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graziele-rogowski
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Introdução
-Engloba o estudo dos processos e formas relacionados
aos rios e as bacias hidrográficas.
-Os rios constituem os agentes mais importantes no
transporte dos materiais intemperizados das áreas
elevadas para as mais baixas e dos continentes para o
mar.
Dinâmica do escoamento fluvial
-Atuação da água sobre os sedimentos no leito fluvial, no
transporte de sedimentos, nos movimentos deposicionais
e na esculturação da topografia do leito.
-Duas forças que atuam sobre a água:
1-Gravidade ( resistência oferecida pelo leito e margens)
2-Fricção (escoamento das partes mais altas para as mais
baixas).
Tipos de fluxos
Fluxo laminar: água escoa ao
longo de um canal reto, suave.
-Não há difusão, nem mistura
-Não é encontrado nos cursos
naturais
Fluxo turbulento:
-Movimentos caóticos,
heterogêneos
-Difusão e mistura entre as
camadas
Gastos de energia nos canais
naturais
-Elementos que promovem perda de energia (LEOPOLD et
al., 1964):
1-Resistência pelicular: características do material do leito
2-Resistência das distorções internas: protuberâncias e
saliências (curvas, matacões)
3-Resistência difusa: queda de blocos, curvas fechadas.
Transporte fluvial de sedimentos
-Quantidade e a distribuição das precipitações
-Estrutura geológica
-Condições topográficas
-Cobertura vegetal
-Atualmente a sedimentação fluvial está associada a:
-Remoção intensa de detrito das vertentes
-Erosão e deposição nos canais
Transporte fluvial: Tipos de cargas-Dissolvida
-Sedimentos em suspensão
-Leito de rio
1-Dissolvida
-Formada pelos constituintes intemperizados das rochas
que são transportados em solução química.
-A composição química da água dos rios é determinada
pelo clima, geologia, topografia e vegetação.
-No conjunto global terrestre: cálcio- principal elemento
transportados. Depois vem sílica e ferro.
-Carga de leito:
-Composta por partículas de granulometria maior como
areia, cascalhos que são transportados através de
saltação, deslizamento ou rolamento
-Devido ao volume e a densidade de partículas- velocidade
da carga do leito é muito mais lenta do que a de fluxo.
-Carga em suspensão
-Partículas de granulometria reduzida (silte, argila)
-Carga dissolvida: maior na estação seca: dissolução de
sais
-Carga em suspensão: maior na estação chuvosa
Erosão fluvial-CORROSÃO- engloba todo e qualquer processo químico
que se realiza como reação entre a água e as rochas
superficiais que com ela estão em contato;
-CORRASÃO- é o desgaste pelo atrito mecânico,
geralmente através do impacto de partículas carregadas
pela água;
-CAVITAÇÃO- erosão fluvial que ocorre somente sob
condições de grande velocidade da água, quando as
variações de pressão, que incidem nas paredes do canal
fluvial, facilitam a fragmentação das rochas (rios
acidentados).
Tipos de leitos fluviais
Os leitos fluviais correspondem aos espaços ocupados
pelo escoamento das águas:
a) Leito Vazante = que está incluído no leito menor e é
utilizado para o escoamento das águas, acompanhando o
talvegue;
b) Leito Menor = bem delimitado, encaixa-se entre as
margens;
c) Leito Maior Periódico ou Sazonal = regularmente
ocupado pelas cheias, pelo menos uma vez ao ano;
d) Leito Maior Excepcional = por onde ocorrem as cheias
mais elevadas, as enchentes (nem sempre).
Perfil longitudinal de cursos d água
-O perfil longitudinal de um rio expressa a relação entre
seu comprimento e sua altimetria, que significa gradiente
-O perfil típico é côncavo, com declividades maiores em
direção à nascente.
-Cursos de água que apresentam tal morfologia são
considerados em equilíbrio (igualdade entre a atuação da
erosão, do transporte e da deposição).
-Pode-se verificar que no canal fluvial, de montante para
jusante, há:
a) Aumento do débito, da largura e da profundidade do
canal, da velocidade média das águas, do raio hidráulico;
b) Diminuição do tamanho dos sedimentos, da
competência do rio, da resistência ao fluxo e da
declividade.
-Em conseqüência do comportamento dessas variáveis, o
perfil longitudinal surge como resposta ao controle
exercido por esses fatores.
Bacia hidrográfica-Área drenada por um rio principal e seus afluentes
NASCENTE
DIVISOR DE
ÁGUAS
AFLUENTE RIO PRINCIPAL
FOZ
Nascente ou cabeceira – onde o rio nasce;
Foz ou desembocadura – onde o rio desemboca. Podeser do tipo delta, estuário e mista.
Confluência ou junção – local onde o rio se lança emoutro.
Montante – é a parte do rio em direção à nascente a partirde um determinado ponto.
Jusante – é a parte do rio em direção à foz a partir de umdeterminado ponto.
Margem – é a faixa de terra marginal às águas do rio.
Leito – trecho recoberto pelas águas ao se escoarem.
Talvegue – é a parte mais profunda do leito fluvial.
-Curso – canal de escoamento que se estende desde anascente até a foz. É o caminho percorrido pelas águas.
-Meandro – curva no traçado do rio.
-Interflúvio ou divisor de água ou linha de crista – sãoas partes mais elevadas do relevo, que separam duasvertentes, drenando as águas para diferentes bacias.
-Débito, descarga ou vazão – quantidade de água queum rio escoa em um ponto qualquer de seu curso.
Rios- drenagemEndorréica – rios que correm para o interior.
Exorréica – rios que correm para os mares.
Arréica – rios onde as águas evaporam antes de seguirem caminhos.
Criptorréica – rios que são absorvidos por estruturas rochosas.
Regime fluvial
-Resulta de uma série de fatores naturais, como o
clima, a vegetação, o tipo de solo, etc. Dentre
todos, o clima é o que exerce maior influência.
-Por regime fluvial entende-se a variação sazonal
ou periódica do volume de água do rio.
-Os regimes fluviais podem ser de dois tipos:
-Perene: existe circulação de água no leito
(vazão) o ano todo.
-Intermitente: quando o rio seca, durante um
determinado período do ano.
Tipos de Regimes Fluviais ( de acordo
com a origem das águas)
-Periglacial – É o regime dos rios que devem sua
existência ao derretimento das neves das regiões polares,
que ocorre no verão.
-Nival ou Alpino – As cheias ocorrem na primavera e são
ocasionadas pelo derretimento da neve. Se não houver
neve, mas apenas gelo (geleira), as enchentes ocorrem no
verão e o regime é glacial.
Tipos de Regimes Fluviais-Pluvial – Quando a variação do volume das águas estásob a influência direta da quantidade do chuva que o riorecebe. Entre os principais regimes pluviais podem sedestacar:
-Equatorial – chuvas abundantes durante o ano todo,apresentando uma curta estação seca.
-Tropical – possuem variação acentuada em seu débito.As cheias são no verão.
-Subtropical – apresentam um débito mais constantedurante o ano, ocorrendo cheias em um curto período doverão.
-Semi-árido – devido à inexistência de um período regularde chuvas e à seca prolongada, a maioria dos rios deregime semi-árido tem como característica a intermitênciade seus cursos.
Padrões de drenagem
-Os padrões de drenagem referem-se ao arranjo
espacial dos cursos de água.
Podem ser influenciados:
-Pela natureza e disposição das camadas rochosas
(controle estrutural),
-Pela resistência litológica variável (controle
litológico),
-Pelas diferenças de declive e pela evolução
geomorfológica da região.
Padrão dentrítico
-Caracteriza-se por ramificações
irregulares de cursos de água em todas as
direções, com os afluentes formando
ângulos variados com o curso principal;
-Sugere a presença de rochas
sedimentares em sentido horizontal e
com geral ausência de fraturas ou
rochas sedimentares dobradas sem
zonas ou linhas de menor resistência à
erosão ou ainda rochas ígneas,
maciços, rochas metamórficas ou
depósitos inconsolidados.
Treliça
-Caracteriza-se pela presença de
tributários principais em estruturas
alongadas e retas e aproximadamente
paralelos entre si e ao curso principal,
sendo que os tributários secundários
entram nos tributários principais com
ângulo reto.
-Sugere materiais de resistências
diferentes aflorando paralelamente
entre si ou estruturas paralelas.
Retangular
-Caracteriza-se pela presença de ângulos
retos tanto no curso principal como nos
tributários. A principal diferença para o
padrão treliça é o não perfeito paralelismo
entre os cursos de água, sendo estes, ainda,
menos alongados.
-Esse padrão é diretamente condicionado
pelas diáclases e falhas que se cruzam em
ângulos retos.
Radial
Caracteriza-se pelo fato dos cursos de água
irradiarem-se a partir de uma área central e
nem todos divergem necessariamente entre
si, podendo até haver união de dos ou mais
rios quando, em função de irregularidades
do declive inicial, eles correm obliquamente,
um em direção ao outro.
-Sugere regiões com domos estruturais
ou vulcões.
Paralelo
-Caracteriza-se por uma série de
cursos de água que correm mais ou
menos paralelos entre si em uma
extensão relativamente grande.
-Sugere a existência de declives
unidirecionais extensos e
suficientemente pronunciados ou
cristas lineares homoclinais
alongadas, constituídas por
estratos resistentes uniformementeinclinados.
Padrões de canais fluviais
Canais meândricosCorresponde aos canais fluviais que
apresentam curvas acentuadas em
sua planície aluvial, as quais
mudam de forma e posição com as
variações de maior ou menor
energia e carga fluviais durante as
várias estações do ano.
Meandros são típicos em planícies
aluviais (topografia madura), mas
podem ocorrer de forma mais
restrita, também, em outras
condições como sobre terrenos
sedimentares horizontalizados.
O canal do rio muda constantemente
de posição ao longo da planície aluvionar,
através de um processo continuado de
erosão e deposição em suas margens, daí o
meandro receber o nome de meandro
divagante.
AnastomosadosSituados em relevos com apresença de vários morros,colinas ou pequenas elevações,os cursos d’água se dividem e seentrelaçam, constituindo um riosem canal principal
RetilíneosApresentam essaconfiguração por quegeralmente correm emrelevos com declividadeacentuada; as águasescoam com grandevelocidade e os desviostendem a ser pequenos.
Uma mesma bacia hidrográfica , assim como um rio podem apresentar diferentes padrões e drenagem e diferentes canais fluviais
MARMITAS DE GIGANTE
Formadas por la fuerte pendiente y velocidad del río en su curso alto cuando los materialestransportados por el río (rocas y cantos) horadan el cauce al girar arremolinados por lafuerte velocidad del agua.
Influência do homem sobre os cursos d’água
Mudanças diretas:
-Alteração na vazão do canal fluvial: barragens e desvios.
-Alteração na forma do canal fluvial: obras de engenharia
para estabilização das margens, atenuar os efeitos das
inundações, retificação do canal.
Mudanças indiretas:
Realizadas fora da área do canal: uso da terra na bacia
hidrográfica- remoção da vegetação, urbanização, práticas
agrícolas inadequadas.
Ocupação do leito maior ou planície de inundação
Retirada da vegetação
Impermeabilização do solo
Lançamento de esgoto e resíduos sólidos
Aumento das inundações
Cheia ou enchente: elevação do nível normal da água de um rio, sem
que haja extravasamento para fora do canal principal.
Inundação: tipo particular de enchente, caracterizada pelo
extravasamento da água para fora do canal principal do rio, atingindo o
leito maior ou planície de inundação.
Os problemas ocasionados por este fenômeno irão depender do grau
de ocupação da várzea pela população, bem como da freqüência com
que ocorrem essas inundações.
Alagamento: não estão ligados ao canal fluvial, sendo consequência
da incapacidade de drenagem das águas da chuva, devido a uma
topografia muito suave ou insuficiência dos sistemas de captação das
águas pluviais.