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... no dia 16 de novembro que, não por coincidência, é o Dia dos Eletricitários. Parabéns a todos os energéticos que fizeram e fazem parte dessa história e dessa luta Mais que um dia de homenagem aos eletricitários, comemorado anualmente, o 16 de novembro é um marco na cons- trução do sonho que virou realidade. A receita desse projeto único, que nasceu em 1997 para romper com as amarras da estrutura oficial, misturou a ousadia e a coragem sem precisar pedir licença nem esperar autorização de ninguém. “Já faz quatorze anos que começa- mos a escrever essa história de luta e conquista no enfrentamento com empre- sas e governo. E esse projeto, sempre no rumo da consolidação, cresce a cada dia”, afirmou Jesus Francisco Garcia, presidente do Sinergia CUT. Ele ressalta a importância da soma de forças no decorrer dos anos. Inciado a partir do Sindgasista e dos Eletricitários de Campinas (STIEEC), hoje fazem par- te do Sinergia CUT mais quatro sindica- tos: o Sindprudente, o Sindergel Litoral, o SindBauru e o Sindluz Araraquara. Destaques desta edição www.sinergiaspcut.org.br Número 1103 07 a 20/11/2011 Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de SP Serviço essencial, Sindicato indispensável Justiça feita na Fundação CESP Justiça determina reintegração de dirigente no Conselho Página 02 Peri CTEEP tem acordo histórico Sindicato recolhe procurações para homologação do acordo Página 03 Vencimento das Concessões Sinergia CUT é contra proposta defendida pela FIESP Página 04 Stieec- filiado em 1988 Gasistas- filiado em 1989 Sindprudente - filiado em 2005 Sindlitoral - filiado em 2006 Sindbauru - filiado em 2009 Sindluz Araraquara Sinergia CUT - filiado em 12/12/99 Durante dois dias, dirigentes definiram os eixos de atuação para o próximo período Unidade. Ex- pansão. Planeja- mento. Evolu- ção. Essas fo- ram algumas das palavras es- colhidas e usa- das individual- mente pelos di- rigentes da Executiva do Sinergia CUT, logo na primeira atividade da Oficina de Plane- jamento Estratégico, realizada nos dias 25 e 26 de outubro, em Campinas. A escolha dessas palavras tinha como objetivo delinear a expectativa dos participantes em relação à oficina. Ao final de dois dias, foi possível construir, com essas e muitas outras palavras, as estratégias para as ações do Sinergia CUT para a gestão 2011-2014. Durante a abertura da Oficina, o pre- sidente do Sinergia CUT, Jesus Fran- cisco Garcia, chamou a atenção para as recentes mudanças no setor energético e os desafios da atuação sin- dical. “Nossa luta é um reflexo da políti- ca da CUT. É necessário levar em con- Sinergia CUT faz 14 anos... ... e planejamento é nosso diferencial “A integração dessas entidades ao projeto Sinergia é a prova de que nosso Sindicato busca incansavelmente rom- per com a estrutura sindical oficial e pos- sibilitar aos trabalhadores do setor energético paulista enxergarem-se como sujeitos do processo político e construir sua própria história de organi- zação” disse Jesus Garcia. E, fortalecer o Sinergia CUT é, so- bretudo, fortalecer a luta da categoria, inclusive pela garantia do emprego e pela manutenção de direitos históricos que alguns ainda querem arrancar. É também ir além, buscando novas conquistas para garantir a vida, como as liminares que proíbem o trabalho iso- lado de eletricistas e operadores e as que garantem o direito de recusa em caso de risco ou ameaça. Um desafio a ser ainda alcançado é a consolidação da Federação Estadual dos Urbanitários (FTIUESP) ao lado os companheiros de água e saneamento, rumo à Confederação Nacional de Urbanitários. Planejar. Ontem, hoje e sempre “Quem planeja tem futuro, quem não planeja tem destino.” (Tadeu Cormelatto) Essa frase tem norteado as ações do Sinergia CUT desde sua fundação. Porque, para a direção desta entidade, o planejamento é a ferramenta que pos- sibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos e construir um referencial fu- turo. É o lado racional da ação. Por isso mesmo, toda a direção esteve reunida, no final de outubro para, mais uma vez, realizar a Oficina de Planejamento Es- tratégico (leia abaixo). Óbvio que tudo isso provoca a rea- ção dos senhores de empresa, do go- verno e dos comandados no movimento sindical. Muitas vezes desesperada- mente. Outras caluniosamente. Mas, queiram ou não, a realidade é uma só: se o serviço é essencial, o Sinergia CUT continua cada vez mais indispensável - inclusive quando se tra- ta de emprego, renda e qualidade de vida dos energéticos. sideração a realidade do setor, as políti- cas públicas em relação às questões trabalhistas. É importante considerar as mudanças e a realidade atual do se- tor, que tem feito reestruturaões seguin- do o modelo que obedece a lógica de mercado. Hoje o perfil é uma categoria muito mais jovem, com cada vez mais mulheres no setor. Precisamos estar atentos a todos esses elementos”, des- tacou o presidente do Sinergia CUT. De olho no futuro O presidente da CUT Nacional, o eletricitário Artur Henrique, também par- ticipou da Oficina fazendo uma análise do panorama da economia internacio- nal até chegar aos desafios do movimen- to sindical. Segundo ele, é fundamental pensar a longo prazo e considerar a con- juntura de um mundo globalizado. “Pou- cos estão fazendo como nós: definindo estratégi- as e construin- do o ce- nário para enfrentar os inte- resses das grandes empresas, do ca- pital e dos partidos políticos que não tem interesse em mu- dar nada”, ressaltou Artur. “Não existe desenvolvimen- to sem energia e o que está em jogo é um modelo de desenvol- vimento que exige que a gente entre na disputa com propos- ta, construindo um leque de ali- anças e forças. O Brasil, atra- vés do BNDES, continua a fi- nanciar grandes empresas com poucas contrapartidas. As mudanças só ocorrerão se houver luta e unidade”, afir- mou. As reformas política, tributária e sin- dical também foram temas desenvolvi- dos por Artur, destacando que os meios de comunicação de massa constroem campanhas a partir da ótica do empresariado. “Quem aparece na mídia defendendo a redução dos impostos é justamente quem menos paga impos- tos nesse país. A nossa defesa é que o governo deve cobrar impostos sobre ren- da e patrimônio e não sobre o consu- mo, como ocorre”, defende Artur. Outra proposta de enfrentamento apresentada pelo presidente da CUT é a luta pela mudança na estrutura sindi- cal brasileira com a ratificação da Con- venção 87 da OIT (sobre liberdade e au- tonomia sindical), com o objetivo de for- talecer o movimento sindical para en- frentar os desafios. A nova direção do Sinergia CUT to- mou posse no dia 25 de abril passado. Como nas gestões anteriores, a oficina de planejamento é o momento em que os dirigentes se reúnem para juntos ela- borarem as ações e prioridades do Sin- dicato dos trabalhadores energéticos, superando os desafios apresentados neste período de gestão. Fotos: Roberto Claro

Gasistas- filiado em 1989 Sindprudente - filiado em 2005 ... · defendida pela FIESP Página 04 ... “Nossa luta é um reflexo da políti-ca da CUT . É necessário levar em con-

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... no dia 16 de novembro que, não por coincidência, é o Diados Eletricitários. Parabéns a todos os energéticos que

fizeram e fazem parte dessa história e dessa lutaMais que um dia de homenagem aos

eletricitários, comemorado anualmente,o 16 de novembro é um marco na cons-trução do sonho que virou realidade. Areceita desse projeto único, que nasceuem 1997 para romper com as amarrasda estrutura oficial, misturou a ousadiae a coragem sem precisar pedir licençanem esperar autorização de ninguém.

“Já faz quatorze anos que começa-mos a escrever essa história de luta econquista no enfrentamento com empre-sas e governo. E esse projeto, sempreno rumo da consolidação, cresce a cadadia”, afirmou Jesus Francisco Garcia,presidente do Sinergia CUT.

Ele ressalta a importância da somade forças no decorrer dos anos. Inciadoa partir do Sindgasista e dos Eletricitáriosde Campinas (STIEEC), hoje fazem par-te do Sinergia CUT mais quatro sindica-tos: o Sindprudente, o Sindergel Litoral,o SindBauru e o Sindluz Araraquara.

Destaques desta edição

www.sinergiaspcut.org.br

Número 1 10307 a 20/11/2011

Sindicato dos T rabalhadores Energéticos do Est ado de SPServiço essencial,Sindicato indispensável

Justiça feita naFundação CESPJustiça determina reintegraçãode dirigente no Conselho

Página 02

Peri CTEEP tem acordohistóricoSindicato recolhe procurações para homologação do acordo

Página 03

Vencimento dasConcessõesSinergia CUT é contra propostadefendida pela FIESP

Página 04

Stieec- filiado em 1988Gasistas- filiado em 1989

Sindprudente - filiado em 2005Sindlitoral - filiado em 2006Sindbauru - filiado em 2009

Sindluz AraraquaraSinergia CUT - filiado em 12/12/99

Durante dois dias, dirigentes definiram os eixos de atuação para o próximo período

Unidade. Ex-pansão. Planeja-mento. Evolu-ção. Essas fo-ram algumasdas palavras es-colhidas e usa-das individual-mente pelos di-rigentes daExecutiva do

Sinergia CUT, logo naprimeira atividade da Oficina de Plane-jamento Estratégico, realizada nos dias25 e 26 de outubro, em Campinas.

A escolha dessas palavras tinhacomo objetivo delinear a expectativa dosparticipantes em relação à oficina. Aofinal de dois dias, foi possível construir,com essas e muitas outras palavras, asestratégias para as ações do SinergiaCUT para a gestão 2011-2014.

Durante a abertura da Oficina, o pre-sidente do Sinergia CUT, Jesus Fran-cisco Garcia, chamou a atenção paraas recentes mudanças no setorenergético e os desafios da atuação sin-dical. “Nossa luta é um reflexo da políti-ca da CUT. É necessário levar em con-

Sinergia CUT faz14 anos...

... e planejamento é nosso diferencial

“A integração dessas entidades aoprojeto Sinergia é a prova de que nossoSindicato busca incansavelmente rom-per com a estrutura sindical oficial e pos-sibilitar aos trabalhadores do setorenergético paulista enxergarem-secomo sujeitos do processo político econstruir sua própria história de organi-zação” disse Jesus Garcia.

E, fortalecer o Sinergia CUT é, so-bretudo, fortalecer a luta da categoria,inclusive pela garantia do emprego e pelamanutenção de direitos históricos quealguns ainda querem arrancar.

É também ir além, buscando novasconquistas para garantir a vida, comoas liminares que proíbem o trabalho iso-lado de eletricistas e operadores e asque garantem o direito de recusa emcaso de risco ou ameaça.

Um desafio a ser ainda alcançado éa consolidação da Federação Estadualdos Urbanitários (FTIUESP) ao lado os

companheiros de água e saneamento,rumo à Confederação Nacional deUrbanitários.

Planejar . Ontem, hoje e sempre“Quem planeja tem futuro, quem não

planeja tem destino.” (Tadeu Cormelatto)Essa frase tem norteado as ações

do Sinergia CUT desde sua fundação.Porque, para a direção desta entidade,o planejamento é a ferramenta que pos-sibilita perceber a realidade, avaliar oscaminhos e construir um referencial fu-turo. É o lado racional da ação. Por issomesmo, toda a direção esteve reunida,

no final de outubro para, mais uma vez,realizar a Oficina de Planejamento Es-tratégico (leia abaixo).

Óbvio que tudo isso provoca a rea-ção dos senhores de empresa, do go-verno e dos comandados no movimentosindical. Muitas vezes desesperada-mente. Outras caluniosamente.

Mas, queiram ou não, a realidade éuma só: se o serviço é essencial, oSinergia CUT continua cada vez maisindispensável - inclusive quando se tra-ta de emprego, renda e qualidade de vidados energéticos.

sideração a realidade do setor, as políti-cas públicas em relação às questõestrabalhistas. É importante consideraras mudanças e a realidade atual do se-tor, que tem feito reestruturaões seguin-do o modelo que obedece a lógica demercado. Hoje o perfil é uma categoriamuito mais jovem, com cada vez maismulheres no setor. Precisamos estaratentos a todos esses elementos”, des-tacou o presidente do Sinergia CUT.

De olho no futuroO presidente da CUT Nacional, o

eletricitário Artur Henrique, também par-ticipou da Oficina fazendo uma análisedo panorama da economia internacio-nal até chegar aos desafios do movimen-to sindical. Segundo ele, é fundamentalpensar a longo prazo e considerar a con-juntura de um mundo globalizado. “Pou-cos estão fazendo como nós: definindo

estratégi-as econstruin-do o ce-nário paraenfrentaros inte-r e s s e s

das grandes empresas, do ca-pital e dos partidos políticosque não tem interesse em mu-dar nada”, ressaltou Artur.

“Não existe desenvolvimen-to sem energia e o que está emjogo é um modelo de desenvol-vimento que exige que a genteentre na disputa com propos-ta, construindo um leque de ali-anças e forças. O Brasil, atra-vés do BNDES, continua a fi-nanciar grandes empresas compoucas contrapartidas. As mudanças sóocorrerão se houver luta e unidade”, afir-mou.

As reformas política, tributária e sin-dical também foram temas desenvolvi-dos por Artur, destacando que os meiosde comunicação de massa constroemcampanhas a partir da ótica doempresariado. “Quem aparece na mídiadefendendo a redução dos impostos éjustamente quem menos paga impos-tos nesse país. A nossa defesa é que ogoverno deve cobrar impostos sobre ren-da e patrimônio e não sobre o consu-mo, como ocorre”, defende Artur.

Outra proposta de enfrentamento

apresentada pelo presidente da CUT éa luta pela mudança na estrutura sindi-cal brasileira com a ratificação da Con-venção 87 da OIT (sobre liberdade e au-tonomia sindical), com o objetivo de for-talecer o movimento sindical para en-frentar os desafios.

A nova direção do Sinergia CUT to-mou posse no dia 25 de abril passado.Como nas gestões anteriores, a oficinade planejamento é o momento em queos dirigentes se reúnem para juntos ela-borarem as ações e prioridades do Sin-dicato dos trabalhadores energéticos,superando os desafios apresentadosneste período de gestão.

Fotos: R

oberto Claro

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Sinergia CUT - Página 2

O dirigente do Sinergia CUT CiroMarçal de Souza, eleito em 2009 pelostrabalhadores da Bandeirante EnergiaCUT ao Conselho Deliberativo da Fun-dação CESP, será reintegrado ao seucargo por ordem judicial.

Seu mandato havia sido interrompi-do pela Fundação em abril de 2010, logoque a empresa Bandeirante Energia, deforma unilateral, se retirou do Plano dePrevidência da Fundação CESP.

Na ocasião, por entender que o re-presentante legítimo dos trabalhadoresdeveria cumprir seu mandato de trêsanos até o final, o Sinergia CUT entroucom ação judicial reivindicando a per-manência de Ciro Marçal no ConselhoDeliberativo.

Na quarta-feira, dia 19, a Justiçaconcedeu liminar favorável à continui-dade do mandato do companheiro.

Chargista do Sinergia CUT recebemais um prêmio internacionalUbiratan Dantas, o Bira, chargista do

Sinergia CUT, acaba de ganhar o prê-mio Excellency Prize "THE BESTARTIST" 2011, oferecido aos melhorescaricaturistas do projeto Cultural daRomenia “Great RomanianPersonalities”. E mais: foi novamenteconvidado a participar de um dos maisimportantes eventos do Brasil: o Festi-val Internancional de Quadrinhos (FIQ),que acontecerá em BH de 09 a 13 denovembro. Com orgulho, o Sinergia CUTparabeniza esse companheiro e desejamais e mais sucesso em sua jornada.

Prevenção de Acidentes doTrabalho é tema de debate no TST

O Sinergia CUT participou, nos dias20 e 21 passado, do Seminário de Pre-venção de Acidentes do Trabalho, pro-movido pelo Tribunal Superior do Tra-balho (TST), em Brasília. Foram dis-cutidas as causas, consequências emedidas preventivas. O objetivo foi co-letar subsídios para a implementaçãodo Programa Nacional de Prevençãode Acidentes do Trabalho. “O seminá-rio representa a mudança de posturada Justiça do Trabalho perante o tema,no sentido de um trabalho conjunto ecolaborativo das instituições públicase privadas rumo à higidez do ambien-te de trabalho no Brasil”, afirmou pre-sidente do TST João Oreste Dalazen.Ao final, os participantes formularamuma carta com as diretrizes para pre-venção de acidentes de trabalho.

Trabalho DecenteO Sinergia CUT participou, no dia

20 passado, do 3º Encontro Prepara-tório para a I Conferência Estadual deEmprego e Trabalho Decente, queacontecerá nos dias 24 e 25 de no-vembro próximo. O encontro ocorreuem Praia Grande. Como nos dois pri-meiros encontros, o objetivo é aque-cer o debate com apresentação de pro-postas e avaliações que serão incor-poradas ao documento da conferên-cia pela comissão de sistematização.Novas instalações do Sindgasista

No último dia 11 de outubro, oSindgasista, sindicato que compõe oSinergia CUT, e a Associação de Apo-sentados inauguraram novas instala-ções de sua sede social. O local foireformado e readequado tornando-seacessível a todos os públicos.OSindgasista localiza-se à rua MariaDomitila, 254 – Brás – São Paulo/SP.Acidente fatal na CPFL PaulistaNo dia 26 passado, dois eletricistas

do quadro próprio da CPFL Paulista dacidade de Barretos sofreram um aci-dente de carro, por volta da hora doalmoço, causando a morte do traba-lhador Adriano Marques (21). A cami-nhonete colidiu de frente com um ca-minhão de bois na rodovia Barretos /Colômbia. O motorista do caminhãofaleceu no local. O eletricista OsmarSilva foi levado ao hospital em estadograve, mas agora passa bem, sobacompanhamento médico. O Sindica-to já encaminhou carta à empresa in-dicando um representante para acom-panhar as investigações sobre a cau-sa desse acidente que custou a vidade um jovem trabalhador, que trabalha-va há apenas um ano na empresa.

Justiça feita na Fundação CESP

Dando provas de que a práticaantissindical tem se tornado rotinana empresa e, na contramão da res-ponsabilidade social, a CTEEP de-mitiu um trabalhador da área de Ope-ração e Manutenção (OMM), de SãoPaulo, e que é dirigente sindical.Com 26 anos de empresa, PauloMarques de Oliveira foi demitido nodia 14 de outubro.

Para a direção do Sinergia CUT,com essa atitude, a transmissoradeixa de levar em consideração oque ela mesmo prega e escreve: “Ci-ente da importância de sua atuaçãocomo prestadora de serviços públi-cos, a CTEEP incorporou em suaestratégia de negócio seu modelo deResponsabilidade Social Empresa-rial, que se traduz na adoção deações éticas, em diálogos transpa-rentes, na integridade de suas rela-ções, na sua preocupação com omeio ambiente e nos compromissosassumidos com seus grupos de in-teresse: colaboradores, clientes, for-necedores, acionistas e investidores,estado e sociedade” (trecho do tex-to sobre Responsabilidade SocialEmpresarial, disponível no site daempresa).

O Sindicato enviou carta para aempresa repudiando a atitude e soli-citando a desconsideração da demis-são. Além disso, entrará na Justiçacom pedido de reintegração do tra-balhador demitido.

CTEEP demitedirigente sindical

Publicação de responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Eétrica de Campinas e do Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo.Sede: Rua Doutor Quirino, 1511 - Centro - Campinas,SP - CEP: 13015-082. Fones: Campinas (19)3739-4600 / 0800-171611; São Paulo (11) 5571-6175; Sind Gasist a (11) 3313-5299;

Bauru (14)3234-8445; Ilha Solteira (18)3742-2828; Presidente Prudente (18) 3903-5035; Ribeirão Preto (16)3626-8676 Rio Claro (19)3524-3712; Baixada Santist a (13)3222-6466; São José do R.Preto (17) 3215-1188 ; Vale do Paraíba (12)3622-4245;

SindLitoral (13)3422-1940; SindPrudente (18)3222-1986; SindLuz Araraquara (16) 3332-2074Diretor de C omunicação : Claudinei Ceccato

Redação e diagramação : Cecília Gomes (Mtb 42799), Débora Piloni (MTb 25172), Elias Aredes Jr. (MTb 26850) e Lílian Parise (MTb 13522) Fotografia : Roberto Claro lustração : Ubiratan Dantas

E-mail: [email protected] Tiragem: 12 mil exemplaresEXPEDIENTE

Valeu!Confira um trecho do despacho:“Verificam-se indícios de que do in-

formado às fls. 20, com mandato de 03anos (fls. 34, artigo 22, parágrafo 2º), nãohavendo nas comunicações de desliga-mento do autor do referido conselhodeliberativo justificativa que se enquadrena previsão do artigo o autor efetivamen-te foi eleito conselheiro deliberativo daFundação CESP, nos termos 24, § 6º doEstatuto Social da Fundação CESP, ououtro que o justifique. Ante o exposto,com intuito de evitar prejuízo irreparávelpela ausência do autor em conselho parao qual obteve mandato de forma aparen-temente legítima, DEFIRO a liminar parareintegrá-lo ao seu cargo junto ao Con-selho Deliberativo da Fundação CESP.Oficie-se. Aguarde-se a propositura daação principal no trintídio legal. Int.”

Na ânsia de buscar uma imagem po-sitiva perante a opinião pública, de tem-pos em tempos, as empresas colocamcomo prioridade o estabelecimento demetas de qualidade e que envolvem a par-ticipação dos trabalhadores. A últimamoda é a ISO 26000, também conheci-da como RSE (Responsabilidade SocialEmpresarial). Publicada em novembro de2010, foi desenvolvida para certificar to-dos os locais que produzem políticas deresponsabilidade social esustentabilidade. A norma foi construídacom a participação de diversos setoresda sociedade em todo mundo, e as em-presas energéticas decidiram entrar desola na busca do documento precioso.

Só que antes de alcançar esse alvo énecessário possuir a SA 8000, uma nor-ma internacional que define os requisi-tos referentes às práticas sociais do em-prego. É um certificado de reconhecimen-to mundial e que pode ser auditado emcompanhias de qualquer porte, que pre-cisam apresentar práticas decentes des-

de a contratação de trabalhadoresprimarizados e terceirizados até na pro-cedência dos materiais de consumo.Para exemplificar: ao se utilizar de ócu-los de proteção frabricados com mão deobra infantil, uma empresa está desobe-decendo e desrespeitando a SA 8000.

No caso das empresas energérticas,um dos focos são as condições de tra-balho oferecidas aos trabalhadores dasempresas terceirizadas, que muitas ve-zes ficam longe daquilo que se pode con-siderar como ideal.

O Sinergia CUT constatou que requi-sitos básicos como regras de seguran-ça, utilização de materiais recicláveis ouretornáveis e direitos sociais dos traba-lhadores primarizados e terceirizados nãosão cumpridos na sua totalidade pelasempresas. Ou seja: nelas, a SA 8000 tor-na-se uma autêntica peça de ficção. Oque dirá de se conquistar a ISO 26000.

A luta do Sinergia CUT é para queesses requisitos saiam do papel e quenão só a SA 8000 vire norma de conduta

nas empresas, como também a ISO26000, recomendada pela OrganizaçãoInternacional do Trabalho. E mais: queas empresas cumpram seu papelimplementando na prática essas normassem colocá-las sobre a responsalidadedos trabalhadores.

Empresas se beneficiam de normas que não cumpremISO 26000 e SA 8000, que se referem à reponsabilidade social e sustentável, são as grandes

apostas das empresas para sua expansão. Mas falta cumprir na prática tais normas

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Sinergia CUT - Página 3

CTEEP

Simpi: acordo assinadoAconteceu, no último dia 25 de

outubro, a assinatura da ConvençãoColetiva fechada entre o Sinergia CUTe o Simpi (Sindicato da Micro ePequena Indústria do Estado de SãoPaulo). Com isso, entre outros itens,estão garantidos reajuste de 9,75%sobre os salários e reajuste de 10% nopiso salarial. O Simpi é um sindicatopatronal que representa em torno de 5mil empresas no estado de São Paulo,com o qual o Sinergia CUT assinaConvenção Coletiva desde 2009.

Eleição CIPA CPFLOs interessados em participar da

eleição da CIPA das CPFLs Paulista,Geração e Brasil têm de 14 a 30 denovembro para realizar suas inscriçõesatravés de carta dirigida à ComissãoEleitoral. O pleito ocorrerá no dia 05de dezembro próximo, para a gestão2012/2013. Para o Sindicato, este éum momento muito importante para ofortalecimento da organização dos tra-balhadores em seus locais de traba-lho. A CIPA é um espaço democráti-co e comprometido com a melhoriadas condições de trabalho. Participe!

Elektro: pendências emdiscussão

Em reunião com a Elektro no últimodia 18, o Sinergia CUT novamenteressaltou a importância da retomadada Comissão das Condições deTrabalho, Saúde e Meio Ambiente(CCTSMA), inclusive por conta dosacidentes ocorridos e da prática deassédio moral por parte de algumaschefias. O Sindicato expôs também adenúncia recebida de que a Elektroestaria reduzindo os investimentos emmanutenção e tomando algumasdecisões unilaterais como, porexemplo, o não pagamento de ajudade custo por transferência para ostrabalhadores aprovados nosprocessos de RI (RecrutamentoInterno). Isto caracterizariadescumprimento do atual AcordoColetivo de Trabalho.

Nessa mesma ocasião, o SinergiaCUT propôs discutir também outrosassuntos de interesse dostrabalhadores como novo critério paraverba de movimentação de pessoal,Plano de Cargos e Salários, Cálculosdas horas extras, intervalo pararepouso e alimentação para o setorde Leitura e Entrega Simultânea(LES). Porém, a empresa alegou queaquela reunião tinha como pautaapenas a retomada da CCTSMA eque, portanto, os demais assuntosapresentados poderiam ser discutidosem outra oportunidade. A próximareunião está agendada para o dia 09de novembro.

1a rodada com a Civile ProjectNa dia 28 passado, Sindicato e Civile

Project (empresa que presta serviçospara a CPFL) realizaram a primeirarodada de negociação que terminoucom a proposta rejeitada pelo SinergiaCUT por não contemplar a PLR e outrascláusulas sociais para melhorar ascondições de trabalho e qualidade devida dos trabalhadores.

Em relação às horas extras, a CivileProject propôs pagar 50% de 2ª a 6ªfeira, 65% aos sábados e 100% emdomingos, folgas e feriados. O VA/VRseria de R$ 105. A única cláusula socialda pauta de reivindicações incluída naproposta foi a de Assédio Sexual eAssédio Moral. Nova rodada foiagendada para o próximo dia 08 às09h30.

O Sinergia CUT se reuniu com o RedePrev no dia 27 de outubro com o objeti-vo de esclarecer questões relacionadosao auxílio doença, pagamento mínimo decomplementação da aposentadoria, em-préstimos pessoais e representação dostrabalhadores no conselho deliberativo.A empresa se comprometeu a dar umaposição sobre as reivindicações na pró-xima reunião, que ainda será agendada.

Peri tem acordo históricoSe você é um dos 2.032 da lista, preencha a procuração correspondente à sua base paraque possa receber a grana. O prazo para o envio dos documentos é até 12 de novembro.

Assembleias ocorrem até o dia 1 1. Acesse: www .sinergiaspcut.org.br

Passados mais de três anos do iní-cio das negociações diretas entre Sindi-cato e CTEEP sobre o pagamento dasdiferenças do adicional da periculosidadeaos trabalhadores, finalmente saiu o Acor-do para aqueles que fazem juz à Peri(ativos e aposentados elegíveis).

A listagem completa, acordada entreSindicato e empresa, contém 2.032 no-mes e, para facilitar o processo, está di-vidida em três: Município de Bauru, Mu-nicípio de Mococa e base territorial deCampinas.

Preecha, imprima e encaminheaté o dia 12 de novembro

Essas listas estão disponibilizadas noportal do Sinergia CUT(www.sinergiaspcut.org.br), juntamentecom o modelo da procuração, que deveráser preenchida, impressa e enviada ao Sin-dicato até o dia 12 de novembro próximo.

Atenção aposentados da 4819 eherdeiros ou beneficiários

Os aposentados da 4819 estão in-clusos nessa listagem e a procuração écorrespondente à base de Campinas.

Herdeiros e beneficiários dos elegíveisfalecidos devem preencher uma procura-ção específica. Por isso, deverão entrarem contato com a área jurídica do Sindi-cato pelo telefone (19) 3739.4604, das13h às 18h, com a Dra Carla.

Para outros esclarecimentos estãosendo disponibilizados na sede um plan-tão para atendimento através dos núme-ros: (19) 3739-4648 e (19) 3739-4649.

Sobre o preenchimento dasprocurações

Preferencialmente, as procuraçõesdeverão ser encaminhadas para a sededo sindicato por AR (Aviso de Recebi-mento). O endereço é Rua Dr. Quirino,1511 – Centro – Campinas (SP) – CEP13015-082. Não serão aceitas cópias, e-mail, escâner ou fax da procuração. Asprocurações que forem entregues pes-soalmente nas assembleias ou nasmacros, serão protocoladas e uma viadevolvida ao elegível.

Importante: os elegíveis deverão en-caminhar, juntamente com a procuração,um xerox de documento atualizado comfoto (RG ou CNH). E, para que seja efe-tuado o pagamento, deverão também en-caminhar os seguintes dados: CPF, nomedo Banco, Agência, Conta Corrente, te-lefone e e-mail para contato.

Quando cai a granaA conclusão (homologação) do acor-

Vale lembrar que a ação da Peri é de dezembro de 1994 quando, na defesa dosdireitos dos trabalhadores da CESP, o Sindicato entrou na Justiça pleiteando acondenação da empresa no pagamento das diferenças do adicional dapericulosidade. Mas, em maio de 2008, a CTEEP informou ter interesse em efetu-ar o pagamento das diferenças da Peri através de acordo a ser negociado.

Para chegar a esse acordo, com uma listagem final que condiz com a realida-de e garante o direito dos trabalhadores da ativa e dos aposentados, foi necessáriomuita persistência e capacidade de negociação na mesa por parte do SinergiaCUT. Além das inúmeras reuniões para corrigir uma série de problemas na listagemapresentada, o Sindicato abriu por diversas vezes o cadastramento e orecadastramento dos trabalhadores. Só neste ano de 2011, foram dois procedi-mentos: em março e maio, através do Portal do Sinergia CUT.

Em junho passado, num certo momento das discussões, CTEEP e Sindicatose reuniram e a empresa apresentou uma lista com 1.861 nomes e um valor depouco mais de R$ 36 milhões para o pagamento das diferenças dos adicionais daPeri. Foram realizadas assembleias nos locais de trabalho em toda a base apro-vando a proposta de acordo com a empresa. Essa listagem inicial foi disponibilizadano site para que as pessoas pudessem conferir se estavam contempladas. Apósanálise minuciosa, o Sinergia CUT constatou que a relação ainda estava incom-pleta. Abriu novo período para recadastramento e outros 430 nomes foram inscri-tos.

Desses inscritos, foram reconhecidos mais de 300. Porém, na lista da empre-sa (com os 1.861 nomes), foi detectado pela própria CTEEP que alguns trabalha-dores não teriam direito ao Acordo da Peri por três motivos: ou porque estavam forada base territorial (Campinas, Bauru e Mococa), ou porque pertencem à outracategoria (diferenciados como engenheiros, por exemplo) ou ainda porque já havi-am recebido a indenização pela ação judicial de outros sindicatos.

Durante esse processo de negociação, o Sindicato teve ainda que apresentarrecursos na Justiça por conta de uma decisão da 8a Vara de Campinas que autori-zou que os trabalhadores entrassem com ações individuais, mas a decisão foisuspensa reconhecendo a legitimidade do Sindicato para atuar como substitutoprocessual dos trabalhadores da CTEEP. Com essa sentença, a juiza Olga RegianiPilegis indeferiu todos os pedidos ou execução individualizada de valores, entenden-do que o Sindicato é o único detentor de legitimidade para prosseguir na liquidaçãoe execução dos títulos deferidos. Uma vitória no meio de todo esse processo!

A partir daí, a empresa passou a analisar a documentação. Diante da ausênciade uma manifestação, o Sindicato procurou a CTEEP no dia 08 de setembropassado. Sem contato da transmissora, o Sinergia CUT enviou carta à direção daempresa cobrando uma posição oficial.

Já no dia 20 de setembro, a CTEEP respondeu, apresentando seus argumen-tos para a demora em efetivar o acordo judicial referente à periculosidade. Como odepartamento jurídico da empresa, tinha uma série de dúvidas acerca daformalização do referido acordo, foi agendada para o dia 20 de outubro, uma con-versa com a juíza titular da 8ª Vara do Trabalho, Olga Regiane Pilegis.

Foi nessa reunião que foram definidos os novos procedimentos, entre eles, opreenchimento e envio ao Sindicato das procurações de todos os 2.032 contem-plados, para, enfim, realizar a homologação do Acordo e posterior pagamento.

A grana vai para os trabalhadores ativos que recebem ou receberam apericulosidade no período entre 02 de dezembro de 1989 a junho de 2002. Já osassistidos (4819) e pensionistas estarão recebendo pelo período de 02 de dezem-bro de 1989 até a data da aposentadoria.

do ocorrerá na 8ª Vara da Trabalho, emCampinas, e está marcada para o dia 01de dezembro próximo, data em que jáestava agendada a audiência de tentati-

O fim da novela

va de conciliação em execução. E, de-pois disso (e somente depois disto!), saia data para o pagamento para os 2.032contemplados com o acordo!

A terceira rodada de negociação daPLR 2011, realizada no dia 27 passado,melhorou o valor para a maioria dos tra-balhadores, mas piorou para quem estáhá mais tempo na empresa. Isso porqueem 2010, a PLR contava com um bônusde R$ 25 por ano trabalhado, com o limi-te de seis anos. A empresa tem a inten-ção de extinguir essa bonificação e co-locar em prática uma proposta de valorúnico, igual para todos.

O Sindicato salientou que tambémdefende a PLR igual para todos, porém,sem que nenhum trabalhador receba umvalor menor que o do ano anterior. Porisso, reprovou essa proposta já que elareduzirá a PLR de 33 trabalhadores commais tempo de casa. Diante da rejei-ção, a Potencial recuou e garantiu obônus, porém na metade do valor (R$12,50), como proposta de transição.

Sem acordo na PLR da PotencialA empresa insistiu em manter indi-

cadores punitivos (advertências e faltas),como por exemplo, não pagar PLR atrabalhadores que tenham recebido qual-quer tipo de advertência, ou mesmocomputar o tempo das saídas anteci-padas para consultas médicas, crecheou qualquer outro motivo para que acada oito horas completas, ter descon-tado 1/12 avos da PLR. Estes critériosforam rejeitados pelo Sindicato na mesade negociação. A empresa reconside-rou a posição do Sinergia CUT, man-tendo a mesma metodologia aplicadana PLR 2010.

A proposta do Sindicato para esta-belecer um acordo de PLR por dois anosfoi rejeitada pela Potencial. Vale desta-car que a reunião contou com a partici-pação ativa de uma comissão de PLR.Nova rodada nesta segunda (07).

Rede Energia:previdência em

discussão

Page 4: Gasistas- filiado em 1989 Sindprudente - filiado em 2005 ... · defendida pela FIESP Página 04 ... “Nossa luta é um reflexo da políti-ca da CUT . É necessário levar em con-

Sinergia CUT - Última página

www.sinergiaspcut.org.br Serviço essencial, Sindicato indispensável

É preciso ouvir os trabalhadoresSinergia CUT critica ausência do enfoque dos trabalhadores em seminário sobre concessões na Câmara dos Deputados,

em Brasília (DF). Sindicato defende prorrogação com contrapartidas sociais

No dia 19 passado, o Sinergia CUTacompanhou o seminário “Agenda Par-lamentar para Energia Elétrica:Modicidade Tarifária, Concessões e Qua-lidade do Fornecimento”, realizada noCongresso Nacional. Promovido pelaComissão de Minas e Energia da Câma-ra dos Deputados e Frente Parlamentarem Defesa da Infraestrutura Nacional ecom apoio do grupo Canal Energia, oseminário contou com painéis de expo-sição abertos para formulação de pergun-tas e intervenções.

Os presidentes do Sinergia CUT e doSindicato dos Eletricitários de Campinas,Jesus Francisco Garcia e Gentil Teixeirade Freitas, chamaram a atenção dosparlamentares para o fato de não teremconvidado representantes dos trabalha-dores para a exposição, apenas oempresariado e o governo, que não com-pareceu.

As intervenções dos dirigentes sindi-cais foram de extrema importância, es-pecialmente em relação ao vencimentodas concessões do setor elétrico. Em2015, vencem 80% das concessões dastransmissoras, 40% das distribuidoras e20% das geradoras. Nos painéis do se-minário, foi apresentada apenas a visãodo empresariado em duas propostas:uma é a prorrogação das concessões ea outra é a de abertura de licitação, de-fendida pela FIESP. O Sinergia CUT écontra essa proposta porque abre asportas para a privatização escancaradano setor, o que no estado de São Pauloprejudicou em muito a qualidade dosserviços prestados e o valor das tarifas.

Em sua intervenção o Sindicatocontextualizou que o interesse doempresariado para que em 2015 sejamrealizadas licitações é ter os mesmosbenefícios obtidos pelas privatizações

Vencimento das concessões

realizadas pelo governo neoliberal deFHC, na década de 90. “Para vender asempresas de energia elétrica, para torná-las atrativas ao capital, FHC dolarizou astarifas, equiparando-as aos valores inter-nacionais. Isso sem levar em considera-ção que lá a matriz energética é a térmi-ca (termoelétrica), muito mais cara quea matriz hídrica (hidroelétrica), adotadano Brasil.”, destaca Gentil Teixeira deFreitas, presidente do Sindicato dosEletricitários de Campinas/Sinergia CUT.

O pretexto adotado na época foi o dedesafogar o estado, permitindo mais in-vestimentos em áreas como a saúde eeducação, com a promessa de tarifas deenergia menores por conta da concorrên-cia. No entanto, o que os trabalhadoresenergéticos sentiram e os próprios da-dos da Aneel (Agência Nacional de Ener-gia Elétrica) apontam é que após aprivatização, a qualidade dos serviçosprestados por empresas no estado deSão Paulo caiu e muito. Os indicadoresde qualidade adotados pela Aneel DECe o FEC (Duração Equivalente de Con-sumo) e o FEC (Frequência Equivalentede Consumo) foram ultrapassados, o quemostra que a qualidade vai mal para ospadrões da Agência. Do ponto de vistados consumidores, o que se observa sãoas tarifas caras e nenhuma concorrên-cia. Simplesmente o serviço antes públi-co foi transferido para o setor privado.

Impostos e tarifasO presidente do conselho de admi-

nistração da Gerdau (empresa líder naprodução de aços longos nas Américas),Jorge Gerdau Johannpeter, falou sobre oselevados impostos que encarecem a ener-gia, os produtos e que são repassadosaos consumidores. O Sinergia CUT con-cordou que este é um dos problemas,mas não o único. “Questionamos se os

parlamentares sabiam que um dos ele-mentos que compõem o valor de cálculodas tarifas de energia é o Risco-Brasildo período em que Lula concorreu à pri-meira eleição presidencial, totalmentediferente do momento atual. Quando pau-tamos a atualização desse índice duran-te uma das reuniões do 3º Ciclo de Revi-são Tarifária, os empresários lotaram aAneel para impedir essa mudança quebeneficiaria a sociedade”, conta GentilTeixeira de Freitas.

Para o Sinergia CUT, as empresasde energia elétrica ganham tanto quantoos bancos e se recusam a reduzir tarifasde maneira responsável, semprecarização das condições de trabalho.Por este motivo, o Sindicato é contra li-citar as concessões em 2015. “Defende-mos renovação com critérios bem esta-belecidos, que incluem a responsabilida-de social das empresas em oferecer tra-balho decente, controle dasterceirizações com responsabilidade so-lidária e respeito ao meio ambiente.”,defende Freitas.

Vale lembrar que as empresas AESTietê e Duke Energy, pelo contrato deconcessão, tinham até 2007 para ampli-

ar a geração de energia e não o fizeram.Recentemente, a AES Tietê obteve au-torização às pressas do Conselho Esta-dual do Meio Ambiente de São Paulo paraa instalação de uma termelétrica na ci-dade de Canas, no Vale do Paraíba. De-talhe: a população, conselhos de meioambiente locais, ONGs, o próprioSinergia CUT e parlamentares não que-rem a termelétrica em Canas porque po-derá ocorrer a concentração da poluiçãosobre a cidade que fica entre a Serra daMantiqueira e a Serra do Mar, sem ven-tos significativos.

A visão dos trabalhadoresOu seja, a exemplo do que ocorre

agora com a AES Tietê e a Duke, emque posição fica o governo em caso delicitações como defende a Fiesp?

Por este motivo, a FTIUESP ( Fede-ração dos Trabalhadores na IndústriaUrbana do Estado de São Paulo), fede-ração da qual o Sinergia CUT faz parte,realizará o seminário “Vencimento deConcessões do Setor Elétrico: Reflexõese Desafios) no dia 25 de novembro, emCampinas, para refletir e compartilhar coma sociedade todas essas questões, con-templando a visão dos trabalhadores.

A Educação Popular, um dos princípios de atuação da CUT, foi tema centralde oficina realizada no dia 08 de outubro, durante o II Festival das Juventudesde Fortaleza, que teve a participação dos dirigentes do Sinergia CUT, CarlosFábio e Esteliano Neto, um dos responsáveis pela oficina. Junto com o secre-tário de Juventude da CUT-PE Paulo Bezerra e com o o assessor da Secretariade Formação, Adriano Soares, Esteliano apresentou aos mais de 50 jovenspresentes os princípios do projeto de formação da CUT, baseado nosensinamentos do educador Paulo Freire.

A educação popular sempre teve um papel preponderante na história da CUTfrente aos vários desafios existentes na agenda sindical, na disputa dehegemonia no campo do trabalho e no projeto de desenvolvimento do País.

“Foram 430 participantes no curso de Formação de Formadores em açõesdesenvolvidas em todas as regiões do País entre o período entre julho de 2009a julho de 2010 e 1.700 dirigentes de sindicato passando pelos cursos da CUT,sendo que 70% ou mais são jovens. Esses dados demonstram que a juventu-de conquistou seu espaço e hoje não somos considerados apenas o futuro,mas sim, a grande massa protagonista deste novo momento de mudanças emnosso País”, salienta Esteliano.

Sinergia CUT no Festival dasJuventudes em Fortaleza

No último dia 26, o ministro do Traba-lho e Emprego, Carlos Lupi, recebeu abancada dos trabalhadores para ouvirreivindicações referente à saúde e segu-rança no trabalho. O presidente da CUTArtur Henrique inicou a reunião a partirda carta de Brasília que expressa diretri-zes para prevenção de acidentes de tra-balho, resultada da audiência do TST,realizada nos dias 20 e 21 passados emuito ligada à pauta que seria apresen-tada na reunião.

O presidente do Sinergia CUT, JesusFrancisco Garcia, participou do encon-tro levando a carta elaborada pela ban-cada dos trabalhadores na subcomissãode Trabalho Individual, ligada à comissãoPermanente Nacional de Segurança emEnergia Elétrica, que expoe as divergên-cias sobre as situações em que é permi-tido que o eletricista execute o serviçosozinho. “Este polêmico ponto da NR10é alvo de tentativas de flexibilização porparte do empresariado, que quer reduzirpostos de trabalho às custas da segu-rança dos trabalhadores”, alerta Jesus.

A carta alerta para os graves riscosaos quais os eletricitários estarão expos-tos, caso trabalhem sozinhos. Na avali-ação dos trabalhadores, a Norma é ge-nérica e há concordância em discutir eaprovar possíveis atividades de forma in-dividual caso não seja colocado em ris-co a integridade dos trabalhadores (leitu-

ra, inspeção visual, entrega de contas,por exemplo).

No entanto, foram apontadadas aoministro as peculiaridades da transmis-são e distribuição de energia que expõeos trabalhadores a situação de risco,como por exemplo: o fato de a área detrabalho não ser delimitada fisicamente,sem padronização que apresente umaprévia análise de risco.

Um cenário específicoO cenário da rua é dinâmico e

imprevisível, com fluxo de pessoas, faltade iluminação, descargas atmosféricas,áreas com presença de delinquentes,entre outros fatores que dividem a aten-ção do trabalhador que está nas ativida-des de operação e ou manutenção deredes elétricas. Em situações de emer-gência, caracterizam-se como grave eiminente risco aos trabalhadores “...essasituação deve ser considerada como con-dição impeditiva para a realização dasatividades consideradas no item 10.7.3da NR 10”, afirma a carta, que pede queeste item não seja alterado sem a a apro-vação por parte da bancada dos traba-lhadores.

O ministro comprometeu-se a elabo-rar uma portaria a partir a Secretaria deInspeção do Trabalho para que nenhummovimento de alteração às normas téc-nicas seja feito sem respeitar o conceitotripartite da OIT.

Trabalho isolado chega ao MTE