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© www.demostenesfarias.wordpress.com Geopolítica Prof. Demóstenes Farias, MSc [4]

Geopolítica [4] - · PDF fileCom o fim da bipolaridade, os Estados ricos não mais necessitam ajudar os Estados pobres do sul, ... após a 2ª Grande Guerra e o período da Guerra

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Geopolítica

Prof. Demóstenes Farias, MSc

[4]

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É interessante observar que há fatores mensuráveis e não mensuráveis. Cline aplica sua fórmula por duas vezes para calcular o Poder Perceptível dos Estados, em 1975 (publicado em 1978), e a 1978 (1980); BONFIM [à época] considerou a avaliação otimista quanto ao Brasil:

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(*) NOVAS TEORIAS GEOPOLÍTICAS

FONTE: BOMFIM

98

77

77

98

87

139

382 382

434 434 EUA EUA

URSS URSS

China

Brasil

Brasil

Japão Japão Japão Canadá

Alemanha

Ocidental

Estado Estado Poder

Perceptível

Poder

Perceptível

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Queda do muro de Berlim

com os acontecimentos de 1989-1991, a crise do mundo socialista, as indagações sobre a nova ordem mundial e as próximas potências , surgiu um novo debate, com novas pesquisas e reflexões;

Os comunistas começaram a construir o Muro de Berlim em 1961

para evitar o fluxo de refugiados; o muro era

formado por barreiras de concreto de 2,40 m,

cercas de arame farpado e torras de guarda;

separou famílias, amigos e uma nação; os soldados tinham ordem para atirar

e matar quem tentasse atravessar o muro

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Agenda

• Fechamento da atividade anterior com comentários sobre a leitura crítica de artigos sobre a URSS e o Muro de Berlim

• Conceitos “Novas Teorias Geopolíticas”

• Atividade de sala [5]

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(*) A desintegração da União Soviética (URSS) A Guerra Fria acabou pela inviabilidade econômica e perpassou, também, o sistema político e social, criando a sensação de destruição;

A natureza das dificuldades da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) era diferente da outra potência (EUA). As dificuldades econômicas da URSS eram de um grau de desespero diferente (CALVOCORESSI, 2011), pois se deparava uma sociedade mais corrupta(*), cruel e ineficiente, pondo em questão até a sua própria existência como Estado.

Khruschev foi demitido em 1964, e sucedido por Leonid Brejnev, que permaneceu como chefe até a morte, em 1982, em um mandato longo mas estagnado quanto às questões internas; Nos três anos seguintes, teve três sucessores : Yuri Andropov, (morreu em 1984) ; Konstantin Chernenko (morreu em 1985); e Mikhail Gorbachev, que finalmente levou ao topo a nova geração. (*) Rússia e China seriam as mais corruptas, e a India fica em 9º lugar no ranking mundial de 2011 elaborado pela ONG Transparência Internacional (IT); Brasil é 14º e Holanda e Suíça aparecem como as mais honestas.

FON

TE

: CA

LVO

CO

RE

SS

I

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Armênia (1) Azerbaijão (2) Bielorússia (3)

Estônia (4) Cazaquistão (6)

Geórgia (5) Quirguízia (7)

Letónia (8) Lituânia (9)

Moldávia (10) Rússia (11)

Tadjiquistão (12) Turcomenistão (13)

Ucrânia (14) Usbequistão (15)

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A desintegração da União Soviética (URSS)

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A desintegração da União Soviética (URSS)

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Nas décadas finais de sua existência, a União Soviética consistia de 15 repúblicas socialistas soviéticas.

A glasnost e a perestroika de Gorbachev visavam reviver a união, porém tiveram efeitos que acabaram por ampliar o poder destas repúblicas. Inicialmente, a liberalização política permitiu que os governos dentro das repúblicas ganhassem legitimidade ao adotar a democracia, nacionalismo ou uma combinação de ambos.

Além disso, a liberalização levou a fissuras dentro da hierarquia partidária, que reduziram o controle soviético sobre as repúblicas. Finalmente, a perestroika permitiu que os governos controlassem os bens econômicos nas suas repúblicas e não repassassem fundos ao governo central. Estes esforços não foram bem-sucedidos, e, em 1991, a União Soviética ruiu à medida que os governos das repúblicas iam se separarando. Todas essas repúblicas se tornaram então Estados independentes.

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(*) A desintegração da União Soviética (URSS)

FONTE: CALVOCORESSI

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Com o fim da bipolaridade e do início de uma possível multipolaridade, surgem os mais variados “cenários prospectivos” possíveis no mundo, fundamentados por uma gama enorme de estudiosos.

Conceito de cenário “Conjunto formado pela descrição da

situação futura de um sistema e de cadeia de acontecimentos que permite que se passe da situação presente à situação futura. Configura um conjunto coerente e plausível de acontecimentos, seriados e simultâneos, aos quais estão associados atores, pessoas, grupos e instituições”.

Um cenário se estrutura em: -um conjunto de variáveis representativas do sistema; -um conjunto de atores [vide video Vesentini]; -uma trajetória.

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Novas Teorias Geopolíticas

FONTE: BOMFIM

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O Em 1991, especialista em estratégia econômica e empresarial,

conselheiro econômico francês Jacques Perruchan de Brochard apresenta sua “Teoria dos Blocos”, também conhecida como “Teoria das Casas Comuns” ou das “Zonas Monetárias”, em seu livro “A Miragem do

Futuro”, no qual que divide o mundo em 4 blocos, englobando Estados dos hemisférios norte e sul, cada um deles liderado preferencialmente por um ou mais Estados que compõem o grupo dos sete grandes (G7*).

Vigoraria a moeda dos Estados líderes em cada um dos blocos, com o valor por eles controlado; os líderes seriam os responsáveis pelo intercâmbio com os demais blocos.

Os Estados do sul, por serem mais pobres, forneceriam produtos primários como alimento e as matérias-primas para a produção industrial dos Estados mais desenvolvidos do “Bloco” e absorveriam seus produtos industrializados.

(*) Atualmente Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália;

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(*) Teoria dos blocos de Brochard

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Teoria dos blocos de Brochard

Grã-Bretanha, França,

Alemanha e Itália;

EUA

Rússia

Japão, * Tigres asiáticos, Austrália China

(*) Hong Kong; Coreia do Sul; Singapura; Taiwan. FONTE: BOMFIM

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A composição dos blocos seria:

“Federação das Américas” (“Casa Comum do Dólar”), constituída pelos Estados do continente americano, sob a

liderança dos EUA, instituindo como moeda comum o

dólar seria utilizado nas operações com os demais blocos;

“Confederação Euroafricana” (“Casa Comum do Euro”) abrangeria os Estados da Europa e da África, adotando como moeda comum o ECU (moeda da União Européia,

atual Euro), sob a liderança dos quatro Estados componentes do G7:

Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália;

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Teoria dos blocos de Brochard

[1]

[2]

FONTE: BOMFIM

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Composição dos blocos (continuação):

“União das Repúblicas Soberanas” (“Casa Comum do Rublo”), que englobaria os Estados da nova CEI (Rússia), Irã, Turquia, Iraque, Arábia Saudita e outros da região, sob a

liderança da Rússia, tendo como moeda comum o rublo;

“Liga Asiática” (“Casa Comum do Iene”), constituída pelos Estados do extremo oriente (Japão, Tigres Asiáticos, Austrália, outros da região, na expectativa de contar futuramente com a China), adotando como moeda comum

o iene;

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Teoria dos blocos de Brochard

[3]

[4]

FONTE: BOMFIM

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Percebe-se que é o enfoque econômico que predomina na leitura

de Brochard na divisão dos blocos sob, mas percebe-se a forte

influencia da divisão proposta por Haushofer quando propõe a

divisão do mundo sob a ótica político-geográfica em sua

“Teoria das Pan-Regiões”, ou seja:

divisão em eixos norte-sul ;

ao norte os “espaços vitais ativos”, possuidores de indústria e tecnologia, seriam liderados por um Estado;

e, ao sul, os “espaços vitais passivos”, mantidos como simples fornecedores de matérias-primas, sem tecnologia, conformados a se manterem na mais estreita interdependência do norte.

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Teoria dos blocos de Brochard

FONTE: BOMFIM

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TEORIA DOS LIMES (1991)

Jean Christophe Rufin adido cultural francês, especialista em

relações norte-sul, apresentou sua teoria no livro “O Império e os Novos Bárbaros”, editado em 1991, momento em afirma: “o enfrentamento Leste-Oeste foi substituído pelo enfrentamento Norte-Sul”.

Com o fim da bipolaridade, os Estados ricos não mais necessitam ajudar os Estados pobres do sul, como parceiros no contexto mundial; a prioridade passa a ser os seus próprios problemas e seu seu desenvolvimento. A “nova ordem mundial”, fundamentada na “multipolaridade”, se caracterizaria pelo fechamento do norte numa espécie de fortaleza.

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Teorias do Limes de Rufin

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Teorias do Limes de Rufin

DOBRADIÇAS

ESTADOS-TAMPÕES

DOBRADIÇAS DOBRADIÇAS

ESTADOS-TAMPÕES

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Essas zonas cruciais estão localizadas ao longo da chamada periferia da região norte, mais desenvolvida, formando uma linha imaginária de retenção dos “novos bárbaros”.

Estas zonas de contato, também conhecidas como “dobradiças”, são utilizadas para a criação de Estados tampões ou de ações por parte dos “Estados diretores”, objetivando barrar o acesso dos “novos bárbaros” à “fortaleza” e a seus satélites imediatos.

Exemplos de dobradiças: México, Haiti, Argélia * e linha do Mediterrâneo, Oriente Médio, Irã, Mongólia e Coréia do Sul. (*) O estreito de Gibraltar, entre a Argélia e a Espanha, tem cerca de 15 km

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Teorias do Limes de Rufin

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Teorias do Limes de Rufin

Key west 150 km

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Teorias do Limes de Rufin

Estreito de Gibraltar 15 km

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Rufin desenvolve, então as linhas de pensamento:

•- sob o enfoque demopolítico, conter as hordas do sul para que não invadam o espaço privilegiado do Estado diretor e de seus satélites imediatos;

•- sob o enfoque ecopolítico, projeta assistência aos “Estados tampões” que, apesar de serem do sul, encontram-se na linha limítrofe do norte, de modo que esses usufruam de alguma assistência econômica e tendo assegurada a sua estabilidade, servem como um bloqueio à invasão do espaço privilegiado;

•- sob o enfoque geoestratégico, aceitam-se nessa faixa limítrofe Estados totalitários desde que contribuam com a estabilidade da região, ou ainda, atacar um Estado, por motivos nem sempre confessáveis, para proteger o espaço privilegiado de possível infiltração bárbara;

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Teorias do Limes de Rufin

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Segundo o autor, os problemas externos criados pelos “bárbaros” seriam resolvidos pelo “Império”, utilizando qualquer meio que julgue necessário, enquanto os problemas internos ficariam por conta dos próprios “bárbaros”, sob a supervisão do “Império”; [vide países da primavera árabe] Os países da Europa Oriental e a própria Rússia deveriam receber ajuda financeira para acelerar seu desenvolvimento e se consolidarem no “Novo Império”.

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Teorias do Limes de Rufin

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Um ano de Primavera Árabe

Com início na Tunísia, a Primavera Árabe se alastrou

como um rastilho de pólvora

Teorias do Limes de Rufin

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Essa teoria, de autoria do estrategista Pierre Lellouche (francês) é também conhecida por “Teoria da Turbulência”, e foi apresentada no livro “O Novo Mundo: da Ordem de Yalta à Desordem das Nações”, em 1992 e apresenta um cenário para o século XXI, após a desagregação da URSS, afirmando que não será implantada uma “nova ordem mundial”, no sentido norte-sul, então preconizada pelos geopolíticos da época, e sim uma “desordem mundial” que poderia vir a durar até o ano de 2025.

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A teoria da incerteza

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A teoria da incerteza

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essa “desordem mundial” seria gerada por: •- instabilidades e possíveis revoluções a eclodirem nas antigas repúblicas soviéticas, ocasionadas pela pobreza e pela diversidade de grupos culturais na busca do poder regional; •- explosão demográfica nos Estados da África; •- distúrbios raciais e étnicos nos EUA (controlados); •- ameaça nuclear de países islâmicos do norte da África contra a Europa; •- rearmamento do Japão; •- abertura da China à tecnologia e comercialização com o Japão e o ocidente.

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A teoria da incerteza

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Os EUA, segundo essa teoria, não estaria em condições de dominar e conduzir a “nova ordem mundial”, proposta pelo desgaste provocado após a 2ª Grande Guerra e o período da Guerra Fria.

A América do Sul, apesar das desigualdades internas, não seria considerada como “zona de turbulência”(incerteza) no cenário mundial, por ser relativamente protegida de grandes revoluções possíveis, como seria o caso da África e do mundo islâmico. Ou seja, considerava que os Estados dessa região seriam perfeitamente administráveis. Sugere que o Brasil deveria aproveitar esse período de turbulência para sair da estagnação sozinho (se necessário), ou, melhor ainda, com um grupo de Estados vizinhos ou todos os Estados da América do Sul. Cita, ainda a criação do Mercosul, e a tentativa dos em anulá-lo com a criação da ALCA; e a busca de ligação da UE com o Mercosul, favorável a ambos os parceiros.

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A teoria da incerteza

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Em 1961 surge das discussões e dos debates entre os componentes do então denominados Clube de Roma sobre a divisão do mundo em centros de poder, no exercício do domínio do mundo sem maiores riscos de conflitos, portanto, sobre o poder mundial mais “harmônico”.

Considerada inoportuna sua implantação, tendo em vista o desenrolar da Guerra Fria, decidiu-se esperar um momento mais propício para sua implementação. Esse grupo de Estados, na continuidade e com algumas modificações, transformou-se no

atual “Grupo dos 7” (G-7*)

(*) Atualmente Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália;

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A Teoria da Tríade / Clube de Roma

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Com pequenas modificações e adaptações à nova conjuntura, esta

teoria divide o mundo em 3 grandes blocos:

- “Bloco Americano” - compreende o continente americano, sob a liderança dos EUA. A economia dos Estados integrantes do bloco seria “dolarizada”, suas forças armadas seriam reduzidas e suas missões constitucionais alteradas, de acordo com a política adotada pelo Estado líder do bloco; - “Bloco Europeu” - abrangendo a Europa, a Rússia (nova CEI), e os Estados do norte da África, sob liderança da Alemanha. A moeda forte seria o “marco alemão” (ainda não existia o Euro) e a defesa do bloco ficaria a cargo das forças conjuntas da União Européia. - “Bloco Asiático” - composto por Japão, China, Austrália, Índia, os Tigres Asiáticos e demais Estados da região; a moeda corrente seria o iene. Todos os blocos ficariam sob a influência dos EUA, “líder do bloco ocidental e, agora, líder do mundo”, segundo o Presidente Bush (pai) em seu discurso de abertura dos trabalhos do Congresso Americano, em 1992.

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A Teoria da Tríade / Clube de Roma

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Percebe-se, na configuração desses blocos, a inspiração na teoria

das pan-regiões de Haushofer, no que diz respeito à divisão dos espaços geográficos [eixos norte-sul] e do poder político militar regional;

de Brochard, na divisão do espaço econômico mundial [4 blocos] e na adoção de moedas únicas para cada um dos blocos; e na de

Rufin, o controle de áreas dobradiças como o norte da África para impedir a invasão dos “bárbaros” do sul.

Analisando a situação mundial, observa-se claramente, partir do final do século XX, que se procura implementar esta teoria, por intermédio da diplomacia, da economia e, por vezes, da força.

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A Teoria da Tríade / Clube de Roma

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[1] Comente as 7 sete condições básicas que caracterizam as “nações emergentes” no âmbito das relações internacionais, segundo Terezinha de Castro;

[2] Comente a Teoria dos Blocos de Brochard; [3] Resuma os pontos-chave da Teoria do Limes de Rufin [4] Escreva, sucintamente sobre a Teoria da Incerteza de Lellouche;

Atividade de sala [5]

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