Upload
vodang
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA
ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES
A GEOGRAFIA HISTÓRICA DO CAPITALISMO I) Espacialidade do Modo de produção capitalista
- a valorização do espaço se dá no modo de produção; - Capitalismo: macro-periodização que considera
múltiplos processos: econômicos; políticos e Culturais aspectos que definem uma sociedade ou civilização - Lógica do Capitalismo: relações de trabalho; propriedade; divisão do
trabalho social; arcabouço de tecnologias; atividades produtivas; estratificação social; meios de dominação política, etc.
O MODO DE PRODUÇÃO ENQUANTO TEORIA DA HISTÓRIA • Modo de produção possui: estrutura; dinâmica e
conteúdo. • Até o advento do capitalismo haviam diferentes
civilizações – gêneros de vida. • O capitalismo abarcou todo o planeta: escala planetária
dos fenômenos sociais.
• Economia – mundo • Antes, no sistema imperial havia um centro de poder.
• No capitalismo há vários centros articulando e disputando as periferias mundiais
HISTÓRIA GEOGRÁFICA DA ECONOMIA MUNDO CAPITALISTA - Mundialização dos atributos essenciais da espacialidade
inerente ao modo de produção capitalista, conforme: - a apropriação dos lugares; - O ordenamento dos territórios; - O uso dos recursos naturais.
- O caráter multiescalar da análise geográfica permite equacionar a articulação entre a universalidade e a singularidade, na expansão espacial deste modo de produção
FORMAS CAPITALISTAS DE VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO 1. A relação entre o capitalismo e a superfície da Terra que
visa à exaustão; 2. A valorização capitalista do espaço que promove a
seletividade espacial. Resultado:
valorização de algumas áreas e empobrecimento de outras = criação de PERFIFERIAS
Característica: drenagem de riqueza localizada que gera DESIGUALDADES ESPACIAIS ou
DESENVOLVIMENTO DESIGUAL E COMBINADO
LÓGICA COLONIAL . Inserção no mercado pela circulação de mercadoria; . Escravidão como força de trabalho; . O Mercado não pergunta como se opera a produção.
ESPACIALIDADE DO CAPITALISMO Tendência à concentração e centralização; Urbanização que se segue; Adaptação e diversificação dos arranjos produtivos atrelados à circulação; Processo violento de subjugação que inclui a dominação cultural; Existência de centros difusores e áreas de difusão que constrem desigualdades básicas;
DIVISÃO TERRITORIAL DO TRABALHO
ESPACIALIDADE DIFERENCIAL
MÉTODO DIALÉTICO
Na história geográfica deve-se buscar a particularidade
histórica de cada conjunto de lugares da economia- mundo
No capitalismo, a zona central moldou-se conjuntamente com a montagem da economia-mundo
– a estruturação das periferias; Cada localidade passa a definir a sua via de desenvolvimento – distintos arranjos sociais gerados na expansão capitalista:
- destruição da ordem feudal existente;
- cercamento e divisão das terras; - Ruptura dos laços de servidão;
- diferenciação interna do campesinato; - êxodo rural;
- Urbanização e proto-industrialização; - constituição de uma classe mercantil articulada;
- revolução política anti aristocrática
A espacialidade diferencial possibilitou fluxos de
transferências geográficas de valor vitais para a
reprodução ampliada do sistema e para a renovação
produtiva da sua zona central
VIAS DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO NO NOVO MUNDO
1. Via americana ou Farm: 1. Arranjos sociais baseados em
pequenas e médias propriedades tocadas por trabalho familiar, com razoável urbanização na malha fundiária, cidades constituindo fóruns de proprietários – forte identidade comunitária.
2. Nova Inglaterra e oeste americano.
VIAS DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO NO NOVO MUNDO
2. Via das plantações – plantations:
1. zonas de povoamento agrário abastecidas pelo tráfico de escravos africanos; 2. Engajadas na extração de recursos naturais; 3. Produção de monocultura para o mercado capitalista: 4. caráter mercantil da colonização: 5. imigração forçada. 6. América hispânica, Brasil, sul dos EUA
VIAS DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO NO NOVO MUNDO
3. Via das Fazendas 1. Sistema de produção com mão de obra indígena; 2. A encomienda e o repartimiento : sistema de dominação político, social e cultural – arranjos sociais particulares a cada sociedade. 3. Centro do México e planaltos andinos. Na América, a economia mundo capitalista construiu seus empreendimentos na escala regional, que conformaram os teritórios contamporâneos. Ex: EUA Via de desenvolvimento = elemento de particularização histórica.
A NATUREZA DA RELAÇÃO CENTRO-PERIFERIA As divisões do mundo – circuitos econômicos que colocavam em contato lugares e sistemas produtivos dos diferentes quadrantes da Terra; Fluxos de trocas desiguais – transferência de valor da periferia para o centro; Tempo do centro: Renovação periódica das zonas centrais –– atualização técnico-produtiva e social.
Tempo das periferias: contínua necessidade de ajuste estrutural – tempo mais lento – renovações periódicas de ondas modernizantes - ciclos - espacialidade própria.
TEMPO DA RELAÇÃO CENTRO-PERIFERIA Escolhe as regiões ou localidades de maior interesse no sistema produtivo mundial. A marca de um produto dominante na área periférica. Territórios coloniais – inicialmente fornecedores de produtos naturais – extrativismo vegetal ou mineral. Posteriormente tornam-se mercados consumidores a partir do final do século XVIII - Novo colonialismo Exportação de infraestruturas a partir do século XIX Cada padrão de acumulação realiza um tempo relacional A sincronia com o tempo convive com os tempos das particularidades geográficas locais, regionais e nacionais.
ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
CIVILIZAÇÃO ROMANA
IMPÉRIOS MERCANTILISTAS