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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS

GERAIS SOBREGOIÁS E GOIÂNIA

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Didatismo e Conhecimento 1

GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

GOIÁS NA CONTEMPORANEIDADE: SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA E TRANSPORTE.

Situação PolitícaGoiás desenvolve programas específicos à indústria como o

Produzir e o Funmineral, que além de incentivar a implantação, expansão ou revitalização de negócios, acreditam no potencial de desenvolvimento tecnológico sequente às cadeias por eles servi-dos. O Estado trabalha também em parcerias com o governo fede-ral para aplicar recursos do Fundo Constitucional de Financiamen-to do Centro-Oeste, gerando impactos dinâmicos na diversificação e modernização da estrutura produtiva. Mais ainda, desenvolve projetos de cooperação internacional para estimular a instalação de novos empreendimentos no Estado, ao passo que promove os pro-dutos goianos na pauta de exportação brasileira para outros países.

Périodo “Marconismo”O período que chamamos de “Marconismo” é caracterizado por

um absoluto personalismo do poder estatal, uma agressiva política de comunicação e um projeto político focado nos programas assis-tências de renda direta. O “Marconismo” tem a seu favor uma estru-tura que independe do sufrágio eleitoral, que consiste nas estrutura de regulação do poder, que hoje, são praticamente dominadas pelos idealistas do “Marconismo” ou seja, TCM e TCE, além do TJG.

Mesmo fora do poder, o “Marconismo” possui nestes órgãos pessoas ligadas diretamente ao atual Governador. A maior prova deste poder antigoverno ocorreu entre 2006 e 2010: Período em que o “Marconismo” não estava à frente do executivo Estadual mas, de certa forma, era capaz de “dar as cartas” nos bastidores.

Por outro lado, o poder, com seu caráter efêmero, também é meio padrasto, se quisermos lembrar bem o “Irismo” que era am-parado por estruturas parecidas. De certa forma o “Marconismo” transferiu parte de seu poder de influência para dentro dos órgãos de regulamentação pública e justiça, e isso faz diferença porque se con-tinuar se desgastando, não de forma administrativa, mas se colorin-do de Governo Corrupto, pode ser que, por medo ou por bom senso, o “Marconismo” se enfraqueça também fora da Esfera Estatal.

Para que ocorra o sustentável desenvolvimento econômico e social, é preciso bastante vontade política em promover políticas que viabilizem o constante progresso do processo produtivo agro-pecuário, industrial, comercial e de serviços no Estado.

Situação Socio-EconômicaA agropecuária goiana tem grande importância no cenário

econômico nacional, Quase metade do território goiano é formada por latifúndios rurais, ou seja, propriedades com mais de mil hec-tares, uma vez também que sua produção de carnes e grãos impul-siona a exportação estadual. Goiás é um dos maiores produtores de tomate, milho e soja do Brasil. Responsável por 33% da produção nacional de sorgo, Goiás é o principal produtor desse grão no país. Outros cultivos importantes são: algodão, cana-de-açúcar, café, ar-roz, feijão, trigo e alho.

A pecuária, por sua vez, está em constante expansão. O estado possui, atualmente, o terceiro maior rebanho bovino do país. O aspecto negativo com relação à agropecuária é que ela é a principal atividade responsável pela destruição do bioma Cerrado, visto que desencadeia constantes desmatamentos e degradação do solo.

Agropecuária e PecuáriaA indústria goiana é responsável por 27% do PIB regional, esse

setor da economia vem se diversificando constantemente. A cidade de Goiânia, capital do estado, abriga boa parte dos complexos indus-triais. Outras cidades que se destacam são: Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão, Rio Verde e Itumbiara. O Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) possui o maior polo farmoquímico da América Latina, abrigando também, indústrias alimentícias, automobilísticas, têxteis, além de possuir o único porto seco brasileiro.

Goiás também possui reservas minerais. Entre essas, desta-cam-se os municípios de Minaçu (extração de amianto), Niquelân-dia e Barro Alto (níquel), além de Catalão (fosfato).

IndústriaO turismo é outra atividade de fundamental importância para

a economia goiana. As cidades de Caldas Novas e Rio Quente, principais estâncias hidrotermais do país, atraem milhares de visi-tantes. O turismo histórico é cultuado na Cidade de Goiás (Goiás Velho), Corumbá e Pirenópolis. Na região da Chapada dos Veadei-ros e do Rio Araguaia, o turismo ecológico é proporcionado.

Energia, Saúde e Saneamento em Goiás:O Estado de Goiás possui atualmente 93 empreendimentos

geradores de energia elétrica, que, somados, geram 10.457 MW de potência. Desse total, 83,8% são gerados por usinas hidrelétricas, 12,7% por usina termelétrica, 3,5% pelas PCHs e 0,04% pelas CGH. Estão em construção outros 5 novos empreendimentos de geração de energia com potência total de 708 kW e mais 18 com sua outorga assinada. As condições topo-hidrológicas do Estado de Goiás são extremamente favoráveis à implantação de usinas hidrelétricas.

Outro fator substancial para o desenvolvimento é a saúde que em pleno século XXI, na era de doenças como depressão, estresse e outras do gênero, pessoas ainda morrem com dengue, tuberculo-se, doença de chagas, desinteria (crianças). Devido a problemas de higiene e saneamento, desde o século XIX, esses malefícios deve-riam ter desaparecido, mas refletem o baixo índice de saneamento básico disponível para a população, que em diversos casos não tem acesso à rede de esgoto, questão básica de saneamento.

Infraestrutura- Rodoviária e FerroviasA malha rodoviária goiana é composta de 25 mil km de rodo-

vias dos quais, 53,2% são pavimentados. As principais rodovias federais do Estado são a BR-153 que atravessa toda sua extensão ligando o norte ao sul do País, a BR-060, que liga Goiânia a Bra-sília e ao sudoeste goiano e a BR-050, que liga o Distrito Federal ao sul do Brasil.

Goiás também dispõe de 685 km da Ferrovia Centro-Atlânti-ca que atende a região do sudeste do Estado e o Distrito Federal. A Ferrovia Norte-Sul, em construção, com o papel fundamental de mudar o perfil econômico do Brasil Central, terá em território goiano 1.200 km, onde atravessará as regiões norte, central e o pujante sudoeste do Estado de Goiás.

EducaçãoA educação é um dos fatores determinantes para o processo de

desenvolvimento de qualquer região. Em Goiás isso não é diferen-te. A presença de números expressivos nas diversas fases do ensino reforçam a preocupação do governo quanto ao desenvolvimento local, mas não garante que este processo de bem-estar e de capaci-tação esteja acontecendo.

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Didatismo e Conhecimento 2

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Goiás apresenta, no aspecto quantitativo de ensino, índices avançados de educação o que colabora para o seu processo de de-senvolvimento econômico e social. No entanto, quanto à qualidade do ensino oferecido ainda o caminho é longo a ser percorrido, não obstante a todos avanços conseguidos.1

Memória e história da educação em GoiásEsse é um exercício breve de reflexão e aproximação da his-

tória da educação em Goiás, de certa forma, um exercício historio-gráfico de apreensão da memória histórica da educação em Goiás a partir da leitura de textos sobre educação produzidos, em sua maioria, sobre a época dos anos 1930 e 1940.

Importa para esse trabalho, confrontar a historiografia e as fontes utilizadas, quais sejam artigos de periódicos e regulamen-tos da instrução pública. Objetivando inicialmente uma discussão teórica sobre a relação entre memória e história e passando em se-qüência a um mapeamento da historiografia da educação em Goiás relativa ao período indicado.

A dificuldade de tratar a questão da memória reside no fato de que tal discussão engendra a necessidade de deslocamento no tempo, por sua vez, o tempo histórico carrega uma dimensão de sentido, não equivalendo ao tempo da memória, que é captado na externalidade do vivido. Certeau (2002), Lacerda (1994), Halbwa-chs (1990), Ricoeur (2007), Mastrogregori (2006), entre outros, são referências importantes para se pensar essa relação entre his-tória e memória.

Inicialmente é preciso partir do suposto que memória e histó-ria são formas distintas de representação do passado. Para Certeau (2002) a operação histórica relaciona-se à combinação do lugar social, de práticas científicas e de uma escrita. Segundo o autor, fazer história é uma prática, e a operação de apreensão de um ob-jeto e sua inserção no tempo é o que ele denomina de ato historio-gráfico. Para Certeau, esse processo de inserção de um objeto no tempo demanda comparação com objetos anteriores e posteriores. Na história, o objeto histórico sobre o qual o pesquisador debruça-se é a fonte. Importa dizer que, segundo a perspectiva de história engendrada pelo autor, o objeto é sempre um construto a partir do qual a operação historiográfica se realiza historicizando o presente.

Lacerda (1994) em suas análises sobre história, narrativa e ima-ginação histórica realiza uma discussão da polaridade existente en-tre história narrativa e história científica. Lacerda toma em análise os trabalhos de Braudel, que identifica o relato factual a uma ence-nação, conferindo ao discurso historiográfico elementos alegóricos.

Halbwachs (1990) por sua vez contribui para essa discussão apresentando a problemática da construção das memórias coleti-vas. Para ele é importante ressaltar que a memória é prisioneira de um quadro histórico, e que as memórias individuais só são possí-veis por estabelecerem relações com os acontecimentos históricos. Partindo desse suposto, a história não é um referencial de alteri-dade em relação à memória; pois, a história é uma escrita que se apresenta roteirizada, e cujos acontecimentos são apreendidos, no tempo e no contexto social, pelos grupos.

Segundo Halbwachs (1990, p. 81), seguramente, “um dos ob-jetivos da história pode ser, exatamente, lançar uma ponte entre o passado e o presente, e restabelecer, essa continuidade interrompi-da”. Os quadros de referencialidade histórica são o que Halbwachs 1 Fonte: www.prezi.com – Por Ingrid Mylena

denomina de memória histórica, a qual, segundo ele, constitui-se a partir de um processo de negociação entre os atores sociais. A memória histórica funda-se nas representações coletivas. O autor destaca que a história pode apresentar-se como a memória univer-sal do gênero humano. Mas não existe memória universal. Toda a memória coletiva tem por suporte um grupo limitado no espaço e no tempo. Não se pode concentrar num único quadro a totalidade dos acontecimentos passados senão na condição de desligá-los da memória dos grupos que deles guardavam a lembrança, romper as amarras pelas quais participavam da vida psicológica dos meios sociais onde aconteceram, de não manter deles senão o esquema cronológico e espacial. Não se trata mais de revivê-los em sua realidade, porém de recolocá-los dentro dos quadros nos quais a história dispõe os acontecimentos, quadros que permanecem exte-riores aos grupos, em si mesmos, e defini-los, confrontando-os uns aos outros. (HALBWACHS, 1990, p. 86)

A história em seu processo de constituição recorre à memória, e é preciso recorrer à abstração para apreender essas relações que se instituem entre história e memória. A memória é sempre refe-rente a um grupo, e a história, por seu turno, estabelece-se a partir de um quadro histórico.

Refletindo acerca da escrita historiográfica Ricoeur (2007) problematiza a historiografia como um jogo de interpretações. Ao mesmo tempo em que o autor indica a escrita como antídoto para a história aponta que a mesma pode ser percebida como veneno, pois a escrita é uma memória artificial e se configura como uma tradução da memória do vivido. “Ora, é à memória verdadeira, à memória autêntica, que a invenção da escrita e de todas as drogas aparentadas é oposta como uma ameaça”. (RICOEUR, 2007, p. 151). Nesse sentido, a transformação da memória em escrita ao invés de remédio pode ser veneno, pois pode provocar o esqueci-mento do passado ou a dúvida sobre a verdade histórica.

Partindo desse princípio, a história pode atestar possibilidades de verdade em relação ao acontecimento histórico. O autor contra-põe os escritos narrativistas ao discurso historiográfico. De certa forma, essa valorização da narrativa relaciona-se ao processo de valorização da memória.

[...] a interpretação depende, antes, da reflexão segunda sobre o curso total dessa operação; ela reúne todas as fases, enfatizan-do assim, simultaneamente, a impossibilidade da reflexão total do conhecimento histórico sobre si mesmo e a validade do projeto de verdade da história nos limites de seu espaço de validação. (RI-COEUR, 2007, p. 347).

Embora a memória possa ser considerada como algo ins-titucionalizado, um corpo estruturado de acontecimentos, ela é apreendida também como interpretativa. Para Mastogregori (2006, p. 68), por exemplo, a historiografia é “uma das expressões da tra-dição de lembranças”. O autor sugere que as análises destinadas aos estudos historiográficos tomem um campo histórico mais am-plo e englobem o que ele conceitua como uma produção funda-mentada na “tradição das lembranças, nas “ações da memória e do esquecimento, de conservação e de destruição” (p. 68), ou seja, o modo pelo qual as lembranças são transmitidas ou perdidas. Essa tradição das lembranças vincula-se à relação existente entre a so-ciedade e seu passado. Relação esta que “resolve-se com eventos que modificam a experiência do passado de um grupo social, que transmitem ou destroem seu valor, seus conteúdos ou sua simples expressão literal, mais ou menos deliberadamente” (p. 69).

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A história de Goiás foi construída a partir de representações pautadas na perspectiva da decadência, do atraso e do isolamento.

Até a Primeira República, o interior do Brasil, no qual Goiás situa-se, era representado pelo imaginário social como lugar dis-tante, de difícil acesso, com poucas condições para o desenvolvi-mento de uma vida civilizada. Uma constatação pertinente acerca da história de Goiás é que a mesma foi construída a partir de uma compreensão centrada na decadência, no atraso e no isolamento, tendência inaugurada por Silva e Souza (1978). Essa noção de decadência é representada pela historiografia como sinonímia da situação econômica e dos índices de extração aurífera.

A questão da construção da decadência é tratada por Chaul (2002), que toma como objeto “as representações expressas nas imagens e análises tecidas em torno de Goiás” (p. 21). O histo-riador destaca que a decadência transfigurou-se em um concei-to que se tornou explicativo da realidade econômica e social de Goiás no período pós-mineratório. Chaul procura evidenciar que essa concepção foi fruto do olhar dos viajantes europeus que ao observarem Goiás, durante o período de esgotamento do ciclo do ouro, vislumbravam o lugar a partir de suas matrizes européias de compreensão da realidade. Acerca do trabalho de Chaul é interes-sante destacar que:na sociedade goiana do pós-mineração, houve o esgotamento de uma forma de produção e a sua substituição por outras atividades econômicas sem que isto tenha implicado em de-cadência propriamente dita; tentamos mostrar, também, que essa transformação provocou mudanças na sociedade, com os desloca-mentos de grupos sociais ligados às antigas e às novas atividades econômicas. Nesse contexto, sedimentou-se um universo cultural próprio do homem do sertão, do roceiro, do camponês e do índio, distante dos padrões europeus e difícil de ser compreendido pelos viajantes do Velho Mundo. (CHAUL, 2002, p. 24).

Seu trabalho pode ser considerado inovador na medida em que rompe com uma compreensão negativa atribuída a Goiás pela historiografia, que, segundo ele reproduz a representação da deca-dência, porém, o autor, em suas análises não confronta a produ-ção historiográfica com fontes documentais, construindo sua tese muito mais a partir das interpretações historiográficas do que pela pesquisa documental.

Importa apreender a maneira pela qual o campo educacional em Goiás realizou a gestão dos acontecimentos referentes a essa relação presente e passado, por meio do registro escrito dos even-tos relativos às políticas e práticas educacionais concernentes à primeira metade do século XX no Estado de Goiás.

História e historiografia da educação em GoiásO campo da historiografia da educação no Brasil conta, segun-

do Saviani (2007), com pouco mais de meio século de existência. Em Goiás, essa produção é constituída de poucos trabalhos de re-ferência, dentre os quais é possível destacar Silva (1975), Bretas (1991), Brzezinski (1987), Canesin e Loureiro (1994) e Nepomu-ceno (1994, 2003).

O trabalho de Silva (1975), Tradição e Renovação Educacio-nal em Goiás, foi pioneiro na apreensão da educação goiana sob o olhar da história, propondo-se a investigar a forma pela qual a escola elementar desenvolveu-se em Goiás, e que circunstâncias contribuíram para isso.

O trabalho de Bretas (1991) intitulado História da Instrução Pública em Goiás abarca quase dois séculos de história, que vão de 1787 ao final da década de 1960, descrevendo a educação em Goiás nos períodos colonial, imperial e republicano.

O trabalho de Brzezinski (1987) abrange o mesmo período estudado por Bretas (1991), recortando, porém, a história da for-mação de professores das séries iniciais no Estado de Goiás. Por sua vez, Canezin e Loureiro (1994) investigam a constituição his-tórica da Escola Normal em Goiás desde suas origens, no final do império, até a década de 1970.

Nepomuceno (1994, 2003) contribui para a construção dessa historiografia com a publicação de dois trabalhos A ilusão Pedagó-gica (1930-1945): estado, sociedade e educação em Goiás (1994) e O papel político-educativo de A Informação Goiana na constru-ção da nacionalidade (1993). Ambos esforçam-se em apreender os entrelaçamentos existentes entre o projeto político de desen-volvimento econômico e social do Estado de Goiás e as propostas educacionais implementadas nas primeiras décadas do século XX.

A priori é possível inferir que as mudanças em curso ao longo da primeira metade do século XX no Estado de Goiás, tais como a subs-tituição de uma economia mineradora por uma de base agropastoril, implantação da estrada de ferro, a transferência da capital, a Marcha para Oeste, e o incentivo governamental à ocupação das terras do Centro-Oeste contribuíram para uma transformação no que concerne às políticas voltadas à instrução pública no Estado de Goiás.

Os currículos propostos e proposição de métodos de ensino presentes na legislação educacional vigente no período em Goiás demonstram uma tentativa, ao menos no plano discursivo, de su-peração da escola tradicional.

Nas primeiras décadas do século XX, no que tange à educa-ção, o sistema educacional no referido estado era bastante inci-piente, havia obrigatoriedade de escolarização para as crianças com idades de 7 a 14 anos, que deveriam frequentar escolas públi-cas ou particulares, ou ainda, serem instruídas em casa por suas fa-mílias. Segundo Silva (1975), o provimento do ensino em família, figura na história da educação em Goiás como uma modalidade de instrução elementar que prevalece nas duas primeiras décadas do século XX, configurando-se como uma “verdadeira instituição” (p. 50). A autora registra que essa modalidade tornou-se uma caracte-rística do ensino nas zonas rurais em Goiás, nas quais o professor, designado como mestre-escola, recebia uma mensalidade referente ao ensino ministrado a cada aluno.

Nos documentos pesquisados até o presente momento não foi possível constatar a ocorrência nas décadas iniciais do século XX de preocupações por parte do poder público referentes à educação de crianças residentes no meio rural, embora se possa supor que grande parte da população de Goiás residisse no campo e não fosse alfabetizada, visto que, segundo Paiva (2003), em Goiás, cerca de 98% da população do Estado era analfabeta com base nos dados do Censo de 1920.

Sobre os anos iniciais do século XX em Goiás, Silva (1975) destaca que o desenvolvimento de um sistema de ensino público era dificultado por fatores como: baixa remuneração dos professo-res, evasão escolar, isolamento da capital de Goiás em relação aos grandes centros e aos povoados do interior do Estado, desqualifi-cação docente, desorganização didático-administrativa e mingua-dos recursos a serem destinados à instrução pelos cofres públicos, fatores que levavam inúmeras vezes à supressão de escolas. De acordo com Silva (1975, p. 47)

Nada parecia favorecer ao desenvolvimento e aperfeiçoa-mento do ensino vigente, nem mesmo as sucessivas reformas que amiúde ocorriam. Inúmeras foram as administrações que se empe-nharam em elaborar um regulamento da instrução ou modificar o

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existente. Medidas louváveis houve, como a criação do Lycêo, do Seminário Episcopal e a abertura de uma Escola Normal. Foram empreendimentos pioneiros de especial significado, lançando se-mentes das quais germinariam muitos dos benefícios futuros. Na realidade, porém, o ensino somente sofreria um impulso conside-rável após as duas primeiras décadas do século XX, quando a me-lhoria das vias de comunicação permitiria que, paulatinamente, se aproximasse Goiás do resto do País (Grifado no original).

No que concerne à interferência de idéias oriundas de outros Estados da federação referentes a métodos e processos de ensino, pode-se dizer que Goiás contou fortemente com a influência dos Estados de São Paulo e Minas Gerais.

O padrão das escolas paulista e mineira prevaleceu desde os primeiros tempos, fato que encontra explicação na própria inci-piência educacional de Goiás (impotente ainda para tentar o seu modelo) e no renome que, entre nós, usufruía o ensino daqueles Estados (SILVA, 1975, p. 238).

Em artigo publicado na Revista Informação Goiana, no ano de 1917, Victor de Carvalho Ramos analisa a situação do sistema de ensino em Goiás à época, evidenciando o descaso do poder pú-blico em relação aos níveis secundário e primário. A matéria dá destaque ao papel assumido pelas instituições de ensino mantidas pela iniciativa privada. Tal artigo tenta justificar que se Goiás se destaca como o Estado com o maior índice de analfabetismo do país é porque os gastos com instrução pública são insuficientes, e que as únicas instituições mantidas pelo governo eram o curso secundário do Liceu e o curso anexo à Escola Normal, destinado à educação primária, subvencionando ainda o Colégio Santana. Embora Ramos pinte um quadro caótico no que diz respeito à or-ganização de um sistema público de instrução do Estado de Goiás, faz referências à existência de estabelecimentos de ensino priva-dos que cumprem, segundo ele, com êxito sua função pedagógica.

Assim é que em Goias, onde a instrução primaria ficou sob os auspicios dos municipios, se contam numerosos estabelecimen-tos de ensino particular, alguns dos quais modelados pelos grupos escolares de Minas e S. Paulo e obedecendo aos mais rigorosos principios de moderna Pedagogia. (RAMOS, 1917, p. 47)

Nesse artigo, Ramos destaca as instituições privadas de ensi-no de Porto Nacional, Rio Verde, Curralinho, Formosa, Bela Vista, Catalão, Ipameri e Pirenópolis.

Merecesse o longinquo e olvidado coração do Brasil mais um pouco de consideração por parte do governo federal e dos nossos representantes no Congresso, que bem podem dota-lo de vias rapi-das de comunicação com os centros cultos do país, e ele ofereceria á minha grande Patria o fruto dos braços e da inteligencia de seus filhos, os quais, se pouco ou nada oferecem ou produzem até aqui, é que não podem operar milagres.(1917, p. 48).

Ramos (1917) ponderava em seu texto que embora conside-rado esquecido e distante do restante do país, Goiás, com a cola-boração da iniciativa privada no âmbito da educação, avançava de forma bastante auspiciosa, refletindo em seus cursos a influência de Estados como Minas Gerais e São Paulo, e contemplando em seus currículos elementos de uma pedagogia de vanguarda.

É possível supor que essa influência apresente relação com a hegemonia econômica e cultural do Estado de São Paulo sobre os outros Estados. Essa é uma hipótese apontada por Saviani (2004, p. 23), que afirma:

Considerando-se que o estado de São Paulo detinha a hegemo-nia econômica, dada sua condição de principal produtor e exporta-dor de café e, com a República, alcançou também a hegemonia polí-tica posta em prática com a ‘política dos governadores’, a ele coube dar a largada no processo de organização e implantação da instrução pública, em sentido próprio, o que se empreendeu por meio de uma reforma ampla da instrução herdada do período imperial.

A influência do pensamento paulista pode-se ser interpretada, de certa forma, como uma tentativa de reorganização do sistema de ensino em Goiás. Os documentos evidenciam que ao final da dé-cada de 1920, houve um acordo entre os governos de Goiás e São Paulo, que culminou com a diligência de um grupo, de técnicos em formação de professores, que veio ao Estado de Goiás encarregado de assumir por um período de dez meses a administração da Escola Normal e reformar o ensino normal e o ensino primário estaduais. O episódio que marca a vinda desses professores ao Estado, no ano de 1929, é conhecido como Missão Pedagógica Paulista.

Importa afirmar que a Seção Pedagógica do Correio Oficial foi um veículo de comunicação que se destacou por ser a primei-ra publicação educacional de Goiás, e por se constituir como um instrumento importante de divulgação das idéias dos educadores paulistas no Estado. Foi um suplemento destinado a difundir o ideário pedagógico escolanovista no Estado de Goiás decorrente das discussões e debates suscitados pela missão pedagógica.

Em artigo publicado na Seção Pedagógica, o chefe da missão pedagógica, Humberto de Souza Leal, expressa preocupações refe-rentes ao que, segundo ele, constitui-se como o maior problema da educação no país: o analfabetismo. Leal destaca que José Gumercin-do Marques Otéro, Secretário do Interior, designado pelo Presidente do Estado Alfredo Lopes de Morais para resolver assuntos referen-tes à instrução pública, empenhou-se de maneira árdua em resolver a situação educacional em Goiás, realizando o governo goiano uma ação “carinhosa” em benefício da educação popular. Dentre as ações propostas por Otéro para a instrução em Goiás, Leal chama atenção à vinda dos professores paulistas, os quais vieram colaborar para o preparo dos professores do Estado. A contribuição dos professores integrantes da Missão Pedagógica Paulista, segundo Leal, seria ofe-recer aos professores goianos o domínio metodológico que condu-ziu São Paulo à liderança da instrução nacional.

No mesmo número da Seção Pedagógica do Correio Oficial, a professora Ophélia Sócrates do Nascimento, Diretora do Grupo Escolar de Goiás, apresenta artigo sobre as qualidades inerentes à função do professor, quais sejam: ter vocação, ser abnegado, ser alegre, ser justo, ser bom e ser paciente.

A professora afirma que a grandeza de um país tem relação com a educação de seu povo, e que essa tarefa é delegada ao pro-fessor. É possível perceber em sua fala uma responsabilização da educação pelo desenvolvimento nacional. Ela compara a docên-cia a uma importante missão. Segundo as metáforas utilizadas por Ophélia Sócrates do Nascimento, quando comparada a educação à arte da lapidação tem-se como operário o professor e como ofi-cina a escola; quando o processo educativo é comparado a uma missão o professor é o sacerdote e a escola passa a ser o templo. Suas idéias seguiam uma lógica segundo a qual a instrução seria o caminho para salvar o Brasil.

De acordo com Rodrigues (2007) essa professora foi uma for-te influência nesse período para a construção de uma nova realida-de educacional em Goiás:

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Muito contribuiu para a construção dessa nova realidade edu-cacional, a professora Ofélia Sócrates do Nascimento Monteiro, formada na Escola Normal de São Paulo e que ocupou o cargo de diretora do Grupo Escolar da Capital. Ao assumir a direção dessa instituição, disseminou entre as professoras primárias da capital algumas concepções acerca de uma pedagogia moderna. Além dis-so, promovia reuniões com o intuito de divulgar os novos métodos pedagógicos entre os docentes do Grupo Escolar, e foi responsável pela realização da primeira experiência de treinamento em serviço dos professores em Goiás. (RODRIGUES, 2007, p. 139).

Ainda em relação à interferência paulista na reorganização do sistema de ensino dos estados brasileiros na década de 1920, Sou-za (2004) informa que:

A disseminação do modelo escolar paulista para outros esta-dos brasileiros foi marcada por ambiguidades envolvendo atração, repúdio e apropriações diversas, e deve-se não somente à hegemo-nia política e econômica de São Paulo em relação aos demais esta-dos da federação, mas também, e sobretudo, à visibilidade e força exemplar dos novos métodos de ensino e instituições de educação pública, sintonizados com as inovações educacionais empreen-didas nos países europeus e nos Estados unidos e estreitamente associadas aos ideais de modernização da sociedade brasileira. Educadores paulistas foram contratados por governos de vários es-tados para participarem do processo de reorganização da instrução pública. Outro expediente utilizado foi o financiamento de visitas comissionadas ao estado paulista. (SOUZA, 2004, p. 118-119).

A leitura da documentação referente à Missão Pedagógica Paulista leva à compreensão de que em Goiás, os profissionais paulistas reorganizaram a Escola Normal, contribuíram para a reestruturação do sistema de ensino, propuseram a elaboração de novos regulamentos de ensino, ministraram cursos de formação docente e cooperaram para a produção e difusão de conhecimentos pedagógicos e práticas de ensino assentados em uma matriz psico-lógica de caráter escolanovista.

É necessário ressaltar, que esses documentos foram testemu-nhos de um dado período histórico, produzidos sob determinadas condições e que devem ser lidos como parte de um processo de memorização constituído no próprio tempo dos acontecimentos, não podendo ser apreendidos como expressão absoluta da verdade, mas como rastros que ajudam a reconstruir o tempo histórico, ou, dito de outra forma, colaboram para a reescrita da memória e da história da educação em Goiás.

De certa forma, é possível dizer que a história da educação em Goiás ainda carece do aprofundamento de estudos que tenham por objetivo deslindar o processo constitutivo do campo da educação neste estado, delimitar o papel desempenhado por cada ator social, desvelar o papel do Estado e dos grupos sociais na construção de uma memória histórica da educação em Goiás.2

SaúdeA questão da saúde pública no Brasil sempre foi considerada

um dos grandes entraves para o seu desenvolvimento econômico. Uma séria faceta da economia da saúde para o estado é represen-tada pelos gastos que ainda não têm surtido um resultado notório e que desconsidera que “A doença resulta não apenas de uma con-tradição entre o homem e o meio natural, mas também e necessa-riamente de uma contradição entre o indivíduo e o meio social” (Singer, 1988;69). 2 Fonte: www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_fi-les/tmFbg39c.doc. – Por Jaqueline Veloso Portela de Araújo

A visão geral da saúde para o homem brasileiro pode nos dar uma prévia de que ainda é necessário reavaliar os caminhos para as verbas destinadas aos programas de saúde pública. Popularmente e historicamente o Brasil foi caracterizado como o espaço de gen-te doente (Silva, 2003). Uma rápida análise pode nos mostrar o quanto se mantém a discrepância entre a produção de riqueza e sua distribuição, colaborando com o desenvolvimento de índices ina-ceitáveis de desenvolvimento humano especialmente em regiões específicas do Brasil, a desigualdade permanece uma constante independentemente da região.

Não há dúvidas de que a condição sanitária está distante do ideal. No entanto é importante observar que tem se proposto uma mentalidade diferente do estado para com a saúde da população. Um dos elementos definidores dessa nova visão do estado para com a saúde pública, sem dúvida, são os gastos públicos direcio-nados para essa pasta e toda uma legislação reguladora da ação dos órgãos gestores em saúde.

As verbas destinadas à saúde têm como fonte o faturamen-to das empresas (COFINS), valores provenientes de fontes fiscais como a CPMF e o lucro líquido. Na esfera municipal os recursos são oriundos do tesouro e recursos transferidos da União que de-vem ser previstos nos fundos de saúde estatal e municipal como receita operacional proveniente da esfera estatal ou federal e utili-zada em ações prevista nos respectivos planos de saúde.

A legislação específica com relação à saúde busca implemen-tar a proposta da Constituição Federal de 1988 que define que:

Saúde é um direito de todos, e dever do Estado, garantido me-diante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (artigo 196).

Além da Carta Magna a Lei Orgânica de Saúde (LOS) e as Normas Operacionais Básicas (NOB) buscam viabilizar e definir estratégias e movimentos táticos que auxiliem na implementação e operacionalização do Sistema Único de Saúde (SUS) possibili-tando uma real atenção ao direito à saúde fundamentada na Cons-tituição.

É preciso nos deter na definição de nosso objeto, para tanto nos apoiaremos na definição de Rosen (1979;77) de que a doença é um processo biológico, mas que depende da relação entre o corpo e o ambiente em que este está incluso, sendo que a atividade social e o ambiente natural são elementos mediadores e modificadores das condições de saúde do indivíduo. O conceito da Organização Mundial de Saúde reconhece, por exemplo, o paradoxo represen-tado pelo fato de um indivíduo ser considerado portador de boa saúde quando é afetado por pobreza, discriminação ou qualquer forma de repressão.

Desta forma a discussão sobre as condições econômicas e so-ciais em que o organismo está inserido são elementos básicos para a compreensão da melhoria dos níveis e condições de vida deste mesmo organismo (como define a LOS - Lei 8080).3

3 Fonte: www.imb.go.gov.br/pub/conj/conj4/03.htm

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Segurança Pública

A Segurança Pública é tema de discussão e preocupação em todo o Brasil, onde as mortes de civis e, sobretudo, policiais mili-tares e policiais civis têm aumentado cada vez mais as estatísticas de violência nos Estados. Não é necessário ir tão distante para ve-rificar esta ocorrência, já que no Estado de Goiás esses números crescem cada dia mais.

Os policiais, assim como os médicos e outros profissionais que lidam diariamente com a vida, não deixam de exercer a sua profis-são, mesmo estando de folga, como mostra um estudo do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que mostra que a morte de policiais fora de serviço é três vezes maior do que exercendo a atividade.

De acordo com esta edição do Anuário, a taxa de PMs mortos fora de serviço no Brasil, desde o ano de 2012, foi de 58,7 homi-cídios a cada grupo de 100 mil habitantes, contra o índice de 17,8 registrado a PMs em diligências. Já os policiais civis mortos nes-ta mesma situação ficou em 42,9 a cada 100 mil habitantes, mais que o triplo do índice de 13,7 verificado com aqueles que estavam em trabalho. Segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública de 2013, em cinco anos (2009-2013) 1.770 policiais foram mortos.

Estes dados se tornam ainda mais palpáveis quando vistos na realidade do Estado de Goiás. Ainda neste ano de 2015 fomos sur-preendidos com diversos amigos e heróis que tiveram a suas vidas e seus sonhos corrompidos pela violência, famílias que ficaram sem um pai, mulheres agora viúvas, mães que perderam os seus filhos para a criminalidade.

Esses nossos guerreiros, em busca de cumprir o seu dever e ju-ramento, cumprem longas escalas de trabalho e se deparam muitas vezes com bandidos muito bem armados.

É a partir disto que devemos pensar, qual é a solução para que possamos nos sentir seguros? Muitos estão pedindo a substituição do nosso Secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, mas não vejo essa atitude como uma saída.

A resposta para combater toda essa violência, tanto contra a sociedade quanto aos nossos policiais, é aumentar o efetivo. Em 1998, Goiás possuía uma população de 5.003.228 para 13 mil po-liciais militares e 6 mil policiais civis, em 2015 a população pas-sou para 6.610.681 para 12.800 policiais militares e 3.100 policiais civis. Com esses dados é notória a mudança que precisa ser feita, novos concursos devem ser abertos para que se aumente o número de policiais, não há como cobrar uma atitude do secretário Joa-quim Mesquita, sem antes resolver a situação do efetivo policial, esta sim é uma das demandas que o nosso Governador e o nosso Estado precisam observar.4

4 Fonte: www.dm.com.br/opiniao/2016/02/seguranca-publica-em-goias.html - Por Venúzia Alencar Chaves - 18/02/2016 às 21:30 PM

ASPECTOS ÉTNICOS, GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, SOCIAIS, CULTURAIS,

ECONÔMICOS, POLÍTICOS E ADMINISTRATIVOS

DO ESTADO DE GOIÁS E DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

A maior parte do território goiano se caracteriza pelo relevo suave das chapadas e chapadões, entre 300 e 900m de altitude. Consiste de grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas cristalinas e sedimentares. Cinco unidades compõem o quadro morfológico goiano: (1) o alto planalto cristalino; (2) o planalto cristalino do rio Araguaia-Tocantins; (3) o planalto sedimentar do São Francisco; (4) o planalto sedimentar do Paraná; e (5) a planície aluvial do médio Araguaia.

Aspectos étnicosA cultura brasileira resulta de uma síntese de influências ét-

nico-raciais, sendo não perfeitamente homogênea, mas sim um mosaico de diferentes vertentes culturais. Sendo assim, podemos considerar os alcances de raízes lusitana, indígena e negra, as quais deixaram suas marcas no âmbito da música, da culinária, do fol-clore, do artesanato e das festas populares. As regiões brasileiras receberam maior ou menor “grau” dessa variedade cultural: por exemplo, os estados da região Norte receberam fortes influências indígenas, enquanto diversas localidades da região Nordeste ti-veram suas formações culturais baseadas na dinâmica africana e, outras, como o que ocorre no Sertão nordestino, tiveram suas cons-tituições culturais resultantes de uma histórica mescla de caracte-rísticas lusitanas e indígenas, com menor participação africana. No Sul do Brasil, as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Gru-pos étnicos como árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contri-buíram também para as formações culturais brasileiras, embora de forma mais limitada.

Em Goiás não foi diferente, ou seja, as vertentes culturais goianas resultam da história do homem no Planalto Central, desde a chegada de seus primeiros habitantes, os indígenas, perpassando pela colonização por portugueses e seus descendentes paulistas, pela atuação de indígenas e africanos escravizados e pela consoli-dação da chamada cultura caipira.

A historiografia goiana nos conta que, após a febre pelo ouro, a sociedade goiana passa a ser constituída por negros escraviza-dos e forros, por decadentes exploradores de ouro, por portugueses e seus descendentes, muitos desses enviados para exercer cargos políticos e religiosos e, pela presença indígena, os poucos que re-sistiram ao extermínio do colonizador. A construção de Goiânia foi efetivada pelas mãos de migrantes que saíram de suas cidades tra-zendo consigo traços culturais e identitários. Dentro do território goiano têm-se expressões dessas culturas, grupos que se espacia-lizam, migrantes que recriam seus costumes formando a heteroge-neidade de práticas culturais.

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Roda de Capoeira – Aparecida de Goiânia: considerada bem cultural pelo Iphan, manifestação recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em 2014

A marcante presença da população negra desde o início da colonização do interior brasileiro possibilitou que a cultura goiana herdasse grande parte de seus saberes, de suas memórias e de suas práticas. Dessa forma, as expressões culturais negras tais como o samba, as congadas, a capoeira, além das práticas religiosas de ma-triz africana, assumiram posições de destaque na composição cul-tural goiana. A respeito dessas manifestações culturais em Goiás é que falaremos a seguir.

O samba se consolida no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Sua origem é fortemente relacionada com o espaço, com o corpo e com a dança acompanhada de pequenas frases me-lódicas. Essa manifestação cultural dos negros era, originalmente, reconhecida como suburbana, marginalizada e até perseguida pela elite ocupante do núcleo central carioca. Em 1935, as escolas de samba foram legalizadas e oficializadas para os desfiles de rua. Em Goiânia, o processo migratório foi fundamental para a existência do samba/carnaval, pois trouxe o carnaval de rua que é recriado principalmente por migrantes do Rio de Janeiro e Minas Gerais e por goianienses que com eles tiveram contato. Apesar de haver certa negação do carnaval como cultura e tradição de Goiânia por parte de segmentos da cidade, ele é real e forte dentre os goianien-ses que se identificam com as práticas carnavalescas.

Já a congada é um ato de manifestação cultural surgida no Brasil a partir da recriação de elementos portugueses e africanos do catolicismo negro aos moldes de cada região brasileira. As fes-tas de devoção a Nossa Senhora do Rosário, incluindo a reverência a São Benedito e Santa Efigênia, realizadas por Reinados e Irman-dades Negras e acompanhadas por Congadas (também denomina-das de Congados, Reis Congos ou somente Congos) constituem uma expressão cultural conhecida no Centro Oeste, no Sudeste e estados do Nordeste brasileiro.

Os congadeiros rememoram e recriam os significados desta expressão cultural que é composta por pessoas negras, brancas e de outros pertencimentos étnico-raciais. Em Goiás, as congadas ocorrem na cidade de Catalão, Goiandira, Pires do Rio, Goiânia, dentre outras. Segundo o mapeamento elaborado pela Universida-de Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, as congadas acontecem nas Vilas João Vaz, Santa Helena e Abajá, no Residencial Itamara-cá e no Setor Campinas.

A Roda de Capoeira, por sua vez, foi registrada como bem cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano de 2008 e recebeu o título de Patrimônio Cultural

Imaterial da Humanidade pela UNESCO em novembro de 2014. A origem e história da capoeira é ainda assunto de debate sendo comumente defendida a ideia de que se trata de uma expressão cultural afro-brasileira que ritualiza movimentos de artes marciais, jogos, dança e música. A capoeira começou a ser difundida em Goiás por duas academias pioneiras fundadas em Goiânia: o terrei-ro de Capoeira Angola e a Academia de Capoeira Regional. Hoje, a capoeira é considerada uma das manifestações culturais negras mais populares praticadas por diferentes grupos em Goiás: os par-ticipantes formam uma roda e revezam tocando instrumentos mu-sicais como o berimbau, cantando e fazendo a luta ritual em pares no centro do círculo, movimentando diferentes espaços urbanos de Goiânia e do interior.

Congada de Catalão: manifestação cultural surgiu no Brasil a partir da recriação de elementos portugueses e africanos do catoli-cismo negro aos moldes de cada região brasileira

As práticas religiosas de matriz africana também estão pre-sentes em diferentes localidades de Goiás. Segundo a indicação de alguns pesquisadores, no Brasil ocorreu um movimento de reinter-pretação das práticas africanas, ou seja, como as práticas religiosas de matriz africana foram sendo marginalizadas, para que se manti-vessem, passaram por um processo de ressignificação. Nesse sen-tido, na cidade de Goiânia, o candomblé, por exemplo, foi formado em meio a um clima de “medo da macumba”, o qual pode ser ob-servado na imprensa religiosa goianiense das primeiras décadas do século XX. Assim, elementos do candomblé já se faziam presentes desde o final da década de 1940 quando a umbanda chegou à capi-tal. Conforme apontam as pesquisas, o conhecido João de Abuque, negro, migrante nordestino e de poucos recursos financeiros, foi o responsável por fundar o primeiro terreiro de candomblé goianien-se. Os terreiros de candomblé que existem atualmente em Goiânia são chefiados, em sua grande maioria, por filhos e filhas ou netos e netas e santo do pai João de Abuque.

Diante de tais manifestações culturais existentes pelo Brasil e, especificamente, em Goiás, podemos considerar que a identidade negra está arraigada à história de seus antepassados [pela memória coletiva], a exemplo das contínuas referências à Zumbi do qui-lombo dos Palmares, especialmente ao longo do mês de novembro (considerado o mês pela consciência negra). A identidade negra brasileira se forma pela ciência da posição de subalternidade de grande parte dos negros brasileiros, mas admite a valorização de sua raça, em seus mais diversos aspectos, evidencia a sua atuação social e política junto ao (re)direcionamento de políticas públicas e considera o legado dos povos negros para a cultura brasileira e, especificamente, a goiana.5

5 Fonte: www.jornalopcao.com.br – Por Fernando Bueno Oliveira

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O alto planalto cristalino situa-se na porção leste de GoiásCom mais de mil metros de altitude em alguns pontos, forma

o divisor de águas entre as bacias do Paranaíba e do Tocantins. É a mais elevada unidade de relevo de toda a região Centro-Oeste. O planalto cristalino do Araguaia-Tocantins ocupa o norte do estado. Tem altitudes mais reduzidas, em geral de 300 a 600m. O planal-to sedimentar do São Francisco, representada pela serra Geral de Goiás (no passado dito “Espigão Mestre”), vasto chapadão areníti-co, caracteriza a região nordeste do estado, na região limítrofe com a Bahia. O planalto sedimentar do Paraná, extremo sudoeste do estado, é constituído por camadas sedimentares e basálticas ligei-ramente inclinadas, de que resulta um relevo de grandes planuras escalonadas. A planície aluvial do médio Araguaia, na região limí-trofe de Goiás e Mato Grosso, tem o caráter de ampla planície de inundação, sujeita a deposição periódica de aluviões.

ClimaDois tipos climáticos caracterizam o estado de Goiás: o tropi-

cal, com verões chuvosos e invernos secos; e o tropical de altitu-de. O primeiro domina a maior parte do estado. As temperaturas médias anuais variam entre 23o C, ao norte, e 20o C, ao sul. Os totais pluviométricos oscilam entre 1.800mm, a oeste, e 1.500mm, a leste, com forte contraste entre os meses de inverno, secos, e os de verão, chuvosos.

O clima tropical de altitude aparece apenas na região do alto planalto cristalino (área de Anápolis, Goiânia e Distrito Federal), onde, por efeito da maior altitude, se registram temperaturas em geral mais baixas, embora o regime pluvial conserve a mesma oposição entre as estações chuvosa de verão e seca de inverno.

HidrografiaA rede hidrográfica divide-se em duas bacias: uma delas é

formada pelos rios que drenam para o rio Paraná; a outra, pelos que escoam para o Tocantins ou para seu afluente, o Araguaia. O divisor de águas entre as duas bacias passa pelo centro do estado e o atravessa de leste a oeste. O limite oriental de Goiás segue o divisor de águas entre as bacias dos rios Tocantins e São Francisco e o divisor de águas entre as bacias do Tocantins e do Paranaíba. Todos os rios apresentam regime tropical, com cheias no semestre de verão, estação chuvosa.

Flora e faunaA maior parte do território de Goiás é recoberta por vegetação

característica do cerrado. As matas, embora pouco desenvolvidas espacialmente, têm grande importância econômica para o estado, de vez que constituem as áreas preferidas para a agricultura, em virtude da maior fertilidade do solo, em comparação com os solos do cerrado. A principal mancha florestal do estado se encontra no centro-norte, na região chamada do Mato Grosso de Goiás, situada a oeste de Anápolis e Goiânia. Essa área florestal é de grande relevân-cia econômica porque apresenta solos férteis, derivados de rochas efusivas. Entre as espécies vegetais predominantes estão o jatobá, a palmeira guariroba, que fornece um palmito amargo muito aprecia-do no estado, o óleo vermelho, ou copaíba, o jacarandá e a canela.

Outras manchas florestais ocorrem nos vales dos rios Paranaí-ba, ao sul; Tocantins, a leste; e Araguaia, a oeste. Boa parte dessas matas, especialmente no vale do rio Araguaia, assume uma for-ma de transição entre o cerrado e a floresta denominada cerradão. Ocorrem aí espécies arbóreas freqüentes na área do Mato Grosso

de Goiás e outras, como o angico, a aroeira e a sucupira-verme-lha. Nas áreas dominadas pelo cerrado ocorrem as espécies típicas: lixeira, lobeira, pau-terra, pequi, pau-de-colher-de-vaqueiro, pau-de-santo, barbatimão, quineira-branca e mangabeira.

A fauna de Goiás tem diversas espécies ameaçadas de extin-ção, quer pela ação predatória dos caçadores, quer pelas queimadas e pelo envenenamento do solo com agrotóxicos. Estão entre elas o lobo-guará, o cachorro-do-mato-vinagre, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, o tatu-canastra, a ariranha e o cervo. Outras espécies são a paca, a anta, o tatu-peludo, o tatu-galinha, o taman-duá-mirim, a lontra, o cachorro-do-mato, a raposa-do-campo, a ca-pivara, a onça, a suçuarana, a onça-pintada, o bugio, a jaguatirica e diversos tipos de serpentes, como a sucuri e a jibóia. Também entre as aves há espécies em extinção, como o tucano-rei, o urubu-rei e a arara-canindé. Há ainda várias espécies de tucanos e araras, além de perdizes, emas, codornas, patos-selvagens, pombas-de-bando, pombas-trocazes, jaós, mutuns e siriemas.

PopulaçãoA região Centro-Oeste caracteriza-se pela baixa concentração

demográfica. No entanto, a partir da implantação de Brasília e da descoberta dos cerrados como nova fronteira econômica, em eta-pas diferentes, dirigiram-se para Goiás grandes fluxos de migran-tes, sobretudo das cidades muito populosas ou das regiões mais pobres do país, em busca de ocupação ou de novas opções de vida. A ocupação de mão-de-obra na montagem da infraestrutura do es-tado — rodovias e hidrelétricas — e na instalação de novas indús-trias permitiu que essa ocupação se desse de maneira mais organi-zada, sem formar os bolsões de miséria e de populações marginais típicos das grandes capitais brasileiras. Com o desmembramento que deu origem ao estado de Tocantins, em 1988, a população de Goiás reduziu-se, mas manteve suas taxas de crescimento e de densidade demográfica. Verifica-se maior concentração populacio-nal na região central do estado, a oeste do Distrito Federal.

A palavra Goiás, originada do tupi, que designa a noção de “pessoas iguais, da mesma raça, parentes”, bem se aplica à soli-dariedade e ao espírito comunitário do povo goiano, comprovados pelas obras sociais abundantes em praticamente todas as cidades do estado, destinadas a socorrer a população carente.

EconomiaAgricultura e pecuáriaO setor agropecuário tem sido tradicionalmente a base da eco-

nomia goiana. Nas três últimas décadas do século XX, Goiás foi uma das regiões de fronteira agrícola mais expressivas do país. Em muitas culturas, como soja, milho, arroz, feijão, tornou-se, naquele período, um dos maiores produtores do país. A principal área agrí-cola e pastoril do estado é a região do Mato Grosso de Goiás, onde se pratica uma agricultura diversificada, com arroz, milho, soja, feijão, algodão e mandioca.

Apesar de possuir o segundo rebanho do país, Goiás observa uma tradição de baixa produtividade, tanto em nível de fertilidade quanto de idade de abate dos animais, idade de primeira parição e produção leiteira. A bovinocultura de corte representa um segmen-to de importância fundamental para a economia do estado, tanto como fonte de divisas, pelos excedentes exportáveis, quanto pelo expressivo contingente de mão-de-obra ocupado nessa atividade. Nos pastos plantados em antigos terrenos florestais (invernadas) engordam-se bovinos, criados nas áreas de cerrado, e mantém-se

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um rebanho de gado leiteiro. O vale do Paranaíba é a segunda re-gião econômica de Goiás e maior produtora de arroz e abacaxi. Cultivam-se também milho, soja, feijão e mandioca. É grande o rebanho de leite e corte.

A soja é o principal produto agrícola do estadoIntroduzida em 1980, a cultura foi aperfeiçoada pela obtenção

de sementes adaptadas ao cerrado e aplicação de calcário e outros elementos para combater a acidez do solo. Com o lançamento de novas variedades de grãos mais resistentes à armazenagem e às pragas, registrou-se forte aumento de produtividade. A cultura do milho é geralmente associada à criação de suínos e ao plantio de feijão. A cana-de-açúcar e a mandioca têm caráter de lavouras de subsistência e servem ao fabrico de farinha, aguardente e rapadu-ra. O extrativismo vegetal inclui babaçu, casca de angico, pequi e exploração de madeira, principalmente mogno.

Energia e mineraçãoA produção e distribuição de energia elétrica no estado está a

cargo das Centrais Elétricas de Goiás (Celg). As principais usinas hidrelétricas do estado são Cachoeira Dourada, São Domingos, ambas da Celg, Serra da Mesa e Corumbá I, ambas de Furnas. Parte da energia produzida por Furnas supere o Distrito Federal e a região Sudeste.

No subsolo de todo o estado existem importantes jazidas de calcário, já medidas e em condições de abastecer todos os muni-cípios goianos, seja qual for o ritmo de crescimento do mercado de corretivos do solo. Há ainda jazidas consideráveis de ardósia, amianto, níquel, cobre, pirocloro, rutilo e argila, além de quanti-dades menores de manganês, dolomita, estanho, talco e cromita. Encontram-se ainda ouro, cristal-de-rocha, pedras preciosas (es-meraldas) e pedras semipreciosas. O estado possui excelente in-fraestrutura para extração de minerais não ferrosos, principalmen-te ouro, gemas, fosfato e calcário, além de minérios estratégicos, como titânio e terras raras.

IndústriaPara tirar partido de sua vocação agrícola e de seus recursos

minerais, a indústria goiana concentrou suas atividades inicial-mente em bens de consumo não duráveis e, a partir da década de 1970, nos bens intermediários e na indústria extrativa. Em meados da década de 1990, o desenvolvimento industrial goiano era ainda incipiente, vulnerável aos constantes impactos negativos da con-juntura econômica nacional. Tal fragilidade reduzia significativa-mente o dinamismo do setor secundário, incapaz de beneficiar-se devidamente das vantagens proporcionadas pela agropecuária e pelas imensas reservas minerais. Observava-se, porém, uma ten-dência à diversificação, principalmente em setores da siderurgia.

Aumentaram consideravelmente os setores da indústria extra-tiva e da produção de minerais não-metálicos, bens de capital e bens de consumo duráveis. Um dos principais ramos industriais do estado, que, no entanto, não acompanhou a tendência ascendente dos outros setores nas três últimas décadas do século XX, foi o da produção de alimentos — fabricação de laticínios, beneficiamento de produtos agrícolas e abate de animais — concentrado nas cida-des de Goiânia, Anápolis e Itumbiara. Setores novos dinamizaram-se nesse mesmo período, como as indústrias metalúrgica, quími-ca, têxtil, de bebidas, de vestuário, de madeira, editorial e gráfica. Um elemento coadjuvante de grande importância ao crescimento

econômico foi a implantação dos distritos industriais, nos muni-cípios de Anápolis, Itumbiara, Catalão, São Simão, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Luziânia, Ipameri, Goianira, Posse, Porangatu, Iporá e Santo Antônio do Descoberto.

Transporte e comunicaçõesNa década de 1970, em consonância com as diretrizes fede-

rais, o estado de Goiás iniciou a implantação dos primeiros corre-dores de exportação, conceito que definiu rotas de transporte des-tinadas a ligar as áreas produtivas a algum porto, com prioridade para os excedentes agrícolas. Posteriormente, essas diretrizes fo-ram aplicadas ao abastecimento, visando a articular os sistemas de armazenagem e escoamento de uma determinada área geográfica, de forma a adequar os fluxos das fontes de produção até os centros de consumo ou terminais de embarque, com destino ao mercado externo ou a outras regiões do país. No estado de Goiás estabele-ceu-se uma rede rodoviária capaz de dar sustentação ao transporte das regiões produtoras de grãos e minerais para os pontos de cap-tação de cargas ferroviárias de Goiânia, Anápolis, Brasília, Pires do Rio e Catalão.

Tal como ocorreu no restante do país, o transporte ferroviário e fluvial em Goiás foi relegado a segundo plano, devido à opção pelo transporte rodoviário. Na área de influência do corredor de exportação goiano, os principais troncos utilizados para atingir os pontos de transbordo ferroviário, sobretudo para a soja e o farelo, são: a BR-153, principal eixo de escoamento do norte de Goiás e de Tocantins, interligado ao ponto de transbordo rodo-ferroviário de Anápolis; a GO-060, que liga Aragarças a Goiânia, numa dis-tância de 388km; a BR-020, que liga o nordeste de Goiás à região oeste da Bahia e a Brasília, onde está instalado outro ponto de transbordo; a BR-060, que liga Santa Rita do Araguaia/Rio Verde a Goiânia; a BR-452, que liga Rio Verde a Itumbiara, importante centro produtor e beneficiador de grãos, e segue até Uberlândia MG, onde está instalada uma rede de armazenagem de grande ca-pacidade; e a BR-364-365, que liga Jataí a Uberlândia e atravessa a cidade de São Simão, outra opção para o escoamento da produção do sudoeste goiano.

Os jornais de maior circulação são O Popular, a Tribuna de Goiás, o Diário Oficial do Estado e o Diário do Município, em Goiânia. Em Anápolis, circulam A Imprensa e Tribuna de Anápo-lis; na antiga capital, Goiás, circula o Cidade de Goiás. Há várias emissoras de rádio em AM e FM. A principal emissora de televisão é a TV Anhangüera, pertencente à Organização Jaime Câmara.

HistóriaQuase um século após o descobrimento do Brasil, os coloni-

zadores portugueses trilharam pela primeira vez as terras de Goiás. Ficaram famosas, entre outras, as expedições de Domingos Rodri-gues (1596), Belchior Dias Carneiro (1607), Antônio Pedroso de Alvarenga (1615) e Manuel Campos Bicudo (1673), além da mais famosa, a de Bartolomeu Bueno da Silva, com seu filho de igual nome, então com apenas 12 anos de idade. Bueno encontrou em pleno sertão a bandeira de Manuel Campos Bicudo, que conduzia presos índios da nação dos araés, cuja área parecera ao bandei-rante extraordinariamente rica em minas de ouro. De acordo com as indicações de Bicudo, para ali seguiu Bartolomeu Bueno, que aprisionou os silvícolas restantes e colheu muitas pepitas de ouro.

Parece datar dessa época o episódio segundo o qual Bueno pedira aos índios que lhe mostrassem o lugar de onde retiravam o ouro empregado em seus adornos. Diante da negativa, o bandei-

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rante despejou aguardente num recipiente e queimou-a, dizendo aos selvagens que o mesmo faria com a água de todos os rios e nascentes, matando-os de sede, se não lhe fosse mostrada a mina. Apavorados, os índios levaram-no à jazida e passaram a chamá-lo de Anhangüera, que significa “diabo velho”, nome com que Bueno e seu filho passaram à história. Depois disso, graças ao sucesso da expedição do Anhangüera e de novas iniciativas dos reis portu-gueses para a descoberta das riquezas do subsolo brasileiro, foram muitas as bandeiras que cortaram, em todas as direções, as para-gens goianas, algumas delas provenientes do Maranhão.

O objetivo das bandeiras era unicamente o descobrimento e a cata do ouro e outros metais preciosos, pois na época um breve papal condenara a escravização do índio, talvez por influência das inúme-ras expedições religiosas que penetraram o solo goiano, a começar pela do frei Cristóvão de Lisboa, que fundou uma missão religiosa na área do Tocantins (1625). As entradas e bandeiras culminaram com a expedição de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhan-güera, que em 1720, juntamente com seus cunhados João Leite Ortiz e Domingos Rodrigues do Prado, requereu a João V licença para penetrar os altos sertões e avançar pelos centros da América, em busca de minas de ouro, prata e pedras preciosas. Pedia em troca a munificência real das passagens dos rios que encontrassem.

No ano seguinte, o capitão-general de São Paulo, D. Rodrigo César de Meneses, mandou chamar Bueno e estabeleceu com ele o ajuste de uma bandeira para localização e exploração da mina de ouro descoberta por seu pai. Em pouco tempo, Bueno arregi-mentou uma poderosa bandeira, que partiu de São Paulo em 3 de setembro de 1722, tomou o rumo do rio Grande e caminhou, sem encontrar tropeços, até o rio Paranaíba. Feita a travessia, desviou-se para o nordeste, pelo espigão do rio São Marcos, e foi atingir a lagoa Mestre d’Armas, poucos quilômetros acima do local onde hoje se ergue Brasília. Em seguida, rompeu o divisor das águas, foi ter às margens do rio Maranhão, ponto onde se cindiu a bandeira: parte dos seus integrantes desceu pelo grande rio, enquanto Bar-tolomeu Bueno e seus seguidores caminharam para o sudoeste, à procura da região dos goiases.

Em 21 de outubro de 1723, após mais de três anos nos cha-padões, serras e matas, quando o governo paulista já cogitava de mandar uma expedição em seu socorro, Bueno regressou e foi exi-bir a D. Rodrigo amostras de ouro de várias minas descobertas.

Febre do ouroA notícia da façanha do Anhangüera levou milhares de brasilei-

ros a enveredarem sertão adentro. Imediatamente, o capitão-general de São Paulo comunicou o fato a D. João V, que respondeu com carta régia de 29 de abril de 1726, na qual deferia todos os pedidos formulados pelos descobridores. Como decorrência, D. Rodrigo Cé-sar de Meneses passou a Bueno e a seu cunhado João Leite Ortiz a carta de sesmaria de 2 de julho de 1726, dando-lhes o direito das passagens de vários rios existentes no itinerário feito, bem como seis léguas de terras de testada à margem dos mesmos rios.

Munido de tais privilégios, Bueno retornou em seguida a Goiás e parou num sítio próximo à serra Dourada, onde encontrou diversas minas e fundou o primeiro povoado em terras goianas, com o nome de Barra, hoje Buenolândia. Achadas depois, a pouca distância, minas mais copiosas, para lá se transportaram os mo-radores de Barra e fundaram, em 26 de julho de 1727, o arraial de Sant’Ana, que mais tarde (1739) tomaria o nome de Vila Boa, corruptela de Vila Bueno, núcleo da cidade de Goiás, sede do go-verno da capitania.

Em 1728 Bartolomeu Bueno assumiu as funções de superin-tendente-geral das minas de Goiás, cabendo-lhe a administração da justiça civil, criminal e militar. Ficava assim constituída a pri-meira organização político-administrativa das terras até então ha-bitadas pelos selvagens. À medida que se iam descobrindo outras regiões auríferas, novos povoados se erguiam: Meia Ponte (hoje Pirenópolis), Ouro Fino, Santa Rita de Anta, Santa Cruz, Crixás, São José, Água Quente e Traíras.

No final de 1733, em virtude de intrigas políticas entre o go-verno de São Paulo e o reino, Bueno foi destituído de suas funções e substituído por Gregório Dias da Silva. A chegada do novo supe-rintendente a Goiás coincidiu com o descobrimento de importantes jazidas, mas a implantação do imposto por capitação em vez dos antigos quintos deu motivo a graves motins e revoltas, sobretudo nas minas do Norte.

Domínio paulistaDurante meio século (1730-1782) houve um só caminho para

Goiás, o das bandeiras paulistas. Estabeleceu-se, em 1736, comu-nicação regular de Vila Boa com o litoral sul, através de Paracatu e São João del Rei, em Minas Gerais, até o Rio de Janeiro. A ex-ploração das minas foi entregue aos paulistas, que dominaram a região e se estabeleceram no alto do Tocantins, predominando no médio Tocantins os contingentes humanos oriundos do norte. A in-terrupção da navegação acarretou o truncamento das relações entre o centro e o norte e a decadência de grande parte das povoações surgidas na zona dos afluentes do Tocantins.

A sociedade que se estruturou nas minas caracterizou-se pelo relaxamento dos costumes e pela violência. Fugitivos por dívidas ou por passado criminal ali se refugiaram. Eram raros os casamen-tos, e predominavam, ao longo do período colonial, as ligações livres. O grande número de escravos, calculado entre 13.000 e 14.000 no ano de 1736, e a falta de mulheres brancas, conduziram à natural miscigenação com as negras. Assim, no final do século XVIII, os brancos representavam a minoria no contexto popula-cional (7.200 num total de cinqüenta mil habitantes), enquanto os mulatos constituíam 31% e os escravos, 41%. A população ma-meluca era inexpressiva, em conseqüência das restrições legais ao amancebamento entre brancos e indígenas, e porque o ódio e ressentimento gerados pela resistência do nativo à escravização impediram a miscigenação.

Capitania de Goiás. Só em 9 de maio de 1748, D. João V des-membrou do governo de São Paulo o território goiano e instituiu a capitania, para a qual nomeou, como governador, D. Marcos de Noronha, ex-governador de Pernambuco e futuro conde dos Arcos. Por esse tempo já se esgotavam as jazidas de ouro, que, se antes era encontrado quase à superfície, agora recuava para o subsolo e para as correntes fluviais, tornando-se de captação difícil. Decaía, dessa forma, a atividade mineira, que durante vinte anos dera lu-cros fabulosos à coroa portuguesa. Com o objetivo de disciplinar a mineração e evitar o esgotamento das jazidas, D. Marcos instituiu novo sistema de arrecadação, restringiu as despesas e construiu as casas de fundição das vilas de Goiás e São Félix.

Em 1754 sucedeu-lhe na administração José Xavier Botelho Távora, conde de São Miguel, e em seguida João Manuel de Melo, que governou de 1759 até 1770 e deu os primeiros passos para a franquia da navegação dos rios Araguaia e Tocantins, como meio de ligar ao resto do Brasil a capitania de Goiás. Em 1772 assumiu o governo José de Almeida Vasconcelos Soveral e Carvalho, barão

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de Mossâmedes e visconde da Lapa, o primeiro a se preocupar menos com o problema da mineração e atentar mais para a admi-nistração da capitania. Estimulou a transferência de trabalhadores para as atividades agrícolas, a catequese dos índios e a instrução pública, e edificou no Araguaia o presídio São Pedro do Sul. Sua linha administrativa foi seguida por Luís da Cunha Meneses, que lhe sucedeu em 1778, em cujo governo foi aberta a navegação da-quele grande rio da bacia Amazônica.

Período de transiçãoNo final do século XVIII o comércio se ressentiu da deca-

dência geral que estreitou cada vez mais o mercado consumidor. Houve breves períodos de reação, em que a exportação excedeu a importação e as estatísticas revelaram saldo favorável, mas torna-ram-se cada vez mais raras.

As vilas pouco evoluíram em relação ao período inicial. Mes-mo Vila Boa, mais próspera, carecia de boas casas, de condições sanitárias e de conforto. O ensino era precário, tanto em sentido quantitativo quanto qualitativo: somente em 1788 chegaram os primeiros professores, três de primeiras letras, para Vila Boa, Meia Ponte e Pilar, dois de cultura latina e um de retórica. A decadência dos arraiais mineiros provocou a ruralização da vida, já presente à época do governo de Cunha Meneses.

O desenvolvimento da agricultura tornou-se imperioso, não só para abastecer o mercado interno, despojado de condições para im-portação, mas também como veículo de intensificação do comércio externo, capaz de dar combate à estagnação da capitania. O comér-cio era dificultado pelos transportes deficientes e pelos impostos. A partir da década de 1780, quando caíram as barreiras restritivas, a navegação fluvial apresentou-se como meio capaz de propiciar no-vas condições de vida, fundamentadas no intercâmbio mais efetivo com o exterior, mas de resultados pouco compensadores.

Da instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro à inde-pendência (1808-1822), a política governamental delineou-se rumo à integração e valorização dos domínios portugueses. Ob-jetivava-se então reerguer as capitanias do Centro-Oeste por meio do aproveitamento técnico das vias fluviais, da renovação das téc-nicas agropecuárias e da pacificação e utilização do indígena como mão-de-obra.

Iniciou-se então um novo surto de expansão territorial, deter-minado por algumas novas descobertas auríferas, pelo progresso da pecuária e pela necessidade de conter o indígena, um dos prin-cipais entraves ao estabelecimento regular da navegação e do co-mércio fluviais. Fracassaram as sucessivas tentativas de incremen-to das sociedades mercantis, quer pelas dificuldades geográficas, quer pela natureza dos produtos agropecuários exportáveis, que não atraíam os comerciantes paraenses mais interessados no ouro, já então inexistente.

Movimentos separatistasNo início do século XIX, Goiás foi obrigado a ceder áreas

de seu território às províncias do Maranhão e de Minas Gerais. Pelo alvará de 18 de março de 1809, o norte foi desmembrado da ouvidoria sediada em Vila Boa e constituiu-se em comarca, com sede em São João das Duas Barras. O isolamento levou-o a des-ligar-se paulatinamente do sul e a vincular-se comercialmente ao Maranhão e ao Pará. A tendência à secessão, já latente, materiali-zou-se após a revolução constitucionalista do Porto, que chegou ao conhecimento dos goianos em 24 de abril de 1821.

Em Natividade, em 14 de setembro, foi proclamada uma junta provisória, que se recusou a aceitar ordens de Vila Boa. Aderiram os antigos arraiais de mineração do norte, cujos eleitores não com-pareceram para a escolha do governo provisório, em 8 de abril de 1822, em Vila Boa. A junta de Natividade considerou ilegal o novo governo. Palma, alegando ter sido sempre abandonada pelo sul, constituiu-se em província autônoma. As lutas pela liderança do movimento provocaram cisão entre Palma e Natividade e en-fraqueceram o movimento, que acabou por ser debelado em 1823.

As características mais relevantes do período monárquico fo-ram a busca de soluções para os problemas econômico-financei-ros e para a pacificação social. O comércio fluvial e as atividades agrárias foram incentivados. A pecuária passou a representar o sustentáculo econômico da província, motivando a penetração de novas levas humanas no território goiano: baianos, maranhenses, piauienses, mineiros e paulistas. A agricultura, até a segunda me-tade do século, tinha ocupado posição secundária. Foram exceções as culturas do fumo, de Natividade e Meia Ponte, e do café, em diversas regiões. Desenvolveu-se a indústria de couros. Até o final da quarta década, a província experimentou um lento progresso, que não chegou a representar dinamização em sentido global.

Caetano Maria Lopes Gama foi o primeiro presidente de Goiás nomeado pelo imperador (1824). Seu sucessor, Miguel Lino de Mo-rais (1827), ao ver que nada era possível realizar por falta de re-cursos, incentivou o desenvolvimento da agricultura e da pecuária. Graças a essa medida, houve produção em larga escala de algodão, fato que levou o presidente à criação, em 1828, de uma fábrica de tecidos, primeiro estabelecimento manufatureiro de Goiás.

Logo em seguida, com o objetivo de facilitar a aquisição de instrumentos agrícolas, Lino de Morais incrementou o estabele-cimento de uma fábrica de ferro em São José de Mossâmedes. Mandou à pacificação dos indígenas, principalmente caiapós e ca-noeiros, a índia Damiana da Cunha, que se tornou famosa por seu heroísmo e abnegação nas lutas pela catequese.

Lutas regionaisFoi Lino de Morais o primeiro a compreender e expor, por

ocasião da instalação do Conselho Geral em 1830, a necessidade de mudança da capital goiana, o que só veio a efetivar-se um sé-culo depois. Isso foi causa de animosidades e conspirações contra seu governo, que terminaram com sua deposição, em 14 de agosto de 1831, por um golpe político-militar.

Nos governos seguintes, pela primeira vez ocupados por goia-nos — José Rodrigues Jardim, padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury e José de Assis Mascarenhas — especial atenção foi dada ao problema da instrução pública. Multiplicou-se a partir de então o número de escolas primárias em todo o território da província. Em 1835 iniciou-se a publicação do Correio Oficial, que por mais de um século divulgou os atos governamentais e matérias de inte-resse geral. Antes desse jornal, havia circulado em Meia Ponte, du-rante mais de três anos, o Matutina Meia-Pontense, primeiro órgão da imprensa goiana, fundado em 1830.

A elevação paralela do nível educacional preparou o ambiente para a criação, em 1846, do Liceu de Goiás. Tais empreendimentos foram prova do esforço dos presidentes da antiga província, dos quais há que destacar, além dos citados, o comendador Antônio de Pádua Fleury, Olímpio Machado, José Martins Pereira de Alencas-tre e João Bonifácio Gomes de Siqueira. Percebe-se, porém, por seus relatórios e memoriais, que se obstinavam em impulsionar a

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navegação do Araguaia (da mesma forma que antes os sucessivos governadores da capitania teimavam em incrementar a exploração do ouro) em detrimento de outras medidas administrativas.

A população, que no final do século XVIII se mostrava es-tacionária e que em 1837 fora estimada em 117.000 habitantes, atingiu em 1872 a casa de 160.000. A progressiva decadência de Vila Boa após o surto mineratório levou o presidente José Vieira Couto de Magalhães a defender a mudança da capital para a região do Araguaia (Leopoldina), em 1863. Graças a sua atuação, concre-tizou-se o intercâmbio regular com o Pará, com o estabelecimento da navegação a vapor do Araguaia, em 1868 e, posteriormente, do Tocantins, até Belém.

Em 1865, Goiás se viu na contingência de enviar tropas ao sul de Mato Grosso, então invadido pelo exército paraguaio. Goiás participou ativamente da guerra do Paraguai, na condição de for-necedora de tropas e de víveres para os combatentes.

O presidente Augusto Ferreira França mandou para o campo de guerra um batalhão de infantaria, um esquadrão de cavalaria e ainda um batalhão de voluntários goianos. Terminada a guerra, seguiu-se, até a proclamação da república, um período sem acon-tecimentos merecedores de menção, em vista da descontinuidade administrativa ocasionada pela sucessiva mudança de quadros di-rigentes, como resultado da instabilidade da política liberal e con-servadora que caracterizou os últimos anos do segundo império. Em compensação, a partir de 1870 houve um florescimento das atividades literárias e jornalísticas, graças à atuação de Félix de Bulhões, poeta, jornalista e líder abolicionista.

A partir da década de 1860 a província progrediu também economicamente, devido sobretudo ao crescimento do rebanho bovino e à expansão da agricultura. A indústria de couros prospe-rou, juntamente com o início da fabricação de tecidos de algodão, graças à abundância de matéria-prima. Existiam já em 1861 cerca de 1.500 teares. No município de Formosa, começaram a ser fabri-cados implementos agrícolas de ferro.

Primeira repúblicaA república não trouxe modificação sensível ao panorama ge-

ral da vida goiana. Logo depois da promulgação da constituição de 1891, uma expedição chefiada por Luís Cruls demarcou uma área pertencente ao estado de Goiás, no planalto central, como ponto ideal para a localização da sede do governo brasileiro. O gran-de estado mediterrâneo, quase isolado do resto do país, tinha sua principal fonte de riqueza na atividade agropecuária, que não se arruinara ou se modificara com a deficiência de braços resultante da abolição da escravatura.

Do final do período monárquico até 1930, o povoamento se intensificou graças à atividade rural e à expansão das ferrovias, que facilitaram o intercâmbio comercial com o sul e contribuíram para o povoamento das regiões sul, sudeste e sudoeste do estado. Novos povoados se formaram a partir de 1888 e, até 1930, constituíram-se 12 novos municípios.

A população, que em 1890 era de 225.000 almas, duplicou em trinta anos. O norte ainda era a região menos povoada. Em 1924 foi tentada pela primeira vez, embora sem sucesso, a colonização européia, com o estabelecimento da colônia alemã de Uvá e Itapi-rapuã. A navegação fluvial, que havia prosperado no século ante-rior, ainda foi intensa nos primeiros anos da república, principal-mente em função do abastecimento dos seringais da Amazônia. As comunicações com o sul melhoraram à medida que se expandiam

os trilhos. Até o final da primeira década do século, o intercâmbio se fazia por Araguari, para onde os produtos goianos eram levados em lombo de burros.

Em 1913 Goiandira passou a ser servida pela estrada de fer-ro, mas somente em 1930 esta se estendeu até Bonfim (Silvânia). Em 1926, um século após a construção do Hospital São Pedro de Alcântara de Vila Boa (1825), foi instalado o segundo hospital do estado, em Anápolis (Hospital Evangélico Goiano).

CoronelismoEm decorrência da agropecuária extensiva formaram-se os la-

tifúndios, com suas implicações econômicas e sociais. No campo predominaram características semifeudais. No norte, região mais desabitada, reinou certa instabilidade, motivada pelo banditismo de jagunços e pela luta dos coronéis.

Com a república, os clãs que se formaram ao longo do impé-rio, já então depositários do poder econômico, dominaram a vida política. Os vícios eleitorais e o coronelismo, decorrentes da estru-tura econômica e social, somados à “política dos governadores” implantada por Campos Sales, deram origem às oligarquias dos coronéis, já consolidadas em 1920 e que se sucederam até 1930: José Leopoldo de Bulhões Jardim, José Xavier de Almeida, Eugê-nio Rodrigues Jardim e Antônio Ramos Caiado. O personalismo desses chefes, que se sobrepunham aos poderes legislativo e judi-ciário, e as relações de vassalagem pelo voto caracterizam a políti-ca da época. A oposição se estruturou em função das contradições interpartidárias, da reação no plano nacional, pelos movimentos de 1922 e 1924 e do contato com o tenentismo do sudoeste goiano. Sua liderança foi assumida por intelectuais e liberais aliados aos políticos dissidentes. Coligaram-se os movimentos aliancistas, e, com a vitória da revolução de 1930, a máquina eleitoral e admi-nistrativa cheia de falhas, que dominava o estado havia mais de trinta anos, começou a ser desarticulada. A intensificação da in-teriorização e a dinamização econômica caracterizaram o período posterior a 1930.

Nova capitalA partir da década de 1930, o estado entrou numa fase de real

prosperidade. O novo governo, chefiado por Pedro Ludovico Tei-xeira, escolheu como meta inicial a mudança da capital do estado. Em dezembro de 1932 foi decretada a mudança de sede do gover-no para um local próximo da cidade de Anápolis, que iria receber em breve a Estrada de Ferro de Goiás.

Com poucos recursos, baseada num empréstimo concedido pelo Banco do Brasil, iniciou-se a construção da nova capital, a que foi dado o nome de Goiânia, de acordo com projeto do enge-nheiro Atílio Correia Lima e do urbanista Armando de Godói. Em março de 1937, já concluídos os principais edifícios públicos e algumas casas de moradia, foi decretada a transferência da capital, inaugurada em 1942.

A construção de Goiânia coincidiu com a instalação, pelo go-verno federal, de colônias agrícolas em várias regiões do estado, como decorrência da política da marcha para o oeste. Desse modo, constituíram-se cidades novas como Ceres, Rialma, Uruana, Britâ-nia e outras, as duas primeiras fundadas pelo engenheiro Bernardo Saião Carvalho Araújo, que foi mais tarde encarregado pelo presi-dente Juscelino Kubitschek de comandar a construção de Brasília.

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ModernizaçãoA transferência da capital do estado para Goiânia; a chegada da

estrada de ferro a Anápolis, permitindo o adensamento populacional do sul; a programação da expansão agrícola pelo governo federal com a criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás, em 1941; e a escolha do planalto central, por determinação da constituição de 1946, para sede da nova capital do Brasil, concretizada com a inauguração de Brasília — tudo isso representa alguns dos condicio-namentos mais relevantes do processo de modernização de Goiás.

A eletrificação, empreendida pela Celg com recursos do es-tado, contribuiu para o aceleramento da urbanização e o início da industrialização, bem como trouxe novos atores à cena política, embora predominasse ainda a liderança da agropecuária na repre-sentação legislativa e executiva. Eleito em 1961, Mauro Borges Teixeira, filho de Pedro Ludovico Teixeira e militar de carreira, foi o primeiro governante goiano a tentar o planejamento econômico e administrativo do estado. O plano tinha como bases a exploração do potencial mineralógico, por meio da Metais de Goiás S.A. (Me-tago); o aproveitamento industrial das riquezas extrativas e dos produtos agrícolas; e o aumento da produtividade agrícola median-te o aprimoramento técnico.

Como tivesse participado da resistência ao golpe militar de 1964, Mauro Borges teve seu mandato cassado, foi reformado no posto de coronel e viu seus direitos políticos suspensos por dez anos. O governo do estado ficou entregue, até 1965, a um interven-tor, o coronel Carlos Meira Matos. Sucederam-se os governos de Otávio Laje de Siqueira, Leonino de Ramos Caiado, Irapuã Costa Júnior e Ari Ribeiro Valadão. Em 1983, Íris Resende Machado re-tomou a política inaugurada por Mauro Borges, de grandes obras de infra-estrutura como condição para propiciar a entrada de inves-timentos e dinamizar a extração de riquezas minerais, multiplicar a produção agrícola e fomentar a industrialização do estado. No governo de seu sucessor, Henrique Santillo, ocorreu em Goiânia o trágico episódio da abertura clandestina de uma cápsula de césio 137, que provocou a morte de quatro pessoas e contaminou cente-nas de outras. No ano seguinte, a Assembléia Nacional Constituin-te criou o estado de Tocantins por desmembramento do norte do estado de Goiás, que assim perdeu 277.322km2 de seu território.

Em 1991, Íris Resende assumiu pela segunda vez o governo do estado e obteve do governo federal, pelo patrimônio transferi-do para o estado de Tocantins, uma indenização que foi investi-da na construção de casas populares e na recuperação de estradas vicinais. Por decisão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o lixo radioativo proveniente do acidente radiológico passou a ser guardado em depósito especial, construído no municí-pio de Abadia, a vinte quilômetros de Goiânia.

CulturaEntidades culturaisO estado conta com duas grandes instituições de ensino supe-

rior: a Universidade Federal de Goiás e a Universidade Católica de Goiás, ambas sediadas na capital. Entre as entidades culturais, destacam-se a Academia Goiana de Letras, fundada em 1930, a seção goiana da União Brasileira de Escritores, a Academia Femi-nina de Letras e Artes de Goiás, a Agremiação Goiana de Teatro e o Instituto

Histórico e Geográfico de GoiásDentre as bibliotecas existentes no estado, destacam-se as da

Universidade Federal de Goiás, a maior das quais é a da Faculda-de de Filosofia, Ciências e Letras. Das bibliotecas mantidas pelas entidades culturais, a mais importante é a do Instituto Histórico e Geográfico. O Departamento Estadual de Estatística e a Delegação da Fundação IBGE mantêm bibliotecas especializadas, e a Prefei-tura de Goiânia, a Biblioteca Pública Municipal.

MuseusEntre os museus destacam-se, em Goiânia, o Museu Profes-

sor Zoroastro Artiaga, pertencente ao estado, com coleções de zoologia, mineralogia e peças indígenas; o Museu Antropológico do Instituto de Ciências Humanas e Letras, com peças indígenas, especialmente das tribos carajás, craôs e caiapós; e o Museu Or-nitológico, particular, que dispõe de peças provenientes de outros países. A prefeitura municipal de Cristalina mantém um pequeno museu com exemplares de minérios, animais e madeiras da região, no qual se destacam as pedras preciosas e semipreciosas, em bruto e lapidadas pelos alunos da escola existente na cidade.

Acervo arquitetônicoO Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

tombou praticamente todo o conjunto arquitetônico da cidade de Goiás, na qual se destaca a praça Monsenhor Confúcio, os antigos Paço Municipal e Palácio dos Governadores, várias igrejas e ca-pelas. Entre outros monumentos importantes figuram, em Nique-lândia, a igreja de Nossa Senhora do Rosário; em Pilar de Goiás, o conjunto arquitetônico e paisagístico da cidade; e em Pirenópolis, a matriz de Nossa Senhora do Rosário (1728).

FolcloreEntre os festejos folclóricos tradicionais do estado, destacam-

se as festas do Divino Espírito Santo, de Santana, do Senhor Bom Jesus da Lapa e de Nossa Senhora do Rosário. Entre as danças populares, o congado (auto popular), o cururu (dança com canto em desafio), o maribondo, o quebra-machado e o recortado (dança popular sapateada).

TurismoAs principais atrações para apreciadores de arte e arquitetu-

ra estão nas cidades de Goiás, antiga capital do estado, Pilar de Goiás, Pirenópolis e Goiânia. Caldas Novas, estância hidromineral muito procurada, apresenta piscinas naturais, grutas e uma lagoa com água à temperatura de 38o a 42o C.

No município de Paraúna, no sudoeste do estado, encontram-se na serra do Caiapó extensas muralhas de pedra, trabalhadas pelo vento, que simulam grandiosa cidade em ruína. Outros pontos de interesse são as minas de cristal-de-rocha de Cristalina, bem como, para os apreciadores da caça e da pesca, certos trechos do rio Araguaia com torneio de pesca; o lago Azul, na represa do rio Paranaíba, no município de Três Ranchos; as termas de Cachoeira Dourada e o centro de lazer de Pico dos Pireneus.6

6 Fonte: www.benhur2001.wordpress.com/2013/04/01/estrutura-territo-rial-brasileira-xd/ Por Sandro Vieira Guimarães

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Didatismo e Conhecimento 14

GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

ATUALIDADES HISTÓRICAS, ADMINISTRATIVAS, SOCIAIS, POLÍTICAS, CIENTÍFICAS, ECONÔMICAS, CULTURAIS

E AMBIENTAIS DO BRASIL, DO ESTADO DE GOIÁS E DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

Caro estudante: o material aqui apresentado é um compilado de fatos e notícias que nos últimos 18 meses se destacaram no Estado de Goiás. Nosso trabalho foi fazer a seleção de notícias que tiveram destaque. Entretanto, para estar bem preparado para a prova, é imprescindível a leitura de jornais diários e sites de no-tícia, além de acompanhar programas informativos das emissoras de rádio e TV. Estar em dia com os fatos é a melhor maneira de responder com desenvoltura às questões formuladas.

Em artigo, Marconi explica e defende modelo de OSs na Educação

O jornal O Popular publicou na edição desta segunda-feira, 16/5, um artigo assinado pelo governador Marconi Perillo cujo tema foi totalmente voltado ao ensino público. Com o título “De-safio na Educação”, o governador de Goiás citou a preocupante queda do desempenho dos alunos, apontada por ele como fruto do esgotamento do modelo de gestão da Educação Básica.

No artigo, o governador mostrou dados do Índice de Desen-volvimento da Educação Básica (Ideb), um dos principais indica-dores de avaliação. “Entre 2011 e 2013, apenas 9 dos 27 Estados brasileiros tiveram aumento no rendimento. No período, Goiás fi-cou em 1º lugar no ensino médio das escolas estaduais. Para alcan-çar este resultado, adotamos medidas e planejamento estratégico voltados exclusivamente para o aprimoramento deste setor”, disse.

Marconi enumerou os motivos que fizeram Goiás melhorar o desempenho: ensino universalizado em 1999, instituição do Plano de Cargos e Salários, implantação da correção idade/série, além do aprimoramento pedagógico. Também fez questão de frisar que a meta daqui em diante é avançar na gestão das escolas, o que, no seu ponto de vista, vai fazer com que os alunos tenham condições de aprender mais.

“Como na experiência bem sucedida dos colégios militares, es-tamos apostando em um novo modelo de gestão compartilhada com Organizações Sociais (OSs), instituições sem fins lucrativos, alter-nativa mais econômica e eficiente para a garantia da qualidade na administração do ensino público, gratuito e inclusivo”, disse. “Pro-pomos uma gestão menos burocratizada, e escolas em que professo-res e diretores se dediquem à atividade pedagógica – que permanece sob a responsabilidade da Secretaria de Educação”, completou.

O governador continuou o artigo dizendo que Goiás é o pri-meiro a propor tal modelo de gestão na Educação. Também se mostrou confiante no que diz respeito aos resultados, uma vez que a experiência já é bem sucedida na área da Saúde. “O nível de satisfação com os hospitais de Goiás é superior a 90%, conforme pesquisa do Instituto Serpes de 2014”.

Marconi concluiu traçando o plano de ação do Estado: “inicia-mos a gestão por OSs na Educação, Macrorregião de Anápolis. A im-plantação será gradual, com análise minuciosa dos resultados. O diá-logo estabelecido com diferentes setores da sociedade nos permitiu aprimorar o programa, para garantir a diversidade de modelos para atender as demandas de um Estado plural. À semelhança das escolas religiosas e dos colégios militares, que têm destacado desempenho em avaliações e ampla aprovação familiar, as escolas gerenciadas por OSs se tornam mais uma opção de ensino público de qualidade”. 7

Colégio Militar de Itumbiara desenvolve projeto para in-centivar a leitura

Um painel anexado no pátio recebe livros doados e ficam dis-poníveis para todos

O Colégio Militar Dionária Rocha, de Itumbiara, no Sul de Goiás, desenvolveu o projeto ‘Livres Para Ler’, que busca incenti-var a leitura, facilitar ao acesso a vários tipos de literatura e trazer a comunidade para dentro da unidade escolar. A iniciativa da escola, realizada em parceria com os alunos, pais, professores e funcioná-rios, arrecadou mais de dois mil exemplares.

Um painel com a palavra ‘Ler’ foi anexado em uma parede no pátio do colégio. Os alunos e a comunidade puderam abastecer o es-paço com diversos títulos, revistas, gibis, entre outros, propiciando uma integração da escola com a sociedade. No horário do recreio, o local ficou repleto de visitantes interessados em novas histórias.

Segundo o comandante e diretor do Colégio militar, Rejânio Mendes Lopes, as tecnologias propiciaram o esquecimento da lei-tura e isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros com vocabulários limitados. “A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é por meio dela que pode-mos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de novidades”, enfatizou.

O painel é permanente na escola e está sempre recebendo no-vos títulos que não só preenchem as prateleiras, mas também a imaginação dos leitores.8

7 http://portal.seduc.go.gov.br/SitePages/Noticia.aspx?idNoticia=1950 - Enviado em: 16/05/2016

8 http://portal.seduc.go.gov.br/SitePages/Noticia.aspx?idNoticia=1949 – Enviado em: 16/05/2016

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

Goiás será primeiro estado a ter organizações sociais na educação básica

Alunos ocupam o Colégio Estadual Layser O’Dwer em Aná-polis (GO) Valter Campanato/Agência Brasil

A partir deste ano, Goiás começará a transferir a administra-ção de escolas estaduais que passarão a ser geridas por organiza-ções sociais (OS). O modelo já é aplicado no sistema de saúde do estado. A implementação em escolas é, segundo o próprio gover-no, inédita no Brasil. A questão, no entanto, gera polêmica. Um grupo de professores e alunos é contra o modelo de gestão e pede mais diálogo. Já o governo acredita que o setor privado poderá trazer mais eficiência ao sistema de ensino. No estado, 27 escolas estão ocupadas por estudantes em protesto contra as OS.

Durante os três dias que esteve em Goiás, de 18 a 20 de janei-ro, a reportagem da Agência Brasil visitou ocupações, conversou com pais e com estudantes. Poucos, até mesmo dentro das ocu-pações, sabiam explicar o modelo. A professora Ana Cláudia Si-queira descobriu, no ato da matrícula da filha no Colégio Estadual Antensina Santana, em Anápolis, que a escola está na lista para começar a ser administrada por OS ainda neste ano. Ela foi infor-mada por estudantes que ocupavam o colégio.

O professor da Universidade Federal de Goiás Tadeu Arrais cobra mais diálogo do governo antes da implantação das organiza-ções sociais nas escolas Valter Campanato/Agência Brasil

“Não estamos tratando de uma mudança em uma escola, es-tamos falando em uma mudaça em um sistema, em uma filosofia, isso não pode ser feito sem diálogo”, diz o professor associado do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG) Tadeu Arrais.

Ele apoia a luta dos estudantes e defende que a universida-de tem um papel central nessa discussão, uma vez que é uma das responsáveis pela formação docente. Professores como Arrais têm visitado as ocupações e conversado com estudantes. O Facebook é um dos principais meios de divulgação de informações, tanto dos estudantes quanto de artigos e denúncias de apoiadores.

Modelo goianoAs OS são entidades privadas, sem fins lucrativos. Estão pre-

vistas na Lei 9.637/1998 e foram reconhecidas no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou uma Ação Dire-ta que Inconstitucionalidade (Adin) que questionava a legalidade da atuação das OS.

No modelo goiano, os repasses públicos passam a ser feitos às entidades que são responsáveis pela manutenção das escolas e por garantir melhores desempenhos dos estudantes nas avaliações fei-tas pelo estado. Elas também ficarão responsáveis pela contratação de professores e funcionários.

A secretária de Educação, Raquel Teixeira, fala sobre a ocupação de alunos nas escolas do estado Valter Campanato/Agência Brasil

“Vai ser uma parceria que vai tirar dos ombros dos diretores e dos professores a tarefa que hoje demanda tanto tempo deles, que é correr atrás de descarga do vaso sanitário que estragou, da infiltração da parece que vai estragar o computador, do vento que levou o teto. Nós queremos criar condições para que o clima esco-lar seja voltado para o processo de aprendizagem”, diz a secretária de Educação de Goiás, Raquel Teixeira. “Continua o mecanismo de eleição direta para diretor e o conselho escolar continua com autonomia. O conselho tem representantes de pais de alunos e da comunidade escolar. O currículo é o mesmo e quem define é a Seduce [Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte]”.

Segundo Raquel, os gastos com educação vão diminuir com a implantação do novo modelo. O edital de chamamento das OS pre-vê um gasto mínimo de R$ 250 e máximo de R$ 350 por estudante. Atualmente são gastos R$ 388,90. “Um conjunto de fatores leva a [adoção do modelo de gestão por] OS, entre elas, dificuldades de ordem orçamentária e financeira e rigidez de ordem burocrática e administrativa. Hoje, a burocracia instaurada no Poder Público, por conta da Lei de Licitações [Lei 8.666/93], é grande problema porque compromete atuação ágil e eficiente que se espera”, diz o procurador do estado de Goiás Rafael Arruda. Ele atua na Casa Civil acompanhando a implementação dos programas de parceria.

Dúvidas no editalA Seduce divulgou, no próprio site, no dia 6 de janeiro, o edi-

tal de chamada das entidades, que foi publicado no Diário Oficial do estado no dia 30 de dezembro de 2015. A abertura de envelopes será feita no dia 15 de fevereiro. O projeto-piloto começará por 23 unidades da Subsecretaria Regional de Anápolis. A intenção é que haja pelo menos mais duas convocações ainda este ano para ampliar o modelo para 200 escolas. A capital, Goiânia, deverá ser incluída na terceira chamada, segundo a secretária de Educação, Raquel Teixeira.

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Para o professor Tadeu Arrais, o edital abre brechas para a desvalorização dos professores. Falta ainda transparência e mais esclarecimentos no texto sobre a atuação das OS. “Se lermos o edital, vamos perceber que a permanência ou não de uma OS em uma escola dependerá do desempenho escolar. Como ela não vai interferir no processo pedagógico? É no mínimo estranho”, diz.

O edital estabelece que ano a ano os alunos deverão apresen-tar melhores resultados nas avaliações do estado. As OS terão que garantir ainda que mais alunos sejam aprovados e que menos estu-dantes abandonem os estudos.

Ainda de acordo com o edital, as OS podem firmar convênios para ter outras fontes de recursos para investir nas escolas. “Tem uma lista aqui com convênios, mas essa lista não está clara. Qual é o resultado de reembolso de despesas, por exemplo? De que modo eu faço esse convênio? Não está claro. Dizem que o modelo é novo e que vai sendo adequado e construído. É o ‘vou trocar o pneu com o carro andando’, mas com educação não se faz isso”, diz o professor.

Procurador da Casa Civil do estado de Goiás Rafael Arruda ex-plica que as regras para funcionamento das organizações sociais nas escolas ainda serão regulamentadasValter Campanato/Agência Brasil

Segundo o procurador Rafael Arruda, algumas regras ainda serão regulamentadas. De acordo com ele, pelo edital, uma OS pode usar o espaço da escola para publicidade. Perguntado se uma propaganda da Coca-Cola poderia, por exemplo, ser fixada no muro da escola, ele disse que ainda “tem dúvidas”, mas que isso ainda será objeto de regulamentação.

Outra forma de obtenção de recursos, exemplificada pelo procurador, é a locação do espaço para eventos corporativos fora do horário de funcionamento da escola. A questão pode abrir, no entanto, brecha para que a entidade cobre da própria comunidade o uso do espaço, na avaliação de Arrais. “O edital não fala disso especificamente, mas como a gestão e o espaço serão da OS, ima-gino que poderá ser utilizado com esse propósito. Difícil pensar em controle”.

DiálogoArrais, assim como os estudantes nas ocupações, defende que o

edital seja suspenso e melhor debatido com a comunidade. A Seduce diz que não há possibilidade de retroceder no tema, mas que está agen-dando reuniões com os diretores, professores e estudantes do estado.

Uma das advogadas do movimento das ocupações, Claris-sa Machado, da Associação Brasileira dos Advogados do Povo (Abrapo), critica a falta de diálogo do governo com a comunidade escolar. “Temos os primeiros registros de diálogo no dia 21 de de-zembro, sendo que as ocupações começaram no dia 9”, diz.

Perguntado pela Agência Brasil, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, não se posicionou em relação à adoção do modelo, mas ressaltou que é preciso dialogar com a comunidade antes de qualquer mudança na educação.

“Temos que ter certa prudência na implantação e na mudan-ça de regime nas escolas públicas. Tivemos recentemente em São Paulo uma tentativa que gerou um posicionamento muito grande”, disse o ministro. “Qualquer mndança estruturante precisa de muito diálogo, muita negociação. O MEC respeita as redes estaduais e municipais, mas é muito importante [o diálogo].”9

Chega a 21 o número de escolas ocupadas em Goiás contra privatização do ensino

Alunos protestam contra as reformas do governo Marconi Pe-rillo (PSDB), que prevê transferência da administração das insti-tuições de ensino para organizações sociais

Ocupação dos secundaristas no Colégio Pré-Universitário de GoiâniaSão Paulo – Em Goiás, o número de escolas ocupadas por es-

tudantes chegou a 21 na tarde de hoje (17), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado e o movimento Secundaristas em Luta-GO. Os alunos protestam contra as reformas anunciadas pelo governador Marconi Perillo (PSDB), que transferirá a adminis-tração das instituições de ensino para organizações sociais.

As ocupações já chegam a quatro municípios: Goiânia, Aná-polis, Aparecida de Goiânia e Cidade de Goiás. A intenção do go-verno é que as entidades sociais comecem a administrar as escolas já no primeiro semestre do próximo ano. Segundo o governo, além de cuidar da administração e da infraestrutura, as organizações po-derão contratar professores e funcionários.

Inspiradas nas ocupações ocorridas em São Paulo, as mani-festações de Goiás começaram há uma semana, após o governa-dor publicar um despacho (596 de 2015) que autoriza o estado a contratar organizações privadas para dirigir escolas estaduais. Em entrevistas, Perillo e a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, têm afirmado que “empresários são melhores gestores do que os educadores”.

Para os estudantes, a medida significa a privatização da educa-ção pública. “O estado está simplesmente assinando um atentado de incompetência na gestão da educação. Para nós, é uma entrega das escolas. O estado sucateou e, agora, coloca uma organização privada, que visa ao lucro ou a outro benefício, para gerenciar”,

9 http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-01/goias-sera--primeiro-estado-a-ter-organizacoes-sociais-na-educacao-basica - 25/01/2016 07h45 - Mariana Tokarnia - Enviada Especial / Colaborou Aline Leal

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disse o diretor da União Goiana dos Estudantes Secundaristas (Uges) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Gabriel Tatico, à Agência Brasil.

Nas escolas ocupadas, os estudantes organizam atividades culturais e oficiais esportivas, além de mutirões de limpeza e de pequenas reformas nos prédios. Os secundaristas goianos neces-sitam de doações, em especial de alimentos, material de limpeza, produtos de higiene pessoal e materiais para confecção de cartazes.

Ontem (16), a Justiça goiana negou o pedido de reintegração de posse das escolas ocupadas, impetrado pelo governo do estado. O juiz Eduardo Tavares dos Reis entendeu que se trata de um pro-testo dos estudantes e não de uma tentativa de tomar propriedade dos prédios. Além disso, avaliou que a ação policial poderia causar danos físicos e psicológicos aos adolescentes.

A Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgou uma nota hoje se posicionando contra o repasse das escolas para as organizações sociais por entender que a medi-da “constitui um processo de terceirização da oferta da educação pública”. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás também é contra a mudança.

Do outro lado, a Secretaria de Educação informou à Agência Brasil que respeita a livre manifestação dos estudantes e que está aberta ao diálogo. A instituição reforçou que as escolas continua-rão públicas e gratuitas, que não haverá alteração nos direitos dos professores e funcionários e que a medida não visa a privatizar ou terceirizar o ensino público, mas atender às demandas da socieda-de com mais agilidade.10

Segurança Pública em GoiásAumenta possibilidade de greve na Segurança Pública de

Goiás

Líderes de 14 entidades, reunindo a Polícia Civil e Polícia Militares de Goiás (PMGO), que representam o funcionalismo público na área da Segurança, estiveram reunidos no fim da tarde desta quarta-feira (18), com o chefe de gabinete do governador Marconi Perillo (PSDB), Frederico Jayme. Os sindicalistas fo-ram solicitar uma audiência com o chefe do executivo e apresentar posições das categorias. O Estado sinalizou que não pagará parce-las da reposição salarial prevista para este fim de ano.

Durante a reunião com Frederico Jayme, os servidores mostra-ram a necessidade de o governo pagar a segunda parcela da reposi-ção salarial na ordem de 12,33%, nos meses de novembro (Polícia

10 Fonte: www.redebrasilatual.com.br/educacao/2015/12/chega-a-21-o--numero-de-escolas-ocupadas-em-goias-contra-privatizacao-do-ensino-publi-co-6418.html - por Redação da RBA publicado 17/12/2015 18:40

Civil) e dezembro (demais categorias da Segurança). O governo do Estado comunicou a intenção de pagar a parcela somente em 2018, o motivou que os trabalhadores se mobilizassem em conjunto.

“Vai haver um colapso”, disse o presidente da União Goia-na dos Policiais Civis (UGOPOCI), Ademar Luiz, sobre a gre-ve geral da Segurança Pública, e o governo foi alertado disso. A paralisação só não acontecerá se o governo abrir uma “porta de negociação”. “Ele vai ter que decidir, a hora de negociar é agora. A pauta da assembleia é greve”, avaliou o presidente, referindo-se ao governador de Goiás, Marconi Perillo.

Um fato destacado pelo presidente da UGOPOCI é a união entre as 14 entidades da Segurança Pública, pois raramente a ação conjunta chegou a tantas entidades com um discurso e com um objetivo tão bem definido.

De acordo com o diretor financeiro do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (SINPOL), Henrique César, foi informado às ca-tegorias que o governo atravessa dificuldades financeiras. Foi dito ainda que se tentará uma audiência com o governador antes da próxima terça (24), data de uma assembleia das categorias.

Os servidores da Segurança Pública do Estado de Goiás pre-tendem realizar assembleia geral unificada no próximo dia 24, ter-ça-feira, em frente à Assembleia Legislativa, para avaliar a possi-bilidade de uma greve geral das categorias.

O pagamento do reajuste para todas as categorias (policiais civis, militares, bombeiros, papiloscopistas, médicos legistas, peritos criminais e outros) foi definido em três Leis – 18.419/14, 18.421/14 e 18.475/14 – aprovadas pela Assembleia Legislativa e sancionadas pelo governador Marconi Perillo.

O comitê das categorias é composto pelas seguintes entida-des: Sinpol, Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Mi-litar e do Corpo de Bombeiros Militar (ACS), Associação dos Ofi-ciais da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assof), Associação das Pensionistas da PM/BM de Goiás (APPB), Associação dos Pe-ritos Criminais e Médicos Legistas (Aspec), Associação dos Mili-tares Inativos de Goiás (Amigo), União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Pe-nal do Estado de Goiás (Sinsepgo), Associação dos Servidores do Sistema Prisional de Goiás (Aspego), Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adpego), Sindicato dos Peritos Cri-minais e Médicos Legistas de Goiás (Sindperícias) e Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás (Appego).

A assesoria de imprensa da governadoria informou que será verificada pelo chefe de gabinete Frederico Jayme, a possibilidade de marcar uma audiência entre o governador e as categorias da Segurança Pública.11

Tolerância Zero avança no interiorForte operação policial está sendo realizada nesta quarta-fei-

ra (9/3) em Rio Verde, com participação de 150 agentes. Atividade ostensiva de combate à criminalidade conta com integração das polícias Militar e Civil. Foram montados diversos pontos de blo-queio, com foco na […]

11 Fonte: www.diariodegoias.com.br/blogs/samuel-straioto/20231-aumenta--risco-de-greve-na-seguranca-publica - 18/11/2015 18h17

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Forte operação policial está sendo realizada nesta quarta-feira (9/3) em Rio Verde, com participação de 150 agentes. Atividade ostensiva de combate à criminalidade conta com integração das polícias Militar e Civil. Foram montados diversos pontos de blo-queio, com foco na apreensão de armas de fogo, drogas e recaptura de foragidos. Secretário de Segurança Pública, José Eliton diz que ações serão contínuas nos municípios.

Mais uma forte operação policial está sendo realizada nesta quar-ta-feira (9/3) no município de Rio Verde, Sudoeste goiano. A ativida-de ostensiva de combate à criminalidade conta com a integração das polícias Militar e Civil, dentro do Programa Tolerância Zero. Foram montados diversos pontos de bloqueio na cidade, com foco na apreen-são de armas de fogo, drogas e também na recaptura de foragidos da Justiça. São 150 policiais envolvidos diretamente na missão.

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Ad-ministração Penitenciária (SSAP), José Eliton, acompanhado do comandante-geral da Polícia Civil, coronel Divino Alves, e do de-legado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio dos Santos, seguiU para acompanhar as ações de perto, mas devido ao mal tempo tive-ram que retornar a Capital. Eliton lamentou não poder acompanhar a atuação policial pessoalmente, mas fez questão de ressaltar que os trabalhos seguiram em pleno desenvolvimento. Ele garantiu que a Operação Tolerância Zero, deflagrada no último dia 4 de março, prossegue na Capital e no interior do Estado ininterruptamente, sem data para acabar.

De acordo com o tenente-coronel Wellington Urzêda, as ações serão feitas em todos os bairros de Rio Verde e não tem data para terminar. “Serão abordadas todas as pessoas com atitudes suspei-tas, dentre elas motoristas motociclistas e pedestres, pois o mu-nicípio está localizado em um corredor de tráfico de drogas. Esta é a ligação direta com outros estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e ainda países como Colômbia e Paraguai”, disse.

Segundo a funcionária de um posto de gasolina, Eula Pau-la Franco, de 49 anos, a Operação Tolerância Zero proporcionará mais tranquilidade à população de Rio Verde. “Estamos preci-sando muito, pois diante dos índices de criminalidade a gente já trabalha com medo. Qualquer motorista que chega no posto, prin-cipalmente à noite, a gente já pensa que é um assaltante”, afirma. Um dos pontos de bloqueio fica de frente ao posto, na saída para o município de Montividiu. A Operação conta com o apoio da AMT de Rio Verde. Eles recolhem veículos e motos irregulares.

QUIRINÓPOLISNo Sul do Estado, a Polícia Militar efetuou, na terça-feira (8/3),

uma grande apreensão de drogas. A operação bem-sucedida acon-teceu em Quirinópolis. De acordo com o comandante da 12ª Com-

panhia Independente da Polícia Militar (CIPM), capitão Alexandre Barcelos, foram apreendidos mais de 400 quilos de maconha. O produto é originário de Salto de Guairá, na fronteira do Paraguai. “O crime configura tráfico internacional”, alertou Barcelos, esclarecen-do tratar-se da maior apreensão de drogas feita na história da cidade. Duas pessoas foram presas e encaminhadas à unidade da Polícia Fe-deral em Jataí, onde foram autuadas em flagrante.

Segundo o capitão Alexandre Barcelos, esse caso pode levar a Polícia Federal a desvendar as ramificações do grupo que age no estado. “As investigações preliminares indicam que esses trafi-cantes podem fazer parte de uma rede com ramificações em outras regiões do estado”, afirmou.

O combate intensivo ao tráfico de drogas é um dos quatro eixos estratégicos prioritários da segurança, citado pelo vice-go-vernador e secretário de Segurança Pública e Administração, José Eliton, para o combate à criminalidade no Estado. Ele garantiu que as forças de segurança vão continuar priorizando o setor de inteligência na repressão à criminalidade e vão atuar com muita força nos eixos: combate aos crimes contra a vida, a administração pública, o patrimônio e ao tráfico de drogas.12

Marconi Perillo e José Eliton anunciam investimentos em inteligência e em obras

Após reunião com governador, vice-governador e secretário de Segurança Pública diz que aparato de inteligência é prioridade para prevenir e elucidar crimes de grande impacto, como os do chamado “novo cangaço”

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Ad-ministração Penitenciária, José Eliton, recebeu, nesta terça-feira (15/3), no Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC), o governador Marconi Perillo, que deu início a uma série de encontros com os diversos secretários de Estado. Na reunião, que contou com a participação do alto comando das polícias Civil e Militar e de superintendentes da SSAP, José Eliton fez um ba-lanço das ações realizadas nos últimos dias e apresentou as prio-ridades que estão sendo definidas para investimentos, principal-mente em tecnologia e em ferramentas para fortalecer o aparato de inteligência que, segundo declarou, contribui para o combate a crimes de grande repercussão ou grande impacto, como o ocorrido recentemente em Mara Rosa e em outros estados.

De acordo com José Eliton, os responsáveis pelas diversas áreas mostraram os indicadores relacionados ao combate à crimi-nalidade em todo o estado que, entre várias operações, incluem as ações ostensivas na capital e no interior. Durante o encontro,

12 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/tolerancia-zero--avanca-no-interior.html - 10/03/2016

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segundo o vice-governador e secretário, foi feito um debate muito claro com a Polícia Militar e a Polícia Civil em relação ao chama-do “novo cangaço”, e em relação a esses últimos episódios que ocorreram no Norte do estado, uma das decisões tomadas foi a de ampliar a atuação do Comando de Operações de Divisas (COD) naquela região, decisão que envolverá investimentos e alocação de efetivo.

“Novo cangaço”Conforme destacou José Eliton, além de discutir as formas de

se buscar efetivamente coibir numa ação preventiva o chamado “novo cangaço”, a Secretaria de Segurança Pública e Administra-ção Penitenciária irá fortalecer toda a estrutura de inteligência para investigar os crimes dessa natureza. A integração das inteligências dos estados próximos também foi assunto da reunião. Segundo o vice-governador e secretário, é importante destacar que em Goiás não há um só crime de grande repercussão que não tenha sido so-lucionado pelas forças policiais. “Já estamos em contato com os secretários de outros estados e na próxima reunião do Fórum de Governadores deve ter, também, a presença dos secretários de Se-gurança Pública, visando essa integração”, ressaltou.

Ele lembrou que recentemente, foram presas duas quadrilhas especializadas em roubos a bancos e que numa operação denomi-nada Esfacela a polícia goiana quebrou articulações que eram fei-tas do interior dos presídios para o mundo externo, explicando que grande parte das operações dessas organizações criminosas eram relacionadas a furtos e roubos de bancos.

Quanto aos contingentes policiais nas cidades do interior e às investigações da ação do “novo cangaço” em Mara Rosa, José Eliton declarou que há situações que são de natureza reservada, em função da própria investigação que está ocorrendo em função desses episódios. Mas, destacou que caso semelhante ocorreu em Campinas (SP), que tem um dos maiores contingentes policiais do país, em que só para a retirada dos malotes de dinheiro até os veículos os autores levaram cerca de 15 minutos. “Portanto, essa questão não tem qualquer correlação com contingente policial”, disse ele. Segundo lembrou, em Tocantins, há cerca de duas sema-nas aconteceu um crime similar.

José Eliton afirmou que desde o episódio em São Miguel do Araguaia que está em curso uma investigação criteriosa no senti-do de se identificar e chegar aos autores e que, naturalmente, nos próximos dias ou nas próximas semanas as forças policiais terão avançado nessa questão.

Ao destacar o combate à criminalidade de uma forma geral, José Eliton afirmou que a ostensividade das polícias, especialmen-te da Polícia Militar, já vem resultando em queda, em declínio, dos indicadores. “Não queremos pautar essa discussão agora, pois o espaço temporal é muito curto, queremos consolidar os números para que nós tenhamos um norte a seguir, e estamos convencidos, do ponto de vista da inteligência, de que esse norte é a ostensivi-dade, é a ação forte da Polícia Militar, respaldada por um aparato de investigação da Polícia Civil, com a participação da Secretaria da Fazenda, do Procon, da Polícia Técnico-Científica, do Corpo de Bombeiros, de todo o aparato de segurança, que vamos coibir o crime”, acentuou.

José Eliton afirmou que em caso de roubos de carros, por exemplo, nem sempre se consegue pegar imediatamente o ladrão que rouba, mas ao quebrar a cadeia do comércio de veículos e pe-ças roubadas você evita que esse tipo de crime aconteça. “Então,

vamos atuar com muita força nessa questão, ao remeter o projeto de lei do desmanche para a Assembleia Legislativa, e também com as ações integradas que estão sendo executadas, nós vamos dimi-nuir esse indicador”, destacou.13

Goiás foi o 2º estado que mais reduziu taxas de homicídios

no período entre 2013 e 2014Goiás foi o 2º estado que mais reduziu taxas de homicídios no

período entre 2013 e 2014De acordo com Atlas da Violência 2016, divulgado nesta

terça-feira (22/3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),estado registrou queda de 5,7% neste indicador por 100 mil habitantes e ficou entre as sete unidades da Federação que dimi-nuíram registros

O estado de Goiás reduziu em 5,7% a taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes, segundo melhor desempenho no país, fi-cando no grupo dos nove estados que alcançaram redução no pe-ríodo de 2013 e 2014. Em números absolutos de homicídios, Goiás ficou entre os sete estados que conseguiram reduzir as taxas, regis-trando queda de 4,5% dos casos. Esses números foram divulgados nesta terça-feira (22/3), no Atlas da Violência 2016, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados são ainda preliminares.

O documento, dividido em oito seções, faz uma análise das evoluções do número de homicídios em todo o país em três perío-dos distintos, de 2004 a 2014, de 2011 a 2014 e de 2013 a 2014. Em todo o Brasil, o número de homicídios foi de 59.627 em 2014, ano em que a taxa por 100 mil habitantes ficou em 29,1%. É o maior número já registrado ao longo da década e corresponde a 10% de todos os homicídios do mundo, tornando-se o país com o maior número absoluto de homicídios. De acordo com o Ipea, trata-se de uma tragédia que traz sérias implicações na saúde, na dinâmica demográfica e, por conseguinte, no processo e desenvol-vimento econômico e social do país.

As análises trazem ainda especificidades em relação a estima-tivas de taxas de homicídios em 558 microrregiões brasileiras, as mortes produzidas por intervenção legal, homicídios contra jovens, negros e mulheres, a relação dos homicídios com armas de fogo e, ainda, um exercício para dimensionar o número de homicídios que se teria sem o Estatuto do Desarmamento. O Atlas da Violência 2016 é disponibilizado anualmente pelo IPEA a toda a sociedade.

Além da redução da taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes e também em números absolutos de 2013 para 2014, o estado de Goiás registrou uma redução de 3% no número de homi-cídios por faixa etária de 15 a 29 anos, ficando no grupo de nove estados que conseguiram reduzir esse indicador.

Todas as demais unidades da Federação registraram aumento nessa taxa. Em grupo de 100 mil habitantes, a redução na taxa de homicídios na faixa etária de 15 a 29 anos foi de 3,4 %.

Goiás registrou, ainda, redução na taxa de homicídios de ho-mens na mesma faixa etária de 15 a 29 anos em R$ 4,3%, ficando no grupo de oito estados que conseguiram reduzir esse indicador.

A redução foi de 6,2% na taxa de homicídios de negros por 100 mil habitantes, ficando no grupo dos sete estados que conse-guiram redução deste indicador.

13 http://www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/marconi-perillo--e-jose-eliton-anunciam-investimentos-em-inteligencia-e-em-obras.html - 15/03/2016

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Na relação entre a taxa de homicídios de negros e não negros, Goiás reduziu em 7,9% a taxa de homicídios, ficando entre os doze estados com redução nesses números.

A taxa de homicídios de mulheres teve um aumento de 5,9%, deixando o estado em 10º lugar em números absolutos e em 11º lu-gar com a taxa de aumento de 4,5% por grupo de 100 mil habitan-tes. Só treze estados conseguiram reduzir as taxas de homicídios de mulheres.

Na relação entre homicídios e armas de fogo, o estado de Goiás registrou uma redução de 5,9%, ficando no grupo de cinco estados que conseguiram essa redução em números absolutos.

A taxa por grupo de 100 mil habitantes sofreu uma redução de 2% no estado, que ficou entre os treze que conseguiram reduzir esse indicador. Esse índice se deve, principalmente, à adoção do bônus a policiais civis e militares por apreensão de armas de fogo.

Entre os anos de 2009 e 2014, Goiás apresentou redução de 59,6% no número de mortes por causa indeterminada, ficando no grupo de quatorze estados que conseguiram redução deste indi-cador. A taxa por grupo de 100 mil habitantes sofreu redução de 63,3%, o que coloca o estado entre os quinze que conseguiram reduzir esse indicador. A redução desses números pode indicar que no mesmo período a Segurança Pública do estado conseguiu iden-tificar um número maior de mortes causadas por homicídios.14

Segurança Pública aperfeiçoa integração das políciasAlto comando esteve reunido nesta segunda-feira (28) deba-

tendo novos processos para dar respostas mais rápidas aos cida-dãos goianos

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Peniten-

ciária (SSPAP) implementa, a partir do próximo mês de abril, uma série de medidas que visam impactar ainda mais a prevenção e o combate às diversas modalidades de crime no estado de Goiás. A integração das forças policiais e a unificação do sistema de infor-mações da Segurança Pública foram duas das estratégias discuti-das e apresentadas nesta segunda-feira a todas as Redes e Áreas In-tegradas de Segurança Pública (Risp e Aisp) em reunião de traba-lho, no auditório da Fundação Tiradentes, em Goiânia, aberta pelo vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton.

De acordo com Eliton, neste momento a SSPAP busca aper-feiçoar o processo de integração das ações policiais no estado para dar respostas ainda mais rápidas à população. A reunião de traba-lho contou com a participação do delegado-geral da Polícia Civil,

14 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/goias-foi-o-2o-es-tado-que-mais-reduziu-taxas-de-homicidios-no-periodo-entre-2013-e-2014.html - 23/03/2016

Álvaro Cássio dos Santos; do subcomandante da Polícia Militar, coronel Carlos Antonio Borges; do comandante do Corpo de bom-beiros, coronel Carlos Helbingen Júnior; do superintendente de Ações e Operações Integradas da SSPAP, Emmanuel Henrique de Oliveira; da superintendente interina de Inteligência, Emilia Glück De Podestà; e da superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane da Silva Sena Barcelos; entre outros.

O vice-governador e secretário afirmou que aqueles debates tinham por objetivo o aperfeiçoamento de todo o processo de in-tegração das ações policiais, o que não significava dizer que o que está em curso ficará em segundo plano. “Ao contrário, queremos justamente aprofundar as situações que entendemos ser importan-tes para resultados de maneira mais ágil e, da mesma forma, bus-car alterar alguns cursos, dentro da perspectiva da gestão atual da secretaria”, disse.

Segundo José Eliton, o que se busca é atender de forma efe-tiva as expectativas de cada cidadão goiano. Conforme explicou, algumas medidas trarão impactos imediatos e outras serão mais de médio e longo prazos. “Vamos anunciar essas medidas no próximo dia 31 para dar início a essa nova fase de modo a atender efetiva-mente as expectativas de cada cidadão deste estado”, afirmou. O superintendente de Ações e Operações Integradas da SSPAP, dele-gado Emmanuel Henrique de Oliveira, coordenou o encontro em que foram apresentados os principais ajustes a serem feitos nos programas que já estão em andamento além de novas medidas.

ReconhecimentoAo falar aos policiais, José Eliton fez questão de externar o

seu reconhecimento e gratidão a cada policial militar e civil, bom-beiro militar e técnico-científico do estado de Goiás pela atuação durante a Semana Santa. Segundo informou, ainda bem cedo quan-do recebeu o relatório com os balanços das ocorrências do feriado, teve a satisfação de observar o acerto na condução das novas mo-dalidades de ações que estão sendo empreendidas pelas polícias Civil e Militar amparadas pelas demais estruturas que compõem o aparato de segurança do estado. “Tivemos uma redução, somente de homicídios em Goiânia, de 88% comparando com o período da Semana Santa do ano de 2015, e de 29% em Goiás como um todo”, informou José Eliton.

Segundo ele, esses números são significativos e expressivos. “E essa tendência de queda verificada nessa semana já é observada desde o início desse trabalho que está sendo realizado”, acentuou o vice-governador. Para ele, esse trabalho só pode ser aperfeiçoado porquanto cada policial esteja imbuído desse espírito de colocar Goiás como referencial também nessa área. “Felizmente, temos homens e mulheres que são qualificados e que têm potencial para dar respostas aos anseios da sociedade”, destacou o vice-governa-dor e secretário José Eliton.

Ele lembrou que há dificuldades a serem enfrentadas, desafios a serem superados, tanto de ordem corporativa quanto de ordem estrutural. “Mas estamos avançando com o alto comando de todas as forças para buscar a tempo e a modo respostas a cada uma des-sas questões”, disse. José Eliton afirmou ainda: “Temos por hábi-to manter sempre o diálogo e, assim, haveremos de continuar na construção desse momento que me parece ser muito importante para o aparato de segurança pública do estado de Goiás”.15

15 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/seguranca-publica-aperfei-coa-integracao-das-policias.html - 28/03/2016

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

Governo de Goiás divulga novos serviços para área de segurançaProgramas e aplicativos vão se valer do aporte tecnológico

para promover integração e aperfeiçoamento nos sistemas de atendimento ao usuário

O governador Marconi Perillo e o vice-governador e secretá-rio de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), José Eliton, lançam nesta quarta-feira (06/04), às 9 horas, no au-ditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico, novos progra-mas que modernizam ainda mais a rede de segurança do Estado de Goiás por meio de soluções tecnológicas. Ambos também assinam ordens de serviços para o aperfeiçoamento e melhoria dos procedi-mentos policiais adotados em Goiás.

As iniciativas que serão lançadas são: RAI, aplicativo I9X, Mopi e Gisgestão. Também será anunciada a compra de 280 câme-ras. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Peixoto, participa da solenidade. O maior Programa Estadual de Inovação e Tecnologia, o Inova Goiás, lançado quando José Eliton era o titular da SED, abarca algumas destas iniciativas, como o I9X.

Novo sistema vai integrar atendimentoO RAI vem para mudar a dinâmica do principal instrumento uti-

lizado pelas forças de segurança no curso inicial de qualquer tratativa de evento: a ocorrência ou notificação de crime, que é utilizada da mesma forma há dezenas de anos. A implantação do programa, por-tanto, não será uma mera mudança tecnológica, mas uma mudança de paradigma que tem impacto direto na cultura das instituições.

O RAI foi desenvolvido para que as instituições que compõem o Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC) possam utilizá-lo, ou, caso possuam sistemas próprios, que esses interajam com o novo programa enviando e recebendo dados de maneira automática e em tempo real.

Com a chegada do novo sistema o fluxo de registro de ocor-rência será integrado e mais ágil. A partir do primeiro contato do usuário com a SSPAP ou a instituição integrada ao RAI, todas as demais terão conhecimento do caso, podendo inclusive atuar sobre ele, inserindo dados, fazendo contatos etc.

Vão integrar o RAI em sua fase inicial a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC). Na etapa seguinte, a Supe-rintendência Executiva de Administração Penitenciária (SEAP) também será inserida no sistema.

Exemplo: o cidadão liga para o telefone 190 e registra sua ocorrência. Imediatamente, todas as unidades da área de interesse (PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) recebem informações sobre o evento. Quando necessário, o próprio RAI aciona a Polícia Técnico-Científica, ou a Superintendência Executiva de Adminis-tração Penitenciária (SSPAP).

Com o advento do lançamento do RAI, tanto a população quanto as instituições de segurança devem ser beneficiadas, pois não haverá mais a necessidade de se fazer diferentes registros para o mesmo caso. Haverá, ainda, a unificação das fontes de infor-mações e a diminuição das subnotificações, o que deve melhorar sobremaneira a capacidade investigativa das forças policiais.

Ações como o acompanhamento por meio de registro único dentro do setor de segurança e o rastreamento do evento pela fase de inquérito, judiciário, e, posteriormente, da execução penal, au-xiliarão nas políticas públicas e retroalimentação do sistema de informações a ser acessado por todos os agentes de segurança.

Aplicativo I9X vai permitir registro de ocorrências e denún-cias pelo celular

A chegada do aplicativo I9X vai trazer importantes avanços tec-nológicos para o usuário que precisar abrir ocorrências de roubo, ho-micídio, incêndio, agressão, acidente pessoal, atitude suspeita, vio-lência doméstica, acidente com vítima e outros, inclusive com envio de fotos, vídeos e mensagens de voz. Por ele, também será possível acompanhar o deslocamento de viaturas. O cidadão poderá conver-sar com o atendente via chat e fazer, inclusive, novas denúncias.

A inovação na prestação desses serviços pela Secretaria de Se-gurança Pública e Administração Penitenciária visa o aperfeiçoa-mento da segurança no estado e está inserida no processo de mo-dernização da estrutura administrativa estadual, desencadeado pelo governo com o Programa de Inovação e Tecnologia – o Inova Goiás, lançado pelo então secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, no dia 2 de setembro. O Inova é capitaneado pela SED.

A partir de agora, os usuários terão acesso aos serviços dos telefones 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil). Para abrir uma ocorrência, deve selecionar o ícone que melhor se aproxima à situação. Imediatamente o sistema gera a ocorrência, dando início à conversa com o usuário, além de avi-sar a unidade competente. O atendente informa as providências e o solicitante terá a prerrogativa de acompanhar o deslocamento e a chegada da viatura.

Para fazer o download do aplicativo, o usuário precisa ter ape-nas um aparelho smartphone com sistema operacional Android ou IOS, dispor de pacote de internet ativo e preencher os dados para habilitação durante o primeiro acesso. O cadastro pode ser feito com a conta do Facebook ou diretamente no aparelho celular, bas-tando informar nome, sexo, email, telefone e data de nascimento. Quanto maior a velocidade de navegação, melhor será a transmis-são de dados (imagens, áudios e vídeos).

CâmerasA aquisição de 280 câmeras vai elevar o número total para 430

na Capital. Os equipamentos a serem adquiridos serão dotados de recursos analíticos (que identifica movimento, pessoas estranhas, objetos abandonados, etc), bem como leitor de placas. As câmeras, com tecnologia Full HD (alta definição), serão instaladas em pon-tos estratégicos e vão transmitir imagens em tempo real ao Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle da SSPAP.

MopiO Sistema de Monitoramento de Operações Integradas (Mopi)

é um software que será responsável pelo planejamento e monito-ramento de todas as ações e/ou operações integradas dentro das 36 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) do Estado de Goiás. Seu objetivo é otimizar todas as estratégias policiais para que sejam atingidas as metas de redução de criminalidade e au-mento de proatividade das forças policiais.

GisGestãoEste é um software de análise criminal e geoprocessamento

que disponibilizará em tempo real todas as análises dos crimes considerados de alta prioridade e os convertidos em metas de redu-ção pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Peniten-ciaria, para a elaboração das estratégias policiais e planejamento de emprego operacional e investigativo.

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O referido sistema disponibilizará, como exemplo, os locais, dias da semana e horários de maior incidência dos crimes, mapas de manchas criminais até o nível de rua, bem como o modus ope-randi, perfil da vítima e autor e demais dinâmicas de ocorrências dos crimes.16

Plataforma de Sistemas Integrados inova Segurança Pú-blica em Goiás

Plataforma de Sistemas Integrados inova Segurança Pública em Goiás

O governador Marconi Perillo e o vice-governador e secretá-rio de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), José Eliton, lançaram nesta quarta-feira (06/04) a Plataforma de Sistemas Integrados (PSI), que é composta pelos programas Regis-tro de Atendimento Integrado (RAI), Sistema Geográfico de Infor-mação (GisGestão), Mapeamento de Operações Policiais Integra-das (MOPI), Mapeamento de Ações Sociais Integradas (MASI) e o Aplicativo de Integração entre Polícia e Cidadão (I9X).

Os novos programas modernizam ainda mais a rede de se-gurança do Estado de Goiás por meio de soluções tecnológicas e investimentos em inteligência. Ainda durante o lançamento, foram assinadas ordens de serviços para aperfeiçoamento e melhoria dos procedimentos policiais adotados em Goiás.

Ao falar dos programas, José Eliton explicou que Goiás rece-be uma plataforma (PSI) que é exemplo para o Brasil. Mais que isso: segundo ele, o Estado será um dos primeiros do País a ter uma estrutura que fortalece todo aparato de segurança pública. “É um ganho muito grande. As forças policiais goianas já atuam de forma incisiva e, agora, terão condições de realizar um trabalho cada vez mais amplo no combate ao crime”, afirma.

José Eliton ressaltou ainda que Goiás é o estado brasileiro que mais investe proporcionalmente em segurança. Também elogiou a atuação das polícias Civil e Militar no combate ao crime. Se-gundo ele, graças à atuação incisiva dos policiais goianos, março foi um mês de redução da criminalidade nas mais diversas áreas. Ele cita que foi o menor número de homicídios e furtos e roubos de veículos dos últimos seis meses. “Estamos no caminho certo. Com ações integradas e investimentos, tenho certeza que Goiás vai vencer a criminalidade”, disse José Eliton.

16 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/governo-de-goias--divulga-novos-servicos-para-area-de-seguranca.html - 05/04/2016

Os programas lançados integram o maior Programa Estadual de Inovação e Tecnologia, o Inova Goiás, lançado em setembro de 2015, quando José Eliton era secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED). O atual titular da pasta, Thiago Peixoto também participou do lançamento.

Integração no atendimentoO RAI, que é a base da plataforma PSI, vem para mudar a

dinâmica do principal instrumento utilizado pelas forças de segu-rança no curso inicial de qualquer tratativa de evento: a ocorrência ou notificação de crime. Ou seja, a implantação do programa, por-tanto, não será uma mera mudança tecnológica, mas uma mudança de paradigma que tem impacto direto na cultura das instituições.

O RAI foi desenvolvido para que as instituições que compõem o Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC) possam utilizá-lo, ou, caso possuam sistemas próprios, que esses interajam com o novo programa enviando e recebendo dados de maneira automática e em tempo real. Com o programa as forças policiais em todo o Estado terão um retrato em tempo real de todos os crimes praticados em Goiás, pois o RAI reúne, no mesmo local, registros de atendimentos e ocorrências.

Vão integrar o RAI em sua fase inicial a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC). Na etapa seguinte, a Supe-rintendência Executiva de Administração Penitenciária (SEAP) também será inserida no sistema.

Com o advento do lançamento do RAI, tanto a população quanto as instituições de segurança devem ser beneficiadas, pois não haverá mais a necessidade de se fazer diferentes registros para o mesmo caso. Haverá, ainda, a unificação das fontes de infor-mações e a diminuição das subnotificações, o que deve melhorar sobremaneira a capacidade investigativa das forças policiais.

Ações como o acompanhamento por meio de registro único dentro do setor de segurança e o rastreamento do evento pela fase de inquérito, judiciário, e, posteriormente, da execução penal, au-xiliarão nas políticas públicas e retroalimentação do sistema de informações a ser acessado por todos os agentes de segurança.

Ferramenta de Análise Criminal GeográficaO Sistema Geográfico de Informação (GisGestão) é um soft-

ware de análise criminal e geoprocessamento que disponibilizará em tempo real todas as análises dos crimes considerados de alta prioridade e os convertidos em metas de redução pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciaria, para a elabo-ração das estratégias policiais e planejamento de emprego opera-cional e investigativo.

O sistema disponibiliza, por exemplo, os locais, dias da sema-na e horários de maior incidência dos crimes, mapas de manchas criminais até o nível de rua, bem como o modus operandi, perfil da vítima e autor e demais dinâmicas de ocorrências dos crimes. Em porte desse mapa, as forças de segurança poderão analisar, plane-jar e implementar ações mais efetivas no combate à criminalidade, convertendo os dados em estratégia.

Mapeamento de Operações Policiais IntegradasApós a análise dos dados de manchas criminais em todas as

regiões do Estado, entra em ação o sistema de Mapeamento de Operações Integradas (MOPI), responsável pelo planejamento e

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monitoramento de todas as ações e/ou operações integradas dentro das 36 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) do Estado de Goiás. Seu objetivo é otimizar todas as estratégias para que se-jam atingidas as metas de redução de criminalidade e aumento de proatividade das forças policiais.

Assim, os comandantes das polícias Militar e Civil de cada re-gião vão traçar estratégias para combater a criminalidade. O apli-cativo registra o plano de operação definido por cada força policial e permite o acompanhamento das informações. Esta é a resposta prática contra o crime, de forma integrada e organizada.

Eixo socialPor fim, o Mapeamento de Ações Sociais Integradas (MASI)

é um sistema que objetiva a pacificação, por meio da redução de crimes contra pessoas e ao patrimônio, bem como a inibição ao tráfico de drogas. Com ele, ações transversais serão planejadas, controladas e executadas pelo programa, criando uma rede ativa entre Estado, municípios, União, setor público-privado e organis-mos internacionais.

Segurança pública no SmartphoneCom a criação do aplicativo de Integração entre Polícia e

Cidadão (I9X), a Segurança Pública de Goiás ganha importantes avanços tecnológicos para o usuário que precisar abrir ocorrências de roubo, homicídio, incêndio, agressão, acidente pessoal, atitude suspeita, violência doméstica, acidente com vítima e outros, in-clusive com envio de fotos, vídeos e mensagens de voz. Por ele, também será possível acompanhar o deslocamento de viaturas. O cidadão poderá conversar com o atendente via chat e fazer, inclu-sive, novas denúncias.

A inovação na prestação desses serviços pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária visa o aperfei-çoamento da segurança no Estado e está inserida no processo de modernização da estrutura administrativa estadual.

A partir de agora, os usuários terão acesso aos serviços dos telefones 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil). Para abrir uma ocorrência, deve selecionar o ícone que melhor se aproxima à situação. Imediatamente o sistema gera a ocorrência, dando início à conversa com o usuário, além de avi-sar a unidade competente. O atendente informa as providências e o solicitante terá a prerrogativa de acompanhar o deslocamento e a chegada da viatura.

Para fazer o download do aplicativo, o usuário precisa ter ape-nas um aparelho smartphone com sistema operacional Android ou IOS, dispor de pacote de internet ativo e preencher os dados para habilitação durante o primeiro acesso. O cadastro pode ser feito com a conta do Facebook ou diretamente no aparelho celular, bas-tando informar nome, sexo, e-mail, telefone e data de nascimento. Quanto maior a velocidade de navegação, melhor será a transmis-são de dados (imagens, áudios e vídeos).17

Vice-governador e titular da SSPAP ressalta importância do processo de pacificação social

Durante apresentação dos suspeitos de assassinar jovem Ga-briel Caldeira de Souza, José Eliton lamentou profundamente ba-nalidade do motivo do crime

17 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/plataforma-de--sistemas-integrados-inova-seguranca-publica-em-goias.html - 06/04/2016

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Ad-ministração Penitenciária, José Eliton, acompanhado do delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, e dos delegados responsáveis pelo inquérito acerca da morte do jovem Gabriel Caldeira de Sou-za, de 19 anos, apresentaram nesta quinta-feira (07) os responsá-veis pelo crime, ocorrido na madrugada da última segunda-feira, no setor Marista, em Goiânia.

Durante a coletiva de imprensa realizada no auditório da se-cretaria, o vice-governador e titular da SSPAP falou do sentimento de perplexidade pela banalização da vida, devido à maneira fútil como o crime ocorreu. “Esse tipo de violência gratuita causa, além de comoção, uma reflexão na sociedade, já que todos os envolvi-dos são jovens que teriam um longo futuro pela frente”, lamenta.

Ele falou ainda da necessidade de envolvimento dos policiais, segmentos sociais, organismos governamentais e da própria so-ciedade no processo de pacificação social. “A realidade ideal seria aquela em que não teríamos a necessidade de atuação das forças de segurança do Estado”, afirmou ao relatar a confiança no trabalho das polícias.

A vítima, Gabriel Caldeira, tinha 19 anos. Os acusados, os irmãos Arthur Dias Stival, 20, e Bruno Dias Stival, 19, e Murillo Eduardo Conceição, também 20. “Segundo informações da polícia a reação dos acusados se deu sem mesmo uma discussão motiva-da”, pontuou o secretário de Segurança Pública.

Conclusão do inquérito policialO titular da SSPAP ressaltou ainda a agilidade e rapidez na

elucidação do caso. Elogiou o trabalho investigativo, coordenado pela delegada Ana Cláudia Stoffel e pelo titular da Delegacia Esta-dual de Investigação de Homicídios (DIH), Carlos Douglas Pinto. “Quero agradecer à Polícia Civil pela elucidação recorde do caso (quatro dias) e por todos os casos que temos resolvido e dado uma resposta à sociedade goiana”, disse.

Sobre as ações ostensivas e repressivas, José Eliton afirmou ainda que a SSPAP, bem como o governo de Goiás não vai tolerar a criminalidade. “As forças policiais estão agindo com muito rigor e eficiência. Estamos investindo cada vez mais em inteligência para solucionar crimes de qualquer natureza”, afirmou.

Momentos depois da entrevista coletiva, em sua página no Facebook, José Eliton retomou o assunto: “É com indignação que constatamos a ausência de limites, o relativismo sobre tudo que banaliza a violência e faz com que jovens tratem a própria vida e as dos demais com desrespeito. À família de Gabriel Caldei-ra, quero mais uma vez expressar minha solidariedade, profunda perplexidade e pesar pela irreparável perda, que lamentavelmente se deu por motivo banal. A Polícia Civil segue cumprindo com a indefectível missão de esclarecer os crimes e de apresentar os responsáveis à Justiça para o devido julgamento. Parabenizo esta

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corporação pelo trabalho desenvolvido com o apoio dos serviços de inteligência e interação com os demais organismos que com-põem as forças policiais”.18

“Investiremos ainda mais em inteligência no combate à criminalidade”, diz José Eliton

Vice-governador e titular da SSPAP ressaltou que integração entre diversas forças de segurança é importante ferramenta na garantia de paz e tranquilidade social

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Admi-nistração Penitenciária, José Eliton, participou nesta segunda-feira (11) da posse da nova titular da 8ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Rio Verde. A delegada Taisa Antonello ocupa o lugar de Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira, que deixa o cargo para assu-mir a Superintendência Estadual de Inteligência, vinculada direta-mente ao gabinete do secretário.

A nova titular da 8ª DRP, em seu discurso, agradeceu ao vice-governador e titular da SSPAP pela confiança e disse que tem pela frente uma grande missão. Já o delegado Danilo Fabiano falou da satisfação em colaborar diretamente com o titular da pasta na in-tegração de esforços entres as forças de segurança e, consequente-mente, garantir mais segurança à população.

Acompanhado do prefeito Juraci Martins; do comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Divino Alves; do delegado-ge-ral-adjunto da Polícia Civil, Marcelo Aires, além de vereadores e lideranças do município, o titular da SSPAP destacou a redução dos índices de criminalidade no município e afirmou que o fato de deve aos investimentos em inteligência.

“Agradeço aos rio-verdenses pela contribuição ao ‘emprestar-nos’ o novo superintendente, que é uma das pessoas mais capaci-tadas na Polícia Civil, para nosso serviço de Inteligência que será, entre outras funções, responsável pela integração das ações entre as diversas forças de segurança”, relatou ao ressaltar a contribui-ção de Danilo Fabiano durante os seis anos em que esteve à frente da Delegacia Regional de Rio Verde.

Ao dar boas-vindas à delegada Taisa Antonello, José Eliton afirmou que, assim como ocorre com todas as forças de segurança, ele será sempre a voz das polícias na busca por melhores condi-ções de trabalho, valorização dos policiais e, consequentemente, uma sociedade mais tranquila e segura. “A sociedade precisa reco-nhecer o belíssimo trabalho das polícias goianas”, complementa.

18 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/vice-governador-e--titular-da-sspap-ressalta-importancia-do-processo-de-pacificacao-social.html - 07/04/2016

Sobre a integração entre as diversas forças de segurança do Estado, o titular da SSPAP reforçou que desde que assumiu a pasta, no final de fevereiro, tem afirmado que a união de esforços entre as polícias é uma importante ferramenta no enfrentamento à crimina-lidade. “A presença do comandante-geral da PM, Coronel Divino Alves, (que estava na cerimônia de posse da delegada), é a prova de que vivemos essa realidade”, disse.

Queda nos índicesJosé Eliton chamou a atenção de todos quanto ao papel da

sociedade no enfrentamento à criminalidade. De acordo com ele, o cidadão não pode apenas esperar ações do Estado, das forças de segurança. “A pessoa que compra peças roubadas, que adquire equipamentos derivados de roubo e furto, por exemplo, está finan-ciando o crime”, pontuou.

Por fim, o vice-governador parabenizou as polícias Militar e Civil do Estado pelas recentes ações de repressão ao crime. “Em pouco tempo já é notada pela população uma melhora significativa da sensação de paz e tranquilidade entre os goianos. Quero rea-firmar que aqui em Goiás quem ousar infringir a lei será preso e entregue à justiça”, disse.

“Nossas polícias estão motivadas, prontas para o combate”, afirmou o titular da SSPAP ao ressaltar que Goiás é o Estado que mais investe proporcionalmente em segurança. “Somente em 2015, aplicamos cerca de 12,5% do nosso orçamento”.19

Parceria entre SSPAP e Tribunal de Justiça visa moderni-zar tramitação de inquéritos

Intenção foi firmada entre as duas instituições durante assina-tura de termo de doação pelo Tribunal de Justiça de equipamentos eletrônicos e móveis para Superintendência Executiva de Admi-nistração Penitenciária

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Peniten-ciária (SSPAP) e o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás ini-ciaram, nesta quinta-feira (14), as tratativas para uma parceria no sentido de modernizar a tramitação de inquéritos e a comunicação entre as duas instituições. De acordo com o vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton, essa integração é im-

19 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/investiremos-ainda--mais-em-inteligencia-no-combate-a-criminalidade-diz-jose-eliton-em-rio--verde.html - 11/04/2016

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portante para o aperfeiçoamento do sistema judiciário. “É uma parceria que constrói, que ajuda, na medida em estamos trabalhando conjun-tamente na instalação de ferramentas tecnológicas que possam dar agilidade à parte de investigação no âmbito da Polícia, fazendo todo o inquérito digital e remetendo ao judiciário por via eletrônica”, afirmou.

José Eliton recebeu nesta quinta-feira o juiz Wilson da Silva Dias, diretor do Foro da Comarca de Goiânia, e o diretor geral do Tribunal de Justiça, Stenius Lacerda Bastos, que formalizaram a doação à Secretaria de Segurança Pública de 60 mesas para escritórios e 85 com-putadores, destinados à Superintendência Executiva de Administração Penitenciária. “A doação é em prol da própria sociedade e temos a certeza de que ao beneficiar as unidades do sistema penitenciário essas doações também irão resultar em ganhos para toda a população”, disse o juiz Wilson Dias.

Durante o encontro, ele apresentou ao vice-governador e titular da SSPAP o esforço do tribunal em tornar plenamente digital os proces-sos nas várias áreas. “Até o final deste ano, os processos cíveis, da área de família e da fazenda pública estarão digitalizados e até o meio do ano nenhum processo entrará no tribunal por meio físico; e queremos avançar também na área criminal”, acentuou. “Os processos criminais têm sua origem nos inquéritos policiais e de nada adianta termos um processo eletrônico no tribunal se os inquéritos continuarem chegando em grandes volumes de papel”, explicou Wilson Dias.

Conforme explicou, uma primeira reunião já foi definida para a próxima semana, quando será discutida toda a logística para que num futuro próximo os inquéritos policiais sejam direcionados ao poder judiciário por via eletrônica.

Segundo o vice-governador e secretário José Eliton, a Secretaria de Segurança Pública já deu um passo importante para aperfeiçoar esse processo ao criar o Registro de Atendimento Integrado (RAI) que é todo eletrônico e que forma a base dos inquéritos. “Na medida em que tivermos a capacidade de encaminhar o inquérito para o poder judiciário de forma digitalizada, ele pode rapidamente apreciar, deferir ou indeferir as medidas cautelares e os pedidos de prisões, dando mais agilidade aos processos; portanto, essa integração é muito importante para aperfeiçoar todo o sistema judiciário”, afirmou.20

Projeto de assistência jurídica a integrantes das forças de segurança é exemplo para o PaísPara presidente da Assembleia Legislativa, Hélio de Sousa, e para representantes de entidades ligadas à segurança pública, gover-

nador Marconi Perillo e governador em exercício José Eliton dão importante passo na consolidação de direitos de servidores da SSPAP

Representantes de diversas entidades ligadas à segurança pública manifestaram apoio ao projeto de autoria do Governo de Goiás que institui indenização por pagamento de defesa jurídica aos policiais das diversas forças de segurança do Estado. O governador em exercício, José Eliton, entregou a proposta ao presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, em solenidade ocorrida nesta quarta-feira (20) na sala de reuniões do 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Para a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Silvana Nunes Ferreira, o projeto é uma im-portante referência, pois ao zelar dos policiais, o Estado proporciona mais motivação àqueles que protegem a sociedade. “Trata-se de um projeto muito importante. As polícias goianas precisam desse respaldo”, declarou.

Assim como a representante do Sindepol, o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar (Assof), tenente-coronel Ubiratan Régis Junior, elogia a proposta implementada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP). Segundo ele, a iniciativa é exemplo para o Brasil. “É um projeto que já chama a atenção de outros estados. Merece nosso total reconhecimento”, disse.

O deputado federal e delegado licenciado João Campos afirmou que “o governador Marconi Perillo e o governador em exercício José Eliton fazem história ao implementar um projeto que se traduz em efetiva segurança jurídica que dará mais tranquilidade aos profissionais que defendem com garra os cidadãos goianos”, relatou. A medida contempla as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Supe-rintendência de Polícia Técnico-Científica e Superintendência Executiva de Administração Penitenciária do Estado de Goiás.

Presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, ao receber o projeto das mãos de José Eliton, afirmou que o texto a ser apreciado em plenário representa um sentimento de todo o povo goiano. “Fico feliz em participar desse momento histórico que evidencia grandes esforços do governo de Goiás e investimentos necessários para que a segurança pública avance cada vez mais”, relatou.

20 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/parceria-entre-sspap-e-tribunal-de-justica-visa-modernizar-tramitacao-de-inqueritos.html - 14/04/2016

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

O presidente da Alego lembrou a todos que a indenização por assistência jurídica é mais uma ação dentre outros projetos encabeçados por Marconi Perillo e José Eliton desde a criação da força-tarefa por segurança pública em Goiás, no final do mês de fevereiro. As iniciativas contam com respaldo da Assembleia Legislativa, OAB, Tribunal de Justiça, Ministério Público e entidades ligadas à segurança pública.21

Índices de criminalidade caem em GoiásTaxa de homicídios reduz 13,53% no estado e furtos a veículos despencam 31,58% no período de outubro de 2015 a abril de 2016, revelam

registros do Observatório de Segurança. Ações integradas das forças policiais e investimentos na área de inteligência têm impacto positivo

Ações integradas entre as forças de segurança de Goiás aliadas à política de investimentos em inteligência policial e ao lançamento de programas estratégicos reduzem os índices de criminalidade em todas as regiões do estado. Registros divulgados ontem pela Gerência do Observatório de Segurança da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) demonstram que a taxa de homicí-dios em Goiás caiu 13,52% e a de furtos a veículos despencaram 31,58% no período de outubro de 2015 a abril de 2016. Furtos a comércio e a residências retraíram 28,88% e 7,1%, respectivamente.

Três das quatro modalidades de roubos também recuaram: a prática de roubo em comércio retrocedeu 19,05%, o roubo de veículo teve queda de 12,08%, e o crime de roubo a transeunte ficou 1,96% menor. Entre as oito ocorrências reativas, sete apresentaram recuo neste inter-valo de tempo. Apenas os roubos a residência aumentaram em 13,88%, porém, no primeiro quadrimestre deste ano já demonstra tendência de estabilidade e queda.

21 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/projeto-de-assistencia-juridica-a-integrantes-das-forcas-de-seguranca-e-exemplo-para-o-pais.html - 20/04/2016

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Quedas em comparação anualOs dados do mês de abril divulgados pela Gerência do Ob-

servatório de Segurança demonstram que a taxa de homicídios em Goiás recuou 17,25% em abril de 2016 se comparada com igual período de 2015. Na capital, a redução chegou a 38,33% no mes-mo critério de comparação. Furtos em comércios e em residências também apresentaram recuos significativos. As duas ocorrências caíram, respectivamente, em 21,12% e 8,21%.

Os números apontam também que, desde o início do ano, os homicídios dentro do Estado seguem em declínio. Em janeiro aconteceram 250 ocorrências. Os meses seguintes apontaram que-da no ritmo dessa natureza de ocorrência (fevereiro, 240; março, 224; e abril, 211). Essa modalidade de crime demonstra consis-tência de queda sequencial. Em termos percentuais, a retração já acumula 15,60% nesses meses.

Goiânia (-38,33%), Anápolis (-38,89%) e Aparecida de Goiâ-nia (-25%) influenciaram fortemente na redução dos homicídios de abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Esses municípios participaram também da redução de outras modalidades pesquisa-das: a capital diminuiu em 25% sua taxa de tentativa de homicí-dios. Em Anápolis, os roubos em residências caíram 41,18%, ao passo que os estupros recuaram 87,5% em Aparecida.

Crimes de alta prioridade têm recuoA Secretaria de Segurança Pública divulgou também levanta-

mento que mostra a evolução dos crimes considerados de alta prio-ridade. As ações táticas ostensivas da polícia têm obtido resultados históricos na redução dos homicídios. Nesse quesito, o gráfico da segurança mostra no estado uma descendente constante desde o mês de dezembro de 2015.

As principais cidades goianas que foram foco das primeiras operações do programa Tolerância Zero mantiveram a tendência de queda dos homicídios: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápo-lis, Senador Canedo, Rio Verde, Formosa e Trindade, foram locais que acompanharam a queda.

O gráfico que representa o interior apresentou oscilações nes-ses sete meses, porém com o detalhe de haver registrado grande queda no mês passado. Os números de abril apresentaram 23,80% de queda se comparados com os homicídios praticados em outubro do ano passado. Algumas cidades do Entorno do Distrito Federal não acompanharam a tendência mas, de acordo com informações da SSPAP, esses locais devem ser alvos de ações mais intensas das forças policiais nas próximas semanas.

As estatísticas mostram ainda que o crime de estupro está caindo na região metropolitana da capital e no interior. Na Gran-de Goiânia, eles recuaram 37,03% em abril ante o mês outubro e 41,37% em relação a dezembro do ano passado. No interior do estado, o mês de abril obteve o menor número de ocorrência dessa natureza desde novembro de 2015. A queda em todo o estado ficou em 18,37% e 27,27% na mesma comparação anterior.

Furtos em comércio despencamEm todas as regiões do Estado, os furtos a comércio tiveram

queda significativa durante o período de outubro de 2015 a abril de 2016. O crime está em queda livre desde janeiro último quando aconteceram 710 casos. Desde então, esses furtos caíram mês a mês fechando o mês passado com o total de 463 ocorrências, ou recuo de 37,8%.

Nas regiões metropolitana da capital, entorno do DF e interior do estado, os furtos a comércio recuaram seguidamente desde o início do ano. Pela ordem, ouve recuo de 45,69%, 18,81% e 27,2% nessas regiões.

Da mesma forma, os dados estaduais mostram a retração de furtos em residências. Desde dezembro de 2015, esse tipo de cri-me vem diminuindo sistematicamente. De 1.688 casos registrados na época, os registros caíram nos meses subsequentes: janeiro (1.658), fevereiro (1.628), março (1.574) e abril (1.465).

O histórico de furtos a transeuntes mantém a linearidade en-tre outubro do ano passado e abril deste ano, com taxa de queda 9,77% nas ocorrências registradas no período.

O histórico da evolução dos crimes de furtos e roubos de veículos no estado, principalmente na região metropolitana de Goiânia, mostra números animadores para quem é proprietário de veículos motorizados. Essa espécie de furto obteve redução, na comparação entre janeiro e abril, em todas as estratificações por região. No geral, as quedas atingiram 37,77% nos furtos e 27,37% nos roubos de veículos, se comparado os meses de janeiro e abril deste ano. Na região metropolitana, a queda chegou a 45,58% e 31,12%, utilizando-se os mesmos comparativos acima.

A redução dos crimes relacionados a veículos automotores na região do entorno registrou taxa negativa de 18% nas duas nature-zas criminais. No interior do estado, os crimes sofreram redução de 36,13% e de 27,27%, respectivamente.22

22 Fonte: www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/indices-de-crimi-nalidade-caem-em-goias.html - 05/05/2016

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TRANSPORTEInfraestrutura e energia »

TransportesA infraestrutura de transportes brasileira e, especialmente, a goiana é fundamental para o desenvolvimento econômico de Goiás, pois

o Estado tem localização privilegiada no país. Essa localização central de Goiás no território brasileiro favorece o uso de diferentes mo-dais - rodoviário, ferroviário, aeroviário, hidroviário e dutoviário - que interligam as demais regiões do país. Alguns apresentam vantagens e desvantagens em decorrência de fatores como segurança e eficiência no atendimento às demandas, custo do frete em relação ao valor da mercadoria, tipo e destino da mercadoria.

Existe uma preferência, inclusive histórica, pelo transporte rodoviário, que deve ser repensada no contexto de um planejamento de longo prazo. O atraso no desenvolvimento de novos modais sobrecarrega as rodovias, encarecendo o custo de transporte, já que para grandes distân-cias, esse não é o meio de menor custo operacional. Neste sentido, o investimento nesta e em outras alternativas é um desafio para o Estado.

O Plano de Desenvolvimento do Sistema de Transporte do Estado de Goiás (PDTG) foi o primeiro planejamento estratégico intermodal de transportes, realizado em Goiás, e contou na sua elaboração com a participação das três instâncias governamentais e da sociedade civil. Teve como meta alinhar políticas e ações públicas necessárias para adequar o setor de transportes aos fluxos produtivos relevantes para o Estado e constituir parte do financiamento da malha rodoviária estadual. Portanto, para entender o atual contexto dos transportes em Goiás é interessante que se retome o PDTG e se entenda a estratégia logística nacional.

RodoviárioUm dos estudos mais importantes sobre o transporte rodoviário é feito periodicamente pela Confederação Nacional do Transporte

(CNT). Para Goiás, o estudo cobriu 5.384 km de rodovias em 2014. A frota goiana era de mais de 3,2 milhões de veículos para uma extensão de 11.155 km pavimentados, dos quais 3.466 km são federais e 7.629 km são estaduais. DO total, 87% são de pistas simples de mão dupla e apenas 13% de pista dupla.

A condição geral das rodovias localizadas no Estado é de 7% em ótimo, 30% bom, 44% regular, 13% ruim e 6% péssimo. Sobre a clas-sificação de alguns aspectos especificamente, a respeito da superfície do pavimento e pinturas das faixas centrais e laterais, quase metade está em ótimas condições, entretanto, a outra metade está desgastada ou em más condições, sendo esta uma das fragilidades do principal meio de escoamento da produção goiana. 81% dos quilômetros de rodovias em Goiás possuem placas de indicação, com 80% destas visíveis e 85% legíveis.

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Recentemente o Governo de Goiás anunciou pacote de obras de conclusão e construção de novas estradas, pontes, aeroportos, viadutos

e duplicações. Este volume de obras significou o maior pacote de investimentos já feito na infraestrutura rodoviária e aeroportuária em Goiás, através do Programa Rodovida. O programa foi dividido em quatro eixos (Reconstrução, Urbano, Manutenção e Construção), sendo que para o modal rodoviário a prioridade foi atender trechos que apresentavam dificuldades nas condições de tráfego e propor o aumento da vida útil das rodovias em, no mínimo, 10 anos.

Nos últimos anos, o governo federal vem duplicando algumas das principais rodovias que cortam o Estado. Assim, grande parte dos investimentos será realizada por meio de concessões, que atingiram o território goiano, na BR-153 GO/TO, trecho Anápolis (Entr. BR-060) – Entr. TO-080 (56 km de Palmas); e, na BR-050 GO/MG - Entr. BR-040 (Cristalina) – Div. SP/MG, passando por Catalão.

Ressalta-se que o estudo da CNT mostra que as condições das rodovias com gestões concedidas são, em média, melhor que as de gestão pública. Logo, provavelmente, além da duplicação, as referidas rodovias terão uma melhora qualitativa que facilitará o tráfego, e consequen-temente, o desenvolvimento econômico do Estado.

Mobilidade UrbanaA Constituição Federal rege que o sistema de transporte público urbano é gerido pelo governo municipal, enquanto o transporte me-

tropolitano de passageiros é responsabilidade dos estados em conjunto com as cidades da região metropolitana, restringindo-se às linhas de ônibus urbanos e semi-urbanos. Logo, a mobilidade urbana é um tema que diz respeito, especialmente, aos maiores centros urbanos do Estado, como a Região Metropolitana de Goiânia, Anápolis e o Entorno do DF, que tem grande ligação com o Distrito Federal. Este possui suas próprias políticas de mobilidade, mais articuladas aos governos municipais daquela região do que à esfera estadual goiana.

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Em Goiânia, chama atenção a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), projeto integrado ao sistema de transporte metropolita-no. Os recursos, da ordem de bilhões, serão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo do Estado de Goiás e da inicia-tiva privada. Outra obra importante a ser executada é o sistema BRT (Bus Rapid Transit) de Goiânia, chamado de Corredor Goiás Norte/Sul com previsão de início das operações para 2016. A concepção do sistema prevê a implantação de faixas exclusivas para o transporte coletivo e a substituição da frota atual por veículos de maior capacidade. Esses tipos de iniciativas são importantes para dar mais qualidade ao trans-porte público e reduzir o tempo médio de viagem, o que representa maior qualidade de vida para os goianos. Além disso, são exemplos para cidades de menor porte, que já começam a sofrer os problemas ligados ao trânsito das grandes cidades.

Nessa linha, de acordo com o estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil do IBGE, Anápolis possui uma inten-sidade de deslocamento média alta com Goiânia, o que instiga uma maior atenção do poder público a respeito das políticas de transporte de passageiros entre as duas cidades.

FerroviárioÉ sabido que um dos transportes terrestres com menor custo para longas distâncias é o ferroviário. Essa seria uma das melhores alterna-

tivas de escoamento da produção agrícola de grãos do Estado de Goiás. Dentre os benefícios das ferrovias estão os de reduzir os custos de comercialização no mercado interno, reduzir a emissão de poluentes, reduzir o número de acidentes em estradas, melhorar o desempenho econômico de toda a malha ferroviária e desafogar os outros modais, aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e, melhorar a renda e a distribuição

da riqueza nacional.Atualmente, Goiás conta com o recém construído ramal norte da Ferrovia Norte-Sul (FNS). Esta teve sua construção iniciada por tre-

chos, na década de 1980, a partir da ligação com a Estrada de Ferro Carajás. O traçado inicial previa a construção de 1.550 km, de Açailândia (MA) até Anápolis (GO), entretanto o trecho recém inaugurado faz parte do Tramo Central (855 km) e vai de Anápolis até Porto Nacional (TO). Atualmente existem investimentos em execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no ramal sul da FNS. Este trecho vai de Ouro Verde de Goiás (GO) a Estrela d´Oeste (SP), correspondendo a 669km.

Outra ferrovia importante com presença em Goiás é a Centro-Atlântica (FCA), originária da antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFF-SA) e voltada exclusivamente para a operação ferroviária de cargas com logística focada, principalmente, em granéis.

Em Goiás, novos investimentos no modal ferroviário fazem parte do Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias, no qual a Va-lec comprará capacidade de transporte da ferrovia e oferecerá sua capacidade. O governo federal dividiu o programa em duas etapas que contemplam trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) – Uruaçu (GO) da Ferrovia da Integração Centro-Oeste e faz parte do primeiro grupo.

A conclusão e operação dessas ferrovias revelam uma série de oportunidades, mas, por outro lado, geram alguns desafios para o Estado. Entre eles, e talvez o mais importante, o de interligar as rodovias aos terminais de cargas dessas ferrovias. Além disso, o aumento da competi-tividade dos produtos goianos pode agravar ainda mais a questão da demanda por transporte rodoviário, demandando do Governo do Estado investimento ainda maior em estradas.

AeroviárioDe acordo com Anuário de Transporte Aéreo 2012 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), existem em Goiás quatro aeroportos

utilizados por voos domésticos regulares e não regulares: Goiânia, Rio Verde, Caldas Novas e Minaçu. Segundo estudo do IMB, existem 31 aeródromos públicos, 107 aeródromos privados e 17 helipontos. Está em execução um programa do Governo federal de expansão dos aeroportos regionais, além de um projeto do Governo estadual em execução, que contempla um aeroporto de cargas (e, possivelmente, pas-sageiros) em Anápolis, que integra a Plataforma Logística Multimodal de Goiás.

O Programa de Investimentos em Logística-Aeroportos, da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) tem o objetivo de fortalecer e ampliar a aviação regional, com novos aeroportos, aumento do número de rotas operadas pelas empresas aéreas, melhoria da infraestrutura aeroportuária e ampliação da malha de aeroportos regionais. Este programa prevê a construção ou expansão de 10 aeroportos em Goiás (Mapa 1), e conta com parceria, por meio de convênio, com Estados e municípios, o que garantiria o custeio e gestão desses aeroportos. Desse modo, a sobrecarga no transporte rodoviário reduziria, elevando a eficiência do transporte aéreo no Estado. Além de tudo, a locali-zação estratégica de Goiás para esse tipo de transporte o coloca entre um dos principais Estados para receber novas rotas. Neste contexto, o Aeroporto de Goiânia, prestes a ser concluído, vai exigir a atenção do Governo do Estado no que se refere às obras urbanísticas em torno da área, assim como um plano de expansão, dada a recente elevação da demanda não acompanhada pela oferta de infraestrutura aeroviária.

Por fim, ressalta-se a adequação da interligação dos diferentes tipos de transportes, que, neste sentido, foi criada a Plataforma Logística Multimodal de Goiás, baseada em sua localização estratégica, “Trevo do Brasil”, situada entre Goiânia e Brasília, com fácil acesso rodo-viário ao DAIA (Distrito Agroindustrial de Anápolis) e Porto Seco (Estação Aduaneira do Interior) pelas BR-153 e BR-060, além do ramal ferroviário com a Ferrovia Centro-Atlântica - cuja ligação com os trilhos da ferrovia Norte-Sul está na iminência de se efetivar - e do Aero-porto de Cargas de Anápolis. A Plataforma se oferece para ser o centro de serviços de logística integrado com as principais rotas logísticas do país, com acesso eficiente aos eixos de transporte rodoviário, ferroviário e aeroportuário, promovendo uma maior sinergia operacional entre as empresas do Estado.

HidroviárioO território goiano é ocupado pelas maiores bacias hidrográficas do Brasil: a do Paraná, Tocantins/Araguaia e São Francisco. Entretan-

to, apenas nas duas primeiras há navegação com transporte de cargas viável economicamente. Em Goiás destacam-se como centros polariza-dores os municípios de Luís Alves, no rio Araguaia, e São Simão, no Paranaíba-Tietê-Paraná. Estes chamam atenção pela sua potencialidade produtiva e disponibilidade de infraestrutura, que viabilizam o transporte da produção, principalmente agrícola e de minérios, atividades que o Estado tem se sobressaído no período recente.

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A pesquisa da CNT da Navegação Interior de 2013 levantou os principais problemas das hidrovias brasileiras. No caso goiano, os portos foram identificados com problemas sem gravidade nos quesitos eficiência, carência de terminais, berços e retroáreas. No que se refere aos canais de navegação, as profundidades observadas durante as cheias foram consideradas ideais. Porém, na seca, as profundidades médias observadas nos terminais de Goiás são inferiores à profundidade informada como necessária para garantir a navegação segura, obrigando os armadores a operarem com embarcações carregadas abaixo da capacidade ou até não navegarem. Neste sentido, para garantir a profundidade necessária para comportar, o tráfego das embarcações (no canal de navegação ou na área dos berços) é fundamental a realização de opera-ções de dragagem. Neste quesito, Goiás teve 50% das avaliações negativas, portanto, necessitando de especial atenção do poder público. Por fim, a pesquisa mostra que o tempo de espera para atracação é razoável.

DutoviárioO modal dutoviário em Goiás se refere ao duto que vai de Senador Canedo (GO) a Paulínia (SP) e de lá para o porto de São Sebastião,

além dos projetos de duto paralelo ao anterior e do ramal que partirá de Jataí (GO), passando por Itumbiara (GO) com o mesmo destino. O projeto é de um grupo de empresas e se estende por 1,3 mil km ligando algumas das principais regiões produtoras do Estado com o principal centro consumidor do país. O alcoolduto prevê uma redução média de 50% dos custos de escoamento da produção goiana de etanol do sul do Estado, além de reduzir a emissão de poluentes, desafogar as rodovias e ser mais ágil no atendimento dos centros consumidores.

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Goiás possui uma extensa malha viária. Conta com 3.400 km de rodovias federais, 18.610 quilômetros de rodovias estaduais e 64.690 quilômetros de rodovias municipais, o que totaliza 86.700 quilômetros de rodovias, dos quais somente 7.822 são pavimenta-dos. A BR-050 que passa por Catalão, e liga cidades como Brasília, Uberlândia, Uberaba e Santos é uma das rodovias federais que pas-sa pelo o estado. A BR-153 corta o estado de Norte a Sul, ligando Itumbiara, na divisa com Minas Gerais, a Porangatu, na divisa com Tocantins. A BR-040 que liga Brasília a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro conecta também, por sua vez, diversos municípios goia-nos como Cristalina, Luziânia, Valparaíso de Goiás. Outras rodo-vias dignas de destaque são a BR-060 que liga Brasília a Goiânia e ao Mato Grosso do Sul, cortando o Sudoeste goiano; e a BR-070, que liga Brasília a Aragarças e ao Mato Grosso.

Atualmente o transporte ferroviário é pouco utilizado em Goiás, o Estado possui um trecho de linha férrea que interliga par-te de Minas Gerais ao Sudeste de Goiás e um outro trecho que interliga o Sudeste Goiano à capital Goiânia passando por Senador Canedo, cidade na qual possui grande distribuidoras petrolíferas e abatedouros de grande porte junto a margem dessa ferrovia. Mas este quadro pode mudar já que o Governo Federal começou as obras da Ferrovia Norte-Sul com grande parte já pronta em Goiás, despontando do recém criado Porto Seco de Anápolis em direção ao Tocantins lado norte e lado sul indo em direção a Minas Gerais. A Ferrovia Norte-Sul está bem infra-estruturada na região norte do país devido aos investimentos crescentes do Governo Federal. Já foi finalizada pela presidente Dilma Rousseff.

Há apenas uma hidrovia no Rio Paranaíba e o principal porto dela é o de São Simão que faz parte da Hidrovia Paraná-Tietê.

O trafego aéreo de Goiás conta com vários aeroportos sendo o mais movimentado o Santa Genoveva, em Goiânia. Em Anápolis foi construída a Base Aérea para aviões supersônicos. As compa-nhias aéreas que servem Goiás são: “TRIP + TOTAL”, “TAM”, “GOL”, “Azul”, “Passaredo”, “Oceanair” e “SETE” além de algu-mas companhias que fazem o serviço de táxi aéreo.23

Goias 247 - Potencialidades e Oportunidades NegóciosO governador Marconi Perillo apresenta na tarde desta quarta-

feira (18), em seminário no Americas Society and Council of the Americas, em Nova York, as potencialidades e oportunidades de negócios de Goiás para investidores norte-americanos e latino-a-mericanos. O seminário encerra missão comercial do Governo de Goiás nos Estados Unidos, que começou na última segunda-feira, e é o principal compromisso dos três dias de agenda em Nova York.

O objetivo do governador é captar novos investimentos para a economia local, que impactem de forma positiva na geração de postos de trabalho e aumento da renda dos goianos. Para conter os efeitos da retração econômica do País, o Governo de Goiás tem apostado no estreitamento das relações econômicas e culturais com diferentes nações do mundo. O programa de internacionaliza-ção de Goiás, iniciado em 1999, ampliou de 40 para 160 o total de países com os quais Goiás têm intercâmbio comercial.

O seminário do governador será durante o Lide Business Lun-ch, no Americas Society and Council of the Americas. Ao longo dos quatro mandatos de Marconi à frente do governo de Goiás, esta é a 31.ª missão do governo. Apenas neste último mandato são

23 Fonte: www.goias.gov.br/paginas/invista-em-goias/infraestrutura-e--energia/ www.pt.wikipedia.org

sete missões comerciais. Como consequência, desde 2014 o gover-no já assinou 33 protocolos de intenção com empresas nacionais e estrangeiras, totalizando investimento superior a R$ 3,5 bilhões.

A projeção é de que estas empresas gerem pelo menos 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos no Estado. Estimativas da equipe econômica do governo apontam que cerca 60% destes protocolos só foram possíveis pela agenda no exterior. As últimas missões realizadas para a Europa e os Estados Unidos, por exem-plo, foram fundamentais para o anúncio do investimento de R$ 650 milhões da Heineken em Itumbiara. Para a missão realizada à Oceania, Marconi avaliou, logo após a sua chegada, que a agenda de reuniões vai abrir as portas para o Estado de um mercado em crescimento nos ramos de tecnologia e inovação.

ReflexosOs investimentos externos na econômica de Goiás são funda-

mentais para o desenvolvimento da economia. Na última década foram gerados mais de 1 milhão postos de trabalho no Estado. Em 2015 a população ocupada em Goiás era de mais de 3,5 milhões de pessoas. Os empregos estão sendo ocupados por pessoas com melhor qualificação: mais de 50% dos trabalhadores, com carteira assinada, tem o ensino fundamental e/ou médio completo

Entre 2004 e 2015, o PIB de Goiás cresceu em média 4,8% ao ano, enquanto o aumento médio do País ficou em 3,4%. Os dados são do relatório do Banco Central (Bacen). Goiás cresceu 50% aci-ma da média nacional. O bom desempenho da economia goiana foi impulsionado, principalmente, pelo dinamismo do comércio, da indústria de transformação e do setor de outros serviços

Outro reflexo desses investimentos está na diminuição da desigualdade. Entre 2005 a 2015, os 20% mais pobres do Estado tiveram crescimento na sua renda de 7,3 pontos, numa escala de 0 a 10. Os 20% mais ricos avançaram metade deste índice. Esse crescimento da renda das famílias carentes foi real, não causado pela transferência de renda.

AvaliaçãoO governador Marconi Perillo avalia que esses investimentos

externos diminuem para efeitos da crise econômica nacional. Em pronunciamento recente, ele observou que, embora o Brasil atra-vesse a pior crise econômica de sua história, Goiás tem conseguido se sobressair por meio da atração de empresas. “Empresários apos-tam na pujança do Estado, na competitividade, incentivos fiscais e segurança jurídica”, disse.

Ele também fez referência ao protagonismo dos empreende-dores que sabem aproveitar as oportunidades que as crises geram: “Eles estão apostando mais uma vez em um dos diferenciais que o nosso Estado tem, que é a competitividade. Goiás é, hoje, um Es-tado estratégico para o desenvolvimento nacional”. Destacou que o governo tem cumprido com sua parte ao garantir incentivos e o cumprimento de todos os pré-requisitos e garantias para que todos os empreendimentos possam acontecer.24

Goias 247 - Potencialidades e Oportunidades NegóciosO governador Marconi Perillo afirmou nesta segunda-feira

(16), após participar de reuniões e do encerramento do pregão da Bolsa de Valores de Nova York, que o aumento da participação de

24 Fonte: www.brasil247.com/pt/247/goias247/233012/NY-Marconi--mostra-for%C3%A7a-de-Goi%C3%A1s-a-investidores.htm - 18 de Maio de 2016

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

Goiás em eventos internacionais é resultado do reconhecimento do avanço administrativo e econômico do Estado nos últimos anos. Marconi esteve na Bolsa de Valores de York ao lado do ex-presi-dente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga, principal pales-trante do 5.º World Economy and Brazil.

“Goiás tem hoje um prestígio muito grande fora do Brasil gra-ças ao trabalho que estamos fazendo para organizar as finanças, impulsionar o desenvolvimento do Estado, e principalmente gra-ças ao fato de Goiás ter crescido, nos últimos 16 anos, 10 vezes”, afirmou Marconi, em referência ao crescimento do Produto Interno Bruto do Estado entre 1999 e o ano passado – de R$ 17,4 bilhões para R$ 160 bilhões. “Por tudo que Goiás representa hoje em ter-mos de avanços tecnológicos e da gestão, nosso Estado é reco-nhecido e convidado para um evento tão emblemático como esse aqui”, afirmou o governador, em referência à agenda da Missão Comercial do Governo de Goiás nos Estados Unidos.

Entre as áreas em que o Governo de Goiás vem apostando para impulsionar o crescimento da economia, o governador citou a política de incentivos fiscais, a modernização da gestão, a inova-ção e a competitividade. “São políticas de governo formuladas em sintonia com o setor produtivo, trabalhadores e empresários, com foco na geração de emprego e renda”, disse o governador. Os com-promissos da Missão Comercial começaram nesta segunda-feira e se estendem até a próxima quarta-feira, dia 18 de maio.

Nesta terça-feira, Marconi participa de conferência promovi-da pelo Banco BTG. Na quarta-feira, o governador apresenta as potencialidades econômicas de Goiás no Lide Business e participa da Conferência do Açúcar e do Etanol, evento anual que discute os investimentos e as políticas públicas voltadas para o setor. Nesta segunda-feira, mais cedo, o governador esteve no 5º World Eco-nomy and Brazil, onde afirmou que o Brasil precisa fazer as refor-mas estruturantes necessárias à retomada do crescimento.

As reformas também foram o ponto central das apresenta-ções de todos os palestrantes. “Perdemos 14 anos no Brasil sem reformas. É preciso reconquistar esse espaço perdido focando para valer, priorizando para valer e buscando consenso em relação a essas reformas”, afirmou Marconi após o evento, em entrevista à imprensa. As reformas estruturantes são sempre muito difíceis, polêmicas, mas absolutamente necessárias. Sem passar por elas o Brasil não vai conseguir chegar a esse patamar de prosperidade que nós desejamos”, disse o governador.

O debate foi feito entre o fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central do Brasil, Arminio Fraga; o Dire-tor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas e ex-presidente do Banco Central do Brasil, Carlos Geraldo Lango-ni, e o diretor e economista do Banco Bradesco, Octavio de Barros.

O governador lembrou ainda que os palestrantes reconhece-ram a importância do agronegócio para a economia brasileira, e que é preciso fortalecê-lo. “Todos são unânimes em dizer que se desperdiça muito dinheiro no Brasil por falta de planejamento, por falta de bons projetos e por conta da falta de foco na gestão”, frisou. Ele informou que está, junto à sua comitiva, conversando com investidores fortíssimos, tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, que são potenciais industriais do futuro em Goiás.25

25 Fonte: www.brasil247.com/pt/247/goias247/232679/Avan%C3%A7o--econ%C3%B4mico-fez-Goi%C3%A1s-reconhecido.htm - 17 de Maio de 2016

Goias 247 - Potencialidades e Oportunidades NegóciosA reforma administrativa promovida por Marconi Perillo em

Goiás foi um dos assuntos abordados no encontro entre o gover-nador e o economista brasileiro Pérsio Arida, ocorrido nesta terça-feira, em Nova York; no segundo dia da missão comercial nos Es-tados Unidos, Marconi participou de conferência promovida pelo Banco BTG, que tem Pérsio como um dos comandantes, e recebeu os “parabéns” pelo trabalho desenvolvido

A Redação (João Unes, de NY) - A reforma administrativa promovida por Marconi Perillo em Goiás foi um dos assuntos abordados no encontro entre o governador e o economista brasilei-ro Pérsio Arida, ocorrido nesta terça-feira (17/5), em Nova York. No segundo dia da missão comercial nos Estados Unidos, Marconi participou de conferência promovida pelo Banco BTG, que tem Pérsio como um dos comandantes, e recebeu os “parabéns” pelo trabalho desenvolvido.

Marconi e Pérsio também conversaram sobre a economia bra-sileira e possíveis ações para tirar o país da atual crise econômica. Acompanhado da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, o go-vernador destacou que Goiás anda na contramão da crise, conquis-tando índices positivos e gerando empregos. O cenário, conforme destacou, é fruto da reforma administrativa que cortou gastos e ajustou despesas.

Conhecido por transitar com facilidade entre governo e setor privado, Pérsio avaliou que o Brasil passa por um momento de transformação. “Acho que há razões para ser otimista. Goiás tem, certamente, muito a contribuir porque nossa plataforma exporta-dora é, sem sombra de dúvidas, muito diversificada. Tem indústria, tem agricultura. Goiás é um dos Estados que mais cresce no Bra-sil”, disse o economista, referindo-se ao posicionamento geográ-fico do Estado.

“Acontece que muita gente não tem coragem política em fazer o óbvio e, nesse sentido, o Governo de Goiás tem que ser muito elogiado. São Paulo, Goiás e Espírito Santo são Estados que estão na vanguarda desse processo”, completou Pérsio, que é um dos idealizadores do Plano Real.26

Goias 247 - Potencialidades e Oportunidades NegóciosO governador Marconi Perillo disse nesta segunda-feira, em

Nova York, onde lidera missão internacional, que Goiás acertou e virou modelo de administração para outros estados ao inovar na gestão. Marconi falou após participar do “V World Economy and Brazil”, que teve palestras dos ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga e Carlos Langoni

“Goiás é um caso de sucesso porque nós procuramos investir ao longo do tempo nas parcerias privadas e principalmente nas gestões novas e nas áreas estratégicas, como saúde e educação”, disse o governador Marconi Perillo em entrevista para a Agência Estado e Valor Econômico.

“Nós temos hoje dois programas muito importantes que são as espinhas dorsais deste governo, um focado na inovação, que é o Inova Goiás e o outro é o Goiás Mais Competitivo. Acho que para sairmos da crise nós vamos ter que investir em criatividade e em programas que possam fazer a diferença”.

26 Fonte: www.brasil247.com/pt/247/goias247/232753/Goi%C3%A1s--est%C3%A1-na-vanguarda-da-reforma-avalia-economista.htm - 17 de Maio de 2016

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Economia nacionalMarconi comentou sobre as palestras de Armínio Fraga e Lan-

goni. “Todos são unânimes em dizer que se desperdiça muito di-nheiro no Brasil por falta de planejamento, falta de bons projetos e falta de foco na gestão. Além do desperdícios que acontecem por causa da corrupção”.

“Hoje nós ouvimos muito falar-se em confiança. O Dr. Ar-mínio foi muito claro ao dizer que é preciso ter confiança mas é preciso também ter ação prática”.

“Na minha opinião o governo quando chega e tem gordura para queimar ele precisa investir em reformas, infelizmente nós perdemos 14 anos no Brasil sem reformas, é preciso reconquistar esse espaço perdido focando para valer e priorizando para valer”.27

Goias 247 - Potencialidades e Oportunidades NegóciosO governo de Goiás espera que a gestão do presidente em

exercício, Michel Temer, priorize a retomada do processo de pri-vatização da Celg. O ministro dos Transportes, Maurício Quintel-la Lessa, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que a ordem de Temer é “privatizar ou conceder tudo o que for possível na área de infraestrutura”. O governo federal intenciona recuperar com agilidade os investimentos, uma das ações previstas no plano de reequilíbrio econômico e da retomada da competitividade no país.

Em entrevista concedida a Associação Goiana dos Municípios (AGM), Marconi discorreu sobre a necessidade da retomada do processo de privatização da Celg para retomar investimentos e me-lhorar o sistema de energia ofertado ao cidadão. Disse que seria absolutamente insensato se houvesse por parte do governo federal qualquer interrupção do curso do processo de privatização.

“O que as pessoas querem é serviço de qualidade, energia de qualidade, água de qualidade, telefonia de qualidade, reguladas, fis-calizadas, saúde de qualidade”, afirmou, lembrando que a Celg é federalizada desde 2012, quando passou a ser gerida pela Eletrobras. “A Celg não é um problema de Goiás apenas. É, fundamentalmente, um problema federal. A Celg é federalizada, e ela não pode entrar em colapso, precisa ter uma solução rápida porque está tendo pre-juízos, e, à medida que for privatizada, nós vamos ter dinheiro pra novos investimentos, garantindo a melhoria do sistema, a melhoria da energia que é entregue aos consumidores, e também obras que vão garantir o atendimento a novas demandas dos consumidores re-sidenciais, comerciais, industriais e do agronegócio”, explicou.

O governador lembrou que a privatização da Celg ficou pa-ralisada por conta do processo de impeachment de Dilma Rous-seff e que agora o governo de Goiás aguarda a abertura do edital para federalização da empresa. Ressaltou que hoje tanto o governo federal como o governo estadual não têm recursos para investir na recuperação da companhia e fazer face aos investimentos ne-cessários para atender às demandas reprimidas de consumidores residenciais, industriais e comerciais.

“Com a privatização, nós vamos ter dinheiro. Espera-se que só nos primeiros anos, pelo menos R$ 2 bilhões sejam investidos, pelos novos detentores da concessão, em obras, subestações, re-des, que possam melhorar a qualidade do suprimento de energia aqui no Estado. Tudo o que tinha de ser feito na Aneel, no TCU, em todas as instâncias já foi feito. Agora, só estamos esperando

27 Fonte: www.brasil247.com/pt/247/goias247/232524/Goi%C3%A1s--acertou-ao-inovar-na-gest%C3%A3o-diz-Marconi.htm - 16 de Maio de 2016

o lançamento do edital. A única coisa que falta é isso. A empresa é boa, mas tem déficits mensais. Não podemos mais esperar pela privatização, sob pena da Celg entrar em colapso”, alertou.28

Pesquisadores se reúnem no 1º Workshop do Projeto Bio-gás Redutor

Workshop foi realizado na sala da diretoria do Câmpus Goiânia.Pesquisadores realizaram nesta segunda e terças-feiras, 16 e

17 de maio, o primeiro workshop do Projeto Biogás Redutor, na sala da diretoria do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). A ação faz parte do Convênio de Cooperação Técnica fir-mado entre docentes do IFG - Câmpus Goiânia, da Universidade Federal de Goiás (UFG), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e a Votorantim Metais para a implemen-tação de ações e metas relacionadas ao projeto “Biogás redutor de cana energia para redução de minérios lateríticos”.

A abertura do workshop, realizada nesta segunda no Câmpus Goiânia, contou com a presença do diretor-geral do Câmpus Goiâ-nia, Alexandre Silva Duarte, do diretor científico da Fapeg, Albe-nones José de Mesquita, e do coordenador do projeto e professor do IFG – Câmpus Goiânia, Wagner Bento Coelho. De acordo com o coordenador do projeto, Wagner Bento, o convênio foi firmado em 2015 e a realização do workshop é uma das atividades progra-madas para o projeto. Do Câmpus Goiânia, participam do projeto os professores Joachim Werner Zang, Warde da Fonseca Zang e Sérgio Botelho.

Segundo o professor Wagner, são esperados resultados que podem transformar a realidade energética do Estado, melhoran-do diversos setores, como o econômico e o social. “No Estado de Goiás, não temos aqui o gás como fonte de energia. Esse proje-to permite a substituição, em boa escala, do gás natural. Existe a possibilidade muito grande da matriz energética do Estado de Goiás se beneficiar de mais esse insumo. Além disso, essa inova-ção possibilita indiretamente a geração de empregos, recolhimento de impostos e outra série de benefícios”, ressalta.

28 Fonte: www.brasil247.com/pt/247/goias247/232430/Gest%C3%A3o--Temer-deve-agilizar-venda-da-Celg.htm - 16 de Maio de 2016

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FomentoPara o diretor científico da Fapeg, Albenones José de Mes-

quita, a ação da Fapeg no projeto propiciou, além do fomento, a união entre os setores acadêmico e empresarial, em uma parceria benéfica para a sociedade. “A Fapeg teve um papel catalisador na ação para o estabelecimento desta parceria público-privada. Neste caso, todos os lados são beneficiados, com o fomento da pesquisa e produção de conhecimento para a academia; a redução de gastos e a melhoria da produtividade, para o setor empresarial; e a socie-dade, com estímulo à indústria e geração de emprego e processos menos poluentes ao meio ambiente”, ressalta.

O projeto também ganhou reforços, com o interesse de grupos científicos da Alemanha e da França, na pesquisa, e que deverão dar apoio técnico à sua execução. Faz parte da ação a Université de Poitiers (França) e há o interesse da Forschungszentrum Jülich (Alemanha) em também participar do projeto. Além das discus-sões pertinentes à iniciativa, também foi realizado um tour pelo la-boratório do Mestrado em Tecnologias de Processos Sustentáveis, da Rede Brasileira de Biogás.

No total, está sendo investido R$ 1,05 milhão, sendo R$ 700 mil da Fapeg para concessão de Bolsa de Pesquisa, Formação e Bolsas Tecnológicas, e para Fomento à Pesquisa em Áreas Estra-tégicas; e R$ 350 mil pela Votorantim Metais para atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Sobre o projetoO projeto busca substituir o óleo combustível por biogás de

cana energia como matéria-prima utilizada na geração de gases redutores em processos de redução de metais (níquel e cobalto), tendo a VM como piloto do projeto. A ideia é buscar, por meio de pesquisas e conhecimentos científicos, alternativas energéticas para melhorar indicadores ambientais e sociais, além de reduzir os custos da produção.

Além da redução de insumos e custos, o projeto prevê dentro dessa aproximação entre universidade e setor empresarial, o forta-lecimento de arranjo produtivo local, geração de emprego e renda e maior desenvolvimento econômico no Norte Goiano. Também faz referência ao incentivo à implantação de polo de desenvolvi-mento de biometano em Goiás e, ainda, a criação de indústria de Química Verde e Carbono Renovável no Estado.29

Professores do IFG estão em Portugal para adaptação de sistema de comunicação para surdos

29 www.ifg.edu.br/goiania/index.php/component/content/article/1-latest--news/3546-workshop-biogas-produtor - 17/05/2016

Sistema está sendo adaptado no Porto para uso no IFG.

A partir de parceria do Instituto Federal de Goiás (IFG) com o Instituto Politécnico do Porto (IPP), dois professores da Instituição estão em Portugal para realizar uma adaptação do software Virtual Sign para que ele faça a tradução bidirecional para a Língua Bra-sileira de Sinais (Libras). O objetivo é adaptar o sistema para que possa ser adotado por todos os câmpus do IFG, na perspectiva da educação inclusiva, simplificando o processo de aprendizagem e comunicação para promoção da igualdade de oportunidades para todos os que usam a língua gestual.

O Diretor Executivo do IFG, professor Adelino Candido, conta que a oportunidade de uso do sistema pela Instituição surgiu por acaso, em uma das visitas do Reitor do IFG, professor Jerôni-mo Rodrigues da Silva, ao Porto (Portugal). “Em uma das tratati-vas para as parcerias com o IPP para pós-graduação e pesquisa, o Reitor conheceu o sistema e viu ali a possibilidade de ampliar a inclusão no IFG em todos os câmpus”, destacou Adelino Pimenta. O Diretor Executivo antecipa que, após a adaptação para Libras, há a possibilidade de o sistema ser usado por todas as instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

A partir disso, as conversas entre as instituições evoluíram e o IFG decidiu custear a viagem dos professores do Câmpus Apare-cida de Goiânia Waléria Vaz (coordenadora do curso de Pedagogia Bilíngue) e Thiago Aguiar, professor de Libras, para trabalharem na adaptação do Virtual Sign para a Língua Brasileira de Sinais. Com as adaptações que estão sendo feitas, a aplicação permitirá traduzir os gestos usados na Libras para texto escrito e traduzir o texto escrito para os seus respetivos gestos na Língua Brasileira de Sinais.

Os professores ficam no Porto até o dia 20 de maio, perío-do em que terão também o acompanhamento de representantes do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Estão também sendo realizadas atividades de intercâmbio de conhecimentos rela-cionados ao Grupo de Pesquisa Graphics, Interaction and Learning Technologies – GILT.

Sobre a participação dos professores do Câmpus Aparecida de Goiânia, o chefe do Departamento de Áreas Acadêmicas da unida-de, professor Wanderley Azevedo de Brito, destaca que é de gran-de interesse para o IFG a participação dos professores no projeto, em função do curso de licenciatura em Pedagogia Bilíngue que é ofertado no Câmpus.

A segunda etapa dessa parceria entre o IFG e o IPP objetiva o desenvolvimento dos sensores da luva que é utilizada na tradu-ção gesto-texto do Virtual Sign, de forma a baratear os custos do equipamento.30

30 Fonte: www.ifg.edu.br/goiania/index.php/component/content/article/1-latest-news/3527-comunicacao-para-surdos - 05/05/2016

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Estudante desenvolve protótipo para coleta de água plu-vial em residências

Estudantes do Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental e Sanitária do Câmpus Goiânia.

Com o objetivo de mostrar para o público que é possível de-senvolver um sistema simples para coleta e aproveitamento da água da chuva, aluna do curso de Engenharia Ambiental e Sani-tária do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), Re-nata Mafra, desenvolveu um protótipo de uma minicisterna para o armazenamento de águas pluviais em residências. A ação integra um projeto do Centro Acadêmico - CA de Engenharia Ambiental e Sanitária do Câmpus Goiânia, que visa promover atividades liga-das ao meio ambiente a cada mês.

De acordo com a estudante e desenvolvedora da minicisterna, Renata Mafra, do 7º período de Engenharia Ambiental e Sanitá-ria, o protótipo foi elaborado com vários materiais, buscando fazer a representação proporcional de uma casa, feita em isopor, bem como de calhas e um pote de plástico em alusão à minicisterna, para exemplificar o funcionamento do sistema de coleta de água pluvial. Segundo a estudante, a intenção com o protótipo foi a de incentivar as pessoas a implantarem esse sistema em suas casas, com baixo custo e de fácil desenvolvimento. O passo a passo sobre a construção da minicisterna esteve disponível durante exposição realizada na entrada da biblioteca do Câmpus Goiânia do IFG, até ontem, 2 de maio.

Além da responsabilidade ambiental, a estudante frisa outras vantagens com o desenvolvimento da minicisterna.“Além da reuti-lização da água como benefício para o meio ambiente, o protótipo propõe a utilização de materiais simples, como tambor para 200 litros, calhas, tubulações. Algo muito barato em relação ao retorno que vai trazer”, ressalta Renata Mafra. A minicisterna foi projetada para marcar a importância do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.

Calendário ambientalA minicisterna é o segundo projeto executado pelos estudantes

da diretoria do Centro Acadêmico - CA de Engenharia Ambiental e Sanitária do Câmpus Goiânia do IFG. O objetivo dos estudantes é promover ações e atividades em consonância com o calendário ambiental brasileiro, que celebra datas comemorativas ligadas ao meio ambiente durante todo o ano. Participam desse projeto anual de iniciativa do CA os alunos: Renata Mafra, Michelle Honório, Janeide Magalhães, Bianca, Aura, Caroline Souza, Ingrid Karolli-ne e Daniel Antunes. Além desses, o CA de Engenharia Ambiental e Sanitária também convida estudantes dos outros cursos do Câm-pus Goiânia para participarem do projeto.

Para o mês de maio deste ano, o CA de Engenharia Ambiental e Sanitária articula um minicurso sobre compostagem, para cele-brar o Dia do Solo, comemorado em 3 de maio, proporcionando uma atividade voltada ao tratamento de resíduos sólidos.31

Diálogos entre Literatura e Cinema está com inscrições abertas

Estudantes dos cursos técnicos integrados no Câmpus Goiâ-nia do Instituto Federal de Goiás podem se inscrever a partir de hoje, 15 de abril, no projeto Diálogos entre Literatura e Cinema. Os interessados devem garantir sua inscrição, pela internet, até o dia 22 deste mês.

Neste ano, a programação do projeto se inicia no dia 25 de abril e vai até o mês de junho, com exibições de filmes e discussões de obras da literatura e do cinema com professores convidados, às segundas-feiras, a partir das 13h até às 16h30, na Cinemateca do Câmpus Goiânia. São oferecidas 90 vagas, e os participantes receberão certificado de 32 horas de atividades extracurriculares, mediante frequência, mínima, de 75%.

Segundo a coordenadora do projeto, professora Josimeire Aguiar, o Diálogos entre Literatura e Cinema pretende desenvol-ver ações de atividades complementares, fomentando o debate por meio de exibições de filmes que foram baseados em obras escri-tas da literatura nacional ou universal. O projeto tem por objetivo proporcionar, aos alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, uma visão geral sobre os recursos linguísticos, literários e cinematográficos explorados nesses dois tipos de leitura: a leitura da obra escrita e a cinematográfica. O Diálogos entre Literatura e Cinema está na sua 9ª edição, sendo promovido pela coordenação de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias no Câmpus Goiânia.

A abertura, dia 25, contará com a exibição do filme: “Meu pé de Laranja Lima”, adaptação cinematográfica da obra de José Mauro Vasconcelos, que será debatida pelo professor Waldeir Eterno da Silva.

Confira abaixo a programação 2016.1 do Diálogos entre Lite-ratura e Cinema:

Abril25.04Abertura do projeto e “Meu pé de laranja lima” – adaptação

homônima da obra de José Mauro Vasconcelos.Palestrante: Prof. Ms. Waldeir Eterno da Silva Maio02.05“Otelo” – adaptação homônima da obra de William Shakes-

peare.Palestrante: Prof. Dr. André Perez da Silva09.05“O jardineiro fiel” - adaptação homônima da obra de John Le

CarréPalestrante: Profa. Dra. Sandra Regina Longhin16.05“O pequeno príncipe” – adaptação homônima da obra de An-

toine de Saint-Exupéry.Palestrante: Profa. Dra. Deusa Castro de Barros23.05

31 Fonte: www.ifg.edu.br/goiania/index.php/component/content/article/1--latest-news/3525-prototipo-coleta-agua-pluvial - 03/05/2016

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“Matrix” – Diálogo com as obras Mito da caverna, de Platão; Alice no país das maravilhas, de Lewis Carrol e Simulacro e simu-lações, de Jean Baudrillard.

Palestrante: Ms. Humberto Pires da Paixão Junho06.06“Só dez por cento é mentira” – documentário sobre a vida e

obra de Manoel de Barros, dirigido por Pedro Cézar.Palestrante: Prof. Dr. Alexssandro Ribeiro Moura13.06“Goethe” – adaptação da obra Os sofrimentos do jovem Wer-

ther, de Johann Wolfgang von Goethe.Palestrante: Prof. Ms. Renan Gonçalves Rocha14.06“Anna Karenina” – adaptação homônima da obra de Liev

Tolstói.Palestrante: Profa. Dra. Paula Franssinetti M. Dantas Diálogos entre Literatura e CinemaInscrições: 15 a 22 de abril, pelo link (clique aqui)Abertura do projeto: 25 de abril, a partir das 13h, na Cine-

mateca.Número de vagas: 90Público-alvo: Estudantes dos cursos técnicos integrados no

Câmpus Goiânia32

Abertura do 6º SLICT destaca a importância da divulga-ção de pesquisas no Câmpus Goiânia

Professor do IFG, Joachim Werner Zang, ministrou palestra de abertura do 6º SLICT, no Teatro do IFG.

Foi aberta hoje, 19 de abril, a programação do 6º Seminário Local de Iniciação Científica e Tecnológica – SLICT no Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). Durante dois dias, estudantes e professores participam de palestras, minicursos e comunicações orais, para a divulgação das produções científicas desenvolvidas pela comunidade acadêmica no âmbito do câmpus.

A palestra de abertura, no Teatro do IFG, foi proferida pelo professor do IFG, Joachim Werner Zang, que falou sobre o concei-to de Bioeconomia, sobre pesquisas em andamento no IFG relacio-nadas com Bioeconomia e projetos em desenvolvimento.

32 Fonte: www.ifg.edu.br/goiania/index.php/component/content/article/1-latest-news/3496-dialogos-literatura-cinema - 15/04/2016

Antes da palestra de abertura, houve apresentação musical do GruLaP – Grupo do Laboratório de Percussão do IFG. O professor de Música e coordenador do grupo, Ronan Gil, frisou a possibi-lidade de se casar Artes com a Ciência, ressaltando que as peças musicais que foram apresentadas na abertura são também resultan-tes de pesquisas científicas em percussão em desenvolvimento no Câmpus Goiânia do IFG.

A cerimônia de abertura contou com a presença do pró-rei-tor de Pesquisa e Pós-Graduação do IFG, Ruberley Rodrigues de Souza; do diretor-geral do Câmpus Goiânia, professor Alexandre Silva Duarte; do Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Goiânia, José Luis Domingos; e da coordenadora de Pesquisa e Inovação no Câmpus Goiânia, Regina Célia Bueno da Fonseca. O diretor-geral do Câmpus Goiânia, Alexandre Duarte, recordou a importância da iniciação científica para sua própria car-reira e currículo e incentivou os estudantes a investirem em suas formações, a partir do desenvolvimento de pesquisas.

O Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câm-pus Goiânia, José Luis Domingos, também destacou a relevância do seminário local. “Esse evento tem um papel importante. O foco dele é para o aluno, para inseri-lo no mundo da pesquisa”. A coor-denadora de Pesquisa e Inovação, Regina Célia Bueno da Fonseca, pontuou que espera que os alunos do Câmpus Goiânia continuem realizando pesquisas, “porque esse é o nosso caminho: ensino e pesquisa”. Para esta sexta edição do seminário local, foram ins-critos 54 trabalhos de autoria de estudantes e professores do Câm-pus Goiânia. Participaram também da abertura a Diretora de Pós-Graduação do IFG, Clarinda Aparecida da Silva, e professores do Câmpus Goiânia.

Incentivo à publicação científica

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do IFG, Ruberley Rodrigues de Souza, lembrou a contribuição dos seminários locais de iniciação científica e tecnológica nos câmpus do IFG, para a formação do estudante pesquisador, bem como daqueles que par-ticipam como ouvintes nas comunicações orais. O pró-reitor in-centivou ainda os estudantes e seus orientadores a se inscreverem para a premiação dos cinco melhores resumos no Seminário Insti-tucional de Iniciação Científica e Tecnológica, que será realizado no segundo semestre letivo deste ano.

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De acordo com o pró-reitor Ruberley, os cinco melhores tra-balhos, entre os destaques da iniciação científica, serão convidados a ampliarem suas pesquisas para o formato de resumo completo. Os estudos avaliados e selecionados irão compor como capítulos de um livro a ser lançado pela pró-reitoria de Pesquisa e Pós-gra-duação do IFG. Ainda em sua fala, o pró-reitor convidou a comu-nidade acadêmica do Câmpus Goiânia a colaborar na reelaboração da Política de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFG, que está em discussão no Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI 2017-2021.33

Cursos de medicina suspensos em GoiásAutorizações para novos cursos foram suspensas pelo

Conselho Pleno no CEE-GO

O Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO) sus-pendeu por 180 dias (seis meses) os pedidos de autorização do curso de medicina no Sistema Educativo do Estado de Goiás. A Resolução CEE/CP n. 8, de 01 de dezembro de 2015, determina que durante este prazo seja redigida uma norma específica para análise e deliberação sobre estes atos. Consta ainda no documento que a medida não se aplica às instituições de educação superior que gozam de autonomia universitária.

Em Goiás cidades como Aparecida de Goiânia, Goianésia, Ceres, Trindade e Mineiros pleitearam junto ao Ministério da Edu-cação (MEC) a abertura de cursos de Medicina. Demanda que faz parte de uma orientação do Governo Federal para interiorização do curso no Brasil. No entanto, para a instituição conseguir essa autorização parâmetros como infraestrutura, projeto pedagógico e corpo docente são criteriosamente avaliados.

Em entrevista a reportagem do Diário da Manhã a presidente do CEE/GO, Maria Ester Galvão de Carvalho informou que há pedidos de abertura de três novos cursos em tramitação no Conselho Esta-dual de Educação. Esclareceu que os motivos que levaram o Conse-lho a suspender a autorização do curso de medicina está relacionado à situação concreta do País e, particularmente do Estado de Goiás.

“Os cursos de medicina, para a sua autorização e oferta, exi-gem um olhar distinto, com mais profundidade e verticalidade, na sua avaliação. Dessa forma, o CEE constatou a necessidade de baixar diretrizes próprias para as avaliações deste curso. Essas di-retrizes serão analisadas e discutidas ao longo dos 180 dias em que o Conselho suspendeu a análise dos pedidos de abertura de novos cursos de medicina”, informou.

33 Fonte: www.ifg.edu.br/goiania/index.php/component/content/article/1--latest-news/3502-seminario-local-iniciacao-e-tecnologica - 19/04/2016

Sobre o diagnóstico dos cursos de medicina oferecidos no Es-tado, Ester esclarece que o CEE só é responsável pela avaliação dos cursos oferecidos pelas instituições de educação superior do Sistema Educativo do Estado de Goiás. “Temos sob nossa res-ponsabilidade avaliativa quatro cursos de medicina. Um acaba de ser reconhecido com uma boa avaliação, na cidade de Rio Verde (UniRV)” diz.

Ela descreve que o outro é, em Aparecida de Goiânia, o qual também é oferecido pela UniRV, e esse menciona, ainda não foi objeto de avaliação para o reconhecimento, pois ainda não com-pletou o ciclo necessário para esse procedimento (que é de três anos), embora tenha passado, recentemente, por uma verificação in loco por parte do Conselho de Educação.

Observa que a UniRV também oferece o curso de medicina em Goianésia, após a autorização da abertura do campus naquele município. O quarto curso é o da UniFimes, no município de Mi-neiros. “No geral as condições de oferta são consideradas favorá-veis. O Conselho considera que a situação desses cursos exige um natural e constante aprimoramento e se certifica que sejam cumpri-das as exigências básicas para a sua oferta” avalia.

Ester considera que apesar da carência de médicos em todo o país é preciso baixar diretrizes próprias para a avaliação dos cursos no estado. “O CEE considera que, de fato precisamos aumentar a oferta de cursos de medicina. No entanto, o nosso entendimento é que essa expansão só poderá/deverá acontecer quando assegurada que a oferta desses cursos implicará na formação de profissionais da medicina com a qualidade que a saúde brasileira requer e que nossa população deseja”, finaliza.

Brasil aumenta número de médicos, mas mantém desigualda-de na distribuição

Dados do relatório Demografia Médica no Brasil 2015 indi-cam que cerca de 400 mil médicos atuam no Brasil. De acordo com os números divulgados hoje (30) pelos conselhos Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e Federal de Medicina (CFM), o total de registros de médicos no país é de 432.870, mas 33.178 registros se referem a registros secundários, ou seja, são de profis-sionais com mais de um registro nos conselhos regionais.

A segunda inscrição ocorre quando o médico trabalha em áreas fronteiriças entre dois estados [e ele têm registro em mais de um conselho] ou quando ele muda temporariamente para fazer cursos ou especializações. Deduzidos os registros secundários, o total de médicos no país soma 399.692 profissionais.

Considerando-se o total de registros médicos no país, já que um médico pode atuar em estados diferentes, o Brasil tem, em mé-dia 2,11 médicos para cada grupo de mil pessoas. A taxa é muito próxima a de países desenvolvidos como Estados Unidos [média de 2,5 médicos por grupo de mil habitantes], Canadá (2,4) e Japão (2,2). Segundo Mário Scheffer, coordenador do estudo, nessa mé-dia não é considerada o número total de médicos, mas o de regis-tro, porque “um médico com dois registros tem de ser contado nos dois estados, porque ele é mão de obra para ambos”.

DesigualdadeA distribuição desses médicos pelo país é muito desigual tan-

to entre as unidades da Federação quanto em relação a capitais e interior do país. A região Sudeste, por exemplo, concentra mais da metade dos médicos do país (55,3%), enquanto a região Norte tem apenas 4,4% desse total, seguida pelo Centro-Oeste, com 7,9%.

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

O estado do Maranhão dispõe de 5.396 médicos, o que cor-responde a 1,3% do total de profissionais brasileiros, enquanto sua população corresponde a 3,4% do total nacional. A média é a mais baixa do país, de 0,79 profissionais para cada grupo de mil pes-soas. O estado de São Paulo concentra 117.995 médicos (28,1% do total), para uma população que corresponde a 21,7% do país [2,7 médicos a cada grupo de mil]. O Distrito Federal é a unidade fede-rativa com maior concentração de médicos por grupo de pessoas do país: 4,28 médicos a cada mil pessoas.

As 27 capitais do país concentram 55,24% do total de registros de médicos, embora a população dessas cidades represente apenas 23,80% do país. Todas as 5.543 cidades do interior têm 44,76% dos médicos, enquanto sua população soma 76,2% do Brasil. Com isso, a taxa de médicos por grupos de mil habitantes soma 4,84 nas capitais e 1,23 médicos no interior.

“O médico é um profissional que demora 12 anos para se for-mar. Ele não vai trabalhar em lugares distantes se não houver boas condições para sua família. O relatório mostra que abrir escolas não resolverá o problema porque a maioria deles [médicos] vai tra-balhar em cidades com mais de 50 mil habitantes. O governo pre-cisa desenvolver uma política de interiorização”, defendeu Braúlio Luna, presidente do Cremesp.

SalárioA maioria dos médicos tem mais de um emprego e se submete

a longas jornadas semanais de trabalho. Do total de médicos do país, apenas 22% têm somente um empregador. O restante tem entre dois ou mais vínculos.

A maioria dos médicos [75,5% do total] trabalha mais de 40 horas semanais. O salário da maioria [62,4%] é de R$ 16 mil men-sais. No entanto, o salário é considerado baixo pelo presidente do CFM, Carlos Vital. Segundo ele, o ideal seria um salário de R$ 11 mil por 20 horas semanais ou R$ 22 mil por 40 horas.

“Essa é a proposta que a categoria médica tem defendido. Mas o governo paga, em média, R$ 6 mil por 40 horas semanais. Isso é extremamente desmotivador”, afirmou Braúlio Luna, presidente do Cremesp.

Para Vital, a PEC 459, em tramitação na Câmara dos Depu-tados desde 2009 e que institui a carreira de estado para o médi-co brasileiro, poderia ajudar a resolver esse problema salarial e garantir condições dignas para o exercício da profissão. “A PEC reconhece o exercício da medicina como essencial ao estado. A lei é que irá, posteriormente, regulamentar e determinar esses sa-lários”, concluiu.

Governo adia terceirização da educação em Goiás por fal-ta de OS qualificada

O governo de Goiás suspendeu o processo de terceirização da gestão da educação pública no estado, uma vez que nenhuma Organização Social inscrita no processo apresentar capacidade técnica que contemple as exigências da Secretaria de Educação. Na terça-feira (29), o governo goiano encaminhou à Assembleia Legislativa do estado um projeto de lei de autoria do Executivo que altera a Lei das Organizações Sociais estaduais.

Apesar da falta de qualificação, as entidades inscritas no pro-cesso continuam credenciadas para a área da Educação e poderão participar do novo edital que será lançado nas próximas semanas. De acordo com a secretaria estadual de Educação, será oferecia capacitação às entidades participantes do processo.

Recentemente, a reportagem “Quem vai administrar as es-colas de Goiás?”, da revista Nova Escola, denunciou o desastre do processo de terceirização da gestão da educação em Goiás. A publicação apurou informações sobre das dez OS que estavam cre-denciadas até aquele momento no processo. O levantamento mos-trou empresas com menos de um ano de vida, com escassa expe-riência em Educação e com equipes técnicas ainda não definidas.

Professores e estudantes seguem mobilizados para barrar o processo de transferência da gestão da educação pública para as organizações sociais. No final do ano, os estudantes promoveram a ocupação de diversas escolas no estado, em protesto à medida. O protesto foi duramente reprimido pelo governo, com pedidos de reintegração de posse executados com violência pela força policial do estado.

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O modelo de gestão de serviços públicos via OS já se de-monstrou problemático em muitos estados, em especial na área da saúde. Exemplos vindos do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná comprovam que a precarização do trabalho, a piora na qualidade do atendimento, a falta de transparência, a falta de controle so-cial, a diminuição e atraso no pagamento de salários e o desvio de verbas públicas são práticas recorrentes dessas parcerias público-privadas. A entrega das escolas públicas para administração via OS transforma as escolas em empresas, que passarão a funcionar dentro de um modelo gerencial, preocupado com a lucratividade e o cumprimento de metas.34

Goiás repassará 25% das escolas estaduais para OS em 2016Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino

Superior - ANDES-SN

O governo de Goiás anunciou que, em 2016, repassará a ges-tão de um quarto das escolas estaduais para Organizações Sociais (OS). Com a medida, cerca de 250 escolas goianas serão geridas, com dinheiro público, por organizações privadas.

A justificativa da Secretaria de Educação de Goiás para a ter-ceirização das escolas é que o desempenho dos estudantes goianos é baixo, e que isso se deve ao fato das escolas serem geridas por professores, e não por gestores. Por isso, o governo convidou or-ganizações com experiência de gestão privada, como escolas par-ticulares e fundações, para assumirem um quarto das escolas do estado.

As OS que assumirem as escolas terão, de acordo com o go-verno, autonomia para contratar parte dos professores, e, além dis-so, serão responsáveis pela contratação de todos os trabalhadores temporários do ensino básico estadual goianos – hoje 30% dos tra-balhadores das escolas de Goiás.

Para Giovanni Frizzo, um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) e 1º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN, o governo de Goiás, seguindo a mesma lógica adotada pelo governo federal, busca im-plantar políticas de privatização e precarização da educação pública.

“Entregar as escolas públicas para administração de OS sig-nifica transformar as escolas em empresas, que elas funcionem na forma gerencial destes modelos de gestão. Ou seja, não será a for-mação humana a preocupação central da educação, mas sim a sua

34 Fonte: ANDES-SNhttps://ene2016.org/2016/04/04/governo-adia-terceirizacao-da-educa-

cao-em-goias-por-falta-de-os-qualificada - 04/04/2016

lucratividade e o cumprimento de metas estabelecidas pelas pró-prias OS e governos, ferindo a autonomia das instituições públicas de ensino”, afirma o diretor do ANDES-SN.

Frizzo ainda critica o fato de que, ao invés dinheiro público para financiar a educação pública, o governo de Goiás opta por utilizar dinheiro público em empresas privadas como as Organi-zações Sociais.

Organizações Sociais rondam Instituições Federais de EnsinoA ameaça de repasse de gestão da educação pública para OS

não está restrita à educação básica goiana. Em setembro de 2014, o então presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, declarou em um debate sobre educação superior que a Capes, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Edu-cação (MEC) pretendem criar uma OS para contratar docentes para as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O modelo de gestão de serviços públicos via OS já se demons-trou problemático em muitos estados, em especial na área da saúde. Exemplos vindos do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná mostram que a precarização do trabalho, a piora na qualidade do atendimen-to, a falta de transparência, a falta de controle social, a diminuição e atraso no pagamento de salários e o desvio de verbas públicas são práticas recorrentes dessas parcerias público-privadas.35

Policiais militares expulsam estudantes à força de escola ocupada em Goiás

Estudantes que ocupavam a escola Ismael Silva de Jesus, loca-lizado no bairro Vitória, em Goiânia (GO), denunciam que policiais militares (PM) invadiram a escola na manhã segunda-feira (25), sem mandado judicial, e os expulsaram com pontapés, socos e empur-rões. Devido à ação truculenta, nesta terça-feira (26), os estudantes foram ao Ministério Público prestar queixa dos abusos cometidos pela PM na desocupação. O colégio estava ocupado desde dia 17 de dezembro de 2015, em protesto contra o novo modelo de gestão terceirizada das escolas, imposto pelo governo estadual.

Estudantes e apoiadores da Ocupação Ismael Silva relataram na página Secundaristas em Luta, mantida pelos manifestantes no Facebook, que a ação da polícia foi violenta e contou com a coni-vência do diretor da instituição e um funcionário. “Os alunos estão muito machucados. Tem um com uma fratura exposta inclusive, a grande maioria é menor de idade. Não aceitaremos ações trucu-lentas para com jovens que estão lutando pela defesa de uma edu-cação pública e gratuita”, diz um dos textos. Os estudantes temem pela integridade física dos alunos, a maioria entre 13 e 16 anos, que ocupam as outras 26 escolas.

OcupaçõesCom a saída dos estudantes do Colégio Ismael, o número de

colégios ocupados no estado de Goiás caiu para 26. Os municípios que têm escolas ocupadas são Goiânia, São Luís de Montes Belos, Cidade de Goiás, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Os estudantes são contrários à medida do governo de Goiás, que repassará 25% das escolas estaduais para Organizações Sociais (OS) no ano de 2016. Com a medida, cerca de 250 escolas goianas serão geridas, com dinheiro público, por organizações privadas.

35 Com informações de EBC e Folha de São Paulo. Ilustração de Rafael Balbueno.

www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=7852 - 19/11/2015

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

As OS que assumirem as escolas terão, de acordo com o go-verno, autonomia para contratar parte dos professores, e, além dis-so, serão responsáveis pela contratação de todos os trabalhadores temporários do ensino básico estadual goianos – hoje 30% dos trabalhadores das escolas de Goiás. Após o anúncio, estudantes inspirados pela experiência de estudantes paulistas, iniciaram no dia 9 de dezembro de 2015, um processo de ocupação de escolas em todo o estado.

Os estudantes criticam ainda o governo de Goiás por não ter dialogado sobre o projeto de terceirização com eles, familiares e professores. Após o início das ocupações, o governo limitou-se a intimidar os estudantes, com pedidos de reintegração de posse e uso de violência policial, afirma a nota.

Reintegração de PosseNo dia 18 de janeiro, estudantes foram notificados da decisão

Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) pela desocupação de três es-colas públicas estaduais José Carlos de Almeida, Lyceu de Goiânia e Robinho Martins de Azevedo. A partir da notificação, eles têm até 15 dias para deixar as unidades, sob pena de requisição de for-ça policial e multa diária no valor de R$ 50 mil, a ser revertida ao fundo estadual de educação. Ao todo, a Justiça de Goiás decidiu pela desocupação de 14 escolas. Juízes das comarcas de Aparecida de Goiânia e de Anápolis determinaram a reintegração de posse das escolas ocupadas nos dois municípios, três em Aparecida de Goiânia e oito em Anápolis.36

Governador discute temas para desenvolvimento da Grande Goiânia

Marconi encaminhará projeto para criação do Parque Es-tadual da Serrinha e continuará o trabalho pela linha férrea

36 Com informações e imagem de Agência Brasil, e informações de Secundaristas em Luta-GO

http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=7954 - 26/01/2016

Goiânia vai ganhar um parque estadual na região da Serrinha e o projeto de viabilidade técnica do trem de passageiros e cargas que ligará a capital e Brasília (DF) será apresentado no próximo dia 10. Os anúncios foram feitos hoje pelo governador Marconi Perillo, durante o 10º e último fórum 2015 do projeto Agenda Goiás, realizado no salão do Hotel Mercure, em Goiânia, sob o tema Desenvolvimento Urbano.

O evento buscou debater propostas e sugestões para incre-mentar o desenvolvimento na região Metropolitana da capital. Os 10 fóruns contaram com a participação de prefeitos, empresários e especialistas, e tiveram o objetivo de elencar projetos que agreguem competitividade a todas as regiões do Estado nos próximos 10 anos.

Como forma de garantir o desenvolvimento sustentável da região, Marconi afirmou que vai encaminhar o projeto de criação do Parque Estadual da Serrinha, na Região Sul da capital, nas pro-ximidades da divisa com Aparecida, nos próximos dias. “A requa-lificação e o desenvolvimento das cidades passam pela criação de novos parques. Agora mesmo, vou encaminhar o decreto de cria-ção do Parque Estadual da Serrinha para a Casa Civil”, destacou. Um dos pontos mais altos da capital, o parque contará com pista de cooper, iluminação e trilhas, dentre outros logradouros.

Ele disse ainda que o desenvolvimento urbano sustentável é um tema desafiador para todos os governantes hoje. Mas que, com planejamento e parceria, é possível avançar. Um dos exemplos está no processo que viabilizará a ligação férrea entre Goiânia e Bra-sília (DF).

“Vamos receber concluído, no próximo dia 10, na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o Evetea (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) do trem que vai ligar as duas regiões metropolitanas mais importantes de Goiás, depois de mais de cinco anos. Com o Evetea e a sinalização de uma PPP (Parceria Público Privada), vamos nos debruçar nos próximos anos em relação ao projeto executivo, a licitação e recursos públi-cos para executar este projeto”, afirmou.

Ele destacou, ainda, a preocupação do governo do Estado para o andamento dos projetos de saneamento e de mobilidade urbana. “Há 15 anos, Goiânia não contava com o tratamento de efluentes. Todo esgoto coletado era depositado nos leitos dos córregos, rios e mananciais. Viabilizamos a ETE. Neste ano, estamos com 90% de esgoto coletado sendo tratado, principalmente com a expansão do serviço na região Noroeste da capital”, observou.

Sobre mobilidade, anunciou a inclusão do VLT no PAC. “A modernização do Eixo Anhanguera tem compromisso do ministro Kassab e da coordenação do PAC de inclusão do VLT de Goiânia no PAC de mobilidade”, frisou.

CenárioMarconi lembrou ainda o salto em desenvolvimento registra-

do por Goiás após a primeira edição do Agenda Goiás, em 2005. “Há 10 anos, imaginávamos bons resultados, mas não tão expres-sivos como os ocorridos. Nosso PIB era de R$ 50,5 bilhões. Em 2013, saltamos para R$ 151 bilhões. Em apenas oito anos, aumen-tamos R$ 100 bilhões. Neste ano de 2015, devemos chegar a R$ 165 ou 170 bilhões. Este foi um crescimento extraordinário. Mas não foi só a riqueza. Nos últimos dez anos, Goiás foi o Estado que mais reduziu as diferenças sociais. Entre os 20% mais ricos, o ganho foi de 3,3 vezes. Entre os 20% mais pobres, o ganho foi 7,5 vezes. Diminuímos as discrepâncias”, mostrou.

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Ao comentar a evolução dos indicadores do Estado, ele disse que as exportações foram multiplicadas, o processo de industria-lização e prestação de serviços acelerados, com o nascimentos de start ups, arranjos produtivos locais e parques tecnológicos.

“É por isso que devemos continuar. Participei de nove dos 10 encontros desta agenda. Devido a sua importância, precisamos, no próximo ano, agregar as 17 metas do milênio, como o fórum das águas. Este é um desafio que vai integrar todos os atores do nosso Estado. E, claro, precisamos transformar esse planejamento em ação”, anunciou.

Segundo o governador, é preciso que os temas de adensamen-to urbano e do uso do solo, que integram os debates mais impor-tantes da atualidade, assim como o dos transportes, não deixem de ser debatidos.

“O desafio de uma Saúde humanizada, incluindo a atenção básica, e de uma Educação focada no futuro tem de ser enfrentado. Quanto à Educação, independente se o instrumento será OS ou não, precisamos pensar em algo que signifique avanço na presta-ção de serviços ao usuário. A Saúde a cargo do governo estadual já é humanizada. Isso está testado e aprovado. Nosso desafio é de oferecermos uma educação libertadora e pública, mas de qualidade e focada no futuro”, acentuou.

AgendaRealização do jornal O Popular, com apoio do Governo de

Goiás, o Agenda Goiás é focado em três eixos principais: quali-dade de vida, competitividade e gestão de resultados. O objetivo é buscar junto aos agentes públicos e à sociedade sugestões de políticas públicas para elaborar uma agenda estratégica para a pró-xima década.

As outras nove cidades-polo que receberam o programa fo-ram: Rio Verde (com o tema Desenvolvimento Econômico), For-mosa (Proteção Social), Itumbiara (Gestão Pública), Catalão (Edu-cação), São Luís de Montes Belos (Segurança Pública), Aruanã (Meio Ambiente), Porangatu (Saúde), Luziânia (Parcerias Público-Privadas) e Anápolis (Infraestrutura e Logística).

O presidente do Grupo Jaime Câmara, Cristiano Câmara, ava-liou o encerramento desta 2ª edição como “um sucesso”. “Um dos objetivos é construir condições favoráveis ao ambiente da com-petitividade e promover a integração com a população, para me-lhorar as políticas públicas. Conseguimos avançar. Mas podemos ir além. Junto do Consórcio Brasil Central, do Inova Goiás, que prevê R$ 1,17 bilhão de investimentos em tecnologia, e do Goiás Mais Competitivo, vamos conseguir colocar Goiás entre os Esta-dos mais competitivos até 2018”, avaliou.

O secretário de Meio Ambiente, Vilmar Rocha, por sua vez, destacou que o governo tem um acordo com a UFG para impul-sionar um plano de desenvolvimento da região Metropolitana, que será concluído em 2016. “Antes do término, já vamos encaminhar ações. Já temos recurso da Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades para assinar a licitação do projeto do BRT do terminal Veiga Jardim até o Terminal do Cruzeiro, em Aparecida. Serão 5 quilômetros. A solução para mobilidade nas cidades do mundo é o metrô. Mas não fizemos essa opção no Brasil. VLT, assim como o metrô, é caro e demorado. Acredito que a opção é o BRT”, disse.

O presidente do Sebrae, Igor Montenegro, afirmou que, ape-sar do momento difícil, é preciso ter esperança no futuro. Segun-do ele, Goiás tem um papel fundamental no desenvolvimento da economia mundial. “Precisamos reconhecer o nosso gigantismo,

para falar de futuro. A população global continuará crescendo. Os alimentos vêm das áreas de expansão agrícola, principalmente da Região Central do Brasil. Nós vamos contribuir para que o mundo seja alimentado. Isso vai fazer parte do desenvolvimento econô-mico mundial. Somos uma região estratégica para o país e para o mundo. Precisamos de nos apropriar desse discurso cada vez mais. O mundo quer regiões onde haja sanidade de alimentos. Precisa-mos prover isso.”

O secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, des-tacou em sua fala que o momento é de planejar ações para ocupar os espaços e aproveitar estas discussões. “A mobilidade urbana e a poluição visual, por exemplo, são debates que precisam ser feitos. 60% do nosso PIB é de serviços. Ou seja, a riqueza acontece nas cidades, que podem ser fonte de prosperidade de econômica, se tivermos uma plano”, afirmou.

A palestrante Erika Cristine Kneib disse que a ocupação ter-ritorial dispersa, como ocorreu ao longo dos anos em Goiânia e em vários municípios de sua região Metropolitana, encarece so-bremaneira o transporte público, amplifica a desigualdade social e traz uma série de consequências negativas com custos sociais muito altos.

“Já a compacidade urbana, que é o contrário, com o desenvol-vimento orientado ao transporte, leva à sustentabilidade. O Plano Diretor de Goiânia, lei que orienta o crescimento especial da ci-dade e seu desenvolvimento, privilegia o transporte público e o adensamento populacional ao longo dos eixos de transporte, mas apenas isso não é suficiente”, observou.37

Lacen promove ação sobre BiossegurançaO Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysnei-

ros (Lacen-GO) realizou, no dia 05 de maio, ações para sensibili-zar os servidores sobre normas de segurança. A atividade faz parte de um programa que pretende fortalecer as práticas de trabalho se-guras para todos os colaboradores, de acordo com as leis vigentes.

Com esse objetivo, foi feita uma programação que incluiu a exibição de um filme sobre Biossegurança, do programa de educa-ção continuada do Ministério da Saúde - TELELAB; e a apresen-tação da síntese do estudo: “Uma análise sobre possíveis resistên-cias dos profissionais quanto ao atendimento de normas de Saúde e Segurança no Trabalho no Âmbito do Lacen-GO”, elaborado por Ivaneide Caetano dos Santos, coordenadora de gestão de pessoas da unidade.

Finalizando as atividades do dia, foi realizada a cerimônia de posse da nova equipe da CIPA – Gestão 2016 / 2018, que realizou a primeira reunião ordinária no dia 06/05/2016. A nova equipe da CIPA tem como função a prevenção de acidentes e doenças de-correntes do trabalho, de modo a tornar compatível - permanente-mente - a atividade laboral diária, com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.38

37 http://www.dm.com.br/cotidiano/2015/12/governador-discute--temas-para-desenvolvimento-da-grande-goiania.html - 2/12/2015

38 http://www.saude.go.gov.br/view/4430/lacen-promove-acao-so-bre-biosseguranca - 06/05/2016

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RECONHECIMENTO Saúde pública de Flores de Goiás ganha prêmio nacionalCidade recebeu a Comenda Grand Gestor Municipal do

Brasil 2015. Única cidade do Estado a ser contemplada com o prêmio

Secretário Diego Segger foi até a Bahia para receber a pre-miação

A saúde pública de Flores de Goiás, município localizado na Região Nordeste do Estado, foi novamente premiada em âmbito nacional, em evento realizado na Costa do Sauipe, na Bahia, entre os dias 22 e 25 de fevereiro. A cidade recebeu a Comenda Grand Gestor Municipal do Brasil 2015, prêmio máximo de gestão na área de saúde e que reúne os destaques do País. Representando o município, o secretário de Saúde, Diego Segger, foi pessoalmente na solenidade para receber a honraria. Os índices avaliados colo-caram Flores De Goiás entre os 50 melhores do País. O município desde 2013 vem avançando em diversas áreas e a saúde teve suas metas atingidas e com resultados significativos.

Em entrevista ao Diário do Norte, o secretário Diego Segger não escondeu a emoção pela saúde pública de Flores de Goiás ter sido reconhecida nacionalmente pelos avanços alcançados nos úl-timos anos. «Esse prêmio é, acima de tudo, um reconhecimento a equipe que compõe a saúde de Flores, ao prefeito José Dias, aos usuários do nosso sistema público de saúde e aos colegas da admi-nistração municipal”, disse o secretário. Segger agradeceu também aos seus “familiares, aos meus filhos e, é claro, a Deus que é a força da minha vida” conclui o secretario da saúde Diego Segger.

O evento realizado na Costa do Sauipe, na Bahia, entre os dias 22 e 25 de fevereiro adotou critérios para a seleção dos mu-nicípios levando em consideração as ações e projetos praticados a nível municipal; bom uso da verba pública; implementação das estratégias e planos; sociedade, desenvolvendo ações de responsa-bilidade social. Também foi avaliada a gestão de pessoas, focando no sistema de trabalho de sua equipe, bem como o estabelecimento dos princípios e valores da organização municipal.

A comenda, referente à atuação no ano de 2014, é oferecida em reconhecimento por projetos desenvolvidos pelos gestores que se destaquem pela observância às regras técnicas e pela obtenção de resultados positivos para a população. O prêmio foi concedido pela empresa Premium Brasil Group que, por meio de uma minu-ciosa pesquisa entre 5.600 municípios, chegou à lista oficial dos homenageados, entre eles, Flores De Goiás, único município do Estado de Goiás a receber esta Comenda na área da Saúde.39

Governo decreta emergência na Saúde Pública em Goiás

39 Fonte: 29 Março 2015 - Juvenal Juniorhttp://www.jornaldiariodonorte.com.br/noticias/saude-publica-de-flores-

-de-goias-ganha-premio-nacional-13271

Doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti desenca-deiam ações de emergência

O governador Marconi Perillo decreta estado de emergência em saúde pública em Goiás para evitar uma possível epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O decreto será assinado no dia 15 de dezembro, às 8h30, pelo governador Mar-coni Perillo, com a presença dos prefeitos goianos, dentre eles, o da capital, Paulo Garcia, e o de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, em reunião no auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Este ano, a Secretaria de Estado da Saúde notificou 182 mil 537 casos de dengue, com 76 mortes. Goiás teve ainda o registro de cinco casos de febre amarela com três óbitos. A medida também pretende coibir a propagação dos vírus zika e chikungunya no ter-ritório goiano. Até o momento, não existem casos confirmados de zika e chikungunya no Estado. O zika é o responsável pelo surto de microcefalia registrado no país.

Com a adoção do estado de emergência, por um período de 180 dias, o governo do Estado toma uma iniciativa para proteger a população goiana. O decreto autoriza a aquisição, sem licita-ção, de medicamentos para tratamento de pacientes e inseticidas, máquinas e veículos necessários para o trabalho de pulverização para eliminar o Aedes. É o que prevê o artigo 24, inciso IV, da Lei 8.666/93, que estabelece as normas para licitações e contratos da administração pública federal, estadual e municipal.

Por ser de interesse público, o decreto do governador, também permite a contratação temporária de pessoal para atuar nas ações preventivas de controle do mosquito, com base na Lei estadual 13.664/2000.

Ação ConjuntaO decreto cria ainda o Comitê Executivo Estadual de Comba-

te ao Aedes, a ser coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Além da SES-GO, fazem parte do Conselho repre-sentantes das seguintes secretarias: Secretaria de Gestão e Pla-nejamento; Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte; Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos; Secretaria de Segurança Pú-blica, Justiça e Administração Penitenciária; Secretaria Estadual da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e do Trabalho; Agência Goiana de Transportes e Obras e Saneamento de Goiás (Saneago).

Ação do AedesDe acordo com o boletim da dengue mais recente, com dados

até o dia 28 de novembro, Goiás registrou neste ano 182 mil 537 casos notificados da doença, com 76 óbitos. O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão de casos prováveis da doença no país. Goiás registrou a maior incidência de dengue, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil habitantes. As picadas do mosquito Aedes também provocaram a notificação de 122 casos de chikungunya no Estado.

O mosquito também é o transmissor do zika vírus, apontado como responsável por casos de microcefalia. A SES-GO investiga três casos suspeitos deste tipo de anomalia congênita em bebês, embora não tenha confirmado nenhuma pessoa contaminada pelo zika no Estado. Em relação à febre amarela, a SES-GO confirmou cinco casos, mas todos causados pelo mosquito Haemagogus, de origem silvestre.1

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

Comitiva do Estado, MP e TCE conhecem experiência da saúde de Goiás

Camilo Santana se encontrou com o governador de Goiás, Marconi Perillo, e destacou ações que deram certo e estão sendo analisadas para serem implantadas no Ceará.

Ao lado de gestores do Estado e representantes do Ministério Público e Tribunal de Contas do Ceará, o governador Camilo Santana visitou Goiânia nesta sexta-feira (26), para conhecer o sistema de gestão da Saúde do Estado de Goiás, considerado modelo pelo Ministério da Saúde. “Queremos aprofundar o intercâmbio com Goiás, para que a gente possa discutir essas boas experiências daqui e trazer também o que temos de bom na saúde do Ceará.

Nosso objetivo é sempre o melhor atendimento para quem mais precisa usar a nossa rede de saúde pública. Saio muito impressionado, não só com a visita, mas também com toda a integração dos municípios e o Estado”, disse Camilo.

Com o objetivo de trocar experiências, a comitiva pôde ver in loco, durante todo o dia, os modelos de gestão de Organização Social (OS), controle, fiscalização e qualidade do serviço. “O mais importante é atender bem à população. Essa área da saúde é muito sensível. Exige muito dos gestores um olhar cuidadoso. A nossa intenção é garantir que a população do Ceará tenha um atendimento de saúde melhor, com mais qualidade. Por isso, vamos levar essa experiência de Goiás, com muito diálogo com os sindicatos, com o Ministério Público e as instituições”, ressaltou o governador do Ceará.

Camilo Santana citou ainda que a rede de saúde pública do Ceará foi ampliada e que vem sendo aperfeiçoada, com aporte significativo do Estado perante o Sistema Único de Saúde (SUS). O Ceará conta com uma rede distribuída em todo o estado: 10 hospitais, 19 policlínicas, 23 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 24 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), além de Hemocentro e Laboratório. “Temos hospitais que são gerenciados por OS (organizações sociais) e hospitais que são gerenciados ainda pela administração direta do Estado. Há uma diferença no modelo”, explicou.

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Humanização e tecnologiaA comitiva foi recebida pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, na Secretaria da Saúde. Em seguida, conheceu o Conecta SUS, sistema

de monitoramento da Secretaria da Saúde de Goiás, para acompanhamento em tempo real da situação dos hospitais e outros equipamentos. O secretário Leonardo Vilela apresentou as salas que monitoram os índices, entre eles os relacionados ao Aedes aegypti no estado.

A terceira agenda do dia na capital de Goiás foi a visita às instalações do Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo). A unidade de saúde é referencia em traumatologia e atende média e alta complexidade. Na sequência, mais dois hospitais da cidade foram visitados, o Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol).

“Estou impressionado com a qualidade do ambiente físico do hospital e constatamos um alto nível de satisfação pelos pacientes. O Governo de Goiás adotou a humanização no atendimento e isso muda a qualidade de atendimento aos pacientes nas unidades hospitalares”, destacou Camilo.

Participam da comitiva cearense os secretários Henrique Javi (Saúde), Alexandre Landim (Casa Civil), Juvêncio Viana (PGE) e Maurício Holanda (Educação), o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edilberto Lima. “Essa experiência de Organizações Sociais (OS) deve ser levada para outros estados da federação, por isso nós viemos aqui acompanhados do Procurador Geral do Ministério Público e do Presidente do TCE para que eles também vejam como esse modelo trouxe um resultado muito positivo para a população de Goiás”, disse o governador cearense.

EducaçãoA visita a Goiânia também incluiu reunião com a secretária de Educação, Esporte e Cultura de Goiás, Raquel Teixeira, para troca de

experiências sobre o modelo de gestão das escolas do estado, que são por meio de Organizações Sociais (OS).“O Ceará tem sido destaque em nível nacional pelo sucesso, pelos resultados e avanços na educação. Também temos as Escolas Estaduais

de Educação Profissional, que têm participação de OS. O importante é que a gente possa cada vez mais conhecer as experiências que estão dando resultado”, avaliou Camilo Santana.

Fonte: 26.02.2016Thiago Cafardo Porta-voz / GovernadorFotos: Carlos Gibaja / Governo do Ceará http://www.saude.ce.gov.br/index.php/noticias/47384-comitiva-do-estado-mp-e-tce-conhecem-

experiencia-do-sistema-de-saude-de-goias-

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Vacinação contra H1N1 é antecipada na rede pública de Goiás; veja datas

Prazo começa no dia 12 em Goiânia, Região Metropolitana e Anápolis. No entanto, apenas grupos considerados de risco pode-rão ser imunizados.

Pacientes enfrentam fila para se vacinar contra H1N1 na rede privada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás antecipou para a pró-xima terça-feira (12) o início da campanha de vacinação contra o vírus da gripe H1N1, em parte do estado, incluindo Goiânia, Região Metropolitana e Anápolis. Entretanto, apenas os grupos considerados de risco poderão ser imunizados na rede pública.

Desde o início do ano, já foram confirmados 10 casos da doen-ça, com cinco mortes em Goiás.

A campanha na rede pública vai usar o lote de vacinas já de 2016 e pretende atender idosos a partir de 60 anos, crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, trabalhadores da saúde, povos indí-genas, gestantes e portadores de doenças crônicas. “Esse grupo é prioritário porque 70% dos óbitos estão dentro desse grupo de risco”, disse o secretário de Saúde do estado, Leonardo Vilela.

Quem se encaixa nesses grupos deve procurar as unidades de saúde em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana, Anápolis e municípios vizinhos a partir do dia 12 para ser imuni-zado. É necessário levar certidão de nascimento para comprovar a idade e, em casos de gestantes e portadores de doenças, é preciso apresentar atestado médico comprovando a condição.

Nos demais municípios, a imunização começa no dia 18 de abril, também só para os grupos de risco. Em todo estado, a cam-panha vai até o dia 20 de maio.

Aqueles que não pertenceram aos grupos de risco citados não serão vacinados na rede pública. Se quiserem se imunizar, devem procurar unidades de saúde particulares. Nesses locais, a dose va-ria de R$ 130 a R$ 170.

Inicialmente prevista para começar dia 30 de abril, a campa-nha foi antecipada para tentar barrar o aumento no número de ca-sos. Segundo o secretário da Saúde, “Goiás caminha para ter uma epidemia de H1N1”, justificando a nova data.

Dos 10 casos confirmados de H1N1 no estado, três deles fo-ram em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e dois em Goiânia. Ca-choeira Alta, Quirinópolis, Caldas Novas, Planaltina de Goiás e Ouvidor registraram um caso cada. Já as mortes aconteceram em Goiânia, Rio Verde, Caldas Novas, Planaltina de Goiás e Ouvidor.

Rio VerdeA cidade é a que mais sofre atualmente com a doença. Tanto

que o secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, considera a quantidade de casos como um “surto”. No município, ocorre a vacinação de grupos prioritários desde o último dia 26 de março.

Todos os 12 postos de saúde realizam imunizações de segun-da a sexta-feira das 8h às 17h. É preciso levar o cartão de vacina - caso a pessoa ainda não tenha, ele é confeccionado no local. A Secretaria Municipal de Saúde ainda não estipulou uma quantida-de de quantas pessoas devem ser vacinadas.40

Seminário discute estratégias e ações para a luta antima-nicomial em Goiás

O Fórum Goiano de Saúde Mental (FGSM) - em parceria com o Sindsaúde - realiza nos dias 18, 19 e 20 deste mês, o Encontro Goiano da Luta Antimanicomial. O evento, que é uma referência ao Dia Internacional da Luta Antimanicomial - comemorado em 18 de maio - vai ocorrer no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, no Setor Universitário.

O objetivo é discutir a política de Saúde Mental em Goiás e os atuais desafios da reforma psiquiátrica antimanicomial na perspec-tiva do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Apesar de alguns exemplos positivos, Goiás ainda caminha na contramão dos princípios da reforma psiquiátrica, com ações burocráticas, agendamento, medicalização dos processos de traba-lho, assumindo características semelhantes às instituições manico-miais”, afirma o documento de divulgação do evento.

Durante o evento, os organizadores pretendem homenagear o Drº Marcus Vinícius de Oliveira Silva, defensor ativo da reforma psiquiátrica e professor na Universidade Federal da Bahia, ele foi assassinado numa emboscada encomendada por grileiros, quando defendia as terras dos indígenas na Bahia.41

40 Fonte: Vitor Santana - G1 GO - 07/04/2016 http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/04/vacinacao-contra-h1n1-e-an-

tecipada-na-rede-publica-de-goias-veja-datas.html

41 Fonte: 17/05/2016http://www.sindsaude.com.br/noticias_ver/seminario-discute-estrategias-

-e-acoes-para-a-luta-antimanicomial-em-goias

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Escola de Saúde Pública é parceira do processo de planificação em Goiás

O objetivo principal é a reorganização dos processos de trabalho para a padronização do atendimento bem como na regulação dos casos partindo das unidades básicas de saúde, nos 246 municípios de Goiás.

Serão realizadas, ao todo, 11 oficinas que foram iniciadas em 2015, e previstas para se encerrarem em 2018, envolvendo as 18 regiões de saúde. As Oficinas tem a participação dos técnicos dos níveis central e regional, que atuam como facilitadores, para posterior trabalho com os municípios, que resultarão na aplicação prática dos processos de trabalho.

Os conhecimentos adquiridos nas oficinas, resultarão na prática para conhecimento aos profissionais, que vão contribuir melhoria no desenvolvimento nas unidades de saúde, para a aplicação as normas/ protocolos das ações nas áreas de vacinação, pré-natal, programas de tuberculose, hanseníase, diabetes, hipertensão, e outros.... bem como melhorando os conceitos sobre a rede de atenção à saúde.

Segundo a gerente de Atenção à Saúde da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde de Goiás, Marisa Aparecida de Souza e Silva, nas oficinas são orientados aos facilitadores, de como organizar um planejamento de como devem proceder os treinamentos nos municípios. A metodologia a ser utilizada , por exemplo, poderá ser um estudo de caso de acordo com a realidade local.

A partir desse processo de organização / reorganização que pode garantir a otimização do serviço público de saúde e um melhor aten-dimento prestado |à população. A assessora técnica da Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Loreta Marinho Queiroz Costa, explicou que a Escola de Saúde Pública deve estar sempre inserida no processo para identificar as necessidades e desenvol-ver sistemas pedagógicos para a qualificação dos trabalhadores. “ A Esap-Sest/SUS tem a missão de formular, coordenar, executar e avaliar a política estadual de educação em saúde no estado de Goiás, concluiu”.42

ESAP/ SEST-SUS querem ampliar parceria de ensino em saúde pública

42 Fonte: 21/03/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/209521/escola-de-saude-publica-e-parceira-do-processo-de-planificacao-em-goias

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ESAP/ SEST-SUS querem ampliar parceria de ensino em saúde pública

Com o intuito de fortalecer parcerias com a Secretaria de Saú-de de Goiás o reitor da Universidade Federal de Goiás, Orlando Afonso Valle do Amaral, visitou hoje as instalações do Conecta-SUS, que é o Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde, a convite do secretário Leonardo Vilela e da superintenden-te de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Irani Ribeiro. O objetivo é ampliar as ofertas de vagas em cursos de especialização e mestrado. Na prática isto significa a ampliação de convênios en-tre as duas instituições para a qualificação dos servidores do SUS em análise de dados fornecidos pelo Conecta-SUS para a posterior definição de estratégias de saúde pública. Para tanto será autoriza-do o acesso da UFG ao Conecta-SUS.

Além disso estão sendo negociados vários outros cursos e for-mas de qualificação dos servidores que atuam no SUS. Uma delas é a realização de oficinas voltadas para a capacitação do corpo do-cente da Secretaria de Saúde no sentido de melhorar cada vez mais a qualidade dos cursos oferecidos pela ESAP/SEST-SUS.

A superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Irani Ribeiro, informou que a ESAP/SEST-SUS também pre-tende retomar a capacitação dos preceptores, que são os preparadores dos residentes médicos e multiprofissionais nos hospitais públicos. Existe também a proposta de ampliação de vagas para o mestrado em saúde coletiva. Para ela o objetivo maior da parceria é buscar a qualidade dos serviços prestados à população desde a atenção básica até as assistências especializadas nas mais diversas áreas.43

Secretário Leonardo Vilela recebe médicos do HDT: “UTI terá 10 leitos sendo 4 de isolamento”

Dirigentes de entidades médicas também estiveram na SESO secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela, recebeu

nesta terça-feira, 17/05, dirigentes de entidades médicas, convida-dos para uma conversa sobre a assistência hospitalar e a parceria estabelecida com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). O presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás, Rafael Martinez, e o presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Leônidas Fernan-des, afirmaram que sempre foram ouvidos pela gestão e atuam em conjunto para a evolução da Saúde Pública.

43 Fonte: 10/03/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/209219/esap--sest-sus-querem-am-

pliar-parceria-de-ensino-em-saude-publica

“A administração pelas Organizações Sociais, de fato, melho-raram as condições de trabalho nos hospitais estaduais, que antes angustiavam os profissionais. O Simego, desde o começo, nunca se posicionou contrário”, afirmou Rafael Martinez. Ele reconheceu ainda as conquistas efetivadas como os bônus para os médicos e para os auditores médicos estaduais.

Já o presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, parceira da SES em projetos de capacitação profissional, pontuou que colegas expressaram preocupação com noticias de fechamento da UTI pe-diátrica no HDT.

O secretário Leonardo Vilela foi categórico: “Jamais cogita-mos fechar serviço, e sim melhorar, ampliar e fortalecer. Estamos discutindo como aplicar melhor os recursos públicos, garantindo ao mesmo tempo uma qualidade integral”. O presidente do Cre-mego, Aldair Novato, impossibilitado de comparecer ligou para o secretário e garantiu total apoio à SES, que busca manter canais de diálogo abertos a toda sociedade.

UTI será ampliadaA mesma afirmação foi feita pelo secretário Leonardo Vile-

la à comissão de médicos do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), liderada por Boaventura Braz de Queiroz e João Alves de Araújo. Os médicos esclareceram dúvidas e fizeram sugestões, como a de que a ampliação da UTI pediátrica contemple a proporção de 4 leitos de isolamento e 6 comuns.

Na reunião, o secretário Leonardo Vilela pontuou a necessida-de de otimização da ocupação de leitos do HDT para uma melhor resposta à assistência dos casos graves de dengue e outros agravos e demandou acertos com a regulação para que isso seja reavaliado.

“Não temos nenhuma intenção de interferir na gestão que tem sido eficiente e dado respaldo à evolução do trabalho. Queremos sim, contribuir com esses desafios da Secretaria de Saúde, pois temos no HDT nossa casa”, pontuou João Alves, médico infecto-logista e servidor efetivo, concursado desde 1992. Leonardo Viela reiterou: “O canal de diálogo com a SES está aberto, nossas deci-sões são colegiadas e transparentes”.

Por orientação do secretário, os médicos do HDT farão um documento contendo sugestões do corpo clínico para efetivar a ampliação de novos serviços no hospital. “Queremos que com sua experiência e comprometimento, nos ajudem a pensar o HDT da-qui a 10 anos, que é o que queremos para estabelecer metas do contrato que estamos renovando com a Organização Social”, fina-lizou Vilela.44

Semana de Enfermagem do HGG resgata história da pro-fissão em Goiás

Abertura acontece nesta terça-feira, 17 de maio, a partir das 18h30, no Auditório. Durante quatro dias, ocorrerão palestras, premiação para profissionais destaques, exposição de fotografias e desfile vestimentas antigas

A profissão de enfermagem surgiu do desenvolvimento e evo-lução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. Com o intuito de resgatar essa história e homenagear aos enfermei-ros que deixaram o seu legado e principalmente aos que exercem a profissão no Estado, o Hospital Alberto Rassi – HGG promove,

44 Fonte: 17/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4493/secretario-leonardo-vilela-recebe-

-medicos-do-hdt-ldquo-uti-tera-10-leitos-sendo-4-de-isolamento-rdquo

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entre os dias 17 e 20 de maio, a XVII Semana de Enfermagem da unidade. Com o tema “Enfermagem: Uma história de defesa da vida, da saúde, e da qualidade do cuidado”, a abertura acontece nesta terça-feira, 17, a partir das 18h30, no Auditório.

Com o apoio da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), o hospital promoverá na abertura um desfile com vestimentas de roupas do século passado, e uma exposição com a história da profissão. De acordo com a enfermeira da Educação Continuada e uma das organizadoras do evento, Fabrícia Cândida, a Semana no HGG segue a linha nacional que é resgatar a histó-ria da enfermagem, principalmente no âmbito estadual. “A ideia é mostrar a evolução das roupas e das práticas que se aperfeiçoaram com o tempo. A equipe de enfermagem atual poderá conhecer o que era feito há mais de cem anos, através da exposição fotográfica e do desfile”.

Além disso, os profissionais que se destacaram também serão homenageados. A programação conta com palestras que abordarão temas como higienização bucal em paciente em ventilação mecâ-nica e espontânea, cuidados paliativos, práticas seguras de higie-nização, entre outros. Uma das maiores pesquisadoras da história da enfermagem em Goiás com atuação na PUC-GO, a primeira enfermeira a obter o título de doutora, Celma Martins Guimarães, que também será homenageada no evento, elogiou a iniciativa do hospital. “Isso que vocês estão fazendo é fantástico. É preciso que divulgar a nossa história, é preciso que os outros conheçam as nos-sas conquistas”, afirmou.45

Hugol já realizou mais de 316 mil exames em 10 meses

O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – Hugol já realizou 316.263 exames em 10 meses de funcionamento da unidade, de julho a abril de 2016, com uma média de 31 mil exames/mês. Grande parte desse número advém do Laboratório de Análises Clínicas do Hugol, que realiza exames de rotina, emergên-cia e testes especializados em pacientes atendidos no pronto socorro, internações, UTI’s e ambulatório de retorno cirúrgico do hospital.

De acordo com Luma Correia, Supervisora de Análises Clí-nicas, os exames realizados contemplam as áreas técnicas da Bioquímica, Hematologia, Microbiologia, Imunologia, Gasome-tria, Marcadores Cardíacos, Uranálise e Parasitologia, através de equipamentos modernos com programa de qualidade, “pois o in-vestimento em tecnologia é indispensável para garantir qualidade e segurança nos exames. Entre os diferenciais do laboratório do

45 Fonte: 16/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4485/semana-de-enfermagem-do-hgg-

-resgata-historia-da-profissao-em-goias

Hugol estão a capacitação contínua dos profissionais e a moderni-zação tecnológica dos procedimentos com foco no atendimento ao paciente 24 horas por dia”, explica a biomédica.

No âmbito hospitalar, os resultados devem ser obtidos de for-ma rápida devido à necessidade de se avaliar, em um curto inter-valo de tempo, o quadro clínico de pacientes internados. Os resul-tados produzidos devem refletir com alto índice de assertividade o quadro clínico apresentado pelos pacientes, assegurando que não haja interferência no processo e garantindo ao público usuário con-fiabilidade quanto os resultados gerados nas análises clínicas.

Luma relata ainda sobre o sistema informacional utilizado na unidade, que integra o cadastramento único de pacientes, promove a identificação de amostras por código de barras, transmissão e impressão de resultados à distância, proporcionando absoluta se-gurança ao paciente. “A automação é elevada para quase todos os tipos de exames e o controle da qualidade proporciona níveis de coeficientes de desempenho acima dos 95%”, conclui.46

Última semana teve redução de 82% de casos de dengue em relação a 2015

Os números de casos de dengue no Estado da última semana epidemiológica (1º a 7 de maio) foi 82% menor do que o mesmo período do ano passado. Essa informação está no mais recente bo-letim da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde (SES), referen-te a semana epidemiológica 18. Segundo o documento, na última semana houve 1.937 notificações, enquanto que, em 2015, foram feitos 10.482 registros.

Nesse ano, a queda dos números vem acontecendo desde mea-dos de fevereiro, semana epidemiológica 14, quando foram noti-ficados 6.870 casos. Desde então, as notificações estão em curva decrescente de semana a semana, chegando aos números atuais (1.937 casos). Segundo o secretário Leonardo Vilela, esses núme-ros positivos são reflexos do “Goiás Contra o Aedes”, que desde o início do ano eliminou mais de 100 mil focos de Aedes no Estado.

Com a diminuição nas últimas semanas, houve um decréscimo de casos durante todo o ano, quando comparado com 2015. Até o momento, em 2016, foram notificados, em todo o Estado, 119.788 casos da doença, enquanto que no ano passado foram 121.048 ca-sos no período, o que representa redução de 1%. Goiânia lidera o número de casos, seguidos por Anápolis e Aparecida de Goiânia. Até o momento houve 5 óbitos confirmados.

46 Fonte: 16/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4484/hugol-ja-realizou-mais-de-316-

-mil-exames-em-10-meses

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Operação “Goiás Contra o Aedes”A operação “Goiás Contra o Aedes”, desencadeada pela Se-

cretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) em dezembro do ano passado, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, su-perou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de reduzir em 1%, até abril, os índices de infestação do Aedes aegypti nos imó-veis de todo o Estado. Os dados da força-tarefa apontam que nos primeiros 12 dias de maio apenas 0,25% dos imóveis goianos es-tão com focos do mosquito. Em comparação com o início do ano, a queda é de mais de 93%. Em janeiro, esse índice era de 3,99%. Com o avanço da ação, tais índices decresceram para 2,11%, em fevereiro; 1,19%, em março; chegando a 0,39%, no fim de abril.

Foram 6 milhões de vistorias realizadas desde o início da ope-ração. A força-tarefa conseguiu impedir o surgimento de aproxi-madamente 100 milhões de mosquitos, com a eliminação de cerca de 100 mil criadouros.47

Casos de câncer de mama não têm elo com césio-137, aponta estudo

Um estudo da Sociedade Brasileira de Mastologia mostra que os novos casos de câncer de mama em mulheres de Goiânia não têm relação com o acidente radiológico com o césio-137, ocorrido em setembro de 1987. Além disso, a pesquisa aponta que não há ligação entre a doença e níveis de renda ou adensamento popula-cional.

De acordo como presidente da Sociedade Brasileira de Mas-tologia Ruffo de Freitas Júnior, a pesquisa não foi motivada por um aumento no número de casos de câncer de mama na região. “Existe o aumento no número de casos, isso infelizmente acontece. Mas esse aumento em Goiânia tem a mesma proporção de outras cidades. Isso já mostra que não existe uma relação entre o césio e os tumores”, disse.

Durante o estudo, foram medidos, entre 2010 e 2014, os níveis de radiação em milhares de pontos na região central da cidade, local onde aconteceu o acidente radiológico, e não foi encontrado nenhum nível fora dos padrões estabelecidos nacional e interna-cionalmente. Além disso, foi feito um mapeamento de onde as mu-lheres que têm a doença moram.

“Colocando o mapa das medições da radiação e de onde as pacientes vivem, percebemos que não há qualquer ligação entre as duas análises”, esclareceu o presidente da entidade.

Diante dessas conclusões, Júnior destaca a importância do es-tudo. “Isso coloca uma pedra em cima da questão que todo o país questiona, que é sobre o acidente e as consequências. Isso tem uma implicação social, financeira e médica para toda a população. Po-demos assegurar com muita tranquilidade que não há relação entre o césio e o câncer de mama”, explicou.

Ainda de acordo com o médico, grande parte da doença está ligada à mudança de vida, atividades físicas e consumo de hormô-nios pela população.

CâncerO médico destacou que o principal fator para dar uma maior

chance de cura para as pacientes é o diagnóstico no estágio inicial, possibilitado pelos exames de rotina. Atualmente, cerca de 50 mil novos casos são registrados anualmente em todo o Brasil.

47 Fonte: 13/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4479/ultima-semana-teve-reducao-

-de-82-de-casos-de-dengue-em-relacao-a-2015

Para a psicóloga Márcia de Faria Veloso, esses números estão ligados a vários fatores. “Falta de informação, de conscientização, medo de um diagnóstico de câncer, medo de dor ao realizar a ma-mografia e outras questões que impedem elas de chegar a tempo em um estágio inicial do câncer, que tem cura”, disse.

Para a pensionista Berenice Rosa Guimarães, a doença é mui-to chocante, mas participar de grupos de assistência aos pacientes ajuda no tratamento. “Você quer morrer, você acha que chegou no fundo do poço, que acabou a vida para você. Mas aí vem a força, a gente vira uma irmã, família”, disse.

Césio-137A tragédia envolvendo o césio-137 deixou centenas de pes-

soas mortas contaminadas pelo elemento e outras tantas com se-quelas irreversíveis. O incidente teve início depois que dois jovens catadores de papel encontraram e abriram um aparelho contendo o elemento radioativo. A peça foi achada em um prédio abandonado, onde funcionava uma clínica desativada.

Mesmo passadas mais de duas décadas da tragédia, o acidente ainda deixa resquícios de medo. Um exemplo é a situação do lo-cal onde morava uma das pessoas que encontraram a peça. A casa em que vivia o catador foi demolida no mesmo ano em que tudo ocorreu. Apesar de o solo ter sido todo retirado e ter sido substi-tuído por várias camadas de concreto, nunca mais qualquer tipo de construção foi feita no local.

RiscosSegundo o supervisor de radiodivisão César Luis Vieira, que

também trabalhou na época do acidente, o risco de contaminação em Goiânia foi praticamente extinto. “Se for comparar o resultado de hoje com o da época, é uma diferença [de radiação] quase mil vezes menor”, afirma.

César explica ainda que o nível de radiação da cidade é con-siderado dentro dos padrões normais. “Não há nenhum lugar que não tenha material radioativo, como, por exemplo, o urânio, que está no solo. É o que a gente chama de radiação natural, mas que não oferece risco”, complementa.

Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na capital goiana após o acidente. Todo esse material com suspeita de contaminação foi levado para a unidade de do Cnen em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capital, onde foi enterrado.

Passadas mais de duas décadas, os resíduos já perderam meta-de da radiação. No entanto, o risco completo de radiação só deve desaparecer em pelo menos 275 anos.48

48 Fonte: G1 Goiás - 12/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4458/casos-de-cancer-de-mama-nao-

-tem-elo-com-cesio-137-aponta-estudo

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Saúde de Goiás e do DF participam de reunião no Conecta SUS sobre Sala Interfederativa

Em reunião de trabalho, os membros da Sala Interfederativa apresentaram resultados e discutiram estratégias futuras para ações de combate ao Aedes na Região do Entorno

Equipes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) e da Saúde do Distrito Federal (SES-DF) se reuniram nessa quarta-feira, 11 de maio, no Centro de Informações e Decisões Estratégi-cas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann para discutir estratégias para ações do “Goiás contra o Aedes” no Entorno. No encontro, coordenado pela superintendente de Vigilância em Saú-de da SES-GO Maria Cecília Martins Brito, foram apresentadas várias situações relativas aos trabalhos de combate ao Aedes ae-gypti em Goiás.

O coordenador geral de ações estratégicas em dengue, Murilo do Carmo, fez uma explanação dos números da dengue no Estado, comparando os dados desde 2013, até o mês de abril deste ano. Os resultados revelaram que, nos quatro meses deste ano, o Estado reduziu em 90% o número de focos do mosquito, superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de reduzir em 1%, até abril, os índices de infestação do Aedes aegypti nos imóveis do Estado. O percentual de domicílios com foco do mosquito, nos municípios goianos, diminuiu de 3,99%, em janeiro, para 0,39%, em abril – queda de 90%.

Os governos de Goiás e do DF querem avançar também no combate ao Aedes nos municípios do Entorno. Com esse objetivo firmaram uma parceria, em março desse ano, durante a estrutura-ção da Sala Interfederativa. A região é a mais crítica do Estado, tanto em relação aos criadouros, quanto das notificações de doen-ças. Foram mais de 7,5 mil casos de dengue em 2016.

Entre as medidas adotadas por Goiás e DF, a Sala Interfedera-tiva é a que chama mais atenção. O local, instalado no escritório da representação de Goiás no DF, é a primeira iniciativa no País que une dois entes da federação para o combate ao Aedes. Do ambiente são coordenadas as ações do Goiás contra o Aedes nos municípios do Entorno. A sala busca, por meio do monitoramento efetivo, so-luções em conjunto para aprimorar o trabalho. Todos os 19 muni-cípios do Entorno também participam dessa sala.

Durante a reunião, os técnicos ainda discutiram sobre o estreita-mento das relações em relação às notificações dos casos e óbitos das doenças causadas pelo Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya.

Da SES-DF participaram da reunião a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Cristina Segatto, o chefe da assesso-ria de mobilização social da SES-DF, Ailton Domício da Silva; a chefe do núcleo de vigilância ambiental de Santa Maria, Viviane de Cássia; e o chefe do núcleo de saúde de Planaltina.

Conecta SUSApós a reunião, os representantes da SES-DF conheceram de

perto o Conecta SUS. O trabalho de monitoramento dos indicado-res de saúde do Estado foi apresentado pelo coordenador da As-sessoria de Informação em Saúde da SES, Alan Kardec Filho. Os técnicos também ouviram as explicações do Corpo de Bombeiros Militar sobre o monitoramento em tempo real das visitas realiza-das nos imóveis na força-tarefa Goiás contra o Aedes.

“Vocês estão de parabéns. Nós queremos conhecer melhor o trabalho, pois já temos a intenção de montar uma sala de situação lá parecida com o trabalho que é desenvolvido aqui. E temos que seguir os bons exemplos”, disse a diretora de Vigilância Epidemio-lógica da SES-DF, Cristina Segatto, ao final da visita ao Conecta SUS. Ela falou, ainda, da intenção de uma equipe do Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde-DF) voltar ao Centro em breve.49

Goiás volta a realizar transplante de coração

Depois de seis anos sem oferecer esse serviço, a Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás passou a oferecer o procedimento aos pacientes no Estado

A Central de Transplantes de Goiás, gerência da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), viabilizou nesse domingo, 08 de maio, captação de múltiplos órgãos no Hospital Santa Mô-nica. A unidade de saúde somou-se às dez outras instituições que captam órgãos em Goiás. Foram captados coração, fígado, dois rins e duas córneas. A equipe de cirurgia cardíaca do Hospital Lú-cio Rebelo implantou o coração doado em um paciente que aguar-dava na fila pelo procedimento.

Esse foi o primeiro transplante cardíaco em Goiás, depois de seis anos sem oferta desse serviço que, anteriormente, era realiza-do no Hospital Santa Genoveva. Em Goiás, também são captados rins, pâncreas, medula óssea e córneas.

“Essa foi a primeira captação no Santa Mônica, cuja diretoria, juntamente com a direção do Lúcio Rebelo, colocou-se muito fa-vorável a dar prosseguimento a essa parceria. A partir daqui tenho certeza de que vamos aumentar o número de doação de múltiplos órgãos. Estamos muito satisfeitos e nesse ano ainda prevemos rea-lizar, de forma inédita, o transplante de fígado”, afirma o gerente da Central de Transplantes, Luciano Leão.50

49 Fonte: 11/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4455/saude-de-goias-e-do-df-partici-

pam-de-reuniao-no-conecta-sus-sobre-sala-interfederativa50 Fonte: 09/05/2016

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Mais Saúde para GoiásO Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), apresenta o PROGRAMA MAIS SAÚDE PARA

GOIÁS. Nesta ação, a SES-GO estabeleceu, dentre suas prioridades, o fortalecimento da atenção primária, seu monitoramento e avaliação. Este é um programa inovador do governo estadual e está instituindo uma nova lógica para a organização da Atenção Primária à Saúde (APS), estreitando as relações entre o Estado e os municípios, fortalecendo as capacidades de assistência e de gestão, com vistas à implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) na implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). Este programa conta com a parceria do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS)

MISSÃOOferecer uma Atenção Primária à Saúde de qualidade e resolutiva em todo o Estado de Goiás

VISÃOEstar, até 2018, com a Atenção Primária à Saúde (APS) organizada no Estado e nos Municípios, atuando como porta de entrada do SUS,

com resolubilidade e responsabilidade pelos cuidados aos cidadãos.

OBJETIVO GERALRestruturar a Atenção Primária à Saúde, garantindo à população, acesso a serviços de qualidade, humanizado, com equidade e resolu-

bilidade, desenvolvendo habilidades e competências dos profissionais de saúde e gestores em uma Atenção Primária à Saúde de qualidade.51

Centro de excelência faz nova pesquisa com moradores de Faina

O Centro de Excelência, Ensino, Pesquisas e Projetos - Leide das Neves Ferreira, da Superintendência de Educação em Saúde e Tra-balho para o SUS, iniciou uma nova pesquisa científica com um grupo de moradores de Faina, na região central de Goiás, para identificar possíveis portadores de genes do xeroderma pigmentoso. Está sendo feita a coleta de material genético, sangue e saliva, de 71 pessoas para análise molecular (DNA) em laboratório. O que o geneticista Rafael Souto pretende com o estudo é descobrir se existem, entre a população local, potenciais portadores da mutação, mas que não desenvolveram nem desenvolverão a doença.

A partir da análise do material coletado e da identificação dos pacientes será feito um aconselhamento genético dos indivíduos em idade fértil a fim de evitar o nascimento de novos portares do xeroderma, já que a anomalia pode ser transmitida dos pais para os filhos. Os exames devem ser feitos através de uma parceria com o Hospital Araújo Jorge, Universidade Federal de Goiás - UFG, em Goiânia, e Universidade de São Paulo - USP. De posse dos resultados o Centro de Excelência emitirá os laudos que deverão ser usados para orientar a assistência de saúde prestada a cada pessoa individualmente.

A assistência aos pacientes de xeroderma pigmentoso e o trabalho de pesquisa, feitas pela Secretaria da Saúde de Goiás, começou em 2009 quando 145 moradores da comunidade de Faina foram testados molecularmente e identificados 27 pacientes com a doença. De posse do laudo científico todos conseguiram receber benefício do INSS devido à incapacidade para o trabalho provocada pela doença. Como parte do estudo os moradores também responderam a um questionário de avaliação de qualidade de vida cujos dados auxiliam na definição do diagnóstico.

http://www.saude.go.gov.br/view/4435/goias-volta-a-realizar-transplante-de-coracao51 Fonte: 27/10/2015http://www3.saude.go.gov.br/view/3176/mais-saude-para-goias

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Segundo Rafael Souto a escolha dos participantes da pesquisa é baseada nas características hereditárias seja de parentesco com pacientes doentes ou que sejam comprovadamente portadores dos genes do xeroderma. Ele salientou que são os diagnósticos defini-dos na pesquisa que norteiam os tratamentos que devem ser ofere-cidos pela equipe multidisciplinar que atende aos pacientes. Con-forme suas explicações a pesquisa subsidia as rotinas de saúde e até mesmo mostra o caminho para a capacitação dos profissionais que atuam na área. O ideal, para o geneticista é que a assistência seja cada vez mais associada à pesquisa para que o serviço alcance o maior nível de eficácia pos.52

Escola de Saúde Pública oferece capacitação sobre cuida-dos pediátricos

A Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS – Sest-SUS, através da Escola Estadual de Saúde Pública Cândido Santiago, promove de 1º de abril a 20 de maio próximos o curso de capacitação em cuidados pediátricos para médicos que atuam na rede de atenção primária à saúde (estratégia de saúde da família). As aulas serão presenciais, com carga horária de 16 horas e serão oferecidas por meio de parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, secretarias municipais de saúde, Sociedade Goiana de Pediatria, Conselho de Medicina (CREMEGO), Universidade Fe-deral de Goiás e Hospital Materno Infantil.

Ao todo serão disponibilizadas 320 vagas distribuídas em oito turmas e as aulas serão ministradas às sextas-feiras, das 14:00 às 18:00 horas, e aos sábados, das 08:00 às 12:00. O curso tem como objetivo capacitar os médicos que atuam na de atenção primária dos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira, Se-nador Canedo e Trindade, que compõem a região metropolitana da capital.

O conteúdo abordará as condutas básicas preventivas e tera-pêuticas no atendimento pediátrico, atendendo as recomendações técnicas do Ministério da Saúde. Constam do programa da capa-citação temas como imunização, avaliação do recém-nascido e atendimento pediátrico, desenvolvimento neuropsicomotor e pôn-dero-estatural, aleitamento materno e alimentação no primeiro ano de vida, manejo da diarreia, infecções das vias áreas e pneumonias comunitárias, infecções do trato urinário e acidentes na clínica pe-diátrica.

http://www.esap.go.gov.br/post/ver/209459/escola-de-saude-publica-oferece-capacitacao-sobre-cuidados-pediatricos

Mesa redonda debate serviço de urgência e emergência

52 Fonte: 10/05/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/211033/centro-de-excelencia-faz-no-

va-pesquisa-com-moradores-de-fain

A Superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Irani Ribeiro, foi a mediadora de um debate sobre urgência e emergência como parte da programação do 1º Congresso de Es-colas Médicas, promovido pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. O nome da Dra. Irani foi recomendado pela vasta expe-riência dela como diretora do Hospital de Urgências de Goiânia e como a responsável pela implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-SAMU no Brasil.

O debate aconteceu depois da apresentação de três palestras de cunho social, político e científico. Os temas foram: “Urgência e Emergências: BLS e RCP, ACLS: atualização”; “As situações de agravo: o que o acadêmico de medicina pode fazer em caso de emergência, aspectos jurídicos, éticos e de foro íntimo” e o “Siste-ma de Regulação de Saúde”.

O início do SAMU O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil foi

instituído pelo Ministério da Saúde em 2003, mas a questão pré hospitalar móvel já era muito discutida no final da década de 90 por permitir o salvamento de muitas vidas. A implantação efetiva do SAMU começou a ganhar consistência em 1999 durante um congresso em foram discutidas a urgência e emergência entre mais de 800 profissionais de todo o Brasil e de cinco países.

Como a Dra. Irani Ribeiro tinha grande experiência como diretora do Hospital de Urgências de Goiânia, ela foi convidada para coordenar o projeto SAMU no Brasil. Com o levantamento de algumas experiências isoladas de municípios brasileiros que já tinham iniciado alguns serviços semelhantes a Dra. Irani também buscou informações em outros países que estavam mais avança-dos no atendimento móvel para a definição do modelo implantado, com sucesso, em todos os estados brasileiros.53

ESAP-SEST/SUS forma exército de agentes de saúde que ajudam no combate ao aedes

Na guerra contra o mosquito aedes aegypti declarada pelo governo de Goiás a Escola Estadual de Saúde Pública “Cândido Santiago” capacitou um exército de 7.000 agentes de saúde que é um importante reforço na força tarefa criada pela Secretaria Esta-dual de Saúde. Além dos quatro técnicos e de um veículo que estão acompanhando o trabalho de campo juntamente com vários órgãos do estado, a escola oferece um curso introdutório sobre conheci-mentos básicos de atenção à saúde para os agentes que também podem atuar como auxiliares nos casos emergenciais, como o de combate ao mosquito da dengue.

53 Fonte: 04/04/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/209877/mesa-redonda-debate-servi-

co-de-urgencia-e-emergencia

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Com a formação o profissional se torna capaz de executar o trabalho em grupo, já que é membro integrante da equipe multi-profissional da Estratégia da Saúde da Família. Ele também pode desenvolver habilidades analisando os riscos sociais e ambientais à saúde dos moradores de sua área de atuação. Principalmente por-que o agente comunitário de saúde é o principal elo entre as equi-pes de saúde e a comunidade.

O primeiro módulo do curso com 570 horas contem disci-plinas que desenvolvem estratégias de abordagem ao usuário do SUS na atenção básica de saúde. Segundo o coordenador do Centro de Educação Profissional da SEST/SUS, Marcelo Doura-do, o processo de qualificação faz parte do programa de valoriza-ção do profissional no sentido de atender a população e resolver a maioria das questões de saúde das famílias atendidas pela aten-ção básica em saúde. A Escola Estadual de Saúde Pública também é parceira dos municípios na execução do curso introdutório ao Agente Comunitário de Saúde, com carga horária de 40 horas, que é pré-requisito aos processos seletivos dos municípios.

Força tarefaNo trabalho da força tarefa desenvolvida pela Secretaria de

Estado da Saúde, em que a Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS está participando, são feitas visi-tas domiciliares em busca dos focos do mosquito aedes aegypti e o morador também é orientado a adotar o manejo adequado para eliminação dos criadouros. Além disso são coletados dados, que depois farão parte de um levantamento geral, sobre a situação de cada bairro e do município como um todo. Marcelo Dourado ex-plicou que, com base nesse trabalho in loco, está sendo possível identificar a qualidade das informações repassadas à comunidade para que sejam propostas novas qualificações e atualizações dos profissionais da linha de frente para o combate às endemias, inclu-sive do mosquito da dengue.54

Lacen promove ação sobre BiossegurançaO Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysnei-

ros (Lacen-GO) realizou, no dia 05 de maio, ações para sensibili-zar os servidores sobre normas de segurança. A atividade faz parte de um programa que pretende fortalecer as práticas de trabalho se-guras para todos os colaboradores, de acordo com as leis vigentes.

Com esse objetivo, foi feita uma programação que incluiu a exibição de um filme sobre Biossegurança, do programa de educa-ção continuada do Ministério da Saúde - TELELAB; e a apresen-tação da síntese do estudo: “Uma análise sobre possíveis resistên-cias dos profissionais quanto ao atendimento de normas de Saúde e Segurança no Trabalho no Âmbito do Lacen-GO”, elaborado por Ivaneide Caetano dos Santos, coordenadora de gestão de pessoas da unidade.

Finalizando as atividades do dia, foi realizada a cerimônia de posse da nova equipe da CIPA – Gestão 2016 / 2018, que realizou a primeira reunião ordinária no dia 06/05/2016. A nova equipe da CIPA tem como função a prevenção de acidentes e doenças de-correntes do trabalho, de modo a tornar compatível - permanente-mente - a atividade laboral diária, com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.55

54 Fonte: 06/04/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/209971/esap-sest-sus-forma-exercito-

-de-agentes-de-saude-que-ajudam-no-combate-ao-aedes55 06/05/2016

Inaugurada sala da Comissão de Residência Multiprofis-sional no Hugo

Foi inaugurada nesta quinta-feira, 5 de maio, a sala da Comis-são de Residência Multiprofissional nas dependências do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A equipe que atua no hospital é composta por seis tutores, além dos preceptores, que agora tem um espaço físico para desempenharem suas atividades com melhor qualidade. Estiveram presentes na entrega do novo centro de apoio os 27 residentes multiprofissionais que fazem a especialização no Hugo, o diretor geral Ciro Ricardo de Castro, o diretor técnico Ricardo Furtado, o diretor de ensino e pesquisa, Luiz Fernando Martins e a superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS Irani Ribeiro.

Segundo Ana Paula Cordeiro de Menezes, coordenadora do Programa de Urgência e Trauma, a comissão está sendo fortalecida pela atual superintendente da SEST-SUS, Irani Ribeiro, e a orga-nização social que administra o Hugo também está reconhecendo a importância do trabalho da comissão na formação dos profissio-nais de saúde. Para a coordenadora, a presença do residente numa unidade hospitalar como o Hugo é de grande importância, não só para sua formação profissional, como para a prestação de serviços aos pacientes.

Durante a inauguração, Irani Ribeiro afirmou que a instala-ção da equipe numa sala do Hugo é apenas o primeiro passo para demonstrar a importância do Coremu. Segundo ela os tutores e preceptores tanto da Comissão de Residência Médica quanto da Multiprofissional devem ter um espaço adequado em todos os hos-pitais do Estado. Irani lembrou aos presentes que toda a formação do profissional de saúde deve estar voltada para o paciente. “Pro-curem dar à população o serviço de saúde com a qualidade que ela merece”, enfatizou.

O residenteA fisioterapeuta Mônica Batista Duarte, que é residente no

Hugo, afirmou que estar presente na rotina do hospital é uma ex-periência única e fundamental para a formação do profissional de qualidade. Para ela a variedade de casos que existe na unidade de atendimento de urgência dá base para a habilitação em qualquer si-tuação dentro da realidade do SUS. Além disso, segundo Mônica, é possível prestar um bom atendimento ao paciente já que todos os procedimentos são supervisionados por especialistas. Hoje o

http://www.saude.go.gov.br/view/4430/lacen-promove-acao-sobre-biosse-guranca

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programa de residência multiprofissional do Hospital de Urgência possui 4 residentes de serviço social, 4 de psicologia, 4 de fisiote-rapia, 3 de fonoaudiologia, 3 de enfermagem, 4 de nutrição e 5 de cirurgia bucomaxilofacial.

Tutores e preceptoresOs residentes que atuam nos hospitais públicos de Goiás têm

total apoio e acompanhamento de tutores e preceptores. Os tutores são mestres que coordenam as questões didático-pedagógicas da área específica de cada profissão. Já os preceptores são especialis-tas que acompanham os residentes em suas atividades, tanto teóri-cas quanto práticas, atuando conjuntamente nos atendimentos e na discussão de casos.56

Assembleia Legislativa de Goiás valida serviços prestados pelo Hugol

O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira recebeu uma menção honrosa na Assembleia Legislativa do Es-tado de Goiás, destacando o alto grau de satisfação dos usuários da unidade. A proposição, de autoria do Deputado Estadual Dr. Antonio (PR), foi aprovada em sessão realizada pelo plenário da assembleia em 06 de abril. Em texto endereçado ao presidente da Assembleia, o Deputado Dr. Antonio destacou “o trabalho de todos os profissionais do Hugol que se dedicam para atender a demanda de urgência e emergência, com qualidade e respeito aos usuários”.

Para o diretor geral do Hugol, Hélio Ponciano, é muito gra-tificante receber esse destaque pelos resultados positivos obtidos pelo hospital em menos de um ano de funcionamento. “Ter nosso serviço validado pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás nos mostra que estamos no caminho certo, e vamos continuar de-senvolvendo ações e projetos para cada vez mais fazer a diferença para a população que precisa de assistência”, afirma o diretor.57

CRER passa a oferecer curso de qualificação profissional para pessoas com deficiência

56 Fonte: 05/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4423/inaugurada-sala-da-comissao-de-

-residencia-multiprofissional-no-hugo

57 Fonte: 05/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4420/assembleia-legislativa-de-goias-

-valida-servicos-prestados-pelo-hugol

O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santil-lo (CRER) passa a oferecer o Curso de Qualificação Profissional em Operador de Computador, em parceria com o Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS (FIMTPODER) e a Faculdade Se-nai. Na tarde desta segunda-feira, 02 de maio, foi realizada a aula inaugural do curso, totalmente gratuito, voltado para as pessoas com deficiência.

O curso será ministrado no Laboratório de Tecnologia Assistiva do CRER, onde são oferecidos atendimentos especializados volta-dos às pessoas com deficiência utilizando ferramentas de tecnologia assistiva e de informação com foco na acessibilidade digital.

O ambiente é equipado com 12 computadores, mesas com re-gulagem de altura para facilitar a entrada de cadeirantes, mouses e teclados adaptados, softwares e hardwares inclusivos que permi-tem o acesso digital das pessoas com deficiências física, auditiva, visual e intelectual. Os equipamentos do laboratório foram adqui-ridos com recursos ajuizados pelo Ministério Público do Trabalho.

O diretor geral do CRER, Válney Luís da Rocha, ressaltou que “a promoção de cursos de qualificação de pessoas com defi-ciência ampliam as chances de inserção no mercado de trabalho. Temos certeza que a parceria entre o CRER, FIMTPODER e SE-NAI renderá bons frutos”, pontuou.

O curso de Qualificação Profissional em Operador de Compu-tador, com carga horária de 160 horas, oferece o aprendizado vol-tado à informática básica (windows), pacote office, e-mail e redes sociais. Dicas de como se portar em uma entrevista de emprego e formatação de currículo também serão ofertadas.

“O SENAI se preocupa com a inclusão social, estamos muito felizes com essa parceria. Que os alunos possam aprender e apro-veitar esse momento de estudo com muita dedicação”, destacou o professor de informática do SENAI, Willian Borges de Jesus.

Renato Soares da Silva, 26 anos, vítima de acidente de trân-sito, é um dos estudantes do curso. Paciente do CRER, Renato passou pelo processo de reabilitação e readaptação, hoje se pre-para para assumir uma vaga no mercado de trabalho. “Estou com ótimas expectativas para o curso, aqui vou me profissionalizar, aprender mais sobre a área de informática e conquistar uma vaga de emprego”, planeja.

Segundo o supervisor de terapia ocupacional do CRER, Jef-ferson Silva Dias, o curso vai capacitar e readaptar as pessoas com deficiência, para que elas tenham condições técnicas e profissio-nais para serem inseridas na sociedade. “Temos a certeza que será o primeiro de muitos cursos voltado para a capacitação das pessoas com deficiência. Todos nós do CRER estamos muito felizes com este avanço”, comemorou.

A primeira turma do Curso de Qualificação Profissional em Operador de Computador inicia com 12 pessoas. As aulas serão ministradas toda segunda, terça e quinta-feira, das 13h às 17h30, no CRER. Após a formação da primeira turma, outras vagas serão abertas.58

58 Fonte: 03/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4411/crer-passa-a-oferecer-curso-de-

-qualificacao-profissional-para-pessoas-com-deficiencia

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Palhaços levam alegria para pacientes do Hurso

Os voluntários do “Universo da Alegria” brincaram e conver-saram com os pacientes do Hospital de Urgências da Região Su-doeste (Hurso), em Santa Helena de Goiás (GO), na última sexta feira (29/04). O grupo é formado por funcionários que se vestem de palhaço e usam instrumentos musicais para levar diversão aos usuários do Hurso.

Desta vez o grupo foi formado por Karla Montes, Stephanie Curcino, Thayline Fernandes e Renair Wenceslau. Os pacientes, acompanhantes, visitantes e colaboradores aproveitaram para re-laxar com todas as brincadeiras e conversas realizadas. A colabo-radora Cláudia de Bastos contou que eram todos bem recebidos e saíam de cada quarto com muitos agradecimentos.59

SES-GO divulga Protocolo de Biossegurança para profis-sionais de saúde

O Comitê Estadual de Crise para Doença Pandêmica da Se-cretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que gerencia a epidemia de Influenza por H1N1 em Goiás, divulga o protocolo de Biossegurança destinado aos profissionais de saúde que atuam no manejo de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Influenza. O objetivo do documento é orientar todos os profissionais de saúde no Estado para que atentem para sua própria segurança e também do ambiente de trabalho. O protocolo de Biossegurança deve ser conhecido por profissionais de saúde da Atenção Primária (postos de saúde, Cais) como de hospitais, clínicas e laboratórios, tanto da rede pública quanto da rede privada de saúde.60

59 Fonte: 03/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4407/palhacos-levam-alegria-para-pa-

cientes-do-hurso60 Fonte: 02/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4402/ses-go-divulga-protocolo-de-bios-

seguranca-para-profissionais-de-saude

1º Hugol na Comunidade realiza mais de 1.800 atendimentos

O 1º Hugol na Comunidade aconteceu neste sábado, 30, das 09h às 16h, e realizou 1.847 atendimentos, com o apoio de 300 voluntários, entre acadêmicos e profissionais da saúde, artistas – palhaços e músicos – e parceiros de empresas e instituições. “O Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus tornou-se palco de um grande marco do voluntariado desenvolvido pelo Hugol, estamos muito contentes com o resultado dessa ação voltada para a Região Noroeste”, destaca o diretor geral da unidade, Hélio Ponciano.

Os moradores da comunidade participaram de uma pesquisa na saída do evento para avaliar a ação (concedendo uma nota de 1 a 5) e também sugerir temas para uma próxima atividade. A nota média de análise positiva foi 97% - respostas 4 e 5, significando bom e ótimo, respectivamente -, com sugestões de ações sobre te-mas como combate às drogas, mais atividades de beleza e orienta-ções para gestantes.

Emislene Correia, moradora da comunidade, disse que o evento foi ótimo e superou suas expectativas. “Foi a melhor coisa que aconteceu para nós da Região Noroeste. É um privilégio poder contar com essa parceria”, afirma a colaboradora do colégio.

Déborah Evelyn Gomes da Silva, acadêmica do 5º período de Enfermagem e voluntária no evento, relatou que a saúde coletiva é muito importante para o cidadão, auxiliando ao ofertar informa-ções. “Nós, como futuros profissionais de saúde, já estamos pro-movendo a saúde desde agora. Para nós foi uma experiência ótima, pois estamos desenvolvendo nossa técnica e aprendendo com os que já têm experiência”, afirma a estudante.

SaúdeAs atividades mais procuradas foram aferição de pressão arte-

rial e teste de glicemia, avaliação nutricional (IMC – Índice de Mas-sa Corpórea) e orientações sobre prevenção de acidentes de trânsito.

O evento também ofereceu dicas para evitar a gripe H1N1, combate ao Aedes aegypti, uso adequado do repelente e protetor solar, saúde bucal, avaliação de LER/DORT, aleitamento materno, adequação do ambiente domiciliar para idosos, noções de atendi-mento em situações de emergência, prevenção de traumas faciais e traumas pediátricos. De acordo com a Sargento Kássia, do Corpo de Bombeiros, um evento como esse é importante para auxiliar na prevenção de acidentes e na postura diante de possíveis emer-gências. Além disso, o 1º Hugol na Comunidade orientou a popu-lação sobre a classificação de risco para atendimento no hospital, visando esclarecer como são os procedimentos para priorização da assistência na emergência da unidade.

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Cidadania e estéticaEsses foram pontos fortes da ação, disponibilizando o atendi-

mento do Serviço Social e CRAS, com orientações, encaminha-mento e acesso aos direitos de cidadania, transferência, inclusão e atualizações do CAD ÚNICO do Bolsa Família, atividades desem-penhadas pelo Conselho Tutelar da Região Noroeste.

Os 40 alunos do Instituto Embelleze executaram 210 cortes de cabelo, escova, esmaltação e design de sobrancelhas. Na opinião de Ana Vitória Leite de Souza, 11 anos, moradora do Bairro Flo-resta, cortar o cabelo e fazer um penteado tornaram seu dia mais feliz. “Já estou pronta para o final de semana”, conta a vaidosa criança.

Entretenimento e empreendedorismoA criançada brincou durante todo o dia nos pula-pulas e to-

bogã instalados na quadra do colégio, além de se deliciarem com pipoca e algodão doce oferecidos pelo evento e picolés doados pela Creme Mel.

No quesito empreendedorismo, o SEBRAE Goiás participou oferecendo atendimento individualizado aos participantes que ti-nham interesse em investir em um novo negócio ou que desejavam melhorar a gestão dos comércios já em funcionamento. A equipe de Recursos Humanos do hospital realizou um minicurso durante todo o dia sobre “Como se portar em uma entrevista de emprego”, proporcionando o aperfeiçoamento dos moradores para buscarem oportunidades no mercado de trabalho. Outro diferencial foi um curso para formação básica em microcomputador ofertado para os alunos do colégio pela equipe de Tecnologia da Informação (TI) do hospital, capacitando cerca 20 jovens para que possam buscar me-lhores oportunidades educacionais e, futuramente, profissionais.61

Saúde do trabalhador é tema de debate A coordenação de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Es-

tado da Saúde de Goiás (SES-GO) realiza, entre os dias 25 e 29 de abril, o Curso Básico em Vigilância em Saúde do Trabalhador, no Augustus Hotel. O objetivo é discutir, com diversos órgãos li-gados ao trabalhadores, a legislação voltada à Saúde desse públi-co, a precarização do trabalho, a educação em Saúde, promoção e prevenção em Saúde do Trabalhador, inspeções fiscais, entre ou-tros. Participam do evento, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Conselho Estadual de Saúde, sindicatos e demais entidades afins.62

61 Fonte: Hugol - 01/05/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4394/1-ordm-hugol-na-comunidade-

-realiza-mais-de-1-800-atendimentos

62 Fonte: 26/04/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4376/saude-do-trabalhador-e-tema-de-

-debate

Balanço de custo das OSs é apresentado a secretários de Estado e conselheiros do TCE

“Como responsável por avaliar a saúde no Tribunal de Contas fico satisfeito em constatar que a Secretaria de Estado da Saúde dis-põe de tão avançado sistema de controle e monitoramento de sua gestão”, disse o conselheiro Celmar Rech na última sexta-feira, 01º de abril em visita à sede da secretaria. Acompanhado ainda pelos conselheiros Edson Ferrari e Sebastião Tejota, ele fez parte de uma comitiva que contou com a presença dos secretários de Estado da Educação, Raquel Teixeira, e de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, e ainda do controlador-geral do Estado, Adauto Barbosa.

O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, reuniu membros da Controladoria-geral do Estado de Goiás (CGE), secretários e con-selheiros do Tribunal de Contas do Estado para apresentar dados de um trabalho sobre a Gestão de Custos das Organizações So-ciais, desenvolvido por uma consultoria especializada. “Aumentar a transparência, ao mesmo tempo em que trabalhamos a eficiência do controle e fiscalização, é fundamental para avançar na qualida-de da Saúde em Goiás”, diz Vilela.

O consultor Wladimir Taborda – um dos pioneiros no País no estudo da relação entre poder público e Organizações Sociais – apresentou as análises feitas nos hospitais da rede própria da Saúde estadual. “Nosso desafio sintético é responder: pode-se fazer mais saúde, com mais qualidade e com os mesmos recursos? Em gestão pública, eficiências técnica e financeira devem andar juntas para cumprir todos os preceitos legais e orçamentários”, explicou ele.

Segundo Taborda, a OS operacionaliza aquilo que foi definido como uma política de governo, com metas, objetivos e recursos definidos. Nesse aspecto, a gestão de custos parametriza os preços de serviços e contratos, auxiliando e muito o ente público a fazer o planejamento e o avanço da oferta.

Conecta SUSOs conselheiros do TCE também visitaram o Conecta SUS,

onde conheceram em detalhes como a Secretaria da Saúde con-centra seus principais dados e informações. Câmeras de vigilância nos hospitais permitem acompanhar o dia a dia das unidades de saúde, obras são monitoradas, a execução orçamentária atualizada, sem contar uma base de dados sobre todos os indicadores de saúde estão reunidos num único local.

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“Uma ferramenta como essa, alimentada em tempo real e atualizações diárias, resulta num importante instrumento de mo-nitoramento e que, sem dúvida, facilita a fiscalização”, comentou Edson Ferrari do TCE de Goiás. Os conselheiros se interessaram muito pelo controle feito sobre todos os equipamentos de diag-nóstico que estão dentro dos hospitais e ainda pelo Regulatron, o sistema que monitora a regulação de vagas para os leitos de UTI.

Segundo o secretário Leonardo Vilela, a regulação é um dos focos de trabalho prioritários da SES-GO. Em poucos meses, o Conecta SUS, que já observa o fluxo de pendências de pacientes por vaga em leito de UTI, vai dispor de informação em tempo real sobre cada leito. “Saberemos em tempo real o nome do paciente, o nome do médico que atende, a data de internação e outros dados de cada um dos pacientes que forem internados na rede própria da SES”, informou Leonardo Viela.63

Goiás teve 928 casos novos de tuberculose em 2015

Estado é o 3º com a menor incidência do País

O dia 24 de março é instituído como o Dia Mundial de Luta Contra Tuberculose. A campanha tem como objetivo esclarecer, motivar e conseguir apoio da população e dos profissionais de saú-de para as ações de prevenção e controle da doença.

Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria chamada “Bacilo de Koch”, considerada uma das enfermidades mais antigas do mundo. Ainda é um problema de Saúde Pública em todo País, sendo uma prioridade entre as políticas governamentais de saúde. A forma mais comum é a tuberculose pulmonar, mas outros ór-gãos podem ser atingidos, sendo estas denominadas de tuberculose extrapulmonar e não transmissíveis. É transmitida de uma pessoa doente, da forma pulmonar bacilífera sem tratamento, para outra sadia, por meio da tosse, espirro ou fala.

O diagnóstico da doença é ambulatorial, por meio da solici-tação da baciloscopia de escarro, com resultado em 24 horas, e, ainda, pelo Teste Rápido Molecular para Tuberculose, em 2 horas. Atualmente, o teste está disponível nos municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Uma das medidas importantes para a pre-venção e controle é a busca ativa dos casos nos indivíduos com tosse há três semanas ou mais. “É importante também que todas as pessoas que tiveram contato com pacientes portadores de tu-berculose procurem um serviço de saúde para serem avaliadas”, acrescenta o subcoordenador Estadual de Controle da Tuberculo-se, Emílio Alves.

63 Fonte: 06/04/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4303/balanco-de-custo-das-oss-e-apre-

sentado-a-secretarios-de-estado-e-conselheiros-do-tce

A tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja feito corretamente até o final. O tratamento dura de seis a nove meses, dependendo da forma clínica apresentada pelo paciente. Durante o tratamento, a pessoa pode trabalhar e levar uma vida normal, devido à eficácia da quimioterapia. Somente em casos graves o paciente necessita de internação.

Situação Epidemiológica

Tuberculose no Brasil:· 68 mil casos novos notificados em 2014;· 4,6 mil mortes em 2013;· 16º país em número de casos entre os 22 países de alta carga;· 22º país em taxa de incidência, prevalência e mortalidade

entre os 22 países de alta carga;· 3ª causa de mortes por doenças infecciosas;· 1ª causa de mortes dos pacientes com AIDS;Fonte: PNCT – Programa Nacional de Controle da Tubercu-

lose – 2015

Tuberculose em Goiás:· 928 casos novos de tuberculose todas as formas correspon-

dendo uma incidência de 14/100.000 hab* em 2015;· 3º Estado com a menor incidência do País· 654 casos novos da forma pulmonar com confirmação labo-

ratorial correspondendo uma incidência de 9,3/100.000 hab* em 2015;

· Co-infecção TB/HIV – 11,5% em 2015*· Casos Curados -70% em 2014 – Meta nacional: ≥ 85%· Abandono – 9,6% em 2014 – Meta nacional: ≤ 5%Fonte: SUVISA/SES-GO (*Dado sujeito à alteração) 64

Saúde de Goiás defende gestão compartilhada na regulação

Regulação rege o acesso de pacientes no SUSO secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, aponta a

necessidade de uma gestão compartilhada entre o Estado e os mu-nicípios como forma de assegurar a assistência ágil e de qualidade à população. Esta opinião foi manifestada nesta segunda-feira, 14 de março, durante reunião no auditório do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), realizada com o obje-tivo de discutir as ações efetivadas pelo Complexo Regulador, os desafios a serem superados e as propostas para a melhoria do fluxo de todo o sistema.

64 Fonte: 22/03/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4243/goias-teve-928-casos-novos-de-

-tuberculose-em-2015

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O evento contou com a participação de representantes da SES-GO, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e de outros muni-cípios, do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia e do Minis-tério da Saúde. Leonardo Vilela citou, como exemplo de sistema eficiente, a regulação desenvolvida atualmente no Estado de São Paulo, na qual há o compartilhamento entre os entes. Ele defendeu a estruturação de um sistema de informática preciso, a adoção de critérios claros para o encaminhamento de pacientes e transparên-cia nas ações.

Leonardo Vilela avalia que os maiores entraves no processo de regulação em Goiás são: a demora no efetivo encaminhamento do paciente, o desconhecimento das diretrizes e do funcionamento do sistema por técnicos que atuam no interior e, por fim, a falta de diálogo entre as partes. Mesmo diante dos desafios, o Complexo Regulador tem se desdobrado para garantir o atendimento qualifi-cado ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Os registros do Complexo Regulador apontam que, no ano passado, o órgão intermediou a realização de 3,7 milhões de procedimentos ambu-latoriais e hospitalares.

Em Goiás, de acordo com informações do coordenador do Complexo Regulador, Genésio Pereira, existem 17 Centros Regio-nais de Regulação. Destes, três centros – Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis – atuam no nível ambulatorial e com interna-ção; os demais operam somente na área ambulatorial. O coordena-dor nacional de Regulação do Ministério da Saúde, João Marcelo Barreto Silva, informou que a nova Política Nacional de Regula-ção, já em processo de efetivação, introduz a unidade de saúde no sistema, rediscute a regionalização dentro da regulação e as formas de financiamento de todo o setor.65

Somente 10% das famílias abordadas aceitam doar órgãos de parentes

De cada dez famílias, nove dizem “não” para a doação dos órgãos de parentes que tiveram morte encefálica. Essa é a esta-tística da rotina enfrentada pela equipe de Entrevista Familiar da Central de Transplantes do Estado de Goiás e, mesmo diante de um placar tão desfavorável, a equipe não desiste, nem tão pouco deixa de compreender a dor e o sofrimento dos que dizem não. No dia seguinte, com a mesma paciência e delicadeza, estão realizando o mesmo trabalho, de abordar quem sofre com a dor da morte, na esperança de diminuir a fila de espera por um órgão.

65 Fonte: 14/03/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4208/saude-de-goias-defende-gestao-

-compartilhada-na-regulacao

Para a Coordenadora Técnica da Central de Transplantes, Lei-la Márcia de Faria, a entrevista familiar é a parte mais difícil do processo de captação de um órgão e requer, além de qualificação específica, controle emocional e um grande suporte psicológico. “A família está abalada, vivendo uma dor indescritível e nós temos que esperar o momento certo para fazer a abordagem. Ouvimos de tudo: desde relatos desesperados até ofensas e desaforos. Alguns nos comparam a urubus de tocaia”. Se isso magoa? A coordenado-ra diz que não chega a magoar, mas não deixa de ser um momento difícil para a equipe.

Nas palavras da psicóloga Flávia Martins, o que impede que a autoestima seja afetada é a empatia. “Nós nos colocamos no lugar do outro e entendemos que o momento é de muito sofrimento. Ten-tamos não levar para o lado pessoal, mas também somos humanos e é tudo muito delicado”, explica.

Integrar a equipe de Entrevista Familiar da Central de Trans-plantes não é para qualquer um. A qualificação para a função é constante e a formação inicial exigida é nas áreas de psicologia e enfermagem. Os integrantes da equipe estudam a Teoria da Comu-nicação de Má Notícia, se informam sobre os maiores mitos e me-dos, aprendem a explicar a morte encefálica de maneira coloquial e, principalmente, estudam as técnicas de acolhimento. O tom de voz certo, a disposição para ouvir, um copo com água, uma cadeira para a pessoa se sentar ou mesmo um abraço. Tudo é acolhimento e não é possível precisar qual desses gestos vai estabelecer a cone-xão entre o familiar desesperado e o profissional da Central.

“Já abordamos famílias debaixo de uma árvore, no estaciona-mento do Hugo; outras precisamos levar para uma sala reservada e ouvir relatos sobre os planos que o falecido tinha para o futuro. Já presenciamos a mãe chorar desesperadamente a perda do único filho enquanto o pai, diante do pranto da mulher, não podia fraque-jar e demonstrar o quanto estava sofrendo também. Uma troca de olhar com aquele homem foi suficiente para estabelecer o diálogo e tratar do assunto algumas horas depois”, relembra a enfermeira Rosângela da Silva Nunes.

Apenas dez por cento das entrevistas familiares podem ser consideradas tranquilas. As demais podem ser classificadas como difíceis e tensas. Isso, quando a entrevista acontece. Há casos em que as famílias simplesmente se recusam a conversar com a equipe da Central e, quando perguntadas se concordariam em falar num outro momento, respondem com a palavra nunca.

Normalmente, as equipes de Entrevista Familiar nunca ficam visíveis nos hospitais. Elas só aparecem quando há uma notifica-ção de morte encefálica. Apenas o médico pode comunicar o óbito à família mas, nem sempre, o faz com a clareza necessária. São comuns os casos nos quais as famílias, após as explicações, con-tinuam sem alcançar o que realmente entendeu. Só compreendem quando o médico informa “a hora da morte”.

Saiba MaisA equipe de Entrevista Familiar da Central de Transplantes

de Goiás é composta por nove enfermeiros e seis psicólogos, que trabalham 24 horas, em esquema de revezamento.

Os hospitais que mais notificam casos de morte encefálica são o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Santa Môni-ca e Hospital Neurológico, nesta ordem.

Em 2014, as equipes de Entrevista Familiar fizeram 124 en-trevistas e obtiveram 97 recusas. O levantamento é trimestral. De janeiro a março, foram 28 entrevistas, com 25 recusas (89% de

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

negativas); de abril a junho, 33 entrevistas e 25 recusas (76% de negativas); de julho a setembro, 41 entrevistas e 33 recusas (80% de negativas); de outubro a dezembro, 22 entrevistas e 14 recusas (78% de negativas).

Medos e mitos são entraves para a doação de órgãosQue morte é essa na qual o coração continua batendo? Ou

a perna treme de vez em quando? O corpo continua quente e os pulmões ainda se enchem de ar? Cabe aos profissionais da Central de Transplantes do Estado de Goiás responder essas perguntas e lidar com as três fases que envolvem a perda: desespero, choque e aceitação.

A doação demora a ser abordada. Primeiro, as dúvidas sobre as causas da morte são esclarecidas e, geralmente, o próprio fami-liar admite que o quadro era grave, uma situação muito comum em vítimas de acidentes de trânsito. O passo seguinte é deixar cla-ro que todos os recursos e possibilidades foram empregados e se mostraram insuficientes, pois não houve melhora no quadro clíni-co. Nesse momento, muitos pedem uma transferência para outro hospital e a realização de novos exames, além de cogitar a contra-tação de empréstimos para pagar outros tratamentos. A equipe da Central deixa claro que nada disso será capaz de alterar a situação e explica, detalhadamente e de maneira bem coloquial, o que é a morte encefálica.

Assim que a família demonstra ter compreendido o que é a morte encefálica, a equipe começa a tratar da doação de órgãos. O assunto é abordado com delicadeza e sensibilidade, com o familiar sendo incentivado a falar sobre o falecido: se era uma pessoa ca-ridosa, se seguia alguma religião, se gostava de ajudar o próximo e, dependendo das respostas, se já tinha falado da intenção de ser um doador de órgãos.

Quando a resposta é positiva, surgem as dúvidas, medos e mi-tos. O tráfico de órgãos é o número um e a equipe explica as razões pelas quais se trata de uma lenda. Primeiro, um órgão não pode ser transplantado aleatoriamente, visto que é necessária a compatibili-dade entre doador e receptor; depois, os órgãos possuem um tempo de vida útil muito curto após a retirada do corpo e precisam seguir rígidas normas de conservação; para finalizar, existe a legislação brasileira, que pune com prisão de dois a oito anos, mais multa, quem trafica órgãos.

As restrições religiosas também costumam ser um entrave. Muitos acreditam que o familiar deve “voltar inteiro”, “do jeito que veio” e, para tal argumento, a equipe lembra que, mais que um órgão, Jesus doou a vida pela humanidade e que, textualmente, nenhuma religião se opõe à doação e aos transplantes.

A aparência do corpo também é motivo de preocupação e a equipe precisa tranquilizar a família, explicando que a aparência não muda com a retirada dos órgãos, apenas alguns pontos, imper-ceptíveis durante o velório.

TabuTodo esse esclarecimento não é garantia de doação e os pro-

fissionais se deparam com as situações mais inusitadas. Há quem concorde em doar todos os órgãos, menos o coração; há quem só autorize a retirada das córneas e há quem queira saber quem vai re-ceber o órgão. Nas duas primeiras situações, o desejo da família é completamente respeitado. A possibilidade de conhecer o receptor, porém, é descartada. “Informamos, no máximo, o sexo do receptor e a idade. Dependendo do caso, informamos a cidade. Nada além

disso, pois não seria ético e poderia criar problemas futuros”, es-clarece a Coordenadora Técnica da Central de Transplantes, Leila Márcia de Faria.

Apesar das campanhas de conscientização e incentivo, a doação de órgãos ainda não é muito abordada nas famílias. O assunto ainda é um tabu e é a principal causa de não doação. Mesmo quando a família aceita ouvir a equipe e compreende a importância do que pode vir a ser feito, a recusa é comum, com o argumento de que o morto nunca falou sobre o assunto e ninguém quer correr o risco de desrespeitar quem já se foi. “A primeira atitude de quem quer doar é falar sobre isso com a família e os amigos”, afirma Leila.

A decisão só pode ser tomada pelo pai, mãe, filho, marido ou esposa. Na falta desses, se outro membro da família fizer muita questão de doar, é preciso procurar o Ministério Público, que de-verá conceder a autorização.

Se houver divergência entre o desejo do pai e da mãe, por exemplo, a captação não é realizada e nada é feito às escondidas. “Tivemos um caso de uma mãe que queria doar, mas o pai não concordava. Como ele estava no Maranhão e teria que se deslocar, ela disse para fazermos e ele nem ficaria sabendo. Não concorda-mos. Não podemos concordar com isso”, afirma a psicóloga Flávia Martins. Ela completa dizendo que a doação é um processo para a família se sentir bem, mesmo em um momento de dor.

O zelo com os argumentos atinge um nível impensado para quem não lida diretamente com a situação. Ao contrário do que se imagina, o argumento de que “a doação salva vidas” ou “ajuda quem está precisando” nunca é usado durante a entrevista familiar. A experiência comprova que a melhor abordagem é a que trata a doação como um direito. De acordo com a psicóloga, é muito com-plicado atribuir a uma família que está sofrendo o peso de fazer outra feliz. “É uma situação na qual não cabe coação, chantagem emocional nem nada do tipo”, lista Flávia Martins. Ela lembra de uma mãe que disse que não concordaria com a doação pois, “se Deus não tinha ouvido o apelo dela, ela não iria ajudá-lo a ouvir o apelo de outra mãe”. A mãe insistiu que queria o filho dela de volta e não dar uma nova chance ao filho de outra.

Em situações como essas, não cabem rótulos como “egoísta”, “insensível” ou qualquer outro equivalente. O que vale é entender que não é fácil para ninguém. A família que perde, a equipe de en-trevista que aborda, todos são e estão vulneráveis, numa situação instável, que requer equilíbrio entre direitos e deveres.

Outro equilíbrio delicado é o que diz respeito à durabilidade do órgão e ao tempo da Entrevista Familiar. Segundo a Coorde-nação da Central, nenhuma entrevista dura menos de duas horas e já houve casos em que ela durou três dias. As famílias têm tempo para pensar e há troca de contatos. A partir de determinado ponto, a Central não procura a família e espera que ela mantenha contato. “Não podemos pressionar. Deixamos claro que o tempo é impor-tante, mas não pressionamos. Há um momento em que a gente entende que a resposta é não“, explica a psicóloga Flávia Martins.

Morte encefálica e comaA morte encefálica é uma situação irreversível, na qual o cé-

rebro para de funcionar definitivamente e, consequentemente, de comandar o corpo. O funcionamento dos diversos órgãos, múscu-los e tecidos acontece de maneira artificial, com uso de aparelhos e medicamentos. O corpo pode ser mantido vivo dessa forma por um tempo limitado, que varia de um organismo para outro.

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

O coma é reversível e se caracteriza por um menor nível de consciência, muito semelhante a um sono profundo. As células ce-rebrais continuam vivas e, com isso, os neurônios fazem as reações elétricas. É uma situação reversível e a duração do coma varia de um indivíduo para o outro. O coma induzido pode ser suspenso com indicação e intervenção médica; já do coma espontâneo o pa-ciente precisa despertar naturalmente.

O diagnóstico de morte encefálica segue um protocolo que determina a realização de diversos exames, com um intervalo mí-nimo de seis horas, entre a primeira e a segunda bateria de testes.66

Marconi: “Saúde no Brasil tem jeito”

Durante inauguração de unidade de atendimento móvel para mulheres, governador destaca sucesso das políticas do governo para área

Na contramão da maioria dos governadores eleitos e reeleitos em outubro do ano passado, o governador Marconi Perillo (PSDB) disse nesta quarta-feira que, na sua opinião, “Saúde pública no Brasil tem jeito”. Marconi afirma que o padrão de excelência no atendimento do Hugo, Crer e HGG, por exemplo, é a prova de que o poder público é capaz de oferecer serviços de alto nível à popu-lação. “Basta ter responsabilidade”, completa.

O governador participou da inauguração da unidade móvel de atendimento à mulher, em Trindade, e afirmou que o Governo vai promover uma verdadeira revolução na Saúde depois que estiver concluído o Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugo 2), o maior da região Centro Oeste. O Hugo 2, segundo Marconi, deve ser entregue à população até o início de abril.

“Consertamos a Saúde no Estado e em breve vamos inaugurar o Hugo 2. Já avançamos muito, mas é claro que vamos continuar avançando”, afirma o governador. “Estamos vivendo um momento de crise no País, mas estamos buscando forças para realizar as ações de forma planejada, para que a população seja bem atendida”.

MULHERESA unidade móvel de atendimento foi instalada dentro de uma

carreta e é munida de tecnologia necessária para realizar, por mês, cerca de três mil exames preventivos contra câncer de mama, de colo do útero e ultrassonografias. Só em tecnologia, o Governo investiu mais de R$ 1 milhão – sem contar os 14 funcionários que

66 Fonte: 14/04/2015http://www.saude.go.gov.br/view/587/somente-10-das-familias-aborda-

das-aceitam-doar-orgaos-de-parentes

trabalham na unidade. “Esse é o presente da Saúde pelo Dia Inter-nacional da Mulher, especialmente àquelas mulheres mais carentes que não têm acesso a esses exames de alta complexidade”, disse o governador.

A unidade permanecerá por 30 dias em Trindade e seguirá para as regiões Nordeste e Norte do Estado, onde a demanda por estes exames é maior. Nessa região, ela permanecerá até o final deste ano visitando, de acordo com o cronograma, 15 municípios. “Não tenho dúvida que a unidade vai melhorar a qualidade de vida de inúmeras goianas e ainda salvará muitas vidas”, comemora o secretário de Saúde, Leonardo Vilela.

O secretário explica que mulheres que tiverem identificação positiva para câncer da mama ou de colo de útero devem ser enca-minhadas de imediato para unidades de saúde por meio da regula-ção dos municípios. “Essa agilidade é fundamental para o sucesso do tratamento e cura das doenças”, ressalta. Ele lembra, ainda, que a detecção precoce do câncer de colo de útero pode garantir a cura em até 100% dos casos.

Segundo o superintendente Executivo, Halim Girade, a ideia da unidade móvel partiu do governador e é reflexo das experiên-cias que ele teve nas viagens pelo Estado. “Vendo as realidades das regiões goianas, o governador sentiu a necessidade de oferecer esses exames, absolutamente, fundamentais para a saúde mulher”, diz. Ele lembrou que a proposta é descentralizar a oferta desses serviços e levá-los a milhares de mulheres residentes em municí-pios afastados dos grandes centros.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortali-dade (SIM/DataSUS/Ministério da Saúde), morreram em Goiás, no ano de 2012, um total de 173 mulheres em decorrência do cân-cer do colo do útero, enquanto outras 357 morreram por câncer de mama. Segundo a Gerência da Saúde da Mulher, Criança e Ado-lescente da Secretaria de Estado da Saúde, esses números são con-siderados elevados, tendo em vista que essas enfermidades podem ser evitadas por meio de exames preventivos.

ExamesA Unidade conta com os seguintes equipamentos: mamógra-

fo, ultrassom gineco-obstétrico e aparelho de colposcopia para exames de colo do útero. Nos municípios em que estiver instalada, a Unidade funcionará das 8h às 18h, de terça-feira a sexta-feira, e das 8h às 17h, aos sábados. O atendimento será prestado por 12 profissionais de saúde, dentre médicos, enfermeiros, técnicos de radiologia, auxiliares administrativos e motorista.

A secretaria do lar Maria do Carmo é uma das moradoras de Trindade que foi beneficiada com a ação. Ela já estava no oitavo mês da gestação e ainda não tinha feito um ultrassom. “Estou mui-to feliz com a possibilidade de fazer esses exames. Se fosse pagar particular seria muito caro e não teria condições”, ressalta ela ao lembrar que a data se tornou especial porque saberia o sexo do filho com a realização do exame.

RegulaçãoSerá de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde

realizar a regulação das pacientes para iniciar tratamentos o mais precoce possível, conforme estabelecido na Lei N° 12.732, de 22 de dezembro de 2012, que dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início. Todo paciente com neoplasia maligna tem direito a se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde

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GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

(SUS), no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico, ou em prazo menor conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em pron-tuário único.

Números:-Número de mamógrafos em Goiás – 164 (DATASUS)-Disponíveis pelo SUS – 78 (DATASUS)-População feminina em Goiás: 3 milhões, 313 mil, 314 mu-

lheres-O câncer de mama é o que mais mata mulheres no mundo.

Ele é responsável por 22% dos casos e 12 mil mortes por ano.-No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama conti-

nuam elevadas, porque a doença só é diagnosticada, na maior parte dos casos, em estágios avançados.

-O câncer de mama deve atingir 60 mil mulheres a mais em 2014, a previsão é de que surjam 1,66 milhões de casos no mundo no próximo ano.

Se diagnosticado e tratado oportunamente são elevadas as chances de cura.67

HGG realiza o seu primeiro implante de pele sintética

O Hospital Alberto Rassi (HGG) realiza nesta quarta-feira, 4 de março, procedimento inovador na rede pública do Estado e iné-dito no HGG. Será realizada uma cirurgia de matriz dérmica, ou seja, um implante de pele sintética na testa da paciente Delcimaura Lemes do Prado, vítima de um acidente de carro em janeiro deste ano. Ela dirigia o próprio carro na região de Quirinópolis, quando o pneu estourou e o carro capotou várias vezes.

O chefe da Seção de Cirurgia Plástica do HGG, Sérgio Augus-to da Conceição, informa que a técnica é utilizada em pacientes com feridas complexas. “No acidente, a paciente perdeu toda a pele da testa. A cirurgia de matriz dérmica atua onde existe o fe-rimento com dificuldade de cicatrização. Como a ferida dela está no osso, onde não existe essa possibilidade, vamos colocar a pele sintética que vai auxiliar na cicatrização, promovendo a integração com a pele da paciente”, informou. Além da matriz dérmica, tam-bém será utilizada a técnica de vacuoterapia, mesmo procedimento realizado na jovem que teve as nádegas dilaceradas.

67 Fonte: 11/03/2015http://www.saude.go.gov.br/view/699/marconi-ldquo-saude-no-brasil-

-tem-jeito-rdquo

O médico do Hospital de Queimaduras de Anápolis, Leonardo Cunha, foi convidado para participar do procedimento cirúrgico.68

Goiás preenche 95% das vagas com profissionais brasileirosNas duas primeiras chamadas do Programa Mais Médicos em

2015, 95% das 265 vagas ofertadas para os 84 municípios goianos foram preenchidas por profissionais com CRM Brasil. Os médi-cos começam suas atividades a partir desta semana. Na terceira chamada, que acontecerá nos dias 17 e 18 de março, 4.362 médi-cos que estão inscritos poderão selecionar 10 vagas em 10 cida-des goianas. Caso ainda existam vagas em 10 de abril, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, no dia 5 de maio, para médicos estrangeiros.

Das 4.146 opções disponíveis em todo Brasil, 3.823 (92%) já foram ocupadas nas primeiras chamadas. Para a terceira chamada, 4.362 médicos poderão optar dentre as 318 vagas em 218 municí-pios e 10 Distritos Indígenas. Dos 757 profissionais alocados em 2ª chamada, 519 (68%) se apresentaram nos municípios portando a documentação exigida até última sexta-feira (27). A maioria (451) optou pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de residên-cia médica. Outros 68 profissionais escolheram os benefícios do Mais Médicos. Na primeira chamada, dos 3.936 médicos inscritos, 3.304 (84%) compareceram às prefeituras até o dia 20 de fevereiro.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, comemorou a grande adesão já nas duas primeiras chamadas do Programa. “É supreen-dentemente positiva a adesão de médicos brasileiro em apenas duas chamadas. Em todo Brasil eles ocuparam a maioria das va-gas. Eles irão iniciar o atendimento à população que mais precisa do SUS, integrarão as equipes de saúde da família para atender com dignidade a população brasileira”, comemorou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Em relação às 1.294 cidades que aderiram edital lançado em janeiro, 1.209 (93%) municípios e seis Distritos Sanitários Espe-ciais Indígenas (DSEIs) já atraíram médicos para ocupar integral ou parcialmente as vagas nas unidades básicas de saúde. Até o mo-mento, 1.076 (83%) localidades supriram 100% das vagas, outras 197 (15%) tiveram a solicitação parcialmente atendida e 31 (2%) municípios ainda não conseguiram atrair nenhum médico. Nos dis-tritos indígenas, 71% das vagas ainda não foram ocupadas.

O Nordeste foi a região que mais atraiu profissionais: das 1.784 oportunidades ofertadas aos médicos, 1.711 vagas já foram ocupadas. O Sudeste conseguiu ocupar 970, das 1.019 vagas dis-poníveis, seguido do Sul, que preencheu 477 das 520 oportunida-des, do Centro-Oeste, que atraiu médicos para 358 vagas das 393 disponíveis e o Norte que ocupou 297 vagas das 382 oportunida-des. Os Distritos Indígenas já ocuparam 10 vagas das 35 ofertadas aos médicos.

PRÓXIMAS ETAPAS – As vagas referentes aos médicos que não se apresentaram na segunda chamada ficam disponíveis para a terceira chamada, que acontecerá nos dias 17 e 18 de março. Pode-rão participar dessa fase, 4.362 médicos que estão inscritos e ainda não conseguiram alocação.

Caso ainda existam vagas em 10 de abril, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, no dia 5 de maio, para médicos estrangeiros. O módulo de acolhimento para esses profis-sionais está previsto para iniciar em 8 de junho. A cada trimestre, o

68 Fonte: 03/03/2015http://www.saude.go.gov.br/view/747/hgg-realiza-o-seu-primeiro-implan-

te-de-pele-sintetica

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Ministério da Saúde lançará edital para oferta de vagas em aberto. Os editais poderão contemplar outros municípios, que antes não haviam conseguido aderir ao programa pela ausência de capaci-dade instalada.

Para a classificação do médico na concorrência das vagas fo-ram estabelecidas as seguintes regras: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Edu-cação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES. Como cri-térios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. A data e horário da inscrição do médico não serão mais considerados como critérios de seleção.

Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o governo federal garantirá em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde de todo o país, le-vando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Serão 4.058 municípios beneficiados, 72,8% de todas as cidades do Brasil, além dos 34 distritos indígenas. Até 2014, 14.462 médicos atuavam em 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de brasileiros.69

Dados do Conecta SUS estão acessíveis a toda sociedade

Com o hotsite do Conecta, que acaba de entrar no ar, SES-GO pretende ampliar acesso à informação, incentivando o desenvolvi-mento de pesquisas e inovação na área da saúde

Discutir a inovação tecnológica, estimular o desenvolvimento de pesquisas no meio acadêmico-científico e facilitar o acesso da sociedade aos indicadores de saúde dos municípios goianos. Essa é a proposta do hotsite do Centro de Informações e Decisões Estra-tégicas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann, que acaba de entrar no ar. Para acessar, digite o endereço do site da SES-GO (www.saude.go.gov.br) e clique na aba CONECTA SUS, no menu superior da página.

O Conecta SUS, projeto da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), inédito no Brasil, inaugurado em dezembro de 2014, monitora todas as informações em Saúde do Estado, para subsidiar técnicos a coordenarem atividades, ações e políticas da SES. Entre os objetivos do Centro estão a análise de dados, planejamento es-tratégico, avaliação dos indicadores, divulgação das informações e a melhoria na gestão.

69 Fonte: Agência Saúde - 04/03/2015http://www.saude.go.gov.br/view/740/goias-preenche-95-das-vagas-com-

-profissionais-brasileiros

Acesso à informaçãoLimitado, até o momento, ao acesso de gestores e técnicos

nos níveis municipal e Estadual da Saúde, a proposta da página é criar plataformas para disponibilização na web dos dados a toda sociedade, em especial, às universidades e instituições de pesqui-sa. Além disso, a disposição do conteúdo atende à Lei de Acesso à Informação (LAI), que obriga União, Estados e Municípios a ga-rantir a qualquer cidadão o direito de recebimento das informações públicas dos órgãos e entidades.

“O intuito é apresentar ferramentas para que o Centro de In-formações e Decisões Estratégicas em Saúde transponha o univer-so dos gestores da Saúde Pública e torne-se também uma fonte de dados qualificados abertos à sociedade em geral e, em específico, para a comunidade acadêmico-científica e tecnológica”, destaca o coordenador geral do Conecta SUS, Jean Pierre Pereira.

EstruturaPara ampliar e facilitar a difusão do conteúdo, a página é bilín-

gue – português/inglês. Todos os sistemas de análise de indicado-res de saúde criados pelos técnicos do Conecta SUS estão dispo-níveis no local. Por meio deles, é possível acessar os principais indicadores de saúde do Estado de Goiás.

Os sistemas trazem, entre outros, dados sobre o pré-natal, par-to cesáreo, taxa de mortalidade infantil, boletim epidemiológico da dengue e, ainda, o inédito e pioneiro monitoramento da força-tare-fa Goiás contra o Aedes, que aponta o total de imóveis visitados, fechados e os imóveis com focos do Aedes aegypti em Goiás. O trabalho feito pela SES e Corpo de Bombeiros Militar no Esta-do tornou-se referência nacional. “Toda essa riqueza de material estará acessível e servirá para o desenvolvimento de importantes pesquisas”, avalia Jean Pierre Pereira.

Para a população goiana, o hotsite traz mais transparência e informação sobre a saúde do seu município. No menu Acesso à In-formação estão disponibilizadas as cartas que a Secretaria da Saúde de Goiás envia a cada gestor municipal dos indicadores de saúde da cidade. O cidadão pode digitar o nome do município e conseguirá visualizar como está a situação da dengue, por exemplo.

Outro destaque da página do Conecta SUS é o blog. Com a divulgação de conteúdo científico, o blog busca ser fonte de infor-mação e plataforma de fomento ao debate sobre inovação tecnoló-gica e gestão pública.70

Goiás é pioneiro no País na notificação de dados sobre o Aedes

A estruturação e logística da ação Goiás contra o Aedes, desenvolvida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) em parceria com o Corpo de Bombeiros, estão proporcionando reco-nhecimento e resultados positivos ao Estado. Goiás foi a primeira unidade da Federação a inserir dados relativos da operação na Sala Nacional de Coordenação e Controle do Centro Nacional de Ge-renciamento de Desastres (Cenad), do Ministério da Integração.

A realização de forças-tarefas para a eliminação de focos do Aedes aegypti passou a ser desenvolvida em grande parte dos Es-tados brasileiros depois da notificação de casos de chikungunya e zika e do avanço dos casos de microcefalia em todo o País. Em nível nacional, a ação é coordenada pelo Ministério da Saúde, com

70 Fonte: 25/02/2016http://www.saude.go.gov.br/view/4100/dados-do-conecta-sus-estao-aces-

siveis-a-toda-sociedade

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o apoio do Ministério da Integração. Em Goiás, a megaoperação teve início em 16 de dezembro do ano passado, um dia depois de o governador Marconi Perillo ter assinado decreto que institui emer-gência em saúde pública no Estado.

Até o momento, mais de 524 mil imóveis de 200 municípios goianos já receberam a visita de agentes de saúde, de combate às endemias, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, profissionais de saúde e voluntários. No total, 80 % do Es-tado já foi vistoriado com retirada de mais de 16.678 mil focos do mosquito.

As equipes do Corpo de Bombeiros, responsáveis por coorde-nar a reunião dos dados nos municípios goianos, utilizam um sis-tema de mapa georreferenciado das quadras de cada cidade. Este sistema é alimentado em tempo real nos municípios e atualizado a cada 30 segundos, por meio de uma estrutura instalada na Sala de Situação na sede da SES-GO. O mapa apresenta quadros que sinalizam com a cor verde as casas que já estão livres dos focos e de vermelho as que não estão com os focos erradicados.71

Ministério da Saúde cita Governo de Goiás como exemplo no combate ao Aedes

O representante do Ministério da Saúde, Sérgio Gustavo Evangelista da Mata, estará em Goiânia nesta quarta-feira (27/01), às 9h, para visitar o Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann, onde funciona a central de monitoramento de dados do Goiás contra o Aedes, localizado na sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), no Parque Santa Cruz. Na quinta-feira (28/01), será a vez de re-presentantes da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus conhecerem o trabalho.

O monitoramento online, em tempo real, dos resultados do trabalho dos agentes de saúde pública que visitam os domicílios do Estado, na operação Goiás contra o Aedes, realizado pelo Co-necta SUS, que poderá ser replicado em todo o Brasil. O modelo foi apresentado pelo governador Marconi Perillo e pelo secretário de Estado da Saúde Leonardo Vilela ao ministro da Saúde Marcelo Castro, e foi considerado exemplo para o país.

“Por meio do Conecta SUS, os municípios informam-nos em quantos domicílios foram encontrados focos do Aedes, onde eles não existem e ainda, quantas casas não puderam ser visitadas por-

71 Fonte: 22/01/2016http://www.saude.go.gov.br/view/3900/goias-e-pioneiro-no-pais-na-noti-

ficacao-de-dados-sobre-o-aedes

que estavam fechadas. Dessa forma, acompanhamos, em tempo real, a situação de focos do mosquito no Estado”, esclarece o se-cretário Leonardo Vilela.

Lançado pelo Governo do Estado em dezembro, o Goiás con-tra o Aedes é uma ação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e prefeituras muni-cipais. A meta é mobilizar todos os 246 municípios e visitar todos os imóveis do Estado até o dia 31 de janeiro. A ideia é que esse mesmo ciclo de visitas seja realizado novamente nos meses de fe-vereiro, março, abril, maio e junho, com objetivo de erradicar o Aedes aegypti no território goiano. A expectativa é que as ações continuem, nos próximos três anos.

BalançoAté esta terça-feira, dia 26 de janeiro, 228 municípios par-

ticiparam do Goiás contra o Aedes, realizando visitas domicilia-res para eliminar focos do mosquito. Foram visitados 692.547 imóveis. Destes, 523.204 foram trabalhados, 170.396 estavam fechados e 1.238 visitas foram recusadas pelos moradores. Entre os imóveis fechados e visitas recusadas, as equipes retornaram e conseguiram realizar o trabalho em 2.741 residências. Foram en-contrados focos em 21.190 imóveis. A meta, de acordo com o se-cretário Leonardo Vilela, é alcançar todos os domicílios situados no Estado de Goiás.72

Curso de cuidados pediátricos é sucesso entre clínicos da sede básica de saúde

Os médicos clínicos gerais do sistema básico de saúde da re-gião metropolitana, que estão participando do Curso de Cuidados Pediátricos na Escola Estadual de Saúde Pública Cândido Santia-go, aprovam a capacitação. Segundo a maioria o curso é um refor-ço importante aos conhecimentos dos clínicos devido ao tipo de atendimento que abrange toda a família de usuários do SUS, do recém-nascido ao idoso. Os alunos demonstraram estar receptivos e envolvidos com o conteúdo apresentado.

O Dr. Sebastião Leite Pinto, que é um dos professores do cur-so, informou que a proposta é dar mais segurança ao profissional para aumentar a resolutividade no local de atendimento básico e, assim, evitar o encaminhamento desnecessário aos centros espe-cializados de média e alta complexidade. Segundo ele a Escola Estadual de Saúde Pública SEST/SUS, em parceria com a Fa-culdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás e com a Sociedade Goiana de Pediatria, foi muito feliz em promover o

72 Fonte: 04/02/2016http://www.visa.goias.gov.br/post/ver/207991/ministerio-da-saude-cita-

-governo-de-goias-como-exemplo-no-combate-ao-aedes

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curso e também na escolha do público-alvo. “Além de melhorar os conhecimentos dos médicos, ainda ajuda a dar mais eficiência ao atendimento no sistema como um todo”, disse. Especialista na área de amamentação o Dr. Sebastião deu como exemplo os casos de mastite materna e fissura do mamilo que podem ser tratados nos postos de saúde, sem a necessidade de encaminhamentos.

A Dra. Letícia Andrade, que é clínica geral no Posto de Saúde da Família do Jardim Nova Olinda, em Aparecida de Goiânia, afir-mou que é sempre bom participar desse tipo de atualização, já que a medicina é muito dinâmica. Para ela os casos concretos da dife-rença no desenvolvimento das crianças que amamentam e das que recebem alimento artificial mostrados na sala de aula aproximaram o conteúdo apresentado à realidade do consultório.

Já a Dra. Juliana Ferreira Figueiredo, do Programa de Estra-tégia da Família de Trindade, espera sanar as possíveis dúvidas no atendimento pediátrico e também, através dos conhecimentos, atingir os objetivos no trabalho de prevenção entre as crianças atendidas. O Dr. Gabriel Marques Coelho, que atende no ESF do Setor Pontakaiana, também em Trindade, disse que é preciso al-cançar um atendimento padronizado. “Esperamos que seja defini-do que forma clara até onde é atendimento primário e onde começa o especializado”, explicou.

Os dois médicos de Trindade disseram ser tão importante esse tipo de atualização que apontaram a saúde do homem e a atenção ao idoso, por exemplo, como temas a serem abordados em outros cursos que também deveriam ser oferecidos pela Secretaria Esta-dual de Saúde. Ideia compactuada pelo professor Sebastião Leite Pinto que avaliou como de suma importância a expansão para ou-tras áreas da medicina e também para profissionais médicos de todos os municípios o estado.73

Exercícios

01. (FUNIVERSA/2010 - Ministério do Turismo) A UNES-CO, Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação, define alguns locais do mundo como patrimônio natural da humanidade, ressaltando a riqueza e a exuberância das características naturais desses lugares e a importância de preservá-los. A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta.

a) Nenhuma ilha oceânica brasileira inclui-se como patri-mônio natural da humanidade.

b) Em Goiás, duas áreas são reconhecidas pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade: são dois parques nacio-nais, o da Chapada dos Veadeiros e o das Emas, regiões protegidas do cerrado.

c) Não obstante a enorme riqueza cultural, expressa espe-cialmente em Salvador, a Bahia não ostenta nenhuma área entre as que são consideradas patrimônio natural da humanidade.

d) O Parque Nacional de Brasília, comumente chamado de Água Mineral, insere-se no rol dos lugares que integram o patri-mônio natural mundial.

e) A Mata Atlântica brasileira, por ter sofrido um longo pro-cesso de devastação desde o descobrimento, deixou de ser incluída como patrimônio natural da humanidade, apesar dos esforços en-vidados pelo governo brasileiro.

73 Fonte: 12/04/2016 http://www.esap.go.gov.br/post/ver/210159/curso-de-cuidados-pediatri-

cos-e-sucesso-entre-clinicos-da-sede-basica-de-saude

02. (ConsulRH/2010 - Prefeitura de Tupirama) Assinale a alternativa correta:

a) No início do povoamento com o ouro aflorando, em toda região, o norte goiano passou a ser conhecido como uma das áreas que mais produzia ouro na capitânia

b) a partir do declínio da mineração, o norte goiano passou a ser visto como sinônimo de atraso e involução social

c) a denominação Norte de Goiás durou por mais de dois séculos, até a divisão do Estado de Goiás, onde o norte de Goiás passou a ser o Estado do Tocantins.

d) todas estão corretas

03. (UFGO/2009 - SEE/GO) A fundação de Goiânia foi concebida em um contexto de mudanças políticas, tanto nacio-nais quanto locais. A nova capital de Goiás deveria aproximar o estado do eixo de desenvolvimento do País, focado na Região Sudeste. A escolha do sítio para instalação da cidade conside-rou também

a) a proximidade com Brasília, o que favoreceria os conta-tos com o governo federal.

b) a abundância de recursos hídricos, o que permitiria a pos-terior expansão do núcleo urbano.

c) o relevo mais movimentado que o da antiga capital, Goiás, favorável à instalação de instrumentos urbanos.

d) a maior distância em relação ao litoral, para garantir as questões de segurança quanto a ataques externos.

04. A implementação do regime militar em 1964 trouxe substanciais mudanças na política goiana. A elite econômica e política local que, desde o fim do Império controlava o poder político do estado, teve que submeter as diretrizes centraliza-doras do governo federal. Um acontecimento da política goia-na durante o regime militar foi

a) a nomeação, por meio de decreto presidencial, do enge-nheiro Otávio Lage de Siqueira como governador de Goiás.

b) a nomeação de governadores desvinculados das famílias tradicionais que controlaram o poder político em Goiás, tais como os Caiado e os Bulhões.

c) a cassação do governador Mauro Borges Teixeira, em represália a sua atitude firme, em março de 1964, na defesa da permanência de João Goulart no poder.

d) a eleição indireta de Ary Valadão para governador de Goiás em 1978, o último governador do período da Ditadura militar.

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05. (FGV/2014 – TJGO/GO)

a) somente I estiver correta; b) somente II estiver correta; c) somente III estiver correta; d) somente I e II estiverem corretas; e) I, II e III estiverem corretas.

06. (UEG/2013 – PM/GO) Os recursos naturais de uma determinada região podem influenciar diretamente a sua in-corporação econômica, uma vez que representam um conjunto de fatores necessários ao processo produtivo os insumos am-bientais que podem servir como indutores de ocupação. Com base nessas características, no território goiano verifica-se que a microrregião

a) Chapada dos Veadeiros é caracterizada por um planalto relativamente acidentado, com altitude média superior a 800 me-tros, abundante em solos ácidos e apresenta baixo potencial para a agricultura mecanizada.

b) Vão do Paranã apresenta baixo potencial de ocupação agrícola em virtude da presença de relevos muito acidentados, constituídos por solos com alto teor de argila e índices pluviomé-tricos inferiores a 900mm anuais.

c) do Sudoeste Goiano foi palco de um grande desenvolvi-mento da agricultura mecanizada, devido à existência de grandes chapadões constituídos em sua maioria por solos altamente ricos e relevo de planícies.

d) de São Miguel do Araguaia, constituída por latossolos ar-gilosos desenvolvidos sobre chapadões planálticos bem drenados, favoreceu o desenvolvimento da pecuária leiteira e de corte, e a agricultura mecanizada.

07. (FGV/2014 – TJGO/GO) O Estado de Goiás apresen-tou elevadas taxas de urbanização e a população urbana, que correspondia a 68% da população total em 1980, passou para 81% em 1991, atingindo 86% em 1996, taxa bastante superior à brasileira para o mesmo ano, que era de 78%.

Segundo dados relativos aos períodos compreendidos en-tre 1980 e 1991 e 1991 e 1996, o crescimento populacional em Goiás também foi superior ao do país, com taxas de 2,33% e 2,40% ao ano, respectivamente, embora haja grandes diferen-ças entre suas cinco mesorregiões. (Fonte: http://portal.mec.gov.br/)

O processo de urbanização em Goiás nas últimas décadas foi caracterizado por:

a) alterar a hierarquia e a estrutura urbana, ao originar mui-tos centros regionais, espalhados por todo o estado de Goiás;

b) diferenciar-se das décadas anteriores, ao estar desvincu-lado da dinâmica das atividades agropecuárias modernas;

c) originar municípios de grande porte, sendo Goiânia, Aná-polis e Lusiânia exemplos com mais de 1 milhão de habitantes;

d) apresentar as mais baixas taxas na mesorregião Leste Goiano, em função da ausência de importantes centros urbanos na região;

e) promover o crescimento dos problemas sociais de Goiâ-nia, muitos gerados nos municípios vizinhos, dada a polarização exercida pela capital.

GABARITO

1 B2 D3 B4 D5 D6 A7 E

(Footnotes)1 Fonte: 10/12/2015http://www.visa.goias.gov.br/post/ver/206704/governo-decre-

ta-emergencia-na-saude-publica-em-goias

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Didatismo e Conhecimento 73

GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE GOIÁS E GOIÂNIA

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 77

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