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1 GEOGRAFIA (AULA 05) CAMADAS DA TERRA E TECTÔNICA DE PLACAS 1. CAMADAS DA TERRA A Terra está dividida em 3 camadas básicas, de onde partem suas subdivisões: Crosta: A crosta, que forma a maior parte da Litosfera (camada sólida mais externa da Terra) tem uma extensão variável de acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. A crosta é subdivida em dois elementos: A parte externa compreendendo o solo e o subsolo é chamada de Sial (Silício e Alumínio), com predominância de rochas sedimentares e magmáticas. A camada mais interna chama-se Sima (Silício e Magnésio) e é onde há predominância das rochas basálticas. • Manto: É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Sua composição pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos. O Manto Superior é uma parte do manto menos densa e rígida, divida em: Litosfera (camada superior mais rígida, que se extende além da crosta até o manto superior) e Astenosfera (camada menos rígida, de onde provém a lava). O Manto Inferior (também chamado Mesosfera) apresenta-se mais denso e rígido que a camada anterior. • Núcleo: Também chamado de Nife (Niquel e Ferro) por conta da sua composição. O núcleo é responsável pela geração do campo magnético terrestre e sua temperatura é acima de 6.000°C. Recorte mostrando as diferentes camadas da Terra

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GEOGRAFIA (AULA 05) – CAMADAS DA TERRA E TECTÔNICA DE PLACAS

1. CAMADAS DA TERRA A Terra está dividida em 3 camadas básicas, de onde partem suas subdivisões: • Crosta: A crosta, que forma a maior parte da Litosfera (camada sólida mais externa da Terra) tem uma extensão variável de acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. A crosta é subdivida em dois elementos: A parte externa compreendendo o solo e o subsolo é chamada de Sial (Silício e Alumínio), com predominância de rochas sedimentares e magmáticas. A camada mais interna chama-se Sima (Silício e Magnésio) e é onde há predominância das rochas basálticas. • Manto: É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Sua composição pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos. O Manto Superior é uma parte do manto menos densa e rígida, divida em: Litosfera (camada superior mais rígida, que se extende além da crosta até o manto superior) e Astenosfera (camada menos rígida, de onde provém a lava). O Manto Inferior (também chamado Mesosfera) apresenta-se mais denso e rígido que a camada anterior. • Núcleo: Também chamado de Nife (Niquel e Ferro) por conta da sua composição. O núcleo é responsável pela geração do campo magnético terrestre e sua temperatura é acima de 6.000°C.

Recorte mostrando as diferentes camadas da Terra

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2. TECTÔNICA DE PLACAS

• Teoria da Deriva Continental: A teoria da Deriva Continental foi proposta em 1912, pelo cientista alemão Alfred Wegener, que afirmava que há milhões de anos havia um só continente chamado Pangéia que era cercado por um só oceano denominado Pantalassa. Segundo a Deriva Continental, a Pangéia teria se rompido vagarosamente dividindo-se em dois continentes denominados Laurásia, localizado ao norte, e Godwana, localizado ao sul. Baseando-se nos perímetros africanos e brasileiros, foi observado que esses poderiam se encaixar perfeitamente, dando a confirmação de que os continentes se romperam e que continuaram a formar novos continentes, resultando no que percebemos nos dias de hoje.

Como conseqüência destes rompimentos, os oceanos também sofreram divisão obedecendo às transformações provocadas pelas massas dos novos continentes. Dando sustentação a essa teoria, fósseis de igual espécie foram encontrados em diferentes continentes. Pelas características da espécie era possível afirmar que estes não conseguiriam atravessar o oceano Atlântico para chegar ao outro continente a menos que fizessem parte de um mesmo continente, há milhões de anos. A teoria da Deriva Continental deu lugar à teoria da Tectônica de Placas que, além de consolidar as idéias de Wegener conseguiu explicar como esse processo ocorreu. Com o mapeamento das dorsais marinhas, que coincidem com áreas de vulcanismo e de terremotos, criou-se a teoria que a crosta terrestre está dividida em placas, que interagem uma com as outras, gerando o mais variados fenômenos.

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• Teoria da Tectônica de Placas: Essa teoria presume que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera, está dividida em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais sobre a astenosfera. Existem placas de “transportam” continentes e outras que estão submersas compondo parte dos assoalhos dos oceanos. Essas placas deslocam-se, deslizando sobre o manto pastoso. Os movimentos das placas acontecem devido às “correntes de convecção” que ocorrem na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera). Essas correntes de convecção são causadas pelo movimento ascendente dos materiais mais quentes do manto (magma) em direção à litosfera. Ao chegarem à base da litosfera, esses materiais tendem a se movimentar lateralmente e depois descem novamente, por causa da perda de calor, dando lugar a novo material aquecido. Este ciclo faz com que a litosfera, que está dividida em placas, se movimente.

Movimentação das Placas Tectônicas

Atualmente considera-se a existência de 12 placas principais que podem se subdividir em placas menores. Elas são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana, Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e Placa Caribeana.

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Os movimentos entre as placas podem ser: Convergentes – quando as placas se movem uma em direção à outra; Divergentes – se dá quando as placas estão se separando uma da outra. Existem seis tipos de limites entre placas: A) Convergente entre Placa Oceânica e Placa Continental – Ocorre quando uma Placa Oceânica colide com uma Placa Continental. A Placa Oceânica, por ser mais densa, mergulha sob a Placa Continental (movimento de subducção). Este movimento é o causador da formação de fossas oceânicas e de abalos sísmicos no limite entre placas continentais e oceânicas. Exemplo: Fossa do Chile no limite entre as placas de Nazca e Sul-americana. No limite dessas placas também ocorrem vulcões, como resultado da ascensão do magma na zona de subducção. B) Convergente entre Placa Continental e Placa Continental – Ocorre quando uma Placa Continental colide com outra Placa Continental. Como as placas não têm diferença de densidade, não há subducção. A consequência é a formação de cadeias de montanhas na zona de choque entre as placas. O exemplo mais conhecido é o choque da placa Euro-Asiática com a indiana, que deu origem à Cadeia dos Himalaias. Ainda hoje essas placas se empurram mutuamente, originando terremotos na região. C) Convergente entre Placa Oceânica e Placa Oceânica – Quando duas placas oceânicas colidem, a mais densa mergulha sob a menos densa, desenvolvendo tensões capazes de causar abalos sísmicos violentos. Nessas zonas formam-se arcos vulcânicos, como nas ilhas Marianas (placa do Pacífico e placa das Filipinas), por exemplo. Na zona de subducção entre essas placas também formam-se fossas oceânicas (mais profundas do que as formadas no limite entre placas oceânicas e continentais). D) Divergente entre Placa Oceânica e Placa Oceânica – Ocorrem no afastamento entre duas placas oceânicas. Na zona de divergência entre essas placas, ocorre a formação de cordilheiras oceânicas (chamadas cristas ou dorsais oceânicas). Nesses limites está sendo criada nova crosta oceânica a partir de magma vindo do manto, que causa o afastamento das placas tectônicas. 10% dos abalos sísmicos na Terra ocorrem neste alinhamento dos fundos oceânicos. E) Divergente entre Placa Continental e Placa Continental – Quando duas placas continentais se afastam, a expansão da crosta forma os rift valleys (vales de afundamento). Exemplo: há milhões de anos, a Placa Africana começou a dividir-se (divisão esta que ainda não se concluiu), mas da qual existem “cicatrizes” que constituem atualmente o Rift Valley Africano. A atividade tectônica nesta zona é responsável pelos abalos sísmicos na região. F) Deslizamento entre duas placas – Ocorre quando as placas deslizam entre si, originando uma forte tensão e, consequentemente, uma excessiva atividade sísmica. Exemplo: falha de Santo André, na Califórnia, entre as placas Pacífica e Norte-americana.

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Esquema mostrando os diferentes tipos de movimentos e limites entre placas tectônicas

FONTE: INFOESCOLA. Geografia e Geologia – Placas Tectônicas: http://www.infoescola.com/geografia/placas-tectonicas/ INFOESCOLA. Geologia – Zonas de Subducção: http://www.infoescola.com/geologia/zona-de-subduccao/ UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Observatório Sismológico – Instituto de Geociências. A Teoria da Tectônica de Placas: http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=63&Itemid=76&lang=pt UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Departamento de Zoologia. Deriva Continental – Tectônica de Placas: http://zoo.bio.ufpr.br/diptera/bz023/tectonica.htm DICAS DE SITES: http://www.miniweb.com.br/geografia/artigos/geologia/caracteristicas_planeta1.html http://www.submundos.com/forum/natureza/estrutura-interna-da-terra/