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Geologia 11 Arquivos da História da Terra Fósseis

Geologia 11 rochas sedimentares - história da terra - fósseis

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Geologia

11

Arquivos da História da Terra – Fósseis

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Muitos dos fenómenos da história da Terra ficam registados nos sedimentos, nomeadamente os restos ou vestígios dos organismos que habitaram o nosso

planeta e que atualmente se encontram extintos.

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Reconstituir o passado do nosso planeta implica assim:

compreender como se formaram as diferentes rochas;

conhecer as alterações que ocorreram nas rochas

desde a sua formação até à atualidade;

datar a formação das rochas;

estudar as formas de vida que habitavam o nosso

planeta nos tempos geologicamente remotos.

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O estudo das rochas sedimentares, principalmente a composição e

textura (dimensão dos grãos, etc), fornece dados importantes sobre as

rochas iniciais que sofreram meteorização e erosão, além de permitirem

caracterizar o tipo de transporte e as condições ambientais em que

ocorreu a deposição e a diagénese.

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Datar a formação das rochas

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Neocatastrofismo

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Esta nova teoria reconhece o

uniformitarismo como o guia principal que

permite entender os processos

geológicos, mas não exclui que

fenómenos catastróficos ocasionais

tenham contribuído para eventuais

alterações localizadas na superfície

terrestre. Esta conceção procura

interpretar os efeitos de alguns

fenómenos catastróficos, como acontece

com os impactos meteoríticos, baseando-

se em dados geológicos.

Datação das rochas

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Absoluta

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Datação Relativa

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Importância dos fósseis

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O que é um fóssil?

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Fóssil (substantivo masculino): Todo e qualquer

vestígio identificável, corpóreo ou de actividade

orgânica, de organismos do passado, conservado em

contextos geológicos, isto é, nas rochas (do latim

fossile < fossu, cavado, retirado do chão cavando).

Tipos de fóssil

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Somatofóssil: Fóssil de restos

somáticos (isto é, do corpo) de

organismos do passado.

Icnofóssil: Fóssil de vestígios

de actividade biológica de

organismos do passado.

Icnofósseis

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“Cruziana”

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Jazida da Pedreira do Avelino (Zambujal, Sesimbra)

Foto: Carlos Marques da Silva

Processos de fossilização

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Processo Descrição

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Lagos de asfalto – La Brea - EUA

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O código genético é universal

Processos de fossilização

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Processo Descrição

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Orthoceras

Processos de fossilização

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Processo Descrição

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Processos de fossilização

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Processo Descrição

Interesse científico dos fósseis

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A utilização dos fósseis, em Geologia, está muito dirigida

para a reconstituição de paleoambientes (ambientes

antigos) e para a geocronologia, em que são usados na

datação das rochas e de acontecimentos geológicos.

Fósseis de Fácies

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Identificam os ambientes de

formação das rochas em que

se encontram, no que respeita,

nomeadamente, à

profundidade, temperatura,

luminosidade, energia,

oxigenação e salinidade,

porque correspondem a seres

que viviam em condições

ambientais bem definidas.

Exemplos

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Os carvões, que caracterizam ambientes redutores

(sem oxigénio disponível), de águas doces ou

salobras, geralmente continentais e de climas

húmidos;

Exemplos

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Os corais, que identificam ambientes marinhos

pouco profundos, de águas límpidas, quentes,

agitadas e bem oxigenadas.

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Os fósseis de fácies são, portanto, especialmente

esclarecedores em relação aos ambientes de

formação das rochas sedimentares.

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Mina de Carvão (Svalbard –

Noruega)

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Recifes de coral

Os recifes de coral são comunidades

constituídas por uma grande variedade de seres

vivos.

Os corais, animais que pertencem ao mesmo filo

que as hidras, estabelecem uma relação de

simbiose com algas unicelulares. Os esqueletos

dos animais mortos constituem a base do recife.

Os recifes de coral são edificados em águas

tropicais quentes, pouco profundas e com pouca

carga de sedimentos. Os recifes mais comuns

são agrupados em três categorias: recifes de

franja, recifes barreira e atóis (recifes circulares

que emergem de águas profundas e que

circundam uma lagoa). A existência de atóis em

águas oceânicas profundas intrigou os

naturalistas do século XIX. Em 1842, Charles

Darwin publicou uma explicação para a

formação de atóis no oceano Pacífico, baseada

nas observações que fez nas ilhas do

arquipélago da Sociedade. De acordo com

Darwin, recifes de franja, recifes barreira e atóis

constituiriam, respetivamente, etapas

consecutivas da evolução dos recifes que se

encontram associados a ilhas vulcânicas.

A hipótese de Darwin só foi

comprovada em 1952,

quando foram efetuadas

sondagens no atol de

Eniwetok, no oceano

Pacífico. Por baixo de cerca

de 1400 m de calcário

recifal, os cientistas

encontraram basalto

(associado a vulcanismo

intraplacas).

Fósseis de Idade

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Os fósseis de idade são fósseis de organismos cujas espécies

tiveram uma breve passagem pela Terra e que, por isso,

caracterizam bem a idade das rochas onde fossilizaram.

Diz-se que evoluíram rapidamente e que a sua distribuição

estratigráfica, isto é, nos estratos das diversas idades, é

pequena .

Para que a utilização científica dos fósseis de idade e dos

fósseis de fácies seja generalizada, é necessário que se

trate de fósseis abundantes, o que decorre da abundância

dos próprios organismos e da sua facilidade de fossilização.

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Abundância de organismos

Facilidade de fossilização

Fósseis de Idade Fósseis de Fácies

Pequena distribuição

estratigráfica

Vasta distribuição

geográfica

Grande distribuição

estratigráfica

Ocupação de

ambientes específicos