31
Geologia Escola Secundária de Fafe Professora Rosa Lopes 2012/2013

Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Geologia

Escola Secundária de FafeProfessora Rosa Lopes

2012/2013

Page 2: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

A- Zonas Costeiras

Page 3: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Geomorfologia do litoralAs costas apresentam

variados aspetos resultantes da

combinação de um conjunto de

fatores: ação erosiva do mar,

natureza das costas, correntes

marítimas, etc.

Tal como os rios, também

o mar molda a paisagem criando

diversas geomorfologias litorais.

Page 4: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

O contacto entre a terra e o mar faz-se através de uma área que

habitualmente designamos por litoral. As formas que o litoral apresenta e

que se vão modificando ao longo do tempo dependem dos seguintes

fatores:

• 1.Características das rochas: a uma costa alta e rochosa estão associadas

rochas mais consistentes, por sua vez, a uma costa baixa e arenosa,

correspondem materiais rochosos mais brandos;

• 2.Ação erosiva do mar: que modela o litoral com o contributo das ondas,

das marés e das correntes marítimas;

• 3.Ação dos rios: que podem depositar maior ou menor quantidade de

materiais na sua foz.

Page 5: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Os aspetos podem ser:• Praia e dunas – são formas de acumulação de sedimentos, geralmente, areias e

conchas. • Tômbolo – cordão de areia que une uma ilha ao continente. • Delta – forma de acumulação com origem fluvio -marinha. Corresponde à

deposição de materiais sólidos na desembocadura de um curso de água. • Restinga – forma de acumulação de areias ou rochas que crescem a partir da costa. • Laguna – porção de mar que ficou individualizada por uma restinga. • Estuário – é uma forma fluvio -marinha de erosão. Corresponde à secção terminal

de um rio até onde se fazem sentir as correntes da maré. • Arriba – costa alta de vertentes mais ou menos abruptas e desprovida de vegetação

que estabelece o contacto entre a terra e o mar.

Page 6: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Causas do recuo da linha de costa:

• O défice sedimentar deve-se:

1. Diminuição do carreamento fluvial;

2. Extrações de areia;

3. Obras de engenharia costeira;

4. Subida do nível do mar.

O recuo dramático da linha de costa deve-se não só a causas

naturais (1 e 4), mas também à subida do nível das águas e a ação

humana (2 e 3).

Page 7: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Recuo da linha de costa/ avanço das águas do mar

Page 8: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Formas de erosão:

Resultam do desgaste provocada

pelo impacto dos movimentos da água do

mar sobre a costa. Este desgaste tem o nome

de abrasão marinha e é provocado pelo mar.

Os efeitos dessa abrasão notam-se

especialmente em costas altas e escarpadas

(arribas).

• Exemplos: Laguna, estuário, arriba e

plataforma rochosa ou de abrasão.

Page 9: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Formas de deposição:

São os materiais resultantes da ação de transporte e

sedimentação causado pelas correntes marítimas.

• Exemplos: Praia, duna, tômbolo, restinga e delta.

Page 10: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Situações de risco relativas à ocupação antrópica das zonas costeiras

• A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no tocante à

água, às zonas costeiras e às zonas de vertente.

• As zonas costeiras ao redor do globo são, por um lado, áreas que concentram

oportunidades econômicas e de lazer, atraindo pessoas, serviços e indústrias,

e por outro, áreas de risco, com grande ocorrência de desastres naturais e

alto risco ambiental.

• Em função das mudanças climáticas em curso esse cenário tende a se agravar,

com o aumento da frequência de extremos pluviométricos e elevação do nível

médio do mar, causando deslizamentos, inundações e erosão na costa.

Page 11: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Situações reais:

1. Derrocada de 250 m do terraço de uma casa na praia da Areia Branca

(Lourinhã);

2. Recuo acelerado da arriba ( Vale do Lobo);

3. Casa suspensa no precipício, por detrás da novíssima marina de

Albufeira ( Ponta da Baleeira);

Page 12: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Obras de intervenção na faixa litoral

• Vantagens:

Proteção da faixa litoral, através de obras transversais à linha de costa

(esporões), construções paralelas à linha de costa (paredões), ou

destacadas (quebra-mares);

Desenvolvimento económico e social do país.

• Desvantagens:

Perturbações da evolução da faixa costeira;

Os esporões constituem também uma oposição ao transporte litoral da

areia.

Page 13: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Esporão

Quebra-mares

Page 14: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)

São considerados Planos especiais de Ordenamento do Território, surgem

como um instrumento enquadrador que as pode conduzir a uma melhoria,

valorização e gestão dos recursos presentes no litoral. Têm como objetivos:

Ordenar os diferentes usos e atividades específicas da orla costeira;

Classificar as praias e regulamentar o uso balnear;

Valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas por motivos ambientais

e turísticos;

Enquadra o desenvolvimento das atividades específicas da orla costeira;

Assegurar a defesa e conservação da natureza.

Page 15: Geologia: Zonas costeiras e de vertente
Page 16: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

B- Zonas de vertente

Page 17: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Zonas de vertente de maior risco em Portugal

Tal como indica a imagem, as zonas de vertente de maior risco encontram- se representadas pela cor castanha (Norte do país), enquanto que as de menor risco encontram-se representadas pela cor verde escura (Sul do país) .

Page 18: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Situações de risco relativas à ocupação antrópica das zonas de vertente

Principais fatores de risco associados às zonas de vertente:

• Movimentos em massa: Situações em que se movimenta uma grande massa

de materiais sólidos, normalmente de forma abrupta e inesperada.

• Erosão Hídrica: Resulta do desgaste dos solos devido a gotas de chuva e

escorrência de águas de forma lenta e gradual.• A inclinação da vertente aumenta a componente tangencial da força da

gravidade, facilitando o deslizamento.

• – A desflorestação de zonas de vertente potencia o perigo de deslizamento. As raízes das árvores reforçam a coesão do solo e aumentam a força de atrito, o que contraria o deslizamento pela gravidade.

• – A construção de habitações e vias de comunicação nas zonas de vertente, ou nas suas proximidades, potencia a possibilidade de acidentes.

Page 19: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Movimentos em massa em zonas de vertente

Page 20: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Movimentos em massa

Os movimentos de massa são, tal como já dissemos,

deslocamentos bruscos de uma grande massa de materiais sólidos em

terrenos inclinados.

• Fatores condicionantes: condições mais ou menos permanentes que

podem favorecer os movimentos em massa;

• Fatores desencadeantes: resultam de alterações que foram introduzidas

numa vertente e que podem despoletar um movimento em massa.

Page 21: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

• Fatores condicionantes:

Força da gravidade;

Inclinação do terreno;

Contexto geológico;

Caraterísticas geomorfológicas da região.

• Fatores desencadeantes:

Precipitação - quantidade de água existente no solo;

Sismos;

Tempestades;

Ação antrópica.

Page 22: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Medidas de contenção e estabilização• Para contenção e estabilização da vertente são tomadas as seguintes intervenções:

Plantação de vegetação de crescimento rápido;

Muros de contenção com sistemas de drenagem;

Pregagens e ancoragens;

Redes de contenção (metálicas).

Monitorização de situações de pequenos deslizamentos e atividade sísmica ou

vulcânica que potenciam o deslizamento. Zonas de vertente

• Após intervenção especializada, é possível criar as condições de estabilização

necessárias para minorar os riscos sofridos nas zonas de vertente ( movimentos

em massa, erosão hídrica, etc ).

Page 23: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Redes metálicas

Pregagens

Page 24: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Cartas de Ordenamento do Território

• Ordenamento do território é a tradução espacial das políticas económicas,

sociais, culturais e ecológicas da sociedade. É simultaneamente uma disciplina

cientifica, uma técnica administrativa e uma politica que se desenvolve numa

perspetiva interdisciplinar e integrada no desenvolvimento equilibrado das

regiões e à organização física do espaço segundo uma estratégia de conjunto.

Entende-se por autonomia local o direito e a capacidade efetiva de as

autarquias locais regulamentarem e gerirem, nos termos da lei, sob sua

responsabilidade e no interesse as respetivas populações uma parte

importante dos assuntos públicos.

Page 25: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

• O Desenvolvimento e Ordenamento do Território constitui uma das

principais áreas de experiência, com a coordenação frequente de equipas

pluridisciplinares.

Planos Especiais de Ordenamento

do Território

Planos Regionais de Ordenamento

do Território

Planos Diretores Municipais

Planos de Ordenamento de

Albufeiras de Águas Públicas

Planos de Ordenamento de Orlas

Costeiras

Planos de Bacias Hidrográficas

Cartas educativas

Cartas de equipamentos sociais

Estudos sectoriais

Estudos e análises

socioeconómicas

Estudos de desenvolvimento

regional

Planos desenvolvimento

turístico regional e municipal

Page 26: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

• O Ordenamento do Território é o conjunto de processos integrados

de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo a sua

ocupação, a utilização e transformação de acordo com as

capacidades do referido espaço.

• A elaboração de cartas de Ordenamento de Território permite definir

áreas destinadas às diferentes atividades humanas, como por

exemplo, locais de habitação, locais para a prática agrícola, zonas de

interesse geológico, etc.

Page 27: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Os Planos Diretores Municipais - PDM

• Os Planos Diretores Municipais (PDM) estabelecem a estratégia de

desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território

e de urbanismo e as demais políticas urbanas, integrando e articulando as

orientações estabelecidas pelos instrumentos de gestão territorial de âmbito

nacional e regional e estabelecendo o modelo de organização espacial do

território municipal.

A sua elaboração e a sua revisão são competência das câmaras municipais,

devendo ser assegurado o acompanhamento dos trabalhos por uma comissão

de acompanhamento que, na maioria das situações, é presidida pelo

representante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional

(CCDR) respetiva.

Page 28: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

• Concluído o projeto de versão final do PDM, a câmara municipal envia-o à

CCDR, para emissão de parecer, sobre a conformidade com as disposições

legais e regulamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade

com os instrumentos de gestão territorial.

Page 29: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Os Planos Municipais de Ordenamento do Território têm como objetivos:

• - A tradução, no âmbito local, do quadro do desenvolvimento do território estabelecido nos

instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional;

- A expressão territorial da estratégia de desenvolvimento local;

- A articulação das políticas sectoriais com incidência local;

- A base de uma gestão programada do território municipal;

- A definição da estrutura ecológica municipal;

- Os princípios e as regras de garantia da qualidade ambiental e da preservação do património cultural;

- Os princípios e os critérios subjacentes a opções de localização de infraestruturas, equipamentos,

serviços e funções;

- Os critérios de localização e distribuição das atividades industriais, turísticas, comerciais e de serviços;

- Os parâmetros de uso do solo;

- Os parâmetros de uso e fruição do espaço público;

- Outros indicadores relevantes para a elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial.

Page 30: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Bibliografia

• http://www.infopedia.pt/$ordenamento-do-territorio

• OSÓRIO, Lígia – Biologia e Geologia 11, Preparar os Testes (2007); 1ª

edição Maia: Areal Editores.

• SILVA , Amparo; SANTOS, Maria; GRAMAXO, Fernanda; MESQUITA, Almira;

BALDAIA, Ludovina; FÉLIX, José – Biologia e Geologia 11, Terra, Universo

de vida – 2ªParte Geologia (2010); 1ªedição Lisboa: Porto Editora.

Page 31: Geologia: Zonas costeiras e de vertente

Trabalho elaborado por:

• Joana Sampaio, n º 14• Natacha Martins, n º 19• Nicole Oliveira, n º 20• 11 º G