gazeta do cantogazeta do cantoANO I - SÉTIMA EDIÇÃO - SETEMBRO/2014

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canto do brasil | rua cerro corá, 1689, vila romana | 3814.3895 | www.cantodobrasil.com.br

Antecipando a chegada da primavera (existe isso em SP, poeta?), o Canto do Brasil vem celebrar setembro com o florescer do corpo do artista e muita música. Vamos existir!

o canto do brasil recebe izabel padovani: para inspirar e ensinar!!!É com muita honra e muito prazer que o Canto do Brasil recebe a cantora Izabel Padovani em dois momentos de extrema relevância neste mês de setembro. A vencedora da Oitava Edição do (extinto e saudoso) Prêmio Visa de Música Brasileira vem à escola trazendo suas melhores performances: o show Crônicas de Amor e sua renomada oficina, Técnica Alexander como ferramenta para o uso do corpo em ações que envolvam a voz.Crônicas de amor traz canções que não se restringem a períodos, estilos ou gêneros, é uma ampla pesquisa de repertório, onde novos autores e compositores consagrados são revisitados e suas obras pinçadas sob a ótica poética do amor. Estão representados compositores de várias gerações: Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Tom Jobim, Toninho Horta e Ronaldo Bastos, Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho e novos compositores como Fred Martins e Thiago Amud falando do efêmero amor no carnaval. O show que conta com a participação dos músicos Ronaldo Saggiorato no baixo e Ricardo Matssuda no violão e viola, mostra ao público não apenas uma série de compositores brasileiros, mas também uma gama de letristas que contribuem de forma única na construção da identidade da canção brasileira.No dia seguinte ao momento de inspiração certeira, Izabel nos traz a oficina Técnica Alexander como ferramenta para o uso do corpo em ações que envolvam a voz. A Técnica Alexander é um método de re-educação psicofísica que nos permite um melhor uso de nós mesmos, tornando-se uma poderosa ferramenta para a melhoria da nossa qualidade de vida e para o aprimoramento artístico. Através da observação do funcionamento integrado entre corpo e pensamento, nos liberta de hábitos que dificultam nosso desenvolvimento e performance. Um bom uso de si implica em saber usar conscientemente o próprio corpo e seus mecanismos de maneira que seja possível evitar tensões desnecessárias que prejudicam e interferem com o nosso desempenho. Nas aulas, aprende-se a entender e a praticar atividades corriqueiras como sentar, levantar, caminhar e falar, com maior eficiência criando a possibilidade de reconhecer os padrões de tensão e esforço desnecessários, podendo assim, se quiser, evitá-los. O mesmo processo ocorre também em atividades específicas tais como cantar, tocar um instrumento, praticar esportes, trabalhar ao computador, etc. Assim, com a percepção das reações habituais, torna-se possível escolher e promover mudanças que se refletem nas nossas mais diferentes atividades, trazendo eficiência e facilidade na execução das mesmas, auxiliando na prevenção de problemas posturais, dores musculares, dificuldades respiratórias e problemas articulares; promovendo maior clareza mental e melhor aproveitamento de nossas capacidades e diminuindo o nervosismo excessivo antes de apresentações.

Crõnicas de AmorCom Izabel Padovani, Ronaldo Saggiorato e Ricardo MatssudaSexta-feira, 19 de setembro

Técnica Alexander como ferramenta para o uso do corpo em ações que envolvam a vozCom Izabel PadovaniSábado, 20 de setembro

Informações sobre ingressos e inscrições junto a Secretaria da escola.Não perca!

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para entender... o canto físico e o cantor

integral, o processo

por Solange Sá

Sempre tive uma ligação muito forte com a música e com o ato de compor e cantar: viver uma situação ou observar algo que me emocione e reverbere de forma contundente e, em seguida, transformar isso em canção, é um prazer que cultuo desde muito pequena. Praticar atividade física, também. Mas com relação à consciência corporal, coordenação, expressão dos movimentos ou qualquer resvalo na dança, sempre foi o oposto. Ou seja, atividade física não necessariamente é sinônimo de consciência corporal.Dentro desse contexto e do meu histórico de vida, construí algumas coisas, mas sempre carregando uma carga de criações mentais e emotivas aprisionadas num corpo rígido, embora não tivesse plena consciência disso porque, do meu jeito, estava no palco cantando, tocando guitarra e colhi alguns frutos nesse caminho. Em 2010, em meio a acontecimentos dolorosos, me deparei com um paradoxo: escolhi três canções de um repertório infantil que estava trabalhando há um tempo - esse que mais tarde se transformaria nos Piolhos -, entrei num estúdio, tive ajuda de excelentes músicos amigos, cada um tocou seu instrumento, gravamos e, um pouco depois, fomos selecionados pelo Rumos Itaú Cultural. Eu tinha muita vontade de levar para o palco algo diferente do show adulto, algo que se misturasse com teatro, dança, comédia e lirismo e, para além disso, que tivesse uma dose de senso lúdico. Tinha um repertório pronto, mas não tinha o show e nunca havia trabalhado ou cantado para crianças. O máximo que poderia dizer é que, de alguma forma, me sentia como uma delas - será isso incurável?!Através de dois alunos de canto que são atores e meus amigos, o Wolff Rothstein e o Otávio Costa Filho (o primeiro que hoje é diretor cênico dos Piolhos, por quem tenho gratidão e respeito como artista e indivíduo), conheci a atriz e diretora Silvana Abreu e foi ela, através da sua Dramaturgia do Desejo, quem finalmente me apresentou a novas possibilidades para acessar e iniciar um processo de desconstrução e redução das couraças que poluem ou atravancam a expressão. A proposta é estudar, adquirir técnica e, ao mesmo tempo, construir um caminho que busque ou resgate o íntegro, o espontâneo - daí vem o nome do meu curso, herança de toda essa história.A partir daí comecei a pesquisar, ler, praticar técnicas e entrei em contato com processos novos para mim tais como a necessidade do corpo falar, vibrar junto com a emoção, mesmo que totalmente parado e, ainda assim, vivo, vibrante. Em diversas situações ele pode se comunicar se estiver íntegro, integral. Corpo e emotividade formam um todo. Em geral, o corpo da criança é muito mais comunicativo que o de um adulto. Entrar em contato com os próprios sentimentos, identificá-los e permitir que tais emoções encontrem uma fluência corporal, aumenta a identificação entre o cantor - ou o ator - e sua plateia, instantaneamente. Os sentimentos humanos são universais. Na plateia, tem um monte de gente com alegrias e dores iguais às nossas. Acessar a si mesmo, amplia a capacidade de acessar o outro. A dança pessoal, o canto, que acontece e se manifesta espontaneamente em alguns, pode acontecer também a partir do trabalho, da técnica e do incansável e talvez infinito processo pela busca de se tornar cada vez mais livre.

O curso O canto físico e o Cantor Integral acontecerá em seis encontros, às quintas-feiras, no Canto do Brasil a partir de 4 de setembro. Inscreva-se!

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por Naira Marcatto *

Olhos e ouvidos mais atentos ao cenário da canção de vanguarda já devem ter notado a movimentação crescente de intérpretes que pipoca hoje em dia. E é sob a batuta da originalidade interpretativa que chega ao mercado neste mês de maio A maçã, d isco de es t re ia da can tora e compositora carioca Bruna Prado.A maçã, que já foi símbolo de fertilidade no paganismo germânico, de amor na mitologia grega, e de pecado para os cristãos, revela-se a imagem perfeita para batizar o conteúdo desta obra. Em seis faixas, o disco narra o feminino evocando a traição, a resignação e a libertação como temas norteadores de sua proposta narrativa, contada pela outra clara imagem da diva que se desconstrói.Se por um lado A maçã traz a marca da interpretação, também apresenta uma

13 de setembro na livraria cultura do shopping villa lobos às 20h: lançamento do disco a maçã,

da nossa professora (e diva!) bruna prado

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cantora-compositora-carioca-de-sambas-paulistas. Especialista no assunto pela UNICAMP, Bruna traz um certo formalismo, inerente aos conhecedores, ao tematizar o álbum. A primeira faixa, É com amor que se constrói o mundo (Talis Silva), acaba espelhando o universo sobre o qual a cantora se solidifica, com referências tecnológicas e interpretativas ao samba-canção da década de 40. Destacam-se Pecado Original, a clássica composição de Caetano Veloso e a releitura de A maçã, de Raul Seixas, completamente fora do lugar-comum. Como compositora, há de se notar a inteligência melódica e o texto-conselho de uma grande mulher a todos os amantes em Samba da Partida.Concebido pela cantora ao lado de Ivan Gomes e produzido por ele e por Paulo Kishimoto, A maçã é um disco sólido, pensado, inteligente e bem dirigido que passeia entre o hoje e o ontem sem inventar modismos, onde a interpretação pura e simples dialoga plenamente com a composição de modo harmônico e definitivo. É um disco de compositora que é intérprete e de intérprete que compõe enquanto canta. Por quê ouvir?! Porque vivemos a profícua era dos poucos-bons. E Bruna é única. Taí a explicação.

*resenha originalmente publicada no site NaVitrola.com.br

bancaSde setembro

5 de setembro, 19h30

SANDRA macedo

FERNANDA guimarães

4/09 - Casa 7 no Melograno. Com Caetano Ribeiro e Luísa Toller.11/09 - Casa 7 no Club Noir. Com Caetano Ribeiro e Luísa Toller.13/09 - Show de lançamento do CD A Maçã. Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, 20h. Com Bruna Prado.14/09 - 1/2 Dúzia de 3 ou 4 no Festival Contato em São Carlos. Com Luísa Toller.19/09 - Lançamento de Undererê, A Festa. Bargaça, 22h. Com Naira Marcatto.25/09 - Bolerinho no Sesc Santo André. Com Luísa Toller.26/09 - 1/2 Dúzia de 3 ou 4 no FEIA (Unicamp). Com Luísa Toller.27/09 - Bolerinho no Música no Campus (Unicamp). Com Luísa Toller.

canto cultural

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você sabia...

... que a Oficina de Choro do Canto do Brasil está aberta também aos cantores? Mestre Ítalo Perón manda avisar que os espera!

saraudo canto

em outubro virá por aí o primeiro

música, poesia, encenação, visualidade, pluralidade artística, enfim.informe-se com seu professor e participe!

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