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Geotecnologias à cartografia temática: fundamentos e iniciaçãohidro.ufcg.edu.br/twiki/pub/Disciplinas/GeotecnologiaAplicada/Geo... · geográfica, especificamente, os mapas são

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Cleverson Alexsander ReolonCleverson Alexsander Reolon

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ASSOCIAÇÃO DOS

GEÓGRAFOS BRASILEIROS SEÇÃO LOCAL DE M. C. RONDON

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CLEVERSON ALEXSANDER REOLON

GEOTECNOLOGIAS À CARTOGRAFIA TEMÁTICA: FUNDAMENTOS E INICIAÇÃO – IBGE ON-LINE,

ESTATCART E DIVA-GIS

ASSOCIAÇÃO DOS

GEÓGRAFOS BRASILEIROS SEÇÃO LOCAL DE M. C. RONDON

2008

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

(Biblioteca da UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon – PR., Brasil) Reolon, Cleverson Alexsander R424g Geotecnologias à cartografia temática: fundamentos e

iniciação - IBGE on-line, Estatcart e DIVA-GIS/ Cleverson Alexsander Reolon. – Marechal Cândido Rondon: AGB, 2008.

99 p. ISBN: 978-85-7644-129-8 1. Geografia. 2.Cartografia. 3. Sistema de Informação

Geográfica.II. Título.

CDD 526

CIP-NBR 12899

Ficha catalográfica elaborada por Helena Soterio Bejio CRB-9/965

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Comissão Editorial Djoni Roos Diane Daniela Gemelli Fernando Heck Gabriel Rodrigues da Silva Ivanildo Vieira Lima João Edmilson Fabrini Leandro Daneluz Gonçalves Leandro Neri Bortoluzzi Marcelo Dornelis Carvalhal Solange Queiroz Ribeiro Terezinha Brumatti Carvalhal

Diretoria Executiva (Gestão 2007/2009) Diretor: Ivanildo Vieira Lima

Vice-Diretor: João Edmilson Fabrini Secretários(as): Diane Daniela Gemelli

Leandro Neri Bortoluzzi Tesoureiro: Marcelo Dornelis Carvalhal

Walter Junior Ferrari Secretária de Publicação: Terezinha Brumatti Carvalhal

Secretário de Divulgação: Djoni Roos Endereço: Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Seção Local de Marechal Cândido Rondon Rua Pernambuco, 1777 – Centro, prédio da UNIOESTE Marechal Cândido Rondon – Paraná – Brasil CEP: 85960-000 Fone: (45) 3284-7870 e-mail: [email protected]

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SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................... 06 1 Fundamentos básicos dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s).................................................................................................................. 10 1.1 Definições e usos ........................................................................................... 10

1.2 Tipos de camadas ou níveis de informação de um SIG ................................. 11

1.2.1 Estrutura de codificação dos dados geográficos ......................................... 11

1.2.1.1 Vetorial ..................................................................................................... 11

1.2.1.2 Raster....................................................................................................... 11

1.2.2 Tipos de variáveis geográficas .................................................................... 11

1.2.2.1 Variáveis discretas ................................................................................... 12

1.2.2.2 Variáveis contínuas .................................................................................. 12

1.3 Tipos e fontes de dados e informações.......................................................... 12

1.3.1 Fontes de informação.................................................................................. 12

1.3.1.1 Primária .................................................................................................... 12

1.3.1.2 Secundária ............................................................................................... 12

1.3.2 Tipos de dados............................................................................................ 13

1.3.2.1 Numéricos ................................................................................................ 13

1.3.2.1.1 Inteiros (integer) .................................................................................... 13

1.3.2.1.2 Reais (double) ....................................................................................... 13

1.3.2.1.3 Binários ................................................................................................. 13

1.3.2.1.4 Data....................................................................................................... 13

1.3.2.2 Texto (String)............................................................................................ 14

1.3.2.3 Objetos ..................................................................................................... 14

2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).................................. 15 2.1 Consulta ao banco de dados do IBGE ........................................................... 18

2.2 Geração de planilhas de dados do IBGE ....................................................... 23

2.3 Geração de cartogramas no site do IBGE...................................................... 36

3 Sistema de Recuperação de Informações Georreferenciadas (Estatcart)............................................................................................................ 45 3.1 Noções de uso ............................................................................................... 45

3.2 Geração de cartogramas................................................................................ 46

3.3 Criação de novos indicadores de consulta ..................................................... 54

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3.4 Consulta a cartogramas elaborados com indicadores personalizados........... 59

3.5 Criação de regiões personalizadas ................................................................ 63

3.6 Recuperação de camadas de regiões personalizadas................................... 67

3.7 Exportação de planilha de indicadores consultados e criação de gráficos..... 69

4 Diva-GIS ........................................................................................................... 74 4.1 Apresentação ................................................................................................. 74

4.2 Funcionamento do DIVA-GIS ......................................................................... 74

4.3 Inserção de camadas de informações (layers) em um projeto ....................... 75

4.4 Consulta à tabela de atributos........................................................................ 76

4.5 Ajuste das propriedades visuais de uma camada de informações................. 78

4.5.1 Símbolo único (single) ................................................................................. 79

4.5.2 Valor único (unique) .................................................................................... 80

4.5.3 Classes de valores (classes)....................................................................... 81

4.6 Inserção e ajuste de uma nova camada em um projeto existente.................. 82

4.7 Inserção de um mapa de localização (overview map).................................... 83

4.8 Ajuste do layout (design) de um projeto ......................................................... 83

4.8.1 Inserção de um mapa.................................................................................. 85

4.8.2 Inserção de uma legenda............................................................................ 85

4.8.3 Inserção da escala ...................................................................................... 86

4.8.4 Inserção de um elemento de orientação geográfica.................................... 86

4.8.5 Inserção de um mapa de localização .......................................................... 86

4.8.6 Inserção de um título no layout ................................................................... 87

4.9 Impressão e exportação de um layout ........................................................... 87

4.9.1 Impressão.................................................................................................... 87

4.9.2 Exportação .................................................................................................. 88

4.10 Execução de uma consulta de informações ................................................. 89

4.10.1 Construtor de consulta simples ................................................................. 89

4.10.2 Construtor de consulta avançado.............................................................. 91

4.11 Execução de uma filtragem de informações................................................. 92

4.11.1 Valor único ................................................................................................ 92

4.11.2 Valores múltiplos ....................................................................................... 93

4.12 Criação de um arquivo de anotações a partir de uma consulta existente .... 94

4.13 Conversão de polígonos selecionados para um novo arquivo shapefile ...... 95

Considerações finais ......................................................................................... 96

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Referências......................................................................................................... 98 Anexo I ................................................................................................................ 99

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INTRODUÇÃO

Mapas são instrumentos de localização espacial que acompanham o

histórico desenvolvimento da humanidade, acreditando-se terem surgido muito antes

da escrita. Desde esboços feitos no solo, gravuras em rochedos, até placas de barro

cozidas foram utilizados para orientação ao deslocamento.

Os gregos, por intermédio de Ptolomeu, no século I d.C., deram o primeiro

grande impulso científico à cartografia, ao desenvolver projeções adequadas à

representação do globo terrestre sobre superfícies planas. A Idade Média, porém,

dificultaria em muito o desenvolvimento científico que florescia na Europa. Daí em

diante, até o Renascimento, os mapas teológicos tomaram conta do cenário,

retratando Jerusalém, a cidade sagrada do cristianismo, como o centro do mundo e

do universo.

Mais tarde, a progressiva retomada dos conhecimentos gregos, as

evoluções da ciência matemática e dos mecanismos de impressão impulsionariam

novamente o desenvolvimento da cartografia, que também deve muito às grandes

expedições marítimas dos séculos XV e XVI e às duas grandes guerras mundiais

ocorridas no século XX. Com a conseqüente divisão e representação do globo

terrestre em meridianos e paralelos, considerando-se também a altitude, conceitos

que integram o sistema de coordenadas geográficas, o resultado foi maior precisão

cartográfica e, em corolário, maior confiabilidade para a realização de navegações

aéreas, marítimas e terrestres, pois grandes formações montanhosas, banquisas e

outras formas de obstáculos, naturais e artificiais, passaram a ter sua localização

mais eficazmente prevista.

Todavia, dois instrumentos técnicos em particular, inventados e

aperfeiçoados a partir de meados do século XX – o computador e o satélite –,

contribuíram para aprimorar em muito a acurácia das representações cartográficas,

já que tornaram possível a criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS)1,

isto é, um aparato tecnológico que permite determinar a localização imediata e

praticamente precisa, na forma de coordenadas geográficas, de qualquer pessoa ou 1 Global Positioning System, em inglês.

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objeto portador de um aparelho receptor/processador de sinais emitidos por um

conjunto específico de satélites.

O sucesso proporcionado pelo avanço tecnológico relacionado à ciência

cartográfica, contudo, não pode ser compreendido caso não se leve em

consideração o elemento informação. Satélites circulando constantemente na órbita

terrestre, registrando imagens do solo e do subsolo de nosso planeta, que são

transmitidas e processadas em estações espaciais para, posteriormente, serem

divulgadas ou transformadas em mapas de uso determinado, ao tempo que, em

solo, pesquisadores realizam levantamentos topográficos, aerofotogramétricos e

outros de natureza semelhante, com auxílio do GPS, de modo sistemático, resultam

em grande volume de dados informacionais geográficos. Soma-se a isso a

implementação de pesquisas realizadas no âmbito das ciências humanas, sociais

aplicadas, ambientais, etc., cujo insumo são dados populacionais, econômicos e

naturais que possuem relação com sua localização espacial.

Esta jornada pelo conhecimento resulta, muitas vezes, num volume de

dados tal que, mesmo se considerando uma quantidade relativamente mínima, é de

difícil análise. Todavia, amparando-se na gradativa evolução da ciência e da

engenharia da computação e, conseqüentemente, no rápido aperfeiçoamento e

popularização dos computadores pessoais, alguns softwares (programas de

informática) e recursos computacionais cartográficos de interface amigável têm sido

desenvolvidos para facilitar e agilizar a análise de tais dados, como é o caso dos

Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s)2.

Os SIG´s, disseminados com o auxílio da rede mundial de computadores,

tornaram a utilização de mapas algo cotidiano na sociedade moderna, com

propósitos que variam entre fins civis a militares. Aos profissionais da ciência

geográfica, especificamente, os mapas são instrumentos de trabalho, sendo não

apenas úteis, mas fundamentais, tanto para o aprendizado quanto para o ensino,

além de serem largamente empregados em trabalhos técnicos e de divulgação

científica.

2 Geographic Information System (GIS), em inglês.

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Visando o apoio ao desenvolvimento da ciência geográfica, além de

apresentar os fundamentos básicos dos SIG´s, abordando os conceitos mais usuais,

o objetivo desta apostila consiste na demonstração e ensinamento dos

procedimentos elementares de visualização, consulta, manipulação, tratamento e

análise de informações geográficas e geração de mapas temáticos3, ou

cartogramas, com uso de determinados recursos computacionais, disponibilizados

na internet pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dos softwares

cartográficos Estatcart e DIVA-GIS.

Esta apostila está dividida em quatro capítulos. Cada capítulo, com

exceção do primeiro, pode ser lido e compreendido independentemente dos demais,

desde que a ordem de leitura de seus subitens seja respeitada. Ao final dela, devido

à maneira absolutamente didática de sua abordagem, acompanhada de exercícios

práticos sugeridos e demonstrados passo a passo, cada leitor deverá estar apto a

por em prática os conhecimentos que se procura transmitir.

Salienta-se que a prática dos exercícios sugeridos e demonstrados no

Capítulo 2 requer uma conexão com a internet e, para os Capítulos 3 e 4, a

instalação dos softwares Estatcart e DIVA-GIS, além do armazenamento, no disco

rígido do computador, de uma cópia das bases cartográficas a serem utilizadas. O

Estatcart pode ser adquirido a baixo custo mediante pedido à Loja Virtual do IBGE,

pelo site <http://www.ibge.gov.br/lojavirtual>, ou emprestado nas bibliotecas

depositárias do IBGE, enquanto o DIVA-GIS e as bases cartográficas encontram-se

no CD em que está contida esta apostila. Informações adicionais sobre o DIVA-GIS,

assim como novas versões, podem ser adquiridas no site <http://www.diva-gis.org/>.

As bases cartográficas correspondem a três conjuntos de arquivos do tipo

shapefile, cujas camadas de informações geográficas, segundo sua nomenclatura,

representam:

<br_mun_2000_car> – informações do Censo Demográfico de

2000, segundo os municípios brasileiros;

3 Mapas temáticos dizem respeito a um tipo de representação, de qualquer escala, cujo foco são as informações exibidas em seu interior, podendo contemplar uma infinidade de objetivos, como apresentar a distribuição populacional de uma determinada área, sua densidade demográfica, a distribuição das indústrias ou das ocorrências de alguma doença epidêmica, etc.

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<uf_car> – informações territoriais das unidades federativas do

Brasil;

<world_car> – limites entre os países do mundo.

A descrição da nomenclatura dos campos da tabela de atributos da

camada de informações geográficas denominada <br_mun_2000_car> é

apresentada no Anexo I.

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1 FUNDAMENTOS BÁSICOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG’S)

1.1 Definições e usos

Basicamente, um SIG consiste um sistema de informação destinado ao

armazenamento, manipulação e análise de informações geográficas, ou

georreferenciadas, isto é, que estão relacionadas com a sua localização espacial.

Sendo assim, a característica principal de um SIG está relacionada ao seu modo de

operação, baseado em componentes espaciais (uma posição geográfica definida no

globo terrestre) e não-espaciais (os atributos dos componentes espaciais, onde se

definem propriedades e valores dos mesmos).

As informações geográficas, projetadas em camadas por meio das feições

ou classes de feições de um mapa, dizem respeito a uma abstração da realidade.

Essas camadas de informações podem ilustrar o arranjo de elementos que

compõem a paisagem terrestre ou a ocorrência de fenômenos naturais ou

socioeconômicos, referindo-se, por exemplo, aos elementos que compõem a

paisagem (topografia, hidrografia, formações geológicas, tipos de solo, edificações,

vias de transporte, equipamentos urbanos, etc.), à dinâmica dos fenômenos naturais

(pluviometria, ocorrência de tempestades, deslizamentos de solo, abalos sísmicos,

distribuição das espécies da fauna e flora, etc.) ou à dinâmica territorial, social ou

econômica do espaço.

Ao contrário do que possa parecer, a geração de mapas não consiste o

eixo central dos SIG´s, embora todos, ou, pelo menos, quase todos, ofereçam algum

tipo de suporte para esta operação. Sendo assim, deve-se estar ciente de que

alguns programas do gênero são inadequados quando se deseja gerar mapas de

alta definição, especialmente visando sua impressão.

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1.2 Tipos de camadas ou níveis de informação de um SIG

Os tipos de camadas de informações geográficas, ou níveis de

informação, de um SIG são classificados conforme a estrutura de codificação dos

dados geográficos representados.

1.2.1 Estrutura de codificação dos dados geográficos

A forma de armazenamento e representação dos dados geográficos em

um SIG segue dois padrões:

Armazenamento e representação de dados em formato vetorial;

Armazenamento e representação de dados em formato raster.

Alguns SIG’s podem operar simultaneamente com ambos os tipos de

dados.

1.2.1.1 Vetorial: Consistem em tipos de dados geográficos configurados por pontos,

linhas e polígonos gráficos.

1.2.1.2 Raster: Consistem em dados geográficos configurados por pixels, ou seja,

correspondem a uma imagem, propriamente dita. As imagens de satélite, por

exemplo, constituem camadas de informações geográficas do tipo raster.

1.2.2 Tipos de variáveis geográficas

Assim como a estrutura de codificação dos dados geográficos, existem

dois tipos de variáveis geográficas: discretas e contínuas.

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1.2.2.1 Variáveis discretas: Constituem elementos que se encontram separados

uns dos outros em determinada camada de informações geográficas. Estes tipos de

variáveis estão presentes nos modelos vetoriais.

1.2.2.2 Variáveis contínuas: Se representam mediante o agrupamento de pixels,

onde, na realidade, cada pixel possui um valor. As camadas de informações

geográficas constituídas por dados vetoriais empregam esta forma de

armazenamento de valores. Comumente, as camadas de informação representadas

por variáveis contínuas ilustram a elevação do terreno, a precipitação, os níveis de

acidez do solo, a temperatura, etc.

1.3 Tipos e fontes de dados e informações

1.3.1 Fontes de informação

As operações desempenhadas pelos SIG´s possuem rigor matemático,

sendo, a cada novo software lançado, ampliadas suas escalas de precisão em

cálculos. Mesmo assim, ou devido a isso, seja imprescindível que o usuário de SIG

conheça as fontes de seus dados informacionais, zelando pela confiabilidade dos

resultados de sua pesquisa.

Conforme a natureza, existem dois tipos de fontes de dados utilizados por

pesquisadores em geral: primária e secundária.

1.3.1.1 Primária: Corresponde ao tipo de informação coletada pelo próprio

pesquisador mediante, por exemplo, a aplicação de inquéritos.

1.3.1.2 Secundária: Diz respeito às informações ou dados estatísticos coletados por

terceiros e apresentados em livros, sites da internet, institutos de pesquisa, etc. Além

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do acesso a este tipo de informações e dados, é importante que se conheça os

procedimentos de coleta e tabulação dos mesmos. Entidades como o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisas Econômicas

Aplicadas (IPEA), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos

Socioeconômicos (DIEESE), dentre outros, costumam ser boas fontes de

informações secundárias de âmbito nacional e até mesmo internacional.

1.3.2 Tipos de dados

As bases de dados associadas a um SIG são compostas por campos de

atributos numéricos, de texto (string) e de objetos.

1.3.2.1 Numéricos

Estão divididos, principalmente, em inteiros (integer), reais (double),

binários e data.

1.3.2.1.1 Inteiros (integer): Inclui qualquer espécie de número, positivo ou negativo,

desde que não seja fracionado.

1.3.2.1.2 Reais (double): Corresponde a todo e qualquer tipo de número, seja

positivo ou negativo, inteiro ou fracionado.

1.3.2.1.3 Binários: Representa um tipo especial de informação, como certo ou falso,

sim ou não, etc.

1.3.2.1.4 Data: É um tipo especial de dado numérico, representado por datas.

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1.3.2.2 Texto (string)

Caracteres de texto são utilizados para descrever as características

nominais ou para adjetivar as feições que compõem uma camada de informações

geográficas.

1.3.2.3 Objetos

As bases de dados de SIG’s recentes possuem a capacidade de

armazenar imagens e geometrias que definem os pontos, linhas e polígonos de uma

camada de informações mediante formatos numéricos binarianos.

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2 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)4

O IBGE é uma fundação pública da administração federal brasileira que

foi criada em 1934 e instalada em 1936 com o nome de Instituto Nacional de

Estatística; seu fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto

Teixeira de Freitas.

Constituído na forma de fundação pública, o IBGE está vinculado ao

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do governo federal, possuindo

quatro diretorias e dois outros órgãos centrais, contando, ainda, com uma rede

nacional de pesquisa e disseminação, composta por:

27 Unidades Estaduais – 26 nas capitais dos estados e 1 no

Distrito Federal;

27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações – 26

nas capitais e 1 no Distrito Federal;

27 Supervisões de Base Territorial – 26 nas capitais e 1 no Distrito

Federal;

533 Agências de Coleta de Dados situadas nos principais

municípios do país;

1 sede localizada na cidade do Rio de Janeiro, onde também estão

instaladas cinco diretorias e uma escola: DE (Diretoria Executiva);

DPE (Diretoria de Pesquisas); DGC (Diretoria de Geociências); DI

(Diretoria de Informática); CDDI (Centro de Documentação e

Disseminação de Informações); e ENCE (Escola Nacional de

Ciências Estatísticas). A DPE é responsável pelo planejamento e

coordenação das pesquisas de cunho estatístico e pelo

processamento dos dados colhidos pelas Unidades Estaduais; a

DGC é responsável pela cartografia básica, pelo sistema geodésico

nacional, pelo levantamento de recursos ambientais e pela

coordenação de estudos geográficos; o CDDI é responsável pela

4 Os créditos desta seção (item 2, não expansivo aos subitens) são atribuídos à Wikipédia (2007).

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documentação e pela divulgação das informações produzidas pelo

Instituto, bem como pela coordenação dos 27 SDDI’s do país; e a

ENCE, além de ser responsável pelo treinamento dos servidores

do IBGE, é uma instituição federal de ensino superior que oferece

cursos de Bacharelado em Estatística, Especialização em Análise

Ambiental e Gestão do Território e Mestrado em Estudos

Populacionais e Pesquisas Sociais.

O IBGE, portanto, possui atribuições ligadas às geociências e estatísticas

sociais, demográficas e econômicas do país, competindo-lhe a realização de censos

e organização das informações obtidas nesses censos para suprir órgãos públicos

de esfera federal, estadual e municipal ou outras instituições, além do público em

geral. Dentre as modalidades de censo realizados pelo IBGE, incluem-se o Censo

Demográfico e o Agropecuário e a Contagem da População.

O Censo Demográfico corresponde, grosso modo, à coleta e tabulação de

um conjunto de dados estatísticos sobre a população de um país. No Brasil, os

censos demográficos são realizados de 10 em 10 anos.

A Contagem de População é realizada entre o intervalo de dois censos

demográficos, tendo como objetivo a atualização dos dados referentes ao número

de habitantes, todavia, nem sempre é aplicada em todos os municípios do país. A

primeira contagem de população foi realizada em 1996, não só para atualizar os

dados populacionais, mas principalmente devido ao surgimento de novos 1.500

municípios após o Censo Demográfico de 1991. A segunda Contagem da População

está foi realizada em 2007, sendo de grande importância para os municípios, uma

vez que o repasse anual de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM),

realizado pela União, é determinado, principalmente, pelas estimativas de variação

populacional fornecidas pelo IBGE.

Finalmente, o Censo Agropecuário se refere ao levantamento de

informações sobre estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aqüícolas de

todos os municípios de um país. O objetivo da pesquisa é fornecer informações

sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade agropecuária. O mais

recente Censo Agropecuário do Brasil é o de 2007.

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No que respeita ao sigilo das informações coletadas nos diversos censos

realizados no Brasil, a legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal n.

73.177, de 20 de novembro de 1973, e com a Lei n. 5.534, de 14 de novembro de

1968, modificada pela Lei n. 5.878, de 11 de maio de 1978, dispõe que elas se

destinam, exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de certidão e

nem terão eficácia jurídica como meio de prova.

Além dos censos, o IBGE também coordena e desenvolve outras

pesquisas de caráter permanente, além de divulgar, com freqüência, a variação de

determinados índices econômicos.

Dentre as pesquisas permanentes, realizadas pelo IBGE, estão, entre

outras: a Pesquisa Anual da Indústria (Modelo Completo) (PIA-C); a Pesquisa Anual

da Indústria (Modelo Simplificado) (PIA-S); a Pesquisa Anual da Indústria (Produto)

(PIA-Prod); a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC); a Pesquisa Anual

do Comércio (Modelo Simplificado) (PAC-S); a Pesquisa Anual do Comércio (Modelo

Completo) (PAC-C); a Pesquisa Anual dos Serviços (PAS); a Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (PNAD); a Pesquisa Mensal de Emprego e Salário (PIMES);

e a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF).

Dentre os principais índices econômicos monitorados e divulgados pelo

IBGE se incluem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice

Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional da Construção

Civil (INCC).

Além disso, o IBGE publica informações sobre o Sistema de Contas

Nacionais, possibilitando uma visão de conjunto da economia do país. É importante

salientar que o Sistema de Contas Nacionais do IBGE segue as mais recentes

recomendações das Nações Unidas, expressas no Manual de Contas Nacionais –

System of National Accounts 1993 (SNA) –, incluindo o cálculo do Produto Interno

Bruto (PIB) e a Matriz de Insumo-Produto.

Por fim, ressalta-se que todas as estatísticas recentes do IBGE são

publicadas em seu site <www.ibge.gov.br>. No banco de dados da Instituição

também é possível obter acesso a dados estatísticos inerentes às pesquisas mais

antigas.

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2.1 Consulta ao banco de dados do IBGE

O IBGE possui um banco de dados virtual onde são disponibilizadas

informações estatísticas de diversas pesquisas realizadas pelo Instituto. Todavia,

como a informática é um fato relativamente novo, os dados de alguns níveis

territoriais não cobrem todos os anos de atuação de IBGE, correspondendo apenas

aos períodos mais recentes. Mas dependendo do tema em que se enquadra a

variável estatística desejada, como população, por exemplo, pode-se obter uma

seqüência temporal satisfatória para o equacionamento de muitas pesquisas, seja

qual for o nível territorial que se queira utilizar.

Para se ter acesso ao Banco de Dados Agregados do IBGE, o Sistema

IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), faz-se necessária uma conexão com a

internet, seja ela discada, via cabo ou via rádio. Uma vez conectado à internet, pode-

se acessar o SIDRA clicando-se sobre o link <SIDRA>, presente na página inicial do

IBGE <www.ibge.gov.br>, ou através do seguinte endereço eletrônico:

<http://www.sidra.ibge.gov.br/>.

No Banco de Dados do IBGE, percebe-se, em sua página inicial, que as

variáveis estatísticas podem ser localizadas segundo a pesquisa da qual derivam,

pelo tema em que se enquadram ou pela correspondência que possuem com o

espaço geográfico, definida pelo nível territorial ao qual se referem. Caso o

pesquisador conheça o número da tabela que possui as variáveis estatísticas

desejadas, também existe a opção de se executar a consulta desta maneira (Figura

1).

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Figura 1

Localizar-se-á, como exemplo, a variável estatística desejada listando-se,

inicialmente, os <níveis territoriais>, disponíveis no link <acervo> do menu

<opções>. Nota-se que todos os níveis territoriais que possuem variáveis estatísticas

disponíveis para consulta são mostrados na tela (Figura 2).

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Figura 2

Hipoteticamente, ter-se-ia interesse em conhecer a população residente

em cada estado do Brasil, segundo a situação de domicílio (rural ou urbana) dos

moradores, no ano de realização do último Censo Demográfico do país. Neste caso

específico, o nível territorial desejado corresponderia, então, à <Unidade da

Federação>. Clicando-se neste link, são relacionados, na página seguinte, os temas

nos quais as variáveis estatísticas disponíveis para o nível territorial escolhido estão

enquadradas (Figura 3). Como a variável desejada é população residente, deve-se

clicar no tema <População>.

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Figura 3

Percebe-se que o tema População é extenso, desta forma, ele está

dividido em sub-temas, que serão listados após sua escolha. Dentre os sub-temas

disponíveis para consulta, dever-se-á, por critério da variável estatística desejada,

optar por <População residente (Censo Demográfico)>. Caso se queira obter

maiores informações sobre as tabelas associadas ao tema a ser escolhido, deve-se

clicar no ícone <Descrição da Tabela> .

O próximo e último passo corresponde à escolha da tabela que contém a

variável estatística que se pretende consultar. As tabelas que contém as variáveis

estatísticas correspondentes ao nível territorial escolhido são listadas na tela

segundo a numeração que lhes fora atribuída pelo IBGE, orientada segundo a

ordem alfabética de suas identificações (Figura 4).

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Figura 4

Note-se que, da mesma forma como na tela anterior, o ícone <Descrição

da Tabela> também está disponível desta vez, sendo útil para obtenção de

informações a respeito da tabela a ser consultada.

Neste exemplo utilizado, percebe-se que muitas tabelas contêm as

variáveis estatísticas desejadas, como a <Tabela 138...>, a <Tabela 139...>, a

<Tabela 140...>, a <Tabela 200...>, a <Tabela 202...> etc., bastando escolher

qualquer uma delas para se ter acesso a tais variáveis. Todavia, a quantidade de

opções diminui à medida que o número de atributos relacionados ao nível territorial

selecionado aumenta. Desse modo, visando a economia de tempo, caso se

pretenda realizar a mesma consulta futuramente, é importante que se registre o

número da tabela acessada, quanto mais se o nível territorial pretendido for menos

restritivo em termos de número de variáveis a ele associadas, como no caso de

<Brasil>, por exemplo.

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2.2 Geração de planilhas de dados do IBGE

Após selecionar a tabela que contém as variáveis estatísticas que se

deseja consultar, o usuário deverá estar diante da janela <Montar Quadro>, do

SIDRA (Figura 5).

Figura 5

Seguindo-se o exemplo do item 2.1, optou-se pela utilização da <Tabela

202 - População residente por sexo e situação> (Figura 6 – A).

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Figura 6

(A)(B)

(C)

(D)

(E) (G)(F)

(H)

(I)

(J)

(K)

(L)

(M)

(N)

Logo abaixo do nome e identificação da tabela em uso, mostra-se a

quantidade total de valores resultantes do cruzamento das variáveis estatísticas e

seus atributos com as unidades territoriais que compõem o nível territorial escolhido

(Figura 6 – B). Como se verá mais adiante, esta é uma informação importante e que

deve ser levada em consideração, pois definirá se a planilha poderá ser gerada

imediatamente pelo sistema ou não. Note-se que, conforme são selecionados os

atributos que irão compor a planilha a ser gerada, os valores da matriz

multidimensional se alteram.

Na Figura 6 – C pode-se visualizar o nome da variável estatística

selecionada, neste caso sendo a <População residente>, que deverá ser mantida tal

qual como está. Em seguida, têm-se os atributos que podem ser incorporados à

variável com que se está trabalhando – Sexo: <Total>, <Homens> e <Mulheres>;

Situação do domicílio: <Total>, <Urbana> e <Rural>; e Ano(s): <2000>, <1996>,

<1991>, <1980> e <1970> (Figura 6 – D). Mantendo-se as teclas <Shift> ou <Ctrl>

do teclado pressionadas enquanto clica-se com o botão do mouse posicionando-se

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seu cursor sobre os atributos listados, pode-se realizar uma seleção múltipla. De

acordo com a planilha que se deseja gerar, dever-se-á selecionar os seguintes

atributos:

Sexo: <Total>;

Situação do domicílio: <Urbana> e <Rural>;

Ano(s): <2000>.

Todavia, como informações complementares à pesquisa, resolveu-se

agregar outros atributos à planilha:

Situação do domicílio: <Total>;

Ano(s): <1991>, <1980> e <1970>.

Ao lado direito de cada campo de atributos existe uma opção

complementar que deve ser alterada conforme os atributos que se deseja integrar à

planilha a ser gerada (Figura 6 – E). Caso se opte pela opção <seleção>, apenas os

atributos listados no campo ao lado e que estiverem selecionados serão integrados

à planilha. A opção <soma> indica que os valores de todos os atributos listados no

campo serão somados e apresentados em uma única coluna na planilha. Já a opção

<Tudo> irá agregar à planilha, em colunas individuais, todos os atributos listados.

Sendo assim, deve-se escolher as seguintes opções, conforme o conjunto de

atributos ao qual se refere cada uma:

Sexo: <Seleção>;

Situação do domicílio: <Tudo>;

Ano(s): <Seleção>.

No canto direito da janela <Montar Quadro> existem outras opções – <No

cabeçalho>, <Na linha> e <Na coluna> e <1>, <2>, <3>, <4> e <5> – que se referem

à posição que a identificação de cada atributo, e também a variável e a unidade

territorial escolhidas, irão ocupar na planilha (Figura 6 – F e G). Normalmente, estas

opções não são alteradas, mas em alguns casos é importante que se faça para

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facilitar a apresentação dos dados na planilha. Neste caso, tais opções serão

mantidas da forma como estão.

Na Figura 6 – H, mostra-se uma opção de seleção que se refere

exclusivamente ao ano, servindo para escolha da maneira que eles serão

classificados (quando houver mais que um ano selecionado). No exemplo, optou-se

pela forma de classificação padrão, mantendo-se selecionada a caixa

<Ascendente>.

Quanto às opções de escolha das unidades territoriais, às quais estarão

relacionadas com o nível territorial previamente definido pelo usuário, têm-se, a

princípio, duas caixas de seleção para a definição de suas identificações: <Exibir

código> e <Exibir nome> da unidade geográfica (Figura 6 – I). Optou-se por manter

selecionada apenas a caixa da opção padrão <Exibir nome>.

A Figura 6 – J aponta o caminho para a escolha de unidades territoriais

específicas que estejam contidas dentro do nível territorial previamente selecionado.

Por exemplo, caso se gerasse uma planilha com todas as unidades territoriais

contidas no nível territorial escolhido, ter-se-ia a população urbana e rural, dos anos

de 1970, 1980, 1991 e 2000, correspondente às 27 unidades da federação

brasileiras.

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Figura 7

Neste exemplo, entretanto, procurar-se-á

pelos dados estatísticos dos estados das regiões

Sul e Sudeste do país. Sendo assim, deve-se clicar

na opção <Fazer seleção avançada>. Uma nova

janela deverá se abrir (Figura 7). Como se percebe,

a escolha das unidades territoriais pretendidas pode

ser feita através de uma lista <Listar>, digitando-se

seus nomes, ou parte deles, ou os seus códigos –

<Digitar> e <Procurar>; outra possibilidade

existente é a realização da escolha conjunta das

unidades territoriais contidas no nível territorial com

o qual se está trabalho – <Grupar>. Esta última

opção normalmente facilita a escolha de unidades territoriais específicas.

Figura 8

Após a escolha da opção <Grupar>,

outra janela, contendo os grupos de unidades

territoriais disponíveis para o nível territorial

selecionado, irá se abrir (Figura 8). Tem-se,

novamente, a opção de selecionar as unidades

territoriais desejadas de cada grupo por meio de

uma listagem <Listar>, digitando-se o nome ou o

código das mesmas <Digitar> ou, ainda, realizando-

se uma busca mediante a informação de parte dos

seus nomes <Procurar>.

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Figura 9

Neste caso, a escolha das unidades

territoriais desejadas será feita mediante a seleção

dos grupos contidos em uma listagem (Figura 9).

Deve-se marcar, então, as regiões Sudeste e Sul,

contidas na lista, e clicar sobre o botão

<Selecionar>. Caso se queira selecionar unidades

territoriais específicas, contidas dentro do grupo de

unidades territoriais das regiões selecionadas,

deve-se desmarcar a caixa de opção padrão

<Selecionar automaticamente todas as unidades

territoriais...> e marcar a caixa <Mostrar a lista de

unidades territoriais...>. Caso exista uma seleção de

unidades territoriais prévia, deve-se marcar a caixa <Manter seleção atual>.

Após a realização deste procedimento, abrir-se-á novamente a janela

<Montar quadro>. Para que a planilha seja visualizada, deve-se manter selecionada

a caixa de opção <Visualizar> (Figura 6 – K). Note-se que esta opção se acompanha

de uma restrição, ou seja, a visualização da planilha é permitida somente se a matriz

multidimensional resultante dos cruzamentos das variáveis estatísticas e seus

atributos com as unidades territoriais que compõem o nível territorial escolhido não

superar 10.000 valores. Neste exemplo, portanto, a escolha desta opção é possível.

A Figura 6 – K também aponta a existência de duas caixas de seleção

que possibilitam a inclusão de nota de rodapé <Incluir Nota de Rodapé> na planilha

a ser gerada, assim como sua preparação para a impressão <Preparar para

impressão>: marque as duas opções.

Antes de se clicar no botão <Ok>, para a exibição da planilha, observe-se

que a Figura 6 – M indica a existência de uma lista de opções de escolha do número

de casas decimais que devem compor os números fracionados dos dados

estatísticos. Como o número de habitantes jamais será informado de maneira

fracionada, já que a existência de ½ habitante, por exemplo, não é possível, pode-se

manter a opção <padrão> de apresentação dos valores decimais.

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Após um clique no botão <Ok>, ou depois de pressionadas,

simultaneamente, as teclas <Alt> e <o> (Figura 6 – N), a planilha, contendo os

dados estatísticos relacionados às unidades territoriais escolhidas (regiões Sudeste

e Sul do Brasil), será exibida, com nota de rodapé e pronta para ser impressa ou

copiada para uma planilha do Microsoft Excel (Figura 10).

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Figura 10

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Caso se queira gravar a planilha em formato compatível com o Microsoft

Excel, para que ela seja aberta utilizando-se este programa, deve-se desmarcar a

caixa de seleção <Visualizar>, indicada na Figura 6 – K, e marcar a caixa <Gravar>,

apontada na Figura 6 – L. É necessário informar o nome que se deseja atribuir ao

arquivo a ser salvo <Pop_reside_S_SE_1980-2000> (como sugestão) e escolher o

seu formato <CSV (BR)>. Caso se deseje compactar este arquivo, deve-se marcar a

caixa de seleção <Compressão (.zip)>. Repare-se que a geração imediata do

arquivo só será possível caso a matriz multidimensional resultante dos cruzamentos

das variáveis estatísticas e seus atributos com as unidades territoriais que compõem

o nível territorial escolhido não superar 20.000 valores. Todo este procedimento e

seu resultado, obtido após um clique no botão <Ok>, é ilustrado pelas Figuras 11 e

12.

Figura 11

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Figura 12

Se uma janela semelhante a que está sendo ilustrada pela Figura 12

estiver sendo visualizada depois da realização dos procedimentos recomendados,

significa que o arquivo foi gerado com sucesso.

Figura 13

Para salvar ou abrir o arquivo gerado é

necessário que se clique sobre o mesmo. Abrir-

se-á, então, uma caixa de diálogo, chamada

<Download de Arquivo>, onde o usuário poderá

escolher entre a execução de uma ou outra

operação (Figura 13).

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Figura 14

Caso se opte pela opção

<Abrir>, a planilha será aberta e

exibida pelo Microsoft Excel. Se a

opção escolhida for <Salvar>, deve-

se especificar a unidade de disco e

o diretório onde o arquivo deverá

ser armazenado (Figura 14).

Figura 15

Quando a planilha gerada for aberta

pelo Microsoft Excel, o tamanho das colunas e a

altura das linhas certamente estarão desajustados

em relação ao conteúdo exibido, o que é normal

(Figura 15). Entretanto, depois de ajustada e

configurada conforme os critérios definidos por

cada usuário, a planilha gerada deverá possuir

aspecto semelhante ao apresentado pela

ilustração da Figura 16.

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Figura 16

Figura 17

É importante que se

observe que o formato de

arquivo sob o qual foi gerada tal

planilha corresponde ao tipo

<.csv>, de modo que ao se tentar salvá-la no Microsoft Excel, deverá se abrir uma

caixa de diálogo solicitando a escolha da manutenção deste formato ou a conversão

para um formato de arquivo gerado pelo software em uso, com extensão <.xls>

(Figura 15). A menos que se queira abrir este arquivo em outro programa, que

suporte apenas formatos do tipo <.csv>, a conversão para o tipo <.xls> é importante,

pois torna-o totalmente compatível com os recursos disponibilizados pelo Microsoft

Excel.

Como se viu no exemplo desta apostila, a planilha gerada através do

recurso <Montar quardo>, disponível no Banco de Dados Agregados do IBGE, pôde

ser visualizada imediatamente após a escolha das variáveis estatísticas e das

unidades territoriais que iriam compô-la, já que sua matriz multidimensional possuía

menos de 10.000 valores. Todavia, se muitas variáveis e unidades territoriais forem

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selecionadas, o tamanho da matriz multidimensional correspondente pode exceder

20.000 valores, de forma que a visualização da planilha dependerá da gravação de

um arquivo a posteriori. Neste caso, baseando-se na ilustração da Figura 18, além

do nome e do formato do arquivo a ser gerado, deve-se selecionar entre uma das

três modalidades de gravação de arquivos a posteriori: sem notificação, com

notificação por e-mail ou com envio do arquivo por e-mail; sendo que, nestes dois

últimos casos, será necessário informar o e-mail onde se deseja receber a

notificação ou o arquivo. Repare-se, ainda, que 250.000 valores é o tamanho

máximo da matriz multidimensional correspondente a qualquer planilha pretendida.

Figura 18

Selecionadas as opções desejadas, e após clicar sobre o botão <Ok>, o

usuário irá receber um número de sua solicitação para que possa recuperar (abrir ou

salvar) o arquivo que será gerado pelo sistema. Para recuperar um arquivo

solicitado, basta acessar a janela <Montar quadro>, do SIDRA, e clicar sobre a

opção de visualização de gravações a posteriori efetuadas nos últimos 60 dias

(período de manutenção destes arquivos no sistema), fazendo com que se abra a

janela <Relação das gravações a posteriori efetuadas nos últimos 60 dias> (Figura

19).

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Figura 19

Deve-se escolher a data

em que o arquivo foi solicitado e

clicar sobre o mesmo, observando-

se tanto o número da solicitação

quanto o nome do mesmo. A partir

daí, deverão ser seguidos os

passos anteriormente descritos

para salvar ou abrir um arquivo

gerado no SIDRA.

2.3 Geração de cartogramas no site do IBGE

A geração de cartogramas, no SIDRA, consiste um procedimento mais

simples do que a geração de planilhas. A praticidade e rapidez com que se pode

fazer isso representam grandes vantagens em relação à utilização de um SIG

(considerando-se que as variáveis estatísticas necessárias para a geração do

cartograma desejado não tenham sido devidamente incorporadas ao banco de

dados do respectivo SIG).

Veja-se adiante os procedimentos necessários para a geração de um

cartograma que ilustra a distribuição da população urbana residente em cada uma

das 27 unidades federativas do Brasil no ano de 2000, conforme ilustração da Figura

20.

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Figura 20

Primeiramente, deve-se selecionar uma tabela adequada para a geração

do cartograma pretendido; os passos a serem seguidos para gerar esta tabela estão

descritos no item 2.1 desta apostila. A tabela escolhida, neste exemplo, foi a de

número 202 (Figura 21 – A).

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Figura 21

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

(F)

(G)

(H)

Figura 22

No que respeita a variável a escolhida, tem-se a

opção de gerar o cartograma utilizando-se os números

absolutos ou os percentuais de cada unidade territorial em relação à soma total dos

valores de todas as unidades representadas no cartograma (Figuras 21 – B e 22).

A Figura 21 – C indica os atributos da variável selecionada que podem ser

utilizados para a elaboração do cartograma. Note-se que a seleção múltipla de

atributos (teclas <Shift> ou <Control> + um clique com o botão do mouse) resulta na

soma dos dados correspondentes.

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Figura 23

Neste exemplo, a única unidade

territorial disponível para escolha na caixa de

opções do <Nível Territorial> é <Unidade da

Federação> (Figura 21 – D). Contudo,

dependendo do nível territorial previamente

definido, a lista de opções pode ser mais ampla.

Caso a escolha do nível territorial

correspondesse aos municípios, por exemplo,

ter-se-ia que selecionar a malha cartográfica

digital a ser utilizada para a elaboração do

cartograma5 e também a unidade da federação (uma ou todas) à qual pertence as

unidades administrativas municipais que se deseja consultar (Figura 23).

Seguidamente à escolha das unidades territoriais, solicita-se a indicação

do <Método de representação> dos valores que serão plotados no cartograma

(Figura 21 – E). Existem três métodos possíveis, <quantis>, <intervalos iguais> e

<personalizado>:

A opção <quantis> requer a indicação do número de grupos que o

cartograma a ser gerado irá apresentar. Este método ordena e

distribui os dados estatísticos de acordo com o número de grupos

criados, fazendo com que o cartograma tenha uma distribuição

homogênea de cores;

A opção <intervalos iguais> requer a informação do número de

faixas a serem criadas. Este método define faixas com intervalos

iguais;

5 Apenas as malhas cartográficas digitais vigentes desde 1991 estão disponíveis, englobando os seguintes níveis territoriais: Região Geográfica, Unidade da Federação, Mesorregião Geográfica, Microrregião Geográfica e Município. Sendo assim, caso se solicite a geração de um cartograma correspondente a um período de tempo anterior ao ano de 1991, será normal a existência de algumas unidades territoriais não coloridas, já que elas não existiam.

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A opção <personalizado> necessita da indicação do valor inicial e

final de cada faixa. Este método permite, portanto, que o usuário

especifique os intervalos das faixas.

As duas primeiras opções são as mais utilizadas.

Finalmente, deve-se selecionar uma paleta de cores com as quais o

cartograma será representado (Figura 21 – F) e marcar ou não as caixas de seleção

referentes à configuração do layout do cartograma.

Após um clique no botão <Ok>, o cartograma será gerado pelo sistema,

juntamente com sua <Legenda> e <Tabela de conteúdo> – que serão dispostas em

janelas distintas – (Figuras 24, 25 e 26).

Figura 24

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Figura 25

Figura 26

Note-se, na Figura 24, que, caso a legenda ou a tabela de conteúdo não

sejam exibidas, é possível faze-lo mediante um clique no ícone <Mostra a legenda>

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ou <Mostra a tabela de conteúdo> , presentes na barra de ferramentas da

janela de apresentação do cartograma.

Figura 27

Existe a opção de imprimir ou

salvar o cartograma gerado. Para tanto,

deve-se clicar sobre o ícone <Prepara o

mapa para a impressão> . Abrir-se-á,

então, a janela <Imprimir> (Figura 27). Caso

se queira realmente imprimir o cartograma,

basta escolher a impressora a ser utilizada e

clicar sobre o botão <Imprimir>. Caso se

deseje gravar o cartograma gerado como

um novo arquivo de imagem, no computador ou na rede local, será preciso clicar no

botão <Cancelar>. Uma nova janela deverá se abrir, então, contendo o cartograma

criado (Figura 28).

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Figura 28

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Figura 29

Passando-se o cursor do

mouse sobre o cartograma, surgirá,

no canto superior esquerdo do

interior da janela, uma pequena

barra de ferramentas contendo,

dentre outros, o ícone <Salvar esta

imagem> , permitindo que ela

seja gravada, no computador ou na

rede local, como um arquivo do tipo

<PNG> (<.png>) ou <bitmap> (<.bmp>), formato padrão do Microsoft Windows

(Figura 29).

Após a informação do nome da figura (optou-se por denominá-la

<BR_Pop_Urbana_2000>), o próximo e último passo é a escolha do local onde o

arquivo deverá ser armazenado. Utilizando-se o Microsoft Paint, do Microsoft

Windows, pode-se agrupar a legenda com o cartograma correspondente, tornando-o

semelhante à ilustração da Figura 20, desta apostila.

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3 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS (ESTATCART)

3.1 Noções de uso

O Estatcart é um software desenvolvido pelo IBGE. Como o próprio nome

indica, o Estatcart não é um SIG, consistindo mais num sistema de visualização de

informações geográficas. Todavia, o Estatcart possui um modo de operar

semelhante aos SIG’s, relacionando dados espaciais com dados não-espaciais,

alocados em diversas bases de dados criadas e distribuídas pelo IBGE. Estas bases

de dados, chamadas Bases Estatcart de Informações Municipais, podem ser

instaladas no diretório raiz do programa, sendo incorporadas e reconhecidas pelo

mesmo, ampliando a quantidade de variáveis disponíveis para a pesquisa.

Apesar de não ser um SIG, o Estatcart é bastante útil para a análise de

informações geográficas, já que permite efetuar consultas simples, personalizadas

inclusive, e geração de cartogramas com uso de diversos tipos de dados estatísticos

municipais, estaduais e de âmbito nacional inerentes às pesquisas desenvolvidas

pelo IBGE. Dentre as informações disponíveis para consulta no Estatcart, estão:

dados do Censo Demográfico; registros administrativos do Tribunal Superior Eleitoral

(TSE); estatísticas dos censos educacionais; dados da Pesquisa de Assistência

Médica Sanitária; dados do Ministério da Saúde referentes aos atendimentos

realizados no âmbito do SUS; estimativas populacionais dos municípios do Brasil;

estatísticas do Registro Civil; dados da Produção da Pecuária Municipal; estatísticas

da Produção Agrícola Municipal; dados da Produção da Extração Vegetal e

Silvicultura; dados referentes ao Cadastro Central de Empresas; registros

administrativos do Ministério da Fazenda; dados do Departamento Nacional de

Trânsito (DENATRAN), etc.

Algo em que o Estatcart deixa bastante a desejar, contudo, é a forma de

saída dos cartogramas gerados. Embora se possa imprimir esses cartogramas

diretamente para o papel ou para arquivos do tipo <.pdf> – caso se possua um

software que dê suporte a esta modalidade de impressão –, ou, ainda, exportá-los

para arquivos de imagem, do tipo <.jpeg>, ou vetoriais, como <.wmf>, todas as

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opções resultam em trabalhos finais de baixa qualidade, tanto em termos

cartográficos como de definição gráfica.

Não obstante, as bases de dados do Estatcart podem ser acessadas e

exportadas para planilhas de formato <.xls>, suportadas pelo Microsoft Excel. Além

disso, o Estatcart trabalha com camadas de informações geográficas de formato

shapefile (.shp), que são suportados por diversos SIG’s, significando que,

acessando-se o diretório raiz do Estatcart, poder-se-á abrir todos os arquivos que

contém as camadas de informações geográficas que podem ser visualizadas no

software Estatcart instalado no respectivo computador. Toda esta flexibilidade ofusca

amplamente as falhas de projeto do Estatcart, fazendo dele um programa de uso

essencial para pesquisadores de diversas áreas.

3.2 Geração de cartogramas

No Estatcart, a geração de cartogramas é um procedimento muito simples

e que também consiste em requisito prévio para a realização de qualquer operação.

O cartograma disposto na Figura 30, cuja legenda está disposta no canto inferior

esquerdo da tela, ilustra a distribuição do Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos

municípios do estado do Paraná no setor industrial, segundo o ano de 2003.

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Figura 30

Como exemplo a ser seguido, irá se gerar um cartograma que represente

a distribuição municipal da população paranaense, conforme o ano de 2000.

No menu <Iniciar>, da barra de tarefas do Microsoft Windows, selecione o

grupo de programas <Estatcart> e clique sobre o ícone que representa o programa,

ou então abra o Estatcart através de um duplo clique sobre o seguinte ícone que se

encontra na área de trabalho do Microsoft Windows:

A seguinte janela se abrirá:

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Figura 31

Figura 32

Na janela flutuante <Abrir>, presente no

canto esquerdo da tela do programa (Figura 32), pode-

se navegar através das pastas e diretórios do Microsoft

Windows na busca de bases de informações. Por

padrão, ao iniciar, o Estatcart abre a pasta onde fora

instalado pelo usuário, normalmente correspondendo à

pasta <Estatcart>, presente no disco local denominado

C:, embora, no exemplo, esteja diferente.

As variáveis geográficas estão agrupadas

por tema no Estatcart. A nomenclatura da variável

geográfica desejada, neste exemplo, é <Pessoas

residentes>, conforme a contagem do Censo

Demográfico de 2000. Sendo assim, considerando-se

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que a pasta <Estatcart> já esteja aberta, acesse as seguintes pastas: <Base de

informações>, <População e condição de vida>, <Características das pessoas e dos

domicílios>, <Censo Demográfico 2000>, <Resultados do Universo>. Após, por meio

de um duplo clique, selecione o <Nível geográfico> em que se pretende visualizar as

informações: <Paraná>, neste exemplo. Irá se abrir uma nova janela flutuante,

chamada <Variáveis>, então, dê um duplo clique na opção desejada <Pessoas

residentes> para que o cartograma seja apresentado na tela (Figura 33).

Figura 33

Caso se desconheça o tema para o qual pertence uma variável

geográfica, deve-se clicar sobre o ícone <Seleciona Variável> , presente na barra

de ferramentas do Estatcart, posicionada logo abaixo da barra de menus. Abrir-se-á,

em seguida, uma janela intitulada <Consulta por Variáveis>, onde, no campo

reservado, dever-se-á digitar o nome da variável desejada ou uma palavra-chave

que a identifique, como, por exemplo, pessoas residentes (Figura 34).

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Figura 34

Após pressionar a tecla <Enter>, ou clicar sobre o botão <Busca>, o

Estatcart realizará uma consulta e listará as ocorrências encontradas. Utilize a barra

de rolagem para verificar se a variável geográfica desejada se encontra listada nas

ocorrências e, quando a encontrar, dê um duplo clique sobre a mesma para que seja

gerado o cartograma6.

Ao se selecionar o ícone <Visualiza Planilha com Informações de uma

Unidade Geográfica> , presente na barra de ferramentas do Estatcart, o cursor do

mouse assumirá um formato semelhante ao de uma caneta , de modo que, ao

passá-lo sobre o cartograma, poder-se-á, por intermédio das informações

apresentadas em sua parte inferior, identificar a unidade geográfica sobre a qual o

cursor está posicionado, seu código atribuído pelo IBGE e também o valor e a

unidade de medida da variável associada à unidade geográfica em questão. Além

disso, clicando-se sobre determinada unidade geográfica, abrir-se-á uma planilha

contendo todas as informações de tal unidade inerentes à pesquisa ou tema que

contenha a variável geográfica previamente selecionada pelo usuário (Figura 35).

6 Note que nem sempre as variáveis geográficas listadas nas ocorrências encontradas estão disponíveis para consulta, pois isto depende da instalação de novas bases de dados do Estatcart.

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Figura 35

Figura 36

Se a localização da unidade geográfica pretendida

for desconhecida, clique sobre o ícone <Seleciona Unidade

Geográfica> e digite ou clique duplamente sobre a unidade

geográfica pretendida, disposta na janela flutuante denominada

<Item Geográfico> (Figura 36). Neste exemplo, solicitou-se a localização do

município de Toledo-PR.

Como se percebe, a escala do cartograma se amplia de modo a

evidenciar a localização da unidade geográfica pesquisada. O Estatcart também

adiciona toponímias ao cartograma, facilitando a identificação da unidade geográfica

em questão (Figura 37).

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Figura 37

Caso se queira visualizar a legenda do cartograma, basta clicar sobre o

ícone <Legenda do Cartograma> , presente na barra de ferramentas do Estatcart.

Figura 38

A legenda será apresentada conforme a Figura 38,

ao lado, indicando a variável correspondente, sua unidade de

medida, as faixas ou categorias das cores que cada faixa

representa e o número de ocorrências para cada faixa.

É possível alterar as cores do cartograma, clicando-se sobre o ícone

<Altera Cor do Cartograma> . Também se pode escolher novas faixas, inclusive

personalizadas, para a apresentação de um cartograma, clicando-se sobre o ícone

<Seleciona Faixas/Percentis/Categorias> . Como exemplo, irá se criar um

cartograma para ilustrar a distribuição espacial dos municípios do Paraná que

possuem população residente superior a 100.000 habitantes, conforme as

estatísticas do Censo Demográfico de 2000.

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Figura 39

Assim, Crie um cartograma utilizando a variável

<Pessoas residentes>, correspondente ao nível geográfico

<Paraná>. Clique sobre o ícone <Seleciona

Faixas/Percentis/Categorias> , escolha a opção <Novas Faixas> e selecione <1>

(Figura 39).

Figura 40

Na janela <Faixas> indique a população mínima

de 100.000 habitantes e máxima de 1.587.3157 e clique

sobre o ícone <Pinta Cartograma> .

Figura 41

Informações importantes, para auxílio na definição

das faixas definidas pelo usuário, podem ser obtidas

mediante um clique no ícone <Mostra as Estatísticas> ,

quando se exibirá a janela <Estatísticas>, que contém as

estatísticas de distribuição da variável selecionada, neste

caso correspondendo à <Pessoas Residentes> nos

municípios do Paraná.

Mantendo-se o número de faixa e o intervalo sugerido anteriormente, o

cartograma apresentado deverá corresponder ao da Figura 42, seguinte.

7 Contingente populacional municipal máximo no Paraná em 2000, correspondente a Curitiba.

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Figura 42

Concluído o procedimento de geração de um cartograma, pode-se

visualizar a planilha de informações da variável geográfica consultada, clicando-se

sobre o ícone <Visualiza Planilha das Unidades Geográficas para Variável

Selecionada> .

3.3 Criação de novos indicadores de consulta

A combinação das variáveis geográficas disponíveis no banco de dados

do Estatcart dá origem a um indicador. É possível calcular e salvar novos

indicadores, que poderão ser incorporados ao programa, clicando-se sobre o ícone

<Calcula Indicador> , lembrando-se que, antes disso, é necessário gerar um

cartograma qualquer, correspondente ao nível geográfico pretendido. Abrir-se-á,

então, uma janela onde se solicita a indicação da variável desejada para consulta

(Figura 43).

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Figura 43

Conforme demonstrado na Figura 43, digite a palavra-chave domicílios

particulares, pressione o botão <Busca> ou a tecla <Enter> e selecione a variável

<Domicílios particulares permanentes - resultados do universo>, listada nas

ocorrências encontradas pelo programa, por meio de um duplo clique no botão do

mouse.

Figura 44

Deverá aparecer, na tela, uma caixa de diálogo informando

que a variável selecionada foi incluída na planilha a ser gerada.

Figura 45

Repita o processo de busca de variáveis e adicione

também, à planilha, a variável <Pessoas residentes - resultados

do universo>. Aparecerá uma caixa de diálogo solicitando se se

deseja agregar a nova variável selecionada à anterior, pressione o botão <No>.

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Confirme a inclusão da nova variável geográfica à planilha a ser gerada. Caso haja

alguma dúvida quanto às variáveis que foram selecionadas, observe a listagem

disponível no canto inferior esquerdo da janela aberta (Figura 46).

Figura 46

VariVariááveis selecionadasveis selecionadas

Posteriormente, clique no ícone <Planilha para Cálculo do Indicador>

e o sistema abrirá uma planilha com funções do Microsoft Excel (Figura 47).

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Figura 47

Na primeira célula em branco, disposta na coluna <Result 1>, calcular-se-

á a média ocupacional, dividindo-se o número de pessoas residentes <Célula D4>

pelo número de domicílios particulares permanentes presentes nos municípios do

estado do Paraná <Célula C4>. Para tanto, deve-se utilizar a fórmula <=d4/c4> e

pressionar a tecla <Enter>. Para que o processo seja estendido às demais linhas da

coluna, clique sobre o ícone <Repete Função na Coluna> .

Figura 48

Para que o indicador calculado seja

reconhecido pelo Estatcart, será necessário clicar no

ícone <Escreve Legenda> e, na nova janela, que

irá se abrir, nomeá-lo e especificar a sua unidade de

medida (Figura 48). Pressione o botão <Ok> para

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finalizar o processo.

Figura 49

Caso se queira salvar o indicador

criado para a realização de consultas futuras,

basta clicar sobre o ícone <Grava Planilha

Excel> e, na janela <Salvar como>, atribuir

um nome ao arquivo, indicando também o seu

caminho (Figura 49). Salve o arquivo, clicando

no botão <Salvar>.

Figura 50

Posteriormente, se abrirá uma

caixa de diálogo, denominada <Information>,

confirmando a gravação e o caminho que foi

atribuído ao arquivo. Pressione o botão <Ok> da referida caixa de diálogo (Figura

50).

Figura 51

Para que o indicador criado seja incluído no Estatcart,

clique sobre o ícone <Inclui Indicador no Sistema> e pressione

o botão <Ok> da caixa de diálogo seguinte (Figura 51).

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Figura 52

Na janela principal do Estatcart, aparecerá,

em branco, o mapa do Paraná, segundo sua divisão

administrativa municipal. Para que o cartograma

respectivo à média ocupacional de domicílios seja

gerado, clique duas vezes sobre o indicador criado

<Média Ocupacional>, disposto na janela <Variáveis>

(Figura 52).

3.4 Consulta a cartogramas elaborados com indicadores personalizados

Para consultar um indicador personalizado, gravado anteriormente, é

necessário que se gere um mapa temático utilizando o mesmo nível geográfico do

referido indicador. Após, clique sobre o ícone <Calcula Indicador> e selecione

uma variável qualquer, desde que seja aceita pelo sistema. Em seguida, na janela

aberta, selecione o ícone <Planilha para Cálculo do Indicador> e, na nova janela

que será aberta pelo sistema, semelhante a uma planilha de formato Microsoft Excel,

clique sobre o ícone <Importa Indicador> (Figura 53).

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Figura 53

Clique sobre o botão <Yes> da caixa de diálogo seguinte, confirmando a

realização da operação. Uma nova planilha será aberta. No <Menu File>, escolha a

o comando <Read> (Figura 54).

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Figura 54

Figura 55

Confirme a operação pressionando o botão

<Sim> da caixa de diálogo denominada <Formula One>

(Figura 55).

Figura 56

Após, na janela <Read File>,

selecione os arquivos do tipo Microsoft Excel

no campo <Arquivos do tipo> e, então, localize

o arquivo que corresponde ao indicador

personalizado desejado. Neste caso, o nome

do arquivo é <Ind_Pessoas_Dominicílios>,

gravado no diretório raiz do Estatcart. Em seguida, clique no botão <Abrir>.

Para que a informação seja transferida para a planilha inicial, feche a

janela denominada <Formula One Workbook Designer>, clicando-se sobre o ícone

<Fechar> , situado no canto superior direito da mesma. A próxima janela a ser

visualizada será idêntica àquela que está sendo representada pela Figura 57.

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Figura 57

Figura 58

Após, clique sobre o ícone <Marca Coluna do

Indicador e Escreve Legenda> . Será necessário, então,

indicar a coluna onde se encontra o indicador. Neste caso,

selecione a <Coluna E> e pressione o botão <Ok> (Figura

58).

Uma nova janela, igual a da Figura 48 será aberta.

Repita os passos indicados para nomear o indicador personalizado e para

mencionar a sua unidade de medida e, em seguida, clique na botão <Ok>.

Finalmente, pressione o ícone <Inclui Indicador no Sistema> , clique

no botão <Ok> da caixa de diálogo seguinte, confirmando a operação, e selecione a

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variável personalizada <Média Ocupacional>. O cartograma personalizado deverá

ser semelhante ao apresentado na Figura 59.

Figura 59

3.5 Criação de regiões personalizadas

Caso o usuário tenha interesse em consultar uma planilha que contenha

as variáveis geográficas de uma unidade espacial específica, como de uma região

administrativa estadual, por exemplo, pode-se criar uma região personalizada,

gravando-a para consultas futuras.

Supondo que, por um motivo qualquer, se queira consultar uma planilha

referente à população urbana residente nos municípios de Cascavel, Corbélia, Ouro

Verde do Oeste, Santa Tereza do Oeste e Toledo no ano de 2000, ter-se-ia que

gerar um cartograma do estado do Paraná, correspondente à variável geográfica

<Pessoas residentes - área urbana> e à pesquisa realizada pelo IBGE no ano

pretendido <Censo Demográfico 2000>, <Resultados do Universo>. Em seguida,

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será necessário clicar sobre o ícone <Seleciona Várias Unidades Geográficas> ,

presente na barra de ferramentas do Estatcart, e posicionar o cursor do mouse sobre

a opção <Seleção de unidade geográficas isoladas> (Figura 60).

Figura 60

Note-se que, ao lado, estarão

disponíveis dois modos de seleção de

unidade geográficas. Primeiramente, as unidades geográficas desejadas serão

selecionadas pelo nome, clicando-se sobre a opção <Seleção pelo nome>. Na

janela que irá se abrir, denominada <Seleção de itens geográficos>, tem-se a opção

de selecionar a unidade geográfica desejada deslizando-se a barra de rolagem até

que ela seja encontrada, ou simplesmente digitar o seu nome (Figura 61).

Figura 61

Após identificada, a unidade

geográfica pretendida pode ser

transportada para a caixa de unidades

geográficas selecionadas mediante

um duplo clique do mouse sobre a

mesma ou através de um clique sobre o ícone <Seleciona Unidade Geográfica> ;

repare que um ícone com o mesmo formato, denominado <Deleta Unidade

Geográfica Selecionada> está posicionado à direita das unidades geográficas

presentes na caixa de seleção. Como o próprio nome indica, este ícone pode ser

utilizado para excluir unidades geográficas da seleção.

Figura 62

Clique sobre o ícone <Pinta Cartograma>

para que a região personalizada apareça em destaque no

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cartograma anteriormente criado; a finalização da operação exigirá um nome à

seleção criada, lembrando-se que este nome integrará a legenda do cartograma

(Figura 62). O mapa temático criado terá um aspecto semelhante ao da Figura 63.

Figura 63

Figura 64

Para visualizar a planilha

contendo as variáveis geográficas

correspondentes aos municípios

selecionados, clique sobre o ícone

<Visualiza planilha das unidades geográficas

selecionadas> . A janela <Tabela de item

geográfico> será aberta, exibindo a planilha

(Figura 64).

Repetir-se-á parte do processo de modo a demonstrar como se realiza a

seleção de determinadas unidades geográficas pelo mapa.

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Figura 65

Crie, novamente, o mapa temático do estado

Paraná, segundo a distribuição da população urbana

residente em seus municípios no ano de 2000. Altere as

cores do cartograma de modo a facilitar a identificação dos

municípios desejados através do contorno de seus limites administrativos:

recomenda-se a seleção da opção <Cores divergentes>, <com contorno> (Figura

65). Posteriormente, clique sobre o ícone <Seleciona Várias Unidades Geográficas>

e escolha a opção <Seleção pelo mapa> (Figura 60).

Figura 66

O cursor do mouse assumirá um aspecto

semelhante ao de uma caneta , de forma que, clicando-

se sobre os municípios que integram a região

personalizada, os mesmos serão incluídos na janela <Itens

Geográficos Selecionados> (Figura 66). Os procedimentos para exclusão de

unidades geográficas selecionadas por engano e para destacar, no cartograma, as

unidades geográficas selecionadas, são iguais àqueles que foram descritos

anteriormente.

Figura 67

Chama-se atenção a um detalhe: conforme já foi

mencionado, o nome e o código da unidade geográfica

sobre a qual está posicionado o cursor do mouse são informados na parte inferior do

cartograma em tela, podendo auxiliar, portanto, a seleção de unidades geográficas

pelo mapa (Figura 67).

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Figura 68

Caso haja interesse em gravar a

seleção de unidades geográficas realizada para

consultas futuras, basta clicar sobre o ícone

<Seleciona Várias Unidades Geográficas>

e escolher a opção <Seleção de unidade

geográficas isoladas>, <pelo nome> ou <pelo

mapa>. Posteriormente, na janela <Seleção de itens geográficos>, pressione o

cursor do mouse sobre o ícone <Grava tabela das unidades geográficas

selecionadas> . Em seguida, na janela <Salvar como>, atribua um nome ao

arquivo, indique a unidade de disco e o diretório onde ele deverá ser salvo e

pressione o botão <Salvar> (Figura 68). Pressione o botão <Ok> da caixa de diálogo

que irá surgir e a operação será concluída.

Para excluir do mapa temático a região personalizada em destaque,

clique sobre o ícone <Seleciona Várias Unidades Geográficas> e escolha a

opção <Limpa seleção de unidades geográficas>.

3.6 Recuperação de camadas de regiões personalizadas

Para recuperar uma seleção de unidades geográficas previamente

definida e gravada pelo usuário, deve-se clicar sobre o ícone <Seleciona Várias

Unidades Geográficas> , escolher as opções <Recupera arquivo de unidades

geográficas> e <Gerando planilha> ou <Gerando planilha e inserindo sua camada>.

Figura 69

Caso de opte por gerar a planilha

inserindo a camada das unidades

geográficas selecionadas, surgirá uma

caixa de diálogo solicitando a confirmação da operação: pressione o botão <Yes>

(Figura 69). Em ambos os casos, porém, deverá surgir na tela a janela <Abrir>,

solicitando a indicação do caminho e do nome do arquivo (Figura 70).

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Figura 70

Após pressionar o botão <Abrir>, bastará atribuir um nome à camada

geográfica a ser destacada no cartograma.

Além de permitir a criação de regiões personalizadas, o Estatcart possui

camadas de regiões administrativas pré-definidas gravadas no sistema, referindo-se

às unidades da federação, às mesorregiões geográficas e às microrregiões

geográficas. Quando se deseja selecionar todos os municípios destes níveis

geográficos para geração de uma planilha contendo seus respectivos dados

estatísticos, por exemplo, esta é uma opção muito oportuna. Proceder-se-á, como

exemplo, à seleção de todos os municípios da Mesorregião Oeste Paranaense para

se conhecer a distribuição da população rural de cada um conforme o ano de 2000.

A princípio, deve-se gerar um mapa temático utilizando-se a variável

geográfica <Pessoas residentes - área rural>, conforme o nível geográfico <Brasil -

Todos os municípios Brasil>. A referida variável geográfica está contida em

<Resultados do Universo> do <Censo Demográfico 2000).

Em seguida, deve-se clicar sobre o ícone <Seleciona Várias Unidades

Geográficas> , escolher a opção <Seleção de unidades geográficas por um nível

geográfico> e <Todos Municípios de determinadas Mesorregiões> (Figura 71).

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Figura 71

Figura 72

Na próxima janela que irá

se abrir, há a necessidade de se

selecionar a Mesorregião pretendida

<Oeste Paranaense-BR>, digitando-

se o seu nome no espaço reservado

ou deslizando-se a barra de rolagem

até que ela seja encontrada (Figura 72). Clique, então, sobre o ícone <Gera planilha

das unidades geográficas selecionadas> para finalizar o processo.

3.7 Exportação de planilha de indicadores consultados e criação de gráficos

Supondo que se queira exportar a planilha gerada anteriormente, que

apresenta o número de habitantes que residiam na área rural da Mesorregião Oeste

Paranaense no ano de 2000, é necessário clicar sobre o ícone <Grava Planilha>

da janela <Tabela de item geográfico> (Figura 73).

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Figura 73

Na janela <Salvar como>, atribua

o nome <MOP_pop_rural_2000> e escolha a

pasta <Meus documentos>8; pressione o

botão <Salvar> e, em seguida, <Ok>.

É normal que, ao tentar salvar

este arquivo no Microsoft Excel, o usuário

seja questionado se deseja ou não

subscrevê-lo por um formato mais recente, já que é gerado, pelo Estatcart, como

uma planilha do Microsoft Excel 4.0. A opção escolhida, neste caso, deve ser sim,

subscrevendo o arquivo, portanto.

Observa-se que, na Figura 73, existe um ícone chamado <Mostra Gráfico

da Área Selecionada> . Este é um recurso bastante útil, pois auxilia a análise das

informações geográficas representadas no cartograma em uso. Para fazer uso desta

opção, deve-se selecionar as informações de origem do gráfico.

Como exemplo, será gerado um gráfico que represente a população rural,

referente ao ano de 2000, dos municípios da Mesorregião Oeste Paranaense que

apresentam os seis maiores valores para a variável estatística em uso. Para tanto,

será necessário selecionar estes seis municípios, da forma como é ilustrado na

Figura 74.

8 Nome e caminho do arquivo sugeridos.

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Figura 74

Como se vê, a seleção se

restringe aos seis últimos municípios

apresentados na planilha porque os

valores de suas variáveis estatísticas

estão ordenados crescentemente.

Em seguida, para gerar o gráfico, clique no ícone anteriormente citado:

<Mostra Gráfico da Área Selecionada> . A janela contendo o gráfico e barras de

ferramentas de configuração e demais opções será aberta (Figura 75).

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Figura 75

A forma do gráfico pode ser alterada clicando-se sobre qualquer um dos

seguintes ícones, presentes na barra de ferramentas de configuração de layout do

gráfico: .

Também existe a opção de apresentá-lo em formato 3D, clicando-se

sobre o primeiro ícone presente no conjunto de ícones relacionados às

configurações 3D, e alterar os ângulos de exibição do gráfico clicando-se sobre os

demais: .

O botão <Exibe Legenda> disponibiliza ou oculta a visualização da

legenda do gráfico.

Pode-se alterar o modo de exibição dos textos e demais elementos de

identificação e descrição das variáveis estatísticas que compõem o gráfico, clicando-

se sobre qualquer um dos ícones relacionados com tais funções: .

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Finalmente, os ícones <Imprime Gráfico> e <Grava Gráfico> são

utilizados para definir a forma de saída do mesmo. Salienta-se que o modo gravar

requer a atribuição de um nome para o arquivo, que será salvo em formato <.bmp>,

e a indicação do caminho da pasta onde o arquivo será salvo.

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4 DIVA-GIS

4.1 Apresentação

O DIVA-GIS é um software proprietário gratuito que pode ser

caracterizado como um SIG. Particularmente, seu uso se destina ao mapeamento e

análise de informações da fauna e flora mundial, servindo, por exemplo, para

estudos da distribuição de determinadas espécies pelo globo terrestre. Contudo, os

recursos deste programa tornam possível sua utilização para outros fins, inclusive

relacionados à visualização e análise de informações geográficas inerentes à

dinâmica socioeconômica do espaço.

A praticidade e simplicidade com que se pode inserir camadas de

informações geográficas, configurá-las e ajustá-las para geração de mapas

temáticos de qualidade razoável constitui um ponto forte do DIVA-GIS, embora seu

conjunto de funções de geoprocessamento seja bastante limitado se comparado à

SIG’s de grande aceitação entre os profissionais da área.

O DIVA-GIS suporta camadas de informações geográficas geradas em

formato shapefile, gridfile, image e arcinfo, o que significa que camadas de

informações do Estatcart podem ser adicionadas aos projetos elaborados neste

programa.

4.2 Funcionamento do DIVA-GIS

Um arquivo do DIVA-GIS, que pode ser caracterizado como <projeto>,

possui extensão denominada <.div>. Cada projeto oferece suporte a dois tipos de

documentos: um, onde são inseridas, analisadas e configuradas as camadas de

informações geográficas <Data> e, outro, onde é elaborado e configurado o mapa

resultante <Design>.

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75

Cada projeto do DIVA-GIS suporta um único conjunto de camadas de

informações geográficas adicionadas, isto é, cada projeto pode conter apenas um

único documento do tipo <Data> e um documento do tipo <Design>.

Para iniciar o programa, acesse o menu <Iniciar>, da barra de tarefas do

Microsoft Windows, escolha o grupo de programas <DIVA-GIS> e clique sobre o

ícone que representa o programa, ou, então, abra o DIVA-GIS através de um duplo

clique sobre o seguinte ícone, que deverá estar presente na área de trabalho do

Microsoft Windows:

.

Praticamente todas as funções do DIVA-GIS estão agrupadas em

comandos disponíveis em sua <Barra de Menus> e em ícones presentes em sua

<Barra de Ferramentas> (Figura 76). É importante salientar que alguns ícones só se

tornam disponíveis à medida que determinadas operações são executadas.

Figura 76

Na barra de título o usuário confere o nome e a versão do programa em

uso, assim como o nome do projeto.

4.3 Inserção de camadas de informações (layers) em um projeto

Com a janela principal do programa aberta, clique sobre o ícone <Add

layer> , presente na barra de ferramentas. Na janela <Abrir>, que será aberta em

seguida, selecione os <Arquivos do tipo> <Shapefiles (*.shp)> e na opção

<Examinar>, encontre a pasta <DIVA-GIS>, presente em <Meus documentos>,

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neste caso. Marque o arquivo denominado <br_mun_2000_car> e, finalmente,

pressione o botão <Abrir>, para que a camada de informações geográficas

selecionada seja inserida no DIVA-GIS. Caso haja necessidade de excluir uma

camada inserida, clique sobre o ícone <Remove Layer> .

Ao lado esquerdo da tela de visualização das camadas se encontra a lista

de camadas adicionadas à sessão, o que, em outros programas, também se

conhece por tábua de conteúdos ou, simplesmente, área de legenda. Neste caso,

tem-se uma única camada adicionada <br_mun_2000_car>, o que faz com que ela

esteja ativa. Sua caixa de visualização também está marcada, de modo que ela

pode ser visualizada na tela. O exemplo da Figura 77 ilustra e auxilia a compreensão

do que foi exposto.

Figura 77

4.4 Consulta à tabela de atributos

Para consultar uma tabela de atributos de uma camada de informações

adicionada ao DIVA-GIS, e ativa, pressione o ícone <Table> , da barra de

ferramentas. O título da janela de atributos aberta se alterará conforme o título

atribuído à camada de informações correspondente (Figura 78).

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Figura 78

As linhas verticais da tabela são denominadas campos. Os campos

contêm os atributos de cada registro (linhas horizontais). Os registros estão

relacionados aos vários polígonos que compõem a classe de feições da camada de

informações geográficas ativa. Na primeira linha da tabela, por exemplo, está listado

o município de Alta Floresta D’Oeste, situado no estado de Rondônia. O polígono

que representa este município poderia, por exemplo, ilustrar o estado para o qual ele

pertence – campo denominado <NAME2_> –, a população estimada para o ano de

1994 <POP94>, a população feminina de 2000 <POP_FEM> e assim por diante9.

9 Com exceção à população estimada para o ano de 1994, todas as informações desta tabela se referem ao ano de 2000, já que são inerentes ao Censo Demográfico daquele ano. Reitera-se que a descrição da nomenclatura atribuída aos campos contidos nesta tabela pode ser visualizada no Anexo I.

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Figura 79

No rodapé da tabela, além de informações sobre a

posição do registro selecionado, estão disponíveis quatro

botões de comando: <Statistic>, <Highlight>, <Pan To> e

<Zoom To>. Com exceção ao botão <Estatistic>, as funções

de todos os demais botões serão refletidas nas feições da

camada ativa. Clicando-se sobre o botão <Estatistic>, o usuário poderá obter

informações estatísticas sobre um determinado campo de atributos (Field), incluindo

a contagem de atributos disponíveis, os valores mínimo e máximo dos mesmos e a

média, o desvio padrão e a soma dos seus valores (Figura 79).

O botão <Highlight> permite selecionar o polígono que integra a feição

associada ao registro desejado. O botão <Pan To>, quando pressionado, centraliza

o polígono que compõe a feição associada ao registro selecionado, na tela de

visualização das camadas de informações geográficas adicionadas ao projeto. O

botão <Zoom To> amplia a visualização do polígono.

Pressionando-se a tecla <F2> sobre qualquer atributo selecionado, pode-

se alterar seu valor.

4.5 Ajuste das propriedades visuais de uma camada de informações

Por padrão, ao serem inseridas, as feições poligonais que representam as

camadas de informações não possuem preenchimento, sendo delimitadas apenas

pelos contornos que as definem. Sendo assim, será necessário configurar a legenda

de cada camada adicionada ao projeto (Figura 80).

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Figura 80

Figura 81

Ao lado esquerdo da tela de visualização das camadas se

encontra a lista de camadas adicionadas à sessão. Um clique duplo

sobre qualquer camada fará com que se abra sua janela de

propriedades <Properties> (Figura 82); esta operação também pode

ser realizada clicando-se sobre a camada desejada com o botão

direito do mouse e selecionando-se a opção <Properties>, do menu de contexto

(Figura 81).

Figura 82

A janela de propriedades indica o nome

<Label> e o caminho <Source> da camada de

informações ativa, assim como o tipo e as coordenadas

geográficas da feição ou classe de feições que a ilustra

<Type> (Figura 82). Logo abaixo, existem três abas que

dão acesso às configurações de ajuste das

propriedades visuais da camada: <Single>, <Unique> e

<Classes>.

4.5.1 Símbolo único (single): Permite configurar um modo de apresentação padrão

para o conjunto de polígonos da camada de informações geográficas ativa. Um

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duplo clique sobre a área em branco, que se encontra logo abaixo da aba <Single>,

faz com que se abra a janela <Symbol> (Figura 83).

Figura 83

Nesta janela, pode-se escolher a forma e a cor de

preenchimento de cada polígono, assim como espessura e cor de

suas linhas de contorno, também sendo possível desativar a

apresentação delas (Figura 83). Um exemplo <Preview> mostra

como os polígonos deverão ser apresentados no mapa.

4.5.2 Valor único (unique): Esta opção permite configurar as propriedades visuais

das feições da camada ativa de modo que cada polígono ilustre o valor do atributo

selecionado correspondente (Figura 84).

Figura 84

Após selecionar o campo de atributos

desejado <Field>, clique sobre o botão <Reset Legend>

para dar prosseguimento à operação. Na Figura 84, ao

lado, o campo de atributos selecionado foi o estado

federado para o qual pertence cada município

<NAME2_>, de modo que todos os polígonos

municipais que conformam o estado do Acre, por

exemplo, possuirão as mesmas propriedades visuais.

A caixa de seleção da opção <Use color of single tab>, quando marcada,

faz com que todos os polígonos assumam propriedades visuais semelhantes,

baseadas nas opções escolhidas na aba <Single>.

Ao lado esquerdo do modelo de representação de cada conjunto de

polígonos existe uma caixa de seleção que permite omitir ou permitir sua

apresentação no mapa.

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Finalmente, é importante salientar que o tipo de preenchimento e a

espessura e cor das linhas de contorno de cada polígono estão relacionados com as

configurações estabelecidas nas opções da aba <Single>.

4.5.3 Classes de valores (classes): Nesta opção é possível ajustar a legenda de

uma camada para que os valores numéricos de determinado campo de atributos das

feições sejam agrupados por categorias de valores (Figura 85). O modo de

apresentação visual utilizado pelo programa será a gradação de cores.

Figura 85

Como exemplo, selecione o campo de

atributos numérico <Numeric Field> correspondente à

população total do Brasil no ano de 2000 <POP_TOT>;

escolha cinco classes a serem representadas <Number

of classes> e as cores inicial e final nas opções <Start>

e <End>. Em seguida, clique sobre o botão de comando

<Reset Legend>.

Os intervalos de valores são definidos pelo

programa conforme os intervalos naturais de sua

distribuição, isto é, identificando situações de quebra no arranjo natural dos valores

dos atributos, mas também é possível informar o intervalo de cada faixa

manualmente.

Supondo que se queira gerar um cartograma relativo à distribuição da

população total do Brasil no ano de 2000, semelhante ao que se observa na Figura

86, deve-se manter a legenda da camada <br_mun_2000_car> organizada conforme

as classes de valores <classes> do campo <POP_TOT>, em cinco classes, do modo

como fora especificado no exemplo anterior, alterando-se sua identificação <Label>

para <População total do Brasil>.

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Figura 86

4.6 Inserção e ajuste de uma nova camada em um projeto existente

O próximo passo será inserir duas novas camadas de informações

geográficas: uma correspondente às unidades da federação do país <uf_car>, para

ilustrar seus limites, e outra relativa às fronteiras internacionais do mundo,

destacando-se a América do Sul <World_car>. Repetir-se-á o procedimento inicial

de inserção de camadas geográficas demonstrado no item 4.3, mas selecionando-

se, ao invés de uma, duas camadas a serem inseridas, pressionando-se a tecla

<Ctrl> enquanto clica-se sobre as camadas com o botão direito do mouse.

Ao serem inseridas no projeto, algumas camadas podem encobrir aquelas

que já estavam adicionas, de modo que será preciso ordenar suas sobreposições de

forma manual, clicando-se, na lista de camadas adicionadas à sessão, sobre o nome

da camada que se deseja movimentar e arrastando-a para a posição desejada

enquanto mantém-se o botão esquerdo do mouse pressionado.

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As legendas das novas camadas de informações adicionadas ao projeto

devem ser ajustadas de modo que suas feições se assemelhem às da Figura 86.

4.7 Inserção de um mapa de localização (overview map)

Para inserir um mapa de localização em um projeto do DIVA-GIS basta

escolher o comando <Overview Map>, do menu <Map>, ou teclar <F7>. Abrir-se-á,

então, na parte inferior da lista de camadas de informações geográficas adicionadas

ao projeto, uma janela em branco. Clique sobre esta janela com o botão direito do

mouse e selecione a opção <Add Layer>, do menu de contexto. O processo de

inserção de camadas de informações em uma janela de localização segue o modo

de inserção de camadas no projeto; adicione a camada intitulada <World_car>.

Um outro modo de se adicionar camadas à janela de localização é clicar

com o botão direito do mouse sobre o nome da camada pretendida, presente na lista

de camadas de informações geográficas adicionadas ao projeto, e selecionar o

comando <Add to Overview Map>, do menu de contexto. Note que o mapa de

localização terá um vínculo com a camada selecionada, significando que ambas

apresentarão as mesmas propriedades visuais.

Figura 87

Para configurar o modo de apresentação visual do

“quadro de cobertura” do mapa de localização, clique sobre

sua janela com o botão direito do mouse e selecione a opção

<Style>, do menu de contexto. O usuário terá opção de escolher o modo de

preenchimento do quadro, além de sua cor e espessura de linha (Figura 87).

4.8 Ajuste do layout (design) de um projeto

Após a inserção das camadas de informações geográficas no projeto e

ajuste de suas legendas, além da configuração do mapa de localização, a

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elaboração de um layout requer a migração do modo <Data> para o modo <Design>

– abas que se encontram na parte inferior direita da janela principal do programa.

Uma barra de ferramentas, contendo três grupos de ícones, integra a

janela de <Design> (Figura 88).

Figura 88

Add Map

Legend

Scale

North Arrow

Overview Map

Text

Undo

Redo

Clear All

Color

Font

Copy to Clipboard

Print

Save to File

Clicando-se nos ícones presentes nesta barra de ferramentas, pode-se

adicionar o mapa principal do projeto ao layout <Desing>, sua legenda e escala

gráfica, uma seta de orientação, o mapa de localização e textos, além de se poder

configurar a fonte e as cores das bordas dos elementos do layout e exportá-lo ou

copiá-lo para a área de transferência do sistema.

É importante lembrar que, diferentemente do documento <Data>, as

propriedades do layout <Design> não são armazenadas no arquivo que se refere a

um projeto salvo, portanto, um novo layout deverá ser criado a cada sessão iniciada

no DIVA-GIS.

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4.8.1 Inserção de um mapa

Figura 89

Para inserir, no layout <Design>, o mapa principal do projeto,

clique sobre o ícone <Add Map> e, na janela <Map>, escolha a

posição <Location> da tela onde ele será inserido, apertando-se, em

seguida, o botão <Ok> (Figura 89). A posição de inserção de qualquer

elemento do layout também pode ser apontada com o cursor do mouse, através de

um clique. Note-se que, no rodapé da janela de layout, o programa fornece

informações sobre a escala numérica de apresentação do mapa e sobre a posição

do cursor do mouse (Figura 90).

Figura 90

Caso algum elemento do layout seja inserido em local inadequado, pode-

se desfazer a operação através de um clique sobre o ícone <Undo> , ao passo

que <Redo> repete a operação. O ícone <Clear All> limpa a tela.

4.8.2 Inserção de uma legenda

Figura 91

Deve-se clicar sobre o ícone <Legend> para a inserção da

legenda. Na janela <Legend>, o usuário será inquirido sobre as camadas

de informações geográficas que deverão integrar a legenda <Include>,

além de ter que indicar sua posição <Location> horizontal <X> e vertical

<Y> e se ela (a legenda) possuirá bordas <Outline> (Figura 91); as cores

das bordas são escolhidas na janela <Cor>, aberta após clicar-se sobre

o ícone <Color> .

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4.8.3 Inserção da escala

Figura 92

A escala gráfica pode ser inserida mediante um clique sobre o

ícone <Scale> , da barra de ferramentas. O usuário será questionado

sobre a unidade de medida da escala <Units>, sobre a quantidade de

intervalos que ela deverá conter <Intervals> e sobre a distância dos

mesmos <Distance>, além de sobre sua quantidade de textos indicativos

<Labels> e tipo <Type> (Figura 92). Como de praxe, deve-se indicar a

posição da escala <Location> e informar se ela deverá conter bordas ou não

<Outline>.

4.8.4 Inserção de um elemento de orientação geográfica

Figura 93

Um elemento de orientação geográfica pode ser inserido

mediante um clique sobre o ícone <North Arrow> ; na janela

correspondente, deve-se escolher o tipo e a localização do mesmo

(Figura 93).

4.8.5 Inserção de um mapa de localização

Figura 94

A inserção de um mapa de localização no layout é até mais

simples que o restante dos elementos, devendo-se informar, após clicar

sobre o ícone <Overview Map> , apenas sua posição na tela e se ele

deverá conter bordas ou não (Figura 94). Todavia, se o modo de inserção dos

elementos do layout foi executado com o auxilio do cursor do mouse, pode ser

aborrecedor conseguir encontrar um local do layout onde este elemento não venha a

sobrepor os demais; a dica é informar as coordenadas <X> e <Y> da tela na janela

<Overview Map> e clicar sobre o botão <Ok>.

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4.8.6 Inserção de um título no layout

Figura 95

Para se adicionar um título ao layout do projeto, deve-se clicar

sobre o ícone <Text> e, na janela correspondente, informar a

localização do texto a ser inserido (Figura 95). As configurações de letra

do texto, como estilo, efeito, tamanho e cor, devem ser ajustadas na

janela <Texto>, aberta após um clique sobre o ícone <Font> (Figura 96).

Figura 96

4.9 Impressão e exportação de um layout

As opções de saída de um mapa elaborado em um SIG interessam muito

os usuários que estão utilizando o programa com a finalidade de ilustrar trabalhos

impressos. O DIVA-GIS não possui muitas opções de saída para os mapas

produzidos, mas aquelas disponíveis geralmente são satisfatórias.

4.9.1 Impressão: Clicando-se sobre o ícone <Print> , um mapa gerado no DIVA-

GIS pode ser enviado diretamente para a impressora ou impresso em formato

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<.pdf>, caso um programa que dê suporte a este tipo de operação esteja

devidamente instalado no computador10.

4.9.2 Exportação: A exportação de um layout requer, inicialmente, um clique sobre

o ícone <Save to file> . Em seguida, na janela <Salvar como>, digite o nome e

selecione o formato do arquivo a ser salvo – <.bmp> ou <.tif> –, indicando seu

caminho – disco e diretório – (Figura 97).

Figura 97

Um outro modo de utilizar um mapa gerado no DIVA-GIS em outros

programas é copiá-lo para a área de transferência do sistema por meio de um clique

no ícone <Copy to Clipboard> , presente na barra de ferramentas da janela de

layout. Após efetuar esta operação, o usuário poderá acessar outros programas,

como o Microsoft Word, e inserir o mapa no corpo de texto do trabalho utilizando o

comando <Colar>, presente no menu <Editar>.

10 O PDF995 constitui um bom software proprietário gratuito para impressão de arquivos em formato <.pdf>. O download deste programa pode ser executado a partir do site <http://site4.pdf995.com/download.html>.

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4.10 Execução de uma consulta de informações

Embora criar um mapa e poder exportá-lo como figura para que possa ser

utilizado em outros programas seja um recurso interessante, nem sempre é este o

objetivo do usuário de um SIG; procedimentos que, nestes programas, podem ser

executados com muita simplicidade, permitem, ao usuário, estabelecer relações

complexas entre as variáveis pesquisadas. Supondo-se que, ao realizar determinada

pesquisa sobre queimadas efetuadas no Brasil, alguém se depare com a citação de

vários nomes de lugares onde exista a ocorrência de incêndios, mas cujas

localizações geográficas não são apontadas pelo autor do texto: seria interessante

mapeá-las para ver se possuem alguma relação espacial entre si. Este é apenas um

exemplo muito simples dentre uma infinidade de aplicações de um SIG. É por isso

que as opções de consulta de informações, cujos procedimentos são demonstrados

a seguir, consistem recursos tão importantes em softwares deste gênero.

Inicialmente, crie um novo projeto no DIVA-GIS e adicione a camada de

informações geográficas <br_mun_2000_car>; utilize um modo de apresentação

padrão para o conjunto de polígonos que formam a classe de feições desta camada

<Single>.

O construtor de consultas do DIVA-GIS admite duas maneiras de efetuá-

la: de modo simples <Select by values> ou avançado <Select by query>.

4.10.1 Construtor de consulta simples: Antes de executar qualquer consulta,

limpe a seleção de polígonos em vigor clicando sobre o ícone <Clear Selection> .

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Figura 98

Após, para executar uma

consulta simples, pressione o ícone

<Query> , presente na barra de

ferramentas da tela principal do DIVA-

GIS, e, na janela de consultas,

escolha a aba <Select by values>.

Defina o campo de atributos que contém as variáveis que se deseja consultar e

marque ou desmarque a caixa de seleção de cada variável; para concluir a

operação, clique em <Apply> (Figura 98).

Observe, na tela principal do DIVA-GIS, que, conforme o critério utilizado,

todos os municípios do Paraná foram selecionados; clique sobre o ícone <Zoom to

Selected> para aproximar a seleção (Figura 99).

Figura 99

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4.10.2 Construtor de consulta avançado: Para executar uma consulta avançada,

clique sobre o ícone <Query> , presente na barra de ferramentas, e, na janela de

consultas, selecione a aba <Select by query>.

Neste caso, suponha-se que a intenção do usuário seja saber quais

municípios do estado do Paraná possuem população urbana maior ou igual a 100

mil habitantes e, ao mesmo tempo, população rural menor ou igual a 10 mil,

conforme estatísticas do Censo Demográfico de 2000.

Figura 100

A consulta sugerida exige

que os campos de atributos de

identificação da unidade da federação

e das quantidades de populações

urbana e rural presentes nos

municípios sejam filtrados. Os

critérios utilizados devem se adequar

ao objetivo da consulta. Após realizar a seleção de cada campo e definir os critérios

de filtragem para o mesmo, clique sobre o botão <Add=>>, da janela de consultas

avançadas, selecione um elemento operador adequado e prossiga com a definição

das condições de filtragem dos próximos campos de atributos; após informar a linha

de comando da consulta clique sobre o botão <Apply>; repare que os operadores de

definição dos critérios de filtragem de cada campo não incluem a opção maior ou

igual <>=> ou menor ou igual <<=>, que devem ser digitados na linha de comando

(Figura 100).

Como resultado, os municípios paranaenses de Foz do Iguaçu, Maringá,

Apucarana, Ponta Grossa, Curitiba, Colombo, Pinhais e Paranaguá devem ter sido

selecionados (Figura 101).

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Figura 101

4.11 Execução de uma filtragem de informações

Não obstante o resultado da operação ser bastante diferente, o processo

de filtragem de informações geográficas é semelhante ao de execução de consultas,

embora seja possível filtrar dados de um único campo de atributos apenas, sem

informação de critérios.

Ao se executar uma filtragem de informações, apenas os polígonos que

correspondem aos registros cujos valores do campo de atributos foram selecionados

aparecerão na tela de visualização de camadas do DIVA-GIS.

Existem dois modos de filtragem: por valores únicos e múltiplos.

4.11.1 Valor único: Para executar uma filtragem de informações utilizando o modo

valores únicos, pressione o ícone <Filter> e, posteriormente, clique sobre a aba

<Single Value> da janela que irá se abrir.

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Figura 102

Deve-se informar o nome do campo

<Field> e o valor do atributo que se deseja filtrar; o

botão <Show All> desativa o modo filtro (Figura

102). A Figura 103 ilustra o resultado do processo

de filtragem.

Figura 103

4.11.2 Valores múltiplos: Para criar um filtro utilizando valores múltiplos, clique

sobre o ícone <Filter> e escolha a aba <Multiple Values> da janela <Filter>.

Figura 104

O usuário deverá informar o nome do

campo <Field> e marcar a caixa de seleção de

cada atributo que será filtrado (Figura 104); aqueles

cuja caixa de seleção não estiver selecionada não

aparecerão na tela de visualização de camadas de

informações geográficas do DIVA-GIS (Figura 105).

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Figura 105

O processo de escolha dos atributos a serem filtrados deve ser precedido

de um clique no botão <Ok> da janela <Filter>; o botão <Clear All> desmarca todas

as caixas de seleção.

4.12 Criação de um arquivo de anotações a partir de uma consulta existente

A possibilidade de criar um arquivo de anotações a partir de uma seleção

prévia dos polígonos desejados é um procedimento interessante do DIVA-GIS.

Como exemplo de emprego desta função, repita os procedimentos de seleção

sugeridos no item 4.10.2 desta apostila.

Figura 106

Após selecionar os municípios

paranaenses que possuem população urbana maior

ou igual a 100 mil habitantes e rural menor ou igual

a 10 mil, visualize quais são estes municípios

clicando no ícone <Filter> e selecionando a aba

<Annotate>. Informe, em seguida, o nome do

campo de atributos a ser listado como identificador <ID Field> e a descrição da

seleção realizada; antes de pressionar o botão <Ok>, especifique, no campo <File to

store annotations>, o caminho do arquivo de anotação, do tipo <.txt>, que será

gerado (Figura 106).

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Para abrir o arquivo de anotação gerado, que irá conter o nome do campo

de identificação selecionado e o valor dos registros correspondentes a este campo,

além da descrição da seleção realizada e a data de geração do arquivo, entre no

Windows Explorer e dê um clique duplo com o botão do mouse sobre o mesmo

(Figura 107).

Figura 107

4.13 Conversão de polígonos selecionados para um novo arquivo shapefile

Após selecionar os polígonos correspondentes à classe de feições da

camada de informações geográficas ativa, basta clicar sobre o ícone <Convert to

shapefile> para convertê-los em um novo arquivo vetorial do tipo shapefile. Na

janela <Salvar como>, que será aberta, o usuário deverá informar o nome do arquivo

e o local onde ele deverá ser armazenado: atribua o nome <PR_car> e, de

preferência, armazene-o na pasta <Meus documentos>.

Este novo arquivo de formato shapefile poderá ser adicionado como uma

nova camada de informações ao projeto em uso.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se elaborar um mapa, deve-se ter em mente que eles possuem

funções específicas para grupos específicos de usuários, sendo assim, é importante

que se conheça o público ao qual o mapa se destina. Da mesma forma, os softwares

a serem utilizados devem estar condicionados ao tipo de mapa que se deseja

produzir, por isso, sua devida escolha é importante.

Mas a produção de um mapa raramente se inicia diante de um SIG,

simplesmente, pois as informações constituem o elemento imprescindível desse

processo, sendo assim, possuir o conhecimento necessário à realização de

consultas às estatísticas de diversas naturezas, produzidas e divulgadas por um

instituto como o IBGE, é fundamental.

Existem vários institutos nacionais que disponibilizam dados estatísticos

para consulta, via internet também, mas o IBGE é o principal deles. Além disso, este

instituto divulga os procedimentos metodológicos de suas pesquisas, permitindo que

se conheça a maneira como elas foram planejadas e executadas.

Para aqueles que buscam maior praticidade e agilidade em relação à

consulta de dados e geração de mapas temáticos com a confiabilidade garantida

pelo IBGE, ou que não possuem uma conexão com a internet, o Estatcart é o

programa ideal. Este programa possui um banco de dados flexível, que pode ser

facilmente ampliado mediante a aquisição e instalação de novas bases de

informações, produzidas e comercializadas pelo IBGE, através de sua Loja Virtual. O

ponto fraco do Estatcart reside na baixa qualidade das opções de saída dos

trabalhos produzidos. Não obstante, as camadas de informações que compõem o

banco de dados deste programa são constituídas por arquivos do tipo shapefile,

aceitos em grande parte dos SIG´s, como no DIVA-GIS. Isto significa que o Estatcart

e o DIVA-GIS constituem programas que podem ser utilizados de maneira integrada.

O DIVA-GIS é um programa que, embora não seja muito conhecido ou

utilizado, especialmente no Brasil, é de fácil domínio. Sua interface é amigável,

oferecendo recursos simples para a realização de trabalhos simples. Ou seja, não se

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pode esperar encontrar, no DIVA-GIS, os sofisticados recursos de

geoprocessamento disponíveis em SIG´s de maior aceitação, porém, ele atende

bem as necessidades de rápida geração de mapas temáticos de qualidade razoável.

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REFERÊNCIAS

CÉZARO, Rangel Leandro. Geoprocessamento aplicado em geografia. Geonotas. Maringá: UEM, Departamento de Geografia, v. 7, n. 1, jan./fev./mar. 2003, pp. 10-36.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diretoria de Geociências (DGC). Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: 1998.

NÓBREGA, Rodrigo. Tutorial de ArcGis. Belo Horizonte: [s.n.], fev./mar. 2003. Disponível em <http://www.usuarios. lycos.es/arcgis/index.htm>. Acesso em: 14 mar. 2007.

ROSA, Roberto. Curso: introdução ao ArcView. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, fev. 2004.

SANTIAGO, Iván. Fundamentos de ArcGis. Versión ArcView 9.1. Tutorial de lecturas. San Juan, Puerto Rico: Área de Tecnologías de Información Gubernamental, out. 2006.

SANTIL, Fernando Luiz de Paula; QUEIROZ, Deisi Regina Elias. Produtos cartográficos: algumas considerações. Boletim de Geografia. Maringá: UEM, v. 14, pp. 41-49, 1996.

TROCADO, Pedro. ArcGis 9. Lisboa, Portugal: Instituto Superior Técnico, [200-].

WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apresenta conteúdo enciclopédico. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADstica&oldid=5877757>. Acesso em: 9 maio 2007.

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ANEXO I

Descrição da nomenclatura dos campos da tabela de atributos da camada de informações geográficas denominada “br_mun_2000_car”

POP_TOT Pessoas residentes POP_MASC Homens residentes POP_FEM Mulheres residentes POP_URB Pessoas residentes - área urbana POP_RUR Pessoas residentes - área rural POP__10 Pessoas residentes - 10 anos ou mais de idade POP__10_A Pessoas residentes - 10 anos ou mais de idade -

alfabetizada POP__10_TA Pessoas residentes - 10 anos ou mais de idade - taxa de

alfabetização POP_0_4 Pessoas residentes - 0 a 4 anos de idade POP_5_9 Pessoas residentes - 5 a 9 anos de idade POP_10_19 Pessoas residentes - 10 a 19 anos de idade POP_20_29 Pessoas residentes - 20 a 29 anos de idade POP_30_39 Pessoas residentes - 30 a 39 anos de idade POP_40_49 Pessoas residentes - 40 a 49 anos de idade POP_50_59 Pessoas residentes - 50 a 59 anos de idade POP__60 Pessoas residentes - 60 anos ou mais de idade DPP Domicílios particulares permanentes DPP_R_GER Domicílios particulares permanentes - forma de

abastecimento de água - rede geral DPP_PC_NA Domicílios particulares permanentes - forma de

abastecimento de água - poço ou nascente DPP_AB_OU Domicílios particulares permanentes - forma de

abastecimento de água - outras formas DPP_BANH Domicílios particulares permanentes - com banheiro ou

sanitário DPP_BESRG Domicílios particulares permanentes - com banheiro ou

sanitário - esgotamento sanitário - rede geral DPP_SBANH Domicílios particulares permanentes - sem banheiro ou

sanitário DPP_COL_L Domicílios particulares permanentes - destino de lixo -

coletado DPP_OUT_L Domicílios particulares permanentes - destino de lixo -

outro destino Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000