificação de 46 mil alunos em 57 municípios.

Técnicos do SENAI Amazonas reuni-ram-se, em 9 de julho, com empresários do Polo Industrial de Manaus (PIM) para identificar a demanda do segmen-to na área de microeletrônica. De acordo com o coordenador de Inovação e Tec-nologia do SENAI/AM, Marcelo Aguiar, no Workshop Industrial em Microele-trônica foram identificadas as necessida-des por tecnologia, equipamentos, trei-namentos e automação microeletrônica nos processos produtivos do PIM. A análise do material coletado contribuirá com a implantação do Instituto SENAI de Inovação (ISI).

Com o do Amazonas, são 25 ISIs em construção em todo o país a partir de uma ação da Confederação Nacional da Indústria, coordenada pelo SENAI com objetivo de apoiar a competitividade da indústria brasileira.

O projeto total do ISI em Microlele-trônica do SENAI/AM terá um custo de

R$ 37 milhões, direcionados em obras, equipamentos, contratações e capacita-ções. Um prédio de 1.500 m² será ergui-do em área do Clube do Trabalhador, onde a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) preten-de construir um complexo de estudo e pesquisa, abrangendo unidades de edu-cação básica e profissional e o ISI.

SENAI prepara terreno para o ISI

Gestores do SENAI durante o workshop

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Gás natural é alternativa energética para o Amazonas Chegada de turbina e gerador acelera processo de construção da Usina Termelétrica Mauá 3, que tem previsão de estar em pleno funcionamento em 2015

A E l e t r o b r á s / A m a z o n a s Energia acaba de con-cluir mais uma etapa do projeto de oferecer o gás

natural como a melhor alternativa ener-gética do Amazonas, sobretudo para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). No início de agosto, a concessio-nária recebeu a primeira das três tur-binas e geradores que serão instalados na Usina Termelétrica (UTE) Mauá 3, obra localizada no bairro Mauazinho, na zona Sul.

A turbina, pesando 200 toneladas, e o gerador, de 238 toneladas, vieram de Charlotte, Carolina do Norte, nos Esta-dos Unidos, onde foram fabricados pela empresa Siemens. Os equipamentos de alta tecnologia são utilizados em paí-ses desenvolvidos como alternativa de energia derivada de petróleo e carvão mineral. A turbina e o gerador custa-ram R$ 180 milhões e têm capacidade para gerar 187,5 MW, consumindo em média 300 mil metros cúbicos (m³) de gás natural por dia.

Segundo o diretor de Geração, Transmissão e Operação da Amazonas Energia, Tarcísio Rosa, o equipamento fará parte da maior usina termelétrica da região Norte que operará em ciclo simples, com duas turbinas produzin-do energia a partir do gás natural, e em ciclo combinado, na utilização de gás e vapor, com previsão de seu pleno fun-cionamento em 2015. O custo total, en-tre equipamentos e constução da UTE está orçado em R$ 1,1 bilhão, com capa-cidade in stalada de 583 MW.

Tarcísio declarou que o plano de tra-balho da concessionária, desde 2008, é o mais representativo das distribuidoras de energia do país. A afirmação do di-retor da Eletrobras Amazonas Energia é confirmada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo dados da entidade, no período de 2010 a 2012, a média de investimento das distribuidoras brasi-leiras foi de cerca de R$ 500 por consu-midor, para um mercado de 70 milhões de consumidores cadastrados. A Eletro-

Energia

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Estamos aproveitando o que temos em abundância, tornando a matéria-prima do gás em energia limpa. Com isso, podemos ter em curto prazo a vinda de indústrias químicas ao PIM

JOSÉ MELO

Gasoduto Coari-ManausTrajeto do gasoduto, com seus 661 quilômetros, do início, em Urucu/Coari, até Manaus, passan-do por Codajás, Anori, Caapiranga, Manacapu-ru e Iranduba.FONTE:Petrobras

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bras Amazonas Energia investiu R$ 2.490 por consumidor para um total de 700 mil consumidores registrados em sua base comercial.

“Foram investidos R$ 13 bilhões em geração e distribuição de energia no Brasil para atender 70 milhões de brasileiro, enquanto a Amazonas Energia investiu R$ 800 milhões para suprir a demanda de 700 mil amazo-nenses, o investimento cinco vezes maior já realizado no país por con-sumidor”, comparou Tarcísio.

Exploração

Em 2011, a concessionária assinou um contrato com a Petrobras para o fornecimento de 6 milhões de m³ de gás natural durante 20 anos. A ex-ploração deste gás é feita pela estatal no parque petrolífero de Urucu e é transportado até a capital pelo gaso-duto Urucu-Coari-Manaus.

De acordo com o diretor de Gera-ção, Transmissão e Operação, com a ampliação da geração de energia elé-trica a gás, as usinas térmicas a óleo devem ser desligadas. A proposta é que a conversão do óleo combustível e diesel para o gás esteja concluída até o final deste ano.

Tarcísio ressalta que a nova ma-triz energética do Amazonas trará maior segurança no amplo forneci-mento, distribuição e consumo pe-los clientes, trazendo benefício tam-bém à concessionária ao reduzir o custo da produção desta energia. A redução de valores não impacta di-retamente o consumidor local, pois a tarifa cobrada é rateada no Brasil, tornando este benefício pequeno devido o fracionamento desta dis-tribuição.

“Segurança é o principal benefício para a indústria e a sociedade no con-sumo da energia a gás natural. Esses novos investimentos visam assegurar energia elétrica sem interrupções caso ocorra incidência de fenômenos natu-rais, aos quais o Amazonas é vulnerá-vel, bem como o aproveitamento das reservas de gás”.

Na avaliação do vice-governador do Amazonas, José Melo, o gás natural é um dos caminhos certos para que o Polo Industrial de Manaus tenha uma diver-sificação de atividades.

“Estamos aproveitando o que temos em abundância, tornando a matéria-pri-ma do gás em energia limpa. Com isso, podemos ter em curto prazo a vinda de indústrias químicas ao PIM, utilizando o gás no agronegócio, e, em médio pra-zo, na implantação de indústrias de fer-tilizantes”, vislumbrou Melo.

O Amazonas possui potencial rele-vante de gás natural, estando entre as três principais reservas brasileiras de maior oferta do produto, as quais in-cluem as bacias de Campos (RJ), Espíri-to Santo (RJ) e Santos (SP).

Melo destacou que além de Urucu e Juruá, já existem estudos que compro-vam a existência de bacias de gás nos municípios de Carauari, Tefé, Silves, Ita-piranga e Rio Preto da Eva. O vice-go-vernador lembrou que para maior apro-veitamento dessas reservas é importante que iniciativas públicas e privadas apos-tem mais em estudos aprofundados não

somente no gás como matriz energética, mas também incluir essa mistura de hi-drocarbonetos leves em estado gasoso como matéria-prima no processo pro-dutivo do PIM.

Países como Estados Unidos, Alema-nha, França, Canadá e Japão utilizam o gás em outros segmentos econômicos, como o agronegócio, sendo aproveita-do para o controle de temperatura das estufas, aquecimento de água, higieni-zação de ares de criação, chamuscagem de pele de animal, e combate a pragas e ervas daninhas nas plantações. Os seg-mentos químico, petroquímico, papel, celulose, metalúrgico, plástico, borracha e farmacêutico podem aproveitar o gás no fornecimento de calor, como redutor siderúrgico e na geração de força mo-triz, entre outras funcionalidades.

“O gás é uma enorme bênção para nós e pode ser ainda mais caso seja apro-veitado como subproduto para atrair novas indústrias ao PIM. Desta forma poderemos sonhar com um Amazonas maior e mais desenvolvido, criando mais emprego e renda para nossa popu-lação”, ponderou o vice-governador.

Caminho para a diversificação

O vice-governador José Melo recebe informações do diretor da Eletrobrás, Tarcísio Rosa, sobre o novo equipamento, ao lado do diretor de Comunicação do Sistema FIEAM, Paulo Pereira

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Oferta de energia cresce 60% em 5 anos Nos últimos cinco anos, a Eletrobras

Amazonas Energia aumentou a oferta de geração de energia na capital e in-terior, ampliou e modernizou as subes-tações e redes de distribuição elétrica para atender a demanda residencial, comercial e industrial do Estado. Só em geração, o Amazonas teve um cres-cimento de 60%, saindo de 1.236 MW para 1.993 MW de energia. Na capital, o crescimento foi de 1.000 MW para 1.600 MW.

Segundo Tarcisio Rosa, a concessio-nária intensificou os investimentos em novas usinas e nas redes de distribuição para evitar o racionamento de energia elétrica. De 2009 a 2013, a Eletrobras Amazonas Energia trabalhou em 22 subestações de 69/13.8KV, saindo de 182 para 241 alimentadores de 13.8KV. Atualmente, conta com a construção de mais 73 alimentadores para atender a Região Metropolitana, o que representa um percentual de 70% de crescimento do quantitativo de equipamentos.

Na conversão das unidades gera-doras para utilização do gás natural, a concessionária alcançou neste ano, o total de 575 MW, com um consumo médio de 3,5 milhões de m³ de gás. Isso significa dizer que aproximadamente

50% da energia produzida em Manaus para uma carga média de 1000MW são gerados a partir de fonte de energia menos poluente.

Gás no PIM

A empresa responsável pela distri-buição do gás natural de Urucu para a capital é a Companhia de Gás do Ama-zonas, a Cigás, que, atualmente, atende a oito indústrias do Polo Industrial de Manaus, além do Shopping Ponta Ne-gra, recém-inaugurado.

De acordo com o diretor-presidente da Cigás, Lino Chíxaro, cerca de R$ 100 milhões serão destinados às obras para que o gás chegue às indústrias. O inves-timento visa ampliar a distribuição do gás natural no PIM, promovendo aces-so à energia limpa, bem como a pos-sibilidade de outras utilizações desta matéria-prima na produção fabril.

A Cigás disponibilizará 5 milhões de m³ por dia para o consumo. A am-pla oferta da Companhia ao setor pro-dutivo amazonense será em 2015 e espera-se a diminuição de custo de produção e aumento de compe-titividade da produção industrial local. •

A troca do óleo combustível pelo gás na-tural na geração de energia elétrica traz um forte apelo ambiental que contribui com a ação da sociedade na preservação das ri-quezas naturais da Amazônia. Tarcísio Rosa ressalta que a mudança da matriz energética diminuirá o transtorno do tráfego de cami-nhões que transportam o óleo nas vias públi-cas, além da confiabilidade no transporte do gás feito por tubulações subterrâneas.

Outras vantagens ambientais compara-das aos derivados de petróleo na geração de energia são: baixa presença de contaminan-tes, combustão mais limpa, menor emissão de CO2 por unidade de energia gerada, sa-bendo que cerca de 20 a 23% a menos do que o óleo combustível, não requer estocagem, eliminando os riscos do armazenamento de combustíveis, e maior segurança caso ocorra vazamento já que o gás é mais leve que o ar e se dissipa rapidamente pela atmosfera.

Vantagens daenergia limpa

Projeto da UTE Mauá 3 (detalhe) e a fase atual da obra no bairro Mauazinho, na zona Leste

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O vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix recebe condecoração do TRT--AM, em cerimônia realizada no Teatro Amazonas

Mariano Félix recebe medalha no grau de Cavaleiro Em solenidade no Teatro Amazonas, vice-presidente da FIEAM é agraciado pelo Tribunal Regional do Trabalho, junto com outras 70 personalidades amazonenses, com a Ordem do Mérito Judiciário

Homenagem

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O 1º vice-presidente da FIE-AM, Athaydes Mariano Félix, foi um dos agracia-dos com a medalha da Or-

dem do Mérito Judiciário entregue pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região, em solenidade realizada no Teatro Amazonas, em 7 de junho. Félix é presidente do Sindicato das In-dústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, e recebeu a medalha na categoria de Cavaleiro.

De acordo com o presidente do TRT, desembargador David Alves de Mello Junior, Athaydes recebeu a homena-gem “pela contribuição que tem dado à nossa sociedade e à Justiça do Trabalho de forma direta ou indireta, atuando no segmento metalúrgico”.

Félix recebeu a homenagem das mãos da desembargadora Valdenira Tomé. “Athaydes é uma pessoa humana que cuida daqueles que precisam e, por isso, o escolhi para ser homenageado por mim com a Medalha Ordem do Mérito Judiciário”, disse a desembargadora.

Para Athaydes Mariano Félix, foi uma honra receber a importante homena-gem, mais ainda por tão bela solenidade realizada no Teatro Amazonas, um dos mais importantes templos dedicados à arte em todo o Brasil. “Recebo esta condecoração em nome do setor meta-lúrgico que gera 50 mil empregos neste Estado e é responsável por 40% do fatu-ramento do PIM”, discursou Félix.

Dentre os demais homenageados do TRT, estavam o ex-prefeito de Ma-naus, Amazonino Mendes, o atual, Ar-thur Neto, o presidente do Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas, Amaury Carlos Blanco, dentre outros.

A insígnia, instituída em 2004, agra-cia personalidades que tenham se des-tacado por suas atividades em prol da Justiça do Trabalho ou prestado relevantes serviços à cultura jurídica e à Justiça, em especial ao TRT. Em seis graus – Grão-Colar, Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavalei-ro -, a lista de agraciados foi escolhida pelos desembargadores do pleno da corte trabalhista.•

O vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix recebe condecoração do TRT--AM, em cerimônia realizada no Teatro Amazonas

O presidente do Grupo Bemol, Jai-me Benchimol, recebeu, do secretário--geral adjunto da Organização das Na-ções Unidas (ONU), Thomaz Stelzer, a placa Honoris Causa pelos dez anos do Prêmio Samuel Benchimol, iniciativa que incentiva o desenvolvimento sus-tentável na região amazônica.

Ao agradecer a distinção na sole-nidade, realizada no início de junho, na sede da FIEAM, o empresário disse que o Amazonas precisa explorar sua vocação estratégica, para citar como verdadeiras vantagens comparativas as riquezas naturais e o potencial turístico da região.

“O Amazonas arrecada U$$ 2 mil per capita, valor equivalente a arrecada-ção per capita do estado da Califórnia, um dos mais ricos do Estados Unidos”, disse o gestor, para argumentar que é necessário investir em atrativos turísti-cos sem abrir mão da Zona Franca.

Benchimol questionou: onde estão os nossos museus, jardins botânicos, aquários, orquidários, jardins zoológi-

cos, tudo aquilo que aqueles que visi-tam a Amazônia esperam encontrar?”, ao citar a falta infraestrutura e projetos. “Temos todos os fatores combinados a nosso favor. Temos que tomar as réde-as do nosso futuro que está em nossas mãos”, alertou.

O encontro na FIEAM deu-se em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Thomas Stelzer expôs algu-mas iniciativas que a ONU desenvolve para preservar a paz mundial, e uma delas é o trabalho da “Cooperação pe-las Águas”, tema tratado no decorrer deste ano.

Na solenidade, a FIEAM foi reconhe-cida com a placa Honoris Causa de Uti-lidade Pública. A placa foi entregue ao presidente em exercido da instituição, Athaydes Mariano Félix, que reafirmou o interesse de continuar firmando parce-rias que envolvam medidas de preserva-ção do meio ambiente, da permanência de um polo econômico sustentável, da valorização social e de benefícios para a população amazônida.

Prêmio Samuel Benchimolé homenageado pela ONU

O presidente do Grupo Bemol, Jaime Benchimol (esquerda), com o secretário adjunto da ONU, Thomaz Stelzer

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Novamed inaugura polo farmacêutico no PIMIndústria multinacional tem projeto aprovado no CAS e no Codam para instalar fábrica de medicamentos no Polo Industrial de Manaus

A Novamed, empresa do grupo de origem brasileira EMS Pharma, teve aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento

do Amazonas (Codam), em julho, agora em definitivo, o projeto de implantação de sua unidade no Polo Industrial de Manaus (PIM). Líder do setor famacêutico no Brasil, a nova planta do grupo deve entrar em atividade em janeiro de 2014, o que vai inaugurar um polo para este segmento com os incentivos da Zona Franca de Manaus.

Desde 2010, a EMS tem planos de se instalar no PIM. Em fevereiro de 2011, submeteu o primeiro projeto ao Codam, então com investimento de R$ 187 milhões e previsão de gerar 320 empregos diretos. Aprovado, o projeto acabou na geladeira até o final do ano passado quando foi concluído, em Brasília, o Processo Produtivo Básico (PPB) para medicamentos sólidos.

Já aprovado pelo Conselho de Administração da Suframa (CAS) e pelo Codam, o novo projeto da EMS prevê a produção de 18 bilhões de comprimidos por ano, com um investimento de R$ 360 milhões e a geração de 350 empregos diretos e 150 indiretos.

De acordo com a assessoria da Suframa, com a aprovação do PPB para a área farmacêutica criou-se um novo polo industrial na região o que propiciará maior atração de investimentos e geração de emprego e renda. A portaria interministerial nº 241 lista as etapas fabris que devem ser realizadas, cria um critério de pontuação

para que as empresas possam gozar dos incentivos do modelo Zona Franca e traz um anexo com a lista dos 189 produtos liberados para a produção no PIM.

Ainda de acordo com a Suframa, entre as dez etapas fabris que devem ser cumpridas estão a análise físico-química e microbiológica tanto dos insumos quanto do produto acabado e a impressão da bula e das embalagens primária e secundária. A lista de produtos liberados para fabricação no PIM vai do básico ácido acetilsalicílico e paracetamol ao citrato de sildenafida, usado contra disfunção erétil, e o antirreumático ibuprofeno.

Em entrevista divulgada pela

assessoria da Suframa, o presidente do conselho da EMS, Carlos Sanchez, afirmou que a empresa detém 15% do mercado nacional. “Teremos aqui possivelmente a fábrica mais moderna do mundo. Viemos para Manaus para aumentar a competitividade nacional e internacional”, disse ele na ocasião.

Primeiro laboratório brasileiro a produzir, no país, medicamentos genéricos, disponibilizando inclusive versões de importantes produtos que tiveram a patente quebrada, o Grupo EMS tem capacidade para produzir mais de 480 milhões de comprimidos/ano em seus dois complexos industriais localizados em Hortolândia e São

Indústria

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Novamed inaugura polo farmacêutico no PIM

Bernardo do Campo, em São Paulo. A empresa prevê que essa capacidade produtiva deve aumentar em 60% com o início das operações das fábricas de Manaus, Brasília e Jaguariúna (SP).

Com um workshop de apresentação da empresa previsto para o início deste segundo semestre na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, a Novamed começou, em julho, a visitar universidades e outras instituições de pesquisas locais em busca de potenciais parcerias, principalmente no que diz respeito ao recrutamento de recursos humanos e capacitação profissional.•

(Com informações das assessorias da Suframa e Seplan/AM)

Junto com o da Novamed, o Codam aprovou 101 projetos nas três reuniões do primeiro semestre, com investimen-tos fixos de mais de R$ 2 bilhões e pre-visão de gerar cerca de 5 mil empregos nos próximos três anos no Polo Indus-trial de Manaus. No Conselho de Ad-ministração da Suframa (CAS) foram aprovados, no primeiro semestre, 81 projetos com investimentos de mais de US$ 1 bilhão e a previsão de gerar 1.800 empregos.

Entre os maiores investimentos aprovados pelo Codam despontam os projetos da Novamed, com R$ 360 mi-lhões, o da Digibrás, com R$ 316,7 mi-lhões, e o da Daikin do Amazonas, com R$ 252 milhões.

Multinacional japonesa líder na pro-dução de condicionadores de ar no Ja-pão e na Europa, a Daikin chega para reforçar o polo de condicionadores de ar do PIM já integrado por outros gigantes como a LG, Samsung e Whirlpool.

Destaque do segmento eletroeletrô-nico, a produção de condicionadores de ar foi contemplada, ainda, com a aprovação de projeto da Philco, no va-lor total de US$ 9,6 milhões, da Ventisol da Amazônia, de US$ 2,7 milhões, e da Hitachi, de US$ 14,8 milhões. Essa re-tomada dos investimentos no setor de condicionadores de ar, de acordo com a Suframa, reflete as medidas de manu-tenção das vantagens de quem produz na ZFM ante os similares importados.

Entre as novidades, a Komeco, do segmento de condicionadores de ar, teve projeto aprovado no CAS para a primeira linha de produção do aque-cedor de água a gás instantâneo, com investimento fixo de US$ 888 mil; e a Bellvin Indústria e Comércio de Vi-nhos, que vai produzir bebidas, como catuaba e sangria, no município do Rio Preto da Eva, a 79 quilômetros de Manaus – com investimento de R$ 2.7 milhões.

Codam e CAS aprovam projetos

Conselheiros do Codam reunidos na sede da FIEAM, em julho, avaliam projetos para o PIM

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U ma boa equipe de trabalho vale mais que um investimento alto na hora de começar um

negócio. Essa foi uma das dicas de ouro da 4ª edição regional do Líder Norte, promovido em 27 de junho, em Manaus, pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).

Realizado pela primeira vez em Manaus, o evento reuniu, no Auditório Gilberto Mendes de Azevedo, do Sistema FIEAM, participantes de todo o Brasil interessados em discutir novos modelos

de negócios, voltados principalmente para área de tecnologia e inovação.

“O grande entrave é achar que precisamos de dinheiro para colocar uma ideia em prática. O conceito ‘startup’ (no sentido literal, iniciar, pôr em movimento) é justamente ter empresa com custos de manutenção muito baixos, mas com grande potencial de lucros”, ensinou Guga Goerenstein, CEO e cofundador do Poup (www.poup.com.br), site que tem como prática devolver ao comprador parte do valor pago em compras on line.

Para o empresário Gabriel Benarrós, fundador da startup Ingresse (www.

ingresse.com.br), página que facilita a compra de ingressos on line para qualquer tipo de evento, se você tiver uma ideia ruim e uma boa equipe, o negócio tem muita chance de dar certo. “Já uma boa ideia com uma equipe ruim, não”, pontuou o jovem empreendedor.

A sintonia com o sócio também foi apontada por Gabriel como diferencial. “Deve-se ter muita afinidade de pensamento e divergência nas ideias”, filosofou o palestrante. ”Você tem que achar uma pessoa que saiba o que você quer, mas que tenha ideias e conhecimentos complementares aos seus. Assim as chances de crescer e

Jovens empresáriosna era das ‘startups’

Indústria

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solucionar problemas são bem maiores”, sugeriu Benarrós.

Para Guga Goerenstein, achar pessoas dispostas a arriscar novo negócio sem a certeza se irão realmente dar certo é muito difícil. “Nós vivemos num constante garimpo para achar gente boa e que queira empreender. As pessoas preferem e s t a b i l i d a d e ” , disse.

Um dos erros do empreendedor, segundo Guga, é não querer falar sobre seu negócio. “Se você não quer falar por medo de copiarem sua ideia, já nem vale a pena investir. Quanto mais você fala mais tem chance de adquirir ideias e conhecer pessoas para ajudar”, disse.

Ao falar sobre as dificuldades, os dois empresários concordaram que a vontade de desistir é recorrente, mas o apoio da família e da equipe é fundamental.

“Ser empreendedor é andar numa montanha russa. Quanto mais cedo você descobrir isso melhor. Tem dias que você está lá em cima e tem dias que você

despenca. Nos dias em que você estiver lá em cima, aproveite e tome fôlego para a descida”, falou.

O painel foi mediado pelo jornalista, profissional de marketing, consultor e empresário Marcelo Pimenta, que também mediou o painel “Como as entidades enxergam e apoiam as startups?”, com Luiz Guilherme Manzano (Endeavor), Leonardo Lacerda (Anjos do Brasil) e o coordenador da Carteira de Projetos de Startups pelo

Sebrae Nacional, Marcio Brito. A programação seguiu com palestra

de Antônio Anastácio Cavalcante Neto, criador da página www.parceira.com, que explicou o que são e como funcionam as startups. Para encerrar, o jornalista Marcelo Pimenta falou sobre “Canvas e Designer Thinking – Modelando o negócio e gerindo problemas”.

O evento contou com a presença do vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix, do prefeito Arthur

Neto, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra Filho, o diretor-superintendente do Sebrae-AM, Nelson Rocha, presidente da Conaje, Rodrigo Paolilo, e a presidente do Conselho de Jovens Empreendedores do Amazonas (CJE/ACA), Ananda Carvalho.

“É uma satisfação para o Sistema FIEAM receber pela 1ª vez em Manaus, o encontro regional do Líder Norte, que reuniu jovens empresários interessados em inovação, em criação e gestão de empresas”, disse Athaydes Mariano Félix.•

Ser empreendedor é andar numa montanha russa. (...) Nos dias em que você estiver lá em cima aproveite e tome fôlego para a descida GUGA GOERENSTEIN

A Conaje promoveu na sede da FIEAM a 4ª edição regional do Líder Norte

Gabriel Benarrós (esquerda) e Guga Goerenstein debateram o novo momento para jovens empreendedores

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Melhorias na Hidrovia do Madeira e na integração rodofluvial Manaus-Belém-Brasília estão

entre os itens prioritários definidos no Projeto Micro-Eixos do Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá, apresentado como meio para elevar a competitividade da região. O novo modelo aprofunda e atualiza o Projeto Norte Competitivo, lançado em 2011 para desenvolver macro-eixos dos nove Estados da Amazônia Legal.

À frente dos dois projetos, a empresa Macrologística promoveu entre junho e julho, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), discussões sobre os nove micro-eixos de integração priorizados (ver quadro), o que inclui melhorias na BR-364, que liga o Acre a São Paulo; a duplicação da Estrada de Ferro Carajás, nos Estados do Pará e Maranhão; expansão da ferrovia Ferronorte (MT); da Hidrovia Paraguai/Paraná, que envolve além do Brasil e Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina; Hidrovia do Juruena/Tapajós (PA/MT); Rodovia BR-163 via Miritituba (PA); e finalmente, integração Rodovia BR-

242 com a Hidrovia do Tocantins.Responsável pela apresentação das

propostas e de como se dará o estudo e mapeamento de portos, aeroportos e terminais públicos e privados, o diretor da Macrologística, Olivier Girard, disse que o Amazonas tem uma malha rodoviária que se encontra, em muitos casos, em estado precário, o que faz com que o estado dependa muito da navegação fluvial para a sua interconexão. “O Amazonas tem um modelo de desenvolvimento que vem protegendo a floresta com a consolidação de um grande pólo industrial, mas que vem sofrendo com a escassa infraestrutura logística do Estado”, destacou o consultor.

Olivier explicou como se dará o levantamento das informações quanto ao transporte das seis cadeias produtivas de maior relevância da balança comercial do Amazonas. Os dados serão compilados para compor três diagnósticos: infraestrutura da logística do transporte de cargas, pólos produtivos e de potenciais e suas vias de escoamento, e projeto estratégico de micro-eixos aos três Estados em estudo.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou a relevância da iniciativa

Novos eixos são promessa de mais integração na região NorteProjeto Micro-Eixos de Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá foi submetido a empresários da indústria e comércio, lideranças sindicais e gestores públicos em reuniões na sede da FIEAM

Logística

originada em 2009 pela Ação Empresarial Pró-Amazônia, formada por presidentes das federações da indústria dos Estados da região. Segundo Silva, o estudo piloto teve o propósito de integrar e alavancar a competitividade através de um planejamento estratégico do transporte e logística de cargas dos Estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Amazonas.

Para o vice-presidente e coordenador-geral das Coordenadorias Operacionais da FIEAM, Nelson Azevedo, ao contrário do primeiro, espera-se que o projeto atual contemple o Amazonas com opções que de fato beneficiem o carro chefe da economia do Estado e do Norte que é o Polo Industrial de Manaus (PIM). A indústria amazonense merece um estudo aprofundado que venha apresentar soluções para o escoamento de sua produção para o Brasil e o exterior”, disse Azevedo.

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O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, conduz reunião de apresentação do projeto “Micro Eixos”, com o diretor da Macrologística, Olivier Girard (direita) e o secretário da Seplan, Airton Claudino (centro)

atual por requerer um alto investimento. “A Macrologística segue as novas tendências da política brasileira na redução do custo logístico de transporte de cargas, no qual vem se adotando cada vez mais os modais hidroviários”, disse ele.

Para o primeiro-secretário do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Amazonas (Setcam), Raimundo Augusto Neto, o impedimento colocado em xeque na discussão sobre a revitalização da BR 319 é descabido, pois, segundo ele, o gargalo representado pelo limite de peso de cargas na rodovia, acima de 15 toneladas, pode ser resolvido com inovação e tecnologia.

Estão envolvidas com o projeto a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Pará (SIDC), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan) e Secretaria da Indústria Comércio e Mineração do Amapá (Seicom).•

BR-319

O diretor-executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Ronaldo Mota, reagiu à não inclusão da BR-319 (Manaus-Porto Velho) no projeto Micro-Eixos do Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá. “Não desistimos da BR-

319 que não foi contemplada mais uma vez. Trata-se de uma via de grande importância para o PIM, bem como para fortalecer a economia complementar do Amazonas e Rondônia”, alertou.

Segundo Olivier Girard, a BR-319 de fato não compôs o projeto Norte Competitivo e também não foi indicada para o estudo

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Exército discute logística da Amazônia em simpósioComando da 12ª Região Militar promove evento para tratar dos problemas da logística interagências da Amazônia Ocidental

Tratada como um dos principais problemas que impactam no desempenho econômico do País, com aumento dos custos

operacionais na distribuição da produção e riqueza gerada, a logística interagências da Amazônia Ocidental foi discutida pelo Exército Brasileiro, por intermédio do Comando da 12ª Região Militar, no auditório Gilberto Mendes de Azevedo do SESI Amazonas.

O evento foi aberto pelo comandante da 12ª Região Militar, General-de-Divisão Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, que apresentou o simpósio como ideia para integrar esforços no intuito de conseguir algumas soluções, principalmente para o interior do Amazonas. “O Exército Brasileiro, com a sua estrutura já existente em alguns polos, como São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tefé e Barcelos, pode servir de base para o desenvolvimento e ser o multiplicador para que a gente possa interiorizar o desenvolvimento no nosso Amazonas”, disse Theophilo.

Para o assessor econômico da FIEAM,

Gilmar Freitas, a questão (logística) exige planejamento, discussões, debates e reflexão sobre os problemas e suas soluções. “Seja para defender o nosso país e as riquezas naturais, seja para alcançar mercados

nacionais ou internacionais com nossa produção, a infraestrutura e a logística de transportes são essenciais, principalmente na nossa região, cujas dificuldades de acesso nos desafiam continuamente, seja pelas condições precárias das vias, ou pelas condições climáticas e geográficas”.

O simpósio contou com a participação do secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), Airton Claudino, que fez palestra sobre o modelo Zona Franca de Manaus, mostrando os principais motivos da existência do modelo no Estado do Amazonas. Claudino também abordou o Projeto Norte Competitivo, desenvolvido pelo Sistema Indústria e que tem, entre outros objetivos, o planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de cargas da Amazônia Legal.

Com o evento, o Exército Brasileiro buscou incentivar a interação com outras instituições públicas e privadas, civis e militares, na busca de soluções logísticas na Amazônia Ocidental, compartilhando conhecimentos e experiências para identificar e conciliar interesses mútuos.•

Logística

O comandante da 12ª Região Militar, general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

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“Manaus está à frente das idéias sustentáveis, pois concilia o desen-volvimento econômi-

co com o respeito à floresta e sua biodiver-sidade, resultado do modelo Zona Franca que incentiva a indústria a resguardar 98% de sua área verde”, declarou o presidente da Revista Ideia Sustentável e autor do li-vro “Conversas com Lideres Sustentáveis”, Ricardo Voltolini.

Voltolini esteve em Manaus para pro-mover o 4º Encontro Regional Plataforma Liderança Sustentável com o apoio do SESI Amazonas e outros parceiros. De acordo com Ricardo, a política do Estado do Ama-zonas está afinada com as melhores práti-cas de sustentabilidade do planeta.

O autor apresentou 10 exemplos de líde-res empresariais que compõem os capítulos do livro Conversas com Líderes Sustentá-veis, destacando as iniciativas de transfor-mação dessas empresas através de idéias sustentáveis.

“O objetivo é inspirar líderes da Região para realizar mudanças que busquem a

sustentabilidade. Mostramos como esses empresários de referência agem, pensam e em que valores acreditam”, informou Vol-tolini.

O presidente da Natura, Alessandro Carlucci, e o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirl-pool para a América Latina, Armando Ennes do Valle Jr, compartilharam experi-ências da gestão sobre o tripé de ações eco-nômicas, ambientais e sustentáveis.

De acordo com Carlucci, a Natura leva um nome marcante que apresenta de ime-diato o que é a empresa e seus valores. Ele disse que a maior ênfase dos negócios em-presariais é utilizar de forma inovadora e sustentável o potencial da biodiversidade da Amazônia em seus produtos.

“Estamos na região amazônica há mais de 30 anos e procuramos trabalhar com os ingredientes locais, da natureza, em par-ceria com o povo daqui, agregando em nossos produtos um pouco da sabedoria e da essência dessas comunidades regio-nais. Essa ação ganhou reforço desde o ano passado quando inauguramos um Centro

de Inovação em Manaus que veio para es-timular e integrar a inovação no Estado do Amazonas e do Norte do Brasil”, explicou.

Armando Ennes, por sua vez, revelou que a liderança da Whirlpool acompanha os processos de produção e fornecimento de matéria-prima e insumo, identificando se há algum problema que fuja à sua polí-tica de responsabilidade social e ambien-tal. A medida oportuniza a reeducação de empresários e líderes, tornando-os gestores que contribuem com a missão da Whirlpo-ol no mercado, fortalecendo seu valor, fa-zendo a diferença e sendo sustentável.

Como exemplo de sucesso de uma das iniciativas da Whirlpool, Armando apre-sentou o projeto Consulado da Mulher que já beneficiou mais de 30 mil mulheres de baixa renda, capacitando-as para exercer uma atividade profissional que lhe devolva a autoestima e que tenha retorno financeiro à renda familiar.

O evento foi encerrado com workshop, onde os líderes apresentaram idéias que auxiliem empresas a repensar seus negó-cios de maneira lucrativa e inovadora.•

Lideranças sustentáveisO escritor e editor Ricardo Voltolini promove em Manaus, com apoio do SESI, o 4º Encontro Regional Plataforma Liderança Sustentável

Gestão

O presidente da Natura, Alessandro Carlucci, durante o evento Armando Ennes, da Whirlpool, falou da missão da empresa

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A meta para este ano, de utilizar 62% da contribuição compul-sória da indústria em cursos gratuitos, está perto de ser

cumprida. Pelo menos é o que indica o número de matrículas nos cursos gra-tuitos do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Industrial (SENAI Amazonas) no primeiro semestre: 5.725, um crescimen-to de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O esforço está alinhado ao Programa Educação para a Nova In-dústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e atende ao Decreto nº 6.635, de novembro de 2008, da Presidên-cia da República.

Até o final do ano, o SENAI Amazo-nas deve atender a 12.601 alunos, jovens e adultos de Manaus e de outros muni-cípios da região, em cursos profissionais gratuitos oferecidos nas quatro escolas da capital e nas agências instaladas nos municípios de Parintins (a 369 km de Manaus), Iranduba (25 km), Coari (237) e Itacoatiara (175), além dos municípios atendidos pelo barco-escola Samaúma.

Em 2012, a proposta era o SENAI Amazonas empregar 59% da contribui-ção compulsória em gratuidade regimen-tal, meta cumprida, com as 7.480 matrí-culas efetuadas nesse ano em cursos de aprendizagem, qualificação, habilitação

técnica e aperfeiçoamento. Este número de atendimento representou um aporte de recursos superior a R$ 20 milhões, in-vestimento que retornou à indústria em forma de recursos humanos capacitados e aptos a serem contratados.

Os alunos certificados pelo SENAI em uma qualificação profissional pas-sam no mínimo 160 horas em formação dentro da instituição. A Metodologia SENAI de Educação Profissional prati-cada no Amazonas visa preparar o alu-no a exercer atividades industriais com padrões competitivos mais elevados e que possam contribuir para a moderni-zação tecnológica e o desenvolvimento do Estado.

Em 2012, o SENAI Amazonas lançou 20 cursos atualizados de acordo com as necessidades apontadas pelo Polo In-dustrial de Manaus (PIM), com destaque para as áreas de web design, programa-dor de dispositivos móveis, reparador de redes, cabos e equipamentos eletrônicos, segurança no trabalho, inspeção da qua-lidade, entre outros.

Segundo o diretor regional do SENAI, Aldemurpe Barros, a instituição deve promover educação profissional entre 2013 e 2014 para 55.490 jovens e adultos, contribuindo com o planejamento estra-tégico da CNI para transformar o cotidia-

Gratuidade no SENAI chega a mais de 5.700SENAI fecha o primeiro semestre do ano com resultado favorável ao cumprimento da meta da gratuidade instituída pelo governo

No primeiro semestre, o SENAI Amazonas recebeu 5.725 matrículas nos cursos profissionais

Educação profissional

no das empresas brasileira, tornando-as mais competitivas e inovadoras.

“O SENAI Amazonas está formando profissionais com as competências es-peradas pelas empresas que aqui estão instaladas, garantindo a atualização de

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O programa Educação para a Nova Indústria foi uma ação para o desen-volvimento sustentável do Brasil em resposta às novas demandas do mer-cado globalizado. Lançado em 2007 pela CNI para ser desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo SENAI, com oferta de educação básica e educação profissional, o pro-grama teve desdobramento a partir da definição do Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015, prospectando um incremento de cerca de 30% na forma-ção básica e profissional de alta quali-dade até 2010.

Com o programa encerrado, suas metas tiveram continuidade com a homologação do Decreto nº 6.632, em novembro de 2008, que atualizou o Re-gimento do SENAI, em especial o Ar-tigo 8, que estabelece um cronograma para as vagas gratuitas. Até 2014, dois terços da receita líquida da contribui-ção compulsória devem ser destinados à gratuidade em cursos e programas de educação profissional.

“§3º - A alocação de recursos para as vagas gratuitas deverá evoluir, anualmente, a partir do patamar atu-almente praticado, de acordo com as seguintes projeções médias nacionais:

I - 2009 dedicar 50% da contribuição compulsória a gratuidade;

II - 2010 dedicar 53% da contribui-ção compulsória a gratuidade;

III - 2011 dedicar 56% da contribui-ção compulsória a gratuidade;

IV - 2012 dedicar 59% da contribui-ção compulsória a gratuidade;

V - 2013 dedicar 62% da contribui-ção compulsória a gratuidade;

VI - 2014 dedicar 66,66% da contri-buição compulsória a gratuidade”.

A gerente de Educação, Tecnolo-gia e Inovação do SENAI Amazonas, Sílvia Barros, disse que o Sistema S trabalhou em 2009 para atender às novas exigências e a forma correta de se adequar à nova demanda. Como estratégia, o Departamento Nacio-nal do SENAI elaborou em 2010 uma RAMPA para o alcance da meta pla-nejada, priorizando investimentos no aumento da capacidade da instituição em qualificar profissionais para desen-volver a competitividade da indústria.

“A meta para 2014 é atingirmos o número de 43.049 matrículas com um total de 6.590 mil aluno/hora. Com certeza a meta é bastante ousada, mas com a entrada da Educação a Distân-cia, das ampliações da nossa infraes-trutura e das novas unidades temos confiança de que conseguiremos atin-gir os resultados propostos”, aposta Sílvia.

Educação para a Nova Indústria e o Decreto 6.632

As vagas gratuitas recebem aporte de recursos que aumenta gradativamente a cada ano

Aluno do SENAI no curso de hidráulica, uma das modalidades da área da construção civil

ementas e currículos, bem como ouvindo o público de interesse para que desta for-ma possamos garantir a perfeita sintonia entre o que estamos oferecendo e o que a indústria precisa para se tornar competi-tiva”, disse Aldemurpe. •

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Vinte e três empresas da região tiveram oportunidade de oferecer uma “provinha” de seus produtos, como guaraná,

castanha e açaí, licor de camu-camu, perfumes e cremes corporais, a possíveis compradores do Canadá, Guatemala, México e Portugal, reunidos em Manaus, no final de junho, na Rodada de Negócios da Amazônia - Amazon Business Experience 2013, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria, por meio da Rede CIN (Centros Internacionais de Negócios) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), sob a

coordenação local da FIEAM.Com participação de 25 empresários

do Amazonas, Pará, Acre e Rondônia, representantes dos segmentos de alimentos, bebidas e cosméticos, a rodada tem como estimativa a geração de US$ 1,5 milhão nos próximos 12 meses, de acordo com a avaliação do analista de Gestão e Negócios da Apex-Brasil, Carlos Frederico Martins.

O gerente executivo do CIN Amazonas, Marcelo Lima, explicou que o projeto Amazon Business segue a linha do Projeto Formula Indy e Projeto Carnaval, realizados em São Paulo e Rio de Janeiro, iniciativas coordenadas

pela ApexBrasil, CNI, Federações das Indústrias e Rede CIN.

“É importante que o micro e pequeno empresário valorize a tipicidade dos produtos exóticos da Amazônia e dê início à internacionalização de seus negócios. Pretendemos perenizar o projeto Amazon Business na agenda da Apex, CNI e Rede CIN, dando visibilidade aos nossos produtos no exterior”, declarou Marcelo Lima.

Licores e castanhas

Para o diretor industrial da Sohervas da Amazônia, José da Silva Cabral, o

Rodada de Negócios serve de vitrinepara produtos amazônicos FIEAM promove Rodada de Negócios para apresentar a potenciais compradores estrangeiros produtos regionais dos segmentos de bebidas, comidas e cosméticos

A Apex-Brasil convidou empresários de vários países para conhecer o potencial da região

Comércio exterior

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Rodada de Negócios serve de vitrinepara produtos amazônicos

O empresário José da Silva Cabral, da Sohervas (direita), apresentou seus licores regionais

Marcelo Lima e equipe do CIN/AM (à direita) com representantes da Apex Brasil

encontro com potenciais compradores internacionais é a chance que a empresa de licores de frutas tropicais esperava para iniciar contatos com clientes estrangeiros e começar a exportar sua produção, que atualmente atende apenas Manaus. A Sohervas produz licores a partir de frutas regionais, como açaí, cupuaçu, camu-camu, jenipapo e cacau.

“Até o final do ano pretendemos triplicar nossa produção, com a fabricação de 60 litros de licores diários para atender o mercado local, formado por restaurantes e fabricantes de bombons, e também a demanda do consumidor europeu, americano e demais compradores do mundo”, disse Cabral.

Já para o gerente administrativo da R. Bertulino, Rivaldo Araújo, a aceitação da castanha do Brasil pelo grupo de compradores foi tão grande que a produção de 2013 da empresa será repensada para suprir as propostas de encaminhar amostras para avaliação de mercado aos potenciais clientes estrangeiros.

“Vislumbramos um retorno mensal em 2014 de US$ 110 mil, o que irá impulsionar nossa produção de 70 mil latas de castanha para 140 mil latas por ano”, revelou Araújo, ao destacar que a rodada de negócios superou suas expectativas em firmar contatos com compradores e retomar as exportações realizadas durante o ano de 2007.

Além de licores e castanhas, bebidas, alimentos e cosméticos também foram apresentados na rodada. O comprador Flávio Ferreira, da empresa BR4Trade, do Canadá, foi um dos mais interessados nas polpas de frutas para atender o mercado canadense de frutas tropicais, dentre elas o açaí.

Segundo Ferreira, o negócio da BR4Trade é importar e distribuir alimentos e polpas de frutas congeladas, contribuindo com a divulgação dos produtos brasileiros no mercado internacional. “Os brasileiros ainda não perceberam o potencial dos nossos produtos e esse mercado internacional tende a crescer, por isso retorno ao Amazonas para participar desta rodada de negócio com objetivo de conhecer novos produtos, ouvir novas ideias e identificar oportunidades e ampliar os negócios da BR4Trade”.•

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Pacientes que precisam corri-gir postura corporal e eliminar tensões musculares, dores de-correntes de patologias, como

hérnia de disco, artrose, pós-fratura e re-abilitação. São cada dia mais numerosos os que buscam os benefícios proporcio-nados pela fisioterapia, seja ortopédica ou neurológica. Na clínica de fisiotera-pia do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), a média é de 20 pacientes iniciando tratamento a cada mês.

Incluída entre os serviços de saúde oferecidos para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do Polo In-dustrial de Manaus (PIM) e seus depen-dentes, mas também da comunidade em geral, a Clínica de Fisioterapia do SESI Amazonas atende na especialidade or-topédica, neurológica, RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates. O atendimen-to acontece de segunda a sexta-feira, nos três turnos (manhã, tarde e noite).

O fisioterapeuta do SESI, Jonathan Melo, disse que a fisioterapia vem sendo recomendada e usada com grandes be-nefícios pelos que são encaminhados por médicos de várias especialidades para avaliar a melhor técnica ou tratamento a ser adotado. Segundo Melo, a fisioterapia tem como objetivo devolver os movimen-tos perdidos ou comprometidos, geral-mente após patologias em que o paciente permaneceu longo período imobilizado, permitindo a sua plena recuperação.

Problemas posturais

A RPG corrige problemas posturais por meio de técnicas específicas de alon-gamento do tecido muscular. De acordo com o fisioterapeuta, as técnicas ado-tadas na RPG trabalham todas as dores musculares e articulares, corrigindo os músculos responsáveis pela alteração postural, ganhando mais flexibilidade, além de impedir os movimentos que de-formam o corpo e criam dores. “Diminui-

Pilates e RPG na Clínica SESI

A Fisioterapia do SESI funciona no 2º andar do SESI SAÚDE

Saúde

ção das dores musculares e articulares, fortalecimento muscular, alongamento do corpo e correção postural são alguns benefícios proporcionados pela RPG”, disse Jonathan Melo.

Já o Pilates, segundo o especialista do SESI, é uma técnica que se baseia no con-trole do movimento e da respiração, do início ao fim dos exercícios, sempre bus-cando a maior fluência dos movimentos. Para o fisioterapeuta, o Pilates pode ser trabalhado em pessoas a partir dos 12 anos e não tem limite de idade.

A técnica do Pilates, conforme explica Jonathan Melo, tem semelhança com os programas oferecidos por academias de ginástica e musculação, mas sem o uso de pesos. “São usadas molas tensionadas

e o próprio peso corporal. Os exercícios duram em média 40 minutos com re-sultados imediatos”, explicou o fisiote-rapeuta. Ele disse ainda que o método pode ser usado para reabilitação de pa-cientes em estado pós-cirúrgico ou que apresentam dor aguda, hérnia de disco, sequelas neurológicas decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) e dis-trofias musculares. Sobre os benefícios da fisioterapia, o especialista disse que melhora a coordenação motora, ajuda no fortalecimento dos músculos, alivia as tensões musculares, além de trabalhar a respiração.

De acordo com o setor de Medicina Assistencial/Fisioterapia do SESI Ama-zonas, o atendimento tem evoluído bem

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Pilates e RPG na Clínica SESI

nos três níveis (leve, moderada e com-pleta) em 2013. De acordo com a análise comparativa, a qualidade técnica é per-cebida tanto nos retornos, cada vez mais frequentes, quando na evolução dos qua-dros clínicos apresentados (ver gráfico nesta página). Nos cinco primeiros me-

ses do ano, o número de atendimentos concluídos foi de 124.

“Apesar da diminuição do número de atendimentos em março, em relação a fe-vereiro, os índices de evolução permane-ceram estavéis no período”, explica a res-ponsável pela análise, Aureci de Paula.•

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Saúde

Alimentação saudável nas linhas de produção

SESI recebe empresas do Polo Industrial de Manaus para o lançamento do Programa Alimentação Saudável na Indústria, alertando para a alta incidência de doenças crônicas não transmissíveis entre os trabalhadores

Asaúde do trabalhador da indústria brasileira vai mal. É o que aponta levanta-mento do Ministério

da Saúde, divulgado no início de julho pela gestora de Lazer Ativo do Departamento Nacional do SESI, Geórgia Antony. Ela foi uma das palestrantes no lan-çamento em Manaus do Pro-grama Alimentação Saudável na Indústria.

Dentre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), ci-tadas por Antony, está a obesi-dade, doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros. De acor-do com registro do MS, a obesidade acomete um em cada dois brasileiros. Em 2011, o problema representou para o Sistema Único de Saúde gastos de R$ 488 milhões, mais de 7 mil atendimentos am-bulatoriais e 208 mil internações.

Geórgia chamou atenção para a obesi-dade por ser uma doença visível para to-dos e que já se tornou preocupação tam-bém da Organização das Nações Unidas (ONU), que desde maio deste ano incluiu o tema em duas das nove metas de tra-balho discutidas como prioridade, com adesão de 194 países-membros, que se comprometeram em deter o crescimento das DCNT´s.

O documento da ONU, assinado in-clusive pelo Brasil, propõe o desafio de reduzir em 25% até 2025 as mortes pre-maturas por doenças não transmissíveis, sendo elas responsáveis por mais de 60% das mortes no mundo, ou seja, 36 milhões do total de 57 milhões de óbitos.

Segundo Geórgia, caso não sejam im-plantadas políticas públicas e programas voltados à saúde e reeducação alimentar, bem como um trabalho direcionado ao estímulo de exercício físico, o número

apresentado pela ONU pode quase do-brar até 2030.

Contribuindo para atender as metas, o SESI apresenta um programa integra-do de educação alimentar com duração média de seis meses para a indústria, visando informar e possibilitar que o trabalhador desenvolva a capacidade de selecionar alimentos para satisfazer suas necessidades nutricionais diariamente e

evitar o agravo de doenças como obesi-dade, hipertensão e diabetes.

A nutricionista do SESI Amazonas, Creuza Varela, explicou no que consis-

te o Programa Alimentação Saudá-vel na Indústria, estruturado com

dois focos principais, abrangen-do os indivíduos saudáveis e os indivíduos com risco.

“Oferecemos ao trabalha-dor informações que pos-sam elevar sua qualidade de vida e bem-estar. A empresa interessada terá um acompa-

nhamento da equipe de multi-profissionais do SESI Amazonas

que atuarão nas intervenções para mudança de comportamento de

seus colaboradores, por meio de ações educativas pontuais e vivenciais, e ações direcionadas aos trabalhadores que pos-suem quadro de doenças crônicas”, disse Creuza.

Para o chefe administrativo e finan-ceiro da Sakura EXH do Brasil, Nilton Okayama, a iniciativa do SESI em pro-mover serviços que complementam o trabalho realizado pela indústria é fun-damental. A empresa acabara de receber o resultado do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida, feito pelo SESI, que iden-tificou mais de dez funcionários com problemas graves de colesterol e triglice-rídeos elevados.

Com os resultados em mãos, Okayama pretende reformular o cardápio alimentar da empresa e eliminar excessos de sal e intensificar as opções de saladas e frutas.

Segundo Okayama, a Sakura é uma in-dústria que se preocupa com a qualidade de vida de sua força de trabalho, conce-dendo além de benefícios regimentais, quatro refeições no decorrer da jornada de trabalho diária, sendo café da manhã, almoço e dois lanches. •

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Cultura

Uma ‘Big Band’ no

ritmo do SESI

Integrantes da Big Band do SESI, grupo que tem participação especial nos eventos promovidos pelo Sistema FIEAM

Formada por 23 músicos de diferentes perfis, a maioria voluntários, a Big Band SESI foi criada há quatro anos para acompanhar o Festival SESI Música, tendo à frente o maestro Sérgio Bernardes

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Militares da reserva, in-dustriários, alunos de música. Vinte e três pes-soas com perfis diferen-

tes unidas pelo amor à música. Essa é a formação da Big Band regida pelo maestro do SESI, Sérgio Bernardes. To-dos reservam as tardes de sábado para ensaiar, os músicos voluntariamente. Quando solicitados, dão um show nos eventos do Sistema FIEAM, sem ficar devendo a nenhuma grande big band.

Carioca, há 12 anos vivendo em Manaus, Sérgio Bernardes é militar da reserva e, apesar de ter uma formação múltipla nas áreas de direito e conta-bilidade, fez carreira na música, che-gando ao posto de capitão músico do Exército Brasileiro.

“Antes de concluir minhas gradua-ções passei por um colégio onde iniciei o estudo da música no Rio de Janei-ro. Me formei ainda no curso técnico de torneiro mecânico na Fundação do Abrigo Cristo Redentor (RJ), mas quando ingressei nas Forças Armadas optei pela música e um dos motivos foi a garantia do crescimento profissio-nal”, disse.

Após muitas realizações, Bernardes pensou até em desistir da área pelas dificuldades que enfrentam os profis-sionais da música. Foi então que surgiu o convite para ser maestro do SESI em

2006, mas ele só conseguiu a vaga

Lindon Johnson, um tempero a mais Nos últimos três anos, a Big Band

tem contado com a participação espe-cial do cantor Lindon Johnson, que dá

um tempero a mais às apre-sentações do grupo. Nascido na Guiana Inglesa, ele mora no Brasil há 34 anos

e há 30 em Manaus. Johnson iniciou sua carreira como trombo-

nista, esteve no Exérci-

to do seu país, mas foi como cantor e in-térprete que se encontrou e se realizou.

“A música me faz bem, me reali-za, eu me sinto bem quando estou agradando. As participações na or-questra são para relaxar”, diz o can-tor. Dono de um timbre peculiar que lembra o do cantor americano Louis Armstrong, Lindon Johnson sempre causa sensação ao interpretar “What a Wonderful World”, um dos clássi-cos do seu repertório.

um ano mais tarde.“Durante a entrevista me pergunta-

ram se eu tinha oito horas disponíveis e eu respondi tenho 8, 16, 32, 64, que são os valores da notação musical”, lem-brou divertido.

“Quem trabalha com música não pode interromper o processo criativo para continuar amanhã. Eu me sinto

muito feliz e desafiado por trabalhar com profissionais tão diversos, com aprendizados musicais tão diferentes, como os músicos da Big Band. Todos trabalham pela experiência e princi-palmente pelo amor. São voluntários, dependendo do evento recebem cachê, mas não salário. Nosso maior desafio é conciliar o tempo de todos”, diz.•

Banda do SESI ensaia aos sábados na sala de música do Clube do Trabalhador

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Amor pela música faz toda a diferençaA primeira formação da Big

Band foi em 2009 para participar do SESI Música, festival da instituição voltado para o trabalhador da in-dústria. A banda era composta em sua maioria por militares, e um de-les, o carioca Isvaldo Barbosa, que teve seu encontro com a música em coral da igreja hoje é considerado o leão da orquestra por ser a voz principal do naipe de trompetes. “Quando ele ataca é sentido por toda a orquestra”, disse o maestro.

“A música sempre fez parte da minha vida”, conta Isvaldo. Ele fez conservatório de música e, mes-mo depois de aposentado resolveu continuar aprendendo, tanto que atualmente estuda música na Uni-versidade do Estado do Amazonas (UEA). “Gosto tanto do que faço que não consegui me prender ape-nas aos ensaios dos sábados e hoje atuo também como estagiário do

SESI, junto com o maestro”, disse Isvaldo.

A estudante de artes plásticas, Camila Nakano (23), é o único so-lista feminino da Big Band. Filha de pai japonês e mãe brasileira, Cami-la recebeu convite para participar do grupo. “Eu morei no Japão e lá desde cedo estudei música, fiz co-ral, flauta, escaleta, teoria musical. Aqui no Brasil fui coralista quatro anos na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e também fui vencedora do festival de calouros do SESC”, contou.

Camila afirma que o fato de ser jovem, estudante e mulher, não muda em nada seu relacionamento com os colegas.

“Quando entramos na orquestra perdemos a identidade. Aqui troca-mos informações , eles me respei-tam. Somos todos iguais”, revela.

Fabio dos Santos (32) é outro

solista e faz parte do grupo de in-dustriários da banda. De segunda a sexta, em horário comercial, ele é auxiliar admistrativo da Moto Hon-da da Amazônia, e nas horas vagas canta na noite e também na igreja. “Eu já ganhei o SESI Música duas vezes em quarto lugar. Daí, o ma-estro (Bernardes) me convidou para cantar a música “Amazonas More-no”, e, desde então, não saí mais”, diz.

O quarto solista da banda é o ad-vogado Valdemir da Silva (24), que aderiu ao grupo há pouco mais de três meses.

Inspirada nas big bands america-nas ao estilo de Glenn Miller, a Big Band do SESI é formada por dois sa-xofones alto, dois saxofones tenores e um sax barítono, quatro trombo-nes, quatro trompetes, uma guitar-ra, baixo, teclado, bateria, percussão quatro cantores e um maestro.

Sérgio Bernardes (direita) com músicos e cantores da Big Band, na sala de ensaios do grupo no Clube do Trabalhador

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As medidas dos manauaras vão ajudar a compor o pa-drão dos brasileiros. Em junho, técnicos do Centro

de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI Rio de Janeiro - Cetiqt) realizaram em Manaus uma das últi-mas etapas do estudo antropométrico que vai oferecer à indústria medidas mais precisas quanto a roupas e sapa-tos produzidos no país.

São 121 medidas apuradas por pes-soas, das quais 100 são tomadas pelo Body Scanner, máquina que ‘escaneia’ o corpo humano em questão de minuto e repassa os dados para o computador.

De acordo com o técnico do SENAI/Cetiqt, Luiz Felipe Brito, a pesquisa, que percorre o Brasil desde 2011, deve finalizar com a avaliação corporal de 10 mil pessoas de todas as regiões, visando estruturar tabela de medidas que torne padrão os tamanhos e nume-rações de roupas e sapatos no país.

“Os dados apurados serão compila-dos numa tabela de medidas de grande relevância para a indústria têxtil como referência dos tamanhos dos brasilei-ros. Com essa referência de Norte a Sul, os segmentos de confecção do ves-tuário e calçados passarão a produzir de forma regular as medidas de acordo com as descritas nessa tabela”, explica Brito.

Para o instrutor de confecção do ves-tuário do SENAI/AM, Cidarta Melo, a participação da população amazonen-

Manauaras sob medidaEstudo antropométrico colhe medidas de voluntários manauaras para compor tabela dos brasileiros a ser publicada pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do SENAI/RJ

Técnico do SENAI/RJ opera o Body Scan-ner no corpo de Suelem Rocha

Estudo

nas dimensões das pernas e quadril”, ressaltou.

Suelem Rocha passou pelas avalia-ções do Body Scanner e das medições manuais dos técnicos do SENAI/Ceti-qt. Como aluna do curso de costurei-ro industrial do SENAI/AM, ela foi voluntária pensando na qualidade de seus serviços de sua próxima atividade profissional, no segmento de confec-ção.

Para a aluna, a tabela de medidas que será publicada no próximo ano fará parte do seu material de trabalho como a máquina de costura, tesoura, tecidos e linhas.

“Tenho certeza que a tabela de me-didas será bem utilizada pelas costu-reiras da indústria e também pelas que fazem roupa em casa. Agora entrando na área de confecção vejo o quanto é importante a padronização das medi-das dos brasileiros, em especial das nossas medidas que não podem ser es-quecidas, pois quero comprar roupas que correspondam às minhas medi-das”, disse Suelem.•

se nesta pesquisa é ainda mais impor-tante devido à dificuldade na hora de comprar roupas no padrão do corpo dos homens e mulheres do Norte.

“O mercado está cheio de roupas es-treitas e compridas, seguindo o perfil da população sulista. Os manauaras possuem estatura menor e exuberância

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