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GEOMORFOLOGIA I Professor: Diego Alves de Oliveira 2017

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GEOMORFOLOGIA I

Professor: Diego Alves de Oliveira

2017

PROCESSOS ENDÓGENOS DE ELABORAÇÃO

RELEVO TERRESTRE

RELEVO TERRESTRE

• Áreas continentais (29% da Terra): dominam planaltos, colinas e planícies com menos de 2.000 metros de altitude (se prolongam pela plataforma continental recoberta por mares).

• Nas áreas acima de 2.000 metros: cadeias de montanhas, normalmente alongadas (Andes, Himalaia, Rochosas).

Planalto

Colinas

Planícies

Plataforma continental

RELEVO TERRESTRE

• Bacias oceânicas (71% da Terra): compreendidas entre 3.000 e 6.000 metros (estas planícies abissais formam 58,7% da superfície da Terra).

• Há também as depressões abaixo das bacias oceânicas, como as fossas marinhas, que ultrapassam 7.000 metros de profundidade, sendo também alongadas e arqueadas.

Região abissal

Fossas marinhas

RELEVO TERRESTRE

• Apenas a estrutura superficial das terras emersas é conhecida diretamente.

• Nas zonas profundas, só podemos pesquisar por meios indiretos, utilizando a Geofísica.

• O relevo submarino também é importante pois as mudanças que ocorrem nos continentes está ligada a processos endógenos que envolvem todo o planeta.

Relevo submarino

• Principais unidades do relevo dos oceanos:

• - Plataforma continental: continuação dos continentes, inclinação suave e profundidade varia de 0 até 200m.

• -Talude: passagem entre a plataforma e as bacias oceânicas, com forte ruptura de declive, com desnível entre 2.000 a 3.000m.

Relevo submarino

• - Bacias oceânicas (planícies abissais): localizam-se entre as plataformas continentais e as dorsais oceânicas. Profundidade entre 3.000 a 5.000m. O relevo é plano devido a alta sedimentação de detritos finos e organismos.

• -Cristas ou dorsais oceânicas: cordilheiras, que podem aparecer na forma de ilhas isoladas (Exemplo: Açores, Cabo Verde, Trindade, Fernando de Noronha), sendo ligadas ao vulcanismo.

Relevo submarino

• As cristas oceânicas ocorrem em áreas de tensões e fraturas da crosta.

• No oceano Atlântico, o assoalho está sendo levado para longe das dorsais. A velocidade é da ordem de 2cm por ano no Atlântico Norte. Na medida que o assoalho se afasta, há uma ascensão da crista central.

Relevo submarino

• - Fossas submarinas: longas e estreitas depressões que alcançam entre 7.000 a 10.000m de profundidade, ocorrendo em zonas de falhas e dobras, com estrutura sinclinal, associadas a criação de montanhas no Índico e no Pacífico. Ocorrem em arcos associados a vulcões ativos e terremotos.

Constituição do globo terrestre

• Por métodos indiretos, principalmente de Geofísica, classifica-se o planeta nas seguintes zonas:

• Núcleo interno: com mais de 5km de profundidade, com densidade entre 11 a 18, formado predominantemente por Ferro e Níquel, em estado sólido.

Constituição do globo terrestre

• Núcleo externo: Entre 2.900km a 5.000 km, com Densidade de 9g/cm3 a 11,5g/cm3. Mais fluído que o Núcleo interno, mas também com predominância de Ferro e Níquel. Normalmente são chamados de NIFE.

• Manto: Entre 40 a 60km até 2.900 km, com Densidade entre 3,3g/cm3 a 6,7g/cm3.

Constituição do globo terrestre

• Crosta: vai da superfície até 40 a 60 km de profundidade.

• Ela é dividida em 2 partes.

• A camada mais superficial, sólida, é formada principalmente (volume) por granitos, muitas vezes, servindo de embasamento para as rochas sedimentares (crista granítica ou siálica), com uma Densidade aproximada de 2,7g/cm3. Conhecida como SIAL, pois o magma é rico em silicatos de alumínio.

Constituição do globo terrestre

• A outra camada da crosta é mais profunda, surgindo por volta de 17km, sólida mas eventualmente maleável, formada por materiais básicos, magmas, diabásios e gabros, com uma Densidade de 3g/cm3. Conhecida como SIMA, pois é rico em silicatos de magnésio.

• Entre 38 a 40 km de profundidade, aproximadamente em média, há a zona de descontinuidade sísmica de Mohorovicic (Moho).

• Ela representa a base da crosta SIAL.

• É daí que surgem vários sismos e é muito bem delimitada devido a variação de comportamento das ondas P e S.

• Sua disposição é irregular e seria o contato do SIAL com o SIMA.

• Os sismos são frequentes ao longo das regiões de orogênese atual, em que o SIMA mergulha rapidamente sob o SIAL, onde também a descontinuidade de Mohorovicic mergulha em inclinação forte.

Dinâmica da Crosta: Isostasia

• Densidade: montanhas < planícies < oceanos.

• Os blocos da crosta emergem mais inversamente proporcional a sua densidade.

• Quanto menos denso é o bloco, mais ele emerge, proporcionalmente ao seu peso, formando um equilíbrio hidrostático nos blocos da crosta.

• Assim, os blocos que formam a crosta não tem a mesma espessura, e o fluído sobre o qual eles estão não é comparável à água, pois é mais viscoso.

• Este equilíbrio não é perfeito. Próximo à profundidade de 60km, a distribuição das massas se regulariza, formando a superfície de compensação isostática. Abaixo desta camada, a distribuição em zonas é concêntrica.

• A descontinuidade de Moho comprova esta hipótese.

• Os blocos estão sujeitos a reajustamentos de tensões e movimentos.

• Assim, a erosão, resultando em diminuição do pelo do SIAL, teria como resposta um soerguimento isostático do SIMA.

• Ou uma sedimentação excessiva, com acúmulo de peso, pode gerar abaixamento da crosta (subsidência).

Rompimento do equilíbrio isostático

• - formação de cadeia de montanhas;

• - um reaquecimento climático faz fundir uma espessa calota de gelo, que recobre um bloco;

• - intensa erosão alivia um bloco montanhoso e o material vai se acumular em outro bloco;

• Ocorrem então reajustes (compensações isostáticas) em grande escala de tempo e espaço, por meio de movimentos verticais (movimentos tectônicos).

• Estes levantamentos são as causas da emersão de terras acima do nível do mar e um dos principais impulsionadores da erosão, porque criam desníveis na crosta (níveis de base locais).

• Existem dois tipos de levantamentos tectônicos:

• - orogenéticos (criadores de montanhas): acompanham falhamentos, dobramentos, flexuras, adernamentos;

• - epirogenéticos: amplos movimentos que não levam a deformação das rochas, sendo mais lentos que os orogenéticos.

Deriva continental

• Desenvolvida por Wegener em 1912, onde os continentes se deslocariam vertical e horizontalmente.

• Há cerca de 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos em uma única massa. Esta foi fragmentada (zonas das dorsais e rift-valeys) e os fragmentos se deslocaram até a posição atual.

Tectônica de placas

• A camada rígida da superfície terrestre (crosta) consiste em um grande número de placas, que deslizam umas em relação às outras, ao longo de falhas.

Teoria da convecção do manto

Formas iniciais e sequenciais

• Iniciais: resultam dos soerguimentos originais da crosta, via forças internas e por erupções vulcânicas.

• Sequenciais: formas esculpidas pelos agentes de desnudação (exógenos).

• Todas paisagens são uma etapa dentro deste processo.

• Montanhas altas: forças internas atuando. • Baixos planaltos e planícies: forças denudacionais

predominam.

Agentes de esculturação (erosão)

• Águas correntes;

• Vagas oceânicas;

• Gelo;

• Vento.

• Estes, auxiliados pelo intemperismo e os movimentos de massa nas vertentes, transformam o relevo.

• Este produto é removido para o fundo das bacias oceânicas.

• Todas as formas sequenciais modeladas pela remoção são as formas erosionais;

• Todas as depositadas, formam as formas deposicionais.