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 INSTITUTO MÉDIO E POLIVALENTE DO REGIMENTO MILITAR PM 1 INDÍCE Introdução---------------------------------------------------------------------------------2 1.1  Origem e o crescimento das cidades---------------------------------------3 1.2  O mundo urbano-----------------------------------------------------------------4 1.3  O processo de crescimento urbano-----------------------------------------5 1.4  Condições de vida nas zonas urbanas-------------------------------------7 1.5  O mundo rural e os seus laços com o mundo urbano------------------8 1.6  Urbanização nas zonas rurais------------------------------------------------9 1.7  O estilo de vida rural nas zonas urbanas---------------------------------11 1.8  Estratégias e soluções para melhorar as cidades----------------------12 1.9  Respostas aos desafios urbanos-------------------------------------------14 1.10  O futuro urbano-------------------------------------------------------------16 Resolução de problema--------------------------------------------------------------18 Objectivos--------------------------------------------------------------------------------19 Objecto-----------------------------------------------------------------------------------20

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INDÍCE

Introdução---------------------------------------------------------------------------------2

1.1 – Origem e o crescimento das cidades---------------------------------------31.2 – O mundo urbano-----------------------------------------------------------------41.3 – O processo de crescimento urbano-----------------------------------------51.4 – Condições de vida nas zonas urbanas-------------------------------------71.5 – O mundo rural e os seus laços com o mundo urbano------------------81.6 – Urbanização nas zonas rurais------------------------------------------------91.7 – O estilo de vida rural nas zonas urbanas---------------------------------11

1.8 – Estratégias e soluções para melhorar as cidades----------------------121.9 – Respostas aos desafios urbanos-------------------------------------------141.10  – O futuro urbano-------------------------------------------------------------16

Resolução de problema--------------------------------------------------------------18

Objectivos--------------------------------------------------------------------------------19

Objecto-----------------------------------------------------------------------------------20

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema a urbanização, tendências, problemas esoluções.

Tem como objectivos nos fazer entender o porque do crescimento populacionala nível mundial e principalmente nas zonas urbanas, suburbanas e rurais, e acharsoluções para as mesmas.

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1.1 – Origem e o crescimento das cidades

Em nenhuma civilização a vida urbana se desenvolveu independentemente do

comércio e da indústria.Impõe-se no passado as cidades do Egipto, Babilónia, Grécia, Império Romano

ou do Árabe, como hoje se impõe as cidades da Europa, América, Japão, ou da china asua universidade explica pela necessidade.

O grande desenvolvimento das cidades e das formas de vida urbana é umfenómeno que melhor caracteriza a civilização.

O ritmo de crescimento da população é muito variável, nos países do leste aexpansão urbana foi brutal mas hoje está um pouco mais controlada, na América do

Norte, Austrália, e na Nova Zelândia os ritmos da população urbana são os mais lentosactualmente.

O rápido crescimentos das cidades quer em área quer em população, provocoua concentração de enormes aglomerações humanas num reduzido espaço de terrenosão já numerosas as concentrações urbanas onde vivem mais de 1 milhão de pessoas,e aí se atingem densidades de população da ordem dos milhares de habitantes porkm².

As grandes concentrações populacionais são sempre em zonas de enorme

consumo, o abastecimento em água, electricidade, combustível, e matérias-primaspara indústria constitui um conjunto de problemas de solução habitualmente difícil ecara.

As administrações municipais procuram resolver este grave problema citadinoainda que só parcialmente.

Estes gigantismo urbano acarreta no entanto vários e delicados problemas queas administrações municipais nem sempre têm capacidade para resolver, as medidas atomar podem ser tão complexas e exigir verbas tão elevadas que só podem ser

satisfeitas com a intervenção do próprio estado. Neste sentido cita-se como exemplo acrítica situação que actualmente se verifica em Nova Iorque, dos muitos problemas quehoje afectam as grandes cidades faremos um breve referência apenas alguns próserem considerados os de maiores envergaduras. Para se ter uma ideia da dimensãoque este problemas pode atingir dá-se exemplo de Londres, em que 1.200.000pessoas se deslocam diariamente para o centro da cidade entra as 7 e as 10 damanhã.

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1.2 – O mundo urbano

Como habitar, trabalhar e viver?

Será possível remodelar o espaço urbano?

O estudo analítico das cidades constitui na verdade uma das concepções maistípicas da geografia humana, disciplina que analisa o organismo urbano com umproduto de cristalização da vontade dos homens, actuando em fase das possibilidadesgeográficas do meio. Nenhum terço, elemento da paisagem reflecte em maiseloquência, nitidez a atenção do homem como factor geográfico do que o urbanismohumano.

Do ponto de vista geográfico procura destacar a acção dos factores naturais edos factores culturais que determinam a sua fundação.

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1.3 – O processo de crescimento urbano

Na generalidade, as áreas de grandes concentrações populacionais coincidemcom os espaços fortemente urbanizados.

Embora o aparecimento dos primeiros centros urbanos possa ser consideradomuito antigo, o aumento de números de cidade é um fenómeno relativamente recente,também a comparação do crescimento da população mundial e da população urbanaconfirma esta evolução.

O crescimento urbano, que abrange todos os países, se bem que em grauvariável, é um dos factos mais espectaculares dos nossos dias, tanto pelas mudançasque provoca no modo de vida das populações como pelas profunda alterações queintroduz nas paisagens.

A crescente urbanização pode determinar-se com rigor através cálculo da taxade urbanização. Obtido esse valor, de imediato se conclui que a sua repartiçãogeográfica é irregular, embora como foi dito concentrações urbanas existiam desde háséculos, importa fazer um breve relance sobre a sua evolução, mas apenas a partir daidade média.

As cidades medievais eram quase sempre amuralhadas por motivos de defesa.

Trata-se de cidades castelajas com falta de espaço do que resultava um traçado deruas estreitas e casas apinhadas. No renascimento surgiram novas concepções decidades, o espaço citadino continuou a ser rodeado por novas muralhas construídasexteriormente as já existentes.

Intramuros rasgaram-se grandes avenidas (campos elísios em París),monumentos (catedral de Florença) e jardins (Versalhes).

O aparecimento de cidade de feição moderna verificou-se na Inglaterra nosfinais do século XVIII e teve como base a revolução agrícola, a que se seguiu a

revolução industrial.

O aumento da produtividade e do rendimento agrícola permitiu alimentar ummaior número de indivíduos; o desenvolvimento industrial atraiu a cidade a mão-de-obra que a mecanização e a motorização da agricultura tornaram excedentária noscampos.

O arranque industrial teve lugar nas bacias hulhíferas. Surgiu aí uma geração,de cidades negras, em que aos monótonos bairros operários se juntaram os poços dasminas, os altos-fornos, as chaminés, os montes de carvão, etc.

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O crescimento não parou até aos dias de hoje, pelo que alguns autores lhe dãoa denominação de expansão urbana.

Nos países em vias de desenvolvimento está ainda muito marcada a miragemda cidade como local do emprego e abundância.

Nestes países, existem normalmente um grande contraste entre as grandescidades e as áreas rurais mais interiores que estão quase sempre atrofiadaseconomicamente.

Milhares de trabalhadores agrícolas são levados a abandonar as suas terras,migrando para grandes cidades.

Trata-se de uma mão-de-obra não qualificada, que alimenta o desemprego eque, frequentemente, vai contribuir para aumentar a marginalidade (prostituição,

criminalidade, instabilidade social).O tecido urbano também se altera com a chega destes novos citadinos que não

têm capacidade económica para obter uma casa condigna.

Multiplicam-se rapidamente os bairros de lata, as construções clandestinasenfim as áreas de marginalidade.

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1.4 – Condições de vida nas zonas urbanas

Sem dúvidas que as cidades oferecem vantagens quer as populações que nela

residem quer as actividades económicas que nela instalam-se.Para as populações oferecem normalmente melhores oportunidades em termos

de emprego (melhor salário e tarefas menos penosas), cultura (museus, bibliotecas,teatros, etc…), educação (escolas de todos os graus e áreas de ensino), laser, etc… 

É daí que viver na cidade fosse em tempos e ainda é em alguns casos umprivilégio e, de certo modo e prestigiante.

No que respeita as actividades económicas estas encontram nas cidades mão-de-obra abundante e diversificada, fornecedores, clientes, instituições de créditos,serviços públicos diversos, etc… o que lhe permite colher os benefícios das economias

de aglomerações.Porem face as características da vida moderna por um lado, as desfasamentoentre as alterações económicas e sociais e as medidas de adaptação urbana a essastransformações e ainda ao desmesurado crescimento demográfico e funcional demuitas cidades, emergem hoje em quase todas as grandes urbes, muitos problemasque naturalmente se reflectem negativamente na qualidade de vida dos cidadãos

Raul Castelão 

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1.5 – O mundo rural e os seus laços com o mundo urbano

No mundo urbano os produtores de elaboração humana atingem um máximode concentração deixando quase que apagados os traços de paisagem natural,

enquanto na paisagem rural os motivos predominam, os traços culturais que estão poisgeograficamente mais de quantidade do que qualidade.Ao crescimento das aglomerações urbanas adiciona-se a forte migração das

populações rurais, o que conjuntamente ocasiona um aumento demográfico tão grandeque é difícil ser acompanhado pela correspondente construção de novas habitações.

A procura de uma casa para habitar, cada vez mais cara e cada vez maislonge, transforma-se desta maneira num problema que não tem solução para osextractos populacionais mais pobres. Assim aumenta sem cessar o número de pessoasque têm de recorrer a todos os meios para conseguir um teto para se abrigargeralmente nas piores condições possíveis.

Este é o motivo do aparecimento dos bairros de barracas que sempreacompanham pela periferia o crescimento das grandes cidades.

Calcula-se que, só em Portugal existirá perto de 1 milhão de pessoas que nãodispõe de uma habitação condigna. Como seria de esperar, situam-se quase todas aszonas de Lisboa e do Porto.

Os fumos industriais e domésticos, adicionados aos gases provenientes dacirculação de automóveis podem atingir uma concentração tão elevada que prejudicamseriamente a composição do ar atmosférico.

Na maior parte das grandes cidades, pode atingir níveis verdadeiramente

dramáticos. Los Angels ou Londres, por exemplo, encontram-se frequentementeenvolvidas por uma neblina de poluição. No centro de Tóquio  – de onde aliais já foiparcialmente retirada a circulação de automóveis  – existem máquinas que a troco deuma moeda permitem a respiração de um pouco de oxigénio puro.

Será escusado repetir os maléficos efeitos que a poluição provoca na saúdefísica e mental das pessoas. Mas são tão graves que os modernos planos deurbanização vêem demonstrando uma preocupação crescente com respeito a estasituação. Eles procuram introduzir vastos espaços verdes, parques relvados, que nãosó entreponham entre as fábricas e as habitações uma prudente distância, comprovoquem alguma recuperação do oxigénio consumido pelas combustões.

O problema é no entanto difícil e dispendioso tratamento, e encontra-se aindalonge de uma solução satisfatória.

Raul Castelão 

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1.6 – Urbanização nas zonas rurais

Nem sempre o homem habitou em cidades, os primeiros habitantes eramnómadas, portanto não tinham residência fixa e viviam da caça, pesca e colecta,posteriormente deixaram essa condição para se tornarem produtores.

A partir de então o homem foi se aglomerando em centros urbanos edesenvolvendo actividades económicas. Sendo assim, o processo de urbanização temduas fases marcantes, a primeira ocorreu com a Revolução Industrial no fim do séculoXVIII, esse acontecimento provocou uma enorme migração, pessoas que habitavamáreas rurais saíram rumo às cidades, mas isso aconteceu somente nos paísesenvolvidos na revolução e não em escala planetária. A segunda aconteceu após a IIGuerra Mundial, mas essa não foi motivada pela industrialização, houve um êxodo rural

em massa desencadeado pelo fascínio urbano, melhores condições de vida,oportunidades de estudo e trabalho.

O processo de urbanização ocorreu essencialmente pelo deslocamento depessoas oriundas das zonas rurais em direcção às cidades, que são caracterizadaspela aglomeração de pessoas em uma área delimitada e pela actividade produtiva, quedeixa de ser agrícola para se tornar industrial, comercial; e também pela realização deprestação de serviços.

Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que ospaíses industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em

desenvolvimento e de industrialização tardia, o crescimento urbano aconteceactualmente de forma acelerada e desordenada. A falta de planeamento urbano temfavorecido a proliferação de graves problemas, tais como a favelização, falta de infra-estrutura, violência, poluição de todas as modalidades, desemprego e muitos outros.

Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com ocontinente, país e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantesvivendo em cidades, na Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América doNorte 80,7%, na Europa 72,2% e na Oceânia 70,8%. Em outra abordagem, tomandocomo princípio os países ricos e pobres, existe uma enorme disparidade quanto aopercentual de população urbana e rural. Na Bélgica, por exemplo, 97% das pessoas

vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice cai para 17%.

O fenómeno da urbanização produziu cidades cujo número de habitantessupera os 10 milhões, essas recebem o nome de megacidades ou megalópoles como,por exemplo, Tóquio (Japão) com 35,2 milhões de habitantes, Cidade do México(México) com 19,4 milhões, Nova Iorque (Estados Unidos) com 18,7 milhões e maistantas outras cidades espalhadas pelo mundo.

Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de umalocalidade ou região, para características urbanas. Usualmente, esse fenómeno estáassociado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, otermo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos

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urbanos. O termo também pode designar a acção de dotar uma área com infra-estrutura e equipamentos urbanos, o que é similar a significação dada à urbanizaçãopelo Dicionário Aurélio - Século XXI: "conjunto dos trabalhos necessários para dotaruma área de infra-estrutura (por exemplo, água, esgoto, gás, electricidade) e/ou deserviços urbanos (por exemplo, de transporte, de educação, de saúde) ". Ainda pode

ser entendido somente como o crescimento de uma cidade.Em 2008, pela primeira vez na história, o número de pessoas vivendo em

cidades superou o número de pessoas vivendo no campo. A humanidade parece estardeixando para trás o longo passado rural, e caminhando rapidamente para um futurocada vez mais urbano. De acordo com estimativas da ONU, entre 2005 e 2030, todo ocrescimento da população mundial ocorrerá em cidades, especialmente naquelassituadas em países pobres.

As cidades resultam de um processo de ocupação e organização do espaçocom algumas características comuns. Em primeiro lugar, são locais de grande

aglomeração de pessoas. Desde os primeiros núcleos urbanos, isso representou certograu de permanência, de vida sedentária, rompendo a intensa mobilidade dos povosnómadas. Mas foi também nas primeiras cidades que surgiram ou se especializaramactividades distintas daquelas realizadas no campo, tais como o comércio, aadministração e as ligadas à defesa dos territórios.

A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, as actividades industriais ede serviços expandiram-se enormemente nas cidades, intensificando ainda mais aconcentração da população nesses espaços e consolidando seu papel centralizador.

Os critérios que distinguem o urbano e o rural são definidos pelas agências

nacionais de estatísticas (no caso do Brasil, o IBGE), de acordo com as normasestabelecidas pela legislação de cada país. Por isso mesmo, eles variam muito de umpaís para outro e são muito relativos. Na Islândia, uma aglomeração com apenas 300habitantes já é classificada como cidade; na Grécia, seriam necessários 10 milhabitantes para atingir o mesmo status. No Brasil são considerados urbanos aquelesque residem na sede dos municípios ou na sede dos distritos municipais,independentemente do número de habitantes.

Quando falamos em urbanização, estamos nos referindo ao aumento dapercentagem de população urbana em relação à percentagem de população rural. Emum país urbanizado, a percentagem da população vivendo em assentamentos

considerados urbanos é superior à da população rural. Esse fato ocorre principalmentedevido ao êxodo rural, ou seja, à migração rural-urbana. O nível de urbanização é apercentagem da população total que vive nas cidades; a taxa de urbanização refere-seao ritmo de crescimento da população urbana.

Nas economias modernas, o mundo rural é fortemente conectado ao mundourbano. Máquinas e equipamentos industrializados, assim como tecnologias produzidasna cidade, são consumidos nas áreas rurais, que, por sua vez, abastecem as cidadescom alimentos e matérias-primas. Quanto maior o grau de modernização técnica daagricultura, menor é a oferta de trabalhadores agrícolas e mais urbanizada tende a sersociedade.

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1.7 – O estilo de vida rural nas zonas urbanas

Os Estilos de Vida, como maneiras de agir pensar e sentir, constituíram-secomo o cerne desta investigação em virtude de serem as traves mestras da vida e da

acção humana e, simultaneamente uma importante alavanca na construção epromoção da saúde. O objectivo do presente estudo é demonstrar se há diferençassignificativas nos modelos de Estilos de Vida das populações jovens de meio rural,Boticas, e de meio urbano, Braga, em domínios como: alimentação, higiene,segurança, conforto, lazer, atitudes perante o sexo seguro, bem-estar, ambiente, água,níveis de satisfação, recursos económicos, perspectivas de vida.

Da análise aos resultados sobressai que no âmbito dos Estilos de Vida, adicotomia Rural –Urbano é significativa em diversos parâmetros analisados. Noconfronto entre as duas populações estudadas para o campo dos valores, nas variáveisem estudo e nas categorias que as constituem, os jovens rurais expressam níveissuperiores de resistência na adesão a novas tendências e mantêm-se num plano maistradicionalista, conservador e de censura ao incumprimento da norma, enquanto que os  jovens urbanos são mais flexíveis e apresentam maior grau de aceitação e deincorporação do novo.

As duas realidades apresentam um conjunto concepções sobre os Estilos deVida bastante diferenciado, o qual indicia a existência de matrizes cognitivas,valorativas e das suas práticas substancialmente diferentes no processo de adaptação

ao meio ecossistémico onde actuam. Assim, os Estilos de Vida (EV) ou concepções devida seguem o modelo KVP (Clément, 2004; 2006), sendo no caso presente EV = f(KVP). Os EV são função dos Conhecimentos (K  – knowledge) que se traduzem pelaliteracia, metacognição e capacitação, dos Valores (V) entendidos como princípios enormas tidos como positivos pelo conjunto da sociedade ou por comunidadesparticulares e restritas e que regem a conduta e das Práticas sociais (P) vistas como oprocesso de aplicação à vida quotidiana social e profissional.

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1.8 – Estratégias e soluções para melhorar as cidades

A União Europeia estabelece medidas de cooperação e define orientações comvista à melhoria do ambiente urbano. Essas medidas dizem essencialmente respeito ao

intercâmbio de experiências e à divulgação de informações aos níveis mais adequados,de modo a garantir a aplicação eficaz da legislação e a favorecer as melhores práticasentre as autoridades locais.

A União Europeia (UE) estabelece medidas de cooperação e defineorientações com destino aos Estados-Membros e às autoridades locais para lhespermitir melhorar a gestão do ambiente nas cidades europeias.

Esta estratégia tem por objectivo melhorar a qualidade do ambiente urbano,fazendo com que as cidades sejam locais mais atractivos e mais saudáveis para viver,trabalhar e investir, e reduzindo simultaneamente o impacto ambiental negativo dasaglomerações sobre o ambiente.

As principais medidas previstas pela estratégia são:  A publicação de orientações relativas a uma integração das questões

ambientais nas políticas urbanas. Essas orientações serão baseadas nasmelhores práticas, bem como em pareceres de peritos. Uma gestãoambiental integrada permitirá uma melhor planificação, evitando assimconflitos entre as diferentes medidas.

  A publicação de orientações relativas a planos de transporte urbanosustentáveis. Estas orientações serão igualmente baseadas nas melhorespráticas, bem como em pareceres de peritos. Uma planificação eficaz dos

transportes deve abranger os passageiros e as mercadorias e promover autilização segura e eficaz dos transportes menos poluentes e de qualidade.

  O apoio ao intercâmbio das melhores práticas, nomeadamente graças àcolocação em rede das informações, ao desenvolvimento de projectos dedemonstração financiados por LIFE+ e à criação de uma rede de pontos decontacto nacionais.

  O reforço da informação das autoridades locais via Internet e o reforço daformação de pessoal que trabalha nas administrações regionais e locaissobre questões relativas à gestão urbana.

  A utilização dos programas comunitários de apoio que existem no âmbitoda política de coesão ou de investigação. 

Devido à natureza transectorial das questões de gestão urbana, qualquerestratégia de melhoria do ambiente urbano requer uma coordenação com as outraspolíticas ambientais em causa. Estão, por conseguinte, envolvidas a luta contra asalterações climáticas (construções que favoreçam a eficiência energética, planos detransporte urbano, etc.), a protecção da natureza e da biodiversidade (redução daexpansão urbana, recuperação de zonas industriais abandonadas, etc.), a qualidade devida e a saúde (redução da poluição atmosférica e sonora, etc.), a utilizaçãosustentável dos recursos naturais, assim como a prevenção e reciclagem dos resíduos.

Contexto 

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Quatro em cada cinco cidadãos europeus vivem em cidades. Estas sãoconfrontadas com problemas comuns: uma má qualidade do ar ambiente, níveiselevados de tráfego, congestionamento e ruído ambiente, áreas edificadas de baixaqualidade, terrenos abandonados, emissões de gases com efeito de estufa, dispersão

urbana, produção de resíduos e efluentes líquidos.Esses problemas ambientais são particularmente complexos e as suas causasencontram-se interligadas. É por isso que se torna necessária uma abordagemintegrada. É mais apropriado tomar medidas de orientação e coordenação do que umaacção legislativa, devido à diversidade das zonas urbanas e das suas obrigações jáexistentes, que requerem soluções específicas "por medida", e devido igualmente àsdificuldades de estabelecer normas comuns para o ambiente urbano. A presenteestratégia baseia-se, pois, na subsidiariedade e dá prioridade às iniciativas locais,atribuindo ênfase à cooperação entre os diferentes níveis de decisão (comunitário,nacional e local) e à integração dos diferentes aspectos da gestão urbana.

A estratégia para o ambiente urbano constitui uma das sete estratégiastemáticas previstas pelo sexto programa da acção para o ambiente. 

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1.9 – Respostas aos desafios urbanos

O desafio da globalização e da reestruturação económica: reforçar aprosperidade económica e o emprego nas zonas urbanas e caminhar no sentido de um

sistema urbano equilibrado.A globalização, a ascensão da economia de serviços e a concorrênciainternacional crescente oferecem não só oportunidades como representam ameaçaspara as zonas urbanas, pois há menos barreiras a separar os mercados locais. Ascidades podem explorar as oportunidades que a integração global lhes oferece, talcomo demonstram os sectores cujo crescimento assenta nos centros urbanos, como osdas comunicações, transportes, comércio internacional e retalhista, tecnologiaambiental, indústrias culturais e turismo, projectos e investigação. O crescimentodestes sectores oferece potencialidades em termos de criação de empregos e melhoriada qualidade de vida local. No entanto, actualmente, as taxas de desemprego em

muitas cidades ultrapassam as médias nacionais, o que revela o impacto dareestruturação económica e as diferenças de capacidade de ajustamento ao nívelurbano. Estes desafios são 38 particularmente intensos nas regiões menosdesenvolvidas da UE e nos países candidatos à adesão.

O reforço da prosperidade económica e do emprego nas zonas urbanasimplica, designadamente:

• Uma economia local diversificada e flexível, que alie a indústria fabril, osserviços, as indústrias culturais, o lazer e o turismo, e que dê especial destaque àcapacidade empresarial e às PME que assegurem uma maior percentagem de novos

empregos.• Uma boa oferta de capital humano para explorar o crescimento e a inovação

nos sectores económicos baseados no conhecimento, e a capacidade deaprendizagem ao longo da vida através de fortes ligações entre a oferta e procura decapital humano especializado.

• Boas infra-estruturas de comunicações, incluindo a tecnologia da informação,ligações de transportes que garantam a acessibilidade interna e externa, e estratégiasde internacionalização tendentes a promover o intercâmbio, a criação de redes e aaprendizagem entre diferentes meios económicos e sociais.

• Um bom ambiente urbano em termos de recursos naturais e físicos, que por 

sua vez dependem de sistemas eficazes de controlo da poluição, infra-estruturasambientais e transportes que funcionem bem, e sistemas de planeamento da utilizaçãodos solos que promovam a utilização mista e uma ambiência urbana atraente.

• Uma boa qualidade de vida em termos culturais e sociais, incluindo habitação financeiramente acessível e um ambiente seguro.

• Uma boa administração urbana que promova abordagens integradas eparcerias com vista ao desenvolvimento económico urbano, incluindo empresas.

• Ligações eficientes e funcionais com centros urbanos maiores e mais

pequenos, incluindo a capacidade para estabelecer ligações eficazes com zonas rurais

interiores.

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A maior mobilidade leva as empresas e as pessoas a compararem cada vezmais as vantagens das diferentes regiões e países em termos de localização, no quese refere a custos, qualidade de vida e eficiência dos serviços públicos. Dentro da UE,o mercado único levou a um aumento das trocas e interdependências entre as cidades.

A União Económica e Monetária irá intensificar estas mudanças. Estas transformaçõesglobais e europeias deram origem a um sentido de concorrência entre as cidadesenquanto estas procuram encontrar um nicho num mercado em rápida evolução, e istotem repercussões para o sistema urbano da UE no seu conjunto. O projecto dePerspectiva Europeia de Desenvolvimento do Território sublinha as pressões que severificam nalgumas partes da Europa no sentido de uma maior concentração daactividade económica e o risco de não se explorar o potencial de cidades de dimensõese39 características diferentes. É necessário empreender acções para melhorar oacesso às principais redes de transportes e comunicações europeias, nomeadamenteestabelecer redes secundárias que liguem as cidades pequenas e médias às principais

portas de acesso (gateways) e às cidades de maior dimensão do território europeu.Além disso, para contribuir para um desenvolvimento regional equilibrado e melhorar assuas perspectivas económicas, as cidades pequenas e médias precisam de integrar assuas zonas rurais interiores nas suas estratégias de desenvolvimento.

Dentro deste novo contexto, as entidades locais e regionais enfrentam o perigode uma concorrência fiscal prejudicial, que poderá reduzir as suas receitas fiscais eprovocar distorções da concorrência dentro do mercado único. Um certo nível decoordenação no domínio fiscal permitiria evitar ou atenuar o efeito indesejado daconcorrência entre entidades de diferentes Estados-Membros.

O desafio da inclusão social: romper as ligações entre a reestruturaçãoeconómica, a segregação territorial e a exclusão social em zonas urbanasproblemáticas

A exclusão social tende a concentrar-se nas cidades europeias, afectando,nalguns casos, entre 15 e 20% da população urbana. A exclusão social representa umaameaça para a prosperidade económica e a estabilidade social da Europa e constituiuma tragédia social para aqueles que são suas vítimas.

A exclusão assume muitas formas: crianças sem perspectivas reais quanto aofuturo; baixo aproveitamento escolar; isolamento; falta de abrigo ou de habitaçãoadequada; elevado endividamento; acesso limitado aos transportes e serviçosessenciais, designadamente aos serviços de informação e comunicação; acessolimitado à polícia e à justiça; má saúde; ausência de direitos de cidadania. Os sintomassecundários da exclusão são muitos, designadamente, fragmentação social, desordemcivil, aumento da tensão racial, alienação e delinquência juvenil, problemas de crime epoliciamento, problemas de abuso de drogas e saúde mental. O processo éparticularmente agudo entre os desempregados de longa duração, as minorias étnicase os grupos de imigrantes, que são vítimas da discriminação no trabalho e no mercadoda habitação, para além dos problemas causados pelas barreiras linguísticas.

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1.10  – O futuro urbano

Washington, D.C. - Caso as prioridades desenvolvimentistas globais não foremreavaliadas para levar em conta a imensa indigência urbana, muito mais da metade do1,1 bilhão de pessoas projectado a ser adicionado à população mundial ate 2030,

viverá sob condições miseráveis, carentes de infra-estrutura, segundo o Estado doMundo 2007: Nosso Futuro Urbano, divulgado pelo WWI. Embora as cidades cubramapenas 0,4% da superfície terrestre, representam a maior fonte de emissões mundiaisde carbono, tornando-as cruciais para amenizar a crise climática, observa o relatório.

Até um século atrás, a grande maioria da população mundial vivia em áreasrurais, porém já no próximo ano mais da metade da população estará habitandocentros urbanos. Anualmente, mais de 60 milhões de pessoas - aproximadamente apopulação da Franca - incham cidades e subúrbios, principalmente em regiões urbanasde baixa renda nos países em desenvolvimento.

A urbanização desordenada e caótica causa um gigantesco ónus à saúdehumana e à qualidade do meio-ambiente, contribuindo para a instabilidade social,ecológica e económica em muitos países. Dos 3 bilhões dos actuais moradoresurbanos, 1 bilhão vive em "favelas", definidas como áreas carentes de necessidadesbásicas, como água potável, sanitários ou moradia permanente. Cerca de 1,6 milhãode moradores urbanos morrem anualmente devido à falta de água potável esaneamento.

"Para uma criança moradora de favela, doenças e violência são ameaçasquotidianas, enquanto educação e saúde permanecem como sonhos distantes," dizMolly O`Meara Sheehan, Directora de Projectos do Estado do Mundo 2007. "Oslegisladores precisam focar a 'urbanização da pobreza' incrementando investimentosem educação, saúde e infra-estrutura". Entre 1970 e 2000, a ajuda urbana mundialrepresentou cerca de US$60 bilhões - apenas 4% do trilhão e meio de dólaresaplicados em assistência desenvolvimentista.

A Comissão para a África identificou urbanização como o segundo maiordesafio, depois do HIV/AIDS, que o continente de urbanização mais acelerada do

mundo confronta. Apenas cerca de 35% da população africana é urbana, mas prevê-seque ate 2030 este percentual já terá atingido 50%. "A promessa de independênciacedeu lugar às duras realidades da vida urbana, principalmente devido ao nossodespreparo frente ao futuro urbano", observa Anna Tibaijuka, Directora Executiva daUN-HABITAT, no prefácio do livro.

Mundialmente, as cidades também já levam o clima a serio, estando muitasreagindo efectivamente às ameaças directas que sofrem. Das 33 cidades projectadas aterem, pelo menos, 8 milhões de habitantes ate 2015, 21 delas, no mínimo, sãocidades lituânias que terão que lidar com a elevação do nível do mar devido à mudança

climática.

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Nos Estados Unidos, mais de 300 cidades - com população total de mais de 51milhões de americanos - aderiram ao Acordo de Protecção ao Clima realizado porgovernos municipais em prol de uma política climática nacional. Chicago, por exemplo,negociou com uma concessionária pública o fornecimento de 20% do consumo de

energia da cidade por fontes renováveis, até 2010, e pretende se tornar "a cidade maisambientalista da América". Para não ficar atrás, o Prefeito de Nova York, MichaelBloomberg, recentemente anunciou planos para sua cidade ocupar a liderança naredução de emissões de gases de estufa.

Embora nenhum conjunto individual de "melhores práticas" permita que todasas cidades enfrentem com sucesso os desafios da pobreza e degradação ambiental, oEstado do Mundo 2007 enfoca áreas onde a liderança urbana pode gerar grandesbenefícios para o planeta e para o desenvolvimento humano. Tais benefícios incluem aprestação de serviços de saneamento para populações urbanas pobres, incremento da

agricultura urbana e melhoria dos transportes públicos. Alem disso, o relatóriorecomenda a aplicação de mais recursos à colecta de informação sobre questõesurbanas, a fim de que entidades locais, nacionais e internacionais possam melhoravaliar prioridades desenvolvimentistas.

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A solução para os problemas urbanos é fortalecer o Estado

Segundo especialistas, fortalecer o Estado para enfrentar os complexos

problemas urbanos é o caminho.Durante o seminário diversas possibilidades de solução de complexos

problemas dos grandes centros urbanos foram apontadas: investir em educaçãoambiental, manejar os resíduos sólidos de maneira estruturada e consequente,enfrentar a cultura do automóvel, criar uma nova cultura sobre mobilidade urbana eintegrar a demanda em saneamento básico com a questão de moradia, são algumasdas propostas de renomados especialistas que contribuíram com o debate.

“O seminário permitiu uma discussão aprofundada sobre um tema actual e de

extrema importância para todos nós, que é garantir o desenvolvimento das cidadessem comprometer o meio ambiente. A falta desse debate e de políticas públicasconsistentes sobre o assunto tem ocasionado muitos prejuízos na vida da população,prova disso são as constantes enchentes que, infelizmente, estão ocorrendo em váriascidades do país”, disse Pedro Bigardi, deputado estadual pelo partido em São Paulo.

A problemática das enchentes é antiga. Na década de 90 a solução era acanalização, actualmente passa-se a ideia de que construir reservatório resolve oproblema. Não é considerada a impermeabilização do solo, desmatamento, expansãourbana e periférica em áreas degradas, e também a acumulação de resíduos.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, os aterrossanitários recebem 61%, o aterro controlado 25% e 14% dos resíduos têm seu destinofinal nos lixões.

Papel e dever do estado

Entre todos os debatedores, a afirmação de que o Estado precisa serfortalecido para encarar e resolver os problemas da sociedade brasileira, diminuindo asdesigualdades sociais foi unânime.

“Quem dita as regras sobre a questão da moradia é o interesse do mercado

imobiliário”, afirmou Kazuo Nakano, arquitecto e urbanista doutor ando em demografiapela Unicamp.

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OBJECTO

Pragas urbanas como objectos de estudos ambientais

Dentre os problemas relacionados ao processo de urbanização, as pragas

urbanas assumem importância cada vez maior visto que interferem directamente naqualidade de vida do homem.

Por volta de 1800 pouco menos de 2% da população mundial vivia em cidades.Naquela época a sociedade humana era fundamentalmente rural e agrária. Com arevolução industrial, em pouco mais de um século esta sociedade tornou-sefrancamente urbana. Hoje mais da metade da população humana vive em cidades.Algumas destas cidades apresentam aglomeradas humanos com milhões deindivíduos.

Concomitantemente ao processo de urbanização, e mais recentemente, da

globalização, a humanidade vem se defrontando com um conjunto absolutamente novode problemas políticos, económicos, de saúde e saneamento e ecológicos. Dentreestes problemas aqueles referentes a pragas urbanas assumem importância cada vezmaior visto que interferem directamente na qualidade de vida do homem. Apesardestes fatos enxergar a cidade como uma biocenose e estudá-la como tal é umaprática ainda recente mas que vem se desenvolvendo nos últimos anos.

Sempre que se constrói uma cidade, cria-se uma nova biocenosecompletamente diferente daquela originalmente existente. Uma série de nichosecológicos desaparecem e outros novos surgem. Várias espécies vegetais e animaisque existiam no ambiente natural desaparecem e outras novas são importadas. Um

conjunto novo e único de fontes de alimento e locais de abrigo estarão sendooferecidas à esta nova fauna. Relações absolutamente novas de competição epredação estarão se estabelecendo. É impossível prever quais serão todas as espéciesque conseguirão sobreviver dentro do novo ecossistema. Algumas (como, baratas,formigas, cupins, ratos, etc.), entretanto, certamente estarão neste novo ecossistema.

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OBJECTIVO

Este trabalho tem por objectivo melhorar a qualidade do ambiente urbano,fazendo com que as cidades sejam locais mais atractivos e mais saudáveis para viver,trabalhar e investir, e reduzindo simultaneamente o impacto ambiental negativo das

aglomerações sobre o ambiente.

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BIBLIOGRAFIA

Raul Castelão e Maria João Matos – Geografia humana.

SITES:

http://ambientes.ambientebrasil.com.br 

http://www.wwiuma.org.br/ 

http://sustentabilidade.allianz.com.br/ 

http://www.oeco.com.br/ 

http://www.vermelho.org.br/