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Trabalho que discute a ocupaçao espacial da Vereda da Fazendinha em Buritizeiro-MG
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Campus Universitário Prof. Darcy Ribeiro – UNIMONTES. Montes Claros, MG
PERÍODO: 29 a 31 de Agosto de 2012
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO ESTUDO DA ACELERAÇÃO DOS
PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO BAIRRO JARDIM DOS
BURITIS EM BURITIZEIRO-MG1
Samuel Ferreira da Fonseca
Cursando Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Danniella Carvalho dos Santos
Cursando Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Estagiária da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais – CPRM
RESUMO O presente trabalho apresenta a aplicabilidade do Geoprocessamento para melhor
identificação de focos de degradação ambiental que vem ocorrendo na Vereda da
Fazendinha, situada na porção sudeste da área urbana de Buritizeiro - MG. Os
procedimentos metodológicos corresponderam a: revisão bibliográfica e documental em
artigos, dissertações e livros afins; realização de duas campanhas de campo visando
georreferenciar a área, com receptor GPS E-Trex Legend (Global Positioning System);
tabulação dos dados e observação de imagens de satélite da área pesquisada em
laboratório usando software ArcGIS 9.3. Levantou-se um MNT – Modelo Numérico de
Terreno e um Mapa de Declividade (slope), através de curvas interpoladas de imagens
do radar SRTM – Shuttle Radar Topography Mission (Missão Topográfica de Radar
Transportado). A partir dessa pesquisa pode se concluir que na Vereda da Fazendinha os
processos estão acelerando-se devido às intervenções antrópicas que continuamente
ocorrem em sua área. Fator que contribui para supressão da vegetação nativa e
substituição desta por plantios diversos e pastagens, alterando a dinâmica natural da
paisagem. Vez que essa é uma área que recebe sedimentação constante em função das
baixas cotas altimétricas em relação aos locais circunvizinhos. Percebeu-se a eficácia do
das técnicas de Geoprocessamento para melhor compreensão das causas da degradação
ambiental que vem ocorrendo na área estudada.
Palavras-Chave: Vereda da Fazendinha, Buritizeiro – MG, Geoprocessamento
1 Relatório de Pesquisa
Campus Universitário Prof. Darcy Ribeiro – UNIMONTES. Montes Claros, MG
PERÍODO: 29 a 31 de Agosto de 2012
INTRODUÇÃO
Geoprocessamento pode ser entendido como uma tecnologia ou conjunto de
tecnologias que permite trabalhar com dados georreferenciados, editando, analisando e
manipulando os mesmos (FITZ, 2010). Permitindo manusear grande variedade de dados
e gerar mapas temáticos para uma infinidade de objetivos.
Conforme Rosa (2009), as técnicas de Geoprocessamento compreendem a
coleta dos dados georreferenciados, armazenamento destes, tratamento e uso integrado
dos mesmos em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas). Por esse ângulo,
os dados tratados por Geoprocessamento são oriundos de diversas fontes, entretanto, as
imagens orbitais via Sensoriamento Remoto se destacam como recurso fundamental.
Nesse sentido, Sensoriamento Remoto é entendido como: “Tecnologia que
permite obter imagens, (e outros tipos de dados) da superfície terrestre, por meio da
captação e registro da energia refletida ou emitida pela superfície” (FLORENZANO,
2011, p. 9).
Os produtos adquiridos por essa técnica permitem visualização da área a ser
analisada por meio de mosaicos que são gerados a partir de imagens de datas pretéritas e
atuais, disponibilizadas gratuitamente no site do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, ou àquelas adquiridas por alguma empresa de imageamento. Entretanto,
nesse trabalho utilizamos uma imagem do Satélite de Recursos Terrestres, LANDSAT
5, sensor TM (Thematic Mapper), na área da cena 219.
Lembrando que existem outros satélites em órbita com finalidade correlata ao
Landsat, entre estes estão: CBERS, SPOT, IKONOS, QUIKBIRD, TERRA e NOAA,
os quais possuem finalidades e resoluções distintas (ROSA, 2009). Todavia, a opção
pelo uso de imagens Landsat TM, surge devido a sua distribuição gratuita no site do
INPE como mencionado.
Por conseguinte, esse trabalho apresenta a aplicabilidade do Geoprocessamento
para melhor compreensão da degradação ambiental que está ocorrendo na Vereda da
Fazendinha, a qual encontra – se situada na porção sudeste da área urbana no município
de Buritizeiro – MG, ao norte do Estado.
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A área estudada é constituída pelo bairro Jardim dos Buritis, pastagens,
plantios diversos e pequenos sítios rururbanos com atividades que impactam o meio de
forma negativa (FONSECA e SANTOS, 2011). Desse modo, o subsistema Vereda vem
sendo ocupado de forma insatisfatória na área mencionada, pois, as pastagens e os
plantios supracitados, dentre outros impactos, aceleram o processo de compactação do
solo desta área.
Os aspectos geomórficos da área pesquisada são representados por uma
superfície de planície, formando pequenos lagos, os quais acumulam os sedimentos
oriundos do escoamento superficial culminando na aceleração das transformações de
sua paisagem. A esses fatores soma-se a movimentação na BR-365 que tem contribuído
paulatinamente com a compactação do solo na área de estudo.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os procedimentos metodológicos corresponderam à: revisão bibliográfica em
livros, periódicos e dissertações relacionadas ao tema; realização de duas campanhas de
campo visando georreferenciar a área com receptor GPS E-Trex legend (Global
Positioning System). Realizou-se a geração de mapas temáticos dos aspectos
geológicos, pedológicos e litológicos da área urbana de Buritizeiro. Conseguinte
realizou-se a tabulação dos dados e observação de imagens do satélite Landsat TM 5, de
2011 em composição 4R, 3G e 5B, trabalhada em ambiente SIG, usando o software
ArcGIS versão 9.3. Utilizou-se imagens do radar SRTM – Shuttle Radar Topography
Mission (Missão Topográfica de Radar Transportado), (disponibilizadas no site da
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) da área estudada visando
gerar curvas de nível em equidistância de 10m as quais contribuíram para compreensão
da referida área, um MNT – Modelo Numérico de Terreno e um mapa de declividade da
mesma.
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CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO
Buritizeiro-MG, está inserido na microrregião de Pirapora, ocupa o
compartimento geomorfológico denominado depressão Sanfranciscana. A sua área
urbanizada se encontra na folha: SE-23-X-C-I, (Folha Pirapora) em escala 1/100.000
editada pelo Serviço Geográfico do Exército – SGE, (FONSECA, 2012).
Enquanto 5º maior em território do estado, esse tem sua vegetação
característica do Bioma Cerrado e suas várias fitofisionomias dentre as quais
destacamos: o subsistema Vereda; Mata Ciliar; Mata Seca e o Cerradão. A área
territorial abrange 7.236 Km², e está a 364 km de distância de Belo Horizonte (VIANA,
2006). Entretanto, as atividades comerciais do município são voltadas para a agricultura,
se destacando o carvoejamento, suinocultura, pecuária e plantios de subsistência. A
figura 1 apresenta o mapa do referido município em Minas Gerais.
Figura 1: Apresentação de Buritizeiro em Minas Gerais
Fonte: GEOMINAS, 1996 Org: FONSECA, S. F. 2012
A população atual corresponde a 26.296 habitantes que se encontram
concentrados na área urbana, mesmo o município possuindo uma extensão rural
significativa (FONSECA, 2012).
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De acordo com Brito, (2009) no referido município, o clima que predomina é o
tropical seco-subumido mantendo se amplamente característico, permitindo a ocorrência
de duas estações distintas, uma seca e outra chuvosa. Para esse autor o índice
pluviométrico deste município, oscila entre 900 e 1.200 mm/ano, enquanto a
temperatura abrange 22ºc e 24ºc no período mais quente e 18ºc e 19ºc nos meses mais
frios. Ressaltando que as chuvas geralmente não são regulares, fator que ocasiona
determinadas conseqüências ao meio físico.
A rede hidrográfica na área urbana é representada principalmente pela Vereda
da Fazendinha e Córrego das Pedras, tributários do rio São Francisco. O último possui
aproximadamente 20 km de extensão estando inserido totalmente no município
(FONSECA e SOUZA, 2011). O quadro geológico regional se encontra no contexto do
Grupo Bambuí (Neoproterozóico-650 Ma), que segundo Braga, (2007) apresenta a
maior área de afloramento de todas as unidades, se tornando a unidade característica da
Bacia sedimentar do São Francisco.
Todavia, afloramentos do Grupo Santa Fé (Paleozóico/Permo-carbonífero);
Areado (Cretáceo Inferior); Mata da Corda e Urucuia (Cretáceo Superior) e as
superfícies inconsolidadas do Cenozóico (> 65 Ma), também ocorrem no território do
município (COMIG, 2002). Na área urbanizada ocorrem somente rochas do
Neoproterozóico (Formação Três Marias – Grupo Bambuí) e do Cenozóico (Coberturas
Detrito-lateriticas Ferruginosas e depósitos Aluvionares Antigos).
A área da Vereda da Fazendinha como notamos na figura 2, está inserida nos
sedimentos inconsolidados do Cenozóico.
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Figura 2: Mapa geológico da área de urbana de Buritizeiro/MG
Fonte: CPRM, 2004 Org: FONSECA, S. F. 2012
A distribuição dos aspectos geológicos na área urbana de Buritizeiro, como
notamos, orienta a distribuição de uma litologia diversificada como mostramos no mapa
da figura 3.
Figura 3: Mapa Litológico da área de urbana de Buritizeiro/MG
Fonte: CPRM, 2004 Org: FONSECA, S. F. 2012
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Os litotipos da formação Três Marias ocorrem mais a norte da área urbana,
enquanto nos arredores da Vereda da Fazendinha, percebemos a ocorrência de areia,
argila e cascalho. Em campo conferimos a veracidade dessas informações de gabinete
por meio de observação e registro fotográfico dos perfis de solo da área.
A vereda da Fazendinha está localizada na porção sudeste da sede municipal de
Buritizeiro-MG., e, se encontra em estado de degradação ambiental e transformação da
paisagem em função de sua ocupação por sitiantes que se apropriam do meio para suas
atividades. Possui dimensão de 2.000m de comprimento por 950m de largura. E
permanece recebendo grande quantidade de sedimentos que contribui para sua
transformação formando uma camada de depósitos quaternários incosolidados.
A figura 4 apresenta a classificação do solo segundo a CETEC, (2008) para a
área estudada.
Figura 4: Mapa de Solos da área urbana de Buritizeiro – MG
Fonte: CETEC, 2008 Org: FONSECA, S, F. 2012
A maior parte da área urbana possui solos Aluviais, devido a influências
pretéritas do leito maior do rio São Francisco, pois, a área de estudo se localiza a sua
margem esquerda e possui amplas áreas de planícies. Sendo essas aproveitadas para
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plantios diversos e criação de gado bovino por pequenos agricultores que residem
próximos a área urbana. Ao sobrepor os aspectos geológicos, a litológicos e pedológicos
da área de pesquisa, teremos melhores chances de estudar os impactos ambientais
oriundos da ocupação desta área. Considerando a transformação da paisagem natural
que ocorre nesses ambientes e identificando as ações antrópicas capazes de acelerar
essas transformações.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os aspectos geomórficos da área estudada se caracterizam por uma planície de
inundação do rio São Francisco localizada em sua margem esquerda. Essa teve sua
paisagem degenerada, em primeira instância, pela construção da BR-365 que corta a
mesma no sentido Leste/Oeste (E/W), implicando o soterramento de uma área
representativa para a vereda. Nesse sentido, a figura 5, apresenta a área de estudo
sobreposta a um recorte da Cena 219 de uma Imagem de satélite da série Landsat TM 5,
de 2011 em composição 4R, 3G e 5B.
Figura 5: Relação entre a vereda da fazendinha e a área urbanizada
Fonte: INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2011
Org: FONSECA, S. F. 2012
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Como se percebe a área da vereda é composta por algumas porções alagadas,
as quais, no período chuvoso retém quantidade de água significativa. A área de
intercepção entre a vereda e o meio construído é muito pequena como notamos na
imagem. Para Fagundes Junior, (2009) as técnicas de Geoprocessamento vem
auxiliando na tomada de decisões referente a ocupações de áreas urbanas. Assim sendo,
ao sobrepor os dados escolhidos torna possível fazer uma avaliação espacial das áreas
ocupadas nos ambientes urbanos.
O crescimento das edificações que se expandem em direção a Vereda da
Fazendinha faz com que acelerem os processos de degradação ambiental. Primeiro por
ser uma área relativamente baixa em relação aos bairros vizinhos recebendo
sedimentação nas épocas chuvosas via escoamento superficial, depois, devido a forma
de ocupação das áreas da própria vereda que deveriam permanecer intactas.
Na figura 6, é possível visualizar o crescimento das áreas ocupadas pelo
sistema de loteamentos municipal.
Figura 6: Lotes próximos a área da Vereda da Fazendinha
Foto: FONSECA, S. F. 2010
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Como percebemos através da figura supracitada, a ocorrência de Buriti
(Maurítia flexuosa) vegetação típica de veredas, na área circunvizinha do Bairro Jardim
dos Buritis mostra o avanço da urbanização nas áreas de preservação permanente.
Enquanto a seta, na figura acima, apresenta a rua mais próxima do canal principal da
vereda. A grande quantidade de areia nos solos dessa área são resultados do transporte
de materiais oriundos em áreas mais elevadas somadas a própria litologia in situ.
Para Fitz, (2010) a tomada de decisão é fundamental em Geoprocessamento, de
forma a maximizar os resultados e diminuir os gastos, inferindo que a tecnologia por si
só não pode trazer benefícios reais ao ser humano. Dessa forma, ao utilizar as
geotecnologias na vereda estudada fizemos um reconhecimento parcial da mesma,
visualizando in situ as constantes responsáveis pela degradação ambiental vigente, tais
como: construções próximas da área de exsudação do lençol freático; avanço de plantios
diversos e formação de pastagens rumo ao canal principal da vereda.
Na área de estudo o escoamento superficial aumenta ao passo que a água das
chuvas reduz a taxa de infiltração no solo, sendo esse um dos problemas das áreas
urbanizadas onde a pavimentação das vias contribui de forma evidente.
Por esse ângulo, percebemos na ocupação das áreas de preservação
permanente, como é o caso do espaço estudado, onde o acúmulo de sedimentos, como:
cascalho, restos de construção civil, areias e vários materiais têm sido depositados
causando entupimento do canal da vereda. Na figura 7, notamos a grande quantidade de
materiais transportados para o recinto da vereda.
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Figura 7: Materiais transportados pelo escoamento superficial
Foto: FONSECA, S. F. 2010
Dentre os bairros que mais contribuem para a sedimentação da referida área,
estão: Jardim dos Buritis; Novo Buritizeiro; uma porção do Alto São Francisco; São
Francisco; Santo Expedito e a porção sul do Centro da Cidade.
Os pontos mais elevados da área pesquisada estão entre o bairro Alto São
Francisco que chega aos 532m e o Novo Buritizeiro 524m. Depois incluímos o São
Francisco com 520m e Jardim dos Buritis com 500m. Enquanto a altitude da vereda é
489m em sua área mais elevada e 497 na porção mais próxima do bairro Jardim dos
Buritis. Portanto a inclinação natural favorece o depósito dos materiais oriundos das
atividades antrópicas. Na figuras, (8 e 9) expomos as curvas de nível, um MNT
(Modelo Numérico de Terreno) e um mapa de declividade (slope) para a área
urbanizada de Buritizeiro/MG.
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Figura 8: Curvas de Nível e MNT de Buritizeiro e da área estudada
Fonte: NASA, 2011. Org: FONSECA, S. F. 2012
Figura 9: Curvas de Nível e Mapa de Declividade de Buritizeiro e da área estudada
Fonte: NASA, 2011. Org: FONSECA, S. F. 2012
Como percebemos nas curvas de nível, no Modelo Numérico de Terreno e no
mapa de declividade, a área de estudo possui pouca inclinação, (entre 1,5 e 7 %),
portanto os materiais que se acumulam nesta encontram dificuldades para serem
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transportados para outros locais, pois, os aspectos geomórficos condicionam baixa
energia para a água do escoamento superficial.
Nesse sentido, o auxilio das técnicas de Geoprocessamento para o
planejamento ambiental da área em análise torna-se inevitável. Portanto, as veredas são
consideradas ecossistema de preservação permanente pelo Governo de Minas gerais,
protegido por Lei nº. 13.635 de 12/07/2000 (LÓPEZ E JOHNSEN, 2004).
Devemos buscar formas de preservá-las evitando ocupação de suas áreas. O
que não ocorre na Vereda da Fazendinha como mencionamos, de forma que é possível
mitigar os efeitos da degradação ambiental nessa área tomando as medidas necessárias.
CONCLUSÕES
As técnicas de Geoprocessamento, como mencionamos, podem contribuir de
forma a criar um banco de dados capaz de orientar de forma eficiente o planejamento da
ocupação espacial urbana. Todavia, na Vereda da Fazendinha vivenciamos alguns
processos de degradação ambiental acelerando – se por meio do avanço das edificações
sobre a área da mesma. Fator que contribui para substituição da vegetação nativa por
plantios diversos e pastagens, alterando a dinâmica natural da paisagem. Vez que essa é
uma área que recebe sedimentação constante devido às baixas cotas altimétricas em
relação aos locais circunvizinhos.
Assim sendo, esse trabalho apresenta os recursos que podem ser aplicados para
melhor conduzir o planejamento urbano de forma a produzir melhor qualidade de vida,
ressaltando a importância do Geoprocessamento como ferramenta eficiente na análise
de degradação ambiental da referida área.
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