GÊNEROS LITERÁRIOS

& Formas Literárias

FORMAS LITERÁRIASDuas formas básicas:

➥ Prosa & VersoProsa• Linguagem contínua;• Não fragmentada;• Disposta em parágrafos.

ex.: Romances, Contos, Reportagens, Cartas, etc.Verso• Linhas descontínuas (verso);• Possui ritmo;

ex.: Poemas, letras de músicas.

GÊNEROS LITERÁRIOS

• Conjunto de textos com características comuns;• Tripartição clássica:

➥ Dramático, Épico e Lírico ⇓

Narrativo• Atualmente essa divisão é mais tênue;• Predominará um gênero sobre o outros, mas

nunca haverá a expressão pura de um só gênero.

DRAMÁTICO

• Drama = Ação• Textos escritos para serem encenados;

➥ texto teatral• Estrutura dialógica;• Não tem narrador;• Gênero misto, depende de elementos

exteriores para se concretizar:➥ atores, cenário, iluminação, etc.

MODALIDADES DRAMÁTICAS• Tragédia: representação de fato trágico,

suscetível de provocar compaixão e terror.• Comédia: representação de um fato inspirado na

vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes.

• Auto: de origem medieval, temática religiosa.

NARRATIVO• Elementos do texto narrativo:

➥ Narrador➥ Enredo

➥ Personagens➥ Tempo➥ Espaço

• Narrativa em versos = Epopéia (Gênero Épico).• Narrativa em Prosa = Romance, Conto, Novela

e Crônica.

ELEMENTOS DA NARRATIVA

• Narrador:➥ 1ª pessoa = narrador-personagem➥ 3ª pessoa = onisciente ou observador

• Enredo: desenrolar dos acontecimentos• Personagens: protagonista, antagonista,

secundários, tipos humanos e caricaturais.• Tempo: cronológico ou psicológico• Espaço: decorativo ou funcional

1ª Pessoa / Narrador Personagem:“Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, a força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade!” (Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis)

3ª pessoa / Narrrador Observador:

“O que se passou entre aquelas três criaturas, não sei; se juntaram num canto do balcão da venda e falaram. Por certo que Chico Ruivo disse à china que a jogara numa parada de taba; o Osoro só disse uma vez:- Eu, se perdesse o ruano, o Chico já ia daqui montado nele ...

A Lalica deu uma risadinha amarela; olhou o Osoro, olhou o Chico Ruivo, cuspiu de nojo e disse pra este, na cara: “(O Jogo do Osso, Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto)

3ª pessoa / Narrrador Onisciente:

“Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que a mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... — Bonita canoa!—Antes assim!—Como obedece bem aos remos do homem!—O certo é que eles estão no céu!”(Quincas Borba, Machado de Assis)

EPOPÉIA• Narrativa em versos;• Tema: Episódio grandioso e heróico da história

de um povo;• Principais poemas épicos:

Ilíada e Odisséia (Homero, Grécia) Eneida (Virgílio, Roma)

Os Lusíadas (Camões, Portugal)Caramuru (Sta. Rita Durão, Brasil)

O Uraguai (Basílio da Gama, Brasil)

Narrativas em Prosa

• Romance: narrativa longa ficcional que retrata aspectos da vida familiar e social do homem. Tem liberdade de personagens, de tempo e de espaço, a narrativa é densa e complexa, um conflito central e outros menores.

(romances psicológicos, históricos, policiais, ...)

• Novela: narrativa menor e ficcional.Menos densa e complexa, vários conflitos, sem grande compromisso entre si.

Narrativas em Prosa

• Conto: narrativa breve e simples, centrada em um único conflito; poucos personagens; tempo e espaço reduzidos.

• Crônica: de origem jornalística, ligada a fatos do cotidiano. Apoia-se em dois elementos: fato (real ou ficcional) e comentário (de teor humorístico, filosófico, lírico, sociológico, moral ou psicológico).

LÍRICO• Textos escritos para serem entoados ao som das

Liras = Poemas;• Apresenta elementos comuns à música: ritmo,

melodia, harmonia;• Eu-lírico expressa emoções, idéias e impressões

sobre o mundo exterior.

Poema X Poesia

• Poesia: beleza estética presente na arte.• Poema: concretização da expressão estética em

versos.

Murmúrios da TardeOntem à tarde, quando o sol morria,A natureza era um poema santo,De cada moita a escuridão saía,De cada gruta rebentava um canto,Ontem à tarde, quando o sol morria.(Castro Alves)

De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez o drama.

Verso

Estrofe

Elementos do Poema:Verso: unidade rítmica ou melódica, linha do poema;Estrofe: Conjunto de versos.

“Sei que canto. E a canção é tudo. ATem sangue eterno a asa ritmada. BE um dia sei que estarei mudo. A- Mais nada.” B

Rimas: coincidência sonora, igualdade de fonemas.

Quero vivê-lo em cada vão momento AE em seu louvor hei de espalhar meu canto BE rir meu riso e derramar meu pranto BAo seu pesar ou seu contentamento. A

Versos sem rimas ➥ Versos Brancos

• Métrica: medida do verso. Dada pelo número de sílabas poéticas.

“Mi/nha/ ter/ra/ tem/ pal/mei/rasOn/de/ can/ta o/ as/bi/áA/s a/ves/ que a/qui/ gor/jei/amNão/ gor/jei/am/ co/mo/ lá.”

7 sílabas

Alguns versos recebem nomes especiais:Redondilha Menor = 5 sílabasRedondilha Maior = 7 sílabasHeróico = 10 sílabasAlexandrino = 12 sílabas

Versos sem métrica ➥ Versos Livres

Tipos de Poemas• Ode e Hino• Elegia• Epitalâmio• Haicai• Epigrama• Soneto

Nesta catedral,quando arde o sol, toda tarde,sangra este vitral

Na poça da ruaO vira-lataLambe a Lua.

amar é um eloentre o azule o amarelo

Abrindo um antigo cadernofoi que eu descobri:Antigamente eu era eterno.

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distanteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente

Soneto:2 quartetos2 tercetosVersos decassílabos