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Diário de Bordo A Iniciativa para a Economia Cívica é, como se pode ler no seu website (http://www.ieconomiacivica.org/) “uma proposta de modelo de desenvolvimento económico e social inovador, que tem como vetor uma economia: - assente na produção de bens e serviços de interesse ge- ral, capazes de configurar respostas inovadoras e sustentá- veis para os problemas, necessidades e desafios societais complexos; - de base local e gestão comunitária, envolvendo o setor pú- blico, privado, da economia social e a Cidadania na definição e gestão do bem comum; - orientada para a produção de impacto societal coletivo po- sitivo na comunidade.” Pressupõe que “os problemas, necessidades e desafios societais complexos, (...) por afetarem a sociedade no seu conjunto e condicionarem negativamente o desenvolvimento económico e o bem-estar e as condições de vida das pes- soas, só podem ser resolvidos com o envolvimento de toda a sociedade: organismos públicos, empresas, entidades da economia social e a Cidadania”. Foi nesse espírito que o nosso Agrupamento celebrou o pro- tocolo de criação da Comunidade para a Economia Cívica de Vila Velha de Ródão, em conjunto com entidades públicas, privadas e da economia social do Concelho, com o objetivo de desenvolver o “Programa de Inovação e Mudança” concelhio, cujo objetivo será desenvolver um programa de trabalho que permita encontrar respostas para os problemas, necessida- des e desafios identificados pela comunidade local. No próximo dia 23 de abril, pelas 18:30 horas, irá ter lugar, na Casa de Artes e Cultura do Tejo, a sessão de apresentação deste projeto, para a qual estão convocados todos os habitan- tes do concelho de Vila Velha de Ródão. A participação de todos os cidadãos é essencial para o su- cesso desta iniciativa, pelo que contamos com a sua presen- ça! O Diretor, Luís Costa Encontro e entrevista com o autor Pedro Seromenho Pág. 3 Prevenir o bullying Um lápis por uma escola Pág. 10-11 68 | abril 2015 Distribuição gratuita APOIOS: www.aevvr.pt Pág. 6-7

"Gente em Ação" n.º 68 - abril 2015

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. Edição n.º 68 - abril 2015

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Page 1: "Gente em Ação" n.º 68 - abril 2015

Diário de Bordo

A Iniciativa para a Economia Cívica é, como se pode ler no seu website (http://www.ieconomiacivica.org/) “uma proposta de modelo de desenvolvimento económico e social inovador, que tem como vetor uma economia:

- assente na produção de bens e serviços de interesse ge-ral, capazes de configurar respostas inovadoras e sustentá-veis para os problemas, necessidades e desafios societais complexos;

- de base local e gestão comunitária, envolvendo o setor pú-blico, privado, da economia social e a Cidadania na definição e gestão do bem comum;

- orientada para a produção de impacto societal coletivo po-sitivo na comunidade.”

Pressupõe que “os problemas, necessidades e desafios societais complexos, (...) por afetarem a sociedade no seu conjunto e condicionarem negativamente o desenvolvimento económico e o bem-estar e as condições de vida das pes-soas, só podem ser resolvidos com o envolvimento de toda a sociedade: organismos públicos, empresas, entidades da economia social e a Cidadania”.

Foi nesse espírito que o nosso Agrupamento celebrou o pro-tocolo de criação da Comunidade para a Economia Cívica de Vila Velha de Ródão, em conjunto com entidades públicas, privadas e da economia social do Concelho, com o objetivo de desenvolver o “Programa de Inovação e Mudança” concelhio, cujo objetivo será desenvolver um programa de trabalho que permita encontrar respostas para os problemas, necessida-des e desafios identificados pela comunidade local.

No próximo dia 23 de abril, pelas 18:30 horas, irá ter lugar, na Casa de Artes e Cultura do Tejo, a sessão de apresentação deste projeto, para a qual estão convocados todos os habitan-tes do concelho de Vila Velha de Ródão.

A participação de todos os cidadãos é essencial para o su-cesso desta iniciativa, pelo que contamos com a sua presen-ça!

O Diretor,Luís Costa

Encontro e entrevista com o autorPedro Seromenho

Pág. 3

Prevenir o bullying Um lápis por uma escolaPág. 10-11

68 | abril 2015 Distribuição gratuita

APOI

OS:

www.aevvr.pt

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos

alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta

edição, entrevistamos Rui Gonçalves, que desenvolve a sua atividade de motorista profissional de

táxi noturno, em Castelo Branco.

Redação do Gente em Ação

Rui Gonçalves

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (14)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: Rui João Ribeiro GonçalvesData de nascimento: 13 de maio de 1981Frequentou a escola de VVR: De 1992 a 1999 Média de conclusão do 9º Ano: 3Profissão: Taxista

Quando é que frequen-tou a escola em Vila Velha de Ródão?

Frequentei esta escola en-tre 1992 e 1999.

Era bom aluno?Era um aluno razoável,

apesar de ter reprovado uma vez no 7º ano e outra no 8º ano.

O que é que achava da escola?

Naquela altura, não gosta-va muito de andar na escola porque, como era mais sos-segado que o resto dos co-legas de turma, alguns deles metiam-se comigo e chega-va a pontos de não querer ir.

Qual ou quais eram as suas disciplinas preferi-das?

As disciplinas de línguas, nomeadamente Inglês e Francês.

Lembra-se de algum professor ou professora que o tenham marcado es-pecialmente?

Essa pergunta, para mim, digamos que é impossível de responder, dado que to-dos os professores que eu tive me marcaram de forma especial, pela positiva, claro.

Para além das atividades letivas, que outras iniciati-vas a escola lhe oferecia e nas quais participava?

Normalmente, quando não tinha aulas de apoio, ia para a biblioteca, estudar ou até jogar xadrez com um colega meu de Vilas Ruivas, com o qual eu me entendia melhor e que eu considerava, e ain-da considero, o meu melhor amigo, apesar de já não o ver há vários anos.

Mantém o contacto com os antigos colegas de tur-ma / escola?

Sim, com alguns deles, através do Facebook. Por falar nisso, quem quer que tenha sido ou não meu co-lega de escola/turma entre 1992 e 1999 e pretender adicionar-me, pode fazê-lo através do seguinte link:

www.facebook.com/taximo-checastelobranco

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso pessoal e profissio-nal? De que forma?

Na minha perspetiva, creio que toda e qualquer esco-la contribui para o sucesso pessoal e profissional de cada um, desde que haja vontade e dedicação aos estudos. Até porque, hoje em dia, a maioria das enti-dades profissionais exigem o 9° ano.

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação?

De momento, não me re-cordo de nenhum.

Após ter terminado o 9.º ano na nossa escola, conte-nos como foi o seu percurso escolar e profis-sional.

É uma história um bocado longa, mas vou tentar resu-mir. Depois de ter terminado o 9° ano, fui estudar para a Escola Secundária Amato Lusitano, escolhi o curso de mecânica, na área de cien-t í f i c o -na tu ra l , dado que era uma área que envolvia m e x e r com má-q u i n a s , n o m e a -damente com tor-nos me-cânicos, só que o p r o b l e -ma foi o facto de ser uma área com v á r i a s d isc ip l i -

nas de cálculo e acabei por reprovar. Depois disso, ten-tei um curso de aprendiza-gem de eletricidade (3 anos, com equivalência ao 12°) através do IEFP.... pior ain-da! Estive um ano em casa e inscrevi-me num curso de qualificação (18 meses), de soldadura, que foi mais fácil e consegui mesmo terminá-lo, dado que a maioria das disciplinas eram mais de componente prática do que teórica. Depois de termina-do esse curso, estive mais 6 meses em casa até con-seguir o meu primeiro em-prego numa oficina de repa-ração de máquinas elétricas (berbequins, rebarbadoras, electropneumáticos, etc.), onde trabalhei durante um ano. Pouco tempo depois, fui chamado para a fábrica Celtejo, para fazer traba-lho de soldadura durante a época do verão. Terminado lá o trabalho, alguns meses depois, fui trabalhar para a Frinox, onde estive duran-te dois anos e meio, até ter “dado uma cabeçada” e ter ido de lá embora. Mais tar-de, tirei o CAP de motoris-ta de táxi, conseguindo de imediato emprego na área,

como motorista de táxi no-turno, em Castelo Branco, até aos dias de hoje.

O que mais o motiva na atividade profissional que hoje desenvolve?

A minha maior motivação é sempre o público, pelo fac-to de se transportar e conhe-cer pessoas novas todos os dias, desde as mais simpáti-cas e educadas, que gostam de um pouco de boa conver-sa, até àquelas que chegam a entrar dentro do táxi e não dizem nem bom dia, nem boa tarde, nem boa noite, dizem apenas “leve-me a determinado local”, “quanto é?” e depois de receberem o troco saem até mesmo sem dizer um “obrigado”. No prin-cípio, até achamos estranho, mas acabamos sempre por nos ir adaptado ao feitio das pessoas, aprendendo assim a saber lidar com elas.

Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem hoje da mesma?

Não tenho acompanhado. Mas acredito que, se não está melhor, é apenas por-que o sistema educativo atu-

Continua na pág. seguinte

Uma das turmas do Rui na nossa escola

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Atividades | Entrevista (2)

al não o permite.

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece o nosso we-bsite e/ou a nossa página no Facebook?

Leio quando tenho possibi-lidade, pois o facto de traba-lhar com um táxi não signifi-ca que me dedique apenas à condução e faturação dos serviços efetuados. Os tem-pos mortos, em que não aparecem clientes, passo-os

maioritariamente na Internet à procura de novas imagens para novas campanhas pu-blicitárias de forma a ir “mar-cando presença” na página oficial de trabalho do Face-book (https://www.facebook.com/pages/T%C3%81XIS-MOCHE-Cas te lo -B ran -co/1565294277037761) que, neste momento, já con-ta com aproximadamente 250 “Likes” desde novembro de 2014 e qualquer pessoa

pode consultá-la e até colo-car um “Like”.

Que mensagens ou su-gestões gostaria de deixar aos nossos jovens leito-res?

A mensagem que preten-do passar é que, por mais difícil que seja, por mais obstáculos que a vida colo-que à vossa frente, nunca baixem os braços pensando que para tudo por ali, que

está tudo perdido, que aca-baram no “fundo do poço”. No entanto, o facto de ter-mos chegado ao “fundo do poço” acaba por nem ser mau porque, depois de che-gar ao fundo, significa que a partir dali temos de ganhar atitude e forças para subir e conseguir sair desse mesmo “poço”.

Eu próprio já cheguei, no passado, ao “fundo do poço”, mas ganhei forças

e subi até ao que sou hoje em dia, uma pessoa com bons relacionamentos, com conhecimento de várias línguas, nomeadamente o Português, o Espanhol, o Inglês e o Francês, que me permitem comunicar e ne-gociar preços e condições de serviços com pessoas de vários países, alargando assim o meu leque de negó-cios.

Continuação da pág. anterior

Entrevista | Rui Gonçalves

No dia 12 de fevereiro realizou-se, na Biblioteca Escolar, por volta das 14:30 horas, uma sessão com o escritor e ilustrador Pedro Seromenho.

A ação era dirigida a todos os alunos do 1º Ciclo que vieram acompanhados pe-las suas professoras. A obra do autor foi previamente di-vulgada pelas mesmas nas suas aulas e foram, inclusi-vamente, lidos alguns dos seus livros na íntegra.

Os alunos do 1º ano, a partir do título do livro “Chico Fantástico, o super-herói de plástico”, construíram, com a ajuda dos pais, os seus super-heróis de plástico que estavam bastante originais. Foi uma surpresa muito agradável para o autor.

A sessão foi muito anima-da e o escritor conseguiu interagir com os alunos con-tando resumidamente quase todas as suas histórias de uma forma bastante diver-tida. No final, assinou, ilus-trando de forma personaliza-da, cada um dos livros que os alunos compraram.

Foi uma ação muito cria-tiva e, certamente, motiva-dora para a leitura destas e doutras obras, pois os livros têm sempre algo de mágico para prender os leitores de todas as idades.

Agradecemos muito a vi-sita ao Pedro Seromenho e também aos nossos convi-dados mais pequenos que estiveram à altura do acon-tecimento e se portaram muito bem.

Encontro com o autor Pedro Seromenho

Pedro Seromenho

Onde vive? Quantos anos tem?

Vivo em Braga e, no dia 9 de junho, celebro 40 anos.

Pode dizer-nos o que mais gosta de fazer nos seus tempos livres?

Ultimamente, gosto sobre-tudo de estar com a minha filha Mia Flor. Para vê-la sor-rir e crescer.

Em que altura da sua vida começou a escrever?

A escrita tornou-se a mi-nha companheira na univer-sidade. Dava por mim a es-crever quase todos os dias.

Gosta mais de escrever prosa ou poesia?

Costumo dizer prosa poé-tica, ainda que a poesia pos-sa morar em qualquer texto, em qualquer palavra.

Onde se costuma inspi-rar para escrever?

No escritório. Que é a mi-nha alma.

De todos os livros que escreveu, do qual gosta mais?

O que ainda estou a es-crever. Mas, ainda assim, aposto que o seguinte será melhor!

Qual o livro que escre-veu com mais paixão e porquê?

O “900”. Porque é uma honra poder escrever sobre uma figura tão importante quanto o nosso primeiro rei de Portugal (D. Afonso Hen-riques).

Qual o livro que demo-rou mais a escrever e por-quê?

O “900”. Pela pesquisa e pela leitura que este im-plicou. Não sou historiador. Aprendi muito com este li-vro.

Em que livro mostra a sua personagem preferi-da?

”O Palhaço Avaria”. Por-que todos podemos ser he-róis apaixonados. Mesmo sendo um palhaço avariado.

Quando escreve, gos-ta mais de relatar cenas passadas no campo ou na cidade? Prefere ainda epi-sódios antigos ou atuais?

Ambas. Caso contrário, o meu novo livro não se cha-maria “A cidade que queria viver no campo”. E fala so-bre essa dicotomia. Acho que gosto de ler e aprender o passado, para escrever o presente e o futuro.

Em que cidade nasceu o seu primeiro livro? Demo-rou muito tempo a atrair a atenção das crianças?

Na ilha de Tavira. Foi onde comecei a escrevê-lo. E, de-pois de publicá-lo, a adesão por parte dos mais jovens foi imediata. Fiquei surpreendi-do. Até hoje. [Após editar o seu primeiro livro de poesia “Rostos e Riscos”, em 2000, o autor obteve sucesso com os livros infanto-juvenis “A Nascente de Tinta” e “O Rei-no do Silêncio” (aventuras do pequeno Gonçalo) agora reeditados pela editora Pale-

ta de Letras.]

Na sua infância e adoles-cência, lia muito? Quais eram as suas obras/auto-res preferidos?

Lia de tudo um pouco. Sal-titava de história em história. Dos livros da Sophia até ao “Principezinho” ou “O meu pé de laranja lima”. Mas, como desde muito jovem que gostava de desenhar, tinha uma predileção por biografias de pintores, livros de banda desenhada ou de história de arte. Enfim, tudo o que envolvesse pintura ou poesia.

Gostou de nos visitar em Vila Velha de Ródão? É um sítio onde deseja voltar?

Senti que o fiz em “modo corrida” e gostaria de re-gressar com mais tempo, para realmente desfrutar da vossa terra. Fiquei com a imagem dos vossos sorrisos e da paisagem deslumbran-te que se via através da ja-nela da vossa biblioteca. Foi um prazer estar convosco!

Será que alguma vez passou para o papel os seus sonhos da noite? Se nunca o fez, não acha que poderia ser algo a experi-mentar?

Por acaso já o fiz, quando era mais jovem. Foi numa fase em que andava a ler Freud e tudo o que envolvia psicanálise e surrealismo. Sonhava e anotava, para escrever e desenhar.

Prof.ª Luísa Filipe

Ilustração de David Rodrigues - 2º Ano

ENTREVISTA

Alunos do 4.º Ano

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Danuta Wojciechowska

Entrevista (3) ILUSTRADORA

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Entrevista a Danuta Wojciechowska realizada por alunos do 8º ano Ana Rita Pereira, João Ba-rateiro, Maria Faustino e Carolina Moreira.

Um dos seus avós tinha ligações a Portugal. Pode contar-nos um pouco des-sa história?

O meu avô materno era um engenheiro suíço que trabalhou em Portugal, nos anos 50 [do século XX] orientando a construção de duas grandes barragens que ainda hoje produzem eletricidade: Castelo de Bode e Cabril.

Quando é que veio mo-rar para Portugal?

Vim em 1984. Eu já tinha estado em Portugal nos anos 70 [do século XX] e foi nessa altura que conheci o meu marido, que é portu-guês.

Por que é que escolheu o nosso país para viver?

Isso foi por causa do meu marido! Mas foi também por outra razão: é que nós, de-pois de casarmos, vivemos na Inglaterra e também na Suíça e um ano, quando viemos de férias a Portugal, conhecemos um grupo de pais que queriam fazer uma escola, cujo projeto educati-vo tinha por base a ideia de

“educação pela arte”. Eles estavam à procura de pro-fessores, convidaram-me, eu aceitei e viemos morar para Portugal, sendo que o meu marido, que é psicólo-go, também tinha arranjado emprego cá.

Qual é a sua formação académica?

Eu sou formada em “De-sign de comunicação” e fiz uma pós graduação em “Educação pela arte”. Es-tudei na Suíça e, na altura em que acabei o curso, tive a possibilidade de trabalhar na área da publicidade, mas isso não me atraía muito, pois eu gostaria mais de ter um trabalho onde pudesse ligar a comunicação à arte e à educação, que, na mi-nha opinião, são áreas que apontam o futuro.

Com que idade começou a ilustrar livros? Qual foi o primeiro livro que ilus-trou?

Eu tinha quase 40 anos quando comecei a ilustrar livros. Para mim, um livro é algo quase eterno, que fica guardado na biblioteca. Eu

sonhava fazer um livro! Mas não sabia como começar, porque é preciso um editor que tem de investir dinheiro. Falei com vários e nenhum me dava trabalho! Um dia, fui a uma feira do livro, em Itália, onde conheci um edi-tor, o Sr. José Oliveira, que me pediu para ilustrar um livro de poemas a preto e branco intitulado “Versos com reversos”. Este foi o primeiro livro que eu ilustrei. A seguir, o mesmo editor pediu-me para eu ilustrar um livro de Violeta Figueiredo chamado “Fala bicho”, ago-ra a cores. Depois disso, já nem sei quantos livros ilus-trei!

Acha mais criativo pintar a cores? Tem mais ideias quando pinta a cores?

Eu gosto muito de traba-lhar com cores, porque pos-so expressar mais emoções e transmitir alegria. Mas há outras pessoas que prefe-rem usar apenas o preto e branco e conseguem, da mesma forma, expressar emoções. Cada artista tem a sua forma própria de se expressar, tem a sua lingua-

gem.

Ilustra mais para autores portugueses ou para auto-res estrangeiros?

Há mais ou menos 15 anos atrás, não havia em Portugal muitos livros para crianças. Foi a editora Caminho, com quem tenho trabalhado, que me permitiu falar com alguns dos seus escritores, traba-lhar com eles para fazermos livros dedicados ao público infantil. Agora já podemos encontrar no mercado mui-tos livros para crianças.

Tenho ilustrado alguns li-vros que tiveram um certo impacto no mercado, porque os autores são escritores conhecidos de países afri-canos de língua oficial por-tuguesa, como Mia Couto, José Eduardo Agualusa e Ondjaki que, até há pouco tempo, ainda não tinham publicado nenhum livro para crianças.

Conhece pessoalmen-te os autores ou conhece apenas as suas histórias?

Quando comecei a ilustrar, eu não conhecia os auto-res, mas é muito importante conhecê-los, para podermos trabalhar em conjunto.

Qual foi o livro que mais gostou de ilustrar? E qual o autor para quem mais gostou de ilustrar? Repa-rámos que ilustra muito para Mia Couto.

«O Gato e o Escuro» foi o primeiro livro que ilustrei para Mia Couto. Adorei essa história. Posso afirmar que é uma das minhas histórias preferidas e tive uma experi-ência muito interessante ao conhecê-lo. Gostei muito de fazer o livro com Mia Cou-to mas, quando fizemos «O Gato e o Escuro», ele não estava muito interessado em fazer livros para crianças. O editor queria convencê-lo.

Então, fiz ilustrações para esse livro e ele acabou por gostar. Fiquei encantada quando ele me disse que, depois de ver as ilustrações, já não sabia quem estava a contar a história, se era o texto ou as imagens. E, quando eu disse que gosta-va de fazer outro livro com ele, ele concordou. Então, surgiu a obra «A Chuva Pas-mada», destinado ao público juvenil. O livro mais recente que fizemos juntos foi «O Menino no Sapatinho», des-tinado a celebrar os 30 anos de carreira do Mia Couto.

Como tem sido o seu percurso profissional?

O livro entrou um pouco tarde na minha vida, porque eu sou designer (tenho um atelier de design), sou ilus-tradora, dou aulas e cursos e formações e promovo li-vros em bibliotecas. Traba-lho muito!

Já ganhou muitos pré-mios como ilustradora?

No princípio, todos os anos ganhava o Prémio Na-cional da Ilustração, ganhei três ou quatro Menções Honrosas e uma vez ganhei esse prémio.

Já ganhei muitos prémios, mas o mais importante para mim foi ter sido selecionada para uma grande exposição e Feira do Livro que reunia livros e editores de todo o mundo, em Bolonha. Foi fantástico!

Quando era da nossa idade gostava de ler? Tem algum escritor ou obra preferidos?

Eu sempre adorei livros e sempre gostei de ler. Sem-pre gostei de ler livros clássi-cos ingleses e um dos meus escritores favoritos é Char-les Dickens, entre outros. Mas, hoje em dia, gosto de

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Entrevista (3) | Atividades

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ler também contos portugue-ses. Gosto sempre de ler um livro na sua língua original.

Como surgiu a iniciativa de criar livros destinados ao público infantil, com páginas para completar?

Eu tenho sobrinhos que moram na Suíça e vinham cá passar férias e, às vezes, eu não tinha tempo para os acompanhar nos passeios por Lisboa. Então, pensei: “O que é que eu posso fazer para os entreter?” Surgiu-me a ideia de criar uns livrinhos com umas folhas dobradas, e dizia-lhes: ”Hoje vocês vão ao castelo de São Jorge, vão observar uma estátua que lá está e têm de a desenhar; depois vão à zona de Belém e, depois de comerem uns pastéis, vão ver quem é que está enterrado nos Jeróni-mos e, quando olharem para a fachada do mosteiro, vão ver que tipos de elementos estão esculpidos na pedra”. Entretanto, eles voltavam

para casa e mostravam-me os desenhos que tinham fei-to e contavam-me o que ti-nham aprendido.

Foi assim que surgiu a ideia para os livros com páginas para completar. Já conhecem o “Livro Livre” e agora lançamos o “Portugal para crianças”.

Pode falar-nos do livro “O que se vê no ABC”?

Escrevi este livro em conjunto com a minha filha quando ela tinha exatamen-te a vossa idade. A ideia era arranjar sempre uma coisa aos pares, por exemplo, um desenho que tem uma for-ma que pode ser uma letra, como se fosse um jogo de pares.

Qual o balanço que faz do trabalho realizado pe-los alunos de VVR, no âm-bito da iniciativa das co-memorações dos 40 anos do 25 de Abril?

Esta iniciativa foi divulga-da através Rede de Biblio-tecas Escolares e do Plano

Nacional de Leitura. A Dr.ª Graça Batista foi a primeira a responder que estava mui-to interessada em “agarrar” este projeto. Mas aqui vo-cês foram inovadores, pois criaram um concurso com regras próprias. A ideia de os jovens escreverem em conjunto com uma pessoa mais velha foi muito boa. Acho que todos fizeram um trabalho excelente! Fiquei muito surpreendida.

Tive conhecimento dos vossos livros através da pá-gina da Biblioteca Municipal no Facebook, mas gostei imenso de poder manusear os livros e ler o que vocês escreveram.

Também fiquei muito con-tente com a promoção que o projeto teve, na altura do 25 de Abril, no jornal Públi-co. Também já vi que o jor-nal da vossa escola fez um suplemento dedicado “Livro Livre” e à comemoração dos 40 anos do 25 de abril.

Obrigada.O prazer foi meu.

<<[No projeto “Livro Livre”] vocês foram inovadores, pois criaram um concurso com regras próprias. A ideia

de os jovens escreverem em conjunto com uma pessoa mais velha foi muito boa. Todos fizeram um trabalho excelente! »

Com o Mundo nas mãos

Os alunos Diogo Olivei-ra, Gonçalo Correia e An-dré Pina têm andado com o “mundo nas mãos”.

Esta atividade consiste em recriar os continentes num globo branco reutili-zável e assinalar rios, mon-tanhas, países e regiões existentes ou por inventar. A facilidade de manusea-mento deste instrumento

geográfico e a sua infinita reutilização constituem uma mais-valia para estes aluno, pois permite que os mesmos se apercebam, não só da forma correta do nosso planeta, como também, ao nele inscrevam os elementos geográfi-cos existentes, do que nele existe, quer a nível físico, quer a nível político.

Mas estes alunos podem também dar largas à imagi-nação e inventar outras divisões, outros países e elementos diferentes, crian-do um mundo próprio e ori-ginal.

Se vos parecer que, nos últimos tempos, andam um pouco mais “perdidos” e “baralhados”…cuidado!...pode não ser “pura coinci-dência!”.

Prof.ª Manuela Cardoso

Portugal para crianças

Bernardo Ribeiro (2º Ano)

No dia 29 de janeiro, pe-las 14:30 horas, os alunos do 2º, 3º e 4º anos foram à Biblioteca Municipal.

Quando chegámos, fomos para uma sala que já estava preparada, à nossa espera. Aí, foi-nos mostrada parte do livro pelas autoras, uma nasceu na China e a outra no Canadá. Elas disseram que havia folhas em branco no livro para fazermos dese-nhos e escrever. O livro fala-nos de Portugal e é para as crianças. Eu achei o livro muito engraçado.

Foi um dia diferente, por-que assistimos a uma aula fora da nossa sala de aula.

Eu gostei muito de conhe-cer as autoras, Danuta e Joana, pois ensinaram-nos coisas novas.

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Entrevista (4)

José EstevesProf.ª Isabel Mateus e alunos de EMRC

Se calhar todos nós nascemos com espírito solidário dentro de nós, mas nem todos temos de agir. O que é que o levou a ser voluntário e a contribuir com pe-quenos gestos e pequenas ações para que as crianças de Moçam-bique pudessem dizer que sabem “o que é ser feliz”?

Para já, vou contar-vos um se-gredo meu: eu era alcoólico, estive quase “no fundo do poço”, fiz vários tratamentos e estive à beira da mor-te por causa do álcool. Há 22 anos, pensei: “vou deixar o vício do álco-ol” e, a partir daí, comecei a desen-volver projetos, empregando o meu dinheiro e o meu tempo de forma melhor. Agora, “o meu vício é ajudar os outros”.

Comecei em Portugal, na minha terra, a restaurar uma capela. De-pois, veio o apadrinhamento de crianças em África e a construção de uma escola. Logo surgiu a ideia de vender lápis a um preço sim-bólico para angariar dinheiro para ajudar a construir escolas nas regi-ões mais remotas de Moçambique. Aquilo que podemos fazer, quando queremos ajudar, por vezes são pequenas coisas, coisas simples, como vender um lápis. Tenho tantos amigos no Facebook! Quando eles compram um lápis, isso significa que conseguimos levar um sorriso às crianças que necessitam e assim evitar que elas não morram à fome, porque são crianças órfãs, que não têm pais, pois estes morreram com

sida ou malária… Com o dinheiro angariado, também podemos formar professores para ensinarem nas es-colas que construímos.

Qual é o seu objetivo ao vir às escolas falar com os jovens?

Não quero vir às escolas para vender lápis, ninguém é obrigado a comprar nada, mas o que quero é simplesmente sensibilizar os jovens para o voluntariado, para estarem atentos aos outros e aproveitarem aquilo que têm. É bom ouvir dizer que, em algumas escolas, após a minha visita, alguns alunos muda-ram muito as suas atitudes. Por exemplo, começaram a estar mais atentos nas aulas porque, enquanto as crianças de que eu lhes falei não têm condições para aprender, eles têm-nas.

Pretendo dizer aos jovens que, para fazerem voluntariado, não é preciso irem para Moçambique ou para outros países distantes. O que é preciso é estarem atentos, olha-rem para o vizinho do lado, alguém que pode estar a precisar de ajuda, basta estar com os olhos bem aber-tos.

Eu sinto-me feliz por mim e por poder partilhar com vocês aquilo que faço. Sinto que posso “plantar uma semente no vosso coração” e que essa semente poderá germinar algum dia, pois, com certeza, todos vocês irão pensar naquilo que ouvi-ram aqui hoje e irão querer ajudar os outros.

Como é que as pessoas podem contribuir para o seu projeto?

Agora, com as redes sociais, tudo se torna mais fácil. Eu crio uma campanha e os meus amigos do Fa-cebook compram os lápis ou contri-buem simplesmente sem quererem nada em troca. Também utilizamos o sistema de rifas. Por vezes, algu-mas instituições que conhecem o meu projeto angariam fundos e de-pois entregam-mos para eu continu-ar a ajudar aquelas pessoas, cons-truindo escolas e poços ou ajudando a fazer hortas.

Por exemplo, se quiserem apadri-nhar uma criança apoiada pela mi-nha associação, dando 20 euros por ano, eu consigo proporcionar-lhe alimentação, vestuário, educação e cuidados de saúde.

A melhor coisa que podemos fazer é, com as contribuições que vamos recebendo, fazermos obra e mos-trarmos aquilo que fazemos, pois, às vezes, as pessoas podem duvi-dar do destino que damos ao dinhei-ro angariado.

Como é que se pode apadrinhar uma criança?

Como já referi anteriormente, com apenas 20 euros por ano, qualquer pessoa pode apadrinhar uma crian-

MISSIONÁRIO

ça. Um padrinho pode acompanhar a criança a vida inteira. Hoje em dia, com a Internet e o Facebook, é fácil manter contacto e fazer um acompa-nhamento bastante próximo. Além disso, o padrinho pode fazer uma visita ao seu afilhado ou pode con-vidá-lo a vir a Portugal.

As crianças órfãs que a associa-ção apoia estão a cargo de um lar dirigido por freiras.

Se algum voluntário tivesse in-teresse, poderia acompanhá-lo numa das suas visitas a Moçam-bique?

Para já, isso não vai ser possível, porque não existem lá condições para acolher ninguém. Ainda não tenho dinheiro para formar voluntá-rios, nem para pagar as viagens, e, por isso, vou tentar gerir as coisas durante um ou dois anos sozinho.

Quais são as principais ativida-des desenvolvidas pela sua asso-ciação?

A associação está vocacionada para ajudar sobretudo crianças ór-fãs, construindo escolas e podendo apoiar também alguns pequenos projetos de agricultura.

O nosso principal objetivo é a edu-cação, ensinar as crianças a ler e a

O Jornal “Gente em Ação” entrevistou o Sr. José Esteves quando este visitou a nossa escola para apresentar o seu projeto “Um lápis por uma escola”. Este projeto consiste em ajudar as crianças de regiões pobres e remotas de Moçam-bique a terem direito à educação e ainda a receberem bens essenciais, como alimentação ou vestuário. A sua associação procura também pessoas que quei-ram apadrinhar crianças para lhes proporcionar uma vida melhor.As páginas do Facebook onde podemos encontrar todas as informações sobre o sr. José Esteves e os seus projetos são as seguintes:

https://www.facebook.com/riscarapobreza; https://www.facebook.com/joseesteves.esteves;https://www.facebook.com/aestevesms

Continua na pág. seguinte

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Notícias | Atividades

Tomás Cruz (2º Ano)

No dia 3 de fevereiro, os alunos dos 1º e 2º ano estiveram na sala de audiovisuais para assistir a uma sessão de sensibilização com o Sr. José Esteves intitulada “ Um lápis por uma escola “.

O Sr. José vive em Ourém, está reformado, é missionário e está a ajudar a construir escolas em Moçambique com a ajuda de todos nós.

Ele mostrou-nos o seu trabalho como voluntário.Nós gostamos muito de ver e ouvir o Sr. José e, por um euro, os meninos

trouxeram uma esferográfica.É bom ajudar meninos que precisam da nossa ajuda.

Bianca Almeida (9ºA)

A solidariedade deveria ser algo

que devia estar incrustado nas fun-

dações da sociedade atual e foi para

consolidar esse aspeto que recebe-

mos a visita do Sr. José Esteves.

Eram cerca de 14:10 horas quan-

do os alunos dos 8º e 9ºanos se

juntaram na sala de audiovisuais

para poder ouvir o que este senhor

de melhor tinha para nos transmitir.

Imperava um silêncio total na sala e,

com atenção, escutámos horrores

sobre como é que o povo de algu-

mas aldeias de Moçambique vivia,

enquanto nós estávamos bem, na-

quela sala.

Como diz a minha professora

de Geografia, para nós podermos

manter o nosso nível de vida, a

cada dia há alguém que, nestes pa-

íses subdesenvolvidos, o rebaixa.

No final da palestra, fomos agra-

ciados com a simpatia do Sr. José

que, generosamente, nos cedeu

uma parte do seu tempo para res-

ponder a perguntas que as almas

curiosas na sala tinham para colo-

car.

Pudemos também contribuir para

a causa, comprando, cada um, uma

caneta para ajudar a construir uma

escola.

Um lápis por uma escola

escrever para que possam contribuir para o desenvolvimento do seu país.

Eu sei que não posso mudar o mundo, mas sei que posso contri-buir para melhorar um bocadinho o mundo daquelas crianças.

Quando foi para Moçambique, habituou-se facilmente àquele tipo de vida?

Nós temos que nos habituar a tudo. Se tivesse que comer farinha

um dia inteiro, eu comia. Por vezes, havia pessoas que estavam à bei-ra da estrada a vender ananás por 0,10€ e eu comprava um e comia-o. Tive de me habituar a recolher água da chuva para poder tomar banho, pois a água escasseia naquelas pa-ragens.

Foi difícil habituar-me, mas conse-gui.

Das muitas histórias que já co-

nheceu, qual é que foi a que mais o sensibilizou?

Foi a de um menino chamado Sal-vador que foi abandonado. Aquele menino tinha corpo de 2 anos, mas os médicos diziam que este tinha 4 anos. Ele estava muito mal, porém, recuperou e já está bem. Logo de seguida, alguém o apadrinhou.

Que mensagem é que nos quer deixar?

Estejam atentos ao voluntariado! Fazer voluntariado tanto pode ser em Moçambique, como ao lado de vossa casa. Por vezes, está tudo tão perto! Se puderem ajudar uma pessoa que tenha menos, não hesi-tem em fazê-lo.

Obrigado.Eu é que agradeço. Gostei muito

de estar aqui a falar com vocês.

Ilustração de Tomás Cruz - 2º Ano

Ilustração de Afonso Carmona - 2º AnoContinuação da página anterior

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“O Dia D - Desembarque na Normandia”

Notícias | Atividades

No 2 de março teve lugar, na sala de audiovisuais do Agrupamento, um colóquio subordinado ao tema “O Desembarque na Normandia - O Dia D, no contexto da II Guerra Mundial”.

Promovida pelo grupo discipli-nar de História, a ação teve como destinatários os alunos dos 8ºs e 9ºs anos de escolaridade e foi di-namizada pelo engenheiro Joaquim Rodrigues. O nosso convidado de-senvolveu, ao longo de vários anos, um gosto muito especial por esta temática, o que o levou a efetuar muitas pesquisas e várias visitas à Normandia, local emblemático as-sociado à II Guerra Mundial.

No final da sessão, o nosso convi-dado, o engenheiro Joaquim Rodri-gues, teve a amabilidade de conce-der uma entrevista ao nosso jornal.

De onde surgiu a paixão pela 2ª grande guerra?

Talvez não lhe possa chamar pai-xão, mas antes um grande interes-se, que surgiu na escola pela dis-ciplina de História. Desenvolveu-se, posteriormente, com a visualização de filmes sobre a 2ª guerra, leitura

de livros de banda desenhada e ou-tros compêndios de História. Este in-teresse levou-me a pesquisar cada vez mais sobre o assunto.

O que é que levou um engenhei-ro a interessar-se particularmente pelo “Dia D”?

O meu interesse pelo “Dia D” vem da altura em que vi o filme “O dia mais longo”, que mostra muitas histórias acerca do que se passou naquele dia e, depois de concluir o curso de engenharia, pude viajar e o meu primeiro destino foi o local onde tudo se passou, a Normandia.

Em pequeno, já nutria este inte-resse pela História?

Sim, em pequeno lia muito, ler é importante, quer seja banda dese-nhada ou literatura. A televisão, na altura, tinha alguns documentários que eu gostava de ver, é bom saber o que se passou no mundo até che-garmos aos dias de hoje.

Que outros episódios da Histó-ria o fascinam?

Fascinam-me as civilizações an-tigas e o conhecimento que elas ti-nham, algum desse conhecimento

perdeu-se ao longo dos anos e hoje estaríamos muito mais evoluídos se esse conhecimento tivesse sido pre-servado.

Se pudesse entrar na “máquina do tempo” em que época históri-ca gostaria de ter sido protago-nista. Porquê?

Se pudesse entrar na “máquina do tempo”, não gostaria de ser pro-tagonista, mas gostaria de poder testemunhar acontecimentos impor-

II Guerra Mundial - Heróis do Holocausto

No meio de uma fria e violenta guerra, a injustiça que estava a acon-tecer perante o povo judeu tocou no coração de alguns que se destacaram salvando milhares de vidas. Por isso aqui ficam informações acerca de três dos menos conhecidos Heróis do Ho-locausto:

Irena Slender nasceu a 15 de

Fevereiro de 1910, em Varsóvia, e morreu a 12 de maio de 2008. Ficou conhecida como “O Anjo do Gueto de Varsóvia” pois, quando os nazis invadiram o seu país, ela era uma ativista católica dos direitos huma-nos e contribuiu para salvar mais de 2500 vidas ao conseguir que vá-rias famílias cristãs escondessem filhos judeus no seio do seu lar e também ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas barri-cadas no gueto.

Raoul Wallenberg, nasceu a 4 de Agosto de 1912, na Suécia. Foi emigrante em África, mas o seu contributo para o salvamento dos judeus começou apenas a 9 de ju-lho de 1944 quando se tornou 1º secretário da embaixada Sueca em Bucareste. Começou por passar passaportes especiais, que quali-ficavam os judeus como cidadãos suecos à espera de repatriamento e, além disso, alugou casas para refu-giados judeus em nome da embai-

Carl Lutz de nacionalidade suíça foi vice-cônsul em Budapeste, Hun-gria, de 1942 até o final da II Guerra Mundial. Salvou mais de 62 mil ju-deus, a maior operação de resga-te de judeus da II Guerra Mundial. Devido às suas ações, metade da população judaica de Budapeste sobreviveu e não foi deportada para campos de extermínio nazistas du-rante o Holocausto. Foi agraciado com o título de “Justo entre as na-ções” pelo Yad Vashem.

Bruna Martins, Jéssica Moreira, Mariana Santos (9ºA)

tantes que tiveram impacto no mun-do atual, para ter a certeza de que aconteceram realmente e não para os alterar.

Gostou de estar na nossa esco-la?

Gostei de estar na vossa escola, sobretudo porque guardo boas re-cordações do tempo em que era es-tudante. Gostei de reviver o ambien-te escolar e perceber o que é estar agora no papel de professor.

Bianca Almeida (9º A)

xada. A essas casas dava o nome de “Bibliotecas Suecas” ou “Instituto de Pesquisas Suecas”, sendo assim impossível aos nazis invadirem-nas. Estima-se que tenha conseguido salvar 100 mil judeus num período de tempo de 6 meses. A 17 de ja-neiro de 1945 foi preso pelas auto-ridades soviéticas por suspeitas de espionagem, acabando por morrer a 17 de julho de 1947, numa prisão de Moscovo, 2 anos após o final da II Guerra Mundial.

COLóqUIO

Irena Slender Carl LutzRaoul Wallenberg

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Notícias | Atividades | Curiosidades

Expressões com HistóriaGonçalo Correia (7ºA), Diogo Oliveira (7ºA), André Pina (8ºA) e João Barateiro (8ºA)

SEPARAR AS ÁGUASSignificado:Pôr em ordem um assunto; mos-

trar diferenças.Origem:No Antigo Testamento, relata-se

a fuga dos Hebreus do Egito para a Palestina. Para passar o mar Ver-melho e prosseguir o caminho em segurança, Moisés terá separado as águas deste mar, abrindo caminho ao seu povo.

ENTRAR EM PÂNICOSignificado:Ficar muito assustado; sem con-

seguir reagir perante uma situação muito difícil.

Origem:Pã ou Pan era o deus dos pasto-

res, dos rebanhos e dos bosques. Era representado com corpo de homem da cintura para cima e com corpo de bode da cintura para baixo. Podia provocar grandes alterações na Natureza, o que aterrorizava os camponeses, ou seja, «entravam em pânico».

PLÁGIOSignificado:Apresentar como seu um texto es-

crito por outro (s).Origem:Em Roma, o plágio era o roubo

de escravos, crime severamente punido. Contudo o poeta Marcial (40-102) usou a expressão para de-signar o roubo de textos alheios. Foi

este o significado que chegou aos nossos dias.

FAZER TÁBUA RASASignificado:Ignorar o que foi feito ou dito an-

tes.Origem:Os Romanos escreviam com um

estilete em tabuinhas de madeira coberta de cera. Quando queriam apagar o que fora escrito, alisavam a cera voltando a tábua a ficar rasa. Com o passar do tempo, a expres-são foi adquirindo outros signifi-cados, até chegar a «fazer tábua rasa».

ESTAR DE BOA-FÉSignificado:Estar sem nenhum tipo de segun-

das intenções. Acreditar em alguma coisa mesmo sem qualquer tipo de provas.

Origem:A boa fé (Bona Fides) era a deusa

romana da «palavra dada». Assim, «estar de boa fé» era estar possuído pelo espírito da deusa. Esta era re-presentada como uma mulher idosa.

LAVO DAÍ AS MINHAS MÃOSSignificado:Marcar uma posição de alheamen-

to ou de neutralidade em relação a um assunto.

Origem:Para manifestar a sua suposta

indiferença pela condenação de Je-

O 9.º ano foi à FuturáliaBianca Almeida (9º A)

Já o sol raiava bem alto, quando, pelas 11:30 horas, o 9ºano agraciou Lisboa com a sua presença. Já tra-zíamos bastantes sorrisos na ba-gagem dado que a viagem de ida, apesar de algumas caras sonolen-tas aqui e ali, foi bastante divertida. A primeira paragem que a nossa turma efetuou foi para fazer o levan-tamento dos bilhetes, sem os quais não teríamos entrado nesta verda-deira “Expo de Conhecimento”.

Apesar da imensa dor de pés que assolou muitos de nós, vários foram os stands que visitámos e onde nos informámos acerca de inúmeras possibilidades para o nosso futuro. E as nossas expetativas não ficaram defraudadas, uma vez que, quando nos juntámos todos para almoçar,

t r az íamos i m e n s a s fontes de informação connosco, na área de preferência de cada um.

O almo-ço foi um verdadeiro m o m e n t o de convívio entre alunos e professores (Manuela Cardoso e Marco Martins) e em tudo contribuiu para manter a nossa boa disposição. Já de estômago cheio, o nosso foco de atenção passou a ser o segun-do pavilhão da exposição. Enquanto

no primeiro p a v i l h ã o , os stands f o r n e c i a m i n f o r m a -ções sobre instituições de ensino superior, no segundo pa-vilhão, era exatamente o contrário, apresentan-

do-se aqui uma vertente mais téc-nica para aqueles que assim ambi-cionam o seu futuro. Desde xadrez e música clássica, ao judo e ao “gira vólei”, fomos agraciados com uma verdadeira panóplia de escolhas e

sus, Pôncio Pilatos terá levado as suas mãos de tal assunto «Então, Pilatos, vendo que nada aproveita-va, antes o tumulto crescia, toman-do água lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso». (Mateus, 27:24)

ABRIR OS CORDÕES À BOLSASignificado:Gastar dinheiro.Origem:Na Idade Média, o dinheiro era

transportado em pequenos sacos (bolsas), fechados por cordões e pendurados à cintura. Quando era necessário gastar dinheiro, tinha de se abrir os cordões à bolsa. Assim, surgiu esta expressão que ainda hoje se mantém atual.

OK! Significado: “Está bem!” “Ótimo”Origem:A expressão “OK” terá sido usada

durante a guerra de sucessão pelos soldados americanos. Nos relatórios militares que tinham de ser feitos, quando não havia mortos escrevia-se “OK” – “0 Killed”, ou seja “Zero Mortos”.

IT’S RAINING CATS AND DOGS Significado: Estão a chover gatos e cãesOrigem:Os telhados das casas medie-

vais tinham vigas de madeira. Os animais pequenos (cães e gatos) costumavam dormir nessas vigas, porque o espaço era quente, mas, quando chovia, ficavam escorrega-dias, e os animais caíam. Diz-se que a expressão “It’s raining cats and dogs” surgiu por essa razão.

SAÚDE – DEUS TE SALVEAlguns historiadores acreditam

que o hábito de dizer «Saúde» ou, mais comum entre os mais velhos, «Deus te salve», quando alguém espirra, seja uma herança das epi-demias medievais. Isto porque o espirro era um dos primeiros sinto-mas de doença e, quando alguém espirrava, os que estavam perto pe-diam e desejavam saúde e proteção divina.

CALCANHAR DE AQUILESAquiles era um herói grego e diz-

se que a mãe, quando ele nasceu, o mergulhou no rio, considerado um rio «sagrado», porque todo aquele que se banhasse nas suas águas ficava invencível. O pior é que ela o segurou por um calcanhar – e esse calcanhar não entrou na água. Daí que o calcanhar fosse a única par-te fraca do seu corpo. Acabou por morrer com uma flecha que um ini-migo lhe atirou e o atingiu no cal-canhar. Por isso é que se chama «Calcanhar de Aquiles» às nossas fraquezas.

atividades.Mas, Lisboa é Lisboa e, como

não podia deixar de ser, as últimas horas do nosso dia em terras alfa-cinhas foram passadas no centro comercial Vasco da Gama. Grupos formados, todos procurámos aqui-lo que mais nos interessava: livros, gelados, jogos e roupas incluíram-se na lista de sacos que muitos de nós e também a nossa querida pro-fessora, trouxemos para casa.

De regresso, houve quem cedes-se ao cansaço e quem continuasse o convívio. De qualquer das formas, foi uma excelente visita de estudo que alargou os nossos horizontes.

Porque, afinal de contas, “O ho-mem comum fala, o homem sábio escuta e o homem tolo discute.”

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Notícias | Atividades | Talentos

“A brincar e a rir, o Bullying vamos prevenir”

Já ouvimos os nossos pais e professores falar sobre o Bullying, como tal, o tema já não é novo para nós e ele existe mesmo. O que talvez não soubéssemos é que, pequenos gestos, pequenas “brincadeiras” se podem tornar em Bullying. Por isso, todos devemos estar preparados! Nesse sentido, a nossa escola não perdeu a opor-tunidade de sensibilizar os alunos, alertando-os para os perigos.

Assim, no passado dia 27 de fe-vereiro, tivemos cá, no nosso Agru-pamento, uma técnica que, ao inte-ragir connosco, nos ensinou muito sobre esta problemática. Começou por conversar connosco, ao mes-mo tempo que lhe íamos relatando cenas, umas vividas, outras obser-vadas. Depois, visionámos diaposi-tivos que nos mostraram imagens bastante elucidativas. Seguiu-se a parte lúdica, onde todos nós pude-mos brincar, simulando cenas para os vários tipos de Bullying.

Prof.ªTerezinha Louro e alunos do 4.º Ano

nas partes mais íntimas delas. Tam-bém pode acontecer quando a víti-ma está alcoolizada ou, de alguma forma, indefesa.

Racista - toda a ofensa que resul-ta da cor da pele, de diferenças cul-turais, étnicas ou religiosas.

Cyberbullying - quando se usam as tecnologias de infor-mação para praticar Bullying

Tipos de Bullying

Físico - quando o agressor bate, puxa o cabelo, belisca, morde ou realiza algum outro ato violento por um pequeno motivo ou sem motivo algum.

Verbal - quando surgem piadinhas desagradáveis, alcunhas ou amea-ças.

Material - é o ato de esconder, su-jar, rasgar, estragar ou danificar os pertences da vítima.

Psicológico - é uma variação do verbal ou moral. Pode fazer com que a pessoa se sinta sempre culpada, podendo acarretar problemas sé-rios, como depressão ou mania de perseguição.

Sexual - os principais focos do agressor são as meninas que se de-senvolvem mais rápido ou que são muito atraentes. O agressor toca

(criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de pu-blicação de fotos…)

Podemos concluir que o Bullying traz consequências sérias, tanto para a vítima como para o agressor.

Decerto, estaremos atentos, com o que se passa à nossa volta e, se tal se justificar, denunciaremos. É caso para dizermos: “Assim, o Bullying vamos prevenir”

AEVVR celebra o Dia dos Namorados

David Tavares (5ºA)

O Bullying é uma ação,

onde se encontra agressividade,

e em vez de serem bons,

só fazem é maldade.

Deviam ser bons,

mas andam sempre à porrada,

não gosto nada de ver,

um amigo meu com a cara

[inchada.

Bianca Almeida (9ºA)

eram cerca de 12:10 horas. O cor-reio chegou por intermédio de duas alunas, Maria Faustino e Carolina Moreira, mas nem por isso deixou

de ser divertido e marcar as au-las que foram in-terrompidas com um espirito de amor e amizade.

O amor será sempre algo que trará felicidade aos nossos co-rações, quer de alguém por quem estamos apai-xonados ou de amigos, que nos trazem um sorri-so aos lábios, até

nos momentos mais difíceis.

O romantismo pairou no nosso agrupamento quando chegou a semana do dia de São Valentim. E, como não podia deixar de ser, a nossa escola celebrou a oca-sião com uma atividade muito especial.

Os alunos foram enco-rajados a es-crever cartas, anonimamente ou não, para quem por eles o seu coração batia, amigos, ou até em mui-tos casos, pro-fessores.

A entrega destes sobescritos foi realizada no dia 13 de Fevereiro,

Ilustração de Mariana Fernandes - 4º Ano

O Bullying é uma agressão,

que pode ser fisica ou verbal,

mas se eu estiver a ver,

não te deixo ficar mal.

O Bullying pode acontecer,

em qualquer lugar,

mas nós todos juntos,

com ele iremos acabar.

O Bullying

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Talentos | A Página dos Mais Pequenos

Carolina Santos (5ºA)

Prevenir o Bullying

No passado dia 27 de fevereiro, os alunos dos 5º e 6º anos, pelas 09:00

horas, assistiram a uma ação sobre Bullying intitulada “A brincar e a rir, o

Bullying vamos prevenir” dinamizada pela Dra. Cátia Vaz. A partir de um

jogo, com o mesmo nome desta ação, foi permitido aos alunos questiona-

rem-se e encontrarem algumas respostas, prevenindo-se para este proble-

ma que invade, diariamente, a sociedade atual.

Logo no início, a Dra. Cátia começou por escolher alguns alunos para

jogar e, de seguida, montou-se o jogo com as cartas repartidas pelos par-

ticipantes que estavam dispostos em círculo. Os alunos que estavam na

fila atrás liam as cartas e os jogadores respondiam às questões que eram

colocadas.

Mais para o final, explorou-se o “parque da prevenção” onde os alunos

que não tinham ainda participado entraram em ação mas, desta vez, com a

ajuda do computador.

Por último, os alunos despediram-se da Dra. Cátia e agradeceram-lhe a

sua vinda.

Patrícia Afonso (5ºA)O Bullying é um medo,

Um conjunto de humilhações,

Levando a problemas na escola,

Cheio de insultos e agressões.

Dizendo não ao Bullying,

Nós vamos prevenir,

Sem as ameaças e o isolamento

Nós iremos nos divertir.

Amigos, vamos lutar

Toda a revolta de um medo.

A brincar e a rir

O Bullying vamos prevenir.

Vamos Prevenir o Bullying!

Ilustração de Rodrigo Reis - 4º Ano

”As Janeiras” - Eunice Trindade (2º Ano)

É tradição na nossa escola, no mês de janeiro, ir às instituições da nossa terra cantar as janeiras. Este ano, esse dia chegou no dia 21 de janeiro lá fomos às várias instituições cantar o referido cântico.

A letra, da autoria do padre Escarameia, é muito original. As professoras e algumas funcionárias da escola ajudaram-nos a cantar e o pai do nosso colega Rodrigo acompanhou-nos, tocando o seu belo acordeão.

No grupo não puderam faltar os três Reis Magos: Baltazar, Belchior e Gaspar, cada qual com o seu presente! Adorámos ir a todos os sítios, principalmente ao lar dos velhinhos. Aqui, foi gratificante vê-los sorrir, can-tar, bater palmas e fazerem-nos adeus, parecendo dizer: voltem sempre! Retribuíram-nos também, com bolinhos, bombons, amendoins parecendo responder ao chamamento de alguns versos:

”Levante-se lá senhora, venha-nos dar as Janeiras”.No final, regressámos, já bastante cansados, mas muito felizes, por levar

alegria a todas as pessoas que encontrámos e, por mais uma vez, se ter cumprido a tradição!

As JaneirasRenato Marques; Beatriz Ribeiro (4.º Ano)

Connosco, a tradição mantém-se!Alunos do 4.º Ano

Juntos lá fomos cantar para quem nos quisesse ouvirAs pessoas aplaudiam e sorriam tambémNada que estragasse o bom momentoE com alegria agradecíamos toda a receçãoÍamos com a magia de crianças que somosRua abaixo, rua acima…Aprendíamos como é bom alegrar alguémSem pressa de terminar!

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A história da árvore Elvira(Nádia Ferreira - JI Sala 1)

“Lengalenga - Os dez dedos“

(Maria Leonor Valente - JI Sala 1)

“ Um papá à medida“

(Adriana Faia - JI Sala 1)

A Página dos Mais Pequenos

“Desenha os orgãos que conheces“(Lara Pereira - JI Sala 2)

“A Minha Família“

(Rafaela Ribeiro - JI Sala 2)

“Semana da Leitura - “ABC““(Íris Pedo - JI Sala 2)

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1368 | abril | 2015

A Página dos Mais Pequenos | Noticias

Prof.ª Luísa Morgado

Tradições

A PáscoaDepois de uma quarentena de jejum e abstinência – a quaresma – vem a Páscoa, festa essencialmente religiosa e familiar.A Páscoa é a festa em que a família se reúne para celebrar e festejar um acontecimento cristão: a ressurreição de Jesus Cristo.O dia da festa é o domingo de Páscoa. Como se trata apenas de um dia e também por ser uma festa religiosa, não existem muitas tradições, exceto a

missa da celebração da ressurreição e a visita pascal que o senhor padre efetuava e ainda efetua em algumas zonas do nosso país. À tarde, o senhor padre, com um crucifixo na mão, e o sacristão com uma campainha que vai tocando, percorrem as ruas. Entram nas casas, dão as boas festas e o senhor padre dá o crucifixo a beijar a todos os presentes.

A mesa, que é previamente posta para todos os visitantes, está farta de licores e de doces próprios da época.À noite, há a festa pagã, o baile, onde se exterioriza toda a alegria que se conteve durante a quarentena da quaresma.

”O Carnaval” - Ricardo Filipe (2º Ano)

Susana Henriques (2.º Ano)

No dia 13 de fevereiro levantei-me cedo, tomei o pequeno – almoço e vesti o meu fato de ninja verde. A seguir, fui para a minha escola a pé com a avó Maria do Carmo.

Quando lá cheguei, os meus colegas estavam todos mascarados. Pelas 10:30 horas, fomos para o polivalente fazer o desfile com as outras turmas do 1º ciclo.

Voltamos para a nossa escolinha e cada um desfilou. As professoras também desfilaram. Na minha turma, a Eliana ganhou o prémio de me-lhor disfarce.

De tarde, fomos desfilar pelas ruas da vila e o presidente da Junta de Freguesia deu um “ioió” aos alunos. Nós íamos atrás de um carro que en-toava músicas de Carnaval.

Foi muito divertido o nosso Carnaval este ano.

O Carnaval da escola

Isaura Vicente (3º Ano)

No dia 13 de fevereiro, os alunos do 1º ciclo divertiram-se a brincar ao Carnaval.

Todos os alunos vieram disfarçados de casa. Na parte da manhã, desfilámos na escola e hou-ve o concurso do melhor mascarado de cada ano de escolaridade.

Na parte da tarde, desfilámos pelas ruas da vila. A novidade foi um carro alegórico que estava enfeitado com balões, fitas brilhantes e também tinha um megafone com músicas. Pelo caminho, íamos atirando serpentinas, papelinhos e tocáva-mos línguas de sogra para tornar o Carnaval mais di-vertido.

Ao final da tarde, regres-sámos à escola cansados, mas muito bem-dispostos.

O que eu mais gostei foi de ver os colegas e as pro-fessoras com os seus dis-farces engraçados.

Turma do 3º Ano e Prof.ª Luísa Morgado

No último dia de aulas, antes da interrupção do Carnaval, os alunos do 1º ciclo do Agrupamento viveram um dia diferente – festejaram o Carnaval.

Esta tradição, tão enraizada na cultura portu-guesa, não passou ao lado da escola e as crian-ças, com a sua espontaneidade e irreverência e acompanhados pelas suas professoras e assis-tentes operacionais, desfilaram pelas ruas da vila e imprimiram uma nota de alegria por onde pas-saram e pelas instituições que visitaram.

Destaca-se a visita ao Lar da Tercei-ra Idade, onde os utentes viveram com nostalgia e grande saudade os tempos da sua mocidade. Foi o reviver de tem-pos passados numa tarde em que es-teve presente o convívio, a partilha de afetos entre gerações tão afastadas pela idade, mas tão próxima pelos afec-tos.

No final do desfile, estavam todos muito cansados, mas felizes...e já di-ziam que, para o ano, queriam festejar novamente o Carnaval

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A Página dos Mais Pequenos

No dia 17 de março, pelas 14:30 horas, os alunos do pré-escolar, do 2º e do 3º ciclos, assistiram à peça de teatro “Cavaleiro Procura-se” apresentado pela companhia de Teatro das Beiras, na Casa de Artes e Cultura do Tejo.

Esta atividade foi integrada no programa da Semana da Leitura, dinamizada pela Biblioteca Escolar.

O elenco desta peça era consti-tuído por dois atores: Sónia Botelho e Marco Ferreira. Trata-se de um casal de atores que recorrem à arte teatral para contar, de terra em ter-ra, as ancestrais histórias de “capa

Visita à fábrica “Presuntos Rodrigues”Turma do 3.º Ano

Entrevista ao senhor António Carmona, da empresa de trans-formação de carnes “Presuntos Rodrigues”

Há quantos anos foi fundada esta empresa?

A empresa foi fundada em 1925.Tem 89 anos.

A fábrica sofreu obras de am-pliação e remodelação. Quais e em que ano?

As obras foram terminadas em 2013. Serviram para duplicar a ca-pacidade produtiva da empresa.

Quantos trabalhadores traba-

e espada”. Ambos interpretaram vá-rias personagens, ao longo da peça, como por exemplo a Zé, o Felismi-no, a princesa, o rei, os monstros e o cavaleiro, destacando-se este último pela sua valentia ao conseguir sal-var a princesa dos monstros malé-ficos.

“Cavaleiro Procura-se” trata-se de uma comédia no universo do imagi-nário, que proporcionou bons mo-mentos de interação entre o público e as personagens.

No final, a plateia aplaudiu o espe-táculo com grande entusiasmo.

No passado dia 10 de fevereiro, a turma do 3º ano foi à empresa “Pre-suntos Rodrigues”, situada em Vila Velha de Ródão.

O senhor António Carmona guiou-nos pela fábrica que era muito gran-de. As pessoas que lá trabalham usam batas brancas, botas de plás-tico, luvas e chapéu branco com a pala azul.

Vimos salgar as pernas frescas dos porcos em contentores e uma máquina tirava o excesso de sal. A seguir, as pernas eram penduradas em carros sem rodas e seguiam por um elevador para a câmara de cura.

Aqui permanecem alguns meses. Cada carro leva setenta e dois pre-suntos. Na fábrica existem dezas-seis secadores. Vimos ainda uma máquina que tinha seis facas que tiravam os ossos dos presuntos.

Nesta fábrica, também se fabri-cam chouriços, painhos, morcelas e farinheiras.

No final, vimos presuntos e enchi-dos embalados para serem comer-cializados e uma senhora ofereceu-nos uma embalagem de presunto fatiado.

Foi divertido visitar a salsicharia, pois aprendi muitas coisas novas!

lham nesta fábrica?Na empresa trabalham 18 pesso-

as.

A matéria-prima, ou seja, a car-ne de porco que utilizam é produ-zida em Portugal?

Recebemos matéria-prima de Por-tugal e de Espanha.

Que produtos (enchidos e ou-

tros) provêm da transformação da carne?

Os produtos transformados são: chouriço, painho, farinheira, morcela e presunto.

Têm problemas de venda? Ou é fácil vender (escoar) os vossos enchidos e presuntos?

Não. Temos relativa facilidade em escoar a nossa produção.

Quais são os clien-tes que compram os vossos produtos?

Vendemos para ar-mazenistas e distribui-dores.

Obrigado e conti-nuação de bons ne-gócios.

“Cavaleiro procura-se”Turma do 6ºA

João Pedro Fernandes (3.ºAno)

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Como já sabes, a recomendação da Organização Mundial de Saúde para o consumo de frutas e legu-mes é de 5 porções por dia. Como nenhum desses alimentos tem, iso-ladamente, todos os nutrientes que o organismo precisa, é necessário variar. Escolher alimentos de cores diferentes é uma boa estratégia para ingerir essa variedade de nutrientes!

Ora vê quais as cores e em que alimentos as podes descobrir:

Vermelho – são ricos em fitoquí-micos como o licopeno e em an-tioxidantes, que contribuem para a melhoria da saúde cardiovascular e prevenção de cancros. Em alimen-tos como a beterraba, framboesa, cereja, morango, groselha, melan-cia, pimentos vermelhos, romã, to-mate, rabanetes, maçã vermelha.

Laranja – são ricos em carotenói-des e vitamina C que ajudam a con-servar uma boa visão, manter a pele saudável e reforçar as defesas naturais do organismo. Em alimentos como cenouras, frutas cítricas, abóbora, mara-cujá, papaia, pêssegos, aba-caxi, pimentos amarelo/laranja, manga.

Roxo – ricos em antioxi-dantes e fitoquímicos que combatem o envelhecimento, diminuem o risco de cancro e preservam a memória. Os alimentos com esta cor são as uvas pretas, amoras, beringe-las, ameixas escuras, couve

roxa, mirtilo.Verde – ricos em fotoquímicos

como a luteína, muito associada à saúde dos olhos. São ainda ricos em ácido fólico que é importante para prevenir defeitos congénitos e manter o coração saudável. Outros nutrientes que encontramos nestes alimentos são o potássio, vitamina C e K. em alimentos como os brócolos, kiwis, maçã verde, couves verdes, uvas verdes, alface, salsa, coentros, feijão-verde, pepino.

Branco – são fonte de potássio e fitoquímicos que ajudam a reduzir o colesterol no sangue e a pressão arterial, e a prevenir a diabetes. Em alimentos como as bananas, alho, pêras, nabos, cogumelos, couve-flor, cebola.

Varia os alimentos e vais estar a variar a ingestão de nutrientes diferentes!

* Nutricionista

As Cores das frutas e legumesJoana Oliveira*

Opinião | Atividades

Perturbações AlimentaresJoana Oliveira *1 e Joana Arnaut*2

Nos dias 12 e 14 de janeiro,

a Psicóloga e a Nutricionista

do Agrupamento, realizaram

uma aula sobre as perturba-

ções alimentares com as tur-

mas dos 7º, 8º e 9º anos.

A aula incidiu nas perturba-

ções de anorexia e bulimia e

nas respetivas consequên-

cias/efeitos das mesmas. Fo-

ram também expostos relatos

de alguns casos reais, em for-

mato vídeo, para dar um im-

pacto maior sobre a gravidade

destas perturbações.

Falou-se ainda sobre a im-

portância de uma alimentação

saudável e em como escolhas

incorretas podem ser prejudi-

ciais à nossa saúde.

Como devem ser os teus lanches?

Apesar de serem refeições mais pequenas, os lanches da manhã e da tarde também são essenciais na tua alimentação: ajudam a controlar a fome, os níveis de açúcar no sangue e o teu peso.

Traz os teus lanches de casa ou escolhe as opções saudáveis que há no bar da escola.

O lanche da manhã, para alunos do 1º e 2º ciclos, deve incluir: (ver em baixo para o pré-escolar)

Uma fonte proteica:- 1 pacote leite meio-gordo simples- 1 iogurte sólido- 1 iogurte líquido+Uma fonte de energia (hidratos de

carbono):- 1 pão de mistura- 1 pão de centeio- 1 pão sementes- 6 bolachas maria- 6 bolachas tostadas +Um acompanhamento (apenas 1

em cada refeição):- 1 fatia de fiambre de aves- 1 fatia de queijo (tipo flamengo fatiado, queijo fresco, triângulo light)- 1 colher de chá de manteiga magra

Deves escolher uma opção de cada um dos 3 grupos descritos em cima.

Notas: - Para as crianças do pré-escolar, oferecer metade do pão e das bola-

chas;- No lanche da tarde, adicionar uma peça de fruta (a todas as faixas

etárias);- Variar os alimentos ao longo da semana.

* Nutricionista

Joana Oliveira*

No final, foi solicitado aos

alunos que realizassem um

trabalho sobre esta temática.

Os trabalhos encontram-se

expostos no polivalente da es-

cola.

*1 Nutricionista

*2 Serviços de Psicologia e Orientação

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Biblioteca

Pelo oitavo ano consecutivo e fazendo parte do Plano Nacional de Leitura, realizou a equipa da Bi-blioteca Escolar, em colaboração com os vários Departamentos do Agrupamento de Escolas e com a Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, um conjunto de ativida-des para comemorar a Semana da Leitura/2015, entre os dias 16 e 20 de março. Este ano o tema era “Palavras do Mundo”.

Algumas destas iniciativas con-taram, como vem sendo cada vez mais um hábito, com a participação dos pais e encarregados de educa-ção, bem como de outros membros da comunidade educativa que gen-tilmente acederam ao convite e par-tilharam com as nossas crianças e jovens os seus testemunhos de lei-tura, contribuindo para incentivar o prazer de ler e para enriquecer uma atividade de partilha das histórias e dos livros. Estiveram envolvidos nesta ação cerca de 40 leitores, en-tre pais, avós, funcionários, profes-sores e outros convidados.

Iniciou-se a Semana da Leitu-ra com a realização, no dia 11 de março, da final do Concurso de Leitura do 2º Ciclo que teve lu-gar na Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão e que contou, não só com a presença dos nossos quatro alunos finalistas, como tam-bém com 24 alunos do concelho de Castelo Branco. De realçar o bom trabalho de equipa que contribuiu para a consecução desta atividade, da responsabilidade dos professo-res bibliotecários do Grupo Inter-concelhio de Bibliotecas Escolares dos concelhos de Castelos Branco e Vila Velha de Ródão, em colabo-ração com a Biblioteca Municipal José Batista Martins.

Sob o lema: “Uma história por dia…todos os dias!”, todos os alunos do Jardim-de-Infância, do 1º e do 2º ciclos, tiveram a oportuni-dade de ouvir contar uma história diferente e adaptada ao seu nível etário. Esta atividade destina-se a promover o livro e a leitura e a lem-brar que as histórias devem estar sempre presentes na vida das nos-sas crianças e jovens como algo que os vai enriquecer, pois transmi-tem-lhes conhecimentos e valores, enriquecem o seu vocabulário, ex-pandem a sua imaginação.

No dia 17 de março, pelas 14:30 horas, na Casa de Artes, todos alu-nos do Jardim-de-Infância, assim

como todos os alunos do 2º e 3º ciclos, assistiram à peça de teatro “Cavaleiro procura-se”, encenado pela Companhia de Teatro das Bei-ras, numa iniciativa que envolveu como parceiros o Agrupamento de Escolas, a Associação de Estudos do Alto Tejo, a Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão e a Associação de Pais. Também a Câmara Munici-pal colaborou connosco na cedência gratuita do espaço da Casa de Artes e dos transportes aos nossos alu-nos. Foi uma peça muito divertida e que proporcionou boas gargalhadas em interação com os atores.

No dia 18 de março, um grupo de alunos dos 8º e 9º anos, em cola-boração com a docente de História do 3º Ciclo, preparou uma peça de teatro de fantoches, sobre a Res-tauração da Independência, para os alunos do 2º Ciclo e para os alu-nos do 4º ano, que também foram convidados. Este texto teve como base um trabalho de um concurso da Sociedade Histórica Indepen-dência de Portugal de 1990, na co-memoração do 350º aniversário do 1º de dezembro de 1640, apresen-tado por um grupo de alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico da Escola Mª Lamas. Os fantoches utilizados foram-nos gentilmente cedidos pelo Agrupamento de Escolas de Figuei-ró dos Vinhos. Foi um momento alto da nossa Semana da Leitura pois, quer os atores, quer a professora que os ensaiou estão de parabéns pelo excelente espetáculo que nos proporcionaram.

Prof.ª Luísa Filipe

Semana da Leitura 2015

No dia 20 de março, último dia da Semana da Leitura, comemorámos o Dia da Árvore e da Família. Com a colaboração do Clube de Jardina-gem, do PROSEPE e do Departa-mento de Expressões, pretendemos acolher os pais/encarregados de educação e outros membros da co-munidade educativa que, neste dia, nos visitaram. Para abrilhantar ain-da mais a festa, os alunos do 2º Ci-clo deram um concerto, orientados pelo docente de Educação Musical. Aos pais, mães e avós presentes neste dia foi-lhes oferecida uma flor, fruto do trabalho dos alunos do Clu-be de Jardinagem e de NEE. E, por estarmos tão perto do dia da Poesia, tiveram ainda direito a um poema de Álvaro Magalhães “O Limpa-pala-vras”, declamado pelos alunos do 4º ano e por uma aluna do 9º Ano. Durante a tarde, todos os alunos do Jardim-de-Infância e do 1º Ciclo, em conjunto com os seus professo-res, foram plantar árvores a convite da autarquia e com a presença dos senhores da GNR que se quiseram também associar a esta iniciativa.

Terminámos assim em festa mais uma Semana da Leitura do Agrupa-mento. As sementes estão lançadas à terra e esperemos que germinem com o trabalho e a colaboração de muitos.

Procurámos, mais uma vez, com todas estas atividades, fazer do livro e da leitura uma festa, incentivando o prazer de ler, dos mais pequeni-nos aos mais velhos e envolvendo nesta tarefa elementos de toda a co-munidade educativa.

A Semana da Leitura, iniciativa do Plano Nacional de Leitura, decorreu de 16 a 20 de março. É uma ativi-dade que se realiza desde 2007. O tema proposto para este ano foi bem sugestivo: “Palavras do Mundo”.

O Agrupamento aderiu a esta ini-ciativa com várias atividades. Entre estas, destacam-se, a nível do 1º Ciclo, a vinda à escola dos encarre-gados de educação para lerem con-tos às turmas dos seus educandos. Foram propostos vários contos. No 3º ano de escolaridade, selecionou-se “O Peixinho que descobriu o mar” do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que se destaca no âmbi-to do romance contemporâneo luso africano. No entanto, também tem escrito livros infantis. No campo da literatura infantil, escreveu o livro “Estranhões e Bizarrocos” (contos para adormecer anjos), publicado em 2000. É um conto que corres-ponde aos interesses das crian-ças, porque as personagens são animais, está cheio de magia, de fantasia e a personagem principal, o peixinho, não está conformada com a sua vida. Além disso, estão em evidência os valores universais da amizade, da solidariedade e da liberdade.

As crianças gostaram muito deste conto e os seus testemunhos foram muito interessantes. Destacaram sobretudo a amizade entre todos os animais, o espírito de entreajuda que levou o peixinho até ao mar que era o seu grande objetivo de vida. Realçaram também a mudança de hábitos alimentares da gata que se tornou vegetariana devido aos laços afetivos que criou com o peixinho.

Prof.ª Luísa Morgado

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Biblioteca | Notícias | Atividades

No âmbito do Plano Nacional de Leitura e sob a responsabilidade dos professores do PNL, de Português e da Biblioteca Escolar, realizou-se, no passado dia 14 de janeiro, na Bi-blioteca Escolar, a primeira fase do Concurso Nacional de Leitura para os alunos do 3º Ciclo e do Concur-so de Leitura para os alunos do 2º Ciclo.

Esta iniciativa, promotora do gosto pela leitura, destinava-se a todos os alunos do 2º e 3º ciclos que estives-sem interessados em participar. No presente ano letivo, esta ação en-volveu 16 participantes das turmas do 3º Ciclo e 12 participantes do 2º Ciclo.

A obra escolhida e sobre a qual os alunos do 2º Ciclo tinham que prestar prova intitulava-se “Graças e desgraças da corte de El-Rei Tadi-nho”, de Alice Vieira. Já os alunos do 3º Ciclo analisaram a obra de Álvaro Magalhães “Três histórias de Amor”.

À semelhança do que ocorreu nas anteriores edições do concurso,

Concursos de Leitura

também este ano foram apurados os três alunos melhor classificados nesta prova que, no caso do 3º Ci-clo foram: dois alunos do 8º ano, João Barateiro e Margarida Diogo e um aluno do 7º ano, Bruno Cane-las. Serão eles que representarão a nossa escola na fase distrital deste concurso que se realizará no dia 15 de abril, na Biblioteca Municipal da Covilhã.

Os alunos apurados do 2º Ciclo, Carolina Santos e Tomás Vicente, do 5ºano; Joana Silva e Leonor Araújo, do 6ºano, participaram na fase final do concurso que se re-alizou no dia 11 de março na Bi-blioteca Municipal de Vila Velha de Ródão.

A todos os alunos que partici-param queremos salientar o seu empenho nesta atividade que tinha como principal objetivo motivar os alunos dos 2º e 3º ciclos para a lei-tura de obras adequadas ao seu nível etário.

Prof.ª Luísa Filipe

Turma do 5ºA

Visita de Estudo ao Castelo de Ródão

No passado dia 4 de fevereiro, nós, os alunos do 5º ano, fizemos uma vi-sita de estudo ao castelo de Ródão, também conhecido por castelo do rei Wamba, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal e também de Português, com o ob-jetivo de consolidar a matéria dada sobre o papel importante desem-penhado pelos castelos durante a Reconquista Cristã e também para ficarmos a saber um pouco mais so-bre a história e as lendas ligadas ao monumento. Fomos acompanhados pelas professoras Elsa Flor, Luísa Filipe e tivemos como convidada a professora Lurdes Guterres.

Quando chegámos ao nosso des-tino, subimos até à torre principal do castelo, chamada a torre de mena-gem e daí pudemos ver uma paisa-gem magnífica e tirar muitas fotogra-

fias. Antigamente, esta não era uma janela, mas a única porta de acesso à torre, pois eles tinham uma escada que recolhiam para que os inimigos

não pudessem entrar facilmente. A nossa colega Carolina leu-nos então mais algumas informações sobre o castelo que foi dado por D. Afonso

Henriques aos monges Templários, juntamente com os territórios da herdade da Açafa para que eles os defendessem dos mouros.

De seguida, fomos todos até ao miradouro de onde se podem ver as Portas de Ródão e uma gruta co-nhecida como “Buraca da Moura” e aí se fizeram muitas perguntas e se contaram várias histórias tal como a “Lenda do rei Wamba”, lida pelo nosso colega Tomás Esteves. Antes de virmos embora, ainda pudemos ver as ruínas das casas da guarni-ção, passear sobre as muralhas e até descobrir uns caminhos à volta do castelo que não conhecíamos.

Nós gostámos muito desta visita e pudemos aprender mais coisas sobre o castelo de Ródão, que é um monumento que faz parte do nosso concelho.

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Notícias | Atividades

Desafios SeguraNet 2014/2015

Olá a todos! Não vos conheço, mas estou cheio de vontade de vos contar uma história sobre um menino chamado Arrob@s.

Arrob@s era um rapaz que sabia organizar e ocupar o seu tempo livre: fazia os trabalhos da escola e estudava diariamen-te os assuntos que dava nas aulas. Para além destas tarefas, ainda convivia com os amigos, passeava, praticava desporto e, por fim, para relaxar e descomprimir, pegava na PSP, no tablet ou no computador para jogar ou para fazer algumas pesquisas.

E o tempo foi passando e… prestem bem atenção!... Arrob@s pouco se importava com as advertências da mãe.- Passas demasiado tempo no computador ligado à Internet, no tablet, na

consola, … dás cada vez menos atenção aos teus amigos e à tua família. - Disse a mãe do Arrob@s.

- É o que te parece, mãe! Tenho tantos amigos no Facebook! - Responde o Arrob@s.

- Meu Deus! Ainda mais essa! Onde é que ficam os teus estudos, aquilo que deveria ser a tua primeira prioridade?! – Disse-lhe a mãe.

- Mãe, só hoje! Amanhã tudo mudará e passarei a estar muito pouco tempo junto desta tecnologia! Prometo, vou mudar!...

Na verdade…- Mais um amigo para a minha coleção de amigos virtuais!…

- Pensou o [email protected] dia seguinte continuou como o anterior e ainda o seguinte,

o seguinte e o seguinte… - Já tenho mais amigos que o meu primo ToZé! J - Tornou a

pensar o [email protected] mãe, aflita, desabafa para o pai, que até agora tinha estado

silencioso. - O Arrob@s está a tornar-se um menino diferente… não fala connosco…

não questiona nada… não relata, não ouve… não tem paciência… irrita-se por tudo e por nada! Pouco pega nos livros escolares… já nem diz quando tem testes…

O pai, inteirando-se da realidade, comunga da preocupação da mãe. - Que fazer?!... Os maus resultados escolares envergonham o Arrob@s que começa a

refletir sobre a sua vida: - Estou cada vez mais preso! Estas teclas mais parecem algemas! - Pen-

sou o Arrob@s - Por favor! Quero os meus amigos de volta. Quero fazer desporto de novo. Quero passear. Quero ir ao cinema. Quero voltar a ser bom aluno na escola. Quero voltar a ser elogiado pelos professores. Eu quero e não consigo…

Mas, embora a sua mente e o seu pensamento quisessem de facto mu-dar, ele continua a comportar-se da mesma forma. Arrob@s sente que, so-zinho, não consegue e, de mãos dadas com os pais, vai à procura de ajuda.

- Conheço uma psicóloga, talvez possa ajudar! - Diz-lhe o pai.- Com a ajuda de quem mais gosto, certamente vou conseguir. Uma tera-

pia talvez não seja má ideia. - Diz o [email protected] vontade do Arrob@s, os seus sacrifícios, as suas ajudas

e o tempo conseguiram trazê-lo à vida de outrora. Se não se recordam como era o Arrob@s, por favor voltem ao início desta história. Espero que não se esqueçam dela e a trans-mitam aos vossos amigos.

Texto desenvolvido no âmbito dos desafios do concurso Seguranet 2014/2015 subordinado ao Tema “Utilização

excessiva de dispositivos eletrónicos“

Turma do 4º Ano

1. Quais os comportamentos que deverá adotar quando utiliza as tecnologias digitais?

a) Passar grande parte do dia a jogar.b) Ficar a jogar até muito tarde, tendo, por isso, dificuldade em acor-

dar no dia seguinte.c) Utilizar as tecnologias com bom senso e moderação.d) Todas as anteriores estão corretas.

2. O Chico é um utilizador das redes sociais na Internet. Todos os dias faz publicações no seu mural do Facebook para os seus mais de 1500 amigos. As suas publicações são variadas: fotos tiradas com colegas na escola e no bairro, conquistas nos jogos e aplicações e comentários variados sobre assuntos da escola, colegas e amigos. Que conselhos deveria o Chico ter em conta?

a) Publicar toda a informação, sem ponderar sobre ela, para ser po-pular junto dos seus amigos e na escola.

b) Ter cuidado com o que publica, refletindo sempre sobre a informa-ção antes de a publicar.

c) Publicar apenas fotografias, independentemente de estar sozinho ou acompanhado.

d) Fazer apenas comentários nos murais dos seus amigos, por mais absurdos que sejam, afinal é para isso que os amigos servem.

3. Que situações poderão ocorrer quando o Chico se liga a uma rede Wi-Fi pública?

a) Ao estar ligado a uma destas redes, outro utilizador pode aceder ao seu equipamento sem o Chico saber.

b) Se estiver num restaurante e se a rede estiver protegida por pala-vra-chave não haverá problema.

c) As redes de livre acesso dos centros comerciais estão protegidas, ficando assim os utilizadores em segurança com a sua utilização.

d) Todas as opções anteriores estão corretas.

4. Quando se utiliza um serviço de compras online ou se acede a uma instituição bancária através da Internet (homebanking), tem de se escolher uma palavra-chave. Das seguintes opções, qual conside-ras a mais segura?

a) Escolher uma palavra-chave igual à que se utiliza nas redes sociais ou nos jogos online, porque assim só se tem de memorizar apenas uma.

b) Escolher a data de nascimento, porque assim nunca se irá esque-cer a palavra-chave.

c) Escolher uma palavra-chave contendo diversos tipos de caracteres (letras, números ou símbolos), diferente da que se usa noutras plata-formas online.

d) Escolher uma palavra-chave muito difícil; assim, ninguém a des-cobrirá! Guardá-la na gaveta da secretária do computador para o caso de te esqueceres.

5. A irmã do Chico utiliza muito o Instagram. Esta rede social tem por base a partilha de fotos e/ou vídeos entre os seus utilizadores. Por se tratar, na sua essência, duma rede de partilha de fotos, a utili-zação do Instagram:

a) Não requer qualquer tipo de cuidados ao nível da segurança nas definições de perfil.

b) Requer apenas alguns cuidados com a ativação/desativação da geolocalização das fotos publicadas.

c) Requer cuidados com as fotos que publicamos, a geolocalização das partilhas, as pessoas que seguem as nossas publicações e os conteúdos impróprios que possamos encontrar nesta rede.

d) Requer apenas alguns cuidados com as fotos que partilhamos.

Informações retiradas dos desafios Seguranet 2014/2015 com os temas - As Redes Sociais, Comércio Eletrónico/Homebanking, Segurança nos Dispositivos Móveis. Reputação Online e Jogos Online.

Soluções na Página 19

João Barateiro e Maria Faustino (8º A)

Mais Vale Tarde que Nunca!

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Opinião | Atividades | Talentos

Turma do 1º Ano

O Traquinas era muito despachado Na Internet sem medo de navegarUm dia, o Arrobas disse-lhe:- Cuidado, sarilhos vais arranjar!

O Traquinas não fez caso,À tarde visitava sites desconhecidos.

À noite conversava com amigos.O problema era não medir os perigos.

Certo dia, o Arrobas soubeQue ele, sem muito pensar,Convidou um desses amigosPara irem ao parque passear.

Arrobas ficou em pânicoE logo o tentou avisar:

- Cuidado, que esse novo amigoPode não ser de fiar!

Traquinas não lhe deu ouvidos.Arrobas resolveu os seus pais avisar.Seguiram-no até ao parque Pensando que o podiam ajudar.

Quando o Traquinas chegou ao parque,O seu novo amigo foi procurar,

Ao ver quem ele eraNão queria mesmo acreditar.

O Arrobas e os pais do TraquinasTrouxeram a polícia ao parque para ajudar .Quando o desconhecido quis levar o Traquinas,Eles aproximaram-se para o apanhar.

A polícia levou o senhor,O Traquinas desculpas pediu.

Foram todos para casaE o menino um sermão ouviu.

A partir daquele triste diaO menino ia à Net em segurançaNão falava com desconhecidosEra um doce de criança.

Texto desenvolvido no âmbito dos desafios do concurso Seguranet 2014/2015 subordinado ao Tema “Utilização excessiva de dispositivos

eletrónicos“

O Traquinas Concurso “Uma foto pelo olhar da diferença”

descobrir o enquadramento mais interessante.

De seguida, o trabalho continua-va na Biblioteca Municipal onde os alunos observavam todas as foto-grafias tiradas, escolhendo as que mais gostavam e atribuindo-lhes títulos sugestivos.

Por último, as fotos selecionadas foram enviadas para a APPACDM da Covilhã, entidade organizadora do concurso.

No dia 9 de dezembro, a escola foi avisada de que a foto intitulada ”à espera”, enviada pela Sónia Nu-nes, tinha ganho uma menção hon-rosa.

Os alunos do Ensino Especial da nossa es-cola participaram num concurso de fotografia intitulado “Uma foto pelo olhar da diferença”, pro-movido pela APPACDM da Covilhã.

Todas as quintas-fei-ras, os alunos da pro-fessora Mafalda e da professora Isabel fre-quentaram um ateliê na Biblioteca Municipal, sob a orienta-ção da bibliotecária Dr.ª Graça Ba-tista, cujo objetivo era fotografar as paisagens mais bonitas de Vila Ve-lha de Ródão. O ateliê chamava-se “À procura de uma paisagem”.

As fotografias foram tiradas pela Mariana Costa, pela Sónia Nunes, pelo André Pina, pelo Diogo Oliveira e pelo Gonçalo Correia que, depois, atribuíram títulos às fotos que envia-ram para o concurso.

Munidos de máquinas fotográfi-cas, os alunos disparavam em to-das as direções, sempre à procura de uma paisagem bonita tentando

Concursos de Leitura2º e 3º ciclos

O amor pelos livros e pela leitura levou alguns alunos do nosso agru-pamento a participar no concurso de leitura, que decorreu no dia 14 de janeiro.

Para o 3º ciclo, a obra escolhida foi “Três histórias de amor”, de Álvaro Magalhães. De fácil leitura, pequenos detalhes na prova viriam a mostrar que eu, realmente, tinha lido com atenção e deleite o livro proposto.

A nível do 3ºciclo, para ir mais tarde a uma fase distrital, ficaram apurados o Bruno Canelas, o João Barateiro e a Margarida Diogo.

Para o concurso de leitura e escrita do 2º ciclo, a obra escolhida foi: “Gra-ças e desgraças da corte de El-Rei Tadinho”, de Alice Vieira.

Os alunos apurados para representar o 2º ciclo na fase foram a Carolina Santos, o Tomás Vicente, a Leonor Araújo e a Joana Silva.

É de congratular todos os participantes pois, afinal de contas, ler faz sem-pre bem!

Bianca Almeida (9ºA)

Soluções (Desafios Matemáticos):Peso do Gato - O gato pesa 2500g (gramas).

Galinhas e Coelhos - 22 galinhas (44 patas) e 14 coelhos (56 patas).

Sónia Nunes (9ºA)

Desafios SeguraNet 2014/2015

Ilustração de Pedro Prates - 1º Ano

1. c; 2.b; 3. a; 4. c; 5. c.Soluções (Desafios Seguranet):

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Atividades | Sugestões de Leitura

Departamento de Matemática e Ciências ExperimentaisDesafios matemáticosObserva com atenção as figuras e descobre quanto pesa o gato.

Um rapazinho de Lisboa foi pas-sar o fim de semana com os pais a uma aldeia, perto de Vila Velha de Ródão, à casa de uns familiares. O rapaz olhando à sua volta propõe-se contar as cabeças e as patas de todos as galinhas e coelhos que os familiares têm. O resultado é de 36 cabeças e 100 patas. Quantas gali-nas e quantos coelhos têm os fami-lares do rapaz? Soluções na página 19

Visita de estudo ao planetário de Constância

Sara Rei (7ºA)

No passado dia 27 de fevereiro, a turma do 7º ano foi visitar o plane-tário de Constância.

Quando lá chegaram, estava à sua espera um senhor que os levou até a um local onde havia réplicas de todos planetas e lhes explicou onde se situavam, o tempo que de-moravam a dar a volta ao Sol, como estavam alinhados e como aconte-ciam os eclipses do Sol e da Lua.

Depois, seguiram para uma sala, designada planetário, onde pude-ram observar as várias imagens

das constelações, os três pontos que apareciam primeiro no céu, que eram, na verdade, os planetas Vé-nus, Marte e Júpiter, e em que lado o Sol nascia e se punha. Tudo isto se podia ver através de uma projeção no teto da sala, em forma de cúpula, que ajudava a perceber cada ponto de uma maneira diferente, uma vez que este fazia a forma como se fos-se uma realidade do próprio mundo.

Esta visita terminou de uma ma-neira divertida com uma fotografia de grupo.

Vitória de Inglaterra - A rainha que amou e ameaçou Portugal

Bianca Almeida (9ºA)

Nome da Obra: Vitória de Ingla-terra - A rainha que amou e ameaçou Portugal

Autora: Isabel MachadoEditora: Esfera dos LivrosGénero de Livro: Biografia Roman-

ceadaNúmero de Páginas: 416

Breve síntese:

Vitória de Inglaterra tinha estreitos laços com Portugal, que advinham de ter conhecido a rainha D.Maria II, quando esta era apenas Infanta e viajou pelo mundo, para ter forma-ção académica antes de assumir o trono português. Mantiveram esses mesmos laços já depois de terem sido eleitas soberanas, mesmo ape-sar das grandes rivalidades que ha-via entre o país inglês e o país luso.

Com Alberto de Saxe-Coburgo-Gotha, viveu uma das mais belas histórias de amor que a humanidade tem conhecimento, tendo deixado 9 filhos como prova. Acompanhou ao longe as dores de Maria ao perder os seus filhos, e chorou, como se portuguesa fosse, quando a rainha Maria com o criador se encontrou. Foi fonte de hospitalidade para os príncipes da terra de Camões quan-do estes a visitaram e muito lhe cus-tou ter que declarar guerra a um país que considerava seu, aquando da publicação do mapa cor de rosa, e por consequência, o Ultimato Inglês, manchando para sempre a relação entre as duas coroas, para grande tristeza de Vitória.

O seu reinado permitiu que, em

Portugal, ela visse reinar Maria II, D.Pedro V, D.Luís e D.Carlos. Citan-do a autora “Feita de contradições, a cada página desta biografia ro-manceada descobrimos uma mulher sensual, de paixões violentas e hu-mores oscilantes, marcada pela ale-gria, pelo amor do seu povo e pela tragédia.”

Opinião:

Esta é definitivamente uma das melhores biografias históricas que já li até aos dias de hoje. Baseada numa intensa pesquisa, Isabel Ma-chado tem de tal forma uma mestria a escrever, que é nos impossível pa-rar de ler, de tão embrenhados que parecemos estar, vivendo com fer-vor todos aqueles acontecimentos que marcaram a História do nosso país e a História do nosso mais an-tigo aliado.

É uma recomendação certa que faço a quem gosta de ler este géne-ro de livros.

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Opinião | Atividades

No âmbito da disciplina de Ciên-cias Naturais, em consonância com o Serviço de Psicologia e Orienta-ção, no dia 2 de fevereiro, a turma A do 9º ano visitou o Centro de Saúde da nossa vila para participar numa ação de sensibilização sobre infe-ções sexualmente transmissíveis, métodos contracetivos e gravidez na adolescência, num meio fora do contexto escolar.

Nesse dia chuvoso, e após uma pequena caminhada, fomos rece-bidos pela enfermeira Raquel que nos encaminhou para a sala de formação. Após a sessão, a enfer-meira Raquel fez uma visita guiada ao Centro de Saúde onde ficamos a conhecer as várias salas e as suas utilidades.

A enfermeira Raquel recebeu-nos muito bem e não hesitou em respon-der às nossas questões.

O tempo, tanto na caminhada de ida como de volta, foi um pouco de-sagradável, mas nada demoveu o

9º ano nesta jornada pelo conhe-cimento. Claramente, é algo para repetir!

Visita de Estudo ao Centro de Saúde de Vila Velha de Ródão

Prof.ª Elisabete Ribeiro e Bianca Almeida (9ºA)

O livro e a leitura

Desde sempre, foi essencial ler.

Quem não lê, não aprende. Mesmo

não querendo, o ser humano lê. O

ser humano aprende.

Na minha opinião, ler é uma das

coisas mais importantes na vida.

Desde pequeno que gosto de ler e

agora já tenho até uma mini bibliote-

ca no meu quarto!

Existe também uma frase que eu

sempre gostei que é: “ Quem lê li-

vros, vive muitas vidas”. Tal como a

frase diz, quem lê um livro pode ser

um empresário, um feiticeiro ou até

um explorador!

Os livros ensinam-nos como viver,

mostram-nos locais reais e imaginá-

Ricardo Pereira (9ºA)rios, mostram-nos um novo mundo.

Quem lê um livro fica a saber mais

do que antes. Quem não lê, fica res-

tringido apenas a um local ou a um

grupo de informações. I

Infelizmente, hoje em dia, são

cada vez menos os jovens que gos-

tam e querem ler, mas ainda existem

alguns adolescentes que gostam de

o fazer (como eu). Por isso, deve-

mos incentivar os jovens a ler, mos-

trando que a leitura e os livros são

importantes para a vida das pesso-

as.

É esta a minha opinião acerca de

um objeto chamado livro.

Toca a apetrechar a sala de Ciências Naturais!

Recentemente, a nossa escola

adquiriu novos materiais para a sala

de Ciências Naturais, de forma a

tornar as aulas mais atrativas e di-

vertidas.

Os materiais que chegaram foram

cinco novos microscópios, amos-

tras de mão de rochas magmáticas,

sedimentares e metamórficas, mi-

nerais com belezas e propriedades

espetaculares, escalas de Mohs,

martelos de geólogo e duas caixas

com fósseis. Ainda, das Minas da

Panasqueira, chegaram minerais

Prof.ª Elisabete Pacheco

OPINIÃO

característicos da mina

e amostras de tarolos de

sondagens.

Não se esqueçam de

espreitar pelos vidros do

armário de Geologia e

do armário de Biologia e

vamos aproveitar ao má-

ximo os novos materiais.

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Atividades

Corta-mato

No dia 13 de fevereiro foi disputada a fase distrital de corta-mato, no parque ver-de de Castelo Branco.

Todos os alunos defen-deram bem as cores e os princípios do nosso Agru-pamento com boas presta-ções desportivas, onde o fair play e o espírito despor-tivo estiveram sempre pre-sentes.

Destacam-se os resulta-dos dos Infantis A e B:

Resultados:Infantis-ATomás Esteves – 8º lugarTomás Vicente - 10º lugar

Infantis-B Leonor Araújo - 7º lugar

No dia 16 de março, os alunos apurados na fase escola do megasprinter (sprint, salto, km, lançamento e voo) marcaram presença no complexo des-portivo da Covilhã.

Durante todo o dia, participaram nas diversas modalidades de atletismo. Um dia de sol, cheio de bom convívio entre alunos/atletas onde foram co-locadas em prática as suas capacidades no que respeita à velocidade, aos saltos e ao lançamento.

Todos os alunos estiveram de parabéns pela sua prestação, resultando em três medalhas para o nosso Agrupamento:

2º lugar no salto em altura (voo) - Rodrigo Pires 3º lugar no salto em comprimento - Bruna Martins e Paulo Rodrigues

Prof. Marco Martins

Por ocasião da Semana da Leitura, a comunidade escolar assistiu a uma peça de fantoches, encenada pela professora Lurdes Guterres. Alunos, tanto do 8º como do 9ºano, constituíam o grupo de atores que deram vozes às personagens que marcaram Portugal, quando este esteve sobre a influ-ência do domínio filipino.

A data escolhida para a representação foi o dia 18 de março e, após silêncio feito, irrompeu a voz da narradora a dar início à peça. Inclusive, es-cutaram-se vozes castelhanas, o que de si, já denota um grande empenho.

Correu tudo pelo melhor e, no final, aqueles que fizeram as delícias dos mais novos, tanto em questões de representação, como em questões téc-nicas, foram ovacionados com uma salva de palmas, como só os grandes mestres do drama merecem.

“Os caminhos da Restauração”Bianca Almeida (9ºA)

Futsal – iniciados masculinosProf. Marco Martins

Encontra-se a decorrer a fase distrital, por grupos, do campeonato de futsal de iniciados masculinos. O nosso agrupamento encontra-se na ter-ceira série com as escolas de Oleiros, Vila de Rei, João Roiz e o Instituto da Sobreira Formosa.

Atualmente, encontramo-nos em 3º lugar, faltando disputar apenas um jogo para terminar a fase de grupos.

Eis os resultados obtidos pelos nossos rapazes:

VVR 0 vs. Básica P. Andrade (Oleiros) 2Instituto S. Tiago (Sobreira) 4 vs. VVR 4VVR 0 vs. Básica João Roiz - C.B 10 (FA) Básica Vila de Rei 3 vs. VVR 5 VVR 9 vs. Básica Vila de Rei 3 Básica P. Andrade (Oleiros) 1 vs. VVR 1VVR 3 vs. Instituto S. Tiago 2

Megasprinter

Prof. Marco Martins

FASE DISTRITAL

FASE DISTRITAL

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Depois de disputados os jogos da fase distrital, as meninas do grupo/equipa de voleibol do nosso Agrupamento conquistaram o 1º lugar, sendo campeãs distritais do seu escalão.

Resta-nos esperar pelos dias 8, 9 e 10 de maio, onde Leiria nos irá acolher para as fi-nais regionais das modalidades coletivas no escalão de iniciados. Estão de parabéns!

Eis os resultados das nossas atletas / alunas:

VVR 3 vs. Sertã 0Sertã 1 vs. VVR 2Sertã 1 vs. VVR 2VVR 2 vs. Sertã 1

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada, n.º 36030-200 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]ços Administrativos: [email protected]

COORDENAçÃOProfessora Anabela Afonso

GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Hélder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa

IMPRESSÃOJornal Reconquista - Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

Webpage do Agrupamentohttp://www.aevvr.pt

Plataforma Moodlehttp://moodle.aevvr.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

abril 2015

Desporto

Bianca Almeida (9ºA)

O espírito de equipa sempre moveu os grupos que envergaram o unifor-me da nossa escola e as meninas do voleibol não são exceção.

“Uma por todas e todas por uma” foi o nosso lema ao defrontar a Escola Secundária da Sertã, pela primeira vez, a 14 de janeiro. E, como não podia

deixar de ser, a vitória foi nossa, vencendo as nos-sas colegas por 3-0.

Porém, era demasiado cedo para cantar vitória e, a 28 de janeiro, deslocámo-nos à Sertã, saindo para Vila Velha de Ródão com mais uma vitória na bagagem, desta vez por 2-1.

Este mesmo resultado veio a verificar-se nos 2 jogos que se seguiram, realizados na Sertã e na nossa escola, respectivamente.

É com gosto que celebramos o título de campe-ãs regionais, mas é de felicitar as nossas adversá-rias, que foram sempre dignas desse nome.

A nossa missão é levar o nome do nosso Agru-pamento mais além.

O AEVVR tem campeãs!

DESPORTO ESCOLAR

Prof. Marco Martins

Torneio da Páscoa de Ténis de MesaProf. Marco Martins

Uma das atividades desportivas que encerraram o 2.º período foi o “Tor-neio de Ténis de Mesa”, realizado no dia 20 de março, no polivalente da escola sede do nosso Agrupamento.

Este torneio teve uma grande adesão por parte de todos os inter-venientes, no que respeita à organização e à participação. A competição foi organizada pelo nosso professor de Educação Física, em colaboração com a Direção e alunos.

A determinação e a energia, bem como a boa dis-posição e o convívio em prol da atividade física mereceram destaque.

Femininos (2º e 3º Ciclo)1º Ana Rita Pereira (8ºA)2º Cátia Rodrigues (8ºA)3º Maria Faustino (8ºA)4º Leonor Araújo (6ºA)

Masculinos 2º Ciclo Masculinos 3º Ciclo1º Tomás Vicente (5ºA) 1º Ricardo Marques (7ºA)2º Tomás Esteves (5ºA) 2º Bruno Canelas (7ºA)3º João Ribeiro (6ºA) 3º João Diogo (7ºA)4º Rúben Esteves (5ºA) 4º João Palhares (7ºA)

Voleibol – iniciados femininos

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Última Página

O Hino do Agrupamento

Pois é, não existe! A mais alta dis-

tinção por entre os matemáticos é a

Fields Medal, criada em 1936 e atri-

buída de 4 em 4 anos. Deve o seu

nome em homenagem ao matemá-

tico canadiano John Charles Fields.

Esta medalha é atribuída a grupos

de 2, 3 ou até 4 matemáticos que

ainda não tenham atingido a doce

idade dos 40.

A medalha vem com um prémio

monetário que , desde 2006, tem

o valor fixo de 15.000 dólares ca-

nadianos. Em 2014, Maryam Mir-

zakhani tornou-se a primeira mulher

a receber tal distinção e Arthur Avila

tornou-se o primeiro matemático da

América Latina a receber tal honra.

Anualmente, o Prémio Nobel é

atribuído às pessoas que fizeram

contribuições extraordinárias para

a Humanidade em Física, Química,

Fisiologia ou Medicina, Literatura,

Paz e Ciências Económicas, que

muito precisam de Matemática.

Mas, por detrás de um excelente

boato, há sempre uma história ina-

creditável! Crê-se que Alfred Nobel

não criou um prémio para a Mate-

mática, pois a sua esposa havia co-

metido traição justamente com um

matemático. Contudo, Alfred nun-

ca foi casado, tendo tido sim uma

amante vienense, Sophie Hess.

O mais plausível dos boatos é

que Nobel, num ato de má vonta-

de quando estava a escrever o seu

testamente, deixou a Matemática de

fora, simplesmente por não gostar

de ciências teóricas.

Tinha bom gosto!

“E que tal fazermos o hino do nos-

so Agrupamento?”

Foi esta a proposta feita pelo co-

lega Luís Dâmaso, durante a Festa

de Natal, quando lhe disse que não

tínhamos hino.

A ideia foi amadurecendo durante

as férias. O Luís compôs a letra e

a música e, quando me enviou para

eu ouvir, fiquei imediatamente apai-

xonado.

Comecei, então, a pensar na pri-

meira apresentação ao público e

lembrei-me da sessão de apresn-

tação no âmbito da “Avaliação Ex-

terna das Escolas,” que iria decorrer

no início do mês de março. Solicitei

ao Luís para, durante os ensaios,

pedir a todos os seus alunos para

manterem em segredo que o AE-

VVR ia ter o seu próprio hino.

No dia 9 de março, como previsto,

realizou-se a primeira apresentação

pública do hino no momento previs-

to. A assistência não conseguiu dis-

farçar a emoção quando os alunos

terminaram de proporcionar um mo-

mento simplesmente inesquecível!

No dia 21 de março, o hino foi no-

vamente apresentado como parte

integrante do “I Concerto com a fa-

mília”. Desta feita, o público presen-

te juntou-se aos alunos, pelo que

podemos dizer que o hino já está a

ser adotado pela comunidade edu-

cativa.

Enquanto Diretor do AEVVR,

agradeço ao prof. Luís Dâmaso e

aos alunos do 5.º e 6.º anos todo o

empenho e dedicação a este projeto

(e ao facto de o terem mantido em

segredo!) que já faz parte da histó-

ria do nosso Agrupamento!

Prof. Luís Costa

Prémio Nobel da Matemática?

Bianca Almeida (9ºA)

Cá na terra do Rei Wamba,

junto ao Tejo que nos vem receber,

nesta escola estamos prontos,

sorrindo, nós vamos crescer!

Como outrora os templários,

Defendemos nossa terra com vigor.

Por Vila Velha de Ródão,

aprendemos com muito amor!

Entre amigos,

na escola a caminhar,

ganhamos asas,

aprendemos a voar.

Com trabalho,

nossos sonhos vão vingar.

E um futuro

todos iremos ganhar!

Letra e música: Prof. Luís Gaspar Dâmaso

As duas apresentações do Hino do AEVVR: Em cima, no encerramento da sessão de apresentação do Agrupamento e, em baixo, no “I Concerto com a família”